2. ASSEMBLEIA DOS NOTÁVEIS
A Assembleia dos Notáveis foi convocada em 1787 com representantes das três ordens (clero,
nobreza e burguesia), nomeados pelo rei na tentativa de resolver o problema. Porém nada foi
resolvido.
REUNIÃO DOS ESTADOS GERAIS
A Reunião dos Estado Gerais foi convocado em 1789, com 291 deputados do clero, 327 deputados
da nobreza e 578 deputados do Terceiro Estado (burguesia) para tentar resolver a questão da
dívida do Estado, ou seja, se o clero e a nobreza pagariam ou não impostos. Porém desde o início
da reunião surgiam divergências quanto ao critério de votação. O clero e a nobreza queriam que
a votação fosse feita por ordem, o Terceiro Estado queria que fosse nominal. Como não era
possível qualquer acordo pois nenhum critério satisfaria a todos. Foi então que o Terceiro Estado
declarou-se representante da nação e constituiu a Assembleia Nacional Constituinte.
ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE
Detentora do poder legislativo, cujo bloco dominante era composto pela grande burguesia liberal,
aliada a setores da nobreza esclarecida e baixo clero.
Limitou os poderes do rei tornando-o apenas chefe do poder executivo.
Objetivos: abolição do Absolutismo, do Mercantilismo, das Corporações de ofício, da sociedade
privilegiada por ordem. Enfim, de tudo o que limitava a liberdade de comércio e o
desenvolvimento da produção capitalista.
TOMADA DA BASTILHA
Era uma prisão de encarcerados sem culpa (ou prisão política)
Não se sabe ao certo as razões que levaram à Tomada da Bastilha, se era para obter
simplesmente armamento ou se foi para libertar os prisioneiros. Mas é certo que esse
acontecimento foi importante para por fim ao arbítrio do poder do rei. Ou seja, o rei não poderia
mais prender sem que o acusado pudesse se defender.
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO
Na Declaração havia dezessete artigos que consagravam os princípios que norteavam a revolução:
LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE. Com a Declaração, tivemos o fim do ordenamento
social até então em vigor e fundada na desigualdade. Declarou-se que todos seriam iguais perante
a lei.
3. A crise econômica
A gravidade da crise econômica sofrida na França, na década de 1780, conduziu o país à
emergência de uma reforma política. Ao longo desta década, vários ministros tentaram
ampliar a cobrança de impostos para assim reverterem o quadro critico do país. No entanto, o
conservadorismo das autoridades reais e a conivência de grande parte da nobreza e do clero
impediam a realização dessas mudanças.
Somente em 1789, durante o mandato do ministro Necker, que as autoridades reais abriram
portas para o movimento reformista. Em maio daquele ano, os Estados-gerais foram
convocados para a formação de uma assembleia que deveria mudar o conjunto de leis da
França. Nesta assembleia, dividia-se a população francesa em três grandes classes
sociais, cada uma representando um estado.
O primeiro estado era dominado pelo clero. Ele contava com cerca de 120 mil religiosos
divididos em: alto clero (composto por bispos e abades, muitos destes, proprietários de
terras) e o baixo clero (formado por padres, monges e abades de pouca condição). Logo em
seguida, vinha o segundo estado integrado pelos membros da nobreza. Entre os nobres
existiam aqueles integrantes da nobreza provincial (proprietária de terras) e a nobreza de
toga (composta por burgueses que compravam títulos de nobreza da Coroa).
Por último, havia um terceiro estado composto pela esmagadora maioria da população
francesa. Em seu topo localizava-se a burguesia, subdividida em três outras categorias. A
primeira delas era a alta burguesia formada por banqueiros, agiotas e grandes empresários.
Logo em seguida, vinha a média burguesia composta por
empresários, professores, profissionais liberais e advogados. Por último a pequena burguesia
formada por artesãos, lojistas e pequenos comerciantes.
Na base do terceiro estado encontrava-se toda a classe trabalhadora francesa.
Proletários, aprendizes, pequenos artesãos, e os camponeses livres e semi livres. Desta
4.
Na contagem dos representantes de cada estado, o primeiro estado contava com 291
membros, o segundo com 270 e o terceiro estado dispunha de 578 membros votantes.
Apesar da maioria absoluta, a forma de voto da Assembleia Geral impedia a hegemonia
dos interesses do terceiro estado. Conforme previsto, os votos eram dados por
estados, com isso a aliança de interesses entre o clero e a nobreza impedia a aprovação
de leis mais transformadoras.
Inconformados com tal diferença, os integrantes fizeram enorme pressão exigindo a
adoção do voto por cabeça. Desta forma, contando com o paio de alguns integrantes dos
demais estados, o terceiro estado garantiria um amplo conjunto de reformas políticoadministrativas. Impassível ao fluxo das urgentes mudanças, o rei Luís XVI ameaçou
dissolver os Estados gerais. Unidos em rebelião, os membros do terceiro estado
refugiaram-se na sala do Jogo da Péla. Reclusos nesse cômodo do palácio monárquico
resistiram até a convocação de uma Assembleia Nacional.
Sem ter mais opções, o rei Luís XVI decidiu aceitar o estabelecimento de uma Assembleia
Nacional. Os membros desta juraram em sessão não interromper a reunião até
formularem uma nova constituição para a França. Tentando ainda que reverter a
situação, o rei Luís demitiu Necker do quadro ministerial. Em resposta, a burguesia
formou uma milícia armada, a Guarda Nacional, incumbida de proteger a assembleia das
tropas reais.
O clima de tensão e conflito político instaurado não só se observou nos salões e prédios
da monarquia francesa. Os populares começavam a se mobilizar contra a insuportável
situação econômica vivida. No dia 14 de julho de 1789, uma grande multidão invadiu a
Bastilha e libertaram todos aqueles que eram considerados inimigos da realeza. Esse foi
o principio de um conjunto de revoltas que se alastraram pelas cidades e campos, era o
início do chamado Grande Medo e o fim dos Estados-gerais.