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FILO ARTROPODA
Características Gerais
Os Arthropoda apresentam:
Exoesqueleto quitinoso, sujeito a mudas ou ecdises;-	
Patas e corpo articulados (Áthron = articulação; podos-	
= pés, patas) e segmentados (metameria homô-noma
e heterônoma);
Habitat o mais variado (terrestre), aquático, aéreo, or--	
gânico;
Simetria bilateral, celomados, esquizocélios, triblásti--	
cos, protostômios;
Cerca de 1.000.000 de espécies (trata-se do filo mais-	
numeroso);
Importância médica, agronômica, veterinária, alimen--	
tar, econômica, etc.
Classificação (Sistemática)
As cinco principais classes do filo arthropoda são:
Insecta - Exemplos: moscas, besouros, baratas, pul-
gas, piolhos, percevejos, gafanhotos, pernilongos, abe-
lhas, cupins, formigas.
Arachnida - Exemplos: aranhas, escorpiões, carra-
patos.
Crustácea - Exemplos: camarões, siris, caranguei-jos,
lagostas, pitu, tatuzinhos-de-jardim, baratinhas-de-praia.
Chilopoda - Exemplos: lacraias, centopéias.
Diplopoda - Exemplos: piolhos-de-cobra (gongolôs
ou embuás)
Classe Insecta
Conceito
Os insetos são artrópodos, geralmente com asas, de
respiração traqueal, excreção por tubos de Malpighi, dí-
ceros, portadores de três pares de patas que partem do
tórax (hexápodes) é a classe mais numerosa do filo, pois
correspondem a 97% dos Artropoda, ou seja, mais de
900.000 espécies.
Os insetos são os animais mais bem-sucedidos da
natureza. São também os mais numerosos e sofrem
adaptações aos mais diversos ambientes e aos mais di-
ferentes meios de vida.
Morfologia Externa
Os insetos apresentam o corpo dividido em três re-
giões: cabeça, tórax e abdômen.
Os olhos são compostos facetados ou múltiplos,
constituídos de unidades visuais chamados omatídios,
podendo existir milhares num só olho composto.
Também há olhos simples ditos ocelos. Os ocelos
são sensíveis à luz e à sombra, mas não formam ima-
gens. Os olhos compostos formam imagens “quadricu-
ladas” dos objetos, isto é, cada omatídio (unidade vi-sual)
“enxerga” uma parte do objeto.
Os olhos compostos também percebem (identificam)
algumas cores.
2
Digestão
O tubo é completo, contando inclusive com glându-
las salivares, fígado e pâncreas (fundidos em hepato-
pâncreas).
O tubo digestivo é composto por: boca, faringe (mus-
cular), esôfago, papo (armazenamento), moela ou pro-
ventrículo (trituração), estômago (ventrículo) ligado aos
cecos gástricos (produz enzimas digestivas), intestino
(absorção), reto e ânus.
Aparalhos Bucais
Respiração
O sistema respiratório dos insetos é do tipo tra-
queal.
Na parede do corpo (tórax e abdômen) existem ori-
fícios, denominados estigmas, ligados a tubos, tra-
quéias, muito ramificados e que chegam até as proxi-
midades de cada célula do corpo por meio das tra-quéias
e traqueíolas (ramificações finíssimas das tra-quéias).
Alguns insetos possuem sacos aéreos (gafanhotos) -
dilatações das traquéias, que servem como reserva-tório
de ar.
O ar atmosférico em oxigênio, atinge todas as célu-
las do corpo e o gás carbônico por elas produzido se di-
funde para o meio ambiente.
As traquéias dos insetos
A) Troncos grandes e ramos. B) Parede celular de
um tubo traqueal e seu filamento espiralado. C) Ramos
terminais ao redor de fibras musculares. D) Traqueíolas
finas distribuídas sobre fibras musculares.
Circulação
O sistema circulatório dos insetos é do tipo aberto ou
lacunar; o coração é dorsal, mandando sangue (tam-bém
chamado hemolinfa) às lacunas entre os órgãos.
A grande diferença entre o sistema circulatório dos
insetos e crustáceos é que nos primeiros não existem
pigmentos respiratórios, tais como ao hemocianina pre-
sente nos crustáceos.
A função do sistema circulatório é transportar ali-
mentos e substâncias respiratórias. Portanto, nos inse-
tos, o sistema respiratório não está associado ao
circulatório, como acontece em outros animais, inclusi-
ve em outros artrópodes.
3
Excreção
A eliminação das excreções que circulam no san-
gue dos insetos é feita através de estruturas filiformes,
os túbulos de Malpighi. Estes túbulos estão mergulha-
dos na cavidade corporal, em contato com o sangue, de
onde removem as excreções (ácido úrico, uréia, sais).
Seus dutos excretores desembocam no intestino, onde
os produtos de excreção são lançados e sendo então,
eliminados com as fezes.
Coordenação
O sistema nervoso, muito semelhante ao dos anelí-
deos, é constituído por gânglios cerebróides e uma ca-
deia ganglionar ventral (hiponeuros).
Reprodução
Os insetos são organismos dióicos. O macho e a fê-
mea podem geralmente, ser distinguidos externamente,
ou seja, apresentam dimorfismo sexual evidente.
A reprodução inicia-se com a cópula. O macho intro-
duz o pênis na vagina da fêmea e ejacula, isto é, elimi-
na seus espermatozóides. Estes vão até a espermate-
ca, onde são armazenados temporariamente. Os óvulos
produzidos pelos ovários descem pelos ovidutos e, ao
passarem pela espermateca, são fecundados pelos es-
permatozóides ali presentes, sendo eliminados em se-
guida. A fecundação é, portanto, interna.
Em alguns insetos, a porção terminal do abdômen
da fêmea forma uma projeção, o ovopositor, que serve
para perfurar o solo, frutas ou mesmo outros animais e aí
introduzir seus ovos.
O desenvolvimento dos ovos dos insetos pode ser
direto ou indireto. Durante o desenvolvimento do ovo, a
maioria dos insetos sofre metamorfose. Dependendo do
grau de metamorfose, eles são classificados em três ti-
pos:
Ametábolos: Alguns insetos podem eclodir do ovo
já com forma semelhante ao adulto. Ocorrem mudas
su-cessivas durante o seu desenvolvimento, o que é
ne-cessário para que possam crescer, já que seu exoes-
queleto quitinoso é rígido. Quando atingem o estágio
adulto, as mudas cessam. Insetos deste tipo, em que o
jovem é muito semelhante ao adulto, são denominados
ametábolos (de a = “não” e de metabolé = “mudança”).
Exemplo: traça (Lepisma sp.), que pertencente à
ordem Thysanura.
Hemimetábolos: Outros insetos podem durante seu
desenvolvimento, passar por mudanças graduais ou
incompletas. Assim que saem do ovo, são chamados
ninfas (sem asas e sem sistema reprodutor mas com
olhos compostos), tendo alguma semelhança com o
adulto. Com as sucessivas mudas, o jovem vai sofren-
do uma metamorfose incompleta que culmina com a
transformação no adulto, chamado imago.
Insetos que sofrem metamorfose incompleta são
chamados hemimetábolos (de hemi = “metade” e de
metabolé = “mudança”).
Obs: As ninfas aquáticas são ditas náiades, e as
ninfas de gafanhoto, saltão.
Holometábolos: Em outros insetos, do ovo eclode
um pequeno organismo vermiforme com corpo segmen-
tado, que pode ou não ter pernas, mas não tem olhos
nem asas. Esta fase vermiforme é chamada larva (sem
olhos compostos) e passa por sucessivas mudas, trans-
formando-se em uma pupa. A pupa difere da larva por
apresentar, geralmente, menor movimentação. Na pupa
ocorrem profundas mudanças; os tecidos larvais são
destruídos e novos tecidos, características do adulto, são
formados. A fase de pupa representa, assim, o mo-mento
da transformação da larva no adulto. Uma vez formado,
o adulto romperá a cutícula pupal e emergirá a partir daí
não sofrerá mais nenhuma muda.
O termo crisálida é mais usada para borboletas e
mariposas e pupas para moscas e mosquitos. Pupa e
crisálida não se nutrem, mas sofrem muitas modifica-
ções para se transformar no imago.
A transformação da pupa em adulto é a metamor-
fose completa, e os insetos que a possuem são cha-
mados holometábos (de hólos = “total” ee de metabolé
= mudança).
4
DESENVOLVIMENTO
Direto
(Ametábolos =
sem metamorfose)
Primitivamente
sem asas
Ovo → adulto
(imago)
Ex.:
traças-de-livro
Indireto
(Metábolos = com
metamorfose)
Primitvamente com
asas
Metamorfose
Incompleta
(Hemimetábolos)
Ovo → Ninfa →
adulto (imago)
Ex.: percevejos,
baratas,
gafanhotos,
louva-a-deus,
grilos, cigarras
Metamorfose
Completa
(Holometábolos)
Ovo → Larva → Pupa
→ Adulto (imago)
Ex.:moscas,
mosquitos,
borboletas,
besouros,
abelhas,
formigas,
cupins.
Classe Crustacea
Morfologia Externa
Geralmente o corpo divide-se em cefalotórax e ab-
dômen. Não há um número uniforme de patas, mas nos
crustáceos superiores (camarão, lagosta, siri, carangue-
jo, etc.) aparecem sempre cinco pares de patas (decá-
podos) torácicas chamadas pereópodos.
Os crustáceos são portadores de um par de mandí-
bulas, dois pares de maxilas e dois pares de ante-
nas. Os três primeiros apêndices torácicos dos crustá-
ceos superiores estão voltados para a boca, auxiliando
a alimentação: são as chamadas patas mastigadoras ou
maxilípedes.
Os cinco pares de apêndices torácicos (pereópo-
dos) restantes servem para a defesa, ataque, captura
do alimento e locomoção, sendo que o primeiro pode
estar transformado em quela, uma pinça forte usada
na defesa ou na apreensão do alimento. Os olhos são
compostos (formados por omatídios).
O abdômen apresenta, freqüentemente, apêndices
para natação (pleópodos) e transporte de ovos nas fê-
meas, como no camarão, mas no caso do siri e do ca-
ranguejo abdômen menos desenvolvido é dobrado para
baixo do cefalotórax.
Digestão e Respiração
O sistema digestório dos crustáceos é composto•	
pela boca ventral (situada entre as mandíbulas), à qual
se segue um curto esôfago, que se abre no estômago.
O alimento capturado é levado às mandíbulas, onde é
triturado e ingerido.
Sob o estômago, situam-se duas glândulas digesti-
vas, chamadas hepatopâncreas, que produzem as enzi-
mas digestivas secretadas no estômago.
O alimento digerido no estômago é absorvido no in-
testino, lançado no sangue e distribuído por todo o cor-
po. Os restos não digeridos são eliminados pelo ânus.
A respiração é feita por brânquias, ramificações•	
laterais situadas na base das patas. Elas são protegidas
por abas do exoesqueleto, que podem formar câmaras
cheias de água, permitindo o afastamento temporário
de meio aquático, como nos caranguejos e baratas de
praia. Em pequenos crustáceos a respiração pode ser
5
cutânea, e nos tatuzinhos-de-jardim aparecem ramifica-
ções semelhantes às traquéias.
As formas terrestres apresentam também respiração
branquial, o que exige que vivam em ambientes que
umedeçam suficientes seus filamentos branquiais e per-
mitam a difusão dos gases. Este é o caso, por exemplo,
dos tatuzinhos-de-jardim.
Certos caranguejos podem afastar-se da água por
certo tempo, pois levam água nas câmaras onde se alo-
jam as brânquias, impedindo que estas sequem e dei-
xem de efetuar as trocas respiratórias.
Circulação, Excreção e Coordenação
O sistema circulatório, transportador de alimento,•	
oxigênio e gás carbônico por todo o corpo, além das
ex-creções produzidas pelas células, é constítuido por
um coração dorsal, de onde partem vasos que levam
o sangue para todos os órgãos. Ao chegar nos diversos
órgãos, o sangue abandona os vasos e cai em lacunas,
onde ocorrem trocas gasosas, ficando o sangue carre-
gado de CO2. O sangue, agora oxigenado, segue por la-
cunas até o coração, onde penetra por fendas nele pre-
sentes, sendo bombeado e redistribuído ao corpo. Po-
dem apresentar hemocianina dissolvida no plasma.
Os resíduos orgânicos presentes no sangue e•	
nas cavidades do corpo são retirados e excretados por
um par de estruturas denominadas glândulas verdes
ou antenárias. Estes órgãos de excreção localizam-se
na região anterior do corpo, próximo às antenas. Das
glândulas verdes, partem dutos que se abrem nos poros
excretores, a base ventral das antenas.
Como nos anelídeos, o sistema nervoso dos crus-•	
táceos é ventral. Na região anterior, vários gânglios
fundidos constituem o cérebro, ao qual segue a cadeia
ventral. Do cérebro e da cadeia nervosa partem prolon-
gamentos que chegam aos músculos e às estruturas
(antenas, olhos e pêlos sensitivos).
Reprodução
A maioria dos crustáceos apresenta sexos separa-
dos. Quando um macho e uma fêmea sexualmente ma-
duros se encontram, pode ocorrer a cópula. O macho vi-
ra a fêmea de ventre para cima e encosta seu abdome
contra o dela. Com o auxílio dos apêndices abdominais
tubulares, transfere seus espermatozóides para os re-
ceptáculols seminais da fêmea, que se situam ventral-
mente na região do cefalotórax. Após a cópula, os par-
ceiros se separam. Mais tarde, a fêmea ovula, e os óvu-
los são fecundados externamente., ficando aderidos por
uma matriz mucosa ao seu abdome. Dos ovos podem
emergir indivíduos jovens semelhantes aos pais (desen-
volviomento direto) ou formas larvais (desenvolvimento
indireto), dependendo da espécie considerada.
Classe Chilopoda
Os quilópodos (do grego Khylos = mil ou cheilos =
lábio e podós = pés) são animais conhecidos popular-
mente como centopéias ou lacrais.
Têm o corpo longo, cilíndrico, ligeiramente achatado
dorsoventralmente, segmentado em numerosos anéis,
nos quais se prendem as patas articuladas (um par pa-
ra cada segmento). A divisão do corpo é simples, com-
preendendo apenas a cabeça e o tronco.
Há um par de antenas longas e o primeiro par de pa-
tas está adaptado para a inoculação de peçonha (forcí-
pulas). A peçonha (veneno) tem ação bastante doloro-sa,
mas dificilmente mortal.
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Classe Diplopoda
Os diplopodos (do grego diplos = duplo e podós
= pés) são muito aparentados com os quilópodos. Du-
rante muito tempo diplópodos e quilópodos foram estu-
dados numa classe única, então chamada Myriapoda (do
grego myriás = dez mil, e podós = pés). Os dipló-podos
se caracterizam, todavia, por ter dois pares de patas
articuladas em cada segmento como consequên-cia da
soldadura dos segmentos dois a dois (os quilópo-dos têm
apenas um) e são todos inofensivos, já que não possuem
glândulas secretoras de peçonha.
Vivem em buracos no solo. Enroscam-se quando
agredidos, são vulgarmente conhecidos como gongolôs,
embuás ou piolho-de-cobra (piolho, aqui tem sentido de
diminutivo irônico). Cientificamente: Julus maximus.
Classe Arachnida
Principais Características
Corpo dividido em cefalotórax e abdômen.•	
Presença de quatro pares de patas (animais octópo-•	
dos).
Ausência de antenas (são áceros).•	
Presença de palpos (apêndices semelhantes a patas,•	
mas sem finalidade de locomoção; servem para pren-
der vítimas e alimentos ou possuem função sexual).
Muitas espécies peçonhetas e perigosas. Outras são•	
parasitas (sarna, acne “cravo”, carrapatos), ocorren-
do, através de algumas, a transmissão de doenças
infectocontagiosas.
Na maioria, respiração por filotraquéias (ou pulmões-•	
livro), traquéias normais ou ambos os processos.
Digestão
As aranhas são predadoras principalmente de inse-
tos, saltando sobre eles ou aprisionando-os em suas
teias. O sistema digestivo é completo, porém sem man-
díbulas, razão pela qual o intestino despeja enzimas so-
bre a presa, para iniciar a digestão extracorpórea.
Quando a presa torna-se liquefeita, é “aspirada” pelo
estômago sugador para completar a digestão.
Respiração
A respiração processa-se através de filotraquéias ou
“pulmões” foliáceos.
Encontramos no abdômen os estigmas das filotra-
quéias (2 ou 4 pares de cada lado). Estas são um tipo
especial de traquéia formada por 15 a 20 lâminas dis-
postas como as páginas de um livro, alojadas dentro de
uma cavidade, que se comunica com o exterior por uma
abertura chamada estigma. As lâminas são muito vas-
cularizadas, o que permite a hematose. Quando existe
apenas um par de filotraquéias, é comum existir tam-bém
uma traquéia ramificada que completa a respiração.
Circulação
É do tipo aberta, como nos demais artrópodos, sen-do
o coração dorsal circundado por um pericárdio. O sangue
é incolor contém corpúsculos amebóides e he-mocianina
dissolvida.
Excreção
É realizada por túbulos de Malpighi pares, ligados
ao intestino e por um ou dois pares de glândulas coxais
situados no assoalho do cefalotórax. O principal produto
de excreção é a guanina.
Sistema Nervoso
Como nos demais artrópodes é do tipo ganglionar e
posição ventral.
Os orgãos dos sentidos podem ser pêlos sensitivos,
olhos e fendas sensitivas. Os olhos são simples (oce-los),
os pêlos são abundantes e fornecem informações sobre
objetos próximos, gravidade, movimento do ar, etc.
Reprodução
Os sexos são geralmente separados (dióicos) e a fe-
cundação é interna. Nas aranhas, o macho produz uma
bolsa de seda com espermatozóides e com o palpo co-
loca-a no oríficio genital da fêmea. Em alguns casos, o
macho é comido pela fêmea após a cópula. Nos escor-
piões, o macho deposita um espermatóforo no chão e,
durante a dança de corte, “ajeita” a fêmea, de modo que
o espermatóforo entre em seu poro genital. Nos escor-
piões e nas aranhas, o desenvolvimento é direto, mas
nos acarinos é indireto, isto é, aparece uma larva (hexá-
poda) seguida de uma ninfa (octópodo) e finalmente o
adulto.
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TESTES
01. (FUVEST-SP) Quais das afirmações abaixo são válidas
para os insetos?
01) 	As células do animal estão em contato direto com o ar.
02) 	A hemoglobina transporta o oxigênio e o gás carbônico.
04) 	A obliteração de uma das aberturas do aparelho respira-
tório causará a morte do animal.
08) 	O animal vive apenas em ambiente de baixa concentra-ção
de oxigênio.
16) 	O animal forma dióxido de carbono na respiração.
02. São características dos artrópodos:
01)	 Exoesqueleto quitinoso.
02)	 Corpo segmentado.
04)	 Ausência de celoma.
08) 	Três folhetos embrionários.
16) 	Sistema circulatório fechado.
03. Assinale os animais abaixo relacionados que apresentem
as seguintes características: duas antenas, corpo dividido em
cabeça, tórax e abdome e 3 pares de patas:
01)	 Camarão.
02) 	Mosca.
04) 	Borboleta.
08) 	Grilo.
16) 	Aranha.
32) 	Escorpião.
04. (UNIMED) O artrópodo que apresenta as seguintes carac-
terísticas: corpo com abdômen e cefalotórax, ausência de an-
tenas e oito patas é: 	
Camarão.a)	
Inseto.b)	
Quilópode.c)	
Aranha.d)	
Diplópode.e)	
05. (LAVRAS) As características abaixo relacionadas referem-
se a organismos do Phylum Artropoda:
Cefalotórax; antenas e mandíbulas ausentes; quatro paresI.	
de patas locomotoras; olhos simples; respiração por tra-
quéias ou filotraquéias; fecundação interna.
Dois pares de antenas; olhos compostos ou simples; respi-II.	
ração por brânquias ou pela superfície do corpo; cefalo-
tórax recoberto por carapaça.
Corpo composto de cabeça, tórax e abdômen; 1 par de an-III.	
tenas; mandíbulas e maxilas presentes; olhos compostos;
fecundação interna; 3 pares de patas locomotivas.
Cabeça com 1 par de antenas, mandíbulas presemntes;IV.	
corpo com 15 ou mais pares de patas locomotoras; olhos
compostos ou simples.
Assinale a opção que contenha a seqüência correta dos or-
ganismos que apresentam as características acima citadas:
Aracnídeos - Miriápodes - Insetos - Crustáceos.a)	
Crustáceos - Aracnídeos - Insetos - Miriápodes.b)	
Insetos - Miriápodes - Crustáceos - Aracnídeos.c)	
Aracnídeos - Crustáceos - Insetos - Miriápodes.d)	
Miriápodes - Insetos - Crustáceos - Aracnídeos.e)	
Observação:
Antigamente, quilópodos e diplópodos formavam um único
grupo denominado miriápodes.
06.	Piolho-de-cobra e lacraia são exemplos respectivos de:
quilópodo e diplópodo.a)	
crustáceo e diplópodo.b)	
diplópodo e quilópodo.c)	
quilópodo e aracnídeo.d)	
diplópodo e inseto.e)	
07. (UFPR) Artrópodos têm exoesqueleto quitinoso e apêndi-
ces articulados variáveis. Assinale as afirmações corretas:
01) 	As moscas têm seis patas, duas antenas curtas e apêndi-
ces bucais (mandíbulas).
02) 	Os camarões têm as brânquias nas partes próximas dos
seus apêndices abdominais.
04) 	As aranhas utilizam as quelíceras para secretar suas
teias.
08) 	A abelha operária defende sua colméia com o ferrão, que é
um ovipositor modificado.
16) 	As borboletas se alimentam de líquidos por meio das
maxilas transformadas em espirotromba.
32) 	Os piolhos-de-cobra (Diplopoda) tem corpo longo, cilíndri-
co, com muitos segmentos, cada um com dois pares de
pernas.
08. Assinale as opções nas quais o nome da estrutura esteja de
acordo com a função desempenhada e o grupo animal a que
pertence:
01)	 Túbulos de Mapighi - excreção nos insetos.
02)	 Filotraquéias - Excreção nas aranhas.
04)	 Glândulas verdes - Respiração nos crustáceos.
08)	 Traquéias - Respiração em insetos.
16)	 Glândulas coxais - Excreção em minhocas.
09. (UFCE) Quanto à morfologia dos animais, podemos afir-mar
corretamente:
01)	 O exoesqueleto é uma estrutura típica dos artrópodes.
02)	 Os insetos apresentam o corpo dividido em cabeça, tórax e
abdômen.
04) 	As aranhas apresentam quatro pares de patas.
08)	 Os crustáceos apresentam dois pares de antenas.
16)	 Entre os artrópodos, os únicos que não têm o corpo seg-
mentado são os escorpionídeos.
32)	 Os insetos ápteros são aqueles desprovidos de antenas.
10. São características dos aracnídeos:
01)	 Quatro pares de patas.
02)	 Ausência de antenas.
04)	 Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.
08)	 Respiração branquial.
11. Pertencem à classe Arachnida:
01)	 Escorpião.
02)	 Formiga.
04)	 Centopéia.
08)	 Cravo.
16)	 Caranguejo.
32)	 Siri.
12.	Assinale as relações verdadeiras:
01) 	Crustacea – siri.
02) 	Insecta – mosca.
04) 	Arachnida – carrapato.
08) 	Diplopoda – piolho-de-cobra.
16)	 Chilopoda – grilo.
8
13. Assinale as estruturas normalmente encontradas em um
crustáceo:
01) 	Glândulas verdes.
02) 	Exoesqueleto quitinoso.
04) 	Traquéia.
08)	 Antenas.
16) 	Nefrídios.
14. Os artrópodos constituem o maior filo da natureza. Assina-
le as alternativas que apresentam apenas exemplos de artró-
podos:
01) 	Caracol e pulga.
02) 	Siri e sanguessuga.
04) 	Centopéia e mosquito.
08) 	Aranha e lombriga.
16) 	Escorpião e lagosta.
32) 	Minhoca e lagarto.
15. Assinale as opções que apresentam apenas característi-
cas dos crustáceos:
01) 	Dois pares de antenas.
02) 	Três pares de patas.
04) 	Corpo dividido em cefalotórax e abdome.
08) 	Respiração traqueal.
16) 	Excreção por glândulas verdes.
16. Assinale as alternativas corretas sobre os crustáceos:
01) 	São áceros.
02) 	O corpo é dividido em cefalotórax e abdome.
04) 	São, exclusivamente, marinhos.
08) 	Apresentam glândulas verdes como elementos de excre-
ção.
16) 	São monóicos em sua grande maioria.
17. (FIUBE-MG) Em que alternativa as características apre-
sentadas identificam os crustáceos?
Patas Antenas Respiração
a) quatro pares Ausentes Traqueal
b) quatro pares Ausentes Pulmonar
c) numerosas e diferentes Dois pares Branquial
d) numerosas e semelhantes Um par Traqueal
e) três pares Um par traqueal
18. (UEL) Considere os tipos de estrutura e os animais abaixo.
nematocisto.I.	
Exoesqueleto quitinoso.II.	
Protonefrídio.III.	
artrópodesa)	
cnidáriosb)	
platelmintosc)	
Associe corretamente cada tipo de estrutura com os animais
que a apresentam:
Ia, IIb, IIIca)	
Ia, Iic, IIIbb)	
Ib,Iia, IIIcc)	
Ib, Iic, IIIad)	
Ic, Iia, IIIbe)	
19. (UEL) Entre os artrópodos, a presença de dois pares de
antenas caracteriza os :
Insetos;a)	
Crustáceos;b)	
Aracnídeos;c)	
Diplóicos;d)	
Quilópodos.e)	
20. (Unifor-CE) São artrópodes:
a) 	mosca, aranha, centopéia, sanguessuga.
b) 	lagosta, borboleta, escorpião, carrapato.
c) 	 carrapato, minhoca, pulga, piolho.
d) 	camarão, pulga, gafanhoto, sanguessuga.
e) 	besouro, aranha, gongolô, solitária.
21. (Fuvest-SP) Os artrópodes apresentam, entre outras ca-
racterísticas, pernas articuladas. Entre eles, os que têm o cor-
po dividido em cabeça, tórax e abdome, e três pares de per-nas
são os:
a)	 crustáceos.
b)	 miriápodes.
c)	 aracnídeos.
d)	 insetos.
e)	 escorpiões.
22. (Vunesp-SP) O sistema circulatório dos insetos não per-
mite rápida circulação do sangue, mas esses animais podem
conseguir grandes quantidades de energia rapidamente, por-
que:
a) 	são anaeróbicos.
b) 	contêm pigmentos exclusivos para transporte de oxigênio.
c) 	 só armazenam alimentos na forma de carboidratos.
d) 	as lacunas do seu sistema circulatório armazenam ar.
e)	 suas células não dependem do sangue para receber oxi-
gênio.
23. (Santo Amaro-SP) A excreção nos insetos é efetuada
através de:
a)	 nefrídios.
b) 	tubo de Malpighi.
c) 	 células-flama.
d) 	rins.
e) 	bexiga.
24. (UFMG) Todas as afirmativas sobre o filo Artrópode estão
corretas, exceto:
a) 	Exoesqueleto quitinoso favoreceu seu sucesso evolutivo.
b) 	A excreção se faz por túbulos de Malpighi ou glândulas es-
peciais.
c) 	 Formas parasitas são encontradas em diversas de suas
classes.
d) 	O sistema nervoso é dorsal, com gânglios cefálicos.
e) 	A circulação é aberta contendo, ou não, no sangue, pig-
mentos respiratórios.
25. (PUC-SP) Um animal que apresenta o corpo formado por
cefalotórax e abdome, recoberto de quitina e destituído de
antenas é um:
a) 	quilópode.
b) 	aracnídeo.
c)	 inseto.
d)	 crustáceo.
e)	 anelídeo.
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26. (Fuvest-SP) O que é que a minhoca tem, e a mosca
também?
a)	 sistema circulatório fechado
b)	 metameria
c)	 respiração cutânea
d)	 hermafroditismo
e)	 desenvolvimento direto
27. (Unesp) Analise os itens abaixo, identificando em qual está
relacionado um filo com um animal seu representante:
FILO ANIMAL
I. Porifera
II. Coelenterata
III. Arthropoda
pólipos
medusas
caranguejo
A alternativa verdadeira é:
a)	 somente I é correta.
b)	 somente I e II são corretas.
c)	 somente II e III são corretas.
d)	 somente I e III são corretas.
e)	 I, II e III são corretas.
28. (Vunesp-SP) Um par de antenas, dois pares de antenas e
ausência de antenas são características, respectivamente, dos
seguintes grupos de artrópodes:
a)	 insetos, aracnídeos e crustáceos.
b)	 crustáceos, insetos e aracnídeos.
c)	 aracnídeos, crustáceos e insetos.
d)	 insetos, crustáceos e aracnídeos.
e)	 aracnídeos, insetos e crustáceos.
29. (FlA-SP) Em crustáceos, os resíduos orgânicos do sangue
das cavidades do corpo são retirados e excretados por estru-
turas denominadas:
a)	 túbulos de Malpighi.
b)	 glândulas verdes.
c)	 protonefrídios.
d)	 células-flama.
e)	 glândulas coxais.
30. (Unimep-SP) Dos artrópodes relacionados a seguir, assi-
nale a alternativa que apresenta exemplos apenas de crustá-
ceos:
a)	 Aranha, camarão, barata e centopéia.
b)	 Camarão, lagosta, siri e caranguejo.
c)	 Escorpião, siri, mosquito e estrela-do-mar.
d)	 Caranguejo, besouro, carrapato e gafanhoto.
e)	 Nenhuma das alternativas anteriores.
31. (UFMG) “Agosto e setembro são os meses em que mais
aparecem escorpiões, pois é justamente nesses meses que
eles têm seu período de reprodução. O inseto se refugia nos
mais diferentes lugares, como amontoados de madeira, pe-
dras, entulhos, fendas na parede ou atrás de móveis. Diaria-
mente, pelo menos uma pessoa picada por escorpião é aten-
dida no Centro de Toxologia do hospital João XXIII”. (Estado
de Minas, 17/08/1990). Essa matéria sobre o escorpião incor-re
em erro ao:
a)	 descrever seu comportamento.
b)	 indicar seu hábitat.
c)	 indicar seu período de reprodução.
d)	 referir-se à sua classificação taxonômica.
e)	 referir-se à sua nocividade.
32. (Fuvest-SP) Um invertebrado cujo corpo é constituído
por cefalotórax e abdome, que não possui antenas, dotado de
quatro pares de patas locomotoras e um par de quelíceras é
um:
a)	 crustáceo.
b)	 inseto.
c)	 aracnídeo.
d)	 diplóide.
e)	 quilópode.
33. (UFPA) “...tropeço em uma pedra, escavo a cavidade des-
coberta e uma aranha imensa de pêlo vermelho me olha fixa-
mente, imóvel, grande como caranguejo... Um besouro dou-
rado me lança sua emanação mefítica enquanto desaparece
como um relâmpago seu radiante arco-íris...” Nesse trecho
Neruda não cita animais do grupo dos:
a)	 crustáceos.
b)	 coleópteros.
c)	 aracnídeos.
d)	 diplópodos.
e)	 insetos.
34. (FURRN) A alternativa incorreta é:
a)	 Os crustáceos apresentam 2 pares de antenas.
b)	 Os quilópodes têm o corpo formado pela cabeça e por
vários segmentos corporais; apresentam um par de patas
por segmento.
c)	 Os diplópodes apresentam o corpo formado de cabeça e
por vários segmentos corporais; cada segmento contém 2
pares de patas.
d)	 Os aracnídeos não possuem antenas.
e)	 Os insetos têm o corpo dividido em cefalotórax e abdome.
35. (UFGO) No quadro a seguir, cada coluna se refere a ca-
racterísticas de uma classe de artrópode.
Antenas
Divisão
do corpo
Desenvolvimento Habitat
I Um par
Cabeça, tórax
e abdomem
Indireto Terrestre
II
Dois
pares
Cefalotórax e
abdomem
Indireto Aquático
III Ausente
Cefalotórax e
abdomem
Direto Terrestre
Assinale a alternativa que indica a ordem correta das colunas:
a)	 I - crustáceo; II - inseto; III - aracnídeo.
b)	 l - inseto; II - aracnídeo; III - crustáceo.
c)	 I - inseto; II - crustáceo; III - aracnídeo.
d)	 I - aracnídeo; II - crustáceo; III - inseto.
e)	 I - crustáceo; II - aracnídeo; III - inseto.
36. (PUC) As ilustrações abaixo representam animais do
Phylum Arthropoda.
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Assinale a opção que indica corretamente, na sequência de I a
IV, as classes a que pertencem esses animais:
I Arachnida, II Insecta, III Crustacea, IV Chilopoda, V Di-a)	
plopoda.
I Crustacea, II Arachnida, III Insecta, IV Diplopoda, V Chi-b)	
lopoda.
I Insecta, II Crustacea, III Arachnida, IV Chilopoda, V Di-c)	
plopoda.
I Crustacea, II Arachnida, III Insecta, IV Chilopoda, V Di-d)	
plopoda.
I Insecta, II Arachnida, III Crustácea, IV Diplopoda, V Chi-e)	
lopoda.
37. (UNITAU-SP) Não é característica dos crustáceos:
a)	 apresentarem simetria bilateral.
b)	 serem triblásticos.
c)	 terem segmentação metamérica.
d)	 possuírem respiração por brânquias.
e)	 serem pseudocelomados.
38. (MACK-SP) Num jantar, havia camarão, lagosta, ostra, lula
e pedaços de polvo. Essa refeição continha, portanto:
a)	 somente moluscos.
b)	 somente crustáceos.
c)	 somente peixes e crustáceos.
d)	 somente crustáceos e moluscos.
e)	 crustáceos, moluscos e peixes.
FILO EQUINODERMATA
(Equinos = espinhos)
(Derma = pele)
Os equinodermas constituem um grupo exclusiva-
mente marinho.
O número de fósseis registrado é enorme, e entre os
espécimes atuais encontram-se os ouriços-do-mar, bo-
lachas-de-praia (corrupios), estrelas-do-mar, serpentes-
do-mar (ofiúros), holotúrias ou pepinos-do-mar e os lí-
rios-do-mar.
São invertebrados de vida livre, raramente fixos, tri-
blásticos, celomados, deuterostômios, simetria bilate-
ral nas larvas e no adulto simetria radial. Apresentam
endoesqueleto CALCÁRIO, guarnecidos por espinhos,
logo abaixo da epiderme.
Os espinhos são móveis e podem auxiliar o movi-
mento, além de lhes proporcionar proteção. Possuem um
SISTEMA AMBULACRAL, exclusivo desse filo.
No corpo dos equinodermas mais comuns, há algu-
mas projeções externas, tais como:
espinhos:•	 projeções do endoesqueleto; longos ou
curtos, móveis (como os ouriços) ou não (como nas
estrelas);
pés ambulacrais•	 (do latim, ambulare - caminhar):
projeção de um sistema interno de canais no qual
circula a água do mar filtrada por uma placa poro-
sa, o madreporito. Esses pés atravessam pequenos
orifícios do endoesqueleto para poderem se projetar
externamente, e ajudam o animal a se locomover;
pedicelárias:•	 projeções da pele que terminam em
pinças. Servem para proteção e defesa; podem ser
venenosas (ouriços) ou não (estrelas); mantém o
corpo do animal.
pápulas:•	 elevações muito pequenas da pele fina;
realizam trocas gasosas.
Sistema Ambulacrário
Uma das características marcantes dos equinoder-
mos é a presença de um complexo sistema de canais;
tubos e vesículas, denominado sistema ambulacrário
ou sistema aqüífero, que se relaciona com a locomo-
ção, excreção, respiração, circulação e até mesmo
com a percepção do animal. Este sistema inicia-se com
a placa madrepórica ou madrepórito, localizada na parte
dorsal do animal, por onde a água do mar penetra; em
seguida a água alcança o canal pétreo e o canal ane-
lar ou circular que se encontra ao redor do tubo diges-
tivo. Do canal circular partem os canais radiais, que
percorrem o corpo do animal.
Em cada canal radial existem muitos pares de vesí-
culas denominadas ampolas. De cada ampola parte um
pé ambulacral, que sai para o exterior do animal atra-
vés de orifícios do esqueleto.
Pela contração da ampola a água aí contida é im-
primida ao pezinho oco que se estende alargando a
extremidade em forma de ventosa, com a qual ele se
fixa no substrato. Dilatando-se a ampola, a água volta,
os pezinhos ficam murchos e soltam-se do substrato. O
animal locomove-se alternadamente, fixando e despren-
dendo os pés ambulacrários.
No canal circular existem expansões denominadas
vesículas de Poli, que regulam a pressão da água no
sistema. As variações de pressão da água do sistema
determinam a expansão ou retração dos pés, fato que
culmina com o deslocamento do animal.
SISTEMA AMBULACRÁRIO
(FUNÇÕES)
Locomoção
Respiração
Excreção
Fixação
11
TEGUMENTO
Epiderme ciliada e derme com espinhos, pedicelas,
brânquias e pódios.
Aparelho Digestivo
Geralmente do tipo completo, isto é, de boca até ânus.
Os ophiuroidea possuem aparelho digestivo in-completo,
pois falta o ânus. Os echinoidea, entretanto, apresentam
lanterna de Aristóteles.
Sistema Excretor
Não há. A excreção é realizada pelo sistema ambu-
lacrário, brânquias, hidropulmões e ânus.
Sistema Respiratório
Representado principalmente por brânquias. Às ve-
zes pelo sistema ambulacrário e nos holoturoidea por
hidropulmões ou árvores respiratórias.
Reprodução
Os equinodermos são animais dióicos. Os óvulos e
os espermatozóides são eliminados na água ocorrendo
fecundação externa. O zigoto desenvolve-se produzindo
ouriço-do-mar, uma larva livre natante e de simetria bila-
teral denominada plúteo.
Estrelas-do-mar possuem duas formas larvais deno-
minadas bipinárias e braquiolária. Os equinodermos
possuem elevada capacidade de regeneração. Estrelas-
do-mar também podem regenerar espinhos, pedicelá-rias
e outras partes perdidas.
Importante:
Lanterna-de-Aristóteles (devido à sua semelhança
com uma antiga lanterna grega). Formadas por um con-
junto de dentículos fortes e afiados.
Função: Alimentação (mastigação)
Obs.: Em geral, os equinodermos apresentam gran-
de capacidade regenerativa. Assim é que, se cortarmos
os braços de uma estrela-do-mar, cada braço dará uma
nova estrela bem como o disco central. Também pode
ocorrer partenogênese.
Classificação
Filo
Equinodermata
Subfilo Pelmatozoa: animais de bo-
ca e ânus na superfície superior.
- Classe Crinóidea
Subfilo Eleutherozoa: animais com
a boca localizada na face inferior.
- Classe Asteroidea
- Classe Ophiuroidea
- Classe Equinoidea
- Classe Holothoroidea
Classe dos Equinóides
Echinoidea - do grego echinos (espinho) + eidés
(aspecto).
Principais características:
Ex.: Ouriço-do-mar.
Corpo globoso, sem braços;•	
Placas esqueléticas soldadas rigidamente;•	
Longos espinhos móveis;•	
Pés ambulacrais distribuídos em cinco faixas, desde a•	
face inferior até a superior;
Regeneração muito limitada;•	
Presença de uma estrutura formada de inúmeras pe-•	
ças calcárias e dentes rodeando a boca, com função
mastigadora, chamada lanterna-de-aristóteles;
Boca da face inferior; ânus e madreporito na face su-•	
perior;
Herbívoros macrófagos.•	
Ex.: Bolachas-de-praia ou corrupios.
Corpo muito achatado;•	
Espinhos finos e bastante curtos;•	
Sistema ambulacral na face superior, sem função lo-•	
comotora, funcionando para trocas gasosas;
Presença de lanterna-de-aristóteles;•
12
Ânus deslocado para a face inferior, ao lado da boca,•	
ocasionando um retorno à simetria bilateral.
Bolacha-da-praia.
Classe dos Asteróides
Asteroidea - do grego astér, éros (estrela) + eidés
(aspecto).
Principais características:
Corpo achatado com braços que não se destacam•	
claramente do disco central;
Pés ambulacrais na face inferior, projetando-se atra-•	
vés de orifícios situados nos sulcos ao longo dos
braços;
Boca no meio da face inferior; ânus (às vezes ausen-•	
te) e madreporito na face superior;
Sexos geralmente separados, fecundação externa,•	
desenvolvimento indireto;
Carnívoros predadores.•	
Estrela-do-mar.
Classe dos Ofiuróides
Ophiuroidea - do grego óphis (serpente) + ourá
(cauda) + eidés (aspecto).
Principais características:
Braços finos e serpenteantes destacados nitidamen-•	
te do disco central;
Madreporito na face inferior, ao lado da boca; ânus•	
ausente;
Ausência de pedicelárias;•	
Importância reduzida dos pés ambulacrais na loco-•	
moção, que é feita principalmente pela movimenta-
ção dos braços;
Carnívoros saprófagos em sua maioria.•	
Ofiúro - face superior.
Classe dos Holoturióideos
Holothurioidea - do grego holothourion (um tipo
de animal aquático) + eidés (aspecto).
Principais características:
Ausências de braços, espinhos e pedicelárias;•	
Corpo cilíndrico, alongado, com boca e ânus em ex-•	
tremidades opostas;
Boca rodeada por tentáculos que são pés ambula-•	
crais transformados;
Pele grossa com poucas placas calcárias microscó-•	
picas espalhadas;
Quando molestados, costumam eliminar as vísceras,•	
que posteriormente se regeneram;
Detritívos.•	
Um tipo de pepino-do-mar.
Classe dos Crinóides
Crinoídea - do grego krinon (lírio) + eidés (aspec-
to).
Principais características:
Ânus ao lado da boca no disco superior;•	
Corpo semelhante a um pequeno cálice, do qual par-•	
tem cinco ou dez braços muito ramificados, com pés
ambulacrais reduzidos, sem função locomotora;
13
Jovens presos ao substrato por um pedúnculo, subs-•	
tituído por ganchos na fase adulta;
Alimentação: detritos e plâncton conduzidos à boca•	
por correntes de águas criadas pela movimentação
dos pés ambulacrais.
Lírio-do-mar.
TESTES
39. (PUC-MG) Os equinodermos, à primeira vista, estão mais
relacionados com os invertebrados inferiores. No entanto es-
tão, evolutivamente, relacionados aos cordados porque:
a)	 são deuterostômios.
b)	 são diblásticos celomados.
c)	 a epiderme é monoestratificada.
d)	 o sistema digestivo é completo.
e)	 possuem sistema ambulacral.
40. (UEPG-PR) Lanterna-de-aristóteles, espongiocele e manto
ocorrem, respectivamente, em:
a) 	equinodermos, poríferos e moluscos.
b) 	poríferos, equinodermos e celenterados.
c)	 moluscos, poríferos e artrópodes.
d) 	cnidários, equinodermos e insetos.
e) 	aracnídeos, platelmintos e moluscos.
41. (UERJ) Quem sou eu?
1. 	 Sou celomado, tenho exoesqueleto quitinoso e 8 patas.
2. 	 Sou acelomado, prefiro ambientes pouco iluminados e ex-
creto por células-flama.
3. 	 Sou celomado, deuterostômio e respiro por brânquias.
A alternativa em que os animais estão apresentados na ordem
das características acima é:
a) 	Aranha, pIanária e ouriço-do-mar.
b) 	Planária, ouriço-do-mar e aranha.
c) 	 Ouriço-do-mar, planária e aranha.
d) 	Aranha, ouriço-do-mar e planária.
42. (UFMG)Alunos de uma escola de Belo Horizonte realiza-ram
uma coleta de seres vivos nas águas do Córrego da Res-saca.
Ao fazerem o relatório, citaram a ocorrência de alguns grupos
de organismos. Todas as alternativas apresentam classificação
possível, exceto:
a)	 Algas e crustáceos.
b)	 Bactérias e fungos.
c)	 Equinodermas e poliquetas.
d)	 Insetos e anelídeos.
e)	 Moluscos e platelmintos.
43. (UFSCar-SP) Assinale a única afirmativa correta:
a)	 Os únicos animais com sistema ambulacrário são os mo-
luscos.
b)	 Nos equinodermos, ocorre endoesqueleto calcário; nos
artrópodes, exoesqueleto quitinoso.
c)	 Entre os invertebrados, há muito mais moluscos do que
artrópodes.
d)	 Bivalves, cefalópodes e gastrópodes são classes de equi-
nodermos.
e)	 Tanto os artrópodes como os equinodermos e moluscos
apresentam patas articuladas.
44. (PUC-PR) A presença do sistema ambulacral aqüifero é
característica exclusiva de:
a) 	Crustacea.
b) 	Annelida Polychaeta.
c)	 Mollusca Gastropoda.
d) 	Insecta de vida aquática.
e) 	Echinodermata.
45. (UNIRIO-RJ) Os desenhos abaixo exemplificam diferentes
filos animais. Fazem parte de filos exclusivamente marinhos os
animais:
a)	 1 e 3.
b)	 1 e 5.
c)	 2 e 4.
d)	 2 e 5.
e)	 3 e 4.
46. (PUC-RJ) Indique, respectivamente, a que filos pertencem
os animais cujas principais características estão relacionadas
abaixo:
1. 	 Corpo dividido em cabeça, pé e massa visceral; manto se-
cretor de concha; rádula; habitam ambientes aquáticos (al-
guns terrestres).
2. 	 Corpo, em geral, com simetria pentarradiada; esqueleto
dérmico interno; pés ambulacrais; espinhos; habitam ex-
clusivamente os mares.
a) 	equinoderma; anelídeo
b) 	anelídeo; nematódeo
c)	 molusco; porífero
d) 	celenterado; equinoderma
e) 	molusco; equinoderma
47. (UFU-MG) Cláudio precisava fazer uma coleção de inver-
tebrados e agrupou alguns animais, conforme o quadro:
14
Animal Característica externa
1 segmentação do corpo
2 simetria radiada
3 presença de 4 asas
4
corpo mole e
presença de concha
Considerando essas características, Cláudio concluiu:
1. O animal 1 pode ser um anelídeo ou um artrópode.
2. O animal 2 pode ser um equinodermo ou um celenterado.
3. O animal 3 só pode ser um inseto.
4. O animal 4 provavelmente é um molusco.
Você concorda:
a)	 apenas com uma das conclusões.
b)	 apenas com a 1ª, a 2ª e a 4ª conclusões.
c)	 apenas com a 1ª e a 3ª conclusões.
d)	 apenas com a 2ª e a 4ª conclusões.
e)	 com todas as conclusões.
48. (UFRJ) Estão esquematizados abaixo cinco invertebrados
pertencentes a filos diferentes.
Dos invertebrados apresentados, o que tem características
evolutivas, observáveis durante o desenvolvimento embrioná-
rio, que lhe conferem maior grau de parentesco com os ver-
tebrados, é o de número:
a)	 I
b)	 II
c)	 III
d)	 IV
e)	 V
49. (UFMG) Observe as figuras:
Com relação aos animais representados nas figuras, pode-se
afirmar que:
a)	 dois deles apresentam túbulos de Malpighi como órgãos de
excreção.
b)	 dois deles pertencem a grupos que possuem representan-
tes de transmissores de doenças.
c)	 todos apresentam boca derivada do blastóporo.
d)	 três pertencem ao mesmo filo.
e)	 três são exclusivamente marinhos.
50. (UFPA) Simetria bilateral no embrião e pentarradiada na
fase adulta, celoma, esqueleto interno e sistema digestivo
completo são características apresentadas pelos:
a)	 equinodermos.
b)	 artrópodos.
c)	 moluscos.
d)	 celenterados.
e)	 poríferos.
51. (UFPR) Nesta questão faz-se referência a vários filos de
animais invertebrados. Com base não só em características
morfológicas, mas também em sistemática, é correto afirmar
que (mais de uma alternativa pode estar correta):
01)	 O camarão, o caranguejo e o siri são moluscos comestí-
veis.
02)	 Os equinodermas são exclusivamente marinhos.
04)	 Os anelídeos são animais de corpo cilíndrico, não-seg-
mentado.
08)	 Devido à existência de um exoesqueleto quitinoso, os ar-
trópodes sofrem o fenômeno das mudas ou ecdises du-
rante o seu crescimento.
16)	 Os insetos pertencem ao filo Arthropoda e são os únicos
invertebrados capazes de voar.
Assinale a opção que contem a soma dos itens corretos:
a)	 13
b)	 26
c)	 4
d)	 23
e)	 18
52. (Funioeste-PR) Assinale a(s) alternativa(s) que asso-
cia(m) corretamente o grupo a algumas de suas caracterís-
ticas:
01)	 Equinodermas - lanterna-de-aristóteles e madreporito
02)	 Moluscos - rádula e manto
04)	 Poríferos - cnidoblastos e nematocistos
08)	 Celenterados - coanócitos e espículas
16)	 Anelídeos - clitelo e parapódios
32)	 Artrópodos - tubos de Malpighi e ecdises
64)	 Asquelmintos - exoesqueleto quitinoso e células-flama
Assinale a opção que contem a soma dos itens corretos:
a) 	33
b) 	48
c) 	 26
d) 	9
e) 	51
53. No filo Echinodermata são encontradas as classes Echi-
noidea, Asteroidea, Crinoidea, Holothuroidea e Ophiuroidea,
exemplificadas, respectivamente, por:
a) 	ouriço-do-mar, estrela-do-mar, lírio-do-mar, pepino-do-mar
e serpente-do-mar.
b) 	lírio-do-mar, medusa, estrela-do-mar, holotúria e ouriço-do-
mar.
c) 	 pólipo, medusa, holotúria, pepino-do-mar e caravela.
d) 	embuá, ostra, lírio-do-mar, marisco e pepino-do-mar.
e) 	ouriço-do-mar, estrela-do-mar, serpente-do-mar, pepino-do-
mar e lírio-do-mar.
54. (UEPG-PR) A presença de mesogléia, manto, parapódios e
sistema ambulacrário é constatada, respectivamente, nos:
15
a)	 poríferos, cnidários, insetos e anelídeos.
b)	 cnidários, moluscos, anelídeos e equinodermos.
c)	 anelídeos, crustáceos, insetos e poriferos.
d)	 moluscos, equinodermos, aracnídeos e crustáceos.
e)	 equinodermos, moluscos, crustáceos e poríferos.
55. (PUCCAMP-SP) Considere as duas colunas abaixo:
Grupos de
invertebrados
Características
I - cnidários
II - moluscos
III - artrópodos
IV - equinodermos
A - presença de
exoesqueleto quitinoso
B - simetria secundária
pentarradiada
C - corpo formado basicamente
por cabeça, pé e massa visceral
D - dois tipos morfológicos de
indivíduos: pólipos e medusas
A alternativa que associa corretamente as duas colunas é:
I II III IV
a) A B C D
b) B C D A
c) C D B A
d) D A B C
e) D C A B
56. (UFRS) Um biólogo, em uma coleta marinha, encontrou
um animal desconhecido, fixo ao substrato, a 20 m de profun-
didade. Após observá-lo externamente, constatou a existência
de espinhos na superfície corporal, de simetria radial e a pré-
sença de boca e ânus em regiões opostas do corpo. A partir
disto, ele resolveu identificar tal exemplar em um catálogo de
animais marinhos e, para tanto, escolheu o volume referente
aos:
a)	 peixes.
b)	 equinodermados.
c)	 crustáceos.
d)	 poríferos.
e)	 celenterados.
FILO CHORDATA
OS CORDADOS
Os cordados constituem um grupo zoológico bastan-
te heterogêneo, abrangendo animais adaptados à vida
na água doce, mar e terra. As características diferentes e
exclusivas do grupo são a presença da notocorda, fendas
branquiais e tubo nervoso dorsal.
A NOTOCORDA consiste em um bastão fibroso que
confere SUSTENTAÇÃO ao corpo. Nos cordados infe-
riores a notocorda persiste por toda a vida do animal. Já
nos cordados superiores, a notocorda é substituída pela
coluna vertebral na fase adulta.
O tubo nervoso dorsal concentra a maior parte do
sistema nervoso de um cordado.
Os exemplos de cordados mais conhecidos são os
PEIXES, ANFÍBIOS, RÉPTEIS, AVES E MAMÍFEROS
como o homem.
Características gerais
O corpo dos cordados é dividido em segmentos,
sendo que os músculos e nervos se repetem nos suces-
sivos segmentos.
São triblásticos, celomados, deuterostômios e epi-
neuros. Apresentam simetria bilateral.
Classificação
O filo chordata divide-se em quatro subfilos:
- HEMICHORDATA
- UROCHORDATA,
- CEPHALOCHORDATA
- EUCHORDATA.
Os três primeiros subfilos correspondem aos corda-
dos primitivos também chamados protocordados, cuja
principal característica é a ausência de crânio, por isso
são denominados acrânia e a manutenção da notocor-da
por toda a vida.
Os eucordados ou ainda vertebrados dividem-se em
dois grupos: Agnatha e Gnathostomatha.
Os agnatos apresentam uma única classe: Cyclos-
tomata; os gnatostomados dividem-se em duas super-
classes: Pisces, dividida nas classes Chondrichthyes
(peixes cartilaginosos como o tubarão) e Osteichthyes
(peixes ósseos como a sardinha), e a super-classe Te-
trapoda, que se divide nas classes Amphiba (sapos e
rãs), Reptila (cobras e lagartos), Aves (galinha e pato) e
Mammalia (homem e baleias).
O grupo mais importante para nosso estudo é o
subfilo Euchordata ou Craniata. A este grupo perten-
16
cem todos os vertebrados, ou seja, apresentam a colu-na
vertebral em substituição à notocorda quando atin-gem
a fase adulta. Além disso, os vertebrados apresen-tam
esqueleto que compreende uma caixa craniana que
envolve e protege o encéfalo: daí o nome craniata.
Os Protocordados (Acrania)
Os protocordados (Protochordata) são cordados que
não apresentam vértebras. A única estrutura de susten-
tação é a NOTOCORDA. São exclusivamente mari-
nhos e são considerados um elo de ligação entre os in-
vertebrados e os vertebrados.
Considerando o desenvolvimento da notocorda, este
grupo pode ser dividido em três subfilos: Hemichorda-ta,
urochordata e cephalochordata.
Urochordata (Tunicata)
Os urocordados são protocordados que podem ser
observados em nosso litoral, como é o caso das ASCÍ-
DIAS. Estes animais quando adultos são sésseis e ge-
ralmente hermafroditas. Apresentam uma fase larval li-
vre natante com notocorda restrita à região caudal. Na
metamorfose larva - adulto, tanto a cauda como a noto-
corda regridem drasticamente.
Os adultos apresentam uma cavidade interna deno-
minada átrio onde se localizam as fendas branquiais. O
átrio se comunica com o exterior através de duas aber-
turas: o sifão inalante e o sifão exalante.
A água, juntamente com partículas alimentares, pe-
netra pelo sifão inalante e chega ao átrio. Nessa cavi-
dade, as partículas alimentares são filtradas nas fendas
branquiais e conduzidas até a faringe, esôfago e estô-
mago, onde são digeridas. Os restos não aproveitáveis
são eliminados pelo ânus, que se abre junto ao sifão
exalante. Estes restos são lançados ao meio externo,
juntamente com a corrente de água que passa pelas
fendas branquiais.
Hemichordata
Os hemicordados possuem o corpo vermiforme e
apresentam uma região anterior denominada probósci-
de, onde se localiza a notocorda.
A boca está localizada numa estrutura conhecida co-
mo colarinho e, após este, estão as fendas branquiais.
O sangue não tem pigmentos respiratórios.
Apresentam uma larva livre denominada tornária.
Cephalochordata
O exemplar mais conhecido de cefalocordado é o
ANFIOXO. O corpo é muito parecido ao de um peixe
e vive na areia, mantendo somente a parte anterior do
corpo para fora. A pouca atividade natatória que apre-
sentam é dividida à contração de blocos musculares de-
nominados miótomos.
As fendas branquiais são desenvolvidas e abrem-se
na cavidade denominada átrio, a qual se abre ao meio
externo por um orifício - o atrióporo.
A água com partículas alimentares penetra pela bo-
ca. Nas fendas, o alimento segue para o tubo digestivo,
sendo os restos alimentares eliminados pelo ânus.
A água, ao passar pelas fendas, cai no átrio e sai pelo
atrióporo. O anfioxo apresenta sexos separados e de-
senvolvimento externo.
Os Eucordados (Craniata ou Vertebrata)
Os eucordados ou vertebrados têm como principal
característica distintiva, a presença da espinha dorsal ou
coluna vertebral, formada por diversos segmentos ósseos
denominados vértebras.
Além disso, os vertebrados possuem um esqueleto
protegendo o encéfalo (crânio), daí o nome craniata, que
é aplicado aos animais desse grupo.
Grupo Agnatha (sem mandíbula)
Classe Cyclostomata
Os ciclostomados são os vertebrados mais primitivos
da natureza. São destituídos de mandíbulas e verte-
bras típicas, sendo que as vértebras e caixa craniana
são cartilaginosos. Vivem em água doce ou salgada e
são conhecidos como lampréias e feiticeiras. O corpo é
cilíndrico, alongado e sem escamas.
17
A boca é circular, adaptada à sucção e situada na
região ventral e anterior do corpo; é dotada de dentes
córneos. São parasitas de peixes. As lampréias fixam-se
às vítimas por meio de ventosas e raspam-lhes a pe-le
com os dentes e a língua; então sugam-lhe os teci-dos
juntamente com o sangue, causando-lhes a morte. As
feiticeiras penetram no interior dos peixes através das
brânquias e destroem principalmente os músculos.
A circulação é simples e venosa e o coração é for-
mado por duas cavidades: uma aurícula e um ventrícu-lo.
A excreção é realizada por intermédio de um par de rins
do tipo mesonefro e os produtos excretados são a uréia
e a amônia.
O encéfalo possui cérebro, lobos olfativos e cerebelo
que responde pela coordenação dos movimentos. Há
dez pares de nervos cranianos. Possuem olfato e olhos
bem desenvolvidos, e linha lateral que capta vibrações
na água. A fecundação e o desenvolvimento são exter-
nos, sendo a larva conhecida por amocetes.
	 Lampréia.
	 Feiticeira.
Funil bucal. Parasitando um peixe.
TESTES
57. (UFV-MG) Das alternativas abaixo, que característica não é
própria dos cordados?
a)	 notocorda
b)	 fendas branquiais
c)	 tubo nervoso ventral
d)	 presença de boca e ânus
e)	 simetria bilateral
58. (Fuvest-SP) Apresenta simetria bilateral, metameria e
sistema nervoso dorsal o(a):
a)	 gafanhoto.
b)	 planária.
c)	 estrela-do-mar.
d)	 medusa.
e)	 anfioxo.
59. (FESP-PE) Determinados animais constituem tipos de
transição entre os invertebrados e os vertebrados. Não pos-
suem esqueleto ósseo e formam notocorda nas fases iniciais
do desenvolvimento. Estes animais são:
a)	 pelecípodes.
b)	 tetrápodos.
c)	 quilópodes.
d)	 peixes.
e)	 protocordados.
60. (PUC) O anfioxo é um pequeno animal marinho, translú-
cido pertencente ao filo dos Cordados, com a forma seme-
lhante à de um peixe, apresentando tubo nervoso e notocorda
bem desenvolvida, além das fendas branquiais na faringe.
Identifique os órgãos indicados pelos números colocados na
figura, associando-os aos nomes relacionados na coluna abai-
xo. A seguir, assinale a opção que dá a seqüência correta dos
números colocados na coluna:
( )	 notocorda
( )	 fendas branquiais
( )	 tubo nervoso
( )	 intestino
a)	 1, 4, 2, 3
b)	 1, 3, 4, 2
c)	 4, 1, 3, 2
d)	 2, 1, 3, 4
e)	 4, 3, 2, 1
61. (FCMSC-SP) Animais que apresentam, pelo menos na fa-
se larvária, tubo nervoso dorsal e fendas branquiais na farin-ge
são:
a)	 os equinodermos, os protocordados e os vertebrados.
b)	 apenas os protocordados e os vertebrados.
c)	 apenas os vertebrados.
d)	 apenas os protocordados.
e)	 apenas os equinodermos.
62. (UFU-MG) A figura abaixo é uma representação esquemá-
tica de um protocordado. A troca de gases nesse animal ocor-re
na estrutura indicada pelo número:
a)	 1.
b)	 2.
c)	 3.
d)	 4.
e)	 5.
63. (Fuvest-SP) No desenvolvimento dos cordados, três ca-
racteres gerais salientam-se, distinguindo-os de outros ani-
mais. Assinale a alternativa que inclui esses três caracteres:
a)	 Notocorda, três folhetos germinativos, tubo nervoso dorsal.
b)	 Corpo segmentado, tubo digestivo completo, tubo nervoso
dorsal.
c)	 Simetria bilateral, corpo segmentado, notocorda.
d)	 Simetria bilateral, três folhetos germinativos, notocorda.
e)	 Tubo nervoso dorsal, notocorda, fendas branquiais na fa-
ringe.
64. (Unimep-SP) Assinale a alternativa em que existem seres
não pertencentes ao grupo dos cordados:
a)	 Cobra, salamandra e jacaré.
b)	 Estrela-do-mar, aranha e lagosta.
c)	 Homem, gorila e chimpanzé.
d)	 Tubarão, baleia e leão-marinho.
e)	 Anfioxo, sapo e tartaruga.
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65. (UF. S. Carlos-SP) As ascídias adultas são tunicados tí-
picos. Sobre esses animais, podemos dizer que:
a)	 em hipótese alguma poderão ser classificados como cor-
dados, uma vez que quando adultos não apresentam noto-
corda.
b)	 são cordados, pois na fase larval apresentam notocorda
bem como fendas branquiais e tubo nervoso dorsal.
c)	 a presença de fendas branquiais na faringe não é suficien-te
para classificá-los como cordados.
d)	 não são cordados, pois nem mesmo na fase larval apre-
sentam notocorda.
e)	 na fase larval possuem, na cauda, um tubo nervoso dorsal
bem desenvolvido, o que serviu para confundi-los com cor-
dados verdadeiros.
66. (FAAP-SP) O anfioxo é um:
a)	 hemicordado
b)	 urocordado
c)	 cefalocordado
d)	 tunicado
e)	 peixe primitivo
67. (UNESP-SP) Possuem notocorda:
a)	 artrópodes e peixes.
b)	 anfíbios e anelídeos.
c)	 aves e crustáceos.
d)	 ciclóstomos e Amphioxus.
e)	 mamíferos e artrópodes.
PEIXES
O grupo dos peixes é subdivido em duas classes:
Classe Chondrichthyes (condro = cartilagem, icti =
peixe). Tubarão e raia. Esqueleto cartilaginoso, respira-
ção braquial, nadadeiras pares e escamas. Quase todos
marinhos.
Classe Osteichthyes (osteo = osso). Maioria dos
peixes. Esqueleto ósseo, respiração branquial com um
opérculo cobrindo as brânquias. Tanto marinhos como de
água doce.
Estudo comparado dos peixes
Os condrícties estão representados pelo tubarão, ca-
ção, arraia, quimera, peixe-serra, etc. enquanto os os-
teíties mais famosos são: sardinha, truta, tainha, carpa,
tilápia, cavalo-marinho, piranha, pirambóia e outros.
Classe Chondrictyes
O esqueleto é cartilaginoso, vindo daí o nome da
classe e as brânquias para a respiração estão dispostas
em lâminas. Condro = cartilagem; Ictie = peixe; Elasmo =
lâmina; Branchii = brânquia.
Peixes Cartilaginosos
Os elasmobrânquios vivem principalmente no mar
e seu esqueleto é exclusivamente cartilaginoso, sendo
carnívoros e providos de boca ventral.
Os peixes cartilaginosos possuem de cinco a sete
pares de fendas branquiais e um orifício chamado espi-
ráculo, que permite a entrada da água que banha as
brânquias.
Sistema digestivo
O sistema digestivo é completo: a boca é ventral e
o intestino termina na cloaca, isto é, uma abertura para
onde convergem os sistemas digestivos: excretor e re-
produtor. Nesses peixes há uma dobra do intestino di-
ta tiflossole ou válvula espiral também presente nos
anelídeos oligoquetas e nos moluscos para aumentar a
superfície de absorção dos alimentos.
Revestimento
O corpo está revestido por escamas dermoepidérmi-
cas do tipo PLACÓIDE, que conferem uma aspereza
tí-pica e, evolutivamente, parece que deram origem os
dentes dos vertebrados, pois, quimicamente, são cons-
tituídas de esmalte, dentina e polpa.
19
Locomoção
A locomoção fica por conta das nadadeiras, princi-
palmente a caudal que, nos condrícties, é do tipo hete-
rocerca. Assimétrica por fora e por dentro.
Heterocerca (peixes cartilaginosos).
Excreção
A excreção é realizada pelos rins mesonefros e o
produto eliminado é a uréia (ureotélicos).
Reprodução
Os condrícties são dióicos com fecundação cruzada
e interna e as nadadeiras pélvicas do macho estão
modificadas em órgãos copuladores, o clásper. A maio-
ria das espécies é ovípara ou ovovivípara e o desen-
volvimento é direto, portanto, sem larvas, sendo o saco
vitelínico o único anexo embrionário presente.
Osteichthyes
Os osteícties são também chamados de peixes ós-
seos (osteto = ósseo; ichtyus = peixes), pois seu esque-
leto é basicamente formado por ossos. Existem, entre-
tanto, osteícties em que o esqueleto é rico em estruturas
cartilaginosas.
O grupo dos osteícties é o maior entre todos os gru-
pos de vertebrados, totalizando cerca de 21 mil espécies.
Estão presentes na água doce e no mar, desde as águas
superficiais até cerca de 9 mil metros de profundidades
nos oceanos.
Morfologia externa
Respiração
Os teleósteos vivem no meio aquático e seu esque-
leto é, predominantemente ósseo; apresentam respira-
ção branquial. Há de um a quatro pares de brânquias
protegidas por uma estrutura óssea, o opérculo e não
há espiráculo.
Sistema Digestivo
Os peixes ósseos também apresentam o sistema di-
gestivo completo, porém de boca anterior até ânus: não
existindo aqui a cloaca.
Circulação
	
Os peixes apresentam circulação fechada e simples,
visto que o sangue circula no interior dos vasos e, pelo
coração, só passa um único tipo de sangue, o venoso,
rico em carbohemoglobina.
O coração dos peixes é bicavitário, pois apresenta
apenas duas cavidades: a aurícula e o ventrículo, como
nos protocordados e nos agnatos.
A antecâmara da aurícula recebe o nome de sinus
venoso (seio), enquanto a dilatação, após o ventrículo, é
designada, bulbo arterial.
Flutuação
Em alguns peixes, a BEXIGA NATATÓRIA perma-
nece ligada à faringe por um duto pneumático. Esses
peixes são denominados FISÓSTOMOS (phys = vesí-
cula; stoma = boca) eles engolem ar na superfície para
encher a bexiga natatória e soltam o ar pela boca para
esvaziá-la. Alguns fisóstomos podem usar bexiga nata-
tória como órgão auxiliar na respiração, atuando como
um pulmão. Os osteícties mais especializados não pos-
suem mais o DUTO PNEUMÁTICO, de modo que neles
não há ligação entre a bexiga natatória e a faringe.
São denominados peixes FISÓCLISTOS (clistis = fe-
chado): o ar não é mais obtido nem eliminado através da
boca, mas através do sangue do próprio peixe.
20
Diagrama da anatomia interna de um peixe osteíctie:
a. espinha dorsal; b. bexiga natatória; c. tecido muscular;
d. ovário; e. intestino; f. estômago; g. coração; h. brânquias.
Revestimento
O corpo dos peixes ósseos está revestido por es-
camas dérmicas do tipo ciclóide, ctenóide e ganóide. O
bagre não tem escamas.
Natação
A nadadeira predominante é do tipo homocerca,
que tem os dois ramos iguais, embora seja assimétrica
internamente. Já os peixes dipnóicos (pirambóia) e os
latimeria (celacanto) têm a nadadeira dificerca, simetria
externa e internamente.
Órgãos Sensoriais
Os animais aquáticos são dotados de linha lateral, que
é uma estrutura presente nos dois lados do corpo, com
função sensorial, permitindo a percepção de vibra-ções e
pressão do meio.
Exs.: todos os peixes, ciclostomados e girinos.
Obs.: Nos peixes condrícties, podemos ainda encon-
trar com a mesma função das linhas laterais, a AMPOLA
DE LORENZINI, que, também serve para a percep-ção
térmica.
Disposição das ampolas de Lorenzini na cabeça do tubarão. Os
círculos abertos representam os poros superficiais.
Excreção
A excreção é feita por rins mesonefros e o produto
eliminado é a amônia, portanto são amonotélicos.
Importante: Equilíbrio Hídrico.
Peixes Dulcícolas
-	 São hipertônicos em relação à água doce.
-	 A água, por osmose, tende a entrar no peixe.
-	 Através de néfrons bastante desenvolvidos eliminam
o excesso.
-	 Urinam muito e perdem sais.
-	 A reposição é feita pelas brânquias que “absorvem”
sais pelo transporte ativo.
Peixes Marinhos
As espécies são isotônicas em relação ao meio, não
sofrem o problema da osmose.
Já, nos peixes hipotônicos, a água tende a sair do
animal, por osmose. Para compensar, ele bebe muita
água e, assim, absorve, em excesso, sais que são eli-
minados pelas brânquias por transporte ativo.
Interessante!
Existem peixes com pulmão?
Os dipnóicos são peixes pulmonados. Eles vivem em
rios de regiões tropicais, estando representados na fau-
na atual com apenas três gêneros: o Neoceratodus da
Austrália, o Lepidosirem da América do Sul e o Protop-
terus da África.
Latimeria chalumnae (até 2m de comprimento)
21
Os peixes pulmonados possuem brânquias reduzi-
das, insuficientes para suas necessidades respiratórias.
Ao contrário dos demais peixes, os dipnóicos possuem
narinas em comunicação com a faringe através das
coanas. Estas também estavam presentes nos sarcop-
terígeos primitivos (os crossopterígios) que deram ori-
gem aos tetrápodes, e permaneceram em todos os ver-
tebrados terrestres. Com relação a reprodução, os pei-
xes pulmonados são ovíparos.
CLASSE AMPHIBIA
anfi = duplo;
bio = vida
Têm brânquias na fase larval (girino) e pulmão na fa-
se adulta.
Podem apresentar cauda e patas na fase adulta (as-
lamandras), só patas (sapo) ou só cauda (cobra-cega).
Fase larval aquática e fase adulta terrestre ou aquática.
Primeiros vertebrados a invadirem a terra firme.
Características Gerais
Como sugere o nome, são animais que apresentam
duas vidas: uma na água na fase larvária e outra na terra,
na fase adulta. A pele é nua e úmida, isto é, sem escamas
e com muitas glândulas mucosas, sendo o principal órgão
o de hematose.
Embriologicamente falando, são triblásticos, celoma-
dos, enterocélicos, neuromiários, epineuros e deuteros-
tômios. A simetria é bilateral.
Quanto ao sexo, são dióicos, com fecundação cru-
zada e principalmente externa, portanto são ovulípa-
ros, com desenvolvimento indireto.
Não possuem âmnio, córion e alantóide enfim sem
anexos embrionários; apresentam 10 pares de nervos
cranianos e dois côndilos occipitais.
Adaptações no meio terrestre
Surgimento de pulmões, de 3 pálpebras (membrana
nictilante), glândulas salivares e lacrimais, 4 patas, côa-
nas e trompas de Eustáquio, além das glândulas parati-
reóides e do tímpano externo.
Classificação
Reino: Metazoa;
Filo: Cordata;
Classe: Anfíbia.
Anura (salientia)
Exs: sapo, rã e perereca;
ORDENS	 Urodela (caudata)
	 	 Exs.: salamandra, proteus e tritão;
		 Apoda (gynnophiona)
Exs.: cobra-cega (cecília).
Vamos, agora, comentar brevemente cada uma das
ordens de anfíbios.
Ordem Urodela
A ordem Urodela (uros = cauda) está representada
por anfíbios que apresentam cauda: as salamandras e
os tritões. Possuem 4 patas empregadas na locomoção.
Algumas espécies de salamandra retêm quando adul-
tas, características das larvas, vivendo toda a sua vida no
ambiente aquático e respirando por brânquias exter-nas.
É o caso, do axolote e do nacturo.
Ordem Anura
A ordem Anura (an = sem; uros = cauda) está repre-
sentada por anfíbios sem cauda: são os sapos e as rãs.
Possuem o corpo adaptado para saltar, com patas pos-
teriores muito alongadas, empregadas para impulsionar
o animal; as patas anteriores são fortes, adaptadas para
absorver o impacto do animal sobre o solo; o corpo é
compacto, com coluna vertebral curta e rígida; as verte-
22
bras estão ligadas de modo a restringir movimentos li-
gados à coluna vertebral, a vértebra posterior forma uma
estrutura alongada e rígida denominada uróstilo.
A pélvis e o uróstilo conferem rigidez à parte poste-
rior do tronco. Existem espécies de anuros terrestres,
semi-aquáticas e aquáticas. Nas formas semi-aquáticas
e aquáticas, há membranas entre os dedos das patas
posteriores, que facilitam a natação desses animais.
Alguns anuros aquáticos têm um sistema de linha la-
teral semelhante ao dos peixes. 	
Ordem Gymnophiona
A ordem Gimnophiona ou ápode inclui os anfíbios sem
patas; possuem corpo alongado, vermiforme.
Vivem enterrados ou em ambiente aquático de re-
giões tropicais. São chamados de cecílias ou cobras-ce-
gas, por terem olhos vestigiais, às vezes recobertos por
uma membrana.
Fisiologia dos anfíbios
Respiração
As larvas respiram por brânquias. Os adultos pos-
suem pulmões simples e, devido à pequena superfície
de hematose, a respiração cutânea torna-se mais im-
portante que a pulmonar.
Há ainda a respiração bucofaríngea e, inclusive, a
branquial, também na fase adulta para anfíbios exclusi-
vamente aquáticos.
	 Branquial
Respiração	 Tegumenta
	 Pulmonar e
	 Bucofaríngea
Circulação
Os anfíbios são tricavitários e apresentam duas aurí-
culas: a direita, que recebe sangue venoso do corpo, e
a esquerda, que recebe sangue arterial dos pulmões.
Ao contrário dos peixes, aqui a circulação é dupla e
como apresentam um único ventrículo, o sangue veno-
so mistura-se com o arterial tornando a circulação in-
completa, o que é uma desvantagem e explica porque
são animais pecilotérmicos. 	
Excreção
Os anfíbios apresentam rins mesonefros e são ani-
mais ureotélicos, isto é, eliminam uréia. Como a maio-
ria dos vertebrados, possuem cloaca.
Reprodução
Esses animais são dióicos, com fecundação geral-
mente na água (ovulíparos); os óvulos não têm casca
protetora e acham-se envoltos por cápsulas gelatinosas.
Nos sapos e rãs, as larvas são ditas girinos e nas sa-
lamandras, axolote, larvas permanentes que realizam
aneotenia.
Algumas espécies de salamandra fazem fecundação
cruzada e interna, sem cópula, contrariando a maioria
que tem fecundação externa e com cópula.
A reprodução e a metamorfose dos anfíbios ocorre na água.
Caracterização geral de um representante da ordem
Anura (sapo).
Batráquios são divididos em: cabeça, tronco e mem-
bros, não apresentam pescoço e cauda na fase adulta.
Anuros têm 2 pares de patas: as anteriores, menores e
portadoras de 4 dedos, e as posteriores, maiores, adap-
tadas ao salto e portadoras de 5 dedos. Pererecas apre-
sentam ventosas na ponta dos dedos.
Na cabeça, os olhos estão estrategicamente situa-dos
na parte mais alta, permitindo ao animal, quando dentro
da água, sondar o meio ambiente sem expor o resto do
corpo. Os olhos contém 3 pálpebras: uma su-perior, uma
inferior e uma transversal, essa última dita membrana
nictitante, também presente nos répteis e aves. Ainda
encontramos, como adaptação à vida ter-restre, as
glândulas lacrimais, que protegem os olhos e evitam a
dessecação.
Na porção anterior da cabeça, localizam-se duas
na-rinas, que se comunicam com os pulmões graças às
coanas: dois orifícios no “céu da boca”, que possibilitam
a passagem de oxigênio para os pulmões. Os peixes não
têm coanas, com exceção do grupo da pirambóia, por
isso, são designados coanícties.
Logo atrás dos olhos encontramos o tímpano exter-
no, outra adaptação à vida terrestre, uma compensação
da má condução de som no meio aéreo. Este “amplifi-
cador de som” comunica-se com o ouvido interno atra-vés
23
de um delgado estilete ósseo, a columela, que transmite
as vibrações do tímpano até a cóclea.
Esquema de evolução das estruturas responsáveis pela trans-
missão de sons nos vertebrados.
Imediatamente após o tímpano externo, destacam-
se duas saliências, as glândulas (paratóides). Essas
glândulas serosas secretam um veneno capaz de matar
uma cobra venenosa. Mas, ao contrário do que dizem por
aí, nos olhos do homem, não provoca cegueira e, sim,
uma forte irritação.
No interior da boca, além das coanas, existe a língua
protrátil, presa anteriormente, usada para caçar inse-
tos. Nos sapos, a cavidade bucal é desprovida de den-
tes, porém há glândulas salivares. Há ainda as trom-pas
de Eustáquio, dois canais que comunicam o ouvi-do à
boca.
Cabeça e boca de uma rã.
Na cauda, encontramos a cloaca, abertura por onde
desembocam os canais dos sistemas, urinário, digestivo
e reprodutor. Também é encontrada nos répteis, aves e
mamíferos monotremos, e nos peixes cartilaginosos.
Não esquecer o uróstilo, que é a última vértebra
alongada dos anfíbios.
Nos anfíbios a nova habilidade de ouvir evoluiu jun-
tamente com a voz.
Alguns possuem cordas vocais, emitindo diversos ti-
pos de sons: é o coaxar dos sapos. Esses sons são pro-
duzidos pelos machos, na época da reprodução, visan-
do atrair as fêmeas para o acasalamento.
O som das cordas vocais é ampliado por imensos
papos chamados de caixas ou sacos vocais.
CLASSE REPTILA
(répteis: reptil = que rasteja)
Respiração pulmonar. Pele geralmente coberta por
escamas. Dois pares de patas (ausentes nas cobras).
Fecundação interna, com embrião protegido por casca
dentro de um ovo. Maioria terrestre.
Caracterização Geral
Os répteis são vertebrados que apresentam a pele
seca e recoberta por escamas, uma vez que os pul-mões
são mais eficientes, dispensando portanto, a res-piração
cutânea.
Os rins metanefros eliminam ácido úrico (uricotéli-
cos), substâncias praticamente insolúvel em água, que
confere às fezes uma tonalidade esbranquiçada.
Quanto ao sexo, são dióicos, com fecundação cruza-
da e interna, desenvolvimento direto e principalmente
ovíparos (os ovos apresentam casca calcária), mas po-
dendo ser ovovivíparos (cobras venenosas) e até viví-
paros (sucuri). A circulação é fechada, dupla e incom-
pleta com septo de Sebatier; aqui sergem córion, âm-nion
e alantóide como adaptação à vida terrestre.
24
Classificação
Reino: Metazoa;
Filo: Chordata;
Subfilo: Vertebrata;
Classe: Reptilia.
Ordem (Testudinae)
Este grupo está representado pelas tartarugas (ma-
rinhas), pelos cágados (água doce) e pelos jabutis (ter-
restres). Possuem bico como as aves. Os quelônios não
têm dentes. Possuem uma carapaça dorsal e um plas-
trão ventral, formando uma espécie de caixa com duas
aberturas: a anterior, por onde saem as duas patas an-
teriores e a cabeça; e a posterior, por onde saem as duas
patas posteriores e a cauda curta.
Tartaruga-verde (Chelonia mydas),
a mais conhecida das tartarugas marinhas.
Apresenta quatro patas, terminadas em dedos, gar-
ras ou nadadeiras, pois ou são terrestres como o jabuti,
ou aquáticas, na maior parte do tempo, como as tarta-
rugas e os cágados.
As tartarugas marinhas podem ter respiração cloacal
além da pulmonar. São ovíparos como os insetos, aves
e mamíferos monotremos. As tartarugas botam até du-
zentos ovos e os cobrem com areia. Vivem muito, pe-sam
até quinhentos quilos, medem até dois metros, sendo
herbívoras ou carnívoras.
Ordem Crocodiliana
Exs.: jacaré, crocodilo, aligator, gavial, etc.
São répteis que além de escamas possuem placas
ósseas dérmicas revestindo o corpo. Os crocodilos são
animais semi-aquáticos que podem ser encontrados,
tanto em água doce quanto no mar.
Estão divididos em três grupos: os dos jacarés e cai-
mães, que vivem na água doce; o dos crocodilos, pro-
priamente ditos, que ocorrem no mar e em águas salo-
bras, e os Gavialidae, com uma única espécie, encon-
trada em rios da Índia.
Vivem na água doce, procurando a areia da beira do
rio para a postura dos ovos, portanto são ovíparos. Pa-
recem lerdos e sonolentos; Aquecem-se imóveis ao sol.
Mas ao menor sinal de perigo, refugiam-se na água dos
rios, pântanos e lagos.
Apresentam o corpo revertido por escamas e placas
ósseas dorsais. Importante do ponto de vista econômi-
co, pois fornecem a carne, o couro e o óleo.
Diferenciam, dos quelônios e escamados quanto ao
coração, já que são tetra-cavitários completos, entretan-
to, como todos os répteis, têm circulação dupla e incom-
pleta, porque o sangue venoso e arterial misturam-se no
Forâmen de Panizza.
RÉPTIL
Coração: crocodilo.
Ordem Squamata
Subordem Sauria ou Lacertilia
Exemplos: lagartos como a cobra-de-vidro e co-
bra-de-duas-cabeças, camaleão, iguana, etc.
Apresentam o corpo revestido por escamas que são
trocadas de tempo em tempos. Perdem a cauda com
facilidade, porém regeneram-se com maior facilidade
ainda. Vivem no meio terrestre e alimentam-se de inse-
tos, portanto são insetívoros. Não são venenosos, ex-
ceção seja feita ao monstro de Gila, um lagarto encon-
trado nos Estados Unidos. O sapo de chifre também é
um lagarto.
01. Aurícula direita;
02. Aurícula esquerda;
03. Ventrículo direito;
04. Ventrículo esquerdo;
05. Septo ventricular;
06. Forâmen de Panizza;
07. Artéria subclávia;
08. Veias cavas;
09. Veia pulmonar;
10. Artéria pulmonar;
11. Arco aórtico esquerdo;
12. Arco aórtico direito.
25
Subordem Ophidia
Exemplos: cobras ou serpentes.
Características Gerais
Adaptações para ingerir grandes presas
As cobras são predadoras e ingerem suas presas in-
teiras, sem usar os dentes na mastigação. Podem inge-
rir animais com diâmetro maior que o de seu corpo, em
função de uma série de adaptações que apresentam.
Estreptostilia
Uma dessas adaptações é a estreptostilia, um meca-
nismo importante, em que o osso quadrado articula-se
com o crânio e com a mandíbula, propiciando abertura de
quase 180º. Além disso, da mandíbula são soldadas na
região mediana anterior, o que permite grande aber-tura
lateral da boca. Uma vez ingerida a presa inteira, o corpo
da cobra dilata-se muito, o que é possível graças a seu
estômago e à parede do corpo extremamente elásticos
e não apresentar o osso externo unindo as costelas na
região ventral; suas costelas são fixas ape-nas à coluna
vertebral.
Esquema do crânio de uma cobra, mostrando a estreptostilia.
Cinetismo Craniano
São os movimentos independentes que realizam os
ossos do maxilar superior, palatinos e pterigóides, não só
nos répteis como também nas aves.
Quanto mais estes ossos sofrem afastamento, maior
será a dilatação bucal.
Ligamento Elástico
É a estrutura que liga as duas metades da mandíbu-
la. Isto permite uma maior abertura bucal.
Resumindo
Devido ao ligamento elástico, ao cinetismo craniano,
à estreptostilias e às costelas flutuantes, isto é, à ausên-
cia do osso esterno, é que as cobras podem abrir a boca
amplamente, a ponto de engolir grandes presas.
Presas ou glifas
É importante saber diferenciar as cobras peçonhen-
tas e não-peçonhentas, já que as venenosas podem
causar acidentes fatais.
A presença de glândulas de veneno e presas inocu-
ladoras são características básicas das cobras peço-
nhentas, aliás as glândulas de veneno nada mais são do
que as glândulas salivares modificadas.
Quanto aos dentes inoculadores de veneno, as co-
bras podem ser assim classificadas:
Opistóglifas
Opistóglifas: dentes de veneno localizados na região poste-
rior da boca. Esses dentes possuem um sulco por onde escor-
re o veneno. Esse tipo de dentição ocorre na falsa-coral. Devi-
do à sua posição na boca, geralmente não conseguem inocu-lar
o veneno com eficiência. Essas cobras não representam perigo
para o homem.
Aglifas
Áglifas: não existem dentes de veneno. Todos os dentes são
iguais. Presentes nas cobras não-peçonhentas, como é o ca-so
da jibóia, da sucuri, da caninana.
Proteróglifas
Proteróglifas: dentes de veneno localizados na região ante-rior
da boca. Esses dentes também possuem um sulco. É o ti-po de
dentição de algumas cobras peçonhentas, como é o ca-so da
coral verdadeira (Micrurus), uma das cobras peçonhen-tas que
ocorre no Brasil.
Solenóglifas
Solenóglifas: dentes de veneno grandes, com um canal por
onde escorre o veneno. É o tipo mais especializado de peço-
nha. Ocorre nas demais cobras peçonhentas, representadas no
Brasil pelos gêneros Crotalus, Bothrops.
26
Língua Bífida e Órgãos de Jacobson
A língua das cobras é bifurcada e, ao contrário do
que muitos pensam, não é um ferrão, existindo tanto nas
serpentes inofensivas quanto nas venenosas. A função
da língua é mover-se para dentro e para fora da boca,
coletando partículas que são levadas ao alto da boca, no
órgão de Jacobson, que então “cheira”.
Para serpentes e lagartos este sentido de olfato
acessório parece ser mais importante do que a própria
narina. O órgão de Jacobson permite que as serpentes
sigam o rastro de presas ou companheiros potenciais
além de auxiliar na identificação de objetos a sua volta.
Audição e fossetas Loreais (ou Lacrimais)
Ao contrário dos demais répteis, as cobras não pos-
suem tímpano nem cavidade do ouvido médio. A colu-
mela está presente unindo um osso da mandíbula, o
quadrado, ao ouvido interno. Esses animais percebem
com eficiência as vibrações no solo, mas praticamente
não percebem sons, porém são capazes de identificar
presas imóveis até meio metro de distância, devido a
estas fossetas sensíveis às radiações infravermelhas, ou
seja, ao calor irradiado pelo corpo da vítima.
Outras Características
cobras não-peçonhentas
- cauda afina lentamente (cauda longa).
- cabeça arredondada;
- olhos com pupilas arredondadas;
- escamas da cabeça são grandes;
- sem fosseta loreal.
- escamas lisas.
cobras peçonhentas
- cauda afina abruptamente (cauda curta).
- cabeça triangular achatada;
- olhos com pupilas em fenda vertical;
- escamas da cabeça são pequenas;
- com fosseta loreal (entre os olhos e as narinas,
- a fosseta loreal é estrutura com função
- termorreceptora, o que permite à cobra perceber
- o calor de suas vítimas).
- escamas com nervuras.
Principais diferenças entre as cobras
peçonhentas e não peçonhentas
No grupo das cobras, existem glândulas salivares
modificadas em glândulas de veneno. Quando estas es-
tão associadas a dentes inoculadores de veneno, fala-se
em cobras peçonhentas, embora possam ter glându-las
de veneno na boca, não possuem dentes inoculado-res.
O veneno das cobras é injetado no momento da mordida,
através dos “dentes de veneno”.
IMPORTANTE!
Venenos & Cobras
Comprimindo-se a glândula de veneno da cobra,
obtém-se o veneno. É injetado repetidas vezes, em ca-
valos que se imunizam contra a sua ação. Em seguida,
extrai-se o soro sangüíneo do cavalo, para empregá-lo
como contraveneno, injetando-o em vítimas das pica-
das. O Instituto Butantã produz soros antibióticos e tam-
bém antiaracnídeos.
27
Soro Anticrotálico: Antídoto usado para neutralizar o
veneno da Crotalus terrificus (cascavel).
Soro Antilaquético: Antídoto usado para a picada da
cobra Lackesis. (surucucu).
Soro Antielapídico: Antiveneno indicado para neu-
tralizar a picada de corais e najas. Família Elapidae.
Soro Antibotrópico: Antiveneno indicado nos aci-
dentes por cobras do gênero Bothrops.
Soro Antiofídico: Também dito misto ou polivalen-
te; é indicado quando não há identificação do ofídio que
picou a vítima.
As cobras venenosas têm hábito noturno, movimento
vagaroso e, quando acuadas, “armam o bote”. As ino-
fensivas são rápidas, de hábito diurno e fogem se mo-
lestadas. Ainda é bom lembrar que existem cobras vê-
nenosas que dão cria, inclusive as não venenosas como
a sucuri (vivíparas). As cobras têm apenas o pulmão
direito. Os venenos variam de acordo com seu princípio
ativo e os respectivos sintomas dos acidentados.
Veja a seguir:
Ação Neurotóxica: Atua sobre o sistema nervoso,
provocando perda da sensibilidade e dormência no lo-
cal da picada, inclusive paralisias musculares, perda da
visão e até parada respiratória. Exs.: cascavel, coral e
surucucu.
Ação Proteolítica: Provoca dor intensa no local da
picada, necrose dos tecidos e, por conseguinte, gangre-
na. Exs.: jararaca, urutu, etc.
Ação Hemolítica: Causa destruição das hemácias e,
por isso, escurece a urina. Ex.: surucucu.
Ação coagulante: Em pequena quantidade, destrói
o fibriogênio, produzindo hemorragias e, em grande
quantidade, coagula o sangue. Exs.: Bothrops.
AVES
As aves surgiram na Era dos Répteis, a partir de um
grupo de dinossauros bípedes, predadores, que se des-
locavam rapidamente sobre o solo utilizando as patas
traseiras.
Elas não surgiram a partir dos pterossauros, répteis
voadores do Mesozóico, como pensam muitos leigos.
A linha evolutiva que partiu desses dinossauros bí-
pedes e que deu origem às aves desenvolveu caracte-
rísticas diretamente relacionadas com a endotermia e
com o vôo, duas funções que dependeram do surgimen-
to das penas.
A ave mais antiga que se conhece assemelha-se
mais a um dinossauro do que às aves atuais. Tornou-se
conhecida através de fósseis e foi denominada Archae-
opteryx, nome que significa “ave primitiva”. Tinha cerca
de 70 centímetros de comprimento, e apesar de possuir
muitas das características dos répteis (ossos compactos
e pesados, cauda longa, dentes na boca), apresentava a
característica mais marcante das aves: as penas.
A substância que forma as penas é a queratina, com
grandes propriedades de isolante térmico. A estru-tura
das penas também contribui para essa função. Cada
pena possui um eixo central, a ráquis, de onde partem
inúmeros filamentos, as barbas, que, por sua vez,
apresentam filamentos menores, as bárbulas.
Os filamentos dispõem-se próximos entre si, impe-
dindo a passagem do ar e atuando, portanto, como iso-
lante térmico.
Reconstituição da ave primitiva Archaeopteryx
28
As penas, que já eram importantes para a homeoter-
mia, mostraram-se extremamente úteis para o vôo. São
formadas por um material leve e sua arquitetura intrin-
cada oferece boa resistência ao ar.
A importância das penas para o vôo das aves veio
associada a uma série de modificações no corpo desses
animais. Uma delas foi a transformação dos membros
anteriores em asas recobertas por penas.
Esquema simplificado, mostrando a
estrutura das penas das aves.
Ser aerodinâmico e manter o mínimo de peso possí-
vel é fundamental para um animal voador. Na evolução
das aves, as características surgidas, que levaram à re-
dução da densidade do animal, foram positivamente se-
lecionadas.
O esqueleto das aves atuais é formado, em grande
parte, por ossos ocos (ossos pneumáticos), que são le-
ves e delicados. Há redução e fusão de ossos, tornando
o corpo compacto, de modo a não sofrer deformações
durante o vôo: a cauda é reduzida, e as cinturas esca-
pular e pélvica são fundidas à coluna vertebral.
Esqueleto de ave voadora.
O osso esterno, que une ventralmente as costelas,
apresenta uma projeção anterior, denominada quilha ou
carena, na qual se inserem os potentes músculos peito-
rais, responsáveis pelo batimento das asas: os peque-nos
peitorais, que levantam as asas, e os grandes peito-rais,
que as abaixam. O bico das aves atuais é despro-vido de
dentes, o que contribui para a redução de peso.
Músculos peitorais responsáveis pelo batimento das asas.
Os pulmões das aves são compactos, mas expan-
dem-se em bolsas de ar, os sacos aéreos, que preen-
chem vários espaços do corpo penetrando inclusive nos
ossos pneumáticos. Os sacos aéreos contribuem para
reduzir o peso, além de servirem como reserva de ar.
Todas as aves são ovíparas, com ovos semelhantes
aos dos répteis, que se desenvolvem sempre fora do
corpo da fêmea. Isso contribui para a redução do peso
da fêmea. O excreta nitrogenado é o ácido úrico, uma
adaptação ao tipo de desenvolvimento embrionário e
também à redução de peso: sendo insolúvel em água,
pode ser eliminado sem a necessidade de formar urina
líquida, armazenada em uma bexiga urinária. As aves
não possuem, assim, bexiga urinária.
Um animal voador deve ter grande acuidade visual,
de modo que a visão é o sentido mais importante para
as aves. A capacidade de grandes deslocamentos e a
necessidade de comunicação a grandes distâncias rela-
ciona-se, nesses animais, a uma audição elaborada, que
conta, além das estruturas já encontradas nos an-fíbios e
répteis, com um curto canal auditivo externo, que permite
a percepção mais orientada do som.
Paralelamente, a voz também se tornou mais ela-
borada, com a presença da siringe, uma estrutura locali-
zada na traquéia e responsável pela emissão de sons.
A pele das aves é seca, sem glândulas, mas na maioria
Pulmões e sacos aéreos em aves
vistos apenas pelo lado esquerdo.
29
das espécies existe na região caudal uma glândula
denominada glândula uropigeana, que produz secreção
oleosa. Essa secreção é retirada pelo bico do animal e
passada sobre as penas para mantê-las flexíveis e im-
permeáveis.
Apesar de as características das aves atuais esta-
rem relacionadas ao vôo, existem exceções. É o caso do
quivi (Apteryx), que vive na Nova Zelândia e não possui
asas, do avestruz, ave africana que pode chegar a 2,10
metros de altura (a maior das aves), e da ema, ave sul-
americana, que possuem asas reduzidas e não voam e
os pingüins que usam suas asas para o nado.
As aves que voam são chamadas coletivamente de
carenatas, pelo fato de possuírem carena. Os pingüins,
embora não voem, possuem carena. As aves que não
voam não possuem carena são coletivamente chama-
das de ratitas.
MAMÍFEROS
Os mamíferos surgiram a partir de um grupo de rép-
teis primitivos, logo no início da expansão dos dinossau-
ros. Eram animais de pequeno porte, que se alimenta-
vam principalmente de insetos.
Durante toda a Era dos Répteis, os mamíferos foram
pouco expressivos, diversificando-se somente após a
extinção dos dinossauros. É provável que a sobrevivên-
cia deles no período de baixas temperaturas, que se
supõe ter causado a extinção dos dinossauros, deva-se
ao fato de serem pequenos e endotérmicos. Após esse
período, a fauna de mamíferos expandiu-se bastante,
sendo atualmente formada por cerca de 4.050 espécies,
ocupando grande diversidade de ambientes, desde as
regiões polares até os trópicos.
A maioria dos mamíferos é terrestre, como os coe-
lhos, os gatos, os cães e os cavalos, mas existem re-
presentantes aquáticos como os golfinhos e as baleias,
e espécies adaptadas ao vôo, como os morcegos. Exis-
tem desde animais de poucos centímetros, como alguns
camundongos, até o maior animal da Terra, a baleia-azul,
que chega a medir 30 metros de comprimento.
Os mamíferos receberam esse nome em função da
característica mais marcante do grupo: as glândulas
mamárias. Estão presentes em machos e fêmeas, sen-
do, no entanto, desenvolvidas e funcionais nas fêmeas,
produzindo o leite do qual os filhotes se alimentam ao
nascer. Os filhotes dependem, da mãe para se alimen-
tar, fato que está associado ao complexo comportamen-
to de cuidado com a prole, existente nos mamíferos.
Além de glândulas mamárias, que são estruturas de-
rivadas da epiderme, os mamíferos apresentam outras
estruturas epidérmicas exclusivas, que são anexos de
sua pele: os pêlos, as glândulas sebáceas e as glându-
las sudoríparas. Na pele dos mamíferos, existem tam-
bém terminações nervosas relacionadas com a sensa-
ção do tato, do calor e da dor.
Esquema da pele de mamífero.
Os pêlos cobrem o corpo dos mamíferos e formam
uma camada protetora contra a perda de calor para o
ambiente, o que é importante para um animal endotér-
mico. As glândulas sebáceas estão geralmente asso-
ciadas à base dos pêlos, produzindo uma secreção
oleosa que lubrifica os pêlos e a pele.
As glândulas sudoríparas produzem o suor que além
de outras substâncias, é rico em água, participando da
termorregulação. Alguns mamíferos possuem glândulas
especiais na pele, como as glândulas de cheiro do gam-
bá. Sob a pele dos mamíferos existe uma camada de
30
tecido adiposo, denominada hipoderme ou panículo adi-
poso. Esse tecido atua como excelente isolante térmico.
A reprodução é um aspecto muito importante dos
mamíferos e, em função dela, esses animais são clas-
sificados em três grupos.
Prototheria ou monotremata
Mamíferos primitivos, que botam ovos semelhantes
aos dos répteis e das aves. São, portanto, mamíferos
ovíparos, cujos embriões se desenvolvem fora do corpo
da fêmea. Existem atualmente apenas seis espécies de
monotrematas, restritas à Austrália e à Nova Guiné. Es-
tão representados pelo ornitorrinco e pela équidna.
Équidna
Metatheria ou marsupial
Mamíferos vivíparos, cujos embriões passam por um
curto período de gestação no útero da fêmea e nascem
sem estar completamente formados. Logo após o nasci-
mento, os embriões penetram no marsúpio da mãe e
completam aí seu desenvolvimento, alimentando-se do
leite materno.
Existem atualmente cerca de 250 espécies de mar-
supiais, restritos à Austrália e as Américas. Um dos mais
conhecidos é o canguru, animal que vive na Austrália e
chega a medir cerca de 2 metros de altura. No Brasil os
mais comuns são o gambá e a cuíca.
Eutheria
Mamíferos vivíparos que passam por um período de
gestação suficientemente longo para nascerem comple-
tamente formados. Os eutérias são também chamados de
mamíferos placentários, pois durante o desenvolvi-mento
embrionário forma-se no útero da fêmea uma placenta,
através da qual o embrião recebe nutrientes da mãe.
Os metatérias também formam placenta, po-rém muito
reduzida. Os eutérias são o grupo mais diver-sificado dos
mamíferos, com cerca de 3.800 espécies.
Filo Chordata
(cerca de 53 mil espécies descritas)
Categoria taxionômica Características
Subfilo Urochordata
(Tunicata)
(cerca de 1.300
espécies)
Animais cujas lavas apresentam as
características típicas dos cordados, com
notocordas na região caudal. Adultos
desprovidos de tubo nervoso, notocorda e cauda.
Exclusivamente marinhos, com túnica protetora.
Ex.: ascídias negras.
Subfilo
Cephalochordata
(cerca de 25 espécies)
Animais com extremidades afiladas e tubo
nervoso homogêneo, dotado de pequena
dilatação na região anterior. Notocorda
persistente no adulto. Exclusivamente marinhos;
vivem semi-enterrados na areia das praias. Ex.:
anfioxos.
Subfilo Vertebrata
(Cranista)
(cerca de 52 mil
espécies)
Animais dotados de crânio e vértebras (coluna
vertebral).
Superclasse Písces
(peixes cartilaginosos)
Vertebrados desprovidos de pernas. São
exclusivamente aquáticos e pecilotérmicos (sem
controle interno da temperatura corporal).
Classe Agnatha
(agnatos)
Peixes com esqueleto catilaginoso e desprovidos
de mandíbula. Ex.: Peixes-bruxa e lampreias.
Classe Osteichithyes
(peixes ósseos)
Peixes mandibulados com esqueleto ósseo.
Corpo recoberto por escamas de origem
dérmica. Ex.: sardinhas, cavalos-marinhos.
Categoria taxionômica Características
Classe Chondrichthye
(peixes cartilaginosos)
Peixes mandibulados com esqueleto
cartilaginoso. Corpo recoberto por escamas de
origem epidérmica, semelhante a dentes. Ex.:
tubarões, raias e quimeras.
SuperclasseTetrapoda Vertebrados dotados de pernas.
Classe Amphibia
(anfíbios)
Tetrápodes dotados de fase larval aquática com
respiração branquial e faz adulta com respiração
pulmonar. Pecilotérmicos. Ex.: sapos, rãs e
salamandras.
Classe Reptilia
(anfíbios)
Tetrápodes com corpo recoberto por escamas ou
placas córneas de origem e pidérmica, respiração
pulmonar, pecilotérmicos e desenvolvimento
embrionário em ovos terrestres. Ex.: jacaré,
tartarugas, lagartos e cobras.
31
Classe Aves
Tetrápodes com corpo recoberto por pernas,
respiração pulmonar, homeotérmicos (com
controle interno da temperatura corporal) e
desenvolvimento embrionário em ovos terrestres.
Ex.: pombos, patos, beija-flores, etc.
Classe Mamilis
(mamífeos)
Tetrápodes com corpo recoberto por pêlos,
respiração pulmonar, homeotérmicos e produção
de leite para alimentação dos jovens. Ex.:
cachorros, elefantes, baleias, humanos etc.
TESTES
68. Dentro do Filo Chordata, o tubarão pode ser classificado:
a)	 Subfilo Urochordata.
b)	 Subfilo Cephalochordata.
c)	 Subfilo Vertebrata - Classe Cyclostomata.
d)	 Subfilo Vertebrata - Classe Chondrichthyes.
e)	 Subfilo Vertebrata - Classe Osteichthyes.
69. Quanto aos peixes pode-se dizer que:
I.	 Os teleósteos não possuem opérculo.
II.	 O tubarão não possui bexiga natatória.
III.	 As fossas nasais da grande maioria dos peixes não se
comunicam com a faringe.
a)	 Todas as frases estão corretas.
b)	 Todas as frases estão erradas.
c)	 Somente as frases II e III estão corretas.
d)	 Somente a frase I está correta.
e)	 Somente as frases I e II estão corretas.
70. (Fuvest-SP) Dos vertebrados abaixo, o único que tem
esqueleto cartilaginoso, sem tecido ósseo, é o:
a) 	tubarão.
d) 	jacaré.
b) 	bagre.
e) 	papagaio.
c) 	 sapo.
71. (ESAM-RN) Alevino é:
a)	 a forma larvária dos anfíbios.
b)	 um osso da cintura pélvica dos marsupiais.
c)	 a forma larvária dos peixes.
d)	 adaptação apresentada pelos organismos planctônicos.
e)	 uma classe de moluscos.
72. (FZL-SP) São todos peixes ósseos, exceto:
a)	 cavalo-marinho, sardinha, corvina.
b)	 cação, bagre, lambari.
c)	 lambari, cavalo-marinho, sardinha.
d)	 tubarão, raia, dourado.
e)	 cação, raia, tubarão.
73. A bexiga natatória, encontrada por exemplo, na sardinha, é
um órgão de função predominantemente:
a)	 de reserva alimentar.
b)	 respiratória.
c)	 hidrostática.
d)	 locomotora.
e)	 digestiva.
74. (UFSM-RS) Coloque, O ou C conforme a característica seja
de osteícties ou condrícties, respectivamente.
( )	ausência de opérculo
( )	intestino com tiflossole
( )	presença de espiráculo
( )	nadadeira caudal homocerca
( )	escamas ciclóides ou ctenóides
A seqüência correta de letras é:
a)	 O - C - C - O - C.
b)	 C - O - O - C - O.
c)	 C - C - C - O - O.
d)	 O - C - O - C - O.
e)	 C - O - C - O - C.
75. (UFSCar-SP) Assinale a alternativa que associa correta-
mente os números às estruturas por eles indicadas no esque-
ma a seguir:
a)	 1: opérculo; 4: nadadeira caudal.
b)	 4: nadadeira anal; 5: linha lateral.
c)	 5: linha lateral; 2: nadadeira pélvica.
d)	 3: nadadeira pélvica; 2: nadadeira dorsal.
e)	 4: nadadeira pélvica; 1: linha lateral.
76. (UFMA) Os animais abaixo relacionados são amniotas.
a)	 peixes e anfíbios
b)	 répteis, aves e mamíferos
c)	 cordados
d)	 somente os mamíferos
e)	 somente os homens
77. (UFPA) Ciclóstomos são parasitas de peixes aos quais
se fixam através de uma ventosa, sugando-lhes o sangue até
matá-los. Um exemplo típico de ciclóstomos é o (a):
a)	 anfioxo.
b)	 ascídia.
c)	 celacanto.
d)	 lampreia.
e)	 pirambóia.
78. (UFV-MG) Um metazoário com simetria bilateral, celoma-do
e com cordão nervoso dorsal pertence ao Filo:
a)	 Mollusca.
b)	 Annellida.
c)	 Platyhelminthes.
d)	 Chordata.
e)	 Arthropoda.
79. (UFJF-MG) A respeito dos peixes, será correto afirmar que:
32
a)	 a sua larva denomina-se, primeiramente, girino e, poste-
riormente, alevino.
b) 	neles, a medula raquiana ou espinhal forma-se a partir da
notocorda.
c) 	 todas as espécies são dotadas de brânquias.
d) 	nas espécies ditas pulmonadas, a bexiga natatória exerce a
função de pulmão, sendo o único órgão respiratório des-ses
animais.
e) 	existem espécies de reprodução sexuada e espécies de
reprodução assexuada.
80. (FAFI-BH) A bexiga natatória é um órgão responsável pela
manutenção do equilíbrio hidrostático com o meio em:
a)	 carpas.
b)	 jacarés.
c)	 cisnes.
d)	 tubarões.
e)	 marrecos.
81. (PUCCAMP-SP) Considere as seguintes estruturas:
I.	 notocorda
II.	 fendas branquiais
Assinale a alternativa da tabela a seguir que indica correta-
mente a presença dessas estruturas durante o desenvolvi-
mento embrionário dos grupos de animais mencionados.
Protocordados
Vertebrados
de respiração
branquial
Vertebrados
de respiração
pulmonar
a) I II I e II
b) I I e II II
c) I e II II I e II
d) I e II I e II I
e) I e II I e II I e II
82. (Fafeod-MG) Os peixes de nadadeiras lobadas são im-
portantes porque:
a) 	representam a transição entre os Agnatas e os Gnatosto-
matas.
b) 	foram os primeiros vertebrados a possuírem mandíbulas e
esqueleto ósseo.
c) 	 deram origem aos vertebrados que marcaram a transição
da água para a terra.
d) 	representam a maioria dos peixes atuais marinhos e de
água doce.
e) 	sofreram irradiação adaptativa divergente, dando origem
aos Condrictios e Osteictios.
83. (UFRS) Os peixes possuem uma circulação simples e
completa. Simples porque o sangue passa uma só vez no co-
ração; completa porque o sangue venoso não se mistura com o
arterial. Esse tipo de circulação permite concluir que o cora-ção
dos peixes possui:
a)	 uma aurícula e dois ventrículos.
b)	 duas aurículas e um ventrículo.
c)	 duas aurículas e dois ventrículos.
d)	 uma única cavidade.
e)	 uma aurícula e um ventrículo.
84. (UFRN) Na maioria dos peixes ósseos o órgão responsá-
vel pela manutenção do equilíbrio hidrostático com o meio é
denominado:
a)	 bexiga natatória.
b)	 nadadeira caudal.
c)	 clásper.
d)	 brânquias.
e)	 linha lateral.
85. (Santo Amaro-SP) Incluímos, entre os Gnathostomata,
os Chordata que:
a)	 apresentam um arco inferior ou mandíbula.
b)	 não apresentam um arco inferior ou mandíbula.
c)	 apresentam nadadeiras pares.
d)	 não apresentam nadadeiras pares.
e)	 apresentam mandíbula e somente nadadeiras ímpares.
86. (UFGO) Um vertebrado que apresenta como característi-
cas reprodução por fecundação externa, embrião desenvol-
vido em ovo sem casca, presença de coluna vertebral, tem-
peratura variável com o ambiente e coração com três câmaras
é classificado como:
a)	 peixe
b)	 mamífero
c) 	 anfíbio
d) 	réptil
e) 	ave
87. (UB‑DF) Sobre os mamíferos é certo que:
01) 	são homeotermos.
02) 	apresentam fecundação e desenvolvimento interno do
embrião.
04) 	apresentam comportamento estereotipado, não havendo
aprendizado do filhote com os pais.
08) 	são animais essencialmente terrestres.
16) 	o ornitorrinco se enquadra entre os mamíferos menos
evoluídos e menos típicos.
Indique a soma dos números das afirmativas corretas.
a)	 19
b) 	5
c) 	 10
d) 	4
e) 	31
88. (UFGO‑GO) Um vertebrado que apresenta como caracte-
rísticas os itens abaixo é classificado como:
‑	 reprodução por fecundação externa;
‑	 embrião desenvolvido em ovo sem casca;
‑	 presença de coluna vertebral;
‑	 temperatura variável com o ambiente;
‑	 coração com três câmaras.
a)	 peixe
b)	 mamífero
c) 	 anfíbio
d) 	réptil
e) 	ave
89. (Fatec‑SP) Assinale a afirmação incorreta:
a)	 As aves são animais homeotermos, como os mamíferos.
b) 	As aves são os únicos animais providos de penas.
c) 	 As aves apresentam circulação dupla e coração com qua-
tro cavidades.
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  • 1. 1 FILO ARTROPODA Características Gerais Os Arthropoda apresentam: Exoesqueleto quitinoso, sujeito a mudas ou ecdises;- Patas e corpo articulados (Áthron = articulação; podos- = pés, patas) e segmentados (metameria homô-noma e heterônoma); Habitat o mais variado (terrestre), aquático, aéreo, or-- gânico; Simetria bilateral, celomados, esquizocélios, triblásti-- cos, protostômios; Cerca de 1.000.000 de espécies (trata-se do filo mais- numeroso); Importância médica, agronômica, veterinária, alimen-- tar, econômica, etc. Classificação (Sistemática) As cinco principais classes do filo arthropoda são: Insecta - Exemplos: moscas, besouros, baratas, pul- gas, piolhos, percevejos, gafanhotos, pernilongos, abe- lhas, cupins, formigas. Arachnida - Exemplos: aranhas, escorpiões, carra- patos. Crustácea - Exemplos: camarões, siris, caranguei-jos, lagostas, pitu, tatuzinhos-de-jardim, baratinhas-de-praia. Chilopoda - Exemplos: lacraias, centopéias. Diplopoda - Exemplos: piolhos-de-cobra (gongolôs ou embuás) Classe Insecta Conceito Os insetos são artrópodos, geralmente com asas, de respiração traqueal, excreção por tubos de Malpighi, dí- ceros, portadores de três pares de patas que partem do tórax (hexápodes) é a classe mais numerosa do filo, pois correspondem a 97% dos Artropoda, ou seja, mais de 900.000 espécies. Os insetos são os animais mais bem-sucedidos da natureza. São também os mais numerosos e sofrem adaptações aos mais diversos ambientes e aos mais di- ferentes meios de vida. Morfologia Externa Os insetos apresentam o corpo dividido em três re- giões: cabeça, tórax e abdômen. Os olhos são compostos facetados ou múltiplos, constituídos de unidades visuais chamados omatídios, podendo existir milhares num só olho composto. Também há olhos simples ditos ocelos. Os ocelos são sensíveis à luz e à sombra, mas não formam ima- gens. Os olhos compostos formam imagens “quadricu- ladas” dos objetos, isto é, cada omatídio (unidade vi-sual) “enxerga” uma parte do objeto. Os olhos compostos também percebem (identificam) algumas cores.
  • 2. 2 Digestão O tubo é completo, contando inclusive com glându- las salivares, fígado e pâncreas (fundidos em hepato- pâncreas). O tubo digestivo é composto por: boca, faringe (mus- cular), esôfago, papo (armazenamento), moela ou pro- ventrículo (trituração), estômago (ventrículo) ligado aos cecos gástricos (produz enzimas digestivas), intestino (absorção), reto e ânus. Aparalhos Bucais Respiração O sistema respiratório dos insetos é do tipo tra- queal. Na parede do corpo (tórax e abdômen) existem ori- fícios, denominados estigmas, ligados a tubos, tra- quéias, muito ramificados e que chegam até as proxi- midades de cada célula do corpo por meio das tra-quéias e traqueíolas (ramificações finíssimas das tra-quéias). Alguns insetos possuem sacos aéreos (gafanhotos) - dilatações das traquéias, que servem como reserva-tório de ar. O ar atmosférico em oxigênio, atinge todas as célu- las do corpo e o gás carbônico por elas produzido se di- funde para o meio ambiente. As traquéias dos insetos A) Troncos grandes e ramos. B) Parede celular de um tubo traqueal e seu filamento espiralado. C) Ramos terminais ao redor de fibras musculares. D) Traqueíolas finas distribuídas sobre fibras musculares. Circulação O sistema circulatório dos insetos é do tipo aberto ou lacunar; o coração é dorsal, mandando sangue (tam-bém chamado hemolinfa) às lacunas entre os órgãos. A grande diferença entre o sistema circulatório dos insetos e crustáceos é que nos primeiros não existem pigmentos respiratórios, tais como ao hemocianina pre- sente nos crustáceos. A função do sistema circulatório é transportar ali- mentos e substâncias respiratórias. Portanto, nos inse- tos, o sistema respiratório não está associado ao circulatório, como acontece em outros animais, inclusi- ve em outros artrópodes.
  • 3. 3 Excreção A eliminação das excreções que circulam no san- gue dos insetos é feita através de estruturas filiformes, os túbulos de Malpighi. Estes túbulos estão mergulha- dos na cavidade corporal, em contato com o sangue, de onde removem as excreções (ácido úrico, uréia, sais). Seus dutos excretores desembocam no intestino, onde os produtos de excreção são lançados e sendo então, eliminados com as fezes. Coordenação O sistema nervoso, muito semelhante ao dos anelí- deos, é constituído por gânglios cerebróides e uma ca- deia ganglionar ventral (hiponeuros). Reprodução Os insetos são organismos dióicos. O macho e a fê- mea podem geralmente, ser distinguidos externamente, ou seja, apresentam dimorfismo sexual evidente. A reprodução inicia-se com a cópula. O macho intro- duz o pênis na vagina da fêmea e ejacula, isto é, elimi- na seus espermatozóides. Estes vão até a espermate- ca, onde são armazenados temporariamente. Os óvulos produzidos pelos ovários descem pelos ovidutos e, ao passarem pela espermateca, são fecundados pelos es- permatozóides ali presentes, sendo eliminados em se- guida. A fecundação é, portanto, interna. Em alguns insetos, a porção terminal do abdômen da fêmea forma uma projeção, o ovopositor, que serve para perfurar o solo, frutas ou mesmo outros animais e aí introduzir seus ovos. O desenvolvimento dos ovos dos insetos pode ser direto ou indireto. Durante o desenvolvimento do ovo, a maioria dos insetos sofre metamorfose. Dependendo do grau de metamorfose, eles são classificados em três ti- pos: Ametábolos: Alguns insetos podem eclodir do ovo já com forma semelhante ao adulto. Ocorrem mudas su-cessivas durante o seu desenvolvimento, o que é ne-cessário para que possam crescer, já que seu exoes- queleto quitinoso é rígido. Quando atingem o estágio adulto, as mudas cessam. Insetos deste tipo, em que o jovem é muito semelhante ao adulto, são denominados ametábolos (de a = “não” e de metabolé = “mudança”). Exemplo: traça (Lepisma sp.), que pertencente à ordem Thysanura. Hemimetábolos: Outros insetos podem durante seu desenvolvimento, passar por mudanças graduais ou incompletas. Assim que saem do ovo, são chamados ninfas (sem asas e sem sistema reprodutor mas com olhos compostos), tendo alguma semelhança com o adulto. Com as sucessivas mudas, o jovem vai sofren- do uma metamorfose incompleta que culmina com a transformação no adulto, chamado imago. Insetos que sofrem metamorfose incompleta são chamados hemimetábolos (de hemi = “metade” e de metabolé = “mudança”). Obs: As ninfas aquáticas são ditas náiades, e as ninfas de gafanhoto, saltão. Holometábolos: Em outros insetos, do ovo eclode um pequeno organismo vermiforme com corpo segmen- tado, que pode ou não ter pernas, mas não tem olhos nem asas. Esta fase vermiforme é chamada larva (sem olhos compostos) e passa por sucessivas mudas, trans- formando-se em uma pupa. A pupa difere da larva por apresentar, geralmente, menor movimentação. Na pupa ocorrem profundas mudanças; os tecidos larvais são destruídos e novos tecidos, características do adulto, são formados. A fase de pupa representa, assim, o mo-mento da transformação da larva no adulto. Uma vez formado, o adulto romperá a cutícula pupal e emergirá a partir daí não sofrerá mais nenhuma muda. O termo crisálida é mais usada para borboletas e mariposas e pupas para moscas e mosquitos. Pupa e crisálida não se nutrem, mas sofrem muitas modifica- ções para se transformar no imago. A transformação da pupa em adulto é a metamor- fose completa, e os insetos que a possuem são cha- mados holometábos (de hólos = “total” ee de metabolé = mudança).
  • 4. 4 DESENVOLVIMENTO Direto (Ametábolos = sem metamorfose) Primitivamente sem asas Ovo → adulto (imago) Ex.: traças-de-livro Indireto (Metábolos = com metamorfose) Primitvamente com asas Metamorfose Incompleta (Hemimetábolos) Ovo → Ninfa → adulto (imago) Ex.: percevejos, baratas, gafanhotos, louva-a-deus, grilos, cigarras Metamorfose Completa (Holometábolos) Ovo → Larva → Pupa → Adulto (imago) Ex.:moscas, mosquitos, borboletas, besouros, abelhas, formigas, cupins. Classe Crustacea Morfologia Externa Geralmente o corpo divide-se em cefalotórax e ab- dômen. Não há um número uniforme de patas, mas nos crustáceos superiores (camarão, lagosta, siri, carangue- jo, etc.) aparecem sempre cinco pares de patas (decá- podos) torácicas chamadas pereópodos. Os crustáceos são portadores de um par de mandí- bulas, dois pares de maxilas e dois pares de ante- nas. Os três primeiros apêndices torácicos dos crustá- ceos superiores estão voltados para a boca, auxiliando a alimentação: são as chamadas patas mastigadoras ou maxilípedes. Os cinco pares de apêndices torácicos (pereópo- dos) restantes servem para a defesa, ataque, captura do alimento e locomoção, sendo que o primeiro pode estar transformado em quela, uma pinça forte usada na defesa ou na apreensão do alimento. Os olhos são compostos (formados por omatídios). O abdômen apresenta, freqüentemente, apêndices para natação (pleópodos) e transporte de ovos nas fê- meas, como no camarão, mas no caso do siri e do ca- ranguejo abdômen menos desenvolvido é dobrado para baixo do cefalotórax. Digestão e Respiração O sistema digestório dos crustáceos é composto• pela boca ventral (situada entre as mandíbulas), à qual se segue um curto esôfago, que se abre no estômago. O alimento capturado é levado às mandíbulas, onde é triturado e ingerido. Sob o estômago, situam-se duas glândulas digesti- vas, chamadas hepatopâncreas, que produzem as enzi- mas digestivas secretadas no estômago. O alimento digerido no estômago é absorvido no in- testino, lançado no sangue e distribuído por todo o cor- po. Os restos não digeridos são eliminados pelo ânus. A respiração é feita por brânquias, ramificações• laterais situadas na base das patas. Elas são protegidas por abas do exoesqueleto, que podem formar câmaras cheias de água, permitindo o afastamento temporário de meio aquático, como nos caranguejos e baratas de praia. Em pequenos crustáceos a respiração pode ser
  • 5. 5 cutânea, e nos tatuzinhos-de-jardim aparecem ramifica- ções semelhantes às traquéias. As formas terrestres apresentam também respiração branquial, o que exige que vivam em ambientes que umedeçam suficientes seus filamentos branquiais e per- mitam a difusão dos gases. Este é o caso, por exemplo, dos tatuzinhos-de-jardim. Certos caranguejos podem afastar-se da água por certo tempo, pois levam água nas câmaras onde se alo- jam as brânquias, impedindo que estas sequem e dei- xem de efetuar as trocas respiratórias. Circulação, Excreção e Coordenação O sistema circulatório, transportador de alimento,• oxigênio e gás carbônico por todo o corpo, além das ex-creções produzidas pelas células, é constítuido por um coração dorsal, de onde partem vasos que levam o sangue para todos os órgãos. Ao chegar nos diversos órgãos, o sangue abandona os vasos e cai em lacunas, onde ocorrem trocas gasosas, ficando o sangue carre- gado de CO2. O sangue, agora oxigenado, segue por la- cunas até o coração, onde penetra por fendas nele pre- sentes, sendo bombeado e redistribuído ao corpo. Po- dem apresentar hemocianina dissolvida no plasma. Os resíduos orgânicos presentes no sangue e• nas cavidades do corpo são retirados e excretados por um par de estruturas denominadas glândulas verdes ou antenárias. Estes órgãos de excreção localizam-se na região anterior do corpo, próximo às antenas. Das glândulas verdes, partem dutos que se abrem nos poros excretores, a base ventral das antenas. Como nos anelídeos, o sistema nervoso dos crus-• táceos é ventral. Na região anterior, vários gânglios fundidos constituem o cérebro, ao qual segue a cadeia ventral. Do cérebro e da cadeia nervosa partem prolon- gamentos que chegam aos músculos e às estruturas (antenas, olhos e pêlos sensitivos). Reprodução A maioria dos crustáceos apresenta sexos separa- dos. Quando um macho e uma fêmea sexualmente ma- duros se encontram, pode ocorrer a cópula. O macho vi- ra a fêmea de ventre para cima e encosta seu abdome contra o dela. Com o auxílio dos apêndices abdominais tubulares, transfere seus espermatozóides para os re- ceptáculols seminais da fêmea, que se situam ventral- mente na região do cefalotórax. Após a cópula, os par- ceiros se separam. Mais tarde, a fêmea ovula, e os óvu- los são fecundados externamente., ficando aderidos por uma matriz mucosa ao seu abdome. Dos ovos podem emergir indivíduos jovens semelhantes aos pais (desen- volviomento direto) ou formas larvais (desenvolvimento indireto), dependendo da espécie considerada. Classe Chilopoda Os quilópodos (do grego Khylos = mil ou cheilos = lábio e podós = pés) são animais conhecidos popular- mente como centopéias ou lacrais. Têm o corpo longo, cilíndrico, ligeiramente achatado dorsoventralmente, segmentado em numerosos anéis, nos quais se prendem as patas articuladas (um par pa- ra cada segmento). A divisão do corpo é simples, com- preendendo apenas a cabeça e o tronco. Há um par de antenas longas e o primeiro par de pa- tas está adaptado para a inoculação de peçonha (forcí- pulas). A peçonha (veneno) tem ação bastante doloro-sa, mas dificilmente mortal.
  • 6. 6 Classe Diplopoda Os diplopodos (do grego diplos = duplo e podós = pés) são muito aparentados com os quilópodos. Du- rante muito tempo diplópodos e quilópodos foram estu- dados numa classe única, então chamada Myriapoda (do grego myriás = dez mil, e podós = pés). Os dipló-podos se caracterizam, todavia, por ter dois pares de patas articuladas em cada segmento como consequên-cia da soldadura dos segmentos dois a dois (os quilópo-dos têm apenas um) e são todos inofensivos, já que não possuem glândulas secretoras de peçonha. Vivem em buracos no solo. Enroscam-se quando agredidos, são vulgarmente conhecidos como gongolôs, embuás ou piolho-de-cobra (piolho, aqui tem sentido de diminutivo irônico). Cientificamente: Julus maximus. Classe Arachnida Principais Características Corpo dividido em cefalotórax e abdômen.• Presença de quatro pares de patas (animais octópo-• dos). Ausência de antenas (são áceros).• Presença de palpos (apêndices semelhantes a patas,• mas sem finalidade de locomoção; servem para pren- der vítimas e alimentos ou possuem função sexual). Muitas espécies peçonhetas e perigosas. Outras são• parasitas (sarna, acne “cravo”, carrapatos), ocorren- do, através de algumas, a transmissão de doenças infectocontagiosas. Na maioria, respiração por filotraquéias (ou pulmões-• livro), traquéias normais ou ambos os processos. Digestão As aranhas são predadoras principalmente de inse- tos, saltando sobre eles ou aprisionando-os em suas teias. O sistema digestivo é completo, porém sem man- díbulas, razão pela qual o intestino despeja enzimas so- bre a presa, para iniciar a digestão extracorpórea. Quando a presa torna-se liquefeita, é “aspirada” pelo estômago sugador para completar a digestão. Respiração A respiração processa-se através de filotraquéias ou “pulmões” foliáceos. Encontramos no abdômen os estigmas das filotra- quéias (2 ou 4 pares de cada lado). Estas são um tipo especial de traquéia formada por 15 a 20 lâminas dis- postas como as páginas de um livro, alojadas dentro de uma cavidade, que se comunica com o exterior por uma abertura chamada estigma. As lâminas são muito vas- cularizadas, o que permite a hematose. Quando existe apenas um par de filotraquéias, é comum existir tam-bém uma traquéia ramificada que completa a respiração. Circulação É do tipo aberta, como nos demais artrópodos, sen-do o coração dorsal circundado por um pericárdio. O sangue é incolor contém corpúsculos amebóides e he-mocianina dissolvida. Excreção É realizada por túbulos de Malpighi pares, ligados ao intestino e por um ou dois pares de glândulas coxais situados no assoalho do cefalotórax. O principal produto de excreção é a guanina. Sistema Nervoso Como nos demais artrópodes é do tipo ganglionar e posição ventral. Os orgãos dos sentidos podem ser pêlos sensitivos, olhos e fendas sensitivas. Os olhos são simples (oce-los), os pêlos são abundantes e fornecem informações sobre objetos próximos, gravidade, movimento do ar, etc. Reprodução Os sexos são geralmente separados (dióicos) e a fe- cundação é interna. Nas aranhas, o macho produz uma bolsa de seda com espermatozóides e com o palpo co- loca-a no oríficio genital da fêmea. Em alguns casos, o macho é comido pela fêmea após a cópula. Nos escor- piões, o macho deposita um espermatóforo no chão e, durante a dança de corte, “ajeita” a fêmea, de modo que o espermatóforo entre em seu poro genital. Nos escor- piões e nas aranhas, o desenvolvimento é direto, mas nos acarinos é indireto, isto é, aparece uma larva (hexá- poda) seguida de uma ninfa (octópodo) e finalmente o adulto.
  • 7. 7 TESTES 01. (FUVEST-SP) Quais das afirmações abaixo são válidas para os insetos? 01) As células do animal estão em contato direto com o ar. 02) A hemoglobina transporta o oxigênio e o gás carbônico. 04) A obliteração de uma das aberturas do aparelho respira- tório causará a morte do animal. 08) O animal vive apenas em ambiente de baixa concentra-ção de oxigênio. 16) O animal forma dióxido de carbono na respiração. 02. São características dos artrópodos: 01) Exoesqueleto quitinoso. 02) Corpo segmentado. 04) Ausência de celoma. 08) Três folhetos embrionários. 16) Sistema circulatório fechado. 03. Assinale os animais abaixo relacionados que apresentem as seguintes características: duas antenas, corpo dividido em cabeça, tórax e abdome e 3 pares de patas: 01) Camarão. 02) Mosca. 04) Borboleta. 08) Grilo. 16) Aranha. 32) Escorpião. 04. (UNIMED) O artrópodo que apresenta as seguintes carac- terísticas: corpo com abdômen e cefalotórax, ausência de an- tenas e oito patas é: Camarão.a) Inseto.b) Quilópode.c) Aranha.d) Diplópode.e) 05. (LAVRAS) As características abaixo relacionadas referem- se a organismos do Phylum Artropoda: Cefalotórax; antenas e mandíbulas ausentes; quatro paresI. de patas locomotoras; olhos simples; respiração por tra- quéias ou filotraquéias; fecundação interna. Dois pares de antenas; olhos compostos ou simples; respi-II. ração por brânquias ou pela superfície do corpo; cefalo- tórax recoberto por carapaça. Corpo composto de cabeça, tórax e abdômen; 1 par de an-III. tenas; mandíbulas e maxilas presentes; olhos compostos; fecundação interna; 3 pares de patas locomotivas. Cabeça com 1 par de antenas, mandíbulas presemntes;IV. corpo com 15 ou mais pares de patas locomotoras; olhos compostos ou simples. Assinale a opção que contenha a seqüência correta dos or- ganismos que apresentam as características acima citadas: Aracnídeos - Miriápodes - Insetos - Crustáceos.a) Crustáceos - Aracnídeos - Insetos - Miriápodes.b) Insetos - Miriápodes - Crustáceos - Aracnídeos.c) Aracnídeos - Crustáceos - Insetos - Miriápodes.d) Miriápodes - Insetos - Crustáceos - Aracnídeos.e) Observação: Antigamente, quilópodos e diplópodos formavam um único grupo denominado miriápodes. 06. Piolho-de-cobra e lacraia são exemplos respectivos de: quilópodo e diplópodo.a) crustáceo e diplópodo.b) diplópodo e quilópodo.c) quilópodo e aracnídeo.d) diplópodo e inseto.e) 07. (UFPR) Artrópodos têm exoesqueleto quitinoso e apêndi- ces articulados variáveis. Assinale as afirmações corretas: 01) As moscas têm seis patas, duas antenas curtas e apêndi- ces bucais (mandíbulas). 02) Os camarões têm as brânquias nas partes próximas dos seus apêndices abdominais. 04) As aranhas utilizam as quelíceras para secretar suas teias. 08) A abelha operária defende sua colméia com o ferrão, que é um ovipositor modificado. 16) As borboletas se alimentam de líquidos por meio das maxilas transformadas em espirotromba. 32) Os piolhos-de-cobra (Diplopoda) tem corpo longo, cilíndri- co, com muitos segmentos, cada um com dois pares de pernas. 08. Assinale as opções nas quais o nome da estrutura esteja de acordo com a função desempenhada e o grupo animal a que pertence: 01) Túbulos de Mapighi - excreção nos insetos. 02) Filotraquéias - Excreção nas aranhas. 04) Glândulas verdes - Respiração nos crustáceos. 08) Traquéias - Respiração em insetos. 16) Glândulas coxais - Excreção em minhocas. 09. (UFCE) Quanto à morfologia dos animais, podemos afir-mar corretamente: 01) O exoesqueleto é uma estrutura típica dos artrópodes. 02) Os insetos apresentam o corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen. 04) As aranhas apresentam quatro pares de patas. 08) Os crustáceos apresentam dois pares de antenas. 16) Entre os artrópodos, os únicos que não têm o corpo seg- mentado são os escorpionídeos. 32) Os insetos ápteros são aqueles desprovidos de antenas. 10. São características dos aracnídeos: 01) Quatro pares de patas. 02) Ausência de antenas. 04) Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. 08) Respiração branquial. 11. Pertencem à classe Arachnida: 01) Escorpião. 02) Formiga. 04) Centopéia. 08) Cravo. 16) Caranguejo. 32) Siri. 12. Assinale as relações verdadeiras: 01) Crustacea – siri. 02) Insecta – mosca. 04) Arachnida – carrapato. 08) Diplopoda – piolho-de-cobra. 16) Chilopoda – grilo.
  • 8. 8 13. Assinale as estruturas normalmente encontradas em um crustáceo: 01) Glândulas verdes. 02) Exoesqueleto quitinoso. 04) Traquéia. 08) Antenas. 16) Nefrídios. 14. Os artrópodos constituem o maior filo da natureza. Assina- le as alternativas que apresentam apenas exemplos de artró- podos: 01) Caracol e pulga. 02) Siri e sanguessuga. 04) Centopéia e mosquito. 08) Aranha e lombriga. 16) Escorpião e lagosta. 32) Minhoca e lagarto. 15. Assinale as opções que apresentam apenas característi- cas dos crustáceos: 01) Dois pares de antenas. 02) Três pares de patas. 04) Corpo dividido em cefalotórax e abdome. 08) Respiração traqueal. 16) Excreção por glândulas verdes. 16. Assinale as alternativas corretas sobre os crustáceos: 01) São áceros. 02) O corpo é dividido em cefalotórax e abdome. 04) São, exclusivamente, marinhos. 08) Apresentam glândulas verdes como elementos de excre- ção. 16) São monóicos em sua grande maioria. 17. (FIUBE-MG) Em que alternativa as características apre- sentadas identificam os crustáceos? Patas Antenas Respiração a) quatro pares Ausentes Traqueal b) quatro pares Ausentes Pulmonar c) numerosas e diferentes Dois pares Branquial d) numerosas e semelhantes Um par Traqueal e) três pares Um par traqueal 18. (UEL) Considere os tipos de estrutura e os animais abaixo. nematocisto.I. Exoesqueleto quitinoso.II. Protonefrídio.III. artrópodesa) cnidáriosb) platelmintosc) Associe corretamente cada tipo de estrutura com os animais que a apresentam: Ia, IIb, IIIca) Ia, Iic, IIIbb) Ib,Iia, IIIcc) Ib, Iic, IIIad) Ic, Iia, IIIbe) 19. (UEL) Entre os artrópodos, a presença de dois pares de antenas caracteriza os : Insetos;a) Crustáceos;b) Aracnídeos;c) Diplóicos;d) Quilópodos.e) 20. (Unifor-CE) São artrópodes: a) mosca, aranha, centopéia, sanguessuga. b) lagosta, borboleta, escorpião, carrapato. c) carrapato, minhoca, pulga, piolho. d) camarão, pulga, gafanhoto, sanguessuga. e) besouro, aranha, gongolô, solitária. 21. (Fuvest-SP) Os artrópodes apresentam, entre outras ca- racterísticas, pernas articuladas. Entre eles, os que têm o cor- po dividido em cabeça, tórax e abdome, e três pares de per-nas são os: a) crustáceos. b) miriápodes. c) aracnídeos. d) insetos. e) escorpiões. 22. (Vunesp-SP) O sistema circulatório dos insetos não per- mite rápida circulação do sangue, mas esses animais podem conseguir grandes quantidades de energia rapidamente, por- que: a) são anaeróbicos. b) contêm pigmentos exclusivos para transporte de oxigênio. c) só armazenam alimentos na forma de carboidratos. d) as lacunas do seu sistema circulatório armazenam ar. e) suas células não dependem do sangue para receber oxi- gênio. 23. (Santo Amaro-SP) A excreção nos insetos é efetuada através de: a) nefrídios. b) tubo de Malpighi. c) células-flama. d) rins. e) bexiga. 24. (UFMG) Todas as afirmativas sobre o filo Artrópode estão corretas, exceto: a) Exoesqueleto quitinoso favoreceu seu sucesso evolutivo. b) A excreção se faz por túbulos de Malpighi ou glândulas es- peciais. c) Formas parasitas são encontradas em diversas de suas classes. d) O sistema nervoso é dorsal, com gânglios cefálicos. e) A circulação é aberta contendo, ou não, no sangue, pig- mentos respiratórios. 25. (PUC-SP) Um animal que apresenta o corpo formado por cefalotórax e abdome, recoberto de quitina e destituído de antenas é um: a) quilópode. b) aracnídeo. c) inseto. d) crustáceo. e) anelídeo.
  • 9. 9 26. (Fuvest-SP) O que é que a minhoca tem, e a mosca também? a) sistema circulatório fechado b) metameria c) respiração cutânea d) hermafroditismo e) desenvolvimento direto 27. (Unesp) Analise os itens abaixo, identificando em qual está relacionado um filo com um animal seu representante: FILO ANIMAL I. Porifera II. Coelenterata III. Arthropoda pólipos medusas caranguejo A alternativa verdadeira é: a) somente I é correta. b) somente I e II são corretas. c) somente II e III são corretas. d) somente I e III são corretas. e) I, II e III são corretas. 28. (Vunesp-SP) Um par de antenas, dois pares de antenas e ausência de antenas são características, respectivamente, dos seguintes grupos de artrópodes: a) insetos, aracnídeos e crustáceos. b) crustáceos, insetos e aracnídeos. c) aracnídeos, crustáceos e insetos. d) insetos, crustáceos e aracnídeos. e) aracnídeos, insetos e crustáceos. 29. (FlA-SP) Em crustáceos, os resíduos orgânicos do sangue das cavidades do corpo são retirados e excretados por estru- turas denominadas: a) túbulos de Malpighi. b) glândulas verdes. c) protonefrídios. d) células-flama. e) glândulas coxais. 30. (Unimep-SP) Dos artrópodes relacionados a seguir, assi- nale a alternativa que apresenta exemplos apenas de crustá- ceos: a) Aranha, camarão, barata e centopéia. b) Camarão, lagosta, siri e caranguejo. c) Escorpião, siri, mosquito e estrela-do-mar. d) Caranguejo, besouro, carrapato e gafanhoto. e) Nenhuma das alternativas anteriores. 31. (UFMG) “Agosto e setembro são os meses em que mais aparecem escorpiões, pois é justamente nesses meses que eles têm seu período de reprodução. O inseto se refugia nos mais diferentes lugares, como amontoados de madeira, pe- dras, entulhos, fendas na parede ou atrás de móveis. Diaria- mente, pelo menos uma pessoa picada por escorpião é aten- dida no Centro de Toxologia do hospital João XXIII”. (Estado de Minas, 17/08/1990). Essa matéria sobre o escorpião incor-re em erro ao: a) descrever seu comportamento. b) indicar seu hábitat. c) indicar seu período de reprodução. d) referir-se à sua classificação taxonômica. e) referir-se à sua nocividade. 32. (Fuvest-SP) Um invertebrado cujo corpo é constituído por cefalotórax e abdome, que não possui antenas, dotado de quatro pares de patas locomotoras e um par de quelíceras é um: a) crustáceo. b) inseto. c) aracnídeo. d) diplóide. e) quilópode. 33. (UFPA) “...tropeço em uma pedra, escavo a cavidade des- coberta e uma aranha imensa de pêlo vermelho me olha fixa- mente, imóvel, grande como caranguejo... Um besouro dou- rado me lança sua emanação mefítica enquanto desaparece como um relâmpago seu radiante arco-íris...” Nesse trecho Neruda não cita animais do grupo dos: a) crustáceos. b) coleópteros. c) aracnídeos. d) diplópodos. e) insetos. 34. (FURRN) A alternativa incorreta é: a) Os crustáceos apresentam 2 pares de antenas. b) Os quilópodes têm o corpo formado pela cabeça e por vários segmentos corporais; apresentam um par de patas por segmento. c) Os diplópodes apresentam o corpo formado de cabeça e por vários segmentos corporais; cada segmento contém 2 pares de patas. d) Os aracnídeos não possuem antenas. e) Os insetos têm o corpo dividido em cefalotórax e abdome. 35. (UFGO) No quadro a seguir, cada coluna se refere a ca- racterísticas de uma classe de artrópode. Antenas Divisão do corpo Desenvolvimento Habitat I Um par Cabeça, tórax e abdomem Indireto Terrestre II Dois pares Cefalotórax e abdomem Indireto Aquático III Ausente Cefalotórax e abdomem Direto Terrestre Assinale a alternativa que indica a ordem correta das colunas: a) I - crustáceo; II - inseto; III - aracnídeo. b) l - inseto; II - aracnídeo; III - crustáceo. c) I - inseto; II - crustáceo; III - aracnídeo. d) I - aracnídeo; II - crustáceo; III - inseto. e) I - crustáceo; II - aracnídeo; III - inseto. 36. (PUC) As ilustrações abaixo representam animais do Phylum Arthropoda.
  • 10. 10 Assinale a opção que indica corretamente, na sequência de I a IV, as classes a que pertencem esses animais: I Arachnida, II Insecta, III Crustacea, IV Chilopoda, V Di-a) plopoda. I Crustacea, II Arachnida, III Insecta, IV Diplopoda, V Chi-b) lopoda. I Insecta, II Crustacea, III Arachnida, IV Chilopoda, V Di-c) plopoda. I Crustacea, II Arachnida, III Insecta, IV Chilopoda, V Di-d) plopoda. I Insecta, II Arachnida, III Crustácea, IV Diplopoda, V Chi-e) lopoda. 37. (UNITAU-SP) Não é característica dos crustáceos: a) apresentarem simetria bilateral. b) serem triblásticos. c) terem segmentação metamérica. d) possuírem respiração por brânquias. e) serem pseudocelomados. 38. (MACK-SP) Num jantar, havia camarão, lagosta, ostra, lula e pedaços de polvo. Essa refeição continha, portanto: a) somente moluscos. b) somente crustáceos. c) somente peixes e crustáceos. d) somente crustáceos e moluscos. e) crustáceos, moluscos e peixes. FILO EQUINODERMATA (Equinos = espinhos) (Derma = pele) Os equinodermas constituem um grupo exclusiva- mente marinho. O número de fósseis registrado é enorme, e entre os espécimes atuais encontram-se os ouriços-do-mar, bo- lachas-de-praia (corrupios), estrelas-do-mar, serpentes- do-mar (ofiúros), holotúrias ou pepinos-do-mar e os lí- rios-do-mar. São invertebrados de vida livre, raramente fixos, tri- blásticos, celomados, deuterostômios, simetria bilate- ral nas larvas e no adulto simetria radial. Apresentam endoesqueleto CALCÁRIO, guarnecidos por espinhos, logo abaixo da epiderme. Os espinhos são móveis e podem auxiliar o movi- mento, além de lhes proporcionar proteção. Possuem um SISTEMA AMBULACRAL, exclusivo desse filo. No corpo dos equinodermas mais comuns, há algu- mas projeções externas, tais como: espinhos:• projeções do endoesqueleto; longos ou curtos, móveis (como os ouriços) ou não (como nas estrelas); pés ambulacrais• (do latim, ambulare - caminhar): projeção de um sistema interno de canais no qual circula a água do mar filtrada por uma placa poro- sa, o madreporito. Esses pés atravessam pequenos orifícios do endoesqueleto para poderem se projetar externamente, e ajudam o animal a se locomover; pedicelárias:• projeções da pele que terminam em pinças. Servem para proteção e defesa; podem ser venenosas (ouriços) ou não (estrelas); mantém o corpo do animal. pápulas:• elevações muito pequenas da pele fina; realizam trocas gasosas. Sistema Ambulacrário Uma das características marcantes dos equinoder- mos é a presença de um complexo sistema de canais; tubos e vesículas, denominado sistema ambulacrário ou sistema aqüífero, que se relaciona com a locomo- ção, excreção, respiração, circulação e até mesmo com a percepção do animal. Este sistema inicia-se com a placa madrepórica ou madrepórito, localizada na parte dorsal do animal, por onde a água do mar penetra; em seguida a água alcança o canal pétreo e o canal ane- lar ou circular que se encontra ao redor do tubo diges- tivo. Do canal circular partem os canais radiais, que percorrem o corpo do animal. Em cada canal radial existem muitos pares de vesí- culas denominadas ampolas. De cada ampola parte um pé ambulacral, que sai para o exterior do animal atra- vés de orifícios do esqueleto. Pela contração da ampola a água aí contida é im- primida ao pezinho oco que se estende alargando a extremidade em forma de ventosa, com a qual ele se fixa no substrato. Dilatando-se a ampola, a água volta, os pezinhos ficam murchos e soltam-se do substrato. O animal locomove-se alternadamente, fixando e despren- dendo os pés ambulacrários. No canal circular existem expansões denominadas vesículas de Poli, que regulam a pressão da água no sistema. As variações de pressão da água do sistema determinam a expansão ou retração dos pés, fato que culmina com o deslocamento do animal. SISTEMA AMBULACRÁRIO (FUNÇÕES) Locomoção Respiração Excreção Fixação
  • 11. 11 TEGUMENTO Epiderme ciliada e derme com espinhos, pedicelas, brânquias e pódios. Aparelho Digestivo Geralmente do tipo completo, isto é, de boca até ânus. Os ophiuroidea possuem aparelho digestivo in-completo, pois falta o ânus. Os echinoidea, entretanto, apresentam lanterna de Aristóteles. Sistema Excretor Não há. A excreção é realizada pelo sistema ambu- lacrário, brânquias, hidropulmões e ânus. Sistema Respiratório Representado principalmente por brânquias. Às ve- zes pelo sistema ambulacrário e nos holoturoidea por hidropulmões ou árvores respiratórias. Reprodução Os equinodermos são animais dióicos. Os óvulos e os espermatozóides são eliminados na água ocorrendo fecundação externa. O zigoto desenvolve-se produzindo ouriço-do-mar, uma larva livre natante e de simetria bila- teral denominada plúteo. Estrelas-do-mar possuem duas formas larvais deno- minadas bipinárias e braquiolária. Os equinodermos possuem elevada capacidade de regeneração. Estrelas- do-mar também podem regenerar espinhos, pedicelá-rias e outras partes perdidas. Importante: Lanterna-de-Aristóteles (devido à sua semelhança com uma antiga lanterna grega). Formadas por um con- junto de dentículos fortes e afiados. Função: Alimentação (mastigação) Obs.: Em geral, os equinodermos apresentam gran- de capacidade regenerativa. Assim é que, se cortarmos os braços de uma estrela-do-mar, cada braço dará uma nova estrela bem como o disco central. Também pode ocorrer partenogênese. Classificação Filo Equinodermata Subfilo Pelmatozoa: animais de bo- ca e ânus na superfície superior. - Classe Crinóidea Subfilo Eleutherozoa: animais com a boca localizada na face inferior. - Classe Asteroidea - Classe Ophiuroidea - Classe Equinoidea - Classe Holothoroidea Classe dos Equinóides Echinoidea - do grego echinos (espinho) + eidés (aspecto). Principais características: Ex.: Ouriço-do-mar. Corpo globoso, sem braços;• Placas esqueléticas soldadas rigidamente;• Longos espinhos móveis;• Pés ambulacrais distribuídos em cinco faixas, desde a• face inferior até a superior; Regeneração muito limitada;• Presença de uma estrutura formada de inúmeras pe-• ças calcárias e dentes rodeando a boca, com função mastigadora, chamada lanterna-de-aristóteles; Boca da face inferior; ânus e madreporito na face su-• perior; Herbívoros macrófagos.• Ex.: Bolachas-de-praia ou corrupios. Corpo muito achatado;• Espinhos finos e bastante curtos;• Sistema ambulacral na face superior, sem função lo-• comotora, funcionando para trocas gasosas; Presença de lanterna-de-aristóteles;•
  • 12. 12 Ânus deslocado para a face inferior, ao lado da boca,• ocasionando um retorno à simetria bilateral. Bolacha-da-praia. Classe dos Asteróides Asteroidea - do grego astér, éros (estrela) + eidés (aspecto). Principais características: Corpo achatado com braços que não se destacam• claramente do disco central; Pés ambulacrais na face inferior, projetando-se atra-• vés de orifícios situados nos sulcos ao longo dos braços; Boca no meio da face inferior; ânus (às vezes ausen-• te) e madreporito na face superior; Sexos geralmente separados, fecundação externa,• desenvolvimento indireto; Carnívoros predadores.• Estrela-do-mar. Classe dos Ofiuróides Ophiuroidea - do grego óphis (serpente) + ourá (cauda) + eidés (aspecto). Principais características: Braços finos e serpenteantes destacados nitidamen-• te do disco central; Madreporito na face inferior, ao lado da boca; ânus• ausente; Ausência de pedicelárias;• Importância reduzida dos pés ambulacrais na loco-• moção, que é feita principalmente pela movimenta- ção dos braços; Carnívoros saprófagos em sua maioria.• Ofiúro - face superior. Classe dos Holoturióideos Holothurioidea - do grego holothourion (um tipo de animal aquático) + eidés (aspecto). Principais características: Ausências de braços, espinhos e pedicelárias;• Corpo cilíndrico, alongado, com boca e ânus em ex-• tremidades opostas; Boca rodeada por tentáculos que são pés ambula-• crais transformados; Pele grossa com poucas placas calcárias microscó-• picas espalhadas; Quando molestados, costumam eliminar as vísceras,• que posteriormente se regeneram; Detritívos.• Um tipo de pepino-do-mar. Classe dos Crinóides Crinoídea - do grego krinon (lírio) + eidés (aspec- to). Principais características: Ânus ao lado da boca no disco superior;• Corpo semelhante a um pequeno cálice, do qual par-• tem cinco ou dez braços muito ramificados, com pés ambulacrais reduzidos, sem função locomotora;
  • 13. 13 Jovens presos ao substrato por um pedúnculo, subs-• tituído por ganchos na fase adulta; Alimentação: detritos e plâncton conduzidos à boca• por correntes de águas criadas pela movimentação dos pés ambulacrais. Lírio-do-mar. TESTES 39. (PUC-MG) Os equinodermos, à primeira vista, estão mais relacionados com os invertebrados inferiores. No entanto es- tão, evolutivamente, relacionados aos cordados porque: a) são deuterostômios. b) são diblásticos celomados. c) a epiderme é monoestratificada. d) o sistema digestivo é completo. e) possuem sistema ambulacral. 40. (UEPG-PR) Lanterna-de-aristóteles, espongiocele e manto ocorrem, respectivamente, em: a) equinodermos, poríferos e moluscos. b) poríferos, equinodermos e celenterados. c) moluscos, poríferos e artrópodes. d) cnidários, equinodermos e insetos. e) aracnídeos, platelmintos e moluscos. 41. (UERJ) Quem sou eu? 1. Sou celomado, tenho exoesqueleto quitinoso e 8 patas. 2. Sou acelomado, prefiro ambientes pouco iluminados e ex- creto por células-flama. 3. Sou celomado, deuterostômio e respiro por brânquias. A alternativa em que os animais estão apresentados na ordem das características acima é: a) Aranha, pIanária e ouriço-do-mar. b) Planária, ouriço-do-mar e aranha. c) Ouriço-do-mar, planária e aranha. d) Aranha, ouriço-do-mar e planária. 42. (UFMG)Alunos de uma escola de Belo Horizonte realiza-ram uma coleta de seres vivos nas águas do Córrego da Res-saca. Ao fazerem o relatório, citaram a ocorrência de alguns grupos de organismos. Todas as alternativas apresentam classificação possível, exceto: a) Algas e crustáceos. b) Bactérias e fungos. c) Equinodermas e poliquetas. d) Insetos e anelídeos. e) Moluscos e platelmintos. 43. (UFSCar-SP) Assinale a única afirmativa correta: a) Os únicos animais com sistema ambulacrário são os mo- luscos. b) Nos equinodermos, ocorre endoesqueleto calcário; nos artrópodes, exoesqueleto quitinoso. c) Entre os invertebrados, há muito mais moluscos do que artrópodes. d) Bivalves, cefalópodes e gastrópodes são classes de equi- nodermos. e) Tanto os artrópodes como os equinodermos e moluscos apresentam patas articuladas. 44. (PUC-PR) A presença do sistema ambulacral aqüifero é característica exclusiva de: a) Crustacea. b) Annelida Polychaeta. c) Mollusca Gastropoda. d) Insecta de vida aquática. e) Echinodermata. 45. (UNIRIO-RJ) Os desenhos abaixo exemplificam diferentes filos animais. Fazem parte de filos exclusivamente marinhos os animais: a) 1 e 3. b) 1 e 5. c) 2 e 4. d) 2 e 5. e) 3 e 4. 46. (PUC-RJ) Indique, respectivamente, a que filos pertencem os animais cujas principais características estão relacionadas abaixo: 1. Corpo dividido em cabeça, pé e massa visceral; manto se- cretor de concha; rádula; habitam ambientes aquáticos (al- guns terrestres). 2. Corpo, em geral, com simetria pentarradiada; esqueleto dérmico interno; pés ambulacrais; espinhos; habitam ex- clusivamente os mares. a) equinoderma; anelídeo b) anelídeo; nematódeo c) molusco; porífero d) celenterado; equinoderma e) molusco; equinoderma 47. (UFU-MG) Cláudio precisava fazer uma coleção de inver- tebrados e agrupou alguns animais, conforme o quadro:
  • 14. 14 Animal Característica externa 1 segmentação do corpo 2 simetria radiada 3 presença de 4 asas 4 corpo mole e presença de concha Considerando essas características, Cláudio concluiu: 1. O animal 1 pode ser um anelídeo ou um artrópode. 2. O animal 2 pode ser um equinodermo ou um celenterado. 3. O animal 3 só pode ser um inseto. 4. O animal 4 provavelmente é um molusco. Você concorda: a) apenas com uma das conclusões. b) apenas com a 1ª, a 2ª e a 4ª conclusões. c) apenas com a 1ª e a 3ª conclusões. d) apenas com a 2ª e a 4ª conclusões. e) com todas as conclusões. 48. (UFRJ) Estão esquematizados abaixo cinco invertebrados pertencentes a filos diferentes. Dos invertebrados apresentados, o que tem características evolutivas, observáveis durante o desenvolvimento embrioná- rio, que lhe conferem maior grau de parentesco com os ver- tebrados, é o de número: a) I b) II c) III d) IV e) V 49. (UFMG) Observe as figuras: Com relação aos animais representados nas figuras, pode-se afirmar que: a) dois deles apresentam túbulos de Malpighi como órgãos de excreção. b) dois deles pertencem a grupos que possuem representan- tes de transmissores de doenças. c) todos apresentam boca derivada do blastóporo. d) três pertencem ao mesmo filo. e) três são exclusivamente marinhos. 50. (UFPA) Simetria bilateral no embrião e pentarradiada na fase adulta, celoma, esqueleto interno e sistema digestivo completo são características apresentadas pelos: a) equinodermos. b) artrópodos. c) moluscos. d) celenterados. e) poríferos. 51. (UFPR) Nesta questão faz-se referência a vários filos de animais invertebrados. Com base não só em características morfológicas, mas também em sistemática, é correto afirmar que (mais de uma alternativa pode estar correta): 01) O camarão, o caranguejo e o siri são moluscos comestí- veis. 02) Os equinodermas são exclusivamente marinhos. 04) Os anelídeos são animais de corpo cilíndrico, não-seg- mentado. 08) Devido à existência de um exoesqueleto quitinoso, os ar- trópodes sofrem o fenômeno das mudas ou ecdises du- rante o seu crescimento. 16) Os insetos pertencem ao filo Arthropoda e são os únicos invertebrados capazes de voar. Assinale a opção que contem a soma dos itens corretos: a) 13 b) 26 c) 4 d) 23 e) 18 52. (Funioeste-PR) Assinale a(s) alternativa(s) que asso- cia(m) corretamente o grupo a algumas de suas caracterís- ticas: 01) Equinodermas - lanterna-de-aristóteles e madreporito 02) Moluscos - rádula e manto 04) Poríferos - cnidoblastos e nematocistos 08) Celenterados - coanócitos e espículas 16) Anelídeos - clitelo e parapódios 32) Artrópodos - tubos de Malpighi e ecdises 64) Asquelmintos - exoesqueleto quitinoso e células-flama Assinale a opção que contem a soma dos itens corretos: a) 33 b) 48 c) 26 d) 9 e) 51 53. No filo Echinodermata são encontradas as classes Echi- noidea, Asteroidea, Crinoidea, Holothuroidea e Ophiuroidea, exemplificadas, respectivamente, por: a) ouriço-do-mar, estrela-do-mar, lírio-do-mar, pepino-do-mar e serpente-do-mar. b) lírio-do-mar, medusa, estrela-do-mar, holotúria e ouriço-do- mar. c) pólipo, medusa, holotúria, pepino-do-mar e caravela. d) embuá, ostra, lírio-do-mar, marisco e pepino-do-mar. e) ouriço-do-mar, estrela-do-mar, serpente-do-mar, pepino-do- mar e lírio-do-mar. 54. (UEPG-PR) A presença de mesogléia, manto, parapódios e sistema ambulacrário é constatada, respectivamente, nos:
  • 15. 15 a) poríferos, cnidários, insetos e anelídeos. b) cnidários, moluscos, anelídeos e equinodermos. c) anelídeos, crustáceos, insetos e poriferos. d) moluscos, equinodermos, aracnídeos e crustáceos. e) equinodermos, moluscos, crustáceos e poríferos. 55. (PUCCAMP-SP) Considere as duas colunas abaixo: Grupos de invertebrados Características I - cnidários II - moluscos III - artrópodos IV - equinodermos A - presença de exoesqueleto quitinoso B - simetria secundária pentarradiada C - corpo formado basicamente por cabeça, pé e massa visceral D - dois tipos morfológicos de indivíduos: pólipos e medusas A alternativa que associa corretamente as duas colunas é: I II III IV a) A B C D b) B C D A c) C D B A d) D A B C e) D C A B 56. (UFRS) Um biólogo, em uma coleta marinha, encontrou um animal desconhecido, fixo ao substrato, a 20 m de profun- didade. Após observá-lo externamente, constatou a existência de espinhos na superfície corporal, de simetria radial e a pré- sença de boca e ânus em regiões opostas do corpo. A partir disto, ele resolveu identificar tal exemplar em um catálogo de animais marinhos e, para tanto, escolheu o volume referente aos: a) peixes. b) equinodermados. c) crustáceos. d) poríferos. e) celenterados. FILO CHORDATA OS CORDADOS Os cordados constituem um grupo zoológico bastan- te heterogêneo, abrangendo animais adaptados à vida na água doce, mar e terra. As características diferentes e exclusivas do grupo são a presença da notocorda, fendas branquiais e tubo nervoso dorsal. A NOTOCORDA consiste em um bastão fibroso que confere SUSTENTAÇÃO ao corpo. Nos cordados infe- riores a notocorda persiste por toda a vida do animal. Já nos cordados superiores, a notocorda é substituída pela coluna vertebral na fase adulta. O tubo nervoso dorsal concentra a maior parte do sistema nervoso de um cordado. Os exemplos de cordados mais conhecidos são os PEIXES, ANFÍBIOS, RÉPTEIS, AVES E MAMÍFEROS como o homem. Características gerais O corpo dos cordados é dividido em segmentos, sendo que os músculos e nervos se repetem nos suces- sivos segmentos. São triblásticos, celomados, deuterostômios e epi- neuros. Apresentam simetria bilateral. Classificação O filo chordata divide-se em quatro subfilos: - HEMICHORDATA - UROCHORDATA, - CEPHALOCHORDATA - EUCHORDATA. Os três primeiros subfilos correspondem aos corda- dos primitivos também chamados protocordados, cuja principal característica é a ausência de crânio, por isso são denominados acrânia e a manutenção da notocor-da por toda a vida. Os eucordados ou ainda vertebrados dividem-se em dois grupos: Agnatha e Gnathostomatha. Os agnatos apresentam uma única classe: Cyclos- tomata; os gnatostomados dividem-se em duas super- classes: Pisces, dividida nas classes Chondrichthyes (peixes cartilaginosos como o tubarão) e Osteichthyes (peixes ósseos como a sardinha), e a super-classe Te- trapoda, que se divide nas classes Amphiba (sapos e rãs), Reptila (cobras e lagartos), Aves (galinha e pato) e Mammalia (homem e baleias). O grupo mais importante para nosso estudo é o subfilo Euchordata ou Craniata. A este grupo perten-
  • 16. 16 cem todos os vertebrados, ou seja, apresentam a colu-na vertebral em substituição à notocorda quando atin-gem a fase adulta. Além disso, os vertebrados apresen-tam esqueleto que compreende uma caixa craniana que envolve e protege o encéfalo: daí o nome craniata. Os Protocordados (Acrania) Os protocordados (Protochordata) são cordados que não apresentam vértebras. A única estrutura de susten- tação é a NOTOCORDA. São exclusivamente mari- nhos e são considerados um elo de ligação entre os in- vertebrados e os vertebrados. Considerando o desenvolvimento da notocorda, este grupo pode ser dividido em três subfilos: Hemichorda-ta, urochordata e cephalochordata. Urochordata (Tunicata) Os urocordados são protocordados que podem ser observados em nosso litoral, como é o caso das ASCÍ- DIAS. Estes animais quando adultos são sésseis e ge- ralmente hermafroditas. Apresentam uma fase larval li- vre natante com notocorda restrita à região caudal. Na metamorfose larva - adulto, tanto a cauda como a noto- corda regridem drasticamente. Os adultos apresentam uma cavidade interna deno- minada átrio onde se localizam as fendas branquiais. O átrio se comunica com o exterior através de duas aber- turas: o sifão inalante e o sifão exalante. A água, juntamente com partículas alimentares, pe- netra pelo sifão inalante e chega ao átrio. Nessa cavi- dade, as partículas alimentares são filtradas nas fendas branquiais e conduzidas até a faringe, esôfago e estô- mago, onde são digeridas. Os restos não aproveitáveis são eliminados pelo ânus, que se abre junto ao sifão exalante. Estes restos são lançados ao meio externo, juntamente com a corrente de água que passa pelas fendas branquiais. Hemichordata Os hemicordados possuem o corpo vermiforme e apresentam uma região anterior denominada probósci- de, onde se localiza a notocorda. A boca está localizada numa estrutura conhecida co- mo colarinho e, após este, estão as fendas branquiais. O sangue não tem pigmentos respiratórios. Apresentam uma larva livre denominada tornária. Cephalochordata O exemplar mais conhecido de cefalocordado é o ANFIOXO. O corpo é muito parecido ao de um peixe e vive na areia, mantendo somente a parte anterior do corpo para fora. A pouca atividade natatória que apre- sentam é dividida à contração de blocos musculares de- nominados miótomos. As fendas branquiais são desenvolvidas e abrem-se na cavidade denominada átrio, a qual se abre ao meio externo por um orifício - o atrióporo. A água com partículas alimentares penetra pela bo- ca. Nas fendas, o alimento segue para o tubo digestivo, sendo os restos alimentares eliminados pelo ânus. A água, ao passar pelas fendas, cai no átrio e sai pelo atrióporo. O anfioxo apresenta sexos separados e de- senvolvimento externo. Os Eucordados (Craniata ou Vertebrata) Os eucordados ou vertebrados têm como principal característica distintiva, a presença da espinha dorsal ou coluna vertebral, formada por diversos segmentos ósseos denominados vértebras. Além disso, os vertebrados possuem um esqueleto protegendo o encéfalo (crânio), daí o nome craniata, que é aplicado aos animais desse grupo. Grupo Agnatha (sem mandíbula) Classe Cyclostomata Os ciclostomados são os vertebrados mais primitivos da natureza. São destituídos de mandíbulas e verte- bras típicas, sendo que as vértebras e caixa craniana são cartilaginosos. Vivem em água doce ou salgada e são conhecidos como lampréias e feiticeiras. O corpo é cilíndrico, alongado e sem escamas.
  • 17. 17 A boca é circular, adaptada à sucção e situada na região ventral e anterior do corpo; é dotada de dentes córneos. São parasitas de peixes. As lampréias fixam-se às vítimas por meio de ventosas e raspam-lhes a pe-le com os dentes e a língua; então sugam-lhe os teci-dos juntamente com o sangue, causando-lhes a morte. As feiticeiras penetram no interior dos peixes através das brânquias e destroem principalmente os músculos. A circulação é simples e venosa e o coração é for- mado por duas cavidades: uma aurícula e um ventrícu-lo. A excreção é realizada por intermédio de um par de rins do tipo mesonefro e os produtos excretados são a uréia e a amônia. O encéfalo possui cérebro, lobos olfativos e cerebelo que responde pela coordenação dos movimentos. Há dez pares de nervos cranianos. Possuem olfato e olhos bem desenvolvidos, e linha lateral que capta vibrações na água. A fecundação e o desenvolvimento são exter- nos, sendo a larva conhecida por amocetes. Lampréia. Feiticeira. Funil bucal. Parasitando um peixe. TESTES 57. (UFV-MG) Das alternativas abaixo, que característica não é própria dos cordados? a) notocorda b) fendas branquiais c) tubo nervoso ventral d) presença de boca e ânus e) simetria bilateral 58. (Fuvest-SP) Apresenta simetria bilateral, metameria e sistema nervoso dorsal o(a): a) gafanhoto. b) planária. c) estrela-do-mar. d) medusa. e) anfioxo. 59. (FESP-PE) Determinados animais constituem tipos de transição entre os invertebrados e os vertebrados. Não pos- suem esqueleto ósseo e formam notocorda nas fases iniciais do desenvolvimento. Estes animais são: a) pelecípodes. b) tetrápodos. c) quilópodes. d) peixes. e) protocordados. 60. (PUC) O anfioxo é um pequeno animal marinho, translú- cido pertencente ao filo dos Cordados, com a forma seme- lhante à de um peixe, apresentando tubo nervoso e notocorda bem desenvolvida, além das fendas branquiais na faringe. Identifique os órgãos indicados pelos números colocados na figura, associando-os aos nomes relacionados na coluna abai- xo. A seguir, assinale a opção que dá a seqüência correta dos números colocados na coluna: ( ) notocorda ( ) fendas branquiais ( ) tubo nervoso ( ) intestino a) 1, 4, 2, 3 b) 1, 3, 4, 2 c) 4, 1, 3, 2 d) 2, 1, 3, 4 e) 4, 3, 2, 1 61. (FCMSC-SP) Animais que apresentam, pelo menos na fa- se larvária, tubo nervoso dorsal e fendas branquiais na farin-ge são: a) os equinodermos, os protocordados e os vertebrados. b) apenas os protocordados e os vertebrados. c) apenas os vertebrados. d) apenas os protocordados. e) apenas os equinodermos. 62. (UFU-MG) A figura abaixo é uma representação esquemá- tica de um protocordado. A troca de gases nesse animal ocor-re na estrutura indicada pelo número: a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5. 63. (Fuvest-SP) No desenvolvimento dos cordados, três ca- racteres gerais salientam-se, distinguindo-os de outros ani- mais. Assinale a alternativa que inclui esses três caracteres: a) Notocorda, três folhetos germinativos, tubo nervoso dorsal. b) Corpo segmentado, tubo digestivo completo, tubo nervoso dorsal. c) Simetria bilateral, corpo segmentado, notocorda. d) Simetria bilateral, três folhetos germinativos, notocorda. e) Tubo nervoso dorsal, notocorda, fendas branquiais na fa- ringe. 64. (Unimep-SP) Assinale a alternativa em que existem seres não pertencentes ao grupo dos cordados: a) Cobra, salamandra e jacaré. b) Estrela-do-mar, aranha e lagosta. c) Homem, gorila e chimpanzé. d) Tubarão, baleia e leão-marinho. e) Anfioxo, sapo e tartaruga.
  • 18. 18 65. (UF. S. Carlos-SP) As ascídias adultas são tunicados tí- picos. Sobre esses animais, podemos dizer que: a) em hipótese alguma poderão ser classificados como cor- dados, uma vez que quando adultos não apresentam noto- corda. b) são cordados, pois na fase larval apresentam notocorda bem como fendas branquiais e tubo nervoso dorsal. c) a presença de fendas branquiais na faringe não é suficien-te para classificá-los como cordados. d) não são cordados, pois nem mesmo na fase larval apre- sentam notocorda. e) na fase larval possuem, na cauda, um tubo nervoso dorsal bem desenvolvido, o que serviu para confundi-los com cor- dados verdadeiros. 66. (FAAP-SP) O anfioxo é um: a) hemicordado b) urocordado c) cefalocordado d) tunicado e) peixe primitivo 67. (UNESP-SP) Possuem notocorda: a) artrópodes e peixes. b) anfíbios e anelídeos. c) aves e crustáceos. d) ciclóstomos e Amphioxus. e) mamíferos e artrópodes. PEIXES O grupo dos peixes é subdivido em duas classes: Classe Chondrichthyes (condro = cartilagem, icti = peixe). Tubarão e raia. Esqueleto cartilaginoso, respira- ção braquial, nadadeiras pares e escamas. Quase todos marinhos. Classe Osteichthyes (osteo = osso). Maioria dos peixes. Esqueleto ósseo, respiração branquial com um opérculo cobrindo as brânquias. Tanto marinhos como de água doce. Estudo comparado dos peixes Os condrícties estão representados pelo tubarão, ca- ção, arraia, quimera, peixe-serra, etc. enquanto os os- teíties mais famosos são: sardinha, truta, tainha, carpa, tilápia, cavalo-marinho, piranha, pirambóia e outros. Classe Chondrictyes O esqueleto é cartilaginoso, vindo daí o nome da classe e as brânquias para a respiração estão dispostas em lâminas. Condro = cartilagem; Ictie = peixe; Elasmo = lâmina; Branchii = brânquia. Peixes Cartilaginosos Os elasmobrânquios vivem principalmente no mar e seu esqueleto é exclusivamente cartilaginoso, sendo carnívoros e providos de boca ventral. Os peixes cartilaginosos possuem de cinco a sete pares de fendas branquiais e um orifício chamado espi- ráculo, que permite a entrada da água que banha as brânquias. Sistema digestivo O sistema digestivo é completo: a boca é ventral e o intestino termina na cloaca, isto é, uma abertura para onde convergem os sistemas digestivos: excretor e re- produtor. Nesses peixes há uma dobra do intestino di- ta tiflossole ou válvula espiral também presente nos anelídeos oligoquetas e nos moluscos para aumentar a superfície de absorção dos alimentos. Revestimento O corpo está revestido por escamas dermoepidérmi- cas do tipo PLACÓIDE, que conferem uma aspereza tí-pica e, evolutivamente, parece que deram origem os dentes dos vertebrados, pois, quimicamente, são cons- tituídas de esmalte, dentina e polpa.
  • 19. 19 Locomoção A locomoção fica por conta das nadadeiras, princi- palmente a caudal que, nos condrícties, é do tipo hete- rocerca. Assimétrica por fora e por dentro. Heterocerca (peixes cartilaginosos). Excreção A excreção é realizada pelos rins mesonefros e o produto eliminado é a uréia (ureotélicos). Reprodução Os condrícties são dióicos com fecundação cruzada e interna e as nadadeiras pélvicas do macho estão modificadas em órgãos copuladores, o clásper. A maio- ria das espécies é ovípara ou ovovivípara e o desen- volvimento é direto, portanto, sem larvas, sendo o saco vitelínico o único anexo embrionário presente. Osteichthyes Os osteícties são também chamados de peixes ós- seos (osteto = ósseo; ichtyus = peixes), pois seu esque- leto é basicamente formado por ossos. Existem, entre- tanto, osteícties em que o esqueleto é rico em estruturas cartilaginosas. O grupo dos osteícties é o maior entre todos os gru- pos de vertebrados, totalizando cerca de 21 mil espécies. Estão presentes na água doce e no mar, desde as águas superficiais até cerca de 9 mil metros de profundidades nos oceanos. Morfologia externa Respiração Os teleósteos vivem no meio aquático e seu esque- leto é, predominantemente ósseo; apresentam respira- ção branquial. Há de um a quatro pares de brânquias protegidas por uma estrutura óssea, o opérculo e não há espiráculo. Sistema Digestivo Os peixes ósseos também apresentam o sistema di- gestivo completo, porém de boca anterior até ânus: não existindo aqui a cloaca. Circulação Os peixes apresentam circulação fechada e simples, visto que o sangue circula no interior dos vasos e, pelo coração, só passa um único tipo de sangue, o venoso, rico em carbohemoglobina. O coração dos peixes é bicavitário, pois apresenta apenas duas cavidades: a aurícula e o ventrículo, como nos protocordados e nos agnatos. A antecâmara da aurícula recebe o nome de sinus venoso (seio), enquanto a dilatação, após o ventrículo, é designada, bulbo arterial. Flutuação Em alguns peixes, a BEXIGA NATATÓRIA perma- nece ligada à faringe por um duto pneumático. Esses peixes são denominados FISÓSTOMOS (phys = vesí- cula; stoma = boca) eles engolem ar na superfície para encher a bexiga natatória e soltam o ar pela boca para esvaziá-la. Alguns fisóstomos podem usar bexiga nata- tória como órgão auxiliar na respiração, atuando como um pulmão. Os osteícties mais especializados não pos- suem mais o DUTO PNEUMÁTICO, de modo que neles não há ligação entre a bexiga natatória e a faringe. São denominados peixes FISÓCLISTOS (clistis = fe- chado): o ar não é mais obtido nem eliminado através da boca, mas através do sangue do próprio peixe.
  • 20. 20 Diagrama da anatomia interna de um peixe osteíctie: a. espinha dorsal; b. bexiga natatória; c. tecido muscular; d. ovário; e. intestino; f. estômago; g. coração; h. brânquias. Revestimento O corpo dos peixes ósseos está revestido por es- camas dérmicas do tipo ciclóide, ctenóide e ganóide. O bagre não tem escamas. Natação A nadadeira predominante é do tipo homocerca, que tem os dois ramos iguais, embora seja assimétrica internamente. Já os peixes dipnóicos (pirambóia) e os latimeria (celacanto) têm a nadadeira dificerca, simetria externa e internamente. Órgãos Sensoriais Os animais aquáticos são dotados de linha lateral, que é uma estrutura presente nos dois lados do corpo, com função sensorial, permitindo a percepção de vibra-ções e pressão do meio. Exs.: todos os peixes, ciclostomados e girinos. Obs.: Nos peixes condrícties, podemos ainda encon- trar com a mesma função das linhas laterais, a AMPOLA DE LORENZINI, que, também serve para a percep-ção térmica. Disposição das ampolas de Lorenzini na cabeça do tubarão. Os círculos abertos representam os poros superficiais. Excreção A excreção é feita por rins mesonefros e o produto eliminado é a amônia, portanto são amonotélicos. Importante: Equilíbrio Hídrico. Peixes Dulcícolas - São hipertônicos em relação à água doce. - A água, por osmose, tende a entrar no peixe. - Através de néfrons bastante desenvolvidos eliminam o excesso. - Urinam muito e perdem sais. - A reposição é feita pelas brânquias que “absorvem” sais pelo transporte ativo. Peixes Marinhos As espécies são isotônicas em relação ao meio, não sofrem o problema da osmose. Já, nos peixes hipotônicos, a água tende a sair do animal, por osmose. Para compensar, ele bebe muita água e, assim, absorve, em excesso, sais que são eli- minados pelas brânquias por transporte ativo. Interessante! Existem peixes com pulmão? Os dipnóicos são peixes pulmonados. Eles vivem em rios de regiões tropicais, estando representados na fau- na atual com apenas três gêneros: o Neoceratodus da Austrália, o Lepidosirem da América do Sul e o Protop- terus da África. Latimeria chalumnae (até 2m de comprimento)
  • 21. 21 Os peixes pulmonados possuem brânquias reduzi- das, insuficientes para suas necessidades respiratórias. Ao contrário dos demais peixes, os dipnóicos possuem narinas em comunicação com a faringe através das coanas. Estas também estavam presentes nos sarcop- terígeos primitivos (os crossopterígios) que deram ori- gem aos tetrápodes, e permaneceram em todos os ver- tebrados terrestres. Com relação a reprodução, os pei- xes pulmonados são ovíparos. CLASSE AMPHIBIA anfi = duplo; bio = vida Têm brânquias na fase larval (girino) e pulmão na fa- se adulta. Podem apresentar cauda e patas na fase adulta (as- lamandras), só patas (sapo) ou só cauda (cobra-cega). Fase larval aquática e fase adulta terrestre ou aquática. Primeiros vertebrados a invadirem a terra firme. Características Gerais Como sugere o nome, são animais que apresentam duas vidas: uma na água na fase larvária e outra na terra, na fase adulta. A pele é nua e úmida, isto é, sem escamas e com muitas glândulas mucosas, sendo o principal órgão o de hematose. Embriologicamente falando, são triblásticos, celoma- dos, enterocélicos, neuromiários, epineuros e deuteros- tômios. A simetria é bilateral. Quanto ao sexo, são dióicos, com fecundação cru- zada e principalmente externa, portanto são ovulípa- ros, com desenvolvimento indireto. Não possuem âmnio, córion e alantóide enfim sem anexos embrionários; apresentam 10 pares de nervos cranianos e dois côndilos occipitais. Adaptações no meio terrestre Surgimento de pulmões, de 3 pálpebras (membrana nictilante), glândulas salivares e lacrimais, 4 patas, côa- nas e trompas de Eustáquio, além das glândulas parati- reóides e do tímpano externo. Classificação Reino: Metazoa; Filo: Cordata; Classe: Anfíbia. Anura (salientia) Exs: sapo, rã e perereca; ORDENS Urodela (caudata) Exs.: salamandra, proteus e tritão; Apoda (gynnophiona) Exs.: cobra-cega (cecília). Vamos, agora, comentar brevemente cada uma das ordens de anfíbios. Ordem Urodela A ordem Urodela (uros = cauda) está representada por anfíbios que apresentam cauda: as salamandras e os tritões. Possuem 4 patas empregadas na locomoção. Algumas espécies de salamandra retêm quando adul- tas, características das larvas, vivendo toda a sua vida no ambiente aquático e respirando por brânquias exter-nas. É o caso, do axolote e do nacturo. Ordem Anura A ordem Anura (an = sem; uros = cauda) está repre- sentada por anfíbios sem cauda: são os sapos e as rãs. Possuem o corpo adaptado para saltar, com patas pos- teriores muito alongadas, empregadas para impulsionar o animal; as patas anteriores são fortes, adaptadas para absorver o impacto do animal sobre o solo; o corpo é compacto, com coluna vertebral curta e rígida; as verte-
  • 22. 22 bras estão ligadas de modo a restringir movimentos li- gados à coluna vertebral, a vértebra posterior forma uma estrutura alongada e rígida denominada uróstilo. A pélvis e o uróstilo conferem rigidez à parte poste- rior do tronco. Existem espécies de anuros terrestres, semi-aquáticas e aquáticas. Nas formas semi-aquáticas e aquáticas, há membranas entre os dedos das patas posteriores, que facilitam a natação desses animais. Alguns anuros aquáticos têm um sistema de linha la- teral semelhante ao dos peixes. Ordem Gymnophiona A ordem Gimnophiona ou ápode inclui os anfíbios sem patas; possuem corpo alongado, vermiforme. Vivem enterrados ou em ambiente aquático de re- giões tropicais. São chamados de cecílias ou cobras-ce- gas, por terem olhos vestigiais, às vezes recobertos por uma membrana. Fisiologia dos anfíbios Respiração As larvas respiram por brânquias. Os adultos pos- suem pulmões simples e, devido à pequena superfície de hematose, a respiração cutânea torna-se mais im- portante que a pulmonar. Há ainda a respiração bucofaríngea e, inclusive, a branquial, também na fase adulta para anfíbios exclusi- vamente aquáticos. Branquial Respiração Tegumenta Pulmonar e Bucofaríngea Circulação Os anfíbios são tricavitários e apresentam duas aurí- culas: a direita, que recebe sangue venoso do corpo, e a esquerda, que recebe sangue arterial dos pulmões. Ao contrário dos peixes, aqui a circulação é dupla e como apresentam um único ventrículo, o sangue veno- so mistura-se com o arterial tornando a circulação in- completa, o que é uma desvantagem e explica porque são animais pecilotérmicos. Excreção Os anfíbios apresentam rins mesonefros e são ani- mais ureotélicos, isto é, eliminam uréia. Como a maio- ria dos vertebrados, possuem cloaca. Reprodução Esses animais são dióicos, com fecundação geral- mente na água (ovulíparos); os óvulos não têm casca protetora e acham-se envoltos por cápsulas gelatinosas. Nos sapos e rãs, as larvas são ditas girinos e nas sa- lamandras, axolote, larvas permanentes que realizam aneotenia. Algumas espécies de salamandra fazem fecundação cruzada e interna, sem cópula, contrariando a maioria que tem fecundação externa e com cópula. A reprodução e a metamorfose dos anfíbios ocorre na água. Caracterização geral de um representante da ordem Anura (sapo). Batráquios são divididos em: cabeça, tronco e mem- bros, não apresentam pescoço e cauda na fase adulta. Anuros têm 2 pares de patas: as anteriores, menores e portadoras de 4 dedos, e as posteriores, maiores, adap- tadas ao salto e portadoras de 5 dedos. Pererecas apre- sentam ventosas na ponta dos dedos. Na cabeça, os olhos estão estrategicamente situa-dos na parte mais alta, permitindo ao animal, quando dentro da água, sondar o meio ambiente sem expor o resto do corpo. Os olhos contém 3 pálpebras: uma su-perior, uma inferior e uma transversal, essa última dita membrana nictitante, também presente nos répteis e aves. Ainda encontramos, como adaptação à vida ter-restre, as glândulas lacrimais, que protegem os olhos e evitam a dessecação. Na porção anterior da cabeça, localizam-se duas na-rinas, que se comunicam com os pulmões graças às coanas: dois orifícios no “céu da boca”, que possibilitam a passagem de oxigênio para os pulmões. Os peixes não têm coanas, com exceção do grupo da pirambóia, por isso, são designados coanícties. Logo atrás dos olhos encontramos o tímpano exter- no, outra adaptação à vida terrestre, uma compensação da má condução de som no meio aéreo. Este “amplifi- cador de som” comunica-se com o ouvido interno atra-vés
  • 23. 23 de um delgado estilete ósseo, a columela, que transmite as vibrações do tímpano até a cóclea. Esquema de evolução das estruturas responsáveis pela trans- missão de sons nos vertebrados. Imediatamente após o tímpano externo, destacam- se duas saliências, as glândulas (paratóides). Essas glândulas serosas secretam um veneno capaz de matar uma cobra venenosa. Mas, ao contrário do que dizem por aí, nos olhos do homem, não provoca cegueira e, sim, uma forte irritação. No interior da boca, além das coanas, existe a língua protrátil, presa anteriormente, usada para caçar inse- tos. Nos sapos, a cavidade bucal é desprovida de den- tes, porém há glândulas salivares. Há ainda as trom-pas de Eustáquio, dois canais que comunicam o ouvi-do à boca. Cabeça e boca de uma rã. Na cauda, encontramos a cloaca, abertura por onde desembocam os canais dos sistemas, urinário, digestivo e reprodutor. Também é encontrada nos répteis, aves e mamíferos monotremos, e nos peixes cartilaginosos. Não esquecer o uróstilo, que é a última vértebra alongada dos anfíbios. Nos anfíbios a nova habilidade de ouvir evoluiu jun- tamente com a voz. Alguns possuem cordas vocais, emitindo diversos ti- pos de sons: é o coaxar dos sapos. Esses sons são pro- duzidos pelos machos, na época da reprodução, visan- do atrair as fêmeas para o acasalamento. O som das cordas vocais é ampliado por imensos papos chamados de caixas ou sacos vocais. CLASSE REPTILA (répteis: reptil = que rasteja) Respiração pulmonar. Pele geralmente coberta por escamas. Dois pares de patas (ausentes nas cobras). Fecundação interna, com embrião protegido por casca dentro de um ovo. Maioria terrestre. Caracterização Geral Os répteis são vertebrados que apresentam a pele seca e recoberta por escamas, uma vez que os pul-mões são mais eficientes, dispensando portanto, a res-piração cutânea. Os rins metanefros eliminam ácido úrico (uricotéli- cos), substâncias praticamente insolúvel em água, que confere às fezes uma tonalidade esbranquiçada. Quanto ao sexo, são dióicos, com fecundação cruza- da e interna, desenvolvimento direto e principalmente ovíparos (os ovos apresentam casca calcária), mas po- dendo ser ovovivíparos (cobras venenosas) e até viví- paros (sucuri). A circulação é fechada, dupla e incom- pleta com septo de Sebatier; aqui sergem córion, âm-nion e alantóide como adaptação à vida terrestre.
  • 24. 24 Classificação Reino: Metazoa; Filo: Chordata; Subfilo: Vertebrata; Classe: Reptilia. Ordem (Testudinae) Este grupo está representado pelas tartarugas (ma- rinhas), pelos cágados (água doce) e pelos jabutis (ter- restres). Possuem bico como as aves. Os quelônios não têm dentes. Possuem uma carapaça dorsal e um plas- trão ventral, formando uma espécie de caixa com duas aberturas: a anterior, por onde saem as duas patas an- teriores e a cabeça; e a posterior, por onde saem as duas patas posteriores e a cauda curta. Tartaruga-verde (Chelonia mydas), a mais conhecida das tartarugas marinhas. Apresenta quatro patas, terminadas em dedos, gar- ras ou nadadeiras, pois ou são terrestres como o jabuti, ou aquáticas, na maior parte do tempo, como as tarta- rugas e os cágados. As tartarugas marinhas podem ter respiração cloacal além da pulmonar. São ovíparos como os insetos, aves e mamíferos monotremos. As tartarugas botam até du- zentos ovos e os cobrem com areia. Vivem muito, pe-sam até quinhentos quilos, medem até dois metros, sendo herbívoras ou carnívoras. Ordem Crocodiliana Exs.: jacaré, crocodilo, aligator, gavial, etc. São répteis que além de escamas possuem placas ósseas dérmicas revestindo o corpo. Os crocodilos são animais semi-aquáticos que podem ser encontrados, tanto em água doce quanto no mar. Estão divididos em três grupos: os dos jacarés e cai- mães, que vivem na água doce; o dos crocodilos, pro- priamente ditos, que ocorrem no mar e em águas salo- bras, e os Gavialidae, com uma única espécie, encon- trada em rios da Índia. Vivem na água doce, procurando a areia da beira do rio para a postura dos ovos, portanto são ovíparos. Pa- recem lerdos e sonolentos; Aquecem-se imóveis ao sol. Mas ao menor sinal de perigo, refugiam-se na água dos rios, pântanos e lagos. Apresentam o corpo revertido por escamas e placas ósseas dorsais. Importante do ponto de vista econômi- co, pois fornecem a carne, o couro e o óleo. Diferenciam, dos quelônios e escamados quanto ao coração, já que são tetra-cavitários completos, entretan- to, como todos os répteis, têm circulação dupla e incom- pleta, porque o sangue venoso e arterial misturam-se no Forâmen de Panizza. RÉPTIL Coração: crocodilo. Ordem Squamata Subordem Sauria ou Lacertilia Exemplos: lagartos como a cobra-de-vidro e co- bra-de-duas-cabeças, camaleão, iguana, etc. Apresentam o corpo revestido por escamas que são trocadas de tempo em tempos. Perdem a cauda com facilidade, porém regeneram-se com maior facilidade ainda. Vivem no meio terrestre e alimentam-se de inse- tos, portanto são insetívoros. Não são venenosos, ex- ceção seja feita ao monstro de Gila, um lagarto encon- trado nos Estados Unidos. O sapo de chifre também é um lagarto. 01. Aurícula direita; 02. Aurícula esquerda; 03. Ventrículo direito; 04. Ventrículo esquerdo; 05. Septo ventricular; 06. Forâmen de Panizza; 07. Artéria subclávia; 08. Veias cavas; 09. Veia pulmonar; 10. Artéria pulmonar; 11. Arco aórtico esquerdo; 12. Arco aórtico direito.
  • 25. 25 Subordem Ophidia Exemplos: cobras ou serpentes. Características Gerais Adaptações para ingerir grandes presas As cobras são predadoras e ingerem suas presas in- teiras, sem usar os dentes na mastigação. Podem inge- rir animais com diâmetro maior que o de seu corpo, em função de uma série de adaptações que apresentam. Estreptostilia Uma dessas adaptações é a estreptostilia, um meca- nismo importante, em que o osso quadrado articula-se com o crânio e com a mandíbula, propiciando abertura de quase 180º. Além disso, da mandíbula são soldadas na região mediana anterior, o que permite grande aber-tura lateral da boca. Uma vez ingerida a presa inteira, o corpo da cobra dilata-se muito, o que é possível graças a seu estômago e à parede do corpo extremamente elásticos e não apresentar o osso externo unindo as costelas na região ventral; suas costelas são fixas ape-nas à coluna vertebral. Esquema do crânio de uma cobra, mostrando a estreptostilia. Cinetismo Craniano São os movimentos independentes que realizam os ossos do maxilar superior, palatinos e pterigóides, não só nos répteis como também nas aves. Quanto mais estes ossos sofrem afastamento, maior será a dilatação bucal. Ligamento Elástico É a estrutura que liga as duas metades da mandíbu- la. Isto permite uma maior abertura bucal. Resumindo Devido ao ligamento elástico, ao cinetismo craniano, à estreptostilias e às costelas flutuantes, isto é, à ausên- cia do osso esterno, é que as cobras podem abrir a boca amplamente, a ponto de engolir grandes presas. Presas ou glifas É importante saber diferenciar as cobras peçonhen- tas e não-peçonhentas, já que as venenosas podem causar acidentes fatais. A presença de glândulas de veneno e presas inocu- ladoras são características básicas das cobras peço- nhentas, aliás as glândulas de veneno nada mais são do que as glândulas salivares modificadas. Quanto aos dentes inoculadores de veneno, as co- bras podem ser assim classificadas: Opistóglifas Opistóglifas: dentes de veneno localizados na região poste- rior da boca. Esses dentes possuem um sulco por onde escor- re o veneno. Esse tipo de dentição ocorre na falsa-coral. Devi- do à sua posição na boca, geralmente não conseguem inocu-lar o veneno com eficiência. Essas cobras não representam perigo para o homem. Aglifas Áglifas: não existem dentes de veneno. Todos os dentes são iguais. Presentes nas cobras não-peçonhentas, como é o ca-so da jibóia, da sucuri, da caninana. Proteróglifas Proteróglifas: dentes de veneno localizados na região ante-rior da boca. Esses dentes também possuem um sulco. É o ti-po de dentição de algumas cobras peçonhentas, como é o ca-so da coral verdadeira (Micrurus), uma das cobras peçonhen-tas que ocorre no Brasil. Solenóglifas Solenóglifas: dentes de veneno grandes, com um canal por onde escorre o veneno. É o tipo mais especializado de peço- nha. Ocorre nas demais cobras peçonhentas, representadas no Brasil pelos gêneros Crotalus, Bothrops.
  • 26. 26 Língua Bífida e Órgãos de Jacobson A língua das cobras é bifurcada e, ao contrário do que muitos pensam, não é um ferrão, existindo tanto nas serpentes inofensivas quanto nas venenosas. A função da língua é mover-se para dentro e para fora da boca, coletando partículas que são levadas ao alto da boca, no órgão de Jacobson, que então “cheira”. Para serpentes e lagartos este sentido de olfato acessório parece ser mais importante do que a própria narina. O órgão de Jacobson permite que as serpentes sigam o rastro de presas ou companheiros potenciais além de auxiliar na identificação de objetos a sua volta. Audição e fossetas Loreais (ou Lacrimais) Ao contrário dos demais répteis, as cobras não pos- suem tímpano nem cavidade do ouvido médio. A colu- mela está presente unindo um osso da mandíbula, o quadrado, ao ouvido interno. Esses animais percebem com eficiência as vibrações no solo, mas praticamente não percebem sons, porém são capazes de identificar presas imóveis até meio metro de distância, devido a estas fossetas sensíveis às radiações infravermelhas, ou seja, ao calor irradiado pelo corpo da vítima. Outras Características cobras não-peçonhentas - cauda afina lentamente (cauda longa). - cabeça arredondada; - olhos com pupilas arredondadas; - escamas da cabeça são grandes; - sem fosseta loreal. - escamas lisas. cobras peçonhentas - cauda afina abruptamente (cauda curta). - cabeça triangular achatada; - olhos com pupilas em fenda vertical; - escamas da cabeça são pequenas; - com fosseta loreal (entre os olhos e as narinas, - a fosseta loreal é estrutura com função - termorreceptora, o que permite à cobra perceber - o calor de suas vítimas). - escamas com nervuras. Principais diferenças entre as cobras peçonhentas e não peçonhentas No grupo das cobras, existem glândulas salivares modificadas em glândulas de veneno. Quando estas es- tão associadas a dentes inoculadores de veneno, fala-se em cobras peçonhentas, embora possam ter glându-las de veneno na boca, não possuem dentes inoculado-res. O veneno das cobras é injetado no momento da mordida, através dos “dentes de veneno”. IMPORTANTE! Venenos & Cobras Comprimindo-se a glândula de veneno da cobra, obtém-se o veneno. É injetado repetidas vezes, em ca- valos que se imunizam contra a sua ação. Em seguida, extrai-se o soro sangüíneo do cavalo, para empregá-lo como contraveneno, injetando-o em vítimas das pica- das. O Instituto Butantã produz soros antibióticos e tam- bém antiaracnídeos.
  • 27. 27 Soro Anticrotálico: Antídoto usado para neutralizar o veneno da Crotalus terrificus (cascavel). Soro Antilaquético: Antídoto usado para a picada da cobra Lackesis. (surucucu). Soro Antielapídico: Antiveneno indicado para neu- tralizar a picada de corais e najas. Família Elapidae. Soro Antibotrópico: Antiveneno indicado nos aci- dentes por cobras do gênero Bothrops. Soro Antiofídico: Também dito misto ou polivalen- te; é indicado quando não há identificação do ofídio que picou a vítima. As cobras venenosas têm hábito noturno, movimento vagaroso e, quando acuadas, “armam o bote”. As ino- fensivas são rápidas, de hábito diurno e fogem se mo- lestadas. Ainda é bom lembrar que existem cobras vê- nenosas que dão cria, inclusive as não venenosas como a sucuri (vivíparas). As cobras têm apenas o pulmão direito. Os venenos variam de acordo com seu princípio ativo e os respectivos sintomas dos acidentados. Veja a seguir: Ação Neurotóxica: Atua sobre o sistema nervoso, provocando perda da sensibilidade e dormência no lo- cal da picada, inclusive paralisias musculares, perda da visão e até parada respiratória. Exs.: cascavel, coral e surucucu. Ação Proteolítica: Provoca dor intensa no local da picada, necrose dos tecidos e, por conseguinte, gangre- na. Exs.: jararaca, urutu, etc. Ação Hemolítica: Causa destruição das hemácias e, por isso, escurece a urina. Ex.: surucucu. Ação coagulante: Em pequena quantidade, destrói o fibriogênio, produzindo hemorragias e, em grande quantidade, coagula o sangue. Exs.: Bothrops. AVES As aves surgiram na Era dos Répteis, a partir de um grupo de dinossauros bípedes, predadores, que se des- locavam rapidamente sobre o solo utilizando as patas traseiras. Elas não surgiram a partir dos pterossauros, répteis voadores do Mesozóico, como pensam muitos leigos. A linha evolutiva que partiu desses dinossauros bí- pedes e que deu origem às aves desenvolveu caracte- rísticas diretamente relacionadas com a endotermia e com o vôo, duas funções que dependeram do surgimen- to das penas. A ave mais antiga que se conhece assemelha-se mais a um dinossauro do que às aves atuais. Tornou-se conhecida através de fósseis e foi denominada Archae- opteryx, nome que significa “ave primitiva”. Tinha cerca de 70 centímetros de comprimento, e apesar de possuir muitas das características dos répteis (ossos compactos e pesados, cauda longa, dentes na boca), apresentava a característica mais marcante das aves: as penas. A substância que forma as penas é a queratina, com grandes propriedades de isolante térmico. A estru-tura das penas também contribui para essa função. Cada pena possui um eixo central, a ráquis, de onde partem inúmeros filamentos, as barbas, que, por sua vez, apresentam filamentos menores, as bárbulas. Os filamentos dispõem-se próximos entre si, impe- dindo a passagem do ar e atuando, portanto, como iso- lante térmico. Reconstituição da ave primitiva Archaeopteryx
  • 28. 28 As penas, que já eram importantes para a homeoter- mia, mostraram-se extremamente úteis para o vôo. São formadas por um material leve e sua arquitetura intrin- cada oferece boa resistência ao ar. A importância das penas para o vôo das aves veio associada a uma série de modificações no corpo desses animais. Uma delas foi a transformação dos membros anteriores em asas recobertas por penas. Esquema simplificado, mostrando a estrutura das penas das aves. Ser aerodinâmico e manter o mínimo de peso possí- vel é fundamental para um animal voador. Na evolução das aves, as características surgidas, que levaram à re- dução da densidade do animal, foram positivamente se- lecionadas. O esqueleto das aves atuais é formado, em grande parte, por ossos ocos (ossos pneumáticos), que são le- ves e delicados. Há redução e fusão de ossos, tornando o corpo compacto, de modo a não sofrer deformações durante o vôo: a cauda é reduzida, e as cinturas esca- pular e pélvica são fundidas à coluna vertebral. Esqueleto de ave voadora. O osso esterno, que une ventralmente as costelas, apresenta uma projeção anterior, denominada quilha ou carena, na qual se inserem os potentes músculos peito- rais, responsáveis pelo batimento das asas: os peque-nos peitorais, que levantam as asas, e os grandes peito-rais, que as abaixam. O bico das aves atuais é despro-vido de dentes, o que contribui para a redução de peso. Músculos peitorais responsáveis pelo batimento das asas. Os pulmões das aves são compactos, mas expan- dem-se em bolsas de ar, os sacos aéreos, que preen- chem vários espaços do corpo penetrando inclusive nos ossos pneumáticos. Os sacos aéreos contribuem para reduzir o peso, além de servirem como reserva de ar. Todas as aves são ovíparas, com ovos semelhantes aos dos répteis, que se desenvolvem sempre fora do corpo da fêmea. Isso contribui para a redução do peso da fêmea. O excreta nitrogenado é o ácido úrico, uma adaptação ao tipo de desenvolvimento embrionário e também à redução de peso: sendo insolúvel em água, pode ser eliminado sem a necessidade de formar urina líquida, armazenada em uma bexiga urinária. As aves não possuem, assim, bexiga urinária. Um animal voador deve ter grande acuidade visual, de modo que a visão é o sentido mais importante para as aves. A capacidade de grandes deslocamentos e a necessidade de comunicação a grandes distâncias rela- ciona-se, nesses animais, a uma audição elaborada, que conta, além das estruturas já encontradas nos an-fíbios e répteis, com um curto canal auditivo externo, que permite a percepção mais orientada do som. Paralelamente, a voz também se tornou mais ela- borada, com a presença da siringe, uma estrutura locali- zada na traquéia e responsável pela emissão de sons. A pele das aves é seca, sem glândulas, mas na maioria Pulmões e sacos aéreos em aves vistos apenas pelo lado esquerdo.
  • 29. 29 das espécies existe na região caudal uma glândula denominada glândula uropigeana, que produz secreção oleosa. Essa secreção é retirada pelo bico do animal e passada sobre as penas para mantê-las flexíveis e im- permeáveis. Apesar de as características das aves atuais esta- rem relacionadas ao vôo, existem exceções. É o caso do quivi (Apteryx), que vive na Nova Zelândia e não possui asas, do avestruz, ave africana que pode chegar a 2,10 metros de altura (a maior das aves), e da ema, ave sul- americana, que possuem asas reduzidas e não voam e os pingüins que usam suas asas para o nado. As aves que voam são chamadas coletivamente de carenatas, pelo fato de possuírem carena. Os pingüins, embora não voem, possuem carena. As aves que não voam não possuem carena são coletivamente chama- das de ratitas. MAMÍFEROS Os mamíferos surgiram a partir de um grupo de rép- teis primitivos, logo no início da expansão dos dinossau- ros. Eram animais de pequeno porte, que se alimenta- vam principalmente de insetos. Durante toda a Era dos Répteis, os mamíferos foram pouco expressivos, diversificando-se somente após a extinção dos dinossauros. É provável que a sobrevivên- cia deles no período de baixas temperaturas, que se supõe ter causado a extinção dos dinossauros, deva-se ao fato de serem pequenos e endotérmicos. Após esse período, a fauna de mamíferos expandiu-se bastante, sendo atualmente formada por cerca de 4.050 espécies, ocupando grande diversidade de ambientes, desde as regiões polares até os trópicos. A maioria dos mamíferos é terrestre, como os coe- lhos, os gatos, os cães e os cavalos, mas existem re- presentantes aquáticos como os golfinhos e as baleias, e espécies adaptadas ao vôo, como os morcegos. Exis- tem desde animais de poucos centímetros, como alguns camundongos, até o maior animal da Terra, a baleia-azul, que chega a medir 30 metros de comprimento. Os mamíferos receberam esse nome em função da característica mais marcante do grupo: as glândulas mamárias. Estão presentes em machos e fêmeas, sen- do, no entanto, desenvolvidas e funcionais nas fêmeas, produzindo o leite do qual os filhotes se alimentam ao nascer. Os filhotes dependem, da mãe para se alimen- tar, fato que está associado ao complexo comportamen- to de cuidado com a prole, existente nos mamíferos. Além de glândulas mamárias, que são estruturas de- rivadas da epiderme, os mamíferos apresentam outras estruturas epidérmicas exclusivas, que são anexos de sua pele: os pêlos, as glândulas sebáceas e as glându- las sudoríparas. Na pele dos mamíferos, existem tam- bém terminações nervosas relacionadas com a sensa- ção do tato, do calor e da dor. Esquema da pele de mamífero. Os pêlos cobrem o corpo dos mamíferos e formam uma camada protetora contra a perda de calor para o ambiente, o que é importante para um animal endotér- mico. As glândulas sebáceas estão geralmente asso- ciadas à base dos pêlos, produzindo uma secreção oleosa que lubrifica os pêlos e a pele. As glândulas sudoríparas produzem o suor que além de outras substâncias, é rico em água, participando da termorregulação. Alguns mamíferos possuem glândulas especiais na pele, como as glândulas de cheiro do gam- bá. Sob a pele dos mamíferos existe uma camada de
  • 30. 30 tecido adiposo, denominada hipoderme ou panículo adi- poso. Esse tecido atua como excelente isolante térmico. A reprodução é um aspecto muito importante dos mamíferos e, em função dela, esses animais são clas- sificados em três grupos. Prototheria ou monotremata Mamíferos primitivos, que botam ovos semelhantes aos dos répteis e das aves. São, portanto, mamíferos ovíparos, cujos embriões se desenvolvem fora do corpo da fêmea. Existem atualmente apenas seis espécies de monotrematas, restritas à Austrália e à Nova Guiné. Es- tão representados pelo ornitorrinco e pela équidna. Équidna Metatheria ou marsupial Mamíferos vivíparos, cujos embriões passam por um curto período de gestação no útero da fêmea e nascem sem estar completamente formados. Logo após o nasci- mento, os embriões penetram no marsúpio da mãe e completam aí seu desenvolvimento, alimentando-se do leite materno. Existem atualmente cerca de 250 espécies de mar- supiais, restritos à Austrália e as Américas. Um dos mais conhecidos é o canguru, animal que vive na Austrália e chega a medir cerca de 2 metros de altura. No Brasil os mais comuns são o gambá e a cuíca. Eutheria Mamíferos vivíparos que passam por um período de gestação suficientemente longo para nascerem comple- tamente formados. Os eutérias são também chamados de mamíferos placentários, pois durante o desenvolvi-mento embrionário forma-se no útero da fêmea uma placenta, através da qual o embrião recebe nutrientes da mãe. Os metatérias também formam placenta, po-rém muito reduzida. Os eutérias são o grupo mais diver-sificado dos mamíferos, com cerca de 3.800 espécies. Filo Chordata (cerca de 53 mil espécies descritas) Categoria taxionômica Características Subfilo Urochordata (Tunicata) (cerca de 1.300 espécies) Animais cujas lavas apresentam as características típicas dos cordados, com notocordas na região caudal. Adultos desprovidos de tubo nervoso, notocorda e cauda. Exclusivamente marinhos, com túnica protetora. Ex.: ascídias negras. Subfilo Cephalochordata (cerca de 25 espécies) Animais com extremidades afiladas e tubo nervoso homogêneo, dotado de pequena dilatação na região anterior. Notocorda persistente no adulto. Exclusivamente marinhos; vivem semi-enterrados na areia das praias. Ex.: anfioxos. Subfilo Vertebrata (Cranista) (cerca de 52 mil espécies) Animais dotados de crânio e vértebras (coluna vertebral). Superclasse Písces (peixes cartilaginosos) Vertebrados desprovidos de pernas. São exclusivamente aquáticos e pecilotérmicos (sem controle interno da temperatura corporal). Classe Agnatha (agnatos) Peixes com esqueleto catilaginoso e desprovidos de mandíbula. Ex.: Peixes-bruxa e lampreias. Classe Osteichithyes (peixes ósseos) Peixes mandibulados com esqueleto ósseo. Corpo recoberto por escamas de origem dérmica. Ex.: sardinhas, cavalos-marinhos. Categoria taxionômica Características Classe Chondrichthye (peixes cartilaginosos) Peixes mandibulados com esqueleto cartilaginoso. Corpo recoberto por escamas de origem epidérmica, semelhante a dentes. Ex.: tubarões, raias e quimeras. SuperclasseTetrapoda Vertebrados dotados de pernas. Classe Amphibia (anfíbios) Tetrápodes dotados de fase larval aquática com respiração branquial e faz adulta com respiração pulmonar. Pecilotérmicos. Ex.: sapos, rãs e salamandras. Classe Reptilia (anfíbios) Tetrápodes com corpo recoberto por escamas ou placas córneas de origem e pidérmica, respiração pulmonar, pecilotérmicos e desenvolvimento embrionário em ovos terrestres. Ex.: jacaré, tartarugas, lagartos e cobras.
  • 31. 31 Classe Aves Tetrápodes com corpo recoberto por pernas, respiração pulmonar, homeotérmicos (com controle interno da temperatura corporal) e desenvolvimento embrionário em ovos terrestres. Ex.: pombos, patos, beija-flores, etc. Classe Mamilis (mamífeos) Tetrápodes com corpo recoberto por pêlos, respiração pulmonar, homeotérmicos e produção de leite para alimentação dos jovens. Ex.: cachorros, elefantes, baleias, humanos etc. TESTES 68. Dentro do Filo Chordata, o tubarão pode ser classificado: a) Subfilo Urochordata. b) Subfilo Cephalochordata. c) Subfilo Vertebrata - Classe Cyclostomata. d) Subfilo Vertebrata - Classe Chondrichthyes. e) Subfilo Vertebrata - Classe Osteichthyes. 69. Quanto aos peixes pode-se dizer que: I. Os teleósteos não possuem opérculo. II. O tubarão não possui bexiga natatória. III. As fossas nasais da grande maioria dos peixes não se comunicam com a faringe. a) Todas as frases estão corretas. b) Todas as frases estão erradas. c) Somente as frases II e III estão corretas. d) Somente a frase I está correta. e) Somente as frases I e II estão corretas. 70. (Fuvest-SP) Dos vertebrados abaixo, o único que tem esqueleto cartilaginoso, sem tecido ósseo, é o: a) tubarão. d) jacaré. b) bagre. e) papagaio. c) sapo. 71. (ESAM-RN) Alevino é: a) a forma larvária dos anfíbios. b) um osso da cintura pélvica dos marsupiais. c) a forma larvária dos peixes. d) adaptação apresentada pelos organismos planctônicos. e) uma classe de moluscos. 72. (FZL-SP) São todos peixes ósseos, exceto: a) cavalo-marinho, sardinha, corvina. b) cação, bagre, lambari. c) lambari, cavalo-marinho, sardinha. d) tubarão, raia, dourado. e) cação, raia, tubarão. 73. A bexiga natatória, encontrada por exemplo, na sardinha, é um órgão de função predominantemente: a) de reserva alimentar. b) respiratória. c) hidrostática. d) locomotora. e) digestiva. 74. (UFSM-RS) Coloque, O ou C conforme a característica seja de osteícties ou condrícties, respectivamente. ( ) ausência de opérculo ( ) intestino com tiflossole ( ) presença de espiráculo ( ) nadadeira caudal homocerca ( ) escamas ciclóides ou ctenóides A seqüência correta de letras é: a) O - C - C - O - C. b) C - O - O - C - O. c) C - C - C - O - O. d) O - C - O - C - O. e) C - O - C - O - C. 75. (UFSCar-SP) Assinale a alternativa que associa correta- mente os números às estruturas por eles indicadas no esque- ma a seguir: a) 1: opérculo; 4: nadadeira caudal. b) 4: nadadeira anal; 5: linha lateral. c) 5: linha lateral; 2: nadadeira pélvica. d) 3: nadadeira pélvica; 2: nadadeira dorsal. e) 4: nadadeira pélvica; 1: linha lateral. 76. (UFMA) Os animais abaixo relacionados são amniotas. a) peixes e anfíbios b) répteis, aves e mamíferos c) cordados d) somente os mamíferos e) somente os homens 77. (UFPA) Ciclóstomos são parasitas de peixes aos quais se fixam através de uma ventosa, sugando-lhes o sangue até matá-los. Um exemplo típico de ciclóstomos é o (a): a) anfioxo. b) ascídia. c) celacanto. d) lampreia. e) pirambóia. 78. (UFV-MG) Um metazoário com simetria bilateral, celoma-do e com cordão nervoso dorsal pertence ao Filo: a) Mollusca. b) Annellida. c) Platyhelminthes. d) Chordata. e) Arthropoda. 79. (UFJF-MG) A respeito dos peixes, será correto afirmar que:
  • 32. 32 a) a sua larva denomina-se, primeiramente, girino e, poste- riormente, alevino. b) neles, a medula raquiana ou espinhal forma-se a partir da notocorda. c) todas as espécies são dotadas de brânquias. d) nas espécies ditas pulmonadas, a bexiga natatória exerce a função de pulmão, sendo o único órgão respiratório des-ses animais. e) existem espécies de reprodução sexuada e espécies de reprodução assexuada. 80. (FAFI-BH) A bexiga natatória é um órgão responsável pela manutenção do equilíbrio hidrostático com o meio em: a) carpas. b) jacarés. c) cisnes. d) tubarões. e) marrecos. 81. (PUCCAMP-SP) Considere as seguintes estruturas: I. notocorda II. fendas branquiais Assinale a alternativa da tabela a seguir que indica correta- mente a presença dessas estruturas durante o desenvolvi- mento embrionário dos grupos de animais mencionados. Protocordados Vertebrados de respiração branquial Vertebrados de respiração pulmonar a) I II I e II b) I I e II II c) I e II II I e II d) I e II I e II I e) I e II I e II I e II 82. (Fafeod-MG) Os peixes de nadadeiras lobadas são im- portantes porque: a) representam a transição entre os Agnatas e os Gnatosto- matas. b) foram os primeiros vertebrados a possuírem mandíbulas e esqueleto ósseo. c) deram origem aos vertebrados que marcaram a transição da água para a terra. d) representam a maioria dos peixes atuais marinhos e de água doce. e) sofreram irradiação adaptativa divergente, dando origem aos Condrictios e Osteictios. 83. (UFRS) Os peixes possuem uma circulação simples e completa. Simples porque o sangue passa uma só vez no co- ração; completa porque o sangue venoso não se mistura com o arterial. Esse tipo de circulação permite concluir que o cora-ção dos peixes possui: a) uma aurícula e dois ventrículos. b) duas aurículas e um ventrículo. c) duas aurículas e dois ventrículos. d) uma única cavidade. e) uma aurícula e um ventrículo. 84. (UFRN) Na maioria dos peixes ósseos o órgão responsá- vel pela manutenção do equilíbrio hidrostático com o meio é denominado: a) bexiga natatória. b) nadadeira caudal. c) clásper. d) brânquias. e) linha lateral. 85. (Santo Amaro-SP) Incluímos, entre os Gnathostomata, os Chordata que: a) apresentam um arco inferior ou mandíbula. b) não apresentam um arco inferior ou mandíbula. c) apresentam nadadeiras pares. d) não apresentam nadadeiras pares. e) apresentam mandíbula e somente nadadeiras ímpares. 86. (UFGO) Um vertebrado que apresenta como característi- cas reprodução por fecundação externa, embrião desenvol- vido em ovo sem casca, presença de coluna vertebral, tem- peratura variável com o ambiente e coração com três câmaras é classificado como: a) peixe b) mamífero c) anfíbio d) réptil e) ave 87. (UB‑DF) Sobre os mamíferos é certo que: 01) são homeotermos. 02) apresentam fecundação e desenvolvimento interno do embrião. 04) apresentam comportamento estereotipado, não havendo aprendizado do filhote com os pais. 08) são animais essencialmente terrestres. 16) o ornitorrinco se enquadra entre os mamíferos menos evoluídos e menos típicos. Indique a soma dos números das afirmativas corretas. a) 19 b) 5 c) 10 d) 4 e) 31 88. (UFGO‑GO) Um vertebrado que apresenta como caracte- rísticas os itens abaixo é classificado como: ‑ reprodução por fecundação externa; ‑ embrião desenvolvido em ovo sem casca; ‑ presença de coluna vertebral; ‑ temperatura variável com o ambiente; ‑ coração com três câmaras. a) peixe b) mamífero c) anfíbio d) réptil e) ave 89. (Fatec‑SP) Assinale a afirmação incorreta: a) As aves são animais homeotermos, como os mamíferos. b) As aves são os únicos animais providos de penas. c) As aves apresentam circulação dupla e coração com qua- tro cavidades.