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MARIA, A MULHER DA FÉ!...
Estamos a viver o ANO DA Fé. Maria, a Mãe de Deus feito
homem, foi durante toda a sua vida a mulher que viveu da
Fé.Em Maria, como escreveu alguém, a luz da Fé, semelhante
à das estrelas, é uma claridade obscura. Só com muita
humildade,simplicidadeeamorcompreenderemoscomoMaria
Viveu no dia a dia a Sua Fé e teremos capacidade para
acreditarmos com ela. Pag. 2 B. U.
XL ENCONTRO NACIONAL
“VAI E ABRAÇA A FÉ”
Como é já do conhecimento dos jovens e casais dos
Convívios, o XL Encontro Nacional Animação do
movimento realizar-se-á, como já é costume, no
santuário de Fátima, nos dias 14 e 15 de Setembro
deste ano. Submetido ao tema “Vai e abraça a Fé”, a
ele presidirá o Sr. Bispo de Coimbra D. Virgílio
Antunes. Pag. 2 B. U.
O SENHOR É MEU PASTOR,
NADAME FALTA...
Quem é tocado por Cristo, já não fica igual. É uma nova
vida que desperta, um novo tempo que começa a contar.
Depois dum encontro com Cristo, jamais estamos sós!...
(pag. 3 BU)
PROMOVER A RENOVAÇÃO DA PASTORAL
DAIGREJAEMPORTUGAL
No seguimento da última Visita ad limina Apostolorum, os
Bispos de Portugal decidiram promover um amplo movimento
de auscultação junto do Povo de Deus em ordem à revitalização
do tecido pastoral da Igreja em Portugal.Arecente eleição do
Papa Francisco e as linhas pastorais que já nos traçou são
para nós um alento de esperança a "viver a doce e reconfortante
alegria De evangelizar." (pag. 4 BU)
“OPAPAALERTAPARA
TRABALHO ESCRAVO”
Segundo o Papa Francisco, há muitas pessoas em todo o
mundo que são vítimas deste tipo de "escravidão", na qual, é
a pessoa humana que serve o trabalho e não o contrário.
VISITADE ESTUDO À COMUNIDADE
TERAPÊUTICA
43 alunos doAgrupamento de Escolas de Estarreja visitaram,
na tarde do dia 11 de março, a Comunidade Terapêutica de
Santa Marinha, dos Convívios Fraternos, acompanhados de
alguns professores. (Pag 1 J. A.)
ORGULHO NUM RECOMEÇO !...
No passado dia 11 de abril, foi-me dada a grande oportunidade
de experimentar algo que, sem sombras de dúvidas, fez-me
abrir os olhos para uma realidade que, apesar de conhecer e
saber da sua existência, nunca havia tido a hipótese de contactá-
la de uma forma tão próxima e direta. (Pag 1 J. A.)
FORMAÇÃO E PREVENÇÃO
A formação humana, moral e religiosa dos jovens nesta
sociedade em que estamos inseridos e em que os jovens sentem
tantas solicitações para situações de risco e em que, por vezes,
a autoridade dos pais está tão enfraquecida, é uma preocupação
constante dos agentes da formação e pastoral da juvenil.
Convívios Fraternos, conscientes dos graves problemas que
hoje enfrentam os nossos jovens, tentam em todas as dioceses
onde o movimento está implantado organizar e motivar jovens
para fazerem a experiência de Deus num Convívio. Assim,
nestes últimos 2 meses, aproveitando as férias de Páscoa e
alguns feriados, realizaram-se, anivel nacional, 9 convívios-
Fraternos em que participaram perto de 300 jovens. (Pag 2
,3,4 e 5 J. A.)
A força da família
em tempos de crise
A família, um bem social
1. Consideramos da maior oportunidade, no atual
contexto da sociedade portuguesa, atravessada por uma
crise social e económica de particular gravidade, que se
traduz para muitos em desalento e falta de perspetivas
de futuro, colocar em relevo o bem insubstituível que
representa a instituição familiar, "origem e património
da humanidade" (Bento XVI).
A família representa um bem público, um bem social.
Podemos encará-la na perspetiva do seu relevo privado,
como um bem para a realização pessoal, no plano
afetivo, espiritual ou outros, de cada um dos seus
membros. Mas devemos também encará-la na perspetiva
do seu relevo social, do bem que representa para a
sociedade no seu todo. Podemos caracterizá-la como a
fonte básica do capital humano, social e espiritual de
uma sociedade, a que assegura o seu futuro e o seu
crescimento harmonioso. A saúde e coesão de uma
sociedade dependem, por isso, da saúde e coesão da
família.
Sóafamíliaconcebidaapartirdocompromissodefinitivo
entre um homem e uma mulher pode desempenhar esta
função social. As alterações legislativas que, entre nós
como noutros países, vêm redefinindo o casamento de
forma a nele incluir uniões de pessoas do mesmo sexo,
esquecem esta verdade fundamental.
A família é a primeira e mais básica das instituições
sociais, antes de mais porque assegura a renovação das
gerações, sendo a primeira função de qualquer
comunidade a de assegurar a sua própria sobrevivência
e renovação. E cumpre essa função porque representa o
contexto mais adequado e harmonioso para a educação
das novas gerações.
A família é o santuário da vida e do amor, lugar da
manifestação de "uma grande ternura, que não é a virtude
dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de
ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de
verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter
medo da bondade, da ternura" (Papa Francisco).
Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa
Fátima, 11 de abril de 2013
PROPRIEDADE: CONVÍVIOS FRATERNOS * DIRECTOR REDACTOR: P. VALENTE MATOS * PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO: FIG - INDÚSTRIAS GRÁFICAS, S.A. 239 499 922
PUBLICAÇÃO BIMESTRAL- DEP. LEGALNº 6711/93 - ANO XXXIV- Nº 317 -ABRIL/MAIO 2013* ASSINATURAANUAL: 10 EUROS * TIRAGEM: 10.000 EXS. * PREÇO: 1 EURO
O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO
"Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turve o vosso coração nem se
atemorize. Ouviste o que Eu disse :"vou mas voltarei para vós. Se Me amasseis certamente vos alegrarias por Eu ir. para
o Pai, porque o Pai é maior do que Eu.
Disse-vo-lo agora, antes que aconteça, para que acrediteis.
BALADA DA UNIÃO
CONVÍVIOS RUMO AO FUTURO
NOS DIAS 25, 26 E 27 DE ABRIL DE 2013
1214 - Em Coimbra, para jovens desta diocese.
1215 - Em Fátima, para jovens da diocese de Leiria
1216 - No Seminário de Valadares, para jovens da diocese do Porto
1217 - Na Casa de Retiros de Palmeiral, para jovens da diocese do Algarve.
NOS DIAS 8,9 E 10 DE JUNHO De 2013
1219- Seminário do Fundão para Jovens da diocese da Guarda.
NOS DIAS 14, 15 E 16 DE JULHO 2013
1220- Na casa de Retiros de Viseu para Jovens desta diocese.
NOS DIAS 1, 2 e 3 DE AGOSTO 2013
1221- Eirol, Aveiro para jovens da diocese do Porto.
CONVÍVIOS PARA CASAIS
NOS DIAS 8, 9 E 10 DE JUNHO DE 2013
40 - Em Eirol, Aveiro, para Casais da diocese do Porto. O encerramento será no salão Paroquial
de S. Martinho da Gândara
NOS DIAS 15, 16 E 17 DE AGOSTO DE 2013
41 - Em Eirol, Aveiro para Casais da diocese do Porto.
Como é já do conhecimento dos jovens e
casais dos Convívios, o XL Encontro
Nacional Animação do movimento
realizar-se-á, como já é costume, no
santuário de Fátima, nos dias 14 e 15 de
Setembro deste ano. Submetido ao tema
“Vai e abraça a Fé”, a ele presidirá o Sr.
Bispo de Coimbra D. VirgílioAntunes.
Ainda na vivência do ano da fé e como
Maria,amulherqueviveutodaasuavida,
em Belém, no Egito e em Nazaré, em
intimidade profunda com Cristo, mas
sempre alimentada e fortalecida pela Fé
de que o seu filho era também o Filho de
Deus,tambémnós,quenonossoconvívio
sentimos uma intimidade profunda e
misteriosa com Cristo, precisamos de
alimentar e fortalecer permanentemente
esta sedução e intimidade com Jesus
Cristo,alimentandoefortalecendoperma-
nentemente a nossa Fé.
É para essa jornada de Fé e deAmor que
queremos testemunhar no nosso
EncontroNacional,quedesafiamostodos
os jovens e casais do movimento, neste
anodaFé,paraquevãoaFátimaeabracem
com Maria, na intimidade da sua vida,
pela fé Jesus Cristo, o grandeAmigo.
Damos a conhecer o Programa da
nossa Peregrinação:
Sábado, 14 de Setembro de 2013
14:30 -Acolhimento, no Centro Pastoral
Paulo VI.
14:45-Celebraçãopenitencialcomunitária
eindividual,noCentroPastoralPauloVI.
17:00-Desfile,saudaçãoaNossaSenhora
e Celebração da Palavra na Capelinha das
Aparições
(presidida pelos Convívios Fraternos).
18:00-Oração,nacapeladamortedeJesus.
21:30 - Rosário e procissão de velas; com
• Recitação do 1º. mistério;
• Meditação do rosário
(Mistérios Gloriosos), por jovens do
movimento.
22:45 - Sarau conviva, no Centro Pastoral
Paulo VI.
Domingo, 15 de Setembro de 2013
10:00 - Rosário, na Capelinha e procissão
para o altar do recinto com:
• Recitação do 1º mistério, por
um jovem do movimento
• Meditação do Rosário
(Mistérios Gloriosos), por elementos dos
convívios, bem como transporte do andor
de Nossa Senhora.
11:00 - Missa internacional, no altar do
recinto.
• Na Liturgia da Palavra, se
possível, um jovem do Movimento, fará
umaleitura;
•Apresentação de uma intenção própria, a
enviar ao Santuário, para a Oração
Universal;
• Encenação no momento da Acção de
Graças de uma prece de consagração a
Nossa Senhora, por todas as dioceses
presentes.
14:00 - Despedida no Parque nº. 2, nos
mesmosmoldesdoanoanterior:sempalco
ecomacolocaçãodeumpontodeluzpara
podermos ligar a nossa aparelhagem de
som, até às 16 horas.
XLEncontro NacionalAnimação do movimento
“Vai e abraça a Fé”Maria, a Mãe de Deus, foi durante toda a sua
vida a mulher que viveu da Fé.
EstamosnomêsdeMaio.Mêsqueanatureza
entre nós premiou com a beleza e força
renovadoradaprimavera.Oscamposcobrem-
se de flores, as plantas vestem-se de tenras
folhagens, as aves, chilreando, fazem seus
ninhos e toda a natureza se engalana
festivamente.
Foi este mês, considerado dos mais belos do
ano, que a devoção do povo escolheu para
dedicar, dum modo especial, a louvar Nossa
Senhora cognominando-o de Mês de Maria.
O mês de Maio ocupa, por isso, na devoção
mariana do povo português, um lugar muito
especial.FoitambémnomêsdeMaiode1917
queNossaSenhora,comoprofetizadosnovos
tempos,setornouvisívelaostrêspastorinhos
na Cova da Iria para lhes lembrar - e neles a
todoomundo-quesóvivendoaBoaNovade
seu Filho os homens seriam felizes e
encontrariam a verdadeira paz que tão
ansiosamenteprocuravam.
Como nós, ela viveu da fé.
No decorrer da sua peregrinação terrena,
caminha como todos nós, numa estrada
iluminada e ao mesmo tempo tenebrosa.
EmMaria,comoescreveualguém,aluzdafé,
semelhanteàdasestrelas,éumaclaridadeob-
scura.
Sócommuitahumildade,simplicidadeeamor
compreenderemoscomoMariaviveunodiaa
diaasuaféeteremoscapacidadeparaacreditar
comoela.
Maria é, de facto, a mulher que sempre
acreditou. Após o anúncio do anjo, crê que
algo de extraordinário nela acontecerá. Não
compreende,masaceita.
Vê nascer seu filho como qualquer criança,
emboraemcircunstânciasespeciais,portodos
os esquecidos e abandonados.
Acolhe os pastores no presépio, dialoga com
os sábios do Oriente e recebe seus presentes,
mas no seu filho, que leva ao templo para
ofereceraoPai,nadamaisdescobrealémduma
criançanormalqueresgataporumparderolas.
Purifica-secomoqualquermulherjudaicaque
dá à luz e não compreende as palavras do
velho Simeão nem da profetisa Ana... que
"guarda no seu coração". Mas acredita na
palavradoanjo;"oquedetinasceráéobrado
Espírito Santo".
FogecomJoséparaoEgitoparaqueomenino
não seja presa da ira de Herodes.
Regressa a Nazaré onde vive e vê seu Filho
crescerem"sabedoriaeidade"diantedeDeus
e dos homens, como qualquer outra criança
quebrinca,reza,canta,trabalhaeobedececom
amor.
Leva-O ao templo, perde-O, procura-O
ansiosamente e, quando o repreende. Ele
responde: "porque me procuráveis, não sabeis
que devo ocupar-me das coisas de meu Pai".
Não compreende tal afirmação mas "conserva
todas estas coisas no seu coração".
Vêseufilho,colaborarnaslidesdacasa,ajudar
S. José na carpintaria, brincar com os
adolescentes de sua terra, viver a vida normal
dos outros jovens da sua rua, partilhar das
refeiçõessimplesdoLardaNazaré,necessitando
dos mesmos cuidados e preocupações de todos
os outros.
AfédeMariafoiprovada,masnuncahesitante.
Quando seu filho abandona o lar para iniciar o
anúncio da Boa Nova, vai ao seu encontro e
àqueles que anunciam a sua presença a Jesus,
ouve estas palavras: Vai e diz-lhes que "Minha
mãeemeusirmãoséfazeravontadedemeupai
que está no céu.
Não fica desolada, embora triste, "guarda estas
palavras no seu coração"Acredita.
Noiníciodasuavidapúblicafoiconvidadocom
sua mãe para umas bodas de casamento, de
noivosamigos,deCaná,daGalileia.
Mariasentequeovinhovai-seesgotar.Acredita
aomesmotempoqueseufilhotemplenopoder
para solucionar o problema poupando o jovem
casalaumsériovexame.
- "Não têm vinho"..., lembra a teu filho!...
- "Que temos nós a ver com isso", responde-
lhe Jesus.
Mais uma vez a fé de Maria é posta à prova,
masjamaisextinta.
- "Fazeitudooqueelevosdisser".Eastalhas
sãocheiasdeáguaqueaumapalavradoSenhor,
se transformam em bom vinho.
Depois Maria, de acordo com o Evangelho,
apenas acompanha seu filho, reduzido à maior
dos sofrimentos, até ao alto do calvário. Mas
ela acredita que aquele que foi trocado por
Barrabásequecomocriminosocaminhavergado
sobopesodacruzparaacrucifixão,éoFilhode
Deus e seu filho.
A fé de Maria, depois da morte de Jesus, é a
única que não vacila mas que vive a alegria de
esperança. Todos os discípulos duvidam e se
interrogam sobre a ressurreição do Senhor, só
Maria vive tal certeza.
Por isso o Evangelho não regista qualquer
aparição do ressuscitado a sua mãe. Ela esteve
sempre com Ele na "realidade" da ressurreição
sem nunca d'Ele se afastar.
PorissoaIgreja,quenascenodiadoPentecostes,
com Maria também presente percorrerá o
caminhodosséculoseaHistóriadahumanidade
através da fé no Ressuscitado.
Por isso Ela e a mãe da Igreja. É a rainha dos
crentes.
Ela, de facto, é a mulher da fé, o modelo de todos
os crentes, neste ano da Fé que estamos a viver.
Maria, mulher de Fé
2 Abril/Maio 2013
Ainda o rescaldo da visita do núcleo de
Psicologia da Universidade de Aveiro
No passado dia 8 de Março, foi-me dada a
grande oportunidade de experienciar algo
que, sem sombra de dúvidas, fez-me abrir
os olhos para uma realidade que, apesar de
conhecer e saber da sua existência, nunca
havia tido a hipótese de contactá-la de uma
forma tão próxima e direta.
Numa visita de estudo, organizada pelo
Núcleo de Psicologia da Universidade de
Aveiro (ao qual, desde já, agradeço o seu
empenho em proporcionar novas
experiencias a todos os estudantes desta
área, permitindo-nos crescer como futuros
psicólogos) nós, alunos de Psicologia
fizemosumavisitaguiadapeloCentroSocial
de Apoio a Toxicodependentes Convívios
Fraternos II, de Avanca, orientada pelo Sr.
Padre Valente de Matos e técnicos.
Para além de nos terem proporcionado uma
reunião com todos os utentes, foi-nos
apresentado o palácio e anexos, dentro dos
quais passam os seus dias.
Confesso ter ficado surpreendida com todo
o conforto e recursos que haviam
disponíveis, revelando-me, eu mesma,
preconceituosa, achando que, pelo passado
de quem aqui vivia, não deveriam ter ao seu
dispor tal conforto e regalias a que, se calhar,
uma grande parte da população não tem
acesso. No entanto, apercebi-me, de
imediato, de todo o fundamento que havia
por detrás, que vejo agora como sendo de
todo correto.
Depois do complexo habitacional
conhecido,chegouaalturadeconhecertodos
os técnicos e habitantes, sendo que, este
foi, irrefutavelmente, o momento que mais
ficará gravado em todos nós.
Neste dia não conhecemos
toxicodependentes, não conhecemos
ninguém louco por ter um grama de droga,
não vimos ninguém descontrolado,
desequilibrado, violento, marginal, etc... ou
seja, não vimos nada do que a maior parte
da sociedade pensa serem as características
do carácter de alguém que no passado se
deixou cair no consumo e vício em drogas.
Quem ler isto, poderá até ficar espantado,
mas o que vi, foi sim, grandiosas pessoas
com uma força invejável, com um enorme
conceito de interajuda e com uma vontade
de vencer na vida incrível. Digo mais! Se
cada pessoa deste mundo pudesse ter estado
frente a frente com estes seres, teria crescido
eaprendidomuitocomalguémque,secalhar,
até julgavam inferiores a si!Teriam refletido,
talcomoeu,eminúmerasquestõesquenunca
pensaram ter a passar pela sua mente. Quem
nunca fez uma má escolha na vida? Quem
nunca quis uma nova oportunidade? Quem
nunca quis recomeçar? E quantos
conseguirião viverem isolados de tudo e de
todos, distante dos que mais ama, lutando
contra um vicio e vivendo seguindo um
conjunto de normas com as quais são
familiares ou não, com as quais concordam
ou não, mas têm que as cumprir seja como
for? Será que seriam suficientemente fortes
para o conseguirem? Os Homens que
conheci neste dia são tão fortes quanto tudo
isto! Superaram-se, recomeçaram, mudaram
e agora querem uma nova oportunidade da
sociedade!
Se bem repararam, nunca falei destas
pessoas como toxicodependentes, pois são
bem mais do que isso!
Está na hora de, tal como eu, a sociedade
abrir os olhos e ver mais além. Ver além das
aparências, ver além do preconceito, ver
além do passado de alguém e sim olhar cada
pessoa pelo que ela é no presente, tendo em
conta tudo o que ela passou ao longo da
vida, e como cresceu com isso.
Da minha parte só me resta agradecer por
tudo o que me ensinaram e por se terem
exposto de uma forma tão transparente,
perante alguém que nem conhecem.
A vós, Homens com um grande "H", quando
vos perguntarem o que foram no passado
não o retratem com vergonha, mas sim com
orgulho, pois foi tudo pelo que passaram
que vos tornou estes seres fortes e incríveis
que são hoje!
A todos muito obrigado,
Daniela Valente
Orgulho num recomeço
Quarenta e três alunos do Agrupamento
da Escolas de Estarreja visitaram na tarde
do dia 11 de Março a comunidade
Terapêutica de Santa Marinha do centro
Social Convívios Fraternos acompanhados
de alguns professores.
Ao entrar na comunidade foi notória a
alegria, o sonho, a esperança no futuro e a
felicidade daqueles jovens a crescerem
numa sociedade, se calhar, para eles menos
esperançosa pelas dificuldades e
perspetivas do seu futuro.
Divididos em dois grupos e orientados por
técnicos da comunidade visitaram com
muito interesse e curiosidade as suas
dependências tendo recebido durante a
visita respostas a algumas interrogações e
curiosidade pelo que iam observando, e
desfazendo e destruindo a ideia de que uma
comunidade para jovens com problemas
de toxicodependência tenha uma estrutura
muito rígida, austera e desconfortável.
Terminada a visita às instalações os dois
grupos encontraram-se na sala de reuniões
onde lhes foi explicado o método de
tratamento dos visitados e a sua aceitação,
a disciplina da casa e seus problemas, e
dada a resposta a muitas dúvidas e
curiosidades.
A 2ª parte desta reunião teve já a presença
dos residentes, maiores e menores, que
livremente se quiseram associar aos
visitantes.
Esta parte das visitas à comunidade é a
mais rica e proveitosa para os jovens que
a visitam porque um alerta muito grande e
muito grave aqueles que, por ventura, já
experimentaram ou consumiram drogas
chamadas leves, "canabinoides", e
prevenção muito eficaz para a maioria dos
que ainda não tiveram quaisquer
experiências deste género.
Foram dados, por alguns menores - esta
Visita de alunos da Escola Secundária
à comunidade Terapêutica de Santa Marinha
comunidade tem de momento uma
percentagem na sua população de 50% de
menores-, o testemunho da sua vivência nas
drogaserespectivasconsequênciasnasuavida
escolar, familiar e social. Destruição total dos
seus anos de adolescência.
Igualmente dois residentes adultos, já com 38
anos, testemunharam a sua caminhada de
drogas desde os 14 e 13 anos, até ao momento
actual com os seus dramas, a sua destruição
total em todos os sectores da sua vida. Todo
o mal a que a sua vida de drogas os conduziu,
as dificuldades tremendas em delas se
libertarem, e a esperança de que este
tratamento que estão a fazer não seja mais
um, mas seja um encontro da felicidade
perdida na libertação das drogas, o seu
renascer.
Várias perguntas pelos jovens foram feitas
aos residentes menores e adultos sobre muitos
problemas relacionados com a vida das drogas
e suas consequências.
Todas se concretizaram em duas:
Os menores afirmaram e alertaram os
visitantes para terem a certeza de que os
consumos de "drogas leves, … os charros etc,
destruíramanormalidadedasuavidaem todos
os sentidos, influenciaram e todo o seu
comportamento, e que agora não era tão fácil,
como julgavam, delas se libertarem.
Nas respostas dos adultos foi-lhes transmitida
esta certeza: "as drogas, quando nelas
entramos e tomamos consciência dos seus
efeitos destruidores, ou acabamos com elas
radicalmente de uma vez para sempre ou
dificilmente delas nos conseguimos libertar
na vida.
E porque é muito difícil nos libertarmos delas,
elas acabarão por nos destruir totalmente."
Conselho dado por todos os residentes a todos
os visitantes: se quereis ser felizes, nunca
experimenteis qualquer droga.
Ao aproximar-se o fim do ano escolar em
que o Centro Social Convivios-Fraternos,
em parceria com o Instituto de Segurança
SocialecomaEscolaEB2.3/SProf.Dr.Egas
Moniz, em Avanca, organizaram um Plano
Integrado de Educação e Formação (PIEF)
com duas turmas frequentadas por 21
menores desta Instituição, é tempo de avaliar
os seus resultados, as dificuldades e
problemas encontrados e perspetivar e
preparar o novo ano para que ele possa ser
mais calmo e proveitoso para dar resposta
ao problema escolar destes menores muito
problemáticos e de difícil socialização. Para
melhor se inteirarem do ambiente social e
familiar e pedagógico onde se encontram em
tratamento e dos graves problemas que
marcaram e afectaram gravemente a sua vida
de jovens, quiseram visitar a Comunidade
de Santa Marinha, no dia 8 de Maio o Diretor
do Agrupamento de Escolas de Estarreja,
Prof. Jorge Ventura, e no dia 20 de Maio o
Corpo Docente dos PIEF. Foi enriquecedor
para os visitantes e para os técnicos da
instituição o diálogo estabelecido sobre a
vivência destes menores na comunidade e
sobre as suas reações ao programa
terapêutico que lhes é oferecido.
Sobressaiu, ao fim das visitas, o desejo e a
promessa de uma colaboração mais próxima
e atenta entre a escola e a instituição.
VISITAS À COMUNIDADE
DE SANTAMARINHA
JOVENS EM ALERTA
Como explicar o inexplicável? Como
alguém disse, "Não se explica, sente-se".
Então, nada melhor do que exprimir aquilo
que senti, ao longo de três dias tão
intensos, tão vividos!
No primeiro dia, estava tudo a correr como
eu previa. Estávamo-nos a conhecer uns
aos outros, a descobrir opiniões e
vivências comuns, ou até mesmo
divergentes, mas estava realmente tudo a
correr muito bem!
No segundo dia, as coisas começaram a
mudardefigura,começaramaganharoutra
dimensão, outro impacto, outra
intensidade. Parece que me foram abrindo
o coração aos poucos, de forma gradual.
Ainda a porta do meu coração estava
entreaberta, quando, ao ouvir um
testemunho, veio uma "rajada de vento",
que abriu a porta por inteiro, assim de
repente, com toda a força. E, quando dou
por mim, não conseguia parar de chorar…
as lágrimas eram mais que muitas, mas o
alívio é cada vez maior. Ao chorar e ao
desabafar, sentia que todas as minhas
angústias, que há tanto me perturbavam,
abandonavam o meu peito, apesar de ser a
passo lento. No final deste dia, uma vez
perdoada por Cristo, numa eucaristia,
comunguei, algo que não me lembrava de
quando tinha sido a última vez que o tinha
feito. E, assim que a hóstia se começa a
dissolver na minha boca, senti um
"booom", um arrepio que percorreu todo
o meu corpo num instante. E quando dei
por mim, tinha os olhos carregados de
lágrimas, lá estava eu a chorar, outra vez, e
a pensar: "Mas, o que foi isto?". E a
Encontrei-me e Encontrei-O
resposta não tardou a aparecer…
Finalmente encontrei e senti Jesus Cristo
dentro de mim! Foi este encontro com Ele
e o Seu perdão, que me fizeram perdoar-
me a mim mesma, e voltar a encontrar-me!
Antes do Convívio Fraterno, sentia-me
como um "poço", cheia de coisas que não
serviam para nada, não tinham interesse, e
aos poucos, durante aqueles 3 dias, essas
coisas foram desaparecendo, dando lugar
a uma paz, uma serenidade e a um
sentimento de pertença muito grande.
Porque não há nada melhor do que
sentirmos que quem nos está a ouvir, não
nos julga, simplesmente nos acolhe no seu
coração, aceitando-nos tal como somos. E
foi isso que senti da parte da equipa
coordenadora (e dos seus ajudantes) e dos
meus colegas, novos convivas, e
principalmente, daquele meu amigo, Jesus
Cristo, que de vez em quando me passa
uma rasteira, para que eu caia, mas o mais
importante, é que nunca se esquece de pôr
alguém ao meu lado, para me ajudar a
levantar!
Deste Convívio Fraterno trago amigos,
mas também palavras que nunca mais vou
esquecer, como "Põe-te a mexer", "Faz o
Deus espera de ti" e "Vai pelo Mundo
mostrar a tua herança". E são elas que me
servem de alento para este 4º dia, que me
incentivam a rezar, a lutar, mas
principalmente a não desistir!
Foi sem dúvida uma experiência que me
mudou, que me renovou e fez renascer,
rumo à felicidade, no amor de Deus!
Cátia Bessa; CF 1215 Diocese de Leiria-
Fátima
Diocese do Porto
Foi nos passados dias 22, 23 e 24 de
Fevereiro que teve lugar o convívio n.º 1211
da diocese Porto Sul em Eirol. Ao todo 22
jovens fizeram o seu convívio tendo a
oportunidade de se encontrarem consigo,
com o próximo e com DEUS. Não fomos
muitos, mas como disse CRISTO “Onde
dois ou três estiverem reunidos em meu
nome, ali estarei Eu no meio deles (Mt 18,
20)", e nós eramos muitos mais! Talvez por
isso todos O sentimos realmente no meio de
nós.
Na primeira noite todos se estranhavam um
pouco, já que como é habitual ninguém se
conhecia muito bem. Alias este também foi
o primeiro convívio da equipa coordenadora,
peloqueestávamosquaseempédeigualdade
com os novos convivas. A verdade é que
independentemente disto rapidamente todos
nos sentimos unidos neste amor de imenso
de CRISTO, criando uma ligação entre todos
até então desconhecida. Aqueles que antes
não se conheciam, sentiram-se parte desta
Igreja de CRISTO, unida no mesmo amor
intemporal. Foi interessante ver o
desenvolvimento das expressões dos jovens
ao longo dos três dias, começaram por terem
expressões fechadas em si mesmo, evoluindo
de tal forma que no ultimo dia a expressão
era de alegria e entrega ao outro e a CRISTO.
Este já não era um estranho, mas sim um
amigo que nos acompanha e apoia.
Foi talvez esta uma das maiores lições que
todos aprendemos no convívio, o amor de
CRISTO. Neste período de Pascoa que
estamos a festejar, a RESSUREIÇÃO de JE-
SUS tornou-se evidente no coração de todos
os jovens que participaram no convívio, pois
tiveram a oportunidade de o sentir no meio
de nós, de uma forma que não conseguiam
negar! Unidos no amor, com confiança
renovada em si mesmos, surgiu a força para
enfrentar as dificuldades que todos temos
que enfrentar, bem como a vontade de
mostrar a todos a alegria que sentem
mostrando que CRISTO está vivo entre
NÓS.
Pela equipa coordenadora
Deram-nos este dia de feriado e logo
pensamos que o devíamos aproveitar bem,
sim porque cada vez mais o tempo se torna
um bem precioso.
Foi nos dias 5, 6 e 7 de Outubro de 2012 que
aconteceu o 39º. CF de casais.
Mas desta vez foi tempo de procura, tempo
de ouvir e pensar… e lá no interior falou
Deus sobre o que pede-nos ao nosso tempo.
Tempo para ser, tempo para amar, tempo
de ajudar… E coube a cada um dos 18 casais
que fizeram pela primeira vez esta
experiência descobrir o que mudar em cada
uma das suas famílias e como mudar…
"Tempo para parar"
certamente que mudando cada um deles para
que os dois sejam um só.
Depois o tempo destes 3 dias passou para o
tempo de concretizar os propósitos, tempo
de viver o compromisso e disso nos falaram
no encerramento que teve lugar no salão
paroquial de Travanca (Santa Maria da Feira)
onde o núcleo, recém criado, com ajuda dos
Jovens acolheu este convívio.
Agora o 4º. dia será caminho com os demais
casais para, no núcleo, crescer em Cristo
pelo testemunho, pela solidariedade,
amizade, partilha eAlegria…
A equipa coordenadora
Convívio-Fraterno Nº 39 de Casais
Convívio - Fraterno Nº 1211 da diocese do Porto
Convívio - Fraterno Nº 1215 da diocese Leiria - Fátima
4 Abril/Maio 2013
JOVENS EM ALERTA
Diocese de Évora
Foi com algumas incertezas e dúvidas que
41 jovens daArquidiocese de Évora viveram
pela primeira vez a experiência de um
Convívio Fraterno. O CF 1212 realizou-se
nos dias 24, 25, 26 e 27 de Março, no
Seminário Menor deVilaViçosa, num clima
de descoberta do interior e desprendimento
do exterior.
Ao longo do Convívio Fraterno foi cre-
scendo em cada um o silêncio interior, tão
necessário ao encontro com Jesus Cristo,
cuja descoberta foi ajudando a dissipar as
dúvidas e incertezas que cada um trazia.
Apesar do frio que ainda se fazia sentir,
Cristo aqueceu cada um dos corações, e
acalmou a ansiedade e a impaciência,
próprias de quem parte à descoberta!
Foi possível fazer realmente encontro com
Deus, e descobrir o Seu projeto para cada
um. Foi possível cada um descobrir-se
também a si próprio, e perceber que a
Felicidade só é verdadeira quando se
completa no encontro com os outros e com
Deus, quando nos despojamos daquilo que
nos pesa e nos limita.
O encerramento marcou o início da
caminhadado4.ºdia,naconstruçãodaIgreja,
e na tomada de consciência de que cada um
é um membro insubstituível do Corpo de
Cristo! NesteAno da Fé, cada um dos jovens
do CF 1212 sabe agora que é na vida e com
a vida que se aprende a dizer
verdadeiramente "sim, eu creio"!
Pela Equipa Coordenadora
Teresa Vilela
Grande Porto
Grande Porto; grande convívio; grande
gente; grande malta; foi tudo em grande!...
Antes do Convívio: grande Expetativa,
grande adiamento, grande espera, grande
preparação.
Durante o Convívio: grande receção, grande
equipa, grande ritmo, grande entusiasmo,
grande Presença!
E ainda: grande proximidade, grande
partilha, grande intimidade, grande
celebração.
No encerramento: grande presença, grande
colo, grande coração, grande alarme…
E ainda: grande abraço, grande despedida,
grande aniversário, grande noite.
E depois, a vida: grande saudade, grande
desafio, grande futuro, grande vida!
DEUS EM GRANDE!...
Moutinho de Carvalho
1216º Convívio Fraterno
Descoberta interior e desprendimento externo
Vivemos uma época em que falamos muito
em crise, o tema das nossas conversas tem
sempre a palavra CRISE. Na realidade crise
é falta de algo, um momento perigoso ou
difícil de uma evolução. Esta palavra
transmite-nos algo negativo. Mas a crise por
vezes torna-se necessária porque obriga-nos
a parar para refletirmos como podemos
ultrapassar este momento difícil, como
vamos ultrapassar a crise?!
Será assim tão importante dar resposta a
esta questão, ou será melhor começarmos a
combater a crise com atitudes, pensamentos
e comportamentos "positivos" que lutem
contra a CRISE.
Está na moda, "O Vale Tudo", mas vale
mesmo tudo para combater a crise ou o
combate começa por mim e por ti que por
vezes nos queixamos da vida e esquecemo-
nos que pelo simples facto de a termos já
devemos estar agradecidos, e já agora que
temos o dom da vida vamos vivê-la e não
desperdiça-la. Tudo isto acontece porque
no corre, corre do dia-a-dia e não damos
conta que a vida é um instante, é um
momento que me foge...
E para que a vida não me fuga e não se perca
num instante é preciso parar e refletir. E foi
o que dezoito jovens, da diocese de Viana
do Castelo, fizeram nos dias 25, 26 e 27 de
Abril, no Seminário dos Passionistas em
Barroselas, onde se realizou o Convívio
Fraterno n.º 1218, com o objectivo
combaterem a crise de falta de tempo, de
falta de esperança e de falta de Deus em
nossas vidas.
Deixaram para trás: os amigos, a família, e
um fim-de-semana igual a tantos outros...
Pela frente um desafio!... Três dias
totalmente diferentes, era tempo de esquecer
a CRISE e fazer uma pausa, para partilhar,
para reflectir, para interrogar, para ter
dúvidas, para brincar, para sorrir, para falar,
para encontrar, para reencontrar, e o mais
importante para falar com Jesus Cristo que
ansiosamente aguardava a nossa chegada.
Jesus também nos falou!... Convidou-nos a
fazer silêncio e a escutá-lo. Foi seduzindo e
conquistando cada jovem, e pouco a pouco
foi entrando e falando ao coração de cada
um.
Jesus foi acolhido!... Fez-se sentir... E apela-
nos a segui-lo, a anunciá-lo, a imitá-lo, e diz-
nos que estará sempre presente em toda a
nossa caminhada. Não nos abandona, é o
amigo sempre presente. É aquele que pega
em nós ao colo, sobretudo naqueles
momentos em que até julgamos que Ele nos
esqueceu. É nesses momentos que Ele nos
pega ao colo com mais carinho e nos carrega
caso seja necessário.
É neste encontro com J.C. que melhor
percebemos e entendemos o verdadeiro
sentido da palavra AMAR. J.C. amou-nos
em primeiro lugar, e nós devemos
corresponder ao seu amor infinito, dando
um pouco de nós aos outros e a Deus, porque
uma coisa é certa J.C. a todos ama com as
suas qualidades e defeitos. E todos nós
conseguimos perceber que este JesusAmigo
sempre estive connosco, bem dentro de nós,
por isso no final do 3º dia todos lhe
cantávamos: "A minha vida é um instante, é
um momento que me foge. Para Te amar, ó
Deus amante, eu só tenho o dia de hoje...".
A festa de encerramento foi no Salão
Paroquial de Perre que contou com a
presença de convivas, familiares e amigos
que dispuseram o espaço de uma forma
bastante acolhedora.
Os jovens transmitiram a sua alegria,
trocaram experiências, e o encerramento
culminou com a celebração da Eucaristia,
onde todos celebraram as graças concedidas.
Se por vezes nem tudo acontece como
queremos. Não esqueçamos que há alguém
que sabe o que é melhor para nós em cada
momento. E mesmo que por vezes possa
parecer, Jesus nunca nos abandonará, mas
sealguémtemdúvidasficamassuaspalavras:
"…Eu estarei convosco, todos os dias, até
ao fim do mundo."
Mt 28, 20
Equipa Coordenadora.
"A minha vida é um instante... E num
instante encontrei-me com Ele para
que a minha vida tenha mais vida..."
Convívio-Fraterno Nº 1216 da diocese do Porto
Convívio-Fraterno Nº 1212 da diocese de Évora
Convívio - Fraterno Nº 1218 da diocese Viana do Castelo
5Abril/Maio 2013
No passado dia 13 de Abril, 2.º sábado a
seguir à Páscoa realizou-se em Valadares e
como programado, o II Encontro Nacional
deAntigos Coordenadores até ao Convívio
200.
O reencontro naturalmente foi fundado no
passado e revivido nesse espaço de
memórias de uma missão, na altura vivida
com profundo entusiamo, a percorrer o
país para lançar o movimento no plano
nacional, e cujo espírito continua nos
nossos corações nas amizades que fizemos,
no ideal de vida que projetamos e na fé que
reforçamos. Ou seja, na altura, um jovem
movimento a viver uma dinâmica de Igreja
Jovem seduzida por Jesus Cristo, ainda
hoje, O Único a Quem sempre Iremos
a quem viveu a experiência de convívio
fraterno, há muitos anos, e que tem muito a
partilhar porque anda "pelo mundo a cantar a
sua herança".
Como nos lembra o Papa Francisco "No
caminhar, no construir, no confessar, às vezes
há problemas, movimentos que não são
propriamente os movimentos do caminho,
movimentos que nos levam para trás." e esta
complexidade da vida e das encruzilhas em
que nos coloca, não deixou de ser lembrada,
assim como os amigos que já partiram e por
quem oramos na celebração eucarística onde
João nos confidenciava a boa nova de que
"Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na
margem" aguardando que nos libertássemos
do turbilhão das ondas e, trazendo a nossa
parte da "pesca" vençamos, com Ele, as nossas
II Encontro Nacional de Antigos
Coordenadores
De 18 a 21 de Abril, realizou-se o Convívio
Fraterno 1213, pelo IDESO em Eirol, onde
14 jovens da diocese de Aveiro foram
capazes de vencer o nervosismo e os seus
receios de partir à descoberta.Todos sabemos
que não é fácil dar o passo de enfrentar o
desconhecido porém, algo os chamou a
estarem presentes naqueles dias, e a darem o
seu "sim" a esta grande família de Convivas.
Desde logo, foram convidados a "gastarem"
a vida e a aproveitarem cada momento: cada
sorriso, cada toque, cada abraço, cada pessoa.
Vida essa que se assemelhava em muito a
uma viagem de barco, em que muitas vezes
não tiramos partido das ferramentas que
Deus nos dá para nos orientarmos e
chegarmos a bom porto, acabando por perder
o nosso rumo. No entanto, mesmo que não
consigamos fazê-lo ou até mesmo que nos
tentemos afastar d'Ele, Deus insiste e não
desiste de nos levar ao cais da felicidade - tal
como uma estrela polar que brilha aos
navegadores, por muito que a noite esteja
escura.
Aprendemos também que cada um de nós
forma a verdadeira Igreja, e tem um papel
fundamental que nenhuma outra pessoa
poderá ocupar. Assim como um barco não
pode navegar sem remos, vela ou âncora, da
mesma forma nós formamos um puzzle que
nunca ficará completo se não colocarmos
todos os nossos dons ao serviço de Deus.
Estes, foram sem dúvida dias de partilha,
fraternidade, comunhão e vivência do
verdadeiro sentido de "ser cristão". Que os
14 convivas do CF1213 nunca se esqueçam
do que viveram e sentiram durante esses dias.
E, principalmente, que nunca se esqueçam
de que a Eucaristia de encerramento no
Seminário deAveiro não foi o fim, mas sim o
retomar de uma viagem, cuja diferença não
está no mundo lá fora, mas sim no vosso
interior. Que a estrela polar de Cristo vos
sirva sempre de guia nas vossas decisões
futuras, para que consigam assim ser reflexo
d'Ele para todos quantos se cruzarem
convosco!
A equipa coordenadora
Diocese de Aveiro
Partir à descoberta
Foi com muita alegria e entusiasmo que no
passado dia 1 de Maio de 2013, realizou-se
mais um Convívio Animação da Zona Pas-
toral Sul da Diocese do Porto para casais
convivas, no salão paroquial de Mosteirô
(Santa Maria da Feira), durante todo o dia,
com a presença de cerca de 30 casais.Aparte
da manhã foi preenchida com uma reflexão
sobre um tema do ano da Fé "Ninguém vem
a Mim se o Pai não o atrair", orientado pelo
Diácono Permanente João Domingos
Fonseca e sua esposa Lurdes, também casal
conviva.
O testemunho deste casal levou-nos a
reflectir sobre os actos de fé que fazemos ao
longo da nossa vida, nos bons e maus
momentos, trazendo algumas dúvidas, mas
também certezas. O caminho da Fé atrai-
nos ao Pai.
"A fé cristã apresenta a sua originalidade na
sua relação com Cristo. Ele é o coração da fé.
É o fundamento seguro, o conteúdo essencial
e o termo vivo e pessoal do acto de fé. Só
com o olhar fixo em Jesus é que o cristão
aprende a conhecer a presença e a acção de
Deusqueorodeiaeochamaaumacomunhão
nova".
Por outro lado vivemos o projecto e o desafio
"Ninguém vem a Mim
se o Pai não o atrair"
da Nova Evangelização que há-de traduzir-se
noanúnciodessemesmoJesuscommaisardor
e entusiasmo, como novos métodos e novas
expressões. Concluiu-se que, como nos diz
São Paulo, "a Fé sem obras é morta…".
Os casais reflectiram, em pequenos grupos,
sobre a importância da vivência em
comunidade cristã que gira em torno de Jesus
Cristo, constrói-se à volta d'Ele e é d'Ele que
recebe vida, amor e paz. A comunidade tem
de ser o lugar onde fazemos, verdadeiramente,
a experiência de Jesus ressuscitado. É nos
gestos de amor, partilha, serviço, encontro e
fraternidade que encontramos Jesus vivo a
transformar e a renovar o mundo.
Seguiu-se o almoço partilhado, tarde de
convívio com muita boa disposição e para
terminarmos o encontro "em grande" foi
celebrada a Eucaristia e no final desta fizemos
um assalto aos merendeiros que cada casal
trouxe para o lanche.
Como de costume, no final deste Convívio
Animação, houve a despedida com muitos
abraços e beijinhos e com a promessa de
estarmos presentes no próximo que se realiza
no mês de Outubro do corrente ano.
O Secretariado Diocesano do Porto dos
Casais Convivas
Convívio - Fraterno Nº 1213 da diocese deAveiro
porque só Ele tem Palavras de Vida Eterna.
Os 25 presentes das Dioceses de Lamego,
Porto, Portalegre e Castelo Branco,
Santarém e Setúbal não ignoraram que a
palavra Movimento pressupõe ser o motor
de uma dinâmica de futuro e, como tal,
interrogaram-se sobre o seu papel atual na
Igreja e nos Convívios Fraternos nas suas
dioceses e nas paróquias. Neste espírito
partilhamos iniciativas que têm sido
promovidas nas dioceses e na necessidade
de criar espaços de acolhimento específicos
fadigas e fragilidades.
Para o ano projetamos a nossa vontade de
nos entrarmos em Castelo de Vide a 3 de
Maio. Se leres esta notícia e não tens estado a
ser contactado ajuda-nos a recuperar o teu
endereço de correio eletrónico para facilitar a
partilha de próximas dinâmicas e acolher as
tuas sugestões em http://goo.gl/DjShJ ou, se
preferires, o acesso móvel pelo QRCODE
anexo.
Fernanda (59.º) e António Manuel (42.º)
Convívio de casais da Diocese do Porto
Abril/Maio 2013
JOVENS EM ALERTA6
BALADA DA UNIÃO
"O Senhor é meu Pastor, nada me falta,
nada me falta!
Acabo de realizar o convívio fraterno nº1211
em Eirol,Aveiro. Mais uma vez tive a bênção
de ser chamado a testemunhar este Cristo
de braços abertos e gostava de partilhar
convosco esta experiência.
Eirol é um pequeno ponto no mapa, mas
para mim é exemplo de como todo o mundo
deveria ser.Achegada a esta alegre casinha, é
como encontrar um Pai que aguarda
ansiosamente por nós, e mal nos vê, corre
para nos abraçar. E esteAbraço... é daqueles
que nos parte os ossos, é daqueles em que
se sente que o verdadeiroAmor, éAmar sem
limites!
Este Pai olha para nós, trespassa o nosso
olhar, penetra-nos no coração e diz: "Podes
contar comigo, jamais te abandonarei!". Ele
aceita-nos com as nossas limitações e
fraquezas, tal como somos.
Ao longo destes três dias foi isso que se
passou Em cada um destes 22 novos
convivas foi sentindo este Abraço que nos
prende e jamais nos larga! Quem é tocado
por Cristo, já não fica igual. É uma nova
vida que desperta, um novo tempo que
começa a contar. "Depois de Cristo" já não
estamos sós. Estes jovens foram passando
misteriosamente de um tom carregado para
um tom desprendido... os sorrisos
começaram a iluminar Eirol. E de repente, lá
estavas TU no nosso meio, a dizer que
podemos ser felizes com um olhar cheio de
amor. E pronto... Brincalhão como és,
provocas-nos, estimulas-nos, testas os
nossos limites... sabes que somos capazes
de melhor! E nós deixamo-nos embalar por
TI e não damos pelo tempo passar... És o
bom Pastor que cuida das suas ovelhas. E
depois... vem a tranquilidade, mas também
a vontade de fazer algo pelos outros... ser
como Tu, Cristo! Ajuda-nos, Senhor, a ser
como Tu!
Muitas vezes o 4º dia é "pintado" como o
pior que nos pode acontecer! Ter que deixar
o Teu Abraço e voltar lá para fora...! Mas
qualéopastorqueabandonaassuasovelhas?
Não teria sido mais fácil para Ti, Cristo, não
ter levado avante a tua missão? Mas Tu
abraçaste a Cruz com todas as forças que
tinhas.
São João de Deus foi apelidado de "louco"
pordeixartudooquepossuía,mesmoaroupa
do corpo, e dedicar a sua vida aos doentes
desprezados pela sociedade. Certo dia vinha
com um doente aos ombros que encontrara
abandonado na estrada e com comida nas
mãos para dar aos demais, e ao subir as
escadas escorregou e caiu! Logo se
amaldiçoou pela pouca força que tinha...
deveria ter aguentado! Será ele "louco"?
Quem quer ir além do Bojador, tem de ir
além da dor. Cada um de nós tem também de
abraçar a sua cruz com todas as suas forças!
Não usar os dons que temos, as nossas
aptidões e qualidades em prol dos outros é
como deixar apodrecer a mais saborosa
laranja. Cristo convida-nos a ser os "loucos"
da nossa família, paróquia e sociedade!
Espero que cada um de nós, e em especial
estes 22 novos convivas, consigamos ser as
mãos, os pés e os lábios de Cristo. Ele morreu
de braços abertos, como quem abraça o
mundo... Teremos nós a força, a coragem e o
amor de não viver com os nossos cruzados?
Saí de Eirol com este sentido de missão, de
dar um pouco mais do que tenho, de correr
riscos... Contigo a meu lado, o que é que
pode correr mal? Tu és o Bom Pastor e eu a
tua ovelha e, por isso, nada me faltará!
Domingos Terra C.F. 834
De 22 a 25 de Março, no final da Quaresma,
realizou-se na diocese, mais um Convívio
Fraterno, na Casa das Irmãs de S. José de
Cluny. O Convívio Fraterno 1210 reuniu
quarenta jovens de várias paróquias da dio-
cese que, junto de outros jovens convivas,
vieram conhecer o Cristo que se entregou na
cruz para nos libertar e para nos dar a
salvação.
Ao longo dos três dias de Convívio Fraterno,
alguns destes jovens vieram para ter um
primeiro encontro com Jesus, outros vieram
continuar a sua caminhada na fé e prosseguir
em Igreja e, ao longo dos mesmos três dias,
nós, jovens convivas que acompanhámos
estes jovens neste Convívio Fraterno,
acolhemo-los e alegrámo-nos com os seus
encontros, com as suas partilhas, com os
seus sorrisos, com a transformação que só o
Amor de Deus e a vivência a partir d'Ele nos
pode dar.
Estar em Convívio Fraterno e viver neste
Movimento que é uma verdadeira família,
junto das Irmãs de S. José de Cluny, que nos
acolhem sempre com tanto amor é acolher
Deus nas nossas vidas e, à Sua semelhança,
amarcomoElenosama.Quesaibamosfirmar
a nossa fé neste amor tão grande e saibamos
olhar o mundo pelo olhar do Pai.
Liliana Nabais
Diocese de Santarém
Diocese de Santarém
Diocese do Algarve
No passado mês de Abril, 32 jovens entraram
numa casa desconhecida e desconhecendo a
maioria das pessoas lá presentes.
Uns com a curiosidade de querer saber o que é
o Convívio Fraterno, outros querendo
"despachar" este momento, e outros, ainda,
com a audácia de querer viver plenamente
este encontro pessoal, com Deus e com os
outros…
Prescindiram das suas Vidas normais… e o
milagre do Amor do Pai operou maravilhas
nos seus corações e cada uma destas pessoas
jovens acabou por viver verdadeiramente o
dia da Liberdade!!... e sentir a verdadeira
alegria de se ser Cristão!
"Querem vir ver… ou querem viver??" foi
das primeiras perguntas lançadas…
Muitas vezes, vemos a Vida, vemos Jesus mas
não O vivemos…
E esse foi o primeiro grande desafio…
Os dias decorreram… a 25 Abril depararam-
se com o Cristo que nos liberta, que nos perdoa
e nos ensina a amar e a perdoar…
…a 26 de Abril, encontrámos o Perdão em
nossas Vidas e sentimo-lO habitar em cada
um dos nossos corações…foi a Festa do filho
que retorna à casa do Pai, foi a Festa da
Ressurreição!...
…a 27 de Abril, descobrimos a importância
que temos na história da nossa Igreja e o quão
importante é a nossa contribuição na
construção de um mundo melhor, através da
partilha da herança que herdámos, em par-
ticular no 1217.
Sabemos que o 4ºdia não será fácil…
Imensas dúvidas, imensas recaídas, imensas
falhas… inerentes à nossa condição de ser
humano.
Sabemos que, por sermos como somos, a nossa
relação com Deus será como a tal elipse: uns
momentos estaremos mais próximos dEle,
outras vezes estaremos mais distantes… e a
nossa luzinha irá passar por ventos fortes e
tempestades!
Mas também sabemos que Ele está sempre
connosco… Ainda que tudo na nossa Vida nos
pareça falhar, Ele não nos falha, está sempre
presente e à nossa espera para nos orientar e
(re)erguer!... e a nós, basta a cada instante da
nossa vida, busca-LO…
À despedida, no meio da emoção e alegria,
todos saímos com uma certeza: vivemo-lO…e
queremos continuar a Viver Cristo nas nossas
Vidas!!
"Nem sempre é fácil acreditar…… o
caminhar…
O mundo faz-nos duvidar…
Mas a Tua luz, Jesus… faz-nos avançar!!!!... e
a espalhar:
Que És porto seguro, és nosso abrigo
Dás-nos esperança que só o Amor é real!
Que a Vida sem perdão não conhecerá
a alegria de amar...amar, amar!
"Ide por todo o mundo", difundir a semente
do Amor.
Queremos testemunhar
A Alegria de seres o nosso Senhor!
A Alegria de seres o nosso Senhor!
Queremos crescer e entregar
as nossas vidas em união.
E quando caírmos, olhando ao Alto…
enches de Vida cada coração!... de amor, de
amor…"
Querem vir ver... ou querem viver?
Convívio-Fraterno Nº 1217 da diocese doAlgarve
7Abril/Maio 2013
Diocese de Coimbra
O Vírus espalhou-se pelo Convívio Fraterno
1214 e os seus 24 novos convivas! Este
Vírus chama-se Amor de Deus e esteve
presente nos dias 24 a 27 de Abril na Casa
ConVidaemQuiaiosnaDiocesedeCoimbra.
Espera-se que se continue a espalhar por
toda a Diocese nos próximos dias.
Os sintomas foram abalos, Palavra, sorrisos,
coraçõesquentes,abraços,narizesvermelhos
e espirros... Por entre dúvidas e realidades
difíceis, a receita foi a descoberta de que
somos únicos e amados pelo Pai, cada um
ao seu jeito, experimentando o Seu abraço
bem apertado e aconchego da Sua Família -
a nossa Igreja - e conhecendo o sentido de
que a felicidade se encontra no ir pelo mundo
levar a Sua herança.
Indo para o Convívio, p’ro meu lindo e belo
CF, aí que bela festa!
CF... É o 1214!!!
Pelos que fizeram este caminho,
Mónica Rocha
O Vírus do Amor de Deus!
Convívio-Fraterno Nº 1210 da diocese de Santarém
Convívio-Fraterno Nº 1214 da diocese de Coimbra
BALADA DA UNIÃO
Balada da União
Propriedade Editorial eAdministração
Convívios Fraternos
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Tlef: 234 884474 Fax: 234 880904
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P. Valente de Matos
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Nº de Registo: 108164
Este Jornal encontra-se em
www.conviviosfraternos.com
Rua Júlio Narciso Neves Nº 65
3860-129Avanca
1. No seguimento da última Visita ad limina
Apostolorum, os bispos de Portugal
decidiram promover um amplo movimento
de auscultação junto do Povo de Deus em
ordem à revitalização do tecido pastoral da
Igreja em Portugal.Arecente eleição do Papa
Francisco e as linhas pastorais que já nos
traçou são para nós um alento de esperança a
"viver a doce e reconfortante alegria de
evangelizar".
2. Foram muitos e todos igualmente
importantes os contributos que recebemos,
pelo que não podemos deixar de expressar a
todas as pessoas envolvidas neste processo
o nosso grande apreço e a nossa mais pro-
fundagratidão.Reunidosecompulsadostodos
os contributos recebidos, fazemos agora o
elenco dos apelos mais insistentemente
repetidos, alguns dos quais já assimilados na
vidadasnossascomunidadeseclesiais.Pedia-
se:
a) uma Igreja permanentemente em estado
deoração,formação,renovaçãoemissão,cada
vez mais atenta a todas as pessoas e aos sinais
dos tempos;
b) uma Igreja mais dinâmica e participativa,
discipularemissionária,próximaeacolhedora,
aoestilodeJesus,BomPastor,edasprimeiras
comunidades cristãs admiravelmente
retratadas nosAtos dosApóstolos (Act 2,42
47; 4,32 35; 5,12 15);
c) uma Igreja intensamente marcada pela
prática da caridade fraterna, que não fique à
espera das pessoas, mas que vá ao seu
encontro;
d) uma Igreja que se faça companheira de
viagem dos jovens, sempre atenta aos seus
sonhos, anseios e problemas, tendo em conta
que os jovens procuram a Igreja, não para se
divertirem, mas para se alimentarem
interiormente;
e) uma Igreja que sinta, viva, partilhe e se
empenhe a ajudar a resolver os inúmeros
problemas que hoje assolam as famílias;
f) uma Igreja que busque sempre o empenho
e a participação de todos, sacerdotes,
diáconos, consagrados e leigos, para juntos
auscultarmos e seguirmos os rumos que Deus
nos quiser indicar.
3. Estes elementos recolhidos e agora postos
em realce viram-se verificados e confirmados
pelo Inquérito levado a efeito pela
Universidade Católica Portuguesa, sobre
"Identidades Religiosas em Portugal -
Representações, Valores e Práticas", que
chamou a nossa atenção para uma certa
desafeição e quebra de laços de pertença à
Igreja de uma parte da população portuguesa,
com particular incidência nos jovens.
4.Arecente realização do Sínodo dos Bispos,
em Roma, pediu insistentemente muito maior
empenho, dedicação e carinho na transmissão
da fé, mãos nas mãos, de modo a que nos
tornemos cristãos convictos e credíveis, bem
assentes sobre o único fundamento que é Je-
sus Cristo (1 Cor 3,11). Pediu também um
olhar novo, atento, comovido e evangelizador
para este mundo que Deus criou e ama, e que
é sua plantação dileta (Is 61,3).
5. Também não podemos descurar que os
caminhosqueagoraseabremàIgrejaemPor-
tugal vêm à luz no contexto doAno da Fé, do
cinquentenário do Concílio Vaticano II e da
Promover a Renovação da Pastoral da Igreja em Portugal
Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa
caminhada para o centenário das Aparições
de Nossa Senhora em Fátima.
6. Considerado atentamente todo o processo
e o seu enquadramento eclesial, a Igreja em
Portugalpropõe-setrilharemcomunhão,num
sócoraçãoenumasóalma,osseguintesrumos:
A) Primado da graça e nova mentalidade
Formar comunidades assentes no primado da
graça, da contemplação, da comunhão e da
oração, sabendo todos bem, pastores e fiéis
leigos, que o essencial da vivência cristã e dos
frutos pastorais na vida da comunidade não
depende tanto do nosso esforço de
programação e da multiplicação dos nossos
passos e afazeres, mas depende sobretudo da
transformação da nossa mente e da conversão
do nosso coração operadas pela ação da graça
de Jesus Cristo, que disse: "Sem mim, nada
podeis fazer" (Jo 15,5). Neste sentido,
queremos intensificar a oração pessoal e
comunitária, dar a todas as ações litúrgicas a
dignidade que lhes é devida, valorizar a
celebração dos sacramentos da Eucaristia e
da Reconciliação, criar grupos de escuta e
partilha da Palavra de Deus.
B) Comunhão para a missão
Formar comunidades que sejam autênticas
escolas de vivência da fé e da comunhão,
gerando entre todos os seus membros laços
de fidelidade, de proximidade e de confiança,
que se traduzam no serviço humilde da
caridadefraterna.Éesteocaminhoparaavivar
o sentido de pertença à comunidade e para
fortalecer os laços da comunhão, que é a
primeira forma de missão, de acordo com a
Palavra de Jesus, Bom Pastor: "Nisto todos
saberão que sois meus discípulos: se vos
amardes uns aos outros" (Jo 13,35). De
acordo também com a forma de viver das
primeiras comunidades cristãs.
C) Missão de todos para todos
Os dois rumos anteriores abrem
necessariamente para um terceiro: a missão
comoempenhodacomunidadetodaedetodos
os seus membros. Torna-se, de facto,
necessário que todos os itinerários de
catequese e de formação cristã assumam esta
perspectiva missionária como elemento cen-
tral quer a nível de conteúdos quer de método.
Isto significa que o chamamento à santidade,
ao seguimento de Jesus Cristo, ao serviço na
Igreja e à missão são uma única realidade a
promover desde a iniciação cristã, continu-
andocomosjovens,eenvolvendoasfamílias,
os adultos, a comunidade inteira.
D) Testemunhar a fé revitalizada
Este processo de revitalização do tecido pas-
toraldaIgrejaemPortugalcontinuaarequerer
o envolvimento de todos os bispos,
sacerdotes,consagradosefiéisleigos,rezando
e trabalhando lado a lado, para juntos
sentirmos a alegria de sermos discípulos de
Jesus Cristo, todos enviados e empenhados
em fazer novos discípulos através da
transmissão da nossa fé pelo testemunho de
vida e pela palavra. A palavra que dizemos
temdeserviva,saboreadaesaborosa(Cl4,6),
cheia de Cristo e de esperança activa. O
testemunho que damos tem de ser sem
disfarces e sem estratégias, humilde, atento,
comovido, próximo e acolhedor, profético e
evangelizador,quedeixever,àimagemdeJe-
sus, Bom Pastor, uma Igreja que não se fecha
sobre si, mas que sai de si, para o átrio deste
mundo que Deus ama.
E) Fomentar iniciativas de iniciação cristã e
de formação
É notório que, no mundo em que nos é dado
viver, os indicadores que sinalizam os
caminhos para a fé se encontram cada vez
maisrarefeitos,sendomaioresasdificuldades
sentidas no seio da família e das organizações
eclesiais para a transmissão da fé às novas
gerações. Impõe-se, portanto, uma aposta
mais intensa e dinâmica na iniciação cristã
das crianças e jovens, bem como no
catecumenatodeadultos.Prioritáriaétambém
a formação da vivência cristã de todos,
particularmente dos agentes pastorais e dos
líderes cristãos, que os leve a preparar-se,
cada vez mais e melhor, para a missão e a nela
se empenhar.
F) Comprometidos com as iniciativas
pastorais em curso
Várias dioceses têm em curso a preparação
ou realização de um Sínodo diocesano.
Múltiplas iniciativas pastorais estão em
andamento no âmbito do Ano da Fé, do
recente Sínodo dos Bispos sobre a promoção
danovaevangelização,dascelebraçõesdo50.º
aniversário da abertura do ConcílioVaticano
IIedapreparaçãodocentenáriodasAparições
de Nossa Senhora em Fátima. Os aspetos
acima postos em realce não vêm anular os
projetos já em andamento; antes, podem
valorizá-los e potenciá-los, e, porventura,
provocar uma partilha fraterna mais intensa
de todas as coisas boas que já se estão a fazer.
G) A ter sempre diante dos olhos e no
coração
Escuta bem, com toda a atenção, Igreja em
Portugal:
- reúne-te à volta de Jesus, aprende a rezar e,
com Jesus e como Jesus, vai com alegria e
ousadia sempre renovadas à procura e ao
encontro dos teus filhos e filhas;
-reveste-tesemostentaçãonemriquezas,mas
com humildade e verdade e com a ternura de
Jesus Cristo;
- acolhe e vive o Evangelho como uma graça
recebida, transmite-o com amor e fidelidade,
e não como um produto para publicitar ou
para colocar no mercado;
- põe todo o esmero a preparar e oferecer,
com carinho, verdadeiros itinerários de
iniciação e de formação cristã para crianças,
adolescentes jovens e adultos;
- redobra o teu empenho na preparação dos
candidatos ao sacerdócio;
-ficasempreatentaevigilanteesêpersistente
em tudo o que diz respeito à formação
permanente dos teus sacerdotes;
- reconhece os consagrados pela riqueza dos
seus carismas como membros ativos e
indispensáveis no crescimento e na ação do
Povo de Deus;
- cuida também da formação dos fiéis leigos,
com especial atenção aos mais
comprometidos na vida da Igreja e da
sociedade, e estimula-os a serem verdadeiros
discípulos de Jesus e seus missionários
apaixonados e felizes no coração do mundo;
- vela sempre, com afeto maternal, por todos
os teus filhos e filhas, e nunca deixes que se
transformem em meros funcionários,
perdendo o ardor e o primeiro amor.
Maria, Mãe da Igreja e nossa Mãe, Senhora
de Fátima, ícone do primado da graça e da
oração, do serviço humilde que gera laços de
comunhão e de missão, sê nossa companheira
nos caminhos que agora nos propomos
percorrer para sabermos melhor levar Cristo
aosnossosirmãoseosnossosirmãosaCristo.
Fátima, 11 de abril de 2013
8 Abril/Maio 2013
Maria, a mulher da fé que viveu pela fé

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  • 1. MARIA, A MULHER DA FÉ!... Estamos a viver o ANO DA Fé. Maria, a Mãe de Deus feito homem, foi durante toda a sua vida a mulher que viveu da Fé.Em Maria, como escreveu alguém, a luz da Fé, semelhante à das estrelas, é uma claridade obscura. Só com muita humildade,simplicidadeeamorcompreenderemoscomoMaria Viveu no dia a dia a Sua Fé e teremos capacidade para acreditarmos com ela. Pag. 2 B. U. XL ENCONTRO NACIONAL “VAI E ABRAÇA A FÉ” Como é já do conhecimento dos jovens e casais dos Convívios, o XL Encontro Nacional Animação do movimento realizar-se-á, como já é costume, no santuário de Fátima, nos dias 14 e 15 de Setembro deste ano. Submetido ao tema “Vai e abraça a Fé”, a ele presidirá o Sr. Bispo de Coimbra D. Virgílio Antunes. Pag. 2 B. U. O SENHOR É MEU PASTOR, NADAME FALTA... Quem é tocado por Cristo, já não fica igual. É uma nova vida que desperta, um novo tempo que começa a contar. Depois dum encontro com Cristo, jamais estamos sós!... (pag. 3 BU) PROMOVER A RENOVAÇÃO DA PASTORAL DAIGREJAEMPORTUGAL No seguimento da última Visita ad limina Apostolorum, os Bispos de Portugal decidiram promover um amplo movimento de auscultação junto do Povo de Deus em ordem à revitalização do tecido pastoral da Igreja em Portugal.Arecente eleição do Papa Francisco e as linhas pastorais que já nos traçou são para nós um alento de esperança a "viver a doce e reconfortante alegria De evangelizar." (pag. 4 BU) “OPAPAALERTAPARA TRABALHO ESCRAVO” Segundo o Papa Francisco, há muitas pessoas em todo o mundo que são vítimas deste tipo de "escravidão", na qual, é a pessoa humana que serve o trabalho e não o contrário. VISITADE ESTUDO À COMUNIDADE TERAPÊUTICA 43 alunos doAgrupamento de Escolas de Estarreja visitaram, na tarde do dia 11 de março, a Comunidade Terapêutica de Santa Marinha, dos Convívios Fraternos, acompanhados de alguns professores. (Pag 1 J. A.) ORGULHO NUM RECOMEÇO !... No passado dia 11 de abril, foi-me dada a grande oportunidade de experimentar algo que, sem sombras de dúvidas, fez-me abrir os olhos para uma realidade que, apesar de conhecer e saber da sua existência, nunca havia tido a hipótese de contactá- la de uma forma tão próxima e direta. (Pag 1 J. A.) FORMAÇÃO E PREVENÇÃO A formação humana, moral e religiosa dos jovens nesta sociedade em que estamos inseridos e em que os jovens sentem tantas solicitações para situações de risco e em que, por vezes, a autoridade dos pais está tão enfraquecida, é uma preocupação constante dos agentes da formação e pastoral da juvenil. Convívios Fraternos, conscientes dos graves problemas que hoje enfrentam os nossos jovens, tentam em todas as dioceses onde o movimento está implantado organizar e motivar jovens para fazerem a experiência de Deus num Convívio. Assim, nestes últimos 2 meses, aproveitando as férias de Páscoa e alguns feriados, realizaram-se, anivel nacional, 9 convívios- Fraternos em que participaram perto de 300 jovens. (Pag 2 ,3,4 e 5 J. A.) A força da família em tempos de crise A família, um bem social 1. Consideramos da maior oportunidade, no atual contexto da sociedade portuguesa, atravessada por uma crise social e económica de particular gravidade, que se traduz para muitos em desalento e falta de perspetivas de futuro, colocar em relevo o bem insubstituível que representa a instituição familiar, "origem e património da humanidade" (Bento XVI). A família representa um bem público, um bem social. Podemos encará-la na perspetiva do seu relevo privado, como um bem para a realização pessoal, no plano afetivo, espiritual ou outros, de cada um dos seus membros. Mas devemos também encará-la na perspetiva do seu relevo social, do bem que representa para a sociedade no seu todo. Podemos caracterizá-la como a fonte básica do capital humano, social e espiritual de uma sociedade, a que assegura o seu futuro e o seu crescimento harmonioso. A saúde e coesão de uma sociedade dependem, por isso, da saúde e coesão da família. Sóafamíliaconcebidaapartirdocompromissodefinitivo entre um homem e uma mulher pode desempenhar esta função social. As alterações legislativas que, entre nós como noutros países, vêm redefinindo o casamento de forma a nele incluir uniões de pessoas do mesmo sexo, esquecem esta verdade fundamental. A família é a primeira e mais básica das instituições sociais, antes de mais porque assegura a renovação das gerações, sendo a primeira função de qualquer comunidade a de assegurar a sua própria sobrevivência e renovação. E cumpre essa função porque representa o contexto mais adequado e harmonioso para a educação das novas gerações. A família é o santuário da vida e do amor, lugar da manifestação de "uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura" (Papa Francisco). Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa Fátima, 11 de abril de 2013 PROPRIEDADE: CONVÍVIOS FRATERNOS * DIRECTOR REDACTOR: P. VALENTE MATOS * PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO: FIG - INDÚSTRIAS GRÁFICAS, S.A. 239 499 922 PUBLICAÇÃO BIMESTRAL- DEP. LEGALNº 6711/93 - ANO XXXIV- Nº 317 -ABRIL/MAIO 2013* ASSINATURAANUAL: 10 EUROS * TIRAGEM: 10.000 EXS. * PREÇO: 1 EURO O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO "Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turve o vosso coração nem se atemorize. Ouviste o que Eu disse :"vou mas voltarei para vós. Se Me amasseis certamente vos alegrarias por Eu ir. para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Disse-vo-lo agora, antes que aconteça, para que acrediteis.
  • 2. BALADA DA UNIÃO CONVÍVIOS RUMO AO FUTURO NOS DIAS 25, 26 E 27 DE ABRIL DE 2013 1214 - Em Coimbra, para jovens desta diocese. 1215 - Em Fátima, para jovens da diocese de Leiria 1216 - No Seminário de Valadares, para jovens da diocese do Porto 1217 - Na Casa de Retiros de Palmeiral, para jovens da diocese do Algarve. NOS DIAS 8,9 E 10 DE JUNHO De 2013 1219- Seminário do Fundão para Jovens da diocese da Guarda. NOS DIAS 14, 15 E 16 DE JULHO 2013 1220- Na casa de Retiros de Viseu para Jovens desta diocese. NOS DIAS 1, 2 e 3 DE AGOSTO 2013 1221- Eirol, Aveiro para jovens da diocese do Porto. CONVÍVIOS PARA CASAIS NOS DIAS 8, 9 E 10 DE JUNHO DE 2013 40 - Em Eirol, Aveiro, para Casais da diocese do Porto. O encerramento será no salão Paroquial de S. Martinho da Gândara NOS DIAS 15, 16 E 17 DE AGOSTO DE 2013 41 - Em Eirol, Aveiro para Casais da diocese do Porto. Como é já do conhecimento dos jovens e casais dos Convívios, o XL Encontro Nacional Animação do movimento realizar-se-á, como já é costume, no santuário de Fátima, nos dias 14 e 15 de Setembro deste ano. Submetido ao tema “Vai e abraça a Fé”, a ele presidirá o Sr. Bispo de Coimbra D. VirgílioAntunes. Ainda na vivência do ano da fé e como Maria,amulherqueviveutodaasuavida, em Belém, no Egito e em Nazaré, em intimidade profunda com Cristo, mas sempre alimentada e fortalecida pela Fé de que o seu filho era também o Filho de Deus,tambémnós,quenonossoconvívio sentimos uma intimidade profunda e misteriosa com Cristo, precisamos de alimentar e fortalecer permanentemente esta sedução e intimidade com Jesus Cristo,alimentandoefortalecendoperma- nentemente a nossa Fé. É para essa jornada de Fé e deAmor que queremos testemunhar no nosso EncontroNacional,quedesafiamostodos os jovens e casais do movimento, neste anodaFé,paraquevãoaFátimaeabracem com Maria, na intimidade da sua vida, pela fé Jesus Cristo, o grandeAmigo. Damos a conhecer o Programa da nossa Peregrinação: Sábado, 14 de Setembro de 2013 14:30 -Acolhimento, no Centro Pastoral Paulo VI. 14:45-Celebraçãopenitencialcomunitária eindividual,noCentroPastoralPauloVI. 17:00-Desfile,saudaçãoaNossaSenhora e Celebração da Palavra na Capelinha das Aparições (presidida pelos Convívios Fraternos). 18:00-Oração,nacapeladamortedeJesus. 21:30 - Rosário e procissão de velas; com • Recitação do 1º. mistério; • Meditação do rosário (Mistérios Gloriosos), por jovens do movimento. 22:45 - Sarau conviva, no Centro Pastoral Paulo VI. Domingo, 15 de Setembro de 2013 10:00 - Rosário, na Capelinha e procissão para o altar do recinto com: • Recitação do 1º mistério, por um jovem do movimento • Meditação do Rosário (Mistérios Gloriosos), por elementos dos convívios, bem como transporte do andor de Nossa Senhora. 11:00 - Missa internacional, no altar do recinto. • Na Liturgia da Palavra, se possível, um jovem do Movimento, fará umaleitura; •Apresentação de uma intenção própria, a enviar ao Santuário, para a Oração Universal; • Encenação no momento da Acção de Graças de uma prece de consagração a Nossa Senhora, por todas as dioceses presentes. 14:00 - Despedida no Parque nº. 2, nos mesmosmoldesdoanoanterior:sempalco ecomacolocaçãodeumpontodeluzpara podermos ligar a nossa aparelhagem de som, até às 16 horas. XLEncontro NacionalAnimação do movimento “Vai e abraça a Fé”Maria, a Mãe de Deus, foi durante toda a sua vida a mulher que viveu da Fé. EstamosnomêsdeMaio.Mêsqueanatureza entre nós premiou com a beleza e força renovadoradaprimavera.Oscamposcobrem- se de flores, as plantas vestem-se de tenras folhagens, as aves, chilreando, fazem seus ninhos e toda a natureza se engalana festivamente. Foi este mês, considerado dos mais belos do ano, que a devoção do povo escolheu para dedicar, dum modo especial, a louvar Nossa Senhora cognominando-o de Mês de Maria. O mês de Maio ocupa, por isso, na devoção mariana do povo português, um lugar muito especial.FoitambémnomêsdeMaiode1917 queNossaSenhora,comoprofetizadosnovos tempos,setornouvisívelaostrêspastorinhos na Cova da Iria para lhes lembrar - e neles a todoomundo-quesóvivendoaBoaNovade seu Filho os homens seriam felizes e encontrariam a verdadeira paz que tão ansiosamenteprocuravam. Como nós, ela viveu da fé. No decorrer da sua peregrinação terrena, caminha como todos nós, numa estrada iluminada e ao mesmo tempo tenebrosa. EmMaria,comoescreveualguém,aluzdafé, semelhanteàdasestrelas,éumaclaridadeob- scura. Sócommuitahumildade,simplicidadeeamor compreenderemoscomoMariaviveunodiaa diaasuaféeteremoscapacidadeparaacreditar comoela. Maria é, de facto, a mulher que sempre acreditou. Após o anúncio do anjo, crê que algo de extraordinário nela acontecerá. Não compreende,masaceita. Vê nascer seu filho como qualquer criança, emboraemcircunstânciasespeciais,portodos os esquecidos e abandonados. Acolhe os pastores no presépio, dialoga com os sábios do Oriente e recebe seus presentes, mas no seu filho, que leva ao templo para ofereceraoPai,nadamaisdescobrealémduma criançanormalqueresgataporumparderolas. Purifica-secomoqualquermulherjudaicaque dá à luz e não compreende as palavras do velho Simeão nem da profetisa Ana... que "guarda no seu coração". Mas acredita na palavradoanjo;"oquedetinasceráéobrado Espírito Santo". FogecomJoséparaoEgitoparaqueomenino não seja presa da ira de Herodes. Regressa a Nazaré onde vive e vê seu Filho crescerem"sabedoriaeidade"diantedeDeus e dos homens, como qualquer outra criança quebrinca,reza,canta,trabalhaeobedececom amor. Leva-O ao templo, perde-O, procura-O ansiosamente e, quando o repreende. Ele responde: "porque me procuráveis, não sabeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai". Não compreende tal afirmação mas "conserva todas estas coisas no seu coração". Vêseufilho,colaborarnaslidesdacasa,ajudar S. José na carpintaria, brincar com os adolescentes de sua terra, viver a vida normal dos outros jovens da sua rua, partilhar das refeiçõessimplesdoLardaNazaré,necessitando dos mesmos cuidados e preocupações de todos os outros. AfédeMariafoiprovada,masnuncahesitante. Quando seu filho abandona o lar para iniciar o anúncio da Boa Nova, vai ao seu encontro e àqueles que anunciam a sua presença a Jesus, ouve estas palavras: Vai e diz-lhes que "Minha mãeemeusirmãoséfazeravontadedemeupai que está no céu. Não fica desolada, embora triste, "guarda estas palavras no seu coração"Acredita. Noiníciodasuavidapúblicafoiconvidadocom sua mãe para umas bodas de casamento, de noivosamigos,deCaná,daGalileia. Mariasentequeovinhovai-seesgotar.Acredita aomesmotempoqueseufilhotemplenopoder para solucionar o problema poupando o jovem casalaumsériovexame. - "Não têm vinho"..., lembra a teu filho!... - "Que temos nós a ver com isso", responde- lhe Jesus. Mais uma vez a fé de Maria é posta à prova, masjamaisextinta. - "Fazeitudooqueelevosdisser".Eastalhas sãocheiasdeáguaqueaumapalavradoSenhor, se transformam em bom vinho. Depois Maria, de acordo com o Evangelho, apenas acompanha seu filho, reduzido à maior dos sofrimentos, até ao alto do calvário. Mas ela acredita que aquele que foi trocado por Barrabásequecomocriminosocaminhavergado sobopesodacruzparaacrucifixão,éoFilhode Deus e seu filho. A fé de Maria, depois da morte de Jesus, é a única que não vacila mas que vive a alegria de esperança. Todos os discípulos duvidam e se interrogam sobre a ressurreição do Senhor, só Maria vive tal certeza. Por isso o Evangelho não regista qualquer aparição do ressuscitado a sua mãe. Ela esteve sempre com Ele na "realidade" da ressurreição sem nunca d'Ele se afastar. PorissoaIgreja,quenascenodiadoPentecostes, com Maria também presente percorrerá o caminhodosséculoseaHistóriadahumanidade através da fé no Ressuscitado. Por isso Ela e a mãe da Igreja. É a rainha dos crentes. Ela, de facto, é a mulher da fé, o modelo de todos os crentes, neste ano da Fé que estamos a viver. Maria, mulher de Fé 2 Abril/Maio 2013
  • 3. Ainda o rescaldo da visita do núcleo de Psicologia da Universidade de Aveiro No passado dia 8 de Março, foi-me dada a grande oportunidade de experienciar algo que, sem sombra de dúvidas, fez-me abrir os olhos para uma realidade que, apesar de conhecer e saber da sua existência, nunca havia tido a hipótese de contactá-la de uma forma tão próxima e direta. Numa visita de estudo, organizada pelo Núcleo de Psicologia da Universidade de Aveiro (ao qual, desde já, agradeço o seu empenho em proporcionar novas experiencias a todos os estudantes desta área, permitindo-nos crescer como futuros psicólogos) nós, alunos de Psicologia fizemosumavisitaguiadapeloCentroSocial de Apoio a Toxicodependentes Convívios Fraternos II, de Avanca, orientada pelo Sr. Padre Valente de Matos e técnicos. Para além de nos terem proporcionado uma reunião com todos os utentes, foi-nos apresentado o palácio e anexos, dentro dos quais passam os seus dias. Confesso ter ficado surpreendida com todo o conforto e recursos que haviam disponíveis, revelando-me, eu mesma, preconceituosa, achando que, pelo passado de quem aqui vivia, não deveriam ter ao seu dispor tal conforto e regalias a que, se calhar, uma grande parte da população não tem acesso. No entanto, apercebi-me, de imediato, de todo o fundamento que havia por detrás, que vejo agora como sendo de todo correto. Depois do complexo habitacional conhecido,chegouaalturadeconhecertodos os técnicos e habitantes, sendo que, este foi, irrefutavelmente, o momento que mais ficará gravado em todos nós. Neste dia não conhecemos toxicodependentes, não conhecemos ninguém louco por ter um grama de droga, não vimos ninguém descontrolado, desequilibrado, violento, marginal, etc... ou seja, não vimos nada do que a maior parte da sociedade pensa serem as características do carácter de alguém que no passado se deixou cair no consumo e vício em drogas. Quem ler isto, poderá até ficar espantado, mas o que vi, foi sim, grandiosas pessoas com uma força invejável, com um enorme conceito de interajuda e com uma vontade de vencer na vida incrível. Digo mais! Se cada pessoa deste mundo pudesse ter estado frente a frente com estes seres, teria crescido eaprendidomuitocomalguémque,secalhar, até julgavam inferiores a si!Teriam refletido, talcomoeu,eminúmerasquestõesquenunca pensaram ter a passar pela sua mente. Quem nunca fez uma má escolha na vida? Quem nunca quis uma nova oportunidade? Quem nunca quis recomeçar? E quantos conseguirião viverem isolados de tudo e de todos, distante dos que mais ama, lutando contra um vicio e vivendo seguindo um conjunto de normas com as quais são familiares ou não, com as quais concordam ou não, mas têm que as cumprir seja como for? Será que seriam suficientemente fortes para o conseguirem? Os Homens que conheci neste dia são tão fortes quanto tudo isto! Superaram-se, recomeçaram, mudaram e agora querem uma nova oportunidade da sociedade! Se bem repararam, nunca falei destas pessoas como toxicodependentes, pois são bem mais do que isso! Está na hora de, tal como eu, a sociedade abrir os olhos e ver mais além. Ver além das aparências, ver além do preconceito, ver além do passado de alguém e sim olhar cada pessoa pelo que ela é no presente, tendo em conta tudo o que ela passou ao longo da vida, e como cresceu com isso. Da minha parte só me resta agradecer por tudo o que me ensinaram e por se terem exposto de uma forma tão transparente, perante alguém que nem conhecem. A vós, Homens com um grande "H", quando vos perguntarem o que foram no passado não o retratem com vergonha, mas sim com orgulho, pois foi tudo pelo que passaram que vos tornou estes seres fortes e incríveis que são hoje! A todos muito obrigado, Daniela Valente Orgulho num recomeço Quarenta e três alunos do Agrupamento da Escolas de Estarreja visitaram na tarde do dia 11 de Março a comunidade Terapêutica de Santa Marinha do centro Social Convívios Fraternos acompanhados de alguns professores. Ao entrar na comunidade foi notória a alegria, o sonho, a esperança no futuro e a felicidade daqueles jovens a crescerem numa sociedade, se calhar, para eles menos esperançosa pelas dificuldades e perspetivas do seu futuro. Divididos em dois grupos e orientados por técnicos da comunidade visitaram com muito interesse e curiosidade as suas dependências tendo recebido durante a visita respostas a algumas interrogações e curiosidade pelo que iam observando, e desfazendo e destruindo a ideia de que uma comunidade para jovens com problemas de toxicodependência tenha uma estrutura muito rígida, austera e desconfortável. Terminada a visita às instalações os dois grupos encontraram-se na sala de reuniões onde lhes foi explicado o método de tratamento dos visitados e a sua aceitação, a disciplina da casa e seus problemas, e dada a resposta a muitas dúvidas e curiosidades. A 2ª parte desta reunião teve já a presença dos residentes, maiores e menores, que livremente se quiseram associar aos visitantes. Esta parte das visitas à comunidade é a mais rica e proveitosa para os jovens que a visitam porque um alerta muito grande e muito grave aqueles que, por ventura, já experimentaram ou consumiram drogas chamadas leves, "canabinoides", e prevenção muito eficaz para a maioria dos que ainda não tiveram quaisquer experiências deste género. Foram dados, por alguns menores - esta Visita de alunos da Escola Secundária à comunidade Terapêutica de Santa Marinha comunidade tem de momento uma percentagem na sua população de 50% de menores-, o testemunho da sua vivência nas drogaserespectivasconsequênciasnasuavida escolar, familiar e social. Destruição total dos seus anos de adolescência. Igualmente dois residentes adultos, já com 38 anos, testemunharam a sua caminhada de drogas desde os 14 e 13 anos, até ao momento actual com os seus dramas, a sua destruição total em todos os sectores da sua vida. Todo o mal a que a sua vida de drogas os conduziu, as dificuldades tremendas em delas se libertarem, e a esperança de que este tratamento que estão a fazer não seja mais um, mas seja um encontro da felicidade perdida na libertação das drogas, o seu renascer. Várias perguntas pelos jovens foram feitas aos residentes menores e adultos sobre muitos problemas relacionados com a vida das drogas e suas consequências. Todas se concretizaram em duas: Os menores afirmaram e alertaram os visitantes para terem a certeza de que os consumos de "drogas leves, … os charros etc, destruíramanormalidadedasuavidaem todos os sentidos, influenciaram e todo o seu comportamento, e que agora não era tão fácil, como julgavam, delas se libertarem. Nas respostas dos adultos foi-lhes transmitida esta certeza: "as drogas, quando nelas entramos e tomamos consciência dos seus efeitos destruidores, ou acabamos com elas radicalmente de uma vez para sempre ou dificilmente delas nos conseguimos libertar na vida. E porque é muito difícil nos libertarmos delas, elas acabarão por nos destruir totalmente." Conselho dado por todos os residentes a todos os visitantes: se quereis ser felizes, nunca experimenteis qualquer droga. Ao aproximar-se o fim do ano escolar em que o Centro Social Convivios-Fraternos, em parceria com o Instituto de Segurança SocialecomaEscolaEB2.3/SProf.Dr.Egas Moniz, em Avanca, organizaram um Plano Integrado de Educação e Formação (PIEF) com duas turmas frequentadas por 21 menores desta Instituição, é tempo de avaliar os seus resultados, as dificuldades e problemas encontrados e perspetivar e preparar o novo ano para que ele possa ser mais calmo e proveitoso para dar resposta ao problema escolar destes menores muito problemáticos e de difícil socialização. Para melhor se inteirarem do ambiente social e familiar e pedagógico onde se encontram em tratamento e dos graves problemas que marcaram e afectaram gravemente a sua vida de jovens, quiseram visitar a Comunidade de Santa Marinha, no dia 8 de Maio o Diretor do Agrupamento de Escolas de Estarreja, Prof. Jorge Ventura, e no dia 20 de Maio o Corpo Docente dos PIEF. Foi enriquecedor para os visitantes e para os técnicos da instituição o diálogo estabelecido sobre a vivência destes menores na comunidade e sobre as suas reações ao programa terapêutico que lhes é oferecido. Sobressaiu, ao fim das visitas, o desejo e a promessa de uma colaboração mais próxima e atenta entre a escola e a instituição. VISITAS À COMUNIDADE DE SANTAMARINHA
  • 4. JOVENS EM ALERTA Como explicar o inexplicável? Como alguém disse, "Não se explica, sente-se". Então, nada melhor do que exprimir aquilo que senti, ao longo de três dias tão intensos, tão vividos! No primeiro dia, estava tudo a correr como eu previa. Estávamo-nos a conhecer uns aos outros, a descobrir opiniões e vivências comuns, ou até mesmo divergentes, mas estava realmente tudo a correr muito bem! No segundo dia, as coisas começaram a mudardefigura,começaramaganharoutra dimensão, outro impacto, outra intensidade. Parece que me foram abrindo o coração aos poucos, de forma gradual. Ainda a porta do meu coração estava entreaberta, quando, ao ouvir um testemunho, veio uma "rajada de vento", que abriu a porta por inteiro, assim de repente, com toda a força. E, quando dou por mim, não conseguia parar de chorar… as lágrimas eram mais que muitas, mas o alívio é cada vez maior. Ao chorar e ao desabafar, sentia que todas as minhas angústias, que há tanto me perturbavam, abandonavam o meu peito, apesar de ser a passo lento. No final deste dia, uma vez perdoada por Cristo, numa eucaristia, comunguei, algo que não me lembrava de quando tinha sido a última vez que o tinha feito. E, assim que a hóstia se começa a dissolver na minha boca, senti um "booom", um arrepio que percorreu todo o meu corpo num instante. E quando dei por mim, tinha os olhos carregados de lágrimas, lá estava eu a chorar, outra vez, e a pensar: "Mas, o que foi isto?". E a Encontrei-me e Encontrei-O resposta não tardou a aparecer… Finalmente encontrei e senti Jesus Cristo dentro de mim! Foi este encontro com Ele e o Seu perdão, que me fizeram perdoar- me a mim mesma, e voltar a encontrar-me! Antes do Convívio Fraterno, sentia-me como um "poço", cheia de coisas que não serviam para nada, não tinham interesse, e aos poucos, durante aqueles 3 dias, essas coisas foram desaparecendo, dando lugar a uma paz, uma serenidade e a um sentimento de pertença muito grande. Porque não há nada melhor do que sentirmos que quem nos está a ouvir, não nos julga, simplesmente nos acolhe no seu coração, aceitando-nos tal como somos. E foi isso que senti da parte da equipa coordenadora (e dos seus ajudantes) e dos meus colegas, novos convivas, e principalmente, daquele meu amigo, Jesus Cristo, que de vez em quando me passa uma rasteira, para que eu caia, mas o mais importante, é que nunca se esquece de pôr alguém ao meu lado, para me ajudar a levantar! Deste Convívio Fraterno trago amigos, mas também palavras que nunca mais vou esquecer, como "Põe-te a mexer", "Faz o Deus espera de ti" e "Vai pelo Mundo mostrar a tua herança". E são elas que me servem de alento para este 4º dia, que me incentivam a rezar, a lutar, mas principalmente a não desistir! Foi sem dúvida uma experiência que me mudou, que me renovou e fez renascer, rumo à felicidade, no amor de Deus! Cátia Bessa; CF 1215 Diocese de Leiria- Fátima Diocese do Porto Foi nos passados dias 22, 23 e 24 de Fevereiro que teve lugar o convívio n.º 1211 da diocese Porto Sul em Eirol. Ao todo 22 jovens fizeram o seu convívio tendo a oportunidade de se encontrarem consigo, com o próximo e com DEUS. Não fomos muitos, mas como disse CRISTO “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estarei Eu no meio deles (Mt 18, 20)", e nós eramos muitos mais! Talvez por isso todos O sentimos realmente no meio de nós. Na primeira noite todos se estranhavam um pouco, já que como é habitual ninguém se conhecia muito bem. Alias este também foi o primeiro convívio da equipa coordenadora, peloqueestávamosquaseempédeigualdade com os novos convivas. A verdade é que independentemente disto rapidamente todos nos sentimos unidos neste amor de imenso de CRISTO, criando uma ligação entre todos até então desconhecida. Aqueles que antes não se conheciam, sentiram-se parte desta Igreja de CRISTO, unida no mesmo amor intemporal. Foi interessante ver o desenvolvimento das expressões dos jovens ao longo dos três dias, começaram por terem expressões fechadas em si mesmo, evoluindo de tal forma que no ultimo dia a expressão era de alegria e entrega ao outro e a CRISTO. Este já não era um estranho, mas sim um amigo que nos acompanha e apoia. Foi talvez esta uma das maiores lições que todos aprendemos no convívio, o amor de CRISTO. Neste período de Pascoa que estamos a festejar, a RESSUREIÇÃO de JE- SUS tornou-se evidente no coração de todos os jovens que participaram no convívio, pois tiveram a oportunidade de o sentir no meio de nós, de uma forma que não conseguiam negar! Unidos no amor, com confiança renovada em si mesmos, surgiu a força para enfrentar as dificuldades que todos temos que enfrentar, bem como a vontade de mostrar a todos a alegria que sentem mostrando que CRISTO está vivo entre NÓS. Pela equipa coordenadora Deram-nos este dia de feriado e logo pensamos que o devíamos aproveitar bem, sim porque cada vez mais o tempo se torna um bem precioso. Foi nos dias 5, 6 e 7 de Outubro de 2012 que aconteceu o 39º. CF de casais. Mas desta vez foi tempo de procura, tempo de ouvir e pensar… e lá no interior falou Deus sobre o que pede-nos ao nosso tempo. Tempo para ser, tempo para amar, tempo de ajudar… E coube a cada um dos 18 casais que fizeram pela primeira vez esta experiência descobrir o que mudar em cada uma das suas famílias e como mudar… "Tempo para parar" certamente que mudando cada um deles para que os dois sejam um só. Depois o tempo destes 3 dias passou para o tempo de concretizar os propósitos, tempo de viver o compromisso e disso nos falaram no encerramento que teve lugar no salão paroquial de Travanca (Santa Maria da Feira) onde o núcleo, recém criado, com ajuda dos Jovens acolheu este convívio. Agora o 4º. dia será caminho com os demais casais para, no núcleo, crescer em Cristo pelo testemunho, pela solidariedade, amizade, partilha eAlegria… A equipa coordenadora Convívio-Fraterno Nº 39 de Casais Convívio - Fraterno Nº 1211 da diocese do Porto Convívio - Fraterno Nº 1215 da diocese Leiria - Fátima 4 Abril/Maio 2013
  • 5. JOVENS EM ALERTA Diocese de Évora Foi com algumas incertezas e dúvidas que 41 jovens daArquidiocese de Évora viveram pela primeira vez a experiência de um Convívio Fraterno. O CF 1212 realizou-se nos dias 24, 25, 26 e 27 de Março, no Seminário Menor deVilaViçosa, num clima de descoberta do interior e desprendimento do exterior. Ao longo do Convívio Fraterno foi cre- scendo em cada um o silêncio interior, tão necessário ao encontro com Jesus Cristo, cuja descoberta foi ajudando a dissipar as dúvidas e incertezas que cada um trazia. Apesar do frio que ainda se fazia sentir, Cristo aqueceu cada um dos corações, e acalmou a ansiedade e a impaciência, próprias de quem parte à descoberta! Foi possível fazer realmente encontro com Deus, e descobrir o Seu projeto para cada um. Foi possível cada um descobrir-se também a si próprio, e perceber que a Felicidade só é verdadeira quando se completa no encontro com os outros e com Deus, quando nos despojamos daquilo que nos pesa e nos limita. O encerramento marcou o início da caminhadado4.ºdia,naconstruçãodaIgreja, e na tomada de consciência de que cada um é um membro insubstituível do Corpo de Cristo! NesteAno da Fé, cada um dos jovens do CF 1212 sabe agora que é na vida e com a vida que se aprende a dizer verdadeiramente "sim, eu creio"! Pela Equipa Coordenadora Teresa Vilela Grande Porto Grande Porto; grande convívio; grande gente; grande malta; foi tudo em grande!... Antes do Convívio: grande Expetativa, grande adiamento, grande espera, grande preparação. Durante o Convívio: grande receção, grande equipa, grande ritmo, grande entusiasmo, grande Presença! E ainda: grande proximidade, grande partilha, grande intimidade, grande celebração. No encerramento: grande presença, grande colo, grande coração, grande alarme… E ainda: grande abraço, grande despedida, grande aniversário, grande noite. E depois, a vida: grande saudade, grande desafio, grande futuro, grande vida! DEUS EM GRANDE!... Moutinho de Carvalho 1216º Convívio Fraterno Descoberta interior e desprendimento externo Vivemos uma época em que falamos muito em crise, o tema das nossas conversas tem sempre a palavra CRISE. Na realidade crise é falta de algo, um momento perigoso ou difícil de uma evolução. Esta palavra transmite-nos algo negativo. Mas a crise por vezes torna-se necessária porque obriga-nos a parar para refletirmos como podemos ultrapassar este momento difícil, como vamos ultrapassar a crise?! Será assim tão importante dar resposta a esta questão, ou será melhor começarmos a combater a crise com atitudes, pensamentos e comportamentos "positivos" que lutem contra a CRISE. Está na moda, "O Vale Tudo", mas vale mesmo tudo para combater a crise ou o combate começa por mim e por ti que por vezes nos queixamos da vida e esquecemo- nos que pelo simples facto de a termos já devemos estar agradecidos, e já agora que temos o dom da vida vamos vivê-la e não desperdiça-la. Tudo isto acontece porque no corre, corre do dia-a-dia e não damos conta que a vida é um instante, é um momento que me foge... E para que a vida não me fuga e não se perca num instante é preciso parar e refletir. E foi o que dezoito jovens, da diocese de Viana do Castelo, fizeram nos dias 25, 26 e 27 de Abril, no Seminário dos Passionistas em Barroselas, onde se realizou o Convívio Fraterno n.º 1218, com o objectivo combaterem a crise de falta de tempo, de falta de esperança e de falta de Deus em nossas vidas. Deixaram para trás: os amigos, a família, e um fim-de-semana igual a tantos outros... Pela frente um desafio!... Três dias totalmente diferentes, era tempo de esquecer a CRISE e fazer uma pausa, para partilhar, para reflectir, para interrogar, para ter dúvidas, para brincar, para sorrir, para falar, para encontrar, para reencontrar, e o mais importante para falar com Jesus Cristo que ansiosamente aguardava a nossa chegada. Jesus também nos falou!... Convidou-nos a fazer silêncio e a escutá-lo. Foi seduzindo e conquistando cada jovem, e pouco a pouco foi entrando e falando ao coração de cada um. Jesus foi acolhido!... Fez-se sentir... E apela- nos a segui-lo, a anunciá-lo, a imitá-lo, e diz- nos que estará sempre presente em toda a nossa caminhada. Não nos abandona, é o amigo sempre presente. É aquele que pega em nós ao colo, sobretudo naqueles momentos em que até julgamos que Ele nos esqueceu. É nesses momentos que Ele nos pega ao colo com mais carinho e nos carrega caso seja necessário. É neste encontro com J.C. que melhor percebemos e entendemos o verdadeiro sentido da palavra AMAR. J.C. amou-nos em primeiro lugar, e nós devemos corresponder ao seu amor infinito, dando um pouco de nós aos outros e a Deus, porque uma coisa é certa J.C. a todos ama com as suas qualidades e defeitos. E todos nós conseguimos perceber que este JesusAmigo sempre estive connosco, bem dentro de nós, por isso no final do 3º dia todos lhe cantávamos: "A minha vida é um instante, é um momento que me foge. Para Te amar, ó Deus amante, eu só tenho o dia de hoje...". A festa de encerramento foi no Salão Paroquial de Perre que contou com a presença de convivas, familiares e amigos que dispuseram o espaço de uma forma bastante acolhedora. Os jovens transmitiram a sua alegria, trocaram experiências, e o encerramento culminou com a celebração da Eucaristia, onde todos celebraram as graças concedidas. Se por vezes nem tudo acontece como queremos. Não esqueçamos que há alguém que sabe o que é melhor para nós em cada momento. E mesmo que por vezes possa parecer, Jesus nunca nos abandonará, mas sealguémtemdúvidasficamassuaspalavras: "…Eu estarei convosco, todos os dias, até ao fim do mundo." Mt 28, 20 Equipa Coordenadora. "A minha vida é um instante... E num instante encontrei-me com Ele para que a minha vida tenha mais vida..." Convívio-Fraterno Nº 1216 da diocese do Porto Convívio-Fraterno Nº 1212 da diocese de Évora Convívio - Fraterno Nº 1218 da diocese Viana do Castelo 5Abril/Maio 2013
  • 6. No passado dia 13 de Abril, 2.º sábado a seguir à Páscoa realizou-se em Valadares e como programado, o II Encontro Nacional deAntigos Coordenadores até ao Convívio 200. O reencontro naturalmente foi fundado no passado e revivido nesse espaço de memórias de uma missão, na altura vivida com profundo entusiamo, a percorrer o país para lançar o movimento no plano nacional, e cujo espírito continua nos nossos corações nas amizades que fizemos, no ideal de vida que projetamos e na fé que reforçamos. Ou seja, na altura, um jovem movimento a viver uma dinâmica de Igreja Jovem seduzida por Jesus Cristo, ainda hoje, O Único a Quem sempre Iremos a quem viveu a experiência de convívio fraterno, há muitos anos, e que tem muito a partilhar porque anda "pelo mundo a cantar a sua herança". Como nos lembra o Papa Francisco "No caminhar, no construir, no confessar, às vezes há problemas, movimentos que não são propriamente os movimentos do caminho, movimentos que nos levam para trás." e esta complexidade da vida e das encruzilhas em que nos coloca, não deixou de ser lembrada, assim como os amigos que já partiram e por quem oramos na celebração eucarística onde João nos confidenciava a boa nova de que "Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem" aguardando que nos libertássemos do turbilhão das ondas e, trazendo a nossa parte da "pesca" vençamos, com Ele, as nossas II Encontro Nacional de Antigos Coordenadores De 18 a 21 de Abril, realizou-se o Convívio Fraterno 1213, pelo IDESO em Eirol, onde 14 jovens da diocese de Aveiro foram capazes de vencer o nervosismo e os seus receios de partir à descoberta.Todos sabemos que não é fácil dar o passo de enfrentar o desconhecido porém, algo os chamou a estarem presentes naqueles dias, e a darem o seu "sim" a esta grande família de Convivas. Desde logo, foram convidados a "gastarem" a vida e a aproveitarem cada momento: cada sorriso, cada toque, cada abraço, cada pessoa. Vida essa que se assemelhava em muito a uma viagem de barco, em que muitas vezes não tiramos partido das ferramentas que Deus nos dá para nos orientarmos e chegarmos a bom porto, acabando por perder o nosso rumo. No entanto, mesmo que não consigamos fazê-lo ou até mesmo que nos tentemos afastar d'Ele, Deus insiste e não desiste de nos levar ao cais da felicidade - tal como uma estrela polar que brilha aos navegadores, por muito que a noite esteja escura. Aprendemos também que cada um de nós forma a verdadeira Igreja, e tem um papel fundamental que nenhuma outra pessoa poderá ocupar. Assim como um barco não pode navegar sem remos, vela ou âncora, da mesma forma nós formamos um puzzle que nunca ficará completo se não colocarmos todos os nossos dons ao serviço de Deus. Estes, foram sem dúvida dias de partilha, fraternidade, comunhão e vivência do verdadeiro sentido de "ser cristão". Que os 14 convivas do CF1213 nunca se esqueçam do que viveram e sentiram durante esses dias. E, principalmente, que nunca se esqueçam de que a Eucaristia de encerramento no Seminário deAveiro não foi o fim, mas sim o retomar de uma viagem, cuja diferença não está no mundo lá fora, mas sim no vosso interior. Que a estrela polar de Cristo vos sirva sempre de guia nas vossas decisões futuras, para que consigam assim ser reflexo d'Ele para todos quantos se cruzarem convosco! A equipa coordenadora Diocese de Aveiro Partir à descoberta Foi com muita alegria e entusiasmo que no passado dia 1 de Maio de 2013, realizou-se mais um Convívio Animação da Zona Pas- toral Sul da Diocese do Porto para casais convivas, no salão paroquial de Mosteirô (Santa Maria da Feira), durante todo o dia, com a presença de cerca de 30 casais.Aparte da manhã foi preenchida com uma reflexão sobre um tema do ano da Fé "Ninguém vem a Mim se o Pai não o atrair", orientado pelo Diácono Permanente João Domingos Fonseca e sua esposa Lurdes, também casal conviva. O testemunho deste casal levou-nos a reflectir sobre os actos de fé que fazemos ao longo da nossa vida, nos bons e maus momentos, trazendo algumas dúvidas, mas também certezas. O caminho da Fé atrai- nos ao Pai. "A fé cristã apresenta a sua originalidade na sua relação com Cristo. Ele é o coração da fé. É o fundamento seguro, o conteúdo essencial e o termo vivo e pessoal do acto de fé. Só com o olhar fixo em Jesus é que o cristão aprende a conhecer a presença e a acção de Deusqueorodeiaeochamaaumacomunhão nova". Por outro lado vivemos o projecto e o desafio "Ninguém vem a Mim se o Pai não o atrair" da Nova Evangelização que há-de traduzir-se noanúnciodessemesmoJesuscommaisardor e entusiasmo, como novos métodos e novas expressões. Concluiu-se que, como nos diz São Paulo, "a Fé sem obras é morta…". Os casais reflectiram, em pequenos grupos, sobre a importância da vivência em comunidade cristã que gira em torno de Jesus Cristo, constrói-se à volta d'Ele e é d'Ele que recebe vida, amor e paz. A comunidade tem de ser o lugar onde fazemos, verdadeiramente, a experiência de Jesus ressuscitado. É nos gestos de amor, partilha, serviço, encontro e fraternidade que encontramos Jesus vivo a transformar e a renovar o mundo. Seguiu-se o almoço partilhado, tarde de convívio com muita boa disposição e para terminarmos o encontro "em grande" foi celebrada a Eucaristia e no final desta fizemos um assalto aos merendeiros que cada casal trouxe para o lanche. Como de costume, no final deste Convívio Animação, houve a despedida com muitos abraços e beijinhos e com a promessa de estarmos presentes no próximo que se realiza no mês de Outubro do corrente ano. O Secretariado Diocesano do Porto dos Casais Convivas Convívio - Fraterno Nº 1213 da diocese deAveiro porque só Ele tem Palavras de Vida Eterna. Os 25 presentes das Dioceses de Lamego, Porto, Portalegre e Castelo Branco, Santarém e Setúbal não ignoraram que a palavra Movimento pressupõe ser o motor de uma dinâmica de futuro e, como tal, interrogaram-se sobre o seu papel atual na Igreja e nos Convívios Fraternos nas suas dioceses e nas paróquias. Neste espírito partilhamos iniciativas que têm sido promovidas nas dioceses e na necessidade de criar espaços de acolhimento específicos fadigas e fragilidades. Para o ano projetamos a nossa vontade de nos entrarmos em Castelo de Vide a 3 de Maio. Se leres esta notícia e não tens estado a ser contactado ajuda-nos a recuperar o teu endereço de correio eletrónico para facilitar a partilha de próximas dinâmicas e acolher as tuas sugestões em http://goo.gl/DjShJ ou, se preferires, o acesso móvel pelo QRCODE anexo. Fernanda (59.º) e António Manuel (42.º) Convívio de casais da Diocese do Porto Abril/Maio 2013 JOVENS EM ALERTA6
  • 7. BALADA DA UNIÃO "O Senhor é meu Pastor, nada me falta, nada me falta! Acabo de realizar o convívio fraterno nº1211 em Eirol,Aveiro. Mais uma vez tive a bênção de ser chamado a testemunhar este Cristo de braços abertos e gostava de partilhar convosco esta experiência. Eirol é um pequeno ponto no mapa, mas para mim é exemplo de como todo o mundo deveria ser.Achegada a esta alegre casinha, é como encontrar um Pai que aguarda ansiosamente por nós, e mal nos vê, corre para nos abraçar. E esteAbraço... é daqueles que nos parte os ossos, é daqueles em que se sente que o verdadeiroAmor, éAmar sem limites! Este Pai olha para nós, trespassa o nosso olhar, penetra-nos no coração e diz: "Podes contar comigo, jamais te abandonarei!". Ele aceita-nos com as nossas limitações e fraquezas, tal como somos. Ao longo destes três dias foi isso que se passou Em cada um destes 22 novos convivas foi sentindo este Abraço que nos prende e jamais nos larga! Quem é tocado por Cristo, já não fica igual. É uma nova vida que desperta, um novo tempo que começa a contar. "Depois de Cristo" já não estamos sós. Estes jovens foram passando misteriosamente de um tom carregado para um tom desprendido... os sorrisos começaram a iluminar Eirol. E de repente, lá estavas TU no nosso meio, a dizer que podemos ser felizes com um olhar cheio de amor. E pronto... Brincalhão como és, provocas-nos, estimulas-nos, testas os nossos limites... sabes que somos capazes de melhor! E nós deixamo-nos embalar por TI e não damos pelo tempo passar... És o bom Pastor que cuida das suas ovelhas. E depois... vem a tranquilidade, mas também a vontade de fazer algo pelos outros... ser como Tu, Cristo! Ajuda-nos, Senhor, a ser como Tu! Muitas vezes o 4º dia é "pintado" como o pior que nos pode acontecer! Ter que deixar o Teu Abraço e voltar lá para fora...! Mas qualéopastorqueabandonaassuasovelhas? Não teria sido mais fácil para Ti, Cristo, não ter levado avante a tua missão? Mas Tu abraçaste a Cruz com todas as forças que tinhas. São João de Deus foi apelidado de "louco" pordeixartudooquepossuía,mesmoaroupa do corpo, e dedicar a sua vida aos doentes desprezados pela sociedade. Certo dia vinha com um doente aos ombros que encontrara abandonado na estrada e com comida nas mãos para dar aos demais, e ao subir as escadas escorregou e caiu! Logo se amaldiçoou pela pouca força que tinha... deveria ter aguentado! Será ele "louco"? Quem quer ir além do Bojador, tem de ir além da dor. Cada um de nós tem também de abraçar a sua cruz com todas as suas forças! Não usar os dons que temos, as nossas aptidões e qualidades em prol dos outros é como deixar apodrecer a mais saborosa laranja. Cristo convida-nos a ser os "loucos" da nossa família, paróquia e sociedade! Espero que cada um de nós, e em especial estes 22 novos convivas, consigamos ser as mãos, os pés e os lábios de Cristo. Ele morreu de braços abertos, como quem abraça o mundo... Teremos nós a força, a coragem e o amor de não viver com os nossos cruzados? Saí de Eirol com este sentido de missão, de dar um pouco mais do que tenho, de correr riscos... Contigo a meu lado, o que é que pode correr mal? Tu és o Bom Pastor e eu a tua ovelha e, por isso, nada me faltará! Domingos Terra C.F. 834 De 22 a 25 de Março, no final da Quaresma, realizou-se na diocese, mais um Convívio Fraterno, na Casa das Irmãs de S. José de Cluny. O Convívio Fraterno 1210 reuniu quarenta jovens de várias paróquias da dio- cese que, junto de outros jovens convivas, vieram conhecer o Cristo que se entregou na cruz para nos libertar e para nos dar a salvação. Ao longo dos três dias de Convívio Fraterno, alguns destes jovens vieram para ter um primeiro encontro com Jesus, outros vieram continuar a sua caminhada na fé e prosseguir em Igreja e, ao longo dos mesmos três dias, nós, jovens convivas que acompanhámos estes jovens neste Convívio Fraterno, acolhemo-los e alegrámo-nos com os seus encontros, com as suas partilhas, com os seus sorrisos, com a transformação que só o Amor de Deus e a vivência a partir d'Ele nos pode dar. Estar em Convívio Fraterno e viver neste Movimento que é uma verdadeira família, junto das Irmãs de S. José de Cluny, que nos acolhem sempre com tanto amor é acolher Deus nas nossas vidas e, à Sua semelhança, amarcomoElenosama.Quesaibamosfirmar a nossa fé neste amor tão grande e saibamos olhar o mundo pelo olhar do Pai. Liliana Nabais Diocese de Santarém Diocese de Santarém Diocese do Algarve No passado mês de Abril, 32 jovens entraram numa casa desconhecida e desconhecendo a maioria das pessoas lá presentes. Uns com a curiosidade de querer saber o que é o Convívio Fraterno, outros querendo "despachar" este momento, e outros, ainda, com a audácia de querer viver plenamente este encontro pessoal, com Deus e com os outros… Prescindiram das suas Vidas normais… e o milagre do Amor do Pai operou maravilhas nos seus corações e cada uma destas pessoas jovens acabou por viver verdadeiramente o dia da Liberdade!!... e sentir a verdadeira alegria de se ser Cristão! "Querem vir ver… ou querem viver??" foi das primeiras perguntas lançadas… Muitas vezes, vemos a Vida, vemos Jesus mas não O vivemos… E esse foi o primeiro grande desafio… Os dias decorreram… a 25 Abril depararam- se com o Cristo que nos liberta, que nos perdoa e nos ensina a amar e a perdoar… …a 26 de Abril, encontrámos o Perdão em nossas Vidas e sentimo-lO habitar em cada um dos nossos corações…foi a Festa do filho que retorna à casa do Pai, foi a Festa da Ressurreição!... …a 27 de Abril, descobrimos a importância que temos na história da nossa Igreja e o quão importante é a nossa contribuição na construção de um mundo melhor, através da partilha da herança que herdámos, em par- ticular no 1217. Sabemos que o 4ºdia não será fácil… Imensas dúvidas, imensas recaídas, imensas falhas… inerentes à nossa condição de ser humano. Sabemos que, por sermos como somos, a nossa relação com Deus será como a tal elipse: uns momentos estaremos mais próximos dEle, outras vezes estaremos mais distantes… e a nossa luzinha irá passar por ventos fortes e tempestades! Mas também sabemos que Ele está sempre connosco… Ainda que tudo na nossa Vida nos pareça falhar, Ele não nos falha, está sempre presente e à nossa espera para nos orientar e (re)erguer!... e a nós, basta a cada instante da nossa vida, busca-LO… À despedida, no meio da emoção e alegria, todos saímos com uma certeza: vivemo-lO…e queremos continuar a Viver Cristo nas nossas Vidas!! "Nem sempre é fácil acreditar…… o caminhar… O mundo faz-nos duvidar… Mas a Tua luz, Jesus… faz-nos avançar!!!!... e a espalhar: Que És porto seguro, és nosso abrigo Dás-nos esperança que só o Amor é real! Que a Vida sem perdão não conhecerá a alegria de amar...amar, amar! "Ide por todo o mundo", difundir a semente do Amor. Queremos testemunhar A Alegria de seres o nosso Senhor! A Alegria de seres o nosso Senhor! Queremos crescer e entregar as nossas vidas em união. E quando caírmos, olhando ao Alto… enches de Vida cada coração!... de amor, de amor…" Querem vir ver... ou querem viver? Convívio-Fraterno Nº 1217 da diocese doAlgarve 7Abril/Maio 2013 Diocese de Coimbra O Vírus espalhou-se pelo Convívio Fraterno 1214 e os seus 24 novos convivas! Este Vírus chama-se Amor de Deus e esteve presente nos dias 24 a 27 de Abril na Casa ConVidaemQuiaiosnaDiocesedeCoimbra. Espera-se que se continue a espalhar por toda a Diocese nos próximos dias. Os sintomas foram abalos, Palavra, sorrisos, coraçõesquentes,abraços,narizesvermelhos e espirros... Por entre dúvidas e realidades difíceis, a receita foi a descoberta de que somos únicos e amados pelo Pai, cada um ao seu jeito, experimentando o Seu abraço bem apertado e aconchego da Sua Família - a nossa Igreja - e conhecendo o sentido de que a felicidade se encontra no ir pelo mundo levar a Sua herança. Indo para o Convívio, p’ro meu lindo e belo CF, aí que bela festa! CF... É o 1214!!! Pelos que fizeram este caminho, Mónica Rocha O Vírus do Amor de Deus! Convívio-Fraterno Nº 1210 da diocese de Santarém Convívio-Fraterno Nº 1214 da diocese de Coimbra
  • 8. BALADA DA UNIÃO Balada da União Propriedade Editorial eAdministração Convívios Fraternos N.I.P.C. 503298689 Tlef: 234 884474 Fax: 234 880904 Director e Redactor: P. Valente de Matos Depósito Legal: 634/82 - Nº de Registo: 108164 Este Jornal encontra-se em www.conviviosfraternos.com Rua Júlio Narciso Neves Nº 65 3860-129Avanca 1. No seguimento da última Visita ad limina Apostolorum, os bispos de Portugal decidiram promover um amplo movimento de auscultação junto do Povo de Deus em ordem à revitalização do tecido pastoral da Igreja em Portugal.Arecente eleição do Papa Francisco e as linhas pastorais que já nos traçou são para nós um alento de esperança a "viver a doce e reconfortante alegria de evangelizar". 2. Foram muitos e todos igualmente importantes os contributos que recebemos, pelo que não podemos deixar de expressar a todas as pessoas envolvidas neste processo o nosso grande apreço e a nossa mais pro- fundagratidão.Reunidosecompulsadostodos os contributos recebidos, fazemos agora o elenco dos apelos mais insistentemente repetidos, alguns dos quais já assimilados na vidadasnossascomunidadeseclesiais.Pedia- se: a) uma Igreja permanentemente em estado deoração,formação,renovaçãoemissão,cada vez mais atenta a todas as pessoas e aos sinais dos tempos; b) uma Igreja mais dinâmica e participativa, discipularemissionária,próximaeacolhedora, aoestilodeJesus,BomPastor,edasprimeiras comunidades cristãs admiravelmente retratadas nosAtos dosApóstolos (Act 2,42 47; 4,32 35; 5,12 15); c) uma Igreja intensamente marcada pela prática da caridade fraterna, que não fique à espera das pessoas, mas que vá ao seu encontro; d) uma Igreja que se faça companheira de viagem dos jovens, sempre atenta aos seus sonhos, anseios e problemas, tendo em conta que os jovens procuram a Igreja, não para se divertirem, mas para se alimentarem interiormente; e) uma Igreja que sinta, viva, partilhe e se empenhe a ajudar a resolver os inúmeros problemas que hoje assolam as famílias; f) uma Igreja que busque sempre o empenho e a participação de todos, sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos, para juntos auscultarmos e seguirmos os rumos que Deus nos quiser indicar. 3. Estes elementos recolhidos e agora postos em realce viram-se verificados e confirmados pelo Inquérito levado a efeito pela Universidade Católica Portuguesa, sobre "Identidades Religiosas em Portugal - Representações, Valores e Práticas", que chamou a nossa atenção para uma certa desafeição e quebra de laços de pertença à Igreja de uma parte da população portuguesa, com particular incidência nos jovens. 4.Arecente realização do Sínodo dos Bispos, em Roma, pediu insistentemente muito maior empenho, dedicação e carinho na transmissão da fé, mãos nas mãos, de modo a que nos tornemos cristãos convictos e credíveis, bem assentes sobre o único fundamento que é Je- sus Cristo (1 Cor 3,11). Pediu também um olhar novo, atento, comovido e evangelizador para este mundo que Deus criou e ama, e que é sua plantação dileta (Is 61,3). 5. Também não podemos descurar que os caminhosqueagoraseabremàIgrejaemPor- tugal vêm à luz no contexto doAno da Fé, do cinquentenário do Concílio Vaticano II e da Promover a Renovação da Pastoral da Igreja em Portugal Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa caminhada para o centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima. 6. Considerado atentamente todo o processo e o seu enquadramento eclesial, a Igreja em Portugalpropõe-setrilharemcomunhão,num sócoraçãoenumasóalma,osseguintesrumos: A) Primado da graça e nova mentalidade Formar comunidades assentes no primado da graça, da contemplação, da comunhão e da oração, sabendo todos bem, pastores e fiéis leigos, que o essencial da vivência cristã e dos frutos pastorais na vida da comunidade não depende tanto do nosso esforço de programação e da multiplicação dos nossos passos e afazeres, mas depende sobretudo da transformação da nossa mente e da conversão do nosso coração operadas pela ação da graça de Jesus Cristo, que disse: "Sem mim, nada podeis fazer" (Jo 15,5). Neste sentido, queremos intensificar a oração pessoal e comunitária, dar a todas as ações litúrgicas a dignidade que lhes é devida, valorizar a celebração dos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação, criar grupos de escuta e partilha da Palavra de Deus. B) Comunhão para a missão Formar comunidades que sejam autênticas escolas de vivência da fé e da comunhão, gerando entre todos os seus membros laços de fidelidade, de proximidade e de confiança, que se traduzam no serviço humilde da caridadefraterna.Éesteocaminhoparaavivar o sentido de pertença à comunidade e para fortalecer os laços da comunhão, que é a primeira forma de missão, de acordo com a Palavra de Jesus, Bom Pastor: "Nisto todos saberão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros" (Jo 13,35). De acordo também com a forma de viver das primeiras comunidades cristãs. C) Missão de todos para todos Os dois rumos anteriores abrem necessariamente para um terceiro: a missão comoempenhodacomunidadetodaedetodos os seus membros. Torna-se, de facto, necessário que todos os itinerários de catequese e de formação cristã assumam esta perspectiva missionária como elemento cen- tral quer a nível de conteúdos quer de método. Isto significa que o chamamento à santidade, ao seguimento de Jesus Cristo, ao serviço na Igreja e à missão são uma única realidade a promover desde a iniciação cristã, continu- andocomosjovens,eenvolvendoasfamílias, os adultos, a comunidade inteira. D) Testemunhar a fé revitalizada Este processo de revitalização do tecido pas- toraldaIgrejaemPortugalcontinuaarequerer o envolvimento de todos os bispos, sacerdotes,consagradosefiéisleigos,rezando e trabalhando lado a lado, para juntos sentirmos a alegria de sermos discípulos de Jesus Cristo, todos enviados e empenhados em fazer novos discípulos através da transmissão da nossa fé pelo testemunho de vida e pela palavra. A palavra que dizemos temdeserviva,saboreadaesaborosa(Cl4,6), cheia de Cristo e de esperança activa. O testemunho que damos tem de ser sem disfarces e sem estratégias, humilde, atento, comovido, próximo e acolhedor, profético e evangelizador,quedeixever,àimagemdeJe- sus, Bom Pastor, uma Igreja que não se fecha sobre si, mas que sai de si, para o átrio deste mundo que Deus ama. E) Fomentar iniciativas de iniciação cristã e de formação É notório que, no mundo em que nos é dado viver, os indicadores que sinalizam os caminhos para a fé se encontram cada vez maisrarefeitos,sendomaioresasdificuldades sentidas no seio da família e das organizações eclesiais para a transmissão da fé às novas gerações. Impõe-se, portanto, uma aposta mais intensa e dinâmica na iniciação cristã das crianças e jovens, bem como no catecumenatodeadultos.Prioritáriaétambém a formação da vivência cristã de todos, particularmente dos agentes pastorais e dos líderes cristãos, que os leve a preparar-se, cada vez mais e melhor, para a missão e a nela se empenhar. F) Comprometidos com as iniciativas pastorais em curso Várias dioceses têm em curso a preparação ou realização de um Sínodo diocesano. Múltiplas iniciativas pastorais estão em andamento no âmbito do Ano da Fé, do recente Sínodo dos Bispos sobre a promoção danovaevangelização,dascelebraçõesdo50.º aniversário da abertura do ConcílioVaticano IIedapreparaçãodocentenáriodasAparições de Nossa Senhora em Fátima. Os aspetos acima postos em realce não vêm anular os projetos já em andamento; antes, podem valorizá-los e potenciá-los, e, porventura, provocar uma partilha fraterna mais intensa de todas as coisas boas que já se estão a fazer. G) A ter sempre diante dos olhos e no coração Escuta bem, com toda a atenção, Igreja em Portugal: - reúne-te à volta de Jesus, aprende a rezar e, com Jesus e como Jesus, vai com alegria e ousadia sempre renovadas à procura e ao encontro dos teus filhos e filhas; -reveste-tesemostentaçãonemriquezas,mas com humildade e verdade e com a ternura de Jesus Cristo; - acolhe e vive o Evangelho como uma graça recebida, transmite-o com amor e fidelidade, e não como um produto para publicitar ou para colocar no mercado; - põe todo o esmero a preparar e oferecer, com carinho, verdadeiros itinerários de iniciação e de formação cristã para crianças, adolescentes jovens e adultos; - redobra o teu empenho na preparação dos candidatos ao sacerdócio; -ficasempreatentaevigilanteesêpersistente em tudo o que diz respeito à formação permanente dos teus sacerdotes; - reconhece os consagrados pela riqueza dos seus carismas como membros ativos e indispensáveis no crescimento e na ação do Povo de Deus; - cuida também da formação dos fiéis leigos, com especial atenção aos mais comprometidos na vida da Igreja e da sociedade, e estimula-os a serem verdadeiros discípulos de Jesus e seus missionários apaixonados e felizes no coração do mundo; - vela sempre, com afeto maternal, por todos os teus filhos e filhas, e nunca deixes que se transformem em meros funcionários, perdendo o ardor e o primeiro amor. Maria, Mãe da Igreja e nossa Mãe, Senhora de Fátima, ícone do primado da graça e da oração, do serviço humilde que gera laços de comunhão e de missão, sê nossa companheira nos caminhos que agora nos propomos percorrer para sabermos melhor levar Cristo aosnossosirmãoseosnossosirmãosaCristo. Fátima, 11 de abril de 2013 8 Abril/Maio 2013