1. Humidade e os Tipos de Chuva
A humidade é a quantidade de vapor de água que o ar
contém. Este vapor de água resulta da evaporação dos
oceanos e da evapotranspiração dos seres vivos.
A quantidade máxima de vapor de água que o ar pode
conter varia com a temperatura: quanto maior a
temperatura, maior capacidade de conter vapor de água.
a) Orográficas:
As massas de ar húmido
encontram uma barreira
formada pelo relevo
(montanha) e as nuvens são
obrigadas a subir, agrupando-
se e condensando, ocorrendo
a precipitação.
- Mais frequentes no Norte de
Portugal (mais montanhoso)
b)Convectivas:
Ocorrem em regiões com temperaturas
elevadas, onde há muita evaporação. O
vapor de água sobe e arrefece com a
altitude, formando grandes nuvens
verticais que dão origem a muita
precipitação.
- Mais frequentes no interior de Portugal,
no Verão.
2. c) Frontais: As chuvas frontais
ocorrem a partir do choque
entre uma massa de ar frio e
uma massa de ar quente. O ar
quente sobe, por ser mais leve,
para cima do ar frio, ao subir
arrefece e condensa-se,
originando as chuvas.
A precipitação: distribuição e variação
Como e por que é que ocorre precipitação?
A precipitação está associada à existência de nuvens, no entanto, nem sempre
ocorre. Para que ocorra precipitação é necessário que as gotículas em suspensão
que formam as nuvens originem gotas de água maiores e com um peso que lhes
permita vencer a gravidade e atingir o solo.
Mas para ocorrer precipitação é necessário que exista a subida do ar. Deste facto, o
ar ao subir, vai expandir-se e arrefecer, até atingir o ponto de saturação, a partir
deste momento o ar pode condensar, formando nuvens, que por sua vez podem
levar à ocorrência de precipitação.
Tipos de precipitação
A subida do ar pode acontecer através de quatro processos diferentes, originando
quatro tipos de precipitação:
Orográficas – subida do ar ao longo das vertentes montanhas;
Convergente – subida do ar devido à convergência dos ventos numa
determinada zona;
Convectiva – subida do ar, causada pelo seu aquecimento, após ter
contactado com uma superfície mais quente. Ao aquecer, torna-se mais leve e
sobe;
Frontal – subida do ar devido ao contacto de duas massas de ar diferente.
A precipitação, como a temperatura é influenciada pela latitude, altitude,
afastamento e proximidade do mar e das correntes marítimas, o que explica a sua
desigual distribuição à superfície da Terra.
A Precipitação, a latitude e a pressão atmosférica
A circulação do ar na atmosfera influência a pressão atmosférica, que por sua vez
influência o estado do tempo. O ar desloca-se sempre das altas para as baixas
pressões, o que origina a convergência e a subida do ar nas áreas de baixas
pressões, e divergência e descida do ar nos centros de altas pressões.
Altas pressões polares (no hemisfério norte e hemisfério sul);
Baixas pressões subpolares (no hemisfério norte e hemisfério sul);
Altas pressões subtropicais (no hemisfério norte e hemisfério sul);
Baixas pressões equatoriais.
A distribuição dos principais centros de pressão atmosférica em latitude influencia a
distribuição da precipitação mundial.
3. Mapa
Distribuição da precipitação anual e dos centros de pressão atmosférica em
latitude
Os centros de baixas pressões estão associados a céu muito nublado e ao mau
tempo – contribuem para o aumento da precipitação.
Os centros de altas pressões estão associados a céu limpo e a tempo seco –
contribuem para a diminuição da precipitação.
Tabela
O movimento do ar, nos centros de baixas e de altas pressões, no hemisfério norte.
Assim, podemos verificar:
4. Nas regiões equatoriais, onde há elevadas temperaturas, o ar sobe,
formando centros de baixas pressões que originam precipitação muito
abundante.
Próximo dos trópicos, o ar desce, originando altas pressões, que são
responsáveis pelo tempo seco predominante nessas latitudes.
Nas latitudes médias, dá-se a convergência do ar tropical com o ar polar,
formando-se as baixas pressões que explicam a ocorrência de precipitação
abundante.
Nos polos, onde há baixas temperaturas, formam-se altas pressões e, por
isso, há baixos valores de precipitação.
A precipitação e o relevo
A precipitação é influenciada pela altitude e pela sua exposição em relação à linha
de costa. De facto, a precipitação é mais elevada em áreas de maior altitude e nas
áreas montanhosas concordante. As áreas de montanhas concordantes são
paralelas à linha de costa e são fortemente influenciadas pelos ventos húmidos.
As montanhas podem ter vertentes barlavento, que estão expostas aos ventos
húmidos e vertentes sotavento, que estão abrigadas dos ventos húmidos. Nas
vertentes barlavento é maior a precipitação do que nas vertentes sotavento, que
normalmente são muito secas.
A precipitação e a proximidade/ afastamento do mar
As áreas próximas do mar são influenciadas pelos ventos húmidos marítimos
registando valores elevados de precipitação, à medida que os ventos marítimos vão
avançando para o interior do território, perdem humidade e o seu efeito
amenizador da temperatura. Assim, verifica-se um contraste litoral/interior.
A precipitação e as correntes marítimas