2. Lição 11
17/03/ 2013
Os Milagres Através de Eliseu
3. TEXTO ÁURIO
"Ora, o rei falava a Geazi, moço do homem de
Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as
grandes obras que Eliseu tem feito" (2 Rs 8.4).
4. VERDADE PRÁTICA
Os milagres realizados por Eliseu não visaram
à glorificação pessoal do profeta, mas
demonstraram o amor e a graça de Deus.
5. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 2:9-14
9 - Sucedeu que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o
que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-
te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim.
10 - E disse: Coisa difícil pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim
se te fará, porém, se não, não se fará.
11 - E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de
fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu
num redemoinho.
12 - O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus
cavaleiros! E nunca mais o viu; e, pegando as suas vestes, rasgou-as em
duas partes.
13 - Também levantou a capa de Elias, que dele caíra; e, voltando-se,
parou à margem do Jordão.
14 - E tomou a capa de Elias, que dele caíra, e feriu as águas, e disse: Onde
está o SENHOR Deus de Elias? Quando feriu as águas elas se dividiram de
um ao outro lado; e Eliseu passou.
6. INTRODUÇÃO
Eliseu era um lavrador pertencente a uma família abastada de Israel,
quando foi chamado a exercer o ministério profético (1 Rs 19.19-21). Sem
dúvida, era um dos sete mil que não haviam se dobrado diante de Baal. E
essa foi uma das razões pelas quais o Senhor o escolhera. As intervenções
sobrenaturais, através de Eliseu, são impressionantes (1 Rs 19.16).
Dividimos aqui as narrativas de seus milagres em quatro grupos. Nem todos
os milagres operados por Eliseu serão estudados aqui, mas os que
analisarmos servirão para ilustrar os propósitos divinos na vida de seu povo.
8. I – OS MILAGRES DE PROVISÃO
1. A multiplicação dos pães. Esse é um milagre de provisão. Eram
cem os discípulos dos profetas e só havia vinte pães para
alimentá-los (2 Rs 4.42-44). A lei da procura era maior do que a
da oferta! O que fazer diante da situação? O profeta Eliseu não
olha às evidencias naturais, mas seguindo a direção de Deus,
profetiza que todos comeriam e ainda sobrariam pães! Como?
Não havia lógica nenhuma nessa predição. Todavia, milagres não
se explicam, aceitam-se pela fé! Muito tempo depois
encontramos o Novo Testamento detalhando como Jesus Cristo
operou um milagre com a mesma dinâmica,
mas em maior proporção (Jo 6.9). Em ambas
as histórias, a graça de Deus em prover o
necessário para os carentes fica em evidência.
9. I – OS MILAGRES DE PROVISÃO
2. Abundância de víveres. Jorão, filho de Acabe, estava assentado
no trono do reino do Norte e, a exemplo de Jeroboão, foi mau
governante (2 Rs 3.1-3). A consequência de suas ações
pecaminosas foi o cerco à cidade de Samaria promovida por Ben-
Hadade II. Com a cidade sitiada, a consequência natural foi a
escassez de alimentos. Vendia-se desde cabeça de jumento até
mesmo esterco de pombo na tentativa de amenizar a fome.
Pressionado pela crise, o rei procurou o profeta Eliseu e o
responsabilizou pela tragédia. Sempre o Diabo querendo culpar
Deus! Todavia, o Senhor demonstra, mais
uma vez, a sua graça, e orienta Eliseu a pro-
fetizar o fim da fome! Como nos outros
milagres, esse tem seu cumprimento de
forma inteiramente sobrenatural e inexplicável.
11. II - OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO
1. A ressurreição do filho da sunamita. Mesmo havendo deixado o
filho morto em casa, a rica mulher de Suném demonstra uma fé
inabalável (2 Rs 4.18-37). Quando a caminho, e interrogada por
Geazi, servo de Eliseu, sobre como iam as coisas, ela respondeu:
"Tudo bem!" Nada está fora de controle quando Deus está no
comando. A sequência da história mostra o profeta Eliseu orando
ao Senhor sobre o corpo inerte do garoto (2 Rs 4.33,34). Os
gestos do profeta parecem não ter sentido, mas sem dúvida
refletem a orientação divina (2 Rs 4.34,35). O Senhor responde a
oração do profeta e a vida
volta novamente ao filho
da sunamita (2 Rs 4.35-37).
12. II - OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO
2. O machado que flutuou. Um dos discípulos dos profetas perdera a
ferramenta que tomara emprestada (2 Rs 6.1-7). Naqueles dias,
os instrumentos de ferro eram escassos e valiosos. Daí o seu
desespero. Duas coisas observamos nesse texto: primeiramente,
a motivação do milagre que está bem expressa no lamento
daquele que perdera o machado. O que nos faz lamentar? A
nossa motivação está correta? Em segundo lugar, vemos o profeta
procurando identificar o local onde a
ferramenta havia caído. O Senhor está
pronto a restituir o que perdemos, mas
temos de ter consciência disso.
14. III - OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO
1. A cura de Naamã. Algumas coisas nos chamam a atenção no
relato desse milagre (2 Rs 5.1-19). Em primeiro lugar, observamos
que o general sírio fica indignado quando o profeta não age da
forma que ele imaginou (2 Rs 5.11). Deus não faz shows, nem
tampouco opera para satisfazer nossa curiosidade. Em segundo
lugar, vemos que Deus não estava interessado na análise lógica de
Naamã (2 Rs 5.11,12), mas apenas em sua obediência. Em
terceiro lugar, Naamã recebe a cura quando desce ao Jordão (2 Rs
5.14). Ninguém será restaurado se não descer! Naamã desceu e
foi curado. Deus resiste aos soberbos, mas
dá graça aos humildes (Tg 4.6). Em quarto
lugar, Naamã tentou recompensar o profeta
pelo milagre recebido (2 Rs 5.15,16). Eliseu
recusou! A graça não aceita pagamento por
aquilo que faz.
15. III - OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO
2. As águas de Jericó. O texto de 2 Reis 2.19-22 narra o episódio das
águas amargas de Jericó que se tornaram saudáveis através da
ação de Eliseu. Aqui, o profeta pede um prato novo e, que neste,
se coloque sal. Feito isso, ele profetiza que aquelas águas tornar-
se-iam potáveis segundo a palavra do Senhor. Tais exigências
possuíam um valor simbólico, pois o sal representa um elemento
purificador (Lv 2.13; Mt 5.13). O prato novo simboliza um
instrumento de dedicação especial ou exclusiva a Deus para
aquele momento. Em todo caso, foi o
poder de Deus que purificou as águas
e não o poder desses objetos e ingre-
dientes.
17. IV - OS MILAGRES DE JULGAMENTO.
1. Maldição dos rapazinhos. Certa vez, uns jovens debocharam de
Eliseu, dizendo-lhe: "Sobe, calvo, sobe, calvo"! Reagindo à
situação, o profeta invoca o julgamento divino sobre os
zombadores, amaldiçoando-os em nome do Senhor (2 Rs 2.23-
25). O efeito foi devastador. Apareceram duas ursas selvagens,
que se investiram contra os rapazes, matando quarenta e dois
deles. Não se pode brincar com as coisas sagradas e muito menos
escarnecer dos servos de Deus.
18. IV - OS MILAGRES DE JULGAMENTO.
2. A doença de Geazi. No relato de 2 Reis 5.20-27, observamos as
razões pelas quais Geazi foi julgado. Ele supunha que a recusa de
Eliseu em aceitar os presentes de Naamã era apenas uma
questão pessoal do profeta (2 Rs 5.20). Por isso, resolveu tirar
partido da situação. Usou o nome de Eliseu para validar sua
cobiça, procurando tornar aceitável o que Deus havia abominado
(2 Rs 5.22). Ele deveria saber que Deus não vende suas bênçãos,
mas as dá gratuitamente. E, assim, o cobiçoso Geazi trocou o
arrependimento pelo fingimento e ainda trocou a bênção pela
maldição (2 Rs 5.25,27). Em
consequência, teve de com-
viver com a lepra pelo resto
da sua vida!
19. CONCLUSÃO
Os milagres operados por Eliseu
demonstram o poder divino. Todos tiveram
um propósito específico: evidenciar a graça
e a glória de Deus nas mais diferentes
situações. Em nenhum momento, essas
intervenções exaltam as virtudes do
profeta.