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Humidade e os Tipos de Chuva

A humidade é a quantidade de vapor de água que o ar
contém. Este vapor de água resulta da evaporação dos
oceanos e da evapotranspiração dos seres vivos.

A quantidade máxima de vapor de água que o ar pode
conter varia com a temperatura: quanto maior a
temperatura, maior capacidade de conter vapor de água.


a)               Orográficas:

As massas de ar húmido
encontram     uma     barreira
formada       pelo      relevo
(montanha) e as nuvens são
obrigadas a subir, agrupando-
se e condensando, ocorrendo
a                precipitação.

- Mais frequentes no Norte de
Portugal (mais montanhoso)




                                      b)Convectivas:

                                      Ocorrem em regiões com temperaturas
                                      elevadas, onde há muita evaporação. O
                                      vapor de água sobe e arrefece com a
                                      altitude, formando grandes nuvens
                                      verticais que dão origem a muita
                                      precipitação.

                                      - Mais frequentes no interior de Portugal,
                                      no Verão.
c) Frontais: As chuvas frontais
ocorrem a partir do choque
entre uma massa de ar frio e
uma massa de ar quente. O ar
quente sobe, por ser mais leve,
para cima do ar frio, ao subir
arrefece e condensa-se,
originando as chuvas.




A precipitação: distribuição e variação

Como e por que é que ocorre precipitação?
A precipitação está associada à existência de nuvens, no entanto, nem sempre
ocorre. Para que ocorra precipitação é necessário que as gotículas em suspensão
que formam as nuvens originem gotas de água maiores e com um peso que lhes
permita vencer a gravidade e atingir o solo.
Mas para ocorrer precipitação é necessário que exista a subida do ar. Deste facto, o
ar ao subir, vai expandir-se e arrefecer, até atingir o ponto de saturação, a partir
deste momento o ar pode condensar, formando nuvens, que por sua vez podem
levar à ocorrência de precipitação.
Tipos de precipitação
A subida do ar pode acontecer através de quatro processos diferentes, originando
quatro tipos de precipitação:

     Orográficas – subida do ar ao longo das vertentes montanhas;
     Convergente – subida do ar devido à convergência dos ventos numa
     determinada zona;
     Convectiva – subida do ar, causada pelo seu aquecimento, após ter
     contactado com uma superfície mais quente. Ao aquecer, torna-se mais leve e
     sobe;
     Frontal – subida do ar devido ao contacto de duas massas de ar diferente.

A precipitação, como a temperatura é influenciada pela latitude, altitude,
afastamento e proximidade do mar e das correntes marítimas, o que explica a sua
desigual distribuição à superfície da Terra.
A Precipitação, a latitude e a pressão atmosférica
A circulação do ar na atmosfera influência a pressão atmosférica, que por sua vez
influência o estado do tempo. O ar desloca-se sempre das altas para as baixas
pressões, o que origina a convergência e a subida do ar nas áreas de baixas
pressões, e divergência e descida do ar nos centros de altas pressões.

     Altas pressões polares (no hemisfério norte e hemisfério sul);
     Baixas pressões subpolares (no hemisfério norte e hemisfério sul);
     Altas pressões subtropicais (no hemisfério norte e hemisfério sul);
     Baixas pressões equatoriais.

A distribuição dos principais centros de pressão atmosférica em latitude influencia a
distribuição da precipitação mundial.
Mapa
Distribuição da precipitação anual e dos centros de pressão atmosférica em
latitude




     Os centros de baixas pressões estão associados a céu muito nublado e ao mau
     tempo – contribuem para o aumento da precipitação.
     Os centros de altas pressões estão associados a céu limpo e a tempo seco –
     contribuem para a diminuição da precipitação.

Tabela
O movimento do ar, nos centros de baixas e de altas pressões, no hemisfério norte.




Assim, podemos verificar:
Nas regiões equatoriais, onde há elevadas temperaturas, o ar sobe,
     formando centros de baixas pressões que originam precipitação muito
     abundante.
     Próximo dos trópicos, o ar desce, originando altas pressões, que são
     responsáveis pelo tempo seco predominante nessas latitudes.
     Nas latitudes médias, dá-se a convergência do ar tropical com o ar polar,
     formando-se as baixas pressões que explicam a ocorrência de precipitação
     abundante.
     Nos polos, onde há baixas temperaturas, formam-se altas pressões e, por
     isso, há baixos valores de precipitação.

A precipitação e o relevo
A precipitação é influenciada pela altitude e pela sua exposição em relação à linha
de costa. De facto, a precipitação é mais elevada em áreas de maior altitude e nas
áreas montanhosas concordante. As áreas de montanhas concordantes são
paralelas à linha de costa e são fortemente influenciadas pelos ventos húmidos.
As montanhas podem ter vertentes barlavento, que estão expostas aos ventos
húmidos e vertentes sotavento, que estão abrigadas dos ventos húmidos. Nas
vertentes barlavento é maior a precipitação do que nas vertentes sotavento, que
normalmente são muito secas.
A precipitação e a proximidade/ afastamento do mar
As áreas próximas do mar são influenciadas pelos ventos húmidos marítimos
registando valores elevados de precipitação, à medida que os ventos marítimos vão
avançando para o interior do território, perdem humidade e o seu efeito
amenizador da temperatura. Assim, verifica-se um contraste litoral/interior.

A precipitação e as correntes marítimas

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Tipos Chuva e Fatores Precipitação

  • 1. Humidade e os Tipos de Chuva A humidade é a quantidade de vapor de água que o ar contém. Este vapor de água resulta da evaporação dos oceanos e da evapotranspiração dos seres vivos. A quantidade máxima de vapor de água que o ar pode conter varia com a temperatura: quanto maior a temperatura, maior capacidade de conter vapor de água. a) Orográficas: As massas de ar húmido encontram uma barreira formada pelo relevo (montanha) e as nuvens são obrigadas a subir, agrupando- se e condensando, ocorrendo a precipitação. - Mais frequentes no Norte de Portugal (mais montanhoso) b)Convectivas: Ocorrem em regiões com temperaturas elevadas, onde há muita evaporação. O vapor de água sobe e arrefece com a altitude, formando grandes nuvens verticais que dão origem a muita precipitação. - Mais frequentes no interior de Portugal, no Verão.
  • 2. c) Frontais: As chuvas frontais ocorrem a partir do choque entre uma massa de ar frio e uma massa de ar quente. O ar quente sobe, por ser mais leve, para cima do ar frio, ao subir arrefece e condensa-se, originando as chuvas. A precipitação: distribuição e variação Como e por que é que ocorre precipitação? A precipitação está associada à existência de nuvens, no entanto, nem sempre ocorre. Para que ocorra precipitação é necessário que as gotículas em suspensão que formam as nuvens originem gotas de água maiores e com um peso que lhes permita vencer a gravidade e atingir o solo. Mas para ocorrer precipitação é necessário que exista a subida do ar. Deste facto, o ar ao subir, vai expandir-se e arrefecer, até atingir o ponto de saturação, a partir deste momento o ar pode condensar, formando nuvens, que por sua vez podem levar à ocorrência de precipitação. Tipos de precipitação A subida do ar pode acontecer através de quatro processos diferentes, originando quatro tipos de precipitação: Orográficas – subida do ar ao longo das vertentes montanhas; Convergente – subida do ar devido à convergência dos ventos numa determinada zona; Convectiva – subida do ar, causada pelo seu aquecimento, após ter contactado com uma superfície mais quente. Ao aquecer, torna-se mais leve e sobe; Frontal – subida do ar devido ao contacto de duas massas de ar diferente. A precipitação, como a temperatura é influenciada pela latitude, altitude, afastamento e proximidade do mar e das correntes marítimas, o que explica a sua desigual distribuição à superfície da Terra. A Precipitação, a latitude e a pressão atmosférica A circulação do ar na atmosfera influência a pressão atmosférica, que por sua vez influência o estado do tempo. O ar desloca-se sempre das altas para as baixas pressões, o que origina a convergência e a subida do ar nas áreas de baixas pressões, e divergência e descida do ar nos centros de altas pressões. Altas pressões polares (no hemisfério norte e hemisfério sul); Baixas pressões subpolares (no hemisfério norte e hemisfério sul); Altas pressões subtropicais (no hemisfério norte e hemisfério sul); Baixas pressões equatoriais. A distribuição dos principais centros de pressão atmosférica em latitude influencia a distribuição da precipitação mundial.
  • 3. Mapa Distribuição da precipitação anual e dos centros de pressão atmosférica em latitude Os centros de baixas pressões estão associados a céu muito nublado e ao mau tempo – contribuem para o aumento da precipitação. Os centros de altas pressões estão associados a céu limpo e a tempo seco – contribuem para a diminuição da precipitação. Tabela O movimento do ar, nos centros de baixas e de altas pressões, no hemisfério norte. Assim, podemos verificar:
  • 4. Nas regiões equatoriais, onde há elevadas temperaturas, o ar sobe, formando centros de baixas pressões que originam precipitação muito abundante. Próximo dos trópicos, o ar desce, originando altas pressões, que são responsáveis pelo tempo seco predominante nessas latitudes. Nas latitudes médias, dá-se a convergência do ar tropical com o ar polar, formando-se as baixas pressões que explicam a ocorrência de precipitação abundante. Nos polos, onde há baixas temperaturas, formam-se altas pressões e, por isso, há baixos valores de precipitação. A precipitação e o relevo A precipitação é influenciada pela altitude e pela sua exposição em relação à linha de costa. De facto, a precipitação é mais elevada em áreas de maior altitude e nas áreas montanhosas concordante. As áreas de montanhas concordantes são paralelas à linha de costa e são fortemente influenciadas pelos ventos húmidos. As montanhas podem ter vertentes barlavento, que estão expostas aos ventos húmidos e vertentes sotavento, que estão abrigadas dos ventos húmidos. Nas vertentes barlavento é maior a precipitação do que nas vertentes sotavento, que normalmente são muito secas. A precipitação e a proximidade/ afastamento do mar As áreas próximas do mar são influenciadas pelos ventos húmidos marítimos registando valores elevados de precipitação, à medida que os ventos marítimos vão avançando para o interior do território, perdem humidade e o seu efeito amenizador da temperatura. Assim, verifica-se um contraste litoral/interior. A precipitação e as correntes marítimas