Este documento discute alternativas para a avaliação da aprendizagem que foquem no processo em vez dos resultados. Ele propõe: 1) alterar as metodologias de ensino para torná-las mais participativas; 2) diminuir a ênfase na avaliação classificatória e nas notas; 3) redimensionar o conteúdo avaliado para que se concentre na compreensão em vez de detalhes formais.
Avaliação da aprendizagem em busca de alternativas
1. FACULDADE PITÁGORAS DE UBERLÂNDIA-MG
CURSO DE PEDAGOGIA
Disciplina: Avaliação da Aprendizagem
EM BUSCA DE ALGUMAS ALTERNATIVAS
EVA DE LOURDES ALMEIDA
GABRIELA BONIFÁCIO DE JESUS NETA
LÍVIA SILVA DO NASCIMENTO
MARIA APARECIDA VIEIRA MARINHO
VIVIANE APARECIDA DOS SANTOS
PROFª : Ketiuce Ferreira Silva
Maio/2014
2. Referência:
Vasconcelos, Celso dos Santos. Em busca de algumas alternativas.
In: ______. Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de
avaliação escolar. 18. ed. São Paulo: Libertad, 2008. cap. 5, p. 65-102.
3. • Mudança de Prática
A conscientização da avaliação é um longo processo de ação-reflexiva-ação.
As ideias de mudanças nas avaliações se realizam a partir da tentativa de
colocá-las em prática. Muitas mudanças estão ao alcance do professor e da
escola e devem ser feitas, se queremos construir algo novo.
4. • Para superar o problema da avaliação o professor
precisa, de uma autocrítica:
Abrir mão do uso autoritário da avaliação.
Rever a metodologia de trabalho.
Redimensionar o uso da avaliação.
Alterar a postura diante dos resultados da avaliação.
Criar nova mentalidade junto a alunos, colegas, educadores e pais.
5. • PRESSUPOSTO:
Ruptura Prática.
Modificar a postura diante da avaliação.
Desejar e se empenhar na transformação através de uma nova prática
ainda que limitada.
Não há receita, modelo.
Conter princípios.
6. • Linhas de Ação
Um conjunto de linhas de ação refletem uma concepção de avaliação.
1ª - Alterar metodologia de trabalho em sala de aula
Desenvolver um conteúdo mais significativo e uma metodologia mais
participativa, diminuindo a necessidade de recorrer á nota como
instrumento de coerção.
Mudar a forma de trabalhar em sala de aula e também a prática de
avaliação formal, decorativa, autoritária, repetitiva, sem sentido.
7. 2ª - diminuir ênfase na avaliação Classificatória
Não adianta mudar a forma e não mudar conteúdo(vice-versa), mas de
nada adianta se não mudar a finalidade da avaliação.
• A) Avaliação no Processo:
Ajudar o aluno a construir o seu conhecimento.
Avaliar o produto no processo.
8. • B) Crítica a prova:
Ruptura com processo ensino-aprendizagem.
Ênfase demasiada à nota, desvinculada do processo ensino-aprendizagem
serve apenas para classificar o aluno, não tendo repercussão na dinâmica
de trabalho em sala de aula.
• C) Não se trata de abolir a Avaliação:
O que se propõe é que os elementos para avaliação sejam tirados do
próprio processo, do trabalho cotidiano.
• D) Aprender tirar nota:
É fundamental ao aluno saber que, se ele aprender, a nota virá como
consequência.
9. • E) Educação Infantil:
Fazer um trabalho mais democrático e significativo.
A avaliação deve ser contínua, ajudando as crianças a desenvolverem a
capacidade de auto avaliação, basicamente pela observação e registro.
10. Observação é fundamentada no conhecimento de suas etapas de
desenvolvimento.
Oportunização de novos desafios com base na observação e reflexão
teórica.
Registrar as manifestações das crianças e os aspectos significativos.
Diálogo frequente e sistemático entre os adultos que lidam com a criança e
os pais ou responsáveis.
11. • F) Ensino Fundamental e Médio
A proposta de avaliação processual se desdobra em dois níveis:
1º Nível: 1ª série do Ensino Fundamental
Eliminar qualquer prática que deforme o sentido da avaliação. Não adianta
deixar de marcar data (mudar forma) e continuar dando atividades de cunho
decorativo (não mudar conteúdo).
12. • 2º Nível: séries mais adiantadas
Diminuição da ênfase na Avaliação Classificatória. Através de algumas
práticas concretas, como:
Não fazer semana de prova.
13. Não mudar o ritual.
Avaliar o aluno em diferentes oportunidades.
Opções de escolha.
Dimensionar o tempo de resolução da avaliação.
Usar o termo Atividade ao invés de prova.
Deixar claro quais os critérios de avaliação.
14. Não pedir assinatura dos pais.
Não vincular a reunião de pais à entrega de notas.
Realizar avaliação em dupla ou em grupo.
Fazer avaliação com consulta.
Pedir aos alunos que elabore sugestões de questões.
Não incentivar competição entre alunos.
Avaliação não ser elaborada por terceiros, mas sim pelo professor.
15. • 3ª – Redimensionar o conteúdo da Avaliação:
A avaliação deve ser reflexiva, relacional e compreensiva.
• Ortografia:
Na avaliação de um texto nas séries iniciais, deve-se valorizar mais a
organização das ideias de que os aspectos gramaticais.
16. • Deve-se haver continuidade entre o trabalho de sala de
aula e a avaliação.
• A dificuldade da avaliação deve estar centrada na
solução do problema e não no enunciado prolixo.
17. Avaliação sócio afetiva :
Deve ser feita para evitar a distorção de seu sentido, em função do uso
autoritário da nota.
Aspectos que podem ser objeto de observação:
Desenvolvimento Intelectual.
Relacionamento com os colegas e com o professor.
Desenvolvimento Afetivo.
Organização e hábitos pessoais.
18. • Questão da Indisciplina
O aluno que insiste na indisciplina pode ser privado da
convivência com o grupo e orientado, até que deseje retornar
com uma nova postura.
• Autoavaliação
Deve ser feita sem vínculo com a nota, de forma que possa
constituir-se efetivamente num importante instrumento de
formação do educando.
19. • Nota de participação
Deve ser estabelecida em cima de critérios bem objetivos, como entrega de
exercícios, tarefas, trazer material, presença etc.
• Trabalhinho
Sustentá-lo é ingenuidade, a questão principal não é o aluno tirar nota, mas
realizar um trabalho significativo, aprender.
20. • Trabalho de grupo
A necessidade de transformar tanto a metodologia de trabalho em sala de
aula, quanto a sistemática de avaliação.
4ª– Alterar a postura diante dos resultados da Avaliação;
A avaliação deve mudar a forma de trabalho do professor, do aluno e da
escola.
Importância do erro; profecias auto realizantes; conselhos de classe,
recuperação; questão de reprovação.
21. 5ª – Trabalhar na Conscientização da Comunidade
Educativa:
Construção de critérios comuns.
Aproveitamento coletivo.
Trabalho com a família.
Questão das transferências.
Mudança da avaliação nos
Cursos de formação de professores.
Avaliar não só o aluno.
Democratização da sociedade.