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1
UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
UNOCHAPECÓ
COBERTURA DE TELHAS CERÂMICAS E FIBROCIMENTO COM ESTRUTURA DE MADEIRA
Lucas Tadeu Gonzatti
Jaison Ghisleri
Ezequiel De Villa
Chapecó - SC, Março de 2013.
2
UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
Área de Ciências Exatas e Ambientais
Curso: Engenharia Civil
Disciplina: Técnicas Construtivas II
Professor: Marcelo Fabiano Costella
COBERTURA DE TELHAS CERÂMICAS E FIBROCIMENTO COM ESTRUTURA DE MADEIRA
Lucas Tadeu Gonzatti
Jaison Ghisleri
Ezequiel De Villa
Chapecó - SC, Março de 2013.
3
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................4
2. ESTRUTURAS DE MADEIRAS PARA TELHADO............................................5
2.1 Estruturas de madeira de um telhado...............................................................6
2.2 Estrutura pontaletada ......................................................................................7
2.3 Tesouras em madeira ......................................................................................8
2.4 Terças em madeira ..........................................................................................9
2.5 Caibros em madeira ........................................................................................9
2.6 Ripas de madeira ...........................................................................................10
2.7 Ligações ........................................................................................................10
2.8 Ligações com pregos ....................................................................................10
3. TELHAS CERÂMICAS..............................................................................................11
3.1 Tipos de telhas ..............................................................................................12
3.2 Execução de telhados cerâmicos ...................................................................14
4. TELHADO DE FIBROCIMENTO ............................................................................16
4.1 Modelo de fibrocimento ................................................................................16
4.2 Manuseio e estocagem ..................................................................................18
4.3 Locação .........................................................................................................18
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................21
4
1. INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje temos a construção como um meio de trabalho que mais cresce
no mundo, onde ocorre um grande aumento na geração de empregos, que assim
podemos encaixar a engenharia civil como a profissão mais importante para este
crescimento. Temos como obrigação fazer da construção um empreendimento eficaz,
tecnológico e principalmente seguro. Para tudo isso serão necessárias pesquisas, testes e
aprovação de leis e conceitos que nos fornecerem os itens necessários para uma boa
construção.
Com base em pesquisas realizadas em livros e normas construtivas, iremos neste
breve trabalho, descrever sobre telhas cerâmicas e fibro cimento, juntamente com a
estrutura de madeira para o telhado, deixando claras as leis e normas, os melhores
métodos necessários e meios construtivos para um bom desempenho desta atividade.
A cobertura é a alma da casa, da vida a construção com suas formas. Todavia
não é somente como estética a finalidade do telhado, o seu objetivo vai além da beleza,
que têm principais finalidades abrigo contra intempéries, isolante térmico,
impermeabilizante.
Entende-se que a cobertura é composta por dois elementos com fins de proteger
e assegurar a instabilidade da mesma, esses elementos são denominados estrutura
constituídas por vigas e peças metálicas ou de madeira chamadas de tesouras, e por
elementos de impermeabilização que são as telhas.
5
2- ESTRUTURAS DE MADEIRAS PARA TELHADOS
A estrutura de madeira é calculada e projetada para suportar os carregamentos
acidentais e permanentes, alem de esforços provenientes de ações de intempéries, como
variação de temperatura, chuva e vento.
Os materiais empregados na confecção de estrutura de madeira dependem
principalmente da região e da oferta e procura, podendo variar as características de
resistência e em alguns casos estética.
As principais madeiras utilizadas para esse fim são o Ipê, Cabriúva ou Itaúba,
porém, segundo Thomaz (1982) “Todos os elementos utilizam geralmente a peroba
como madeira padrão, por ser mais resistente ao apodrecimento e também por não ser
tão duro quanto o ipê e a cabreúva, entre outras razões.”
As principais funções da estrutura de madeira são de sustentar e fixar as telhas e
transmitir os esforços solicitantes para os elementos estruturais do edifício, garantindo
assim a estabilidade do telhado. A estrutura é composta por uma armação principal
(tesoura) e uma secundária, mais conhecida por trama.
2.1- Estrutura de madeira de um telhado é composta por:
• Trama: treliça de madeira que serve de apoio para a trama;
1- Ripas: são peças de madeira pregadas sobre os caibros, que servem de apoios para as
telhas cerâmicas;
2- Caibros: peças de madeira, apoiadas sobre as terças, servindo como suporte para as
ripas;
3- Cumeeira: É a parte mais alta do telhado;
4- Terças: peças horizontais de madeira colocadas na direção perpendicular à estrutura de
apoio. Elas apoiam-se geralmente sobre tesouras, pontaletes, oitões, ou paredes
intermediárias, com a função de sustentar os caibros;
5- Contrafrechal: terça da parte inferior do telhado;
6- Frechal: viga de madeira colocada em todo o perímetro superior da parede de alvenaria,
para amarração e distribuição da carga concentrada da tesoura no caso de não haver
viga;
7- Chapuz: calço de madeira, geralmente de forma triangular, que serve de apoio lateral
para a terça
6
• Tesoura: treliça de madeira que serve de apoio para a trama;
8- Asna, perna, empena ou banzo superior: serve para resistir os esforços das terças;
9- Linha, tensor ou banzo inferior: peça de alinhamento da tesoura que recebe todos os
esforços da tesoura e pela qual é transmitida a estrutura principal da obra;
10- Montante principal ou pendural: elemento vertical de distribuição de cargas de um
telhado;
11- Diagonal ou escora: Elemento oblíquo de distribuição de cargas de um telhado
12- Tirante, pontalete ou suspensório: Peça vertical destinada ao travamento, absorvendo
os esforços de flambagem da tesoura;
13- Ferragem ou estribo: Peça metálica para reforço da tesoura;
14- Ferragem, cobrejunta ou meia-lua: Peca metálica destinada ao reforço das uniões e
das emendas, existentes em uma tesoura de madeira;
15-Testeira, aba ou tabeira: Tábua de acabamento;
16- Mão francesa: peça disposta de forma inclinada, com a finalidade de travar a estrutura.
(a)
(b)
Figura 01 – a) Vista de uma treliça, b) Corte e ripamento de uma treliça
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 2,
7
2.2 Estrutura pontaletada
Podemos construir uma estrutura sem o uso de tesouras para isso devemos
apoiar as terças em uma estrutura, sendo que essa é chamada de pontalete. Levando em
consideraçao que a distancia dos pontaletes deve ser a mesma a das tesouras.
As vigas principais da estrutura, a terça da cumeeira e as demais terças são
apoiadas sobre pontaletes e devem ser contraventadas com mãos francesas. Estas devem
ser colocadas dos dois lados dos pontaletes, sendo recomendável que a estrutura seja
contraventada nas duas direções.
Figura 02 – Estrutura de um pontalete
TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS pag. 122
O apoio das peças de madeira (cumeeira, terça ou viga principal) sobre os
pontaletes deve ser feito por encaixe, utilizando-se ainda talas laterais de madeira, fita
ou chapas de metal.
Os pontaletes não devem apoiar-se diretamente sobre a laje de forro, mas sim
sobre placas de apoio, que podem ser constituídas por seções de pranchas ou vigas de
madeira. As vigas principais devem apoiar-se sobre coxins, cintas de amarração ou
frechais, e não diretamente sobre as paredes.
Em alguns casos as terças podem ser apoiadas nos oitões, desde que sejam
adotados reforços para garantir a estabilidade da estrutura.
8
2.3 Tesouras em madeira
As tesouras são muito eficientes em vencer vãos sem apoios intermediários, são
estruturas planas verticais que recebem cargas paralelamente ao seu plano,
transmitindo-as ao seu apoio.
As intersecções entre eixos de três ou mais barras da tesoura devem ocorrer em
um único ponto.
As tesouras devem ser contraventadas com mãos francesas e diagonais cruzadas
entre as tesouras centrais, ou com diagonais cruzadas entre todas as tesouras. Esse
contraventamento deve ser feito para deixar a estrutura mais rígida.
Figura 03 – Tesoura de madeira com contraventamento
TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS pag. 115
2.4 Terças em madeira
As terças devem ser posicionadas sobre os nós da tesoura, para que assim
transmitam a carga diretamente sobre eles, ou sobre os pontaletes das estruturas
pontaletadas. Devem ser apoiadas e fixadas às empenas de tesouras ou às vigas
principais de estruturas pontaletadas, com o emprego de chapuzes de madeira,
cantoneiras metálicas, tarugos de madeira, parafusos passantes ou outros dispositivos
similares.
2.5 Caibros em madeira
9
Os caibros são colocados em uma direção perpendicular as terças, portanto
paralela as tesouras. São inclinados sendo que a sua inclinação é que determina o
caimento do telhado. Eles são colocados a uma distancia máxima de 0,5 m de eixo a
eixo.
Os caibros devem ser pregados as terças, sendo que a penetração do prego na
terça deve equivaler no mínimo à metade do comprimento do prego.
Figura 04 – Fixação do caibro à terça
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 29
Orienta-se evitar a emenda de caibros. Quando houver necessidade, a emenda
sobre caibros deve ser feita sobre a terça, seguindo os seguintes critérios:
Quando a espessura da terça for maior ou igual a 5 cm:
Figura 05 – Emenda de caibros
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 30
Quando a espessura da terça for menor que 5 cm os caibros devem
Figura 06 – Emenda de caibros
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 30
10
2.6 Ripas de madeira
As ripas são a ultima parte da trama, o espaçamento entre ripas é dado em
função das dimensões da telha cerâmica e do recobrimento longitudinal. Para um
espaçamento constante o carpinteiro prepara uma guia (galga), conforme a seguinte
imagem.
Figura 07 – Guia (galga) para espaçamento entre ripas
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 39
As ripas são pregadas nos caibros, sendo que a penetração do prego no caibro
deve ser pelo menos igual à metade do seu comprimento
2.7 Ligações
Todas as operações de corte e furação das peças de madeira devem ser feitas
com ferramentas apropriadas, a fim de evitar quaisquer tipos de danos à maneira e
garantir a perfeita ajustagem das superfícies em contato na ligação.
As partes das peças de madeira na região da ligação devem ser isentas de
qualquer defeito, como nós, rachaduras, etc.
2.8 Ligações com pregos
Recomenda-se que sejam rebatidas as pontas dos pregos que eventualmente
atravessarem as peças pregadas. Quando forem pregadas conjuntamente três peças de
madeira, recomenda-se que os pregos atravessem pelo menos duas delas.
Figura 08 – Pregação conjunta de três justapostas
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 23
11
As ligações sujeitas a esforços de tração devem ser efetuadas com o auxilio de
cobre-juntas. Não sendo deve ser feita a pregação de topo.
Figura 09 – Aplicação de pregos em ligações sujeitas a esforço de tração
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 33
2.8 Detalhe de dimensões usuais
12
3-TELHA DE CERÂMICA
As coberturas de telhas cerâmicas constituem um elemento tradicional na
paisagem brasileira, que de alguma forma, fazem parte da cultura, identificando assim
uma forma de viver adaptada para cada região em que se inserem.
A telha cerâmica tem sua fabricação semelhante ao processo empregado para os
tijolos comuns. O barro porem deve ser mais fino e homogêneo, não muito magro e não
muito gordo, a fim de ser mais impermeável sem grande deformação no cozimento.
Características de um telhado de boa qualidade:
- O som emitido ao bater na peça deve ser metálico;
- Não apresentar fissuras, esfoliações, quebras e rebarbas que dificultem o acoplamento
entre elas e que prejudiquem a estanqueidade do telhado;
- Não devem possuir manchas, superfícies esbranquiçadas com sais solúveis ou nódulos
de cal;
- Resistentes o suficiente para suportar as solicitações e impactos;
- Deve proporcionar um bom isolamento térmico e acústico;
- Deve ter regularidade de forma, dimensões e coloração, fraca absorção de água e
impermeabilidade, baixa porosidade, resistência a flexão.
Outras características, como impermeabilidade, absorção de água, resistência a
flexão, tolerâncias dimensionais e empenamento, devem estar de acordo com o conjunto
de Normas Técnicas Brasileiras (NBR).
3.1 Tipos de telhas
São basicamente dois tipos de telhas cerâmicas existentes, com uma grande
variedade de formas. Uma delas é a telha de encaixe, conhecida comercialmente como
telha francesa, romana e termoplan, que apresenta em suas bordas, saliências e
reentrâncias que permitem o encaixe entre elas. A outra chamada telha de capa e canal
conhecida como telha colonial, paulista e plan, esta telha caracteriza-se por apresentar o
mesmo tipo de peça para a capa e o canal (largura iguais), ou seja, capa e bica iguais.
Segue uma tabela com a descrição de diversos tipos de formas de telhas.
TELHA DESCRIÇÃO ESPECIFICACÕES PESO
Telha Francesa São planas, com
encaixes laterais e nas
extremidades, com
Comprimento: 40 cm
Largura: 24 cm
Espessura: 14 mm
2,6 kg
13
agarração para
fixação às ripas.
Caimento: 36 %
17 Peças / m²
Telha Romana Esta telha apresenta
uma capa e um canal
interligados.
Comprimento: 41,5
cm
Largura: 21,6 cm
Espessura: 10 mm
Caimento: 30 %
16 Peças / m²
2,6 kg
Telha Portuguesa Tem a evolução da
antiga e tradicional
telha colonial. É
composta por apenas
uma peça.
Comprimento: 38 cm
Largura: 20 cm
Espessura: 18 mm
Caimento: 30 %
16 Peças / m²
2,4 kg
Telha Termoplan Esta apresenta uma
camada interna de ar,
projetada com intuito
de reforçar o
desempenho térmico
da telha.
Comprimento: 45 cm
Largura: 21,4 cm
Espessura: 26 mm
Caimento: 30 %
15 Peças / m²
3 kg
Telha Colonial Não há distinção
entre a capa e o canal,
pois podem ser
usadas
indistintamente.
Comprimento: 46 cm
Largura: 15 cm
Espessura: 13 mm
Caimento: 25 %
25 Peças / m²
2,25
kg
Telha Paulista
Tem seção circular
que vai afunilando em
direção a uma das
extremidades,
apresenta a capa com
largura ligeiramente
Comprimento: 46 cm
Largura capa: 13 cm
Largura canal: 15 cm
Espessura: 13 mm
2 kg
14
inferior à largura do
canal
Caimento: 25 %
25 Peças / m²
Telha Plan Apresenta as formas
acentuadas retas. O
canal é de seção
retangular e mais
ampla. São telhas
muito pouco
empregadas, pois são
difíceis de cortar e
encontrar peças no
mercado para
substituição
Comprimento: 46 cm
Largura capa: 13 cm
Largura canal: 15 cm
Espessura: 13 mm
Caimento: 25 %
24 Peças / m²
2,2 kg
3.2 - EXECUÇÃO DE TELHADOS CERÂMICOS
O telhado deve ser executado sempre com telhas de dimensões padronizadas,
com tolerâncias dimensionais que atendam a sua respectiva especificação, dessa forma,
haverá perfeito encaixe entre as telhas, facilitando a colocação e garantindo a
estanqueidade à água do telhado
É recomendado adquirir uma quantidade de telhas aproximadamente 5%
superior à quantidade calculada para o telhado, como margem de folga, para suprir as
perdas ou qualquer outro interveniente.
Colocação das telhas:
A colocação das telhas deve ser feita da
esquerda para a direita, da parte mais baixa do
telhado seguindo em direção a cumeeira. As telhas
devem ser colocadas com um pequeno ângulo de
inclinação, para garantir um perfeito alinhamento, verificando se os dois pontos da telha
estão encaixados na ripa. É necessário conferir o
de telha.
É apropriado que, telhados com
esquema de amarração como o mostrado na figura a seguir. Para telhados com
inclinação maior que 100%,
apoio, a cada cinco telhas uma é fixada.
45% e 100%
Para telhados que possuem
devem estar fixados à estrutura de apoio, e as capas devem s
alternada, a cada cinco telhas uma é fixada.
Durante a execução do telhado, devem
nos cruzamentos dos caibros com as ripas, evitando que o mont
na mão sobre a parte já coberta. Para a distribuição das telhas pode
tabuas longitudinais (direção da água) sobre o madeiramento, de forma que os
montadores possam caminhas sobre elas.
Beiral: O beiral é a última fileira de
constituindo a parte avançada deste sobre o corpo do
provocar a queda das águas pluviais (águas da chuva) de modo que estas não escorram
pela fachada do edifício ou residência.
deve ter duas ripas sobrepostas ou por testeiras.
Em beirais desprotegidos, recomenda
as telhas de capa e canal devem ter as capas emboçadas com a argamassa e os canais
devem ser fixados às ripas, c
inclinação, para garantir um perfeito alinhamento, verificando se os dois pontos da telha
estão encaixados na ripa. É necessário conferir o alinhamento a cada 3 fiadas e 3 faixas
de telha.
que, telhados com a inclinação entre 45% e 100%, devem ter
esquema de amarração como o mostrado na figura a seguir. Para telhados com
inclinação maior que 100%, é recomendado amarrar todas as telhas na estrutura de
apoio, a cada cinco telhas uma é fixada.
25% e 100%
s que possuem declividades entre 25% e 100%, todos os canais
fixados à estrutura de apoio, e as capas devem ser fixadas de maneira
alternada, a cada cinco telhas uma é fixada.
Durante a execução do telhado, devem-se dispor pilhas de telhas sobre a trama,
nos cruzamentos dos caibros com as ripas, evitando que o montador caminhe com telhas
na mão sobre a parte já coberta. Para a distribuição das telhas pode-se dispor algumas
tabuas longitudinais (direção da água) sobre o madeiramento, de forma que os
montadores possam caminhas sobre elas.
O beiral é a última fileira de telhas que forma a aba do telhado,
constituindo a parte avançada deste sobre o corpo do edifício. Tem a finalidade de
provocar a queda das águas pluviais (águas da chuva) de modo que estas não escorram
pela fachada do edifício ou residência. O primeiro apoio da primeira fiada de telhas
deve ter duas ripas sobrepostas ou por testeiras.
is desprotegidos, recomenda-se amarrar as telhas de encaixe às ripas. Já
as telhas de capa e canal devem ter as capas emboçadas com a argamassa e os canais
fixados às ripas, caso haja platibanda ou caso seja empregado forro no beiral,
15
inclinação, para garantir um perfeito alinhamento, verificando se os dois pontos da telha
alinhamento a cada 3 fiadas e 3 faixas
de telha.
entre 45% e 100%, devem ter um
esquema de amarração como o mostrado na figura a seguir. Para telhados com
s telhas na estrutura de
, todos os canais
er fixadas de maneira
se dispor pilhas de telhas sobre a trama,
ador caminhe com telhas
se dispor algumas
tabuas longitudinais (direção da água) sobre o madeiramento, de forma que os
que forma a aba do telhado,
. Tem a finalidade de
provocar a queda das águas pluviais (águas da chuva) de modo que estas não escorram
primeiro apoio da primeira fiada de telhas
se amarrar as telhas de encaixe às ripas. Já
as telhas de capa e canal devem ter as capas emboçadas com a argamassa e os canais
aso haja platibanda ou caso seja empregado forro no beiral,
16
as telhas não necessitarão ser fixadas à estrutura de madeira, já nos beirais laterais o
emboçamento de peças cerâmicas apropriadas (cumeeiras ou capas de telhas do tipo
capa e canal).
Cumeeira: deve ser executadas com peças cerâmicas denominadas “cumeeiras”,
ou podem ser utilizar capas de telhas do tipo capa e canal. Essas peças devem ser
colocadas obedecendo-se um sentido de colocação contrario ao dos ventos dominantes.
Primeiramente, com a colher de pedreiro coloca-se o emboço nas extremidades
das telhas, de forma a criar duas linhas contínuas, em toda extensão da cumeeira
também se deve colocar o emboço no rebaixo da telha anterior. Então se encaixam as
peças, sendo que é preciso observar ainda um recobrimento longitudinal mínimo de 60
mm entre as peças.
Espigão: também pode ser executado com peças de cumeeiras ou capas de
telhas de capa e canal. As peças são colocadas da mesma forma que na cumeeira sendo
que devem ser colocadas no beiral em direção à cumeeira.
As telhas das águas do telhado são cortadas no seu encontro com o espigão, de
forma que o recobrimento entre as peças de espigão e as telhas seja no mínimo 30 mm.
Rincão ou água furtada: é constituído por uma calha metálica fixada na
estrutura de madeira do telhado, elas devem ser cortadas na direção do mesmo,
recobrindo a calha metálica em pelo menos 60 mm de cada lado. A largura livre da
calha deve ser de aproximadamente 150 mm, também pode ser executado com peças
especiais com recobrimento longitudinal mínimo de 60 mm.
Arremates: com fim de garantir a estanqueidade do telhado, os encontros dos
telhados com paredes paralelas ou transversais ao comprimento das telhas devem ser
executados empregando-se rufos metálicos ou componentes cerâmicos.
17
4. TELHADOS DE FIBROCIMENTO
As telhas de fibrocimento são utilizadas tanto nas coberturas residenciais como
nas industriais. São telhas maiores que as cerâmicas, de sorte que, alguns modelos são
utilizados diretamente sobre as paredes. Constituídas por uma mistura homogênea de
fibras de amianto e cimento portland, estas telhas são fabricadas em diversos modelos,
tamanhos e espessuras.
O fibrocimento é composto basicamente de água, cimento e amianto, uma fibra
mineral presente em abundancia na crosta terrestre. Esses elementos, quando usados em
conjunto proporcional à cobertura: durabilidade, estanqueidade, resistência mecânica,
baixo peso, trabalhabilidade, versatilidade, incombustibilidade, isolamento acústico, são
bastante utilizadas em edifícios habitacionais de padrão popular, inclusive unifamiliares,
embora não proporcionem adequado conforto, sobretudo térmico. Devem atender às
disposições da norma “NBR 7581 – Telha ondulada de fibrocimento – Especificações”.
4.1 MODELOS DE FIBROCIMENTO
Telha ondulada
Nas telhas de fibrocimento, a trama fica reduzida as terças sendo uma opção
muito utilizada para telhados residenciais, depósitos, galpões e edificações rurais.
Possui características adequadas para a aplicação em indústria, sendo usada tanto em
coberturas com em fechamentos laterais.
As telhas de fibrocimento possuem caso das espessuras padrões, são elas: 5 mm,
6 mm e 8 mm, sendo que as mais utilizadas são as de 6 e 8 mm. O peso do telhado em
fibrocimento varia conforme a espessura das peças, sendo de 15 Kg/m² para as de 5
mm, 18 Kg/m² para as de 6 mm e 24 Kg/m² para as de 8 mm.
Peças complementares
Existem peças complementares para as telhas onduladas de fibrocimento com as
seguintes finalidades:
18
• Arremate entre duas ou mais águas de uma cobertura (Cumeeira normal, cumeeira
universal, cumeeira articulada ondulada, espigão).
• Arremate entre uma água de cobertura e uma parede ou fechamento lateral (Cumeeira
shed, rufo);
Cumeeira shed: Cumeeira shed simétrica: Rufo:
• Proporcionar recursos de ventilação e arejamento à área coberta (telha de ventilação,
telha com claraboia);
• Arremate entre dois ou mais fechamentos laterais (cantoneira e aresta).
Cantoneira: Aresta:
Além destes ainda existe uma ampla gama de peças complementares que
resolvem detalhes de arremate, ventilação e iluminação.
4.2 Manuseio e estocagem
• O corte, lixamento e furação dos produtos devem ser feitos em locais abertos, com boa
ventilação e, se possível, separados das demais tarefas.
• Recomenda-se realizar o trabalho com ferramentas manuais, que provocam menor
desprendimento de poeira fina no ambiente;
19
• É preciso umidificar o piso ao redor do local de trabalho e as peças que estão sendo
trabalhadas, reduzindo a possibilidade de geração de poeira;
• A retirada de rebarbas e a limpeza das peças, ferramentas e demais equipamentos
deverá ser feita utilizando um pano ou esponja umedecidos, ou sistema de aspiração;
• Os equipamentos fixos – furadeira de bancada, serra circular etc. – deverão possuir
necessariamente um sistema de captação de poeira;
• A lavagem das peças de trabalho será feita separadamente das demais peças de uso
diário;
• Durante o trabalho, o operador deve usar máscara específica (descartável do tipo P2
para poeira);
• Terminado o trabalho, o operador deve tomar banho no serviço antes de trocar de
roupa;
• A aplicação dessas recomendações garante ao usuário dos produtos de fibrocimento
uma utilização segura e sem riscos à saúde.
4.3 Colocação
O melhor aproveitamento das telhas se dá com a inclinação de 15° (27%) e
procurar utilizar esta inclinação sempre que possível, porém devem-se seguir as
especificações do fabricante para cada tipo de telha de fibrocimento.
Na montagem da primeira fiada as chapas precisam ser fixadas com um parafuso
por chapa (colocado na crista da 2° onda), necessitando a última chapa ser fixada com
dois parafusos (na crista das 2° e 5° ondas). Nas chapas das fiadas intermediárias, terão
de serem aplicados dois ganchos chatos na cava da 1a e 4a onda. As cumeeiras deverão
ser fixadas com um parafuso de cada lado, sendo a última delas com dois parafusos de
cada lado. O caimento mínimo a ser empregado é de 10º, ou seja, 17,6% (abaixo desse
limite, estar-se-á arriscando infiltração de água através da junção das telhas).
Parafusos para fixação de telhas de fibro cimento:
20
A superposição das chapas varia conforme sua inclinação, sendo, portanto:
• Para telhados com menos de 15º de inclinação, usar recobrimento longitudinal mínimo
de 20 cm;
• Para caimentos maiores de 15º, pode-se usar recobrimento longitudinal de 14 cm.
O espaçamento máximo entre as terças é de 1,69 m. Por essa razão, a chapa mais
econômica é a de 1,83 m, já que para as telhas maiores se torna indispensável à
colocação de terça intermediária (para telhas de 6 mm de espessura). Quanto aos beirais,
os comprimentos das chapas, máximo e mínimo, em balanço são:
• Beirais sem calha: máximo 40 cm e mínimo 25 cm;
• Beirais com calha: máximo 25 cm e mínimo 10 cm.
• Beiral lateral: 10 cm
21
A montagem das telhas deverá ser iniciada a partir do beiral para a cumeeira.
Para uma montagem e utilização do sistema de cobertura em telhas onduladas de
fibrocimento eficientes, precisam ser seguidas as seguintes recomendações:
• Não se pode pisar diretamente sobre as telhas; usar tábuas apoiadas em três terças, em
coberturas muito inclinadas, amarrar as tábuas;
• Utilizar ferramentas manuais (serrote, arco de pua, etc.). Se houver a necessidade de
utilização de serras elétricas, recomendam-se as de baixa rotação para evitar a dispersão
do pó de amianto;
• Procurar sempre realizar o trabalho ao ar livre;
• Umedecer as peças de fibrocimento antes de cortá-las ou perfurá-las.
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Pini Web – Telhas Cerâmicas – Bianca Antunes.
Disponível em: http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/telhas-ceramicas-
80046-1.asp
Acesso em: 13 mar. 2013.
COMO Construir. Fev. 2002. Disponível em:
http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/como-construir-81765-1.asp.
Acesso em: 15 mar. 2012.
ESCOLHA sua Telha. Disponível em: http://www.hinkel.arq.br/hhtelhas.html.
Acesso: 15mar. 2018.
TELHADO, Caibros, Ripas e Galga em:
22
http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/telhado-caibros-ripas-galga/.
Acesso em 16mar. 2013.
COLOCAÇÃO de telhas em: http://www.toptelha.com.br/colocacao_telhas.php.
Acesso em 18mar. 2013
MILITO, José Antonio de. TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E
CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS. P.U.C. 1999, 303pag.
IPT - INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO
PAULO S.A. Cobertura com Estrutura de Madeira e Telhados com Telhas
cerâmicas. São Paulo: IPT, 1988.
YAZIGI, Walid. A TÉCNICA DE EDIFICAR. PINI. 1997, 442pag.

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Trabalho costela final

  • 1. 1 UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ UNOCHAPECÓ COBERTURA DE TELHAS CERÂMICAS E FIBROCIMENTO COM ESTRUTURA DE MADEIRA Lucas Tadeu Gonzatti Jaison Ghisleri Ezequiel De Villa Chapecó - SC, Março de 2013.
  • 2. 2 UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ Área de Ciências Exatas e Ambientais Curso: Engenharia Civil Disciplina: Técnicas Construtivas II Professor: Marcelo Fabiano Costella COBERTURA DE TELHAS CERÂMICAS E FIBROCIMENTO COM ESTRUTURA DE MADEIRA Lucas Tadeu Gonzatti Jaison Ghisleri Ezequiel De Villa Chapecó - SC, Março de 2013.
  • 3. 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................4 2. ESTRUTURAS DE MADEIRAS PARA TELHADO............................................5 2.1 Estruturas de madeira de um telhado...............................................................6 2.2 Estrutura pontaletada ......................................................................................7 2.3 Tesouras em madeira ......................................................................................8 2.4 Terças em madeira ..........................................................................................9 2.5 Caibros em madeira ........................................................................................9 2.6 Ripas de madeira ...........................................................................................10 2.7 Ligações ........................................................................................................10 2.8 Ligações com pregos ....................................................................................10 3. TELHAS CERÂMICAS..............................................................................................11 3.1 Tipos de telhas ..............................................................................................12 3.2 Execução de telhados cerâmicos ...................................................................14 4. TELHADO DE FIBROCIMENTO ............................................................................16 4.1 Modelo de fibrocimento ................................................................................16 4.2 Manuseio e estocagem ..................................................................................18 4.3 Locação .........................................................................................................18 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................21
  • 4. 4 1. INTRODUÇÃO Nos dias de hoje temos a construção como um meio de trabalho que mais cresce no mundo, onde ocorre um grande aumento na geração de empregos, que assim podemos encaixar a engenharia civil como a profissão mais importante para este crescimento. Temos como obrigação fazer da construção um empreendimento eficaz, tecnológico e principalmente seguro. Para tudo isso serão necessárias pesquisas, testes e aprovação de leis e conceitos que nos fornecerem os itens necessários para uma boa construção. Com base em pesquisas realizadas em livros e normas construtivas, iremos neste breve trabalho, descrever sobre telhas cerâmicas e fibro cimento, juntamente com a estrutura de madeira para o telhado, deixando claras as leis e normas, os melhores métodos necessários e meios construtivos para um bom desempenho desta atividade. A cobertura é a alma da casa, da vida a construção com suas formas. Todavia não é somente como estética a finalidade do telhado, o seu objetivo vai além da beleza, que têm principais finalidades abrigo contra intempéries, isolante térmico, impermeabilizante. Entende-se que a cobertura é composta por dois elementos com fins de proteger e assegurar a instabilidade da mesma, esses elementos são denominados estrutura constituídas por vigas e peças metálicas ou de madeira chamadas de tesouras, e por elementos de impermeabilização que são as telhas.
  • 5. 5 2- ESTRUTURAS DE MADEIRAS PARA TELHADOS A estrutura de madeira é calculada e projetada para suportar os carregamentos acidentais e permanentes, alem de esforços provenientes de ações de intempéries, como variação de temperatura, chuva e vento. Os materiais empregados na confecção de estrutura de madeira dependem principalmente da região e da oferta e procura, podendo variar as características de resistência e em alguns casos estética. As principais madeiras utilizadas para esse fim são o Ipê, Cabriúva ou Itaúba, porém, segundo Thomaz (1982) “Todos os elementos utilizam geralmente a peroba como madeira padrão, por ser mais resistente ao apodrecimento e também por não ser tão duro quanto o ipê e a cabreúva, entre outras razões.” As principais funções da estrutura de madeira são de sustentar e fixar as telhas e transmitir os esforços solicitantes para os elementos estruturais do edifício, garantindo assim a estabilidade do telhado. A estrutura é composta por uma armação principal (tesoura) e uma secundária, mais conhecida por trama. 2.1- Estrutura de madeira de um telhado é composta por: • Trama: treliça de madeira que serve de apoio para a trama; 1- Ripas: são peças de madeira pregadas sobre os caibros, que servem de apoios para as telhas cerâmicas; 2- Caibros: peças de madeira, apoiadas sobre as terças, servindo como suporte para as ripas; 3- Cumeeira: É a parte mais alta do telhado; 4- Terças: peças horizontais de madeira colocadas na direção perpendicular à estrutura de apoio. Elas apoiam-se geralmente sobre tesouras, pontaletes, oitões, ou paredes intermediárias, com a função de sustentar os caibros; 5- Contrafrechal: terça da parte inferior do telhado; 6- Frechal: viga de madeira colocada em todo o perímetro superior da parede de alvenaria, para amarração e distribuição da carga concentrada da tesoura no caso de não haver viga; 7- Chapuz: calço de madeira, geralmente de forma triangular, que serve de apoio lateral para a terça
  • 6. 6 • Tesoura: treliça de madeira que serve de apoio para a trama; 8- Asna, perna, empena ou banzo superior: serve para resistir os esforços das terças; 9- Linha, tensor ou banzo inferior: peça de alinhamento da tesoura que recebe todos os esforços da tesoura e pela qual é transmitida a estrutura principal da obra; 10- Montante principal ou pendural: elemento vertical de distribuição de cargas de um telhado; 11- Diagonal ou escora: Elemento oblíquo de distribuição de cargas de um telhado 12- Tirante, pontalete ou suspensório: Peça vertical destinada ao travamento, absorvendo os esforços de flambagem da tesoura; 13- Ferragem ou estribo: Peça metálica para reforço da tesoura; 14- Ferragem, cobrejunta ou meia-lua: Peca metálica destinada ao reforço das uniões e das emendas, existentes em uma tesoura de madeira; 15-Testeira, aba ou tabeira: Tábua de acabamento; 16- Mão francesa: peça disposta de forma inclinada, com a finalidade de travar a estrutura. (a) (b) Figura 01 – a) Vista de uma treliça, b) Corte e ripamento de uma treliça COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 2,
  • 7. 7 2.2 Estrutura pontaletada Podemos construir uma estrutura sem o uso de tesouras para isso devemos apoiar as terças em uma estrutura, sendo que essa é chamada de pontalete. Levando em consideraçao que a distancia dos pontaletes deve ser a mesma a das tesouras. As vigas principais da estrutura, a terça da cumeeira e as demais terças são apoiadas sobre pontaletes e devem ser contraventadas com mãos francesas. Estas devem ser colocadas dos dois lados dos pontaletes, sendo recomendável que a estrutura seja contraventada nas duas direções. Figura 02 – Estrutura de um pontalete TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS pag. 122 O apoio das peças de madeira (cumeeira, terça ou viga principal) sobre os pontaletes deve ser feito por encaixe, utilizando-se ainda talas laterais de madeira, fita ou chapas de metal. Os pontaletes não devem apoiar-se diretamente sobre a laje de forro, mas sim sobre placas de apoio, que podem ser constituídas por seções de pranchas ou vigas de madeira. As vigas principais devem apoiar-se sobre coxins, cintas de amarração ou frechais, e não diretamente sobre as paredes. Em alguns casos as terças podem ser apoiadas nos oitões, desde que sejam adotados reforços para garantir a estabilidade da estrutura.
  • 8. 8 2.3 Tesouras em madeira As tesouras são muito eficientes em vencer vãos sem apoios intermediários, são estruturas planas verticais que recebem cargas paralelamente ao seu plano, transmitindo-as ao seu apoio. As intersecções entre eixos de três ou mais barras da tesoura devem ocorrer em um único ponto. As tesouras devem ser contraventadas com mãos francesas e diagonais cruzadas entre as tesouras centrais, ou com diagonais cruzadas entre todas as tesouras. Esse contraventamento deve ser feito para deixar a estrutura mais rígida. Figura 03 – Tesoura de madeira com contraventamento TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS pag. 115 2.4 Terças em madeira As terças devem ser posicionadas sobre os nós da tesoura, para que assim transmitam a carga diretamente sobre eles, ou sobre os pontaletes das estruturas pontaletadas. Devem ser apoiadas e fixadas às empenas de tesouras ou às vigas principais de estruturas pontaletadas, com o emprego de chapuzes de madeira, cantoneiras metálicas, tarugos de madeira, parafusos passantes ou outros dispositivos similares. 2.5 Caibros em madeira
  • 9. 9 Os caibros são colocados em uma direção perpendicular as terças, portanto paralela as tesouras. São inclinados sendo que a sua inclinação é que determina o caimento do telhado. Eles são colocados a uma distancia máxima de 0,5 m de eixo a eixo. Os caibros devem ser pregados as terças, sendo que a penetração do prego na terça deve equivaler no mínimo à metade do comprimento do prego. Figura 04 – Fixação do caibro à terça COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 29 Orienta-se evitar a emenda de caibros. Quando houver necessidade, a emenda sobre caibros deve ser feita sobre a terça, seguindo os seguintes critérios: Quando a espessura da terça for maior ou igual a 5 cm: Figura 05 – Emenda de caibros COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 30 Quando a espessura da terça for menor que 5 cm os caibros devem Figura 06 – Emenda de caibros COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 30
  • 10. 10 2.6 Ripas de madeira As ripas são a ultima parte da trama, o espaçamento entre ripas é dado em função das dimensões da telha cerâmica e do recobrimento longitudinal. Para um espaçamento constante o carpinteiro prepara uma guia (galga), conforme a seguinte imagem. Figura 07 – Guia (galga) para espaçamento entre ripas COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 39 As ripas são pregadas nos caibros, sendo que a penetração do prego no caibro deve ser pelo menos igual à metade do seu comprimento 2.7 Ligações Todas as operações de corte e furação das peças de madeira devem ser feitas com ferramentas apropriadas, a fim de evitar quaisquer tipos de danos à maneira e garantir a perfeita ajustagem das superfícies em contato na ligação. As partes das peças de madeira na região da ligação devem ser isentas de qualquer defeito, como nós, rachaduras, etc. 2.8 Ligações com pregos Recomenda-se que sejam rebatidas as pontas dos pregos que eventualmente atravessarem as peças pregadas. Quando forem pregadas conjuntamente três peças de madeira, recomenda-se que os pregos atravessem pelo menos duas delas. Figura 08 – Pregação conjunta de três justapostas COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 23
  • 11. 11 As ligações sujeitas a esforços de tração devem ser efetuadas com o auxilio de cobre-juntas. Não sendo deve ser feita a pregação de topo. Figura 09 – Aplicação de pregos em ligações sujeitas a esforço de tração COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 33 2.8 Detalhe de dimensões usuais
  • 12. 12 3-TELHA DE CERÂMICA As coberturas de telhas cerâmicas constituem um elemento tradicional na paisagem brasileira, que de alguma forma, fazem parte da cultura, identificando assim uma forma de viver adaptada para cada região em que se inserem. A telha cerâmica tem sua fabricação semelhante ao processo empregado para os tijolos comuns. O barro porem deve ser mais fino e homogêneo, não muito magro e não muito gordo, a fim de ser mais impermeável sem grande deformação no cozimento. Características de um telhado de boa qualidade: - O som emitido ao bater na peça deve ser metálico; - Não apresentar fissuras, esfoliações, quebras e rebarbas que dificultem o acoplamento entre elas e que prejudiquem a estanqueidade do telhado; - Não devem possuir manchas, superfícies esbranquiçadas com sais solúveis ou nódulos de cal; - Resistentes o suficiente para suportar as solicitações e impactos; - Deve proporcionar um bom isolamento térmico e acústico; - Deve ter regularidade de forma, dimensões e coloração, fraca absorção de água e impermeabilidade, baixa porosidade, resistência a flexão. Outras características, como impermeabilidade, absorção de água, resistência a flexão, tolerâncias dimensionais e empenamento, devem estar de acordo com o conjunto de Normas Técnicas Brasileiras (NBR). 3.1 Tipos de telhas São basicamente dois tipos de telhas cerâmicas existentes, com uma grande variedade de formas. Uma delas é a telha de encaixe, conhecida comercialmente como telha francesa, romana e termoplan, que apresenta em suas bordas, saliências e reentrâncias que permitem o encaixe entre elas. A outra chamada telha de capa e canal conhecida como telha colonial, paulista e plan, esta telha caracteriza-se por apresentar o mesmo tipo de peça para a capa e o canal (largura iguais), ou seja, capa e bica iguais. Segue uma tabela com a descrição de diversos tipos de formas de telhas. TELHA DESCRIÇÃO ESPECIFICACÕES PESO Telha Francesa São planas, com encaixes laterais e nas extremidades, com Comprimento: 40 cm Largura: 24 cm Espessura: 14 mm 2,6 kg
  • 13. 13 agarração para fixação às ripas. Caimento: 36 % 17 Peças / m² Telha Romana Esta telha apresenta uma capa e um canal interligados. Comprimento: 41,5 cm Largura: 21,6 cm Espessura: 10 mm Caimento: 30 % 16 Peças / m² 2,6 kg Telha Portuguesa Tem a evolução da antiga e tradicional telha colonial. É composta por apenas uma peça. Comprimento: 38 cm Largura: 20 cm Espessura: 18 mm Caimento: 30 % 16 Peças / m² 2,4 kg Telha Termoplan Esta apresenta uma camada interna de ar, projetada com intuito de reforçar o desempenho térmico da telha. Comprimento: 45 cm Largura: 21,4 cm Espessura: 26 mm Caimento: 30 % 15 Peças / m² 3 kg Telha Colonial Não há distinção entre a capa e o canal, pois podem ser usadas indistintamente. Comprimento: 46 cm Largura: 15 cm Espessura: 13 mm Caimento: 25 % 25 Peças / m² 2,25 kg Telha Paulista Tem seção circular que vai afunilando em direção a uma das extremidades, apresenta a capa com largura ligeiramente Comprimento: 46 cm Largura capa: 13 cm Largura canal: 15 cm Espessura: 13 mm 2 kg
  • 14. 14 inferior à largura do canal Caimento: 25 % 25 Peças / m² Telha Plan Apresenta as formas acentuadas retas. O canal é de seção retangular e mais ampla. São telhas muito pouco empregadas, pois são difíceis de cortar e encontrar peças no mercado para substituição Comprimento: 46 cm Largura capa: 13 cm Largura canal: 15 cm Espessura: 13 mm Caimento: 25 % 24 Peças / m² 2,2 kg 3.2 - EXECUÇÃO DE TELHADOS CERÂMICOS O telhado deve ser executado sempre com telhas de dimensões padronizadas, com tolerâncias dimensionais que atendam a sua respectiva especificação, dessa forma, haverá perfeito encaixe entre as telhas, facilitando a colocação e garantindo a estanqueidade à água do telhado É recomendado adquirir uma quantidade de telhas aproximadamente 5% superior à quantidade calculada para o telhado, como margem de folga, para suprir as perdas ou qualquer outro interveniente. Colocação das telhas: A colocação das telhas deve ser feita da esquerda para a direita, da parte mais baixa do telhado seguindo em direção a cumeeira. As telhas devem ser colocadas com um pequeno ângulo de
  • 15. inclinação, para garantir um perfeito alinhamento, verificando se os dois pontos da telha estão encaixados na ripa. É necessário conferir o de telha. É apropriado que, telhados com esquema de amarração como o mostrado na figura a seguir. Para telhados com inclinação maior que 100%, apoio, a cada cinco telhas uma é fixada. 45% e 100% Para telhados que possuem devem estar fixados à estrutura de apoio, e as capas devem s alternada, a cada cinco telhas uma é fixada. Durante a execução do telhado, devem nos cruzamentos dos caibros com as ripas, evitando que o mont na mão sobre a parte já coberta. Para a distribuição das telhas pode tabuas longitudinais (direção da água) sobre o madeiramento, de forma que os montadores possam caminhas sobre elas. Beiral: O beiral é a última fileira de constituindo a parte avançada deste sobre o corpo do provocar a queda das águas pluviais (águas da chuva) de modo que estas não escorram pela fachada do edifício ou residência. deve ter duas ripas sobrepostas ou por testeiras. Em beirais desprotegidos, recomenda as telhas de capa e canal devem ter as capas emboçadas com a argamassa e os canais devem ser fixados às ripas, c inclinação, para garantir um perfeito alinhamento, verificando se os dois pontos da telha estão encaixados na ripa. É necessário conferir o alinhamento a cada 3 fiadas e 3 faixas de telha. que, telhados com a inclinação entre 45% e 100%, devem ter esquema de amarração como o mostrado na figura a seguir. Para telhados com inclinação maior que 100%, é recomendado amarrar todas as telhas na estrutura de apoio, a cada cinco telhas uma é fixada. 25% e 100% s que possuem declividades entre 25% e 100%, todos os canais fixados à estrutura de apoio, e as capas devem ser fixadas de maneira alternada, a cada cinco telhas uma é fixada. Durante a execução do telhado, devem-se dispor pilhas de telhas sobre a trama, nos cruzamentos dos caibros com as ripas, evitando que o montador caminhe com telhas na mão sobre a parte já coberta. Para a distribuição das telhas pode-se dispor algumas tabuas longitudinais (direção da água) sobre o madeiramento, de forma que os montadores possam caminhas sobre elas. O beiral é a última fileira de telhas que forma a aba do telhado, constituindo a parte avançada deste sobre o corpo do edifício. Tem a finalidade de provocar a queda das águas pluviais (águas da chuva) de modo que estas não escorram pela fachada do edifício ou residência. O primeiro apoio da primeira fiada de telhas deve ter duas ripas sobrepostas ou por testeiras. is desprotegidos, recomenda-se amarrar as telhas de encaixe às ripas. Já as telhas de capa e canal devem ter as capas emboçadas com a argamassa e os canais fixados às ripas, caso haja platibanda ou caso seja empregado forro no beiral, 15 inclinação, para garantir um perfeito alinhamento, verificando se os dois pontos da telha alinhamento a cada 3 fiadas e 3 faixas de telha. entre 45% e 100%, devem ter um esquema de amarração como o mostrado na figura a seguir. Para telhados com s telhas na estrutura de , todos os canais er fixadas de maneira se dispor pilhas de telhas sobre a trama, ador caminhe com telhas se dispor algumas tabuas longitudinais (direção da água) sobre o madeiramento, de forma que os que forma a aba do telhado, . Tem a finalidade de provocar a queda das águas pluviais (águas da chuva) de modo que estas não escorram primeiro apoio da primeira fiada de telhas se amarrar as telhas de encaixe às ripas. Já as telhas de capa e canal devem ter as capas emboçadas com a argamassa e os canais aso haja platibanda ou caso seja empregado forro no beiral,
  • 16. 16 as telhas não necessitarão ser fixadas à estrutura de madeira, já nos beirais laterais o emboçamento de peças cerâmicas apropriadas (cumeeiras ou capas de telhas do tipo capa e canal). Cumeeira: deve ser executadas com peças cerâmicas denominadas “cumeeiras”, ou podem ser utilizar capas de telhas do tipo capa e canal. Essas peças devem ser colocadas obedecendo-se um sentido de colocação contrario ao dos ventos dominantes. Primeiramente, com a colher de pedreiro coloca-se o emboço nas extremidades das telhas, de forma a criar duas linhas contínuas, em toda extensão da cumeeira também se deve colocar o emboço no rebaixo da telha anterior. Então se encaixam as peças, sendo que é preciso observar ainda um recobrimento longitudinal mínimo de 60 mm entre as peças. Espigão: também pode ser executado com peças de cumeeiras ou capas de telhas de capa e canal. As peças são colocadas da mesma forma que na cumeeira sendo que devem ser colocadas no beiral em direção à cumeeira. As telhas das águas do telhado são cortadas no seu encontro com o espigão, de forma que o recobrimento entre as peças de espigão e as telhas seja no mínimo 30 mm. Rincão ou água furtada: é constituído por uma calha metálica fixada na estrutura de madeira do telhado, elas devem ser cortadas na direção do mesmo, recobrindo a calha metálica em pelo menos 60 mm de cada lado. A largura livre da calha deve ser de aproximadamente 150 mm, também pode ser executado com peças especiais com recobrimento longitudinal mínimo de 60 mm. Arremates: com fim de garantir a estanqueidade do telhado, os encontros dos telhados com paredes paralelas ou transversais ao comprimento das telhas devem ser executados empregando-se rufos metálicos ou componentes cerâmicos.
  • 17. 17 4. TELHADOS DE FIBROCIMENTO As telhas de fibrocimento são utilizadas tanto nas coberturas residenciais como nas industriais. São telhas maiores que as cerâmicas, de sorte que, alguns modelos são utilizados diretamente sobre as paredes. Constituídas por uma mistura homogênea de fibras de amianto e cimento portland, estas telhas são fabricadas em diversos modelos, tamanhos e espessuras. O fibrocimento é composto basicamente de água, cimento e amianto, uma fibra mineral presente em abundancia na crosta terrestre. Esses elementos, quando usados em conjunto proporcional à cobertura: durabilidade, estanqueidade, resistência mecânica, baixo peso, trabalhabilidade, versatilidade, incombustibilidade, isolamento acústico, são bastante utilizadas em edifícios habitacionais de padrão popular, inclusive unifamiliares, embora não proporcionem adequado conforto, sobretudo térmico. Devem atender às disposições da norma “NBR 7581 – Telha ondulada de fibrocimento – Especificações”. 4.1 MODELOS DE FIBROCIMENTO Telha ondulada Nas telhas de fibrocimento, a trama fica reduzida as terças sendo uma opção muito utilizada para telhados residenciais, depósitos, galpões e edificações rurais. Possui características adequadas para a aplicação em indústria, sendo usada tanto em coberturas com em fechamentos laterais. As telhas de fibrocimento possuem caso das espessuras padrões, são elas: 5 mm, 6 mm e 8 mm, sendo que as mais utilizadas são as de 6 e 8 mm. O peso do telhado em fibrocimento varia conforme a espessura das peças, sendo de 15 Kg/m² para as de 5 mm, 18 Kg/m² para as de 6 mm e 24 Kg/m² para as de 8 mm. Peças complementares Existem peças complementares para as telhas onduladas de fibrocimento com as seguintes finalidades:
  • 18. 18 • Arremate entre duas ou mais águas de uma cobertura (Cumeeira normal, cumeeira universal, cumeeira articulada ondulada, espigão). • Arremate entre uma água de cobertura e uma parede ou fechamento lateral (Cumeeira shed, rufo); Cumeeira shed: Cumeeira shed simétrica: Rufo: • Proporcionar recursos de ventilação e arejamento à área coberta (telha de ventilação, telha com claraboia); • Arremate entre dois ou mais fechamentos laterais (cantoneira e aresta). Cantoneira: Aresta: Além destes ainda existe uma ampla gama de peças complementares que resolvem detalhes de arremate, ventilação e iluminação. 4.2 Manuseio e estocagem • O corte, lixamento e furação dos produtos devem ser feitos em locais abertos, com boa ventilação e, se possível, separados das demais tarefas. • Recomenda-se realizar o trabalho com ferramentas manuais, que provocam menor desprendimento de poeira fina no ambiente;
  • 19. 19 • É preciso umidificar o piso ao redor do local de trabalho e as peças que estão sendo trabalhadas, reduzindo a possibilidade de geração de poeira; • A retirada de rebarbas e a limpeza das peças, ferramentas e demais equipamentos deverá ser feita utilizando um pano ou esponja umedecidos, ou sistema de aspiração; • Os equipamentos fixos – furadeira de bancada, serra circular etc. – deverão possuir necessariamente um sistema de captação de poeira; • A lavagem das peças de trabalho será feita separadamente das demais peças de uso diário; • Durante o trabalho, o operador deve usar máscara específica (descartável do tipo P2 para poeira); • Terminado o trabalho, o operador deve tomar banho no serviço antes de trocar de roupa; • A aplicação dessas recomendações garante ao usuário dos produtos de fibrocimento uma utilização segura e sem riscos à saúde. 4.3 Colocação O melhor aproveitamento das telhas se dá com a inclinação de 15° (27%) e procurar utilizar esta inclinação sempre que possível, porém devem-se seguir as especificações do fabricante para cada tipo de telha de fibrocimento. Na montagem da primeira fiada as chapas precisam ser fixadas com um parafuso por chapa (colocado na crista da 2° onda), necessitando a última chapa ser fixada com dois parafusos (na crista das 2° e 5° ondas). Nas chapas das fiadas intermediárias, terão de serem aplicados dois ganchos chatos na cava da 1a e 4a onda. As cumeeiras deverão ser fixadas com um parafuso de cada lado, sendo a última delas com dois parafusos de cada lado. O caimento mínimo a ser empregado é de 10º, ou seja, 17,6% (abaixo desse limite, estar-se-á arriscando infiltração de água através da junção das telhas). Parafusos para fixação de telhas de fibro cimento:
  • 20. 20 A superposição das chapas varia conforme sua inclinação, sendo, portanto: • Para telhados com menos de 15º de inclinação, usar recobrimento longitudinal mínimo de 20 cm; • Para caimentos maiores de 15º, pode-se usar recobrimento longitudinal de 14 cm. O espaçamento máximo entre as terças é de 1,69 m. Por essa razão, a chapa mais econômica é a de 1,83 m, já que para as telhas maiores se torna indispensável à colocação de terça intermediária (para telhas de 6 mm de espessura). Quanto aos beirais, os comprimentos das chapas, máximo e mínimo, em balanço são: • Beirais sem calha: máximo 40 cm e mínimo 25 cm; • Beirais com calha: máximo 25 cm e mínimo 10 cm. • Beiral lateral: 10 cm
  • 21. 21 A montagem das telhas deverá ser iniciada a partir do beiral para a cumeeira. Para uma montagem e utilização do sistema de cobertura em telhas onduladas de fibrocimento eficientes, precisam ser seguidas as seguintes recomendações: • Não se pode pisar diretamente sobre as telhas; usar tábuas apoiadas em três terças, em coberturas muito inclinadas, amarrar as tábuas; • Utilizar ferramentas manuais (serrote, arco de pua, etc.). Se houver a necessidade de utilização de serras elétricas, recomendam-se as de baixa rotação para evitar a dispersão do pó de amianto; • Procurar sempre realizar o trabalho ao ar livre; • Umedecer as peças de fibrocimento antes de cortá-las ou perfurá-las. 5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Pini Web – Telhas Cerâmicas – Bianca Antunes. Disponível em: http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/telhas-ceramicas- 80046-1.asp Acesso em: 13 mar. 2013. COMO Construir. Fev. 2002. Disponível em: http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/como-construir-81765-1.asp. Acesso em: 15 mar. 2012. ESCOLHA sua Telha. Disponível em: http://www.hinkel.arq.br/hhtelhas.html. Acesso: 15mar. 2018. TELHADO, Caibros, Ripas e Galga em:
  • 22. 22 http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/telhado-caibros-ripas-galga/. Acesso em 16mar. 2013. COLOCAÇÃO de telhas em: http://www.toptelha.com.br/colocacao_telhas.php. Acesso em 18mar. 2013 MILITO, José Antonio de. TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS. P.U.C. 1999, 303pag. IPT - INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO S.A. Cobertura com Estrutura de Madeira e Telhados com Telhas cerâmicas. São Paulo: IPT, 1988. YAZIGI, Walid. A TÉCNICA DE EDIFICAR. PINI. 1997, 442pag.