O documento discute os desafios da sociedade digital atual, incluindo a globalização, a sociedade da informação e o uso crescente de tecnologias digitais. Também aborda como as redes digitais estão transformando as relações humanas e a disseminação do conhecimento. Defende que precisamos de novas abordagens para gerir conhecimento, território e pessoas de forma sustentável nesta era digital.
Gerir conhecimento, com o território e com as pessoas
1. Gerir conhecimento, com o território e com as pessoasLuis Borges Gouveia@lbgouveia | lmbg@ufp.edu.pt Seminário Emprego e Formação na Administração Local Universidade do Minho Braga, 3 de Dezembro de 2010
2. sumário O mundo em que vivemos Desafios e oportunidades Uma reflexão para a mudança As questões Gerir conhecimento, com o território e com as pessoas Os desafios actuais são complexos, diversos e exigentes. São exigentes porque requerem atenção e recursos que provavelmente não existem, se tomarmos as soluções tradicionais. Adicionalmente, o desafio do tempo também se coloca pois, em muitos casos, existem soluções com resultados cujo tempo de resolução ou os custos envolvidos, os torna pouco ou nada sustentáveis. A acrescentar, as questões associadas com a vida em cidades, com o digital, com a demografia e com o ambiente e a globalização tem também de ser consideradas. Urge pois, efectuar uma reflexão que promova novas abordagens para que o território e as suas pessoas possam reencontrar um caminho de harmonia que permita uma proposta de vida em sociedade que seja sustentável e possibilite uma vida de qualidade.
4. Nota prévia “Não existem almoços grátis…” Um contexto é resultados de muitas decisões anteriores que proporcionam uma história que é necessário pagar…
5. O mundo está mudado Mais digital Mais competitivo mas também: Menos previsível Com mais gente que conta Com mais necessidade de errar e menos tempo para o fazer
6. Globalização complexo dinâmico imprevisível mas... simples constante controlável Caracterizar o momento actual Sociedade daInformação Desenvolvimento sustentável
7. Globalização complexo dinâmico imprevisível mas... simples constante controlável Caracterizar o momento actual Sociedade daInformação Desenvolvimento sustentável
8. Globalização Expande o território Aumenta a fronteira território Sociedade daInformação Desenvolvimento sustentável
9. Globalização Comprime o território Elimina a fronteira território Sociedade daInformação Desenvolvimento sustentável
10. Globalização Valoriza o território Reforça a fronteira território Sociedade daInformação Desenvolvimento sustentável
17. Sociedade da Informação Uma sociedade que predominantemente utiliza o recurso às tecnologiasda informação e comunicação para a troca de informação em formato digitale que suporta a interacçãoentre indivíduos com recurso a práticas e métodos em construção permanente(Gouveia e Gaio, 2004)
18. Sociedade da Informação Uso intensivo de tecnologias de informação e comunicação Uso crescente do digital Organização em rede
19. Sociedade da Informação infra-estruturas & acesso processos & formação de comando & controlo para partilha & regulação Uso intensivo de tecnologias de informação e comunicação Uso crescente do digital Organização em rede
20. Do analógico para o digital aprender... no analógico, memorizar para aprender no digital, esquecer para aprender trabalhar... no analógico, tomar tempo para trabalhar no digital, trabalhar sem tomar o tempo
22. No digital Crescente mediação de computadores e redes no relacionamento humano Desmaterialização de actividades e processos associados Transformação da actividade humana O tempo com diferentes ciclos Virtualização e transformação do conceito de tempo e espaço (exemplo: o sítio na Web…) (implica) espaço (físico) com diferentes significados
23. Aprendemos todos os dias, de todas as formas Sempre mais para fazer, do que o que se pode Mais solicitações do que tempo disponível Maior carga cognitiva do que a nossa resistência permite
24. A rede (I) Promessas da sociedade da informação Partilha de informação (e do conhecimento) Novas relações tempo-espaço concorrentes num mesmo local Móvel, imediato, ubiquo, universal A relação e o relacionamento sãoelementos essenciais, realizadoscom recurso a computadores e redes (de telecomunicações) Apesar de tudo, um fenómeno social:Barry Wellman, Manuel Castells, …
25. A rede (II) Fenómenos de transferência Altera as relações de poder Redistribui e redefine custos de deslocação entre nós da rede Fomenta uma evolução contínua, mantendo a mudança como constante Diversidade Mudança permanente Acolhe inovação e criatividade
26. A rede (III) Efeito de propagação Altera a proximidade/distância e influência mútua Atracção e reconfiguração de espaços e fronteiras Esferas de influência mais dinâmicas, com modelos mais complexos Favorece sistemas abertos eautónomos Sistema distribuído, com capacidade de auto-regulação Escala resultado da interacção;quanto mais interacção, maior densidade
27. Poder e redes Paul Baran (1964) Das relações UM-COM-TODOS Para as relações TODOS-COM-TODOS CENTRALIZADA DESCENTRALIZADA DISTRIBUÍDA
28. O que são as redes? sistema que liga entre si de forma múltipla, coisas ou pessoas rede económica (rede de lojas) rede de relacionamentos (rede social) rede de difusão (rede de emissores de rádio) rede de comunicação (rede viária) rede digital (Internet) rede electrónica (computador) / biológica (ser humano) comunicar com ou dentro de um grupo as redes relacionam-se com outras redes e podem conter subredes sugere um padrão regular de organização que agrupa elementos individuais representação: grafo conjunto de pontos (vértices), ligados por arcos (arestas ou setas) http://www.inf.ufsc.br/grafos/definicoes/definicao.html
29. Tipos de redes Modelosparatestarsoluções de problemas social/de comunidadeoutécnicos flexibilidade? Bus (barramento) fiabilidade? Ring (anel) Fiabilidadehumana? Star (estrela) Pontual = hub-centered Exemplosnasempresas? Hierarchy (hierárquia/árvore) Modelomilitar? Fully connected (rede total) Mesh & hybrid (malhasehíbridos) Pelomenosdoisnodos com doiscaminhos entre eles (WP) Hibrídos dos exemplosanteriores
30. A rede das redes! Rede neural, cérebro! http://www.bordalierinstitute.com Cópias: a Internet (redes de computadores) e a WWW (rede como teia de conteúdos) e a Internet das coisas (rede como associação de objectos) Galeria de imagens de redes digitais http://www-personal.umich.edu/~mejn/networks/
31. Precisamos de saber mais sobre redes! Desafios do ead Equilíbrio Coesão Evolução Propagação Representação Explicar Prever Avaliar
32. Ciclo de vida das redes Redes com vida, são redes em mudança permanente... PLANEAR OPERACIONALIZAR OPTIMIZAR MANTER MODOS: comando e autónomo
33. Uma questão de equilíbrio Custo (eficiência) e reacção (eficácia)
34. Visualizar redes... Exemplo: 800 representações de redespessoais http://datavisualization.ch/showcases/800-representations-of-personal-networks
38. A importância do indivíduo A(s) rede(s) aumentam o valor do indivíduo O Indivíduo aumenta valor da(s) rede(s)
39. Forças de coesão Proximidade Escala humana Confiança O Poder é uma medida de não-rede, A. Franco, 09 A produção social transforma mercados e liberdade, Y. Benkler, 06 As redes estão presentes em todo o lado, A. Barabássi, 02
40. FAZER MAIS + COM MENOS – (“informação ou se usa ou se perde...”) Colabore, explore e partilhe! inovação, criatividade,... desperdício,... conhecimento,... POTENCIAL
41. “Não podemos resolver problemas, utilizando o mesmo tipo de pensamento e práticas com que foram criados” Albert Einstein (1879 – 1955)
42. Excesso de informação Sobrecarga cognitiva Refrear a curiosidade natural Conter a dispersão Lidar com a nossa criatividade Agir, inovar, experimentar, difundir, agir…
43. O que há de novo? Gerir as tarefas Gerir o tempo Criatividade
44. Da competência clássica ao novo Do racional aos afectos e à emoção (retorno?) Da preocupação com a literacia básica, funcional, informacional, comunicacional e tecnológica a…
45.
46. A direcção do governo já não é suficienteNecessário um outro modo de governar Processo de direcção estruturado (institucional/técnico) orientado à acção colectiva por via da cooperação Produto da participação, da sociedade e governo (que é dinâmico e negociado entre os seus actores) Na governação já não existe um actor central (processo de direcção da sociedade em que interdependência, integração, co produção e co-responsabilidade são aspectos constantes na acção)
51. Compilação dos recursos enunciados no decurso da apresentação e disponíveis para uso livre: Artigo sobre os Media Sociais, Luis BG, 2009 – UFP Enquadra a sociedade da informação e discute o potencial de rede e o seu impacte para as relações entre indivíduos Conclusões Fórum da Arrábida 2009 – APDSI Propõe uma reflexão de quais os elementos a considerar para computadores e redes auxiliarem na superação da crise Estudo sobre Governação, Abril de 2009 – APDSI Conjunto de textos sobre o tema, que incluem uma introdução estruturada dos conceitos e um conjunto de reflexões temáticas sobre o conceito da governação e da sua aplicação Disponibilização integral do texto de três livros editados sobre temas conexos E-book sobre Negócio Electrónico, 2006 – SPI E-book sobre e-localgovernment, 2004 – SPI E-book sobre Sistemas de Informação, 2004 – SPI …e ainda o relatório da União Europeia: StateofEuropeanCitiesReport, May 2007
52. Nota Biográfica Luis Borges Gouveia homepage: http://homepage.ufp.pt/~lmbg blogue: http://lmbg.blogspot.com email: lmbg@ufp.edu.pt twitter: @lbgouveia facebook: http://www.facebook.com/lbgouveia slideshare: http://www.slideshare.net/lmbg Professor Associado com Agregação na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Fernando Pessoa e um dos responsáveis pelo projecto de Universidade Virtual da UFP. Possui Agregação em Gestão Industrial pela Universidade de Aveiro (UA, 2010); é Doutorado em Ciências da Computação pela UniversityofLancaster (UK, 2002) e possui Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores pela FEUP (UP, 1995). É docente desde 1988 e autor de 10 livros e de cerca de 3 centenas de publicações de natureza científica em conferências, nas suas áreas de especialidade: o e-learning e o e-government. Os seus interesses de I&D incluem as relações entre o espaço físico e o digital e a aplicação de TICs no processo de ensino e aprendizagem.