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Poupança e investimento
Página2
Introdução - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Pág.3
Poupança e Investimento - - - - - - - - - - - - - - - Pág. 4-19
- O financiamento na actividade económica - - - - - - - - - - Pág. 5 - 8
- Os destinos da poupança - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Pág. 9 - 13
- A utilização do rendimento - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Pág. 14 -19
Rendimentos e Repartição dos rendimento - - - - Pág.20-34
- A actividade produtiva e a formação de rendimentos - - - Pág.21-22
- Repartição funcional do rendimento - - - - - - - - - - - - - - Pág.23-28
- Repartição pessoal do rendimento - - - - - - - - - - - - - - - Pág.29-31
- Redistribuição dos rendimentos - - - - - - - - - - - - - - - - Pág.32-36
Conclusão - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Pág. 37
Webgrafia - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Pág.38
Página3
Neste trabalho vou explorar os temas “Poupança e
Investimento” e “Repartição dos Rendimentos”. Estes
são temas ou palavras que todos nós já ouvimos
certamente falar, mas será que temos noção de que
conteúdos envolvem estas duas tematicas?
Nos dias de crise economica em que vivemos,
concerteza a maior parte de população mundial já não
consegue poupar muito dinheiro, pois o nível de vida e o
respectivo poder de compra estão cada vez mais
diminutos o que faz escassar o poder de poupança e
investimento.
Vou tambem explicar qual a importante relação
economica da poupança e do investimento e de como são
cruciais para o desenvolvemento produtivo.
Por último, mas não menos importante, vou abrangir o
tema “Repartição de Rendimento”, para que os leitores
deste trabalho descubram se a repartição de
rendimentos é igul e justa para totos os elementos da
população nacional e mundial.
Página4
A Poupança e o Investimento estão divididos em 3 áreas
nomeadamente:
A utilização do rendimento – o consumo e a
poupança;
Os destinos da poupança – a importância do
investimento;
O financiamento na actividade económica.
Página5
A utilização do rendimento é um dos
factores fundamentais da economia.
È a formação de capital e a sua aplicação que permitem
que a economia funcione e não entre em colapso, até
porque, se congelarmos todas as formas de rendimento e
colocarmo-la em modo de repouso (poupança) estaríamos
a impossibilitar o consumo e a parar a produção.
Consequentemente, haveria desemprego e ainda menos
rendimento para ser aplicado em bens de consumo
fazendo com que o sistema produtivo deixa-se pura e
simplesmente de existir.
Página6
Mas o que é o consumo e a poupança ?
O consumo é, um fenómeno social
complexo, condicionado por múltiplos
factores e, com influência sobre a vida
humana e a do Planeta.
Por consumo pode entender-se o acto de apropriação
e/ou utilização (geralmente de carácter aquisitivo,
implicando uma troca) de um determinado bem ou
serviço, por parte de um ou mais indivíduos, com vista à
satisfação de necessidades materiais ou não-materiais,
ou, em termos mais latos, “qualquer actividade
envolvendo a selecção, compra, uso, manutenção,
reparação e destruição de qualquer produto ou serviço.
A tentativa de explicar o
consumo pode implicar o estudo da
satisfação de necessidades ou
desejos (desde a necessidade de
comer e vestir à compensação de
sentimentos de inferioridade,
insegurança ou perda), da
comunicação de distinções sociais, do reforço de padrões
de superioridade e inferioridade entre indivíduos e
grupos, assim como da expressão de estados de espírito
ou de formas de comunicação interpessoal.
Página7
A poupança, nada é mais do que retirar parte do
rendimento de circulação para uma posterior utilização,
em períodos mais proveitosos para a pessoa ou empresa
em questão.
A poupança é a parte do rendimento disponível que
não é consumida, a poupança é igual ao rendimento menos
o consumo.
O rendimento é o principal determinante do
consumo, sendo que os indivíduos mais ricos tendem a
poupar mais.
Constitui um acto de renúncia a uma satisfação
imediata, em prol de uma satisfação de consumo futuro.
Página8
Factores determinantes da Poupança:
 Económico
 Rendimento disponível
 Psicológicos
 Incerteza quanto ao futuro
 Sociais / Culturais
 Publicidade;
 Incentivos ao consumo.
? ? ? ?
Página9
No decurso da actividade económica nem tudo aquilo
que se produz é consumido na sua totalidade. Com efeito,
é precisamente esta parcela do rendimento que não é
consumida que constitui a poupança.
A poupança dá origem à formação de capital desde
que seja utilizada em investimento, pois é este que
permite a manutenção do processo produtivo. A
formação de capital fixo é crucial no crescimento e no
desenvolvimento duma economia. Afinal, é esse capital
fixo que aumenta e assegura a capacidade produtiva da
economia.
O investimento constitui o motor do desenvolvimento
económico e depende em grande da poupança realizada
pelo país. Hoje em dia, um dos grandes problemas das
economias do Terceiro Mundo, reside precisamente na
dificuldade que estas têm em realizar poupanças, devido
aos seus baixos rendimentos.
Página10
Algumas das formas de possíveis destinos das
poupanças são:
 Entesouramento: Foi durante muito tempo uma forma
muito utilizada, principalmente pelas populações
rurais, de lidar com as suas poupanças. Trata-se de
guardar a moeda não utilizada em casa para fazer face
a eventuais futuras despesas.
Ainda hoje, algumas famílias,
normalmente de fracas
possibilidades (mas que, apesar
disso, conseguem efectuar algumas
poupanças), guardam dinheiro em
casa por desconfiarem dos bancos
ou para sentirem o dinheiro mais
próximo de si, pronto para qualquer
eventualidade. 1
No entanto, como facilmente podemos
calcular, esta forma de poupança
comporta riscos relacionados com a
falta de segurança das habitações e
possibilidade de assaltos.
Página11
Depósitos: É uma das forma muito utilizada
actualmente por praticamente todas as classes sociais
e que consiste na colocação das poupanças em
depósitos à ordem ou a prazo nas instituições
bancárias.
Investimentos: É a forma de utilização das poupanças
que consiste na compra de bens de produção. É o caso
da aplicação das poupanças na compra de um edifício
para instalação de uma empresa, ou na compra de um
novo sistema informático, ou ainda na compra de nova
máquina para essa empresa.
Em todos estes exemplos, a poupança está a ser
utilizada para comprar bens que, por terem como
finalidade a actividade produtiva, vão servir para gerar
novos rendimentos.
Página12
Tipos de investimentos
Alguns exemplos de investimentos são:
Investimento material - É o conjunto de despesas
destinadas à aquisição de bens de produção físicos,
tais como máquinas e edifícios.
Investimento imaterial - Ou seja, aquele que é
efectuado em bens imateriais.
Assim, quando uma empresa
compra um programa informático,
quando lança uma campanha
publicitária ou quando, através de
acções deformação, aposta na
melhoria da qualificação dos seus
trabalhadores, essa empresa não
está a comprar bens materiais,
mas nem por isso deixa de estar a
investir.
Página13
Investimento financeiro - É aquele que resulta da
venda de acções, ou outros títulos, para as empresas
poderem aumentar a sua capacidade de produção.
O investimento desempenha um papel determinante
no desenvolvimento da actividade económica de um país,
traduzindo-se no aumento dos rendimentos a repartir.
Página14
Capacidade de financiamento e necessidade de
financiamento
Como já referi, a poupança é a parte do rendimento
que não é gasto, no imediato, em bens de consumo.
Acontece que existem agentes económicos que
conseguem realizar poupanças e outros que pelo
contrário, não conseguem realizar poupanças.
Algumas famílias e empresas, conseguem realizar
poupanças em montantes superiores aos investimentos,
neste caso diz-se que há
capacidade de financiamento.
Diz-se, portanto que existe
capacidade de financiamento
por parte de um agente
económico quando este
efectua uma poupança superior
ao montante investido.
Mas, pode acontecer que uma empresa que queira
investir, por exemplo, na melhoria da qualidade do seu
produto, não tenha poupanças suficientes para poder
realizar esse investimento. Neste caso, diz-se que há
uma necessidade de financiamento.
Página15
Funções do investimento
O investimento pode desempenhar várias funções:
Investimento de substituição: É constituído pelas
despesas efectuadas em bens de produção que têm
como objectivo substituir o material danificado ou
já gasto (quando se compra uma nova máquina para
substituir uma outra já avariada).
Investimento de inovação: Quando o investimento
é aplicado na compra de novas tecnologias, por
forma a melhorar e modernizar o processo de
produção.
Investimento em aumento da capacidade
produtiva: Quando as compras se destinam a
aumentar a capacidade produtiva da empresa (a
compra de um edifício para nele instalar uma nova
unidade de produção, por forma a aumentar a
produção) .
Página16
Apesar de classificarmos o investimento desta três
formas possíveis, isso não significa que cada uma destas
categorias de investimento seja perfeitamente distinta
das outras.
Assim, um investimento pode ser simultaneamente de
inovação e de aumento de capacidade produtiva. A
compra de uma máquina inovadora, em termos
tecnológicos, acaba, frequentemente, por permitir
também um aumento da produção.
A verificação deste facto mostra-nos a importância
da inovação no aumento da capacidade de produção de um
país. Ao longo dos tempos, a Humanidade evoluiu devido à
sua capacidade de inovar.
Página17
Assim, o fogo, a roda, muito mais tarde, a máquina a
vapor (que impulsionou a Revolução Industrial) e,
actualmente, um sem número de inovações,
nomeadamente as que estão ligadas às novas tecnologias
de informação, fazem parte de um lista de inventos que,
em virtude de terem sido postos em prática,
revolucionaram a vida das sociedades.
Dito isto, podemos facilmente concluir da
importância do investimento em inovação tecnológica
tanto ao nível das empresas como ao nível do país.
No entanto, a inovação tecnológica não surge por
acaso mas sim como fruto da investigação, seja ela
realizada de forma isolada, como aconteceu ao longo dos
séculos ou como acontece, actualmente, através de
equipas de investigadores que trabalham nas empresas,
nos laboratórios ou nas universidades.
Página18
Financiamento interno e financiamento externo:
Conforme já referi, o investimento é o motor da
actividade económica, porque é o investimento que
garante a continuidade e o desenvolvimento da
actividade produtiva. Também já exclareci que sem
poupança não há investimento, vejamos então como as
empresas conseguem obter as poupanças indispensáveis
para o tão necessário investimento.
Em principio as empresas obtêm lucros. Uma parte
desses lucros destina-se a remunerar os funcionários. O
lucro restante permanece nas empresas e constitui a
poupança das empresas, representando assim a sua
capacidade de financiamento. Nestas situações falamos
de auto financiamento ou financiamento interno.
Mas, normalmente, essa poupança não é suficiente,
nomeadamente quando as empresas pretendem efectuar
investimentos de inovação ou de aumento da sua
capacidade produtiva.
Página19
Assim sendo, as empresas precisam de obter
financiamento externo. Elas podem, então, proceder de
duas maneiras distintas:
Recorrem à venda de acções ou de outros títulos,
nesta caso fala-se de financiamento externo
directo.
Recorrem às instituições de crédito, e nesta
situação fala-se em financiamento externo
indirecto.
Conforme verificamos, o financiamento bancario é
fundamental para o crescimento e desenvolvimento do
meio empresarial mundial.
Página20
Os rendimentos e a repartição dos rendimentos
estão divididos em quatro áreas nomeadamente:
A actividade produtiva e a formação de rendimentos;
Repartição funcional do rendimento;
Repartição pessoal do rendimento;
Redistribuição dos rendimentos.
Página21
O facto de vivermos em sociedade exige uma repartição
dos rendimentos, que não é nada mais do que dar a cada
pessoa o resultado do seu trabalho em uma qualquer unidade
monetária ou qualquer outra forma de pagamento.
Para que a produção se concretize é necessária a
participação de dois factores fundamentais, são eles:
Trabalho
Capital
É na realização do processo produtivo que se geram os
rendimentos.
Página22
Assim podemos concluir que:
A produção cria bens e serviços indispensáveis à
sobrevivência, mas também é geradora de riqueza.
Quando os bens produzidos são trocados no mercado
geram-se fluxos monetários que são distribuídos pelos
intervenientes no processo produtivo.
Os rendimentos são formados na produção e existe uma
correspondência entre o valor da produção e o montante
dos rendimentos.
Página23
A repartição funcional do rendimento mostra-nos como
são remunerados os diferentes intervenientes no processo
produtivo, tendo em atenção as funções por eles
desempenhadas.
Factor Trabalho -Trabalhador -Salário
Factor Capital
-Empresário -Lucro
-Proprietário de Imóveis -Rendas
-Detentor de capital/dinheiro -Juros
Salário:
O salário corresponde à parte do rendimento que é
auferido pelo trabalhador em troca do trabalho realizado no
processo produtivo.
Neste caso fala-se em salário directo,
ou seja, na quantidade de moeda que o
empresário paga aos trabalhadores.
Página24
Algumas famílias recebem, por vezes, transferências do
estado, sob a forma de subsídios, como o de desemprego, de
doença, etc. Neste caso trata-se de um salário indirecto pois
não derivou de uma participação directa no processo
produtivo.
No entanto, temos de distinguir entre salário nominal e
salário real.
O salário nominal é a quantidade de moeda que o
trabalhador recebe pelo trabalho prestado num
determinado período de tempo.
O salário real corresponde à quantidade de bens e
serviços que o trabalhador pode adquirir com o salário
nominal. O salário real traduz, assim, o poder de compra
dos trabalhadores.
Página25
Conforme referi, a remuneração do factor capital no
processo produtivo assume as formas de:
 Lucro;
 Rendas;
 Juros.
Lucro:
O lucro designa a remuneração dos empresários como
contrapartida da sua iniciativa e dos riscos assumidos nos
investimentos realizados.
O lucro é variável e depende do resultado da actividade
produtiva da empresa. O lucro é o resultado da diferença
entre o preço de venda e o preço de custo dos produtos
produzidos.
L = PV – PC
Página26
Juro:
O juro constitui a remuneração que os detentores de
capital auferem pelos empréstimos dos seus capitais.
Esta remuneração varia consoante:
 A taxa de juro fixada,
 A duração (tempo) do empréstimo
 O montante do capital emprestado.
Renda:
A renda, actualmente, corresponde aos rendimentos
recebidos pelos proprietários dos prédios urbanos em
virtude da sua cedência a terceiros.
Página27
Sabias que . . .
A Curva de Lorenz é o gráfico utilizado pelos analistas
económicos para realçar, sobretudo, a desigualdade da
repartição do rendimento ou da riqueza.
O método proposto traduz-se na construção de uma
curva de distribuição do rendimento ou da riqueza
relacionando a % das famílias (valores acumulados) com a %
do rendimento ou riqueza (valores acumulados).
A análise da Curva de Lorenz permite aos governantes
tomar medidas para reduzir as assimetrias existentes
através das chamadas políticas de redistribuição do
rendimento.
O Rendimento Nacional per capita
O Rendimento nacional per capita
indica-nos uma média, partindo de
uma hipótese de igualdade se o
rendimento fosse distribuído
equivalentemente por todos os
elementos de uma população.
Rendimento per capita = Rendimento nacional
População total
Página28
Este indicador é utilizado para estabelecer comparações
entre diferentes regiões e países, tornando possível, em
certa medida, verificar o desenvolvimento social e económico
de um país.
Embora o Rendimento per capita seja um indicador
importante, ele apresenta algumas limitações que se devem
ao facto de:
 Por representar uma média, esconde desigualdades na
forma como a riqueza de um país está distribuída pela
população, ou pelas diferentes regiões do país.
 Por ser calculado a partir de dados fornecidos pelos
valores da economia formal (declarados), não engloba os
valores e os rendimentos da economia paralela, que nos
países menos desenvolvidos, representam uma parte
significativa da sua riqueza.
 Por representar um valor global, o Rendimento per
capita não discrimina a natureza da riqueza. Um país pode
ser rico em termos económicos, mas ainda pobre em
termos sociais, culturais, ambientais, entre outros.
Página29
A repartição pessoal do rendimento permite-nos analisar
como é que os rendimentos se distribuem pelos agregados
familiares de uma dada comunidade. Através da análise
podemos apreciar o grau de desigualdade dessa distribuição,
as desigualdades salariais.
O rendimento pessoal disponível é um indicador do
rendimento pessoal. Como sabemos, as famílias têm por
principal função consumir. Os seus recursos são constituídos,
fundamentalmente, pelas remunerações pagas pelos outros
sectores institucionais.
Vamos verificar quais os recursos de que dispõe a família
Silva, constituída pelo pai, mãe, avô e 2 filhos:
Página30
Assim, o rendimento de que esta família pode dispor é
constituído quer por rendimentos primários; isto é, aqueles
que proveêm do capital e do trabalho (no exemplo, os
salários e os juros), quer ainda pelas prestações sociais
(abono de família, reformas, subsidio de desemprego).
O rendimento das famílias tem origem nas receitas
provenientes:
 Da actividade produtiva: salários, juros, rendas, lucros;
 Das transferências internas: as prestações sociais feitas
pela Administração Pública e Privada (pensões, abonos,
diversos subsídios, etc.);
 Das transferências externas: nestes têm especial
relevância as remessas dos emigrantes e outras.
No entanto, as famílias têm que pagar impostos
sobre:
Os Rendimento (impostos directos)
Contribuições Sociais (à Administração Pública).
Deste modo, o rendimento das famílias ficam mais
diminutos.
Página31
O Rendimento Disponível das Famílias é, então,
constituído pelo total dos rendimentos recebidos pela
participação na actividade produtiva e pelas transferências
(internas e externas) depois de subtraídos os impostos
directos e as contribuições sociais.
Mas quais são os factores que fazem existir
desigualdades salariais entre a população?
Rendimento Pessoal Disponível =
Rendimento do Trabalho + Rendimentos do Capital + Transferências
-
Impostos Directos e Contribuições Sociais
Desigualdades
Salariais
Sexo
Ramo e Sector de
actividade
Habilitação
Qualificação
Idade
Região
do país
Dimensãoda
empresa
Página32
A redistribuição do rendimento pode ser analisada, quer
segundo a óptica da repartição funcional, quer ainda através
da repartição pessoal.
É o processo, através do qual o estado e outras
instituições procedem à recolha de rendimentos e à sua
respectiva transferência, de forma a garantir um melhor
nível de vida a todos os cidadãos, corrigindo assim as
desigualdades provocadas pela repartição primária dos
rendimentos.
Na repartição pessoal verificamos a existência de
desigualdades de rendimentos. Para reduzir as desigualdades
existentes na repartição dos rendimentos, torna-se
necessário garantir a toda a comunidade,
independentemente dos rendimentos provenientes da
actividade exercida por cada um, um conjunto de prestações
sociais consideradas fundamentais.
 Políticas de redistribuição de rendimentos:
Política de Preços: Aplicação de impostos indirectos sobre o
consumo de bens e serviços consumidos pelas classes de
rendimentos mais elevados. Atribuição de subsídios aos bens
ou serviços de primeira necessidade de forma a torna-los
mais acessíveis a população com menores recursos, como a
saúde e educação.
Página33
Política Social: Criação de sistemas de segurança social, que
garantem a protecção dos cidadãos em situações de
invalidez, desemprego ou velhice. Outra das formas de
intervenção social do Estado consite na criação de um
rendimento minímo garantido, o qual pretende fazer face às
necessidades mais elementares de subsistência de algumas
famílias.
Política fiscal: Aplicação de impostos directamente sobre os
rendimentos das pessoas ou indirectamente sobre os bens e
serviços. A redistribuição ainda pode ser conseguida através
de impostos sobre o consumo, tributando fortemente o
consume de bens de luxo, bem como o consumo supérfluo.
A redistribuição dos rendimentos pode ser vertical ou
horizontal:
A redistribuição diz-se vertical, quando reduzindo as
desigualdades provocadas pela repartição primária dos
rendimentos, através dos impostos directos.
A redistribuição diz-se horizontal, quando ao efectuar
transferências para as famílias mais carenciadas, através,
por exemplo, de subsídios.
Página34
O processo de redistribuição dos rendimentos levado a cabo
pelo estado tem, de uma forma geral, os seguintes
objectivos:
 Corrigir as desigualdades provocadas pela repartição dos
rendimentos;
 Cobrir colectivamente os riscos individuais;
 Pôr à disposição de toda a população um conjunto de bens e
serviços sociais.
A redistribuição realiza-se através de diferentes
instituições, como por exemplo:
 Administração Pública Central e Local;
 Segurança Social;
 Fundo de Desemprego.
Página35
Estas instituições canalizam as transferências quer para
as empresas quer para as famílias, sob diversas formas,
nomeadamente:
Para as famílias:
 Fornecimento de bens e serviços colectivos,
gratuitamente ou através de pagamento parcial;
Pensões e subsídios vários.
Para as empresas:
 Subsídios à produção em determinados sectores;
 Isenção de impostos;
O essencial da redistribuição é feito através da
Segurança Social.
Página36
Comparação das desigualdades na distribuição
dos rendimentos entre os membros da
União Europeia
Da análise do Gráfico conclui-se que Portugal é o 4º país
da UE-27 no qual as diferenças de rendimento entre a
população são maiores.
 O rendimento auferido pelos 20,0% mais ricos é 6,1
vezes superior ao dos 20,0% mais pobres. Na Letónia, o
valor deste indicador é de 7,3 (em 2007 o valor deste
indicador era de 6,3), enquanto na Roménia e na Bulgária
(segundo e terceiro país pior classificado) atingiu os 7,0
e 6,5, respectivamente.
Página37
Com a elaboração deste trabalho posso concluir que
estes dois temas estão bem envolvidos, pois fazem parte
da economia actual em que vivemos.
Gostei bastante de aprofundar estes temas, pois além
de serem assuntos económicos, são também assuntos
socias que eu adoro tratar.
De facto, pensar em poupar dinheiro nos dias de hoje
para muita gente é praticamente impensável.
As pesquisas que fiz no decorrer deste trabalho,
deixaram-me por vezes, interrogante em relação ao
estado de distribuição de rendimentos pela população.
Sei, que não podemos ter todos o mesmo nível económico,
mas, acho vergonhoso as disparidades do nível de poder
económico existentes no mundo. Penso que, um pouco
mais de igualdade, só iria fazer com que milhões e
milhões de pessoas vivessem mais condignamente.
Para finalizar, penso também que as medidas de
redistribuição que o estado acciona para os mais
carenciados, ficam muito longe do esperado, pois, são
uma gota no oceano de pobreza em que imensa gente
vive.
Página38
http://www.dolceta.eu/portugal/Mod7/IMG/pdf/poup
anca_e_investimento.pdf
http://www.forma-te.com/.../1107-rendimentos-e-
reparticao-de-rendimentos.html
http://www.resumos.net/files/economia5.doc
http://analisesocial.ics.ul.pt/.../1224154682W3jFR2yc
6Dy42XE7.pdf
http://bardasmatematicas.files.wordpress.com/.../7-
poupanca-e-investimento.pdf
http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/105.pdf
http://www.dolceta.eu/portugal/Mod7/IMG/pdf/poup
anca_e_investimento.pdf
Disciplina: Economia
Nome:Lucília Silva

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Poupança e investimento

  • 2. Página2 Introdução - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Pág.3 Poupança e Investimento - - - - - - - - - - - - - - - Pág. 4-19 - O financiamento na actividade económica - - - - - - - - - - Pág. 5 - 8 - Os destinos da poupança - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Pág. 9 - 13 - A utilização do rendimento - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Pág. 14 -19 Rendimentos e Repartição dos rendimento - - - - Pág.20-34 - A actividade produtiva e a formação de rendimentos - - - Pág.21-22 - Repartição funcional do rendimento - - - - - - - - - - - - - - Pág.23-28 - Repartição pessoal do rendimento - - - - - - - - - - - - - - - Pág.29-31 - Redistribuição dos rendimentos - - - - - - - - - - - - - - - - Pág.32-36 Conclusão - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Pág. 37 Webgrafia - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Pág.38
  • 3. Página3 Neste trabalho vou explorar os temas “Poupança e Investimento” e “Repartição dos Rendimentos”. Estes são temas ou palavras que todos nós já ouvimos certamente falar, mas será que temos noção de que conteúdos envolvem estas duas tematicas? Nos dias de crise economica em que vivemos, concerteza a maior parte de população mundial já não consegue poupar muito dinheiro, pois o nível de vida e o respectivo poder de compra estão cada vez mais diminutos o que faz escassar o poder de poupança e investimento. Vou tambem explicar qual a importante relação economica da poupança e do investimento e de como são cruciais para o desenvolvemento produtivo. Por último, mas não menos importante, vou abrangir o tema “Repartição de Rendimento”, para que os leitores deste trabalho descubram se a repartição de rendimentos é igul e justa para totos os elementos da população nacional e mundial.
  • 4. Página4 A Poupança e o Investimento estão divididos em 3 áreas nomeadamente: A utilização do rendimento – o consumo e a poupança; Os destinos da poupança – a importância do investimento; O financiamento na actividade económica.
  • 5. Página5 A utilização do rendimento é um dos factores fundamentais da economia. È a formação de capital e a sua aplicação que permitem que a economia funcione e não entre em colapso, até porque, se congelarmos todas as formas de rendimento e colocarmo-la em modo de repouso (poupança) estaríamos a impossibilitar o consumo e a parar a produção. Consequentemente, haveria desemprego e ainda menos rendimento para ser aplicado em bens de consumo fazendo com que o sistema produtivo deixa-se pura e simplesmente de existir.
  • 6. Página6 Mas o que é o consumo e a poupança ? O consumo é, um fenómeno social complexo, condicionado por múltiplos factores e, com influência sobre a vida humana e a do Planeta. Por consumo pode entender-se o acto de apropriação e/ou utilização (geralmente de carácter aquisitivo, implicando uma troca) de um determinado bem ou serviço, por parte de um ou mais indivíduos, com vista à satisfação de necessidades materiais ou não-materiais, ou, em termos mais latos, “qualquer actividade envolvendo a selecção, compra, uso, manutenção, reparação e destruição de qualquer produto ou serviço. A tentativa de explicar o consumo pode implicar o estudo da satisfação de necessidades ou desejos (desde a necessidade de comer e vestir à compensação de sentimentos de inferioridade, insegurança ou perda), da comunicação de distinções sociais, do reforço de padrões de superioridade e inferioridade entre indivíduos e grupos, assim como da expressão de estados de espírito ou de formas de comunicação interpessoal.
  • 7. Página7 A poupança, nada é mais do que retirar parte do rendimento de circulação para uma posterior utilização, em períodos mais proveitosos para a pessoa ou empresa em questão. A poupança é a parte do rendimento disponível que não é consumida, a poupança é igual ao rendimento menos o consumo. O rendimento é o principal determinante do consumo, sendo que os indivíduos mais ricos tendem a poupar mais. Constitui um acto de renúncia a uma satisfação imediata, em prol de uma satisfação de consumo futuro.
  • 8. Página8 Factores determinantes da Poupança:  Económico  Rendimento disponível  Psicológicos  Incerteza quanto ao futuro  Sociais / Culturais  Publicidade;  Incentivos ao consumo. ? ? ? ?
  • 9. Página9 No decurso da actividade económica nem tudo aquilo que se produz é consumido na sua totalidade. Com efeito, é precisamente esta parcela do rendimento que não é consumida que constitui a poupança. A poupança dá origem à formação de capital desde que seja utilizada em investimento, pois é este que permite a manutenção do processo produtivo. A formação de capital fixo é crucial no crescimento e no desenvolvimento duma economia. Afinal, é esse capital fixo que aumenta e assegura a capacidade produtiva da economia. O investimento constitui o motor do desenvolvimento económico e depende em grande da poupança realizada pelo país. Hoje em dia, um dos grandes problemas das economias do Terceiro Mundo, reside precisamente na dificuldade que estas têm em realizar poupanças, devido aos seus baixos rendimentos.
  • 10. Página10 Algumas das formas de possíveis destinos das poupanças são:  Entesouramento: Foi durante muito tempo uma forma muito utilizada, principalmente pelas populações rurais, de lidar com as suas poupanças. Trata-se de guardar a moeda não utilizada em casa para fazer face a eventuais futuras despesas. Ainda hoje, algumas famílias, normalmente de fracas possibilidades (mas que, apesar disso, conseguem efectuar algumas poupanças), guardam dinheiro em casa por desconfiarem dos bancos ou para sentirem o dinheiro mais próximo de si, pronto para qualquer eventualidade. 1 No entanto, como facilmente podemos calcular, esta forma de poupança comporta riscos relacionados com a falta de segurança das habitações e possibilidade de assaltos.
  • 11. Página11 Depósitos: É uma das forma muito utilizada actualmente por praticamente todas as classes sociais e que consiste na colocação das poupanças em depósitos à ordem ou a prazo nas instituições bancárias. Investimentos: É a forma de utilização das poupanças que consiste na compra de bens de produção. É o caso da aplicação das poupanças na compra de um edifício para instalação de uma empresa, ou na compra de um novo sistema informático, ou ainda na compra de nova máquina para essa empresa. Em todos estes exemplos, a poupança está a ser utilizada para comprar bens que, por terem como finalidade a actividade produtiva, vão servir para gerar novos rendimentos.
  • 12. Página12 Tipos de investimentos Alguns exemplos de investimentos são: Investimento material - É o conjunto de despesas destinadas à aquisição de bens de produção físicos, tais como máquinas e edifícios. Investimento imaterial - Ou seja, aquele que é efectuado em bens imateriais. Assim, quando uma empresa compra um programa informático, quando lança uma campanha publicitária ou quando, através de acções deformação, aposta na melhoria da qualificação dos seus trabalhadores, essa empresa não está a comprar bens materiais, mas nem por isso deixa de estar a investir.
  • 13. Página13 Investimento financeiro - É aquele que resulta da venda de acções, ou outros títulos, para as empresas poderem aumentar a sua capacidade de produção. O investimento desempenha um papel determinante no desenvolvimento da actividade económica de um país, traduzindo-se no aumento dos rendimentos a repartir.
  • 14. Página14 Capacidade de financiamento e necessidade de financiamento Como já referi, a poupança é a parte do rendimento que não é gasto, no imediato, em bens de consumo. Acontece que existem agentes económicos que conseguem realizar poupanças e outros que pelo contrário, não conseguem realizar poupanças. Algumas famílias e empresas, conseguem realizar poupanças em montantes superiores aos investimentos, neste caso diz-se que há capacidade de financiamento. Diz-se, portanto que existe capacidade de financiamento por parte de um agente económico quando este efectua uma poupança superior ao montante investido. Mas, pode acontecer que uma empresa que queira investir, por exemplo, na melhoria da qualidade do seu produto, não tenha poupanças suficientes para poder realizar esse investimento. Neste caso, diz-se que há uma necessidade de financiamento.
  • 15. Página15 Funções do investimento O investimento pode desempenhar várias funções: Investimento de substituição: É constituído pelas despesas efectuadas em bens de produção que têm como objectivo substituir o material danificado ou já gasto (quando se compra uma nova máquina para substituir uma outra já avariada). Investimento de inovação: Quando o investimento é aplicado na compra de novas tecnologias, por forma a melhorar e modernizar o processo de produção. Investimento em aumento da capacidade produtiva: Quando as compras se destinam a aumentar a capacidade produtiva da empresa (a compra de um edifício para nele instalar uma nova unidade de produção, por forma a aumentar a produção) .
  • 16. Página16 Apesar de classificarmos o investimento desta três formas possíveis, isso não significa que cada uma destas categorias de investimento seja perfeitamente distinta das outras. Assim, um investimento pode ser simultaneamente de inovação e de aumento de capacidade produtiva. A compra de uma máquina inovadora, em termos tecnológicos, acaba, frequentemente, por permitir também um aumento da produção. A verificação deste facto mostra-nos a importância da inovação no aumento da capacidade de produção de um país. Ao longo dos tempos, a Humanidade evoluiu devido à sua capacidade de inovar.
  • 17. Página17 Assim, o fogo, a roda, muito mais tarde, a máquina a vapor (que impulsionou a Revolução Industrial) e, actualmente, um sem número de inovações, nomeadamente as que estão ligadas às novas tecnologias de informação, fazem parte de um lista de inventos que, em virtude de terem sido postos em prática, revolucionaram a vida das sociedades. Dito isto, podemos facilmente concluir da importância do investimento em inovação tecnológica tanto ao nível das empresas como ao nível do país. No entanto, a inovação tecnológica não surge por acaso mas sim como fruto da investigação, seja ela realizada de forma isolada, como aconteceu ao longo dos séculos ou como acontece, actualmente, através de equipas de investigadores que trabalham nas empresas, nos laboratórios ou nas universidades.
  • 18. Página18 Financiamento interno e financiamento externo: Conforme já referi, o investimento é o motor da actividade económica, porque é o investimento que garante a continuidade e o desenvolvimento da actividade produtiva. Também já exclareci que sem poupança não há investimento, vejamos então como as empresas conseguem obter as poupanças indispensáveis para o tão necessário investimento. Em principio as empresas obtêm lucros. Uma parte desses lucros destina-se a remunerar os funcionários. O lucro restante permanece nas empresas e constitui a poupança das empresas, representando assim a sua capacidade de financiamento. Nestas situações falamos de auto financiamento ou financiamento interno. Mas, normalmente, essa poupança não é suficiente, nomeadamente quando as empresas pretendem efectuar investimentos de inovação ou de aumento da sua capacidade produtiva.
  • 19. Página19 Assim sendo, as empresas precisam de obter financiamento externo. Elas podem, então, proceder de duas maneiras distintas: Recorrem à venda de acções ou de outros títulos, nesta caso fala-se de financiamento externo directo. Recorrem às instituições de crédito, e nesta situação fala-se em financiamento externo indirecto. Conforme verificamos, o financiamento bancario é fundamental para o crescimento e desenvolvimento do meio empresarial mundial.
  • 20. Página20 Os rendimentos e a repartição dos rendimentos estão divididos em quatro áreas nomeadamente: A actividade produtiva e a formação de rendimentos; Repartição funcional do rendimento; Repartição pessoal do rendimento; Redistribuição dos rendimentos.
  • 21. Página21 O facto de vivermos em sociedade exige uma repartição dos rendimentos, que não é nada mais do que dar a cada pessoa o resultado do seu trabalho em uma qualquer unidade monetária ou qualquer outra forma de pagamento. Para que a produção se concretize é necessária a participação de dois factores fundamentais, são eles: Trabalho Capital É na realização do processo produtivo que se geram os rendimentos.
  • 22. Página22 Assim podemos concluir que: A produção cria bens e serviços indispensáveis à sobrevivência, mas também é geradora de riqueza. Quando os bens produzidos são trocados no mercado geram-se fluxos monetários que são distribuídos pelos intervenientes no processo produtivo. Os rendimentos são formados na produção e existe uma correspondência entre o valor da produção e o montante dos rendimentos.
  • 23. Página23 A repartição funcional do rendimento mostra-nos como são remunerados os diferentes intervenientes no processo produtivo, tendo em atenção as funções por eles desempenhadas. Factor Trabalho -Trabalhador -Salário Factor Capital -Empresário -Lucro -Proprietário de Imóveis -Rendas -Detentor de capital/dinheiro -Juros Salário: O salário corresponde à parte do rendimento que é auferido pelo trabalhador em troca do trabalho realizado no processo produtivo. Neste caso fala-se em salário directo, ou seja, na quantidade de moeda que o empresário paga aos trabalhadores.
  • 24. Página24 Algumas famílias recebem, por vezes, transferências do estado, sob a forma de subsídios, como o de desemprego, de doença, etc. Neste caso trata-se de um salário indirecto pois não derivou de uma participação directa no processo produtivo. No entanto, temos de distinguir entre salário nominal e salário real. O salário nominal é a quantidade de moeda que o trabalhador recebe pelo trabalho prestado num determinado período de tempo. O salário real corresponde à quantidade de bens e serviços que o trabalhador pode adquirir com o salário nominal. O salário real traduz, assim, o poder de compra dos trabalhadores.
  • 25. Página25 Conforme referi, a remuneração do factor capital no processo produtivo assume as formas de:  Lucro;  Rendas;  Juros. Lucro: O lucro designa a remuneração dos empresários como contrapartida da sua iniciativa e dos riscos assumidos nos investimentos realizados. O lucro é variável e depende do resultado da actividade produtiva da empresa. O lucro é o resultado da diferença entre o preço de venda e o preço de custo dos produtos produzidos. L = PV – PC
  • 26. Página26 Juro: O juro constitui a remuneração que os detentores de capital auferem pelos empréstimos dos seus capitais. Esta remuneração varia consoante:  A taxa de juro fixada,  A duração (tempo) do empréstimo  O montante do capital emprestado. Renda: A renda, actualmente, corresponde aos rendimentos recebidos pelos proprietários dos prédios urbanos em virtude da sua cedência a terceiros.
  • 27. Página27 Sabias que . . . A Curva de Lorenz é o gráfico utilizado pelos analistas económicos para realçar, sobretudo, a desigualdade da repartição do rendimento ou da riqueza. O método proposto traduz-se na construção de uma curva de distribuição do rendimento ou da riqueza relacionando a % das famílias (valores acumulados) com a % do rendimento ou riqueza (valores acumulados). A análise da Curva de Lorenz permite aos governantes tomar medidas para reduzir as assimetrias existentes através das chamadas políticas de redistribuição do rendimento. O Rendimento Nacional per capita O Rendimento nacional per capita indica-nos uma média, partindo de uma hipótese de igualdade se o rendimento fosse distribuído equivalentemente por todos os elementos de uma população. Rendimento per capita = Rendimento nacional População total
  • 28. Página28 Este indicador é utilizado para estabelecer comparações entre diferentes regiões e países, tornando possível, em certa medida, verificar o desenvolvimento social e económico de um país. Embora o Rendimento per capita seja um indicador importante, ele apresenta algumas limitações que se devem ao facto de:  Por representar uma média, esconde desigualdades na forma como a riqueza de um país está distribuída pela população, ou pelas diferentes regiões do país.  Por ser calculado a partir de dados fornecidos pelos valores da economia formal (declarados), não engloba os valores e os rendimentos da economia paralela, que nos países menos desenvolvidos, representam uma parte significativa da sua riqueza.  Por representar um valor global, o Rendimento per capita não discrimina a natureza da riqueza. Um país pode ser rico em termos económicos, mas ainda pobre em termos sociais, culturais, ambientais, entre outros.
  • 29. Página29 A repartição pessoal do rendimento permite-nos analisar como é que os rendimentos se distribuem pelos agregados familiares de uma dada comunidade. Através da análise podemos apreciar o grau de desigualdade dessa distribuição, as desigualdades salariais. O rendimento pessoal disponível é um indicador do rendimento pessoal. Como sabemos, as famílias têm por principal função consumir. Os seus recursos são constituídos, fundamentalmente, pelas remunerações pagas pelos outros sectores institucionais. Vamos verificar quais os recursos de que dispõe a família Silva, constituída pelo pai, mãe, avô e 2 filhos:
  • 30. Página30 Assim, o rendimento de que esta família pode dispor é constituído quer por rendimentos primários; isto é, aqueles que proveêm do capital e do trabalho (no exemplo, os salários e os juros), quer ainda pelas prestações sociais (abono de família, reformas, subsidio de desemprego). O rendimento das famílias tem origem nas receitas provenientes:  Da actividade produtiva: salários, juros, rendas, lucros;  Das transferências internas: as prestações sociais feitas pela Administração Pública e Privada (pensões, abonos, diversos subsídios, etc.);  Das transferências externas: nestes têm especial relevância as remessas dos emigrantes e outras. No entanto, as famílias têm que pagar impostos sobre: Os Rendimento (impostos directos) Contribuições Sociais (à Administração Pública). Deste modo, o rendimento das famílias ficam mais diminutos.
  • 31. Página31 O Rendimento Disponível das Famílias é, então, constituído pelo total dos rendimentos recebidos pela participação na actividade produtiva e pelas transferências (internas e externas) depois de subtraídos os impostos directos e as contribuições sociais. Mas quais são os factores que fazem existir desigualdades salariais entre a população? Rendimento Pessoal Disponível = Rendimento do Trabalho + Rendimentos do Capital + Transferências - Impostos Directos e Contribuições Sociais Desigualdades Salariais Sexo Ramo e Sector de actividade Habilitação Qualificação Idade Região do país Dimensãoda empresa
  • 32. Página32 A redistribuição do rendimento pode ser analisada, quer segundo a óptica da repartição funcional, quer ainda através da repartição pessoal. É o processo, através do qual o estado e outras instituições procedem à recolha de rendimentos e à sua respectiva transferência, de forma a garantir um melhor nível de vida a todos os cidadãos, corrigindo assim as desigualdades provocadas pela repartição primária dos rendimentos. Na repartição pessoal verificamos a existência de desigualdades de rendimentos. Para reduzir as desigualdades existentes na repartição dos rendimentos, torna-se necessário garantir a toda a comunidade, independentemente dos rendimentos provenientes da actividade exercida por cada um, um conjunto de prestações sociais consideradas fundamentais.  Políticas de redistribuição de rendimentos: Política de Preços: Aplicação de impostos indirectos sobre o consumo de bens e serviços consumidos pelas classes de rendimentos mais elevados. Atribuição de subsídios aos bens ou serviços de primeira necessidade de forma a torna-los mais acessíveis a população com menores recursos, como a saúde e educação.
  • 33. Página33 Política Social: Criação de sistemas de segurança social, que garantem a protecção dos cidadãos em situações de invalidez, desemprego ou velhice. Outra das formas de intervenção social do Estado consite na criação de um rendimento minímo garantido, o qual pretende fazer face às necessidades mais elementares de subsistência de algumas famílias. Política fiscal: Aplicação de impostos directamente sobre os rendimentos das pessoas ou indirectamente sobre os bens e serviços. A redistribuição ainda pode ser conseguida através de impostos sobre o consumo, tributando fortemente o consume de bens de luxo, bem como o consumo supérfluo. A redistribuição dos rendimentos pode ser vertical ou horizontal: A redistribuição diz-se vertical, quando reduzindo as desigualdades provocadas pela repartição primária dos rendimentos, através dos impostos directos. A redistribuição diz-se horizontal, quando ao efectuar transferências para as famílias mais carenciadas, através, por exemplo, de subsídios.
  • 34. Página34 O processo de redistribuição dos rendimentos levado a cabo pelo estado tem, de uma forma geral, os seguintes objectivos:  Corrigir as desigualdades provocadas pela repartição dos rendimentos;  Cobrir colectivamente os riscos individuais;  Pôr à disposição de toda a população um conjunto de bens e serviços sociais. A redistribuição realiza-se através de diferentes instituições, como por exemplo:  Administração Pública Central e Local;  Segurança Social;  Fundo de Desemprego.
  • 35. Página35 Estas instituições canalizam as transferências quer para as empresas quer para as famílias, sob diversas formas, nomeadamente: Para as famílias:  Fornecimento de bens e serviços colectivos, gratuitamente ou através de pagamento parcial; Pensões e subsídios vários. Para as empresas:  Subsídios à produção em determinados sectores;  Isenção de impostos; O essencial da redistribuição é feito através da Segurança Social.
  • 36. Página36 Comparação das desigualdades na distribuição dos rendimentos entre os membros da União Europeia Da análise do Gráfico conclui-se que Portugal é o 4º país da UE-27 no qual as diferenças de rendimento entre a população são maiores.  O rendimento auferido pelos 20,0% mais ricos é 6,1 vezes superior ao dos 20,0% mais pobres. Na Letónia, o valor deste indicador é de 7,3 (em 2007 o valor deste indicador era de 6,3), enquanto na Roménia e na Bulgária (segundo e terceiro país pior classificado) atingiu os 7,0 e 6,5, respectivamente.
  • 37. Página37 Com a elaboração deste trabalho posso concluir que estes dois temas estão bem envolvidos, pois fazem parte da economia actual em que vivemos. Gostei bastante de aprofundar estes temas, pois além de serem assuntos económicos, são também assuntos socias que eu adoro tratar. De facto, pensar em poupar dinheiro nos dias de hoje para muita gente é praticamente impensável. As pesquisas que fiz no decorrer deste trabalho, deixaram-me por vezes, interrogante em relação ao estado de distribuição de rendimentos pela população. Sei, que não podemos ter todos o mesmo nível económico, mas, acho vergonhoso as disparidades do nível de poder económico existentes no mundo. Penso que, um pouco mais de igualdade, só iria fazer com que milhões e milhões de pessoas vivessem mais condignamente. Para finalizar, penso também que as medidas de redistribuição que o estado acciona para os mais carenciados, ficam muito longe do esperado, pois, são uma gota no oceano de pobreza em que imensa gente vive.