SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 31
COMPRAS SUSTENTÁVEIS
ASPECTOS PRÁTICOS
Pedro Henrique Magalhães Azevedo
Advogado. Servidor público do Tribunal de
Contas do Estado de Minas Gerais lotado no
Gabinete do Conselheiro Cláudio Couto
Terrão. Especialista em Direito Público pelo
CAD/BH. Bacharel em Direito pela
Universidade FUMEC.
PERGUNTAS A SEREM
RESPONDIDAS
Por ser um tema relativamente atual, as “licitações sustentáveis”
ainda são alvos de várias dúvidas e questionamentos por parte
daqueles que lidam diariamente com o processo de compra na
Administração Pública.
“POSSO FAZER?”
“POR QUE FAZER?”
“COMO FAZER?”
“POSSO FAZER?”
1 - FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL
• Art. 225, CF;
• Art. 170, VI, CF.
• Art. 173, CF.
2 – FUNDAMENTO LEGAL E INFRALEGAL
• Art. 3º, Lei nº 8.666/93;
• Lei de Mudanças Climáticas – Lei nº 12.187/09;
• Lei de Resíduos Sólidos – Lei nº 12.305/10;
• Decreto nº 7.746/12.
LICITAÇÕES
SUSTENTÁVEIS
=
OBRIGAÇÃO
JURÍDICA
“POR QUE FAZER?”
5 MOTIVOS PARA REALIZAR LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS:
1 – Trata-se de obrigação jurídica;
2 – Melhoria da qualidade de vida da comunidade local;
4 – Prevenção de gastos futuros com saúde e saneamento;
3 – Impacto positivo na imagem do Órgão / Entidade;
5 – Menor custo para o Órgão / Entidade.
EXEMPLO 1:
X
MONITOR CRT MONITOR LCD
Preço médio: R$260,00 – R$320,00 Preço médio: R$500,00 – R$600,00
Dados de 2007
Fonte: http://www.compras.mg.gov.br/images/stories/Compras_Sustentaveis/texto_publicado_renata_vilhena.pdf
EXEMPLO 1 (cont.):
• Em 4 anos os custos totais com o monitor CRT superam
os custos do monitor de LCD.
Dados de 2007
Fonte: http://www.compras.mg.gov.br/images/stories/Compras_Sustentaveis/texto_publicado_renata_vilhena.pdf
PILARES DAS LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS
Planejamento Individualidade
Licitações
Sustentáveis
“COMO FAZER?”
Fontes de informações sobre licitações sustentáveis:
• Decreto nº 7.746/12;
• Lei de Mudanças Climáticas – Lei nº 12.187/09;
• Lei de Resíduos Sólidos – Lei nº 12.305/10;
• Instrução Normativa SLTI/MPOG nº 01/10.
• Guia prático de Licitações Sustentáveis da CJU/SP – AGU;
• Guia de compras públicas sustentáveis – ICLEI.
•Guia de contratações sustentáveis da Justiça do Trabalho
ACV
+
Logística
Reversa
“COMO FAZER?”
Perguntas a serem feitas
“Existe necessidade real de adquirir o produto?”
“Em quais circunstâncias o produto foi gerado?”
“Como o produto se comportará durante sua fase
útil e na sua disposição final?”
“COMO FAZER?”
FASES DAS CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
Planejamento Ato convocatório Habilit. / Julg.
Julg. / Habilit.Homolg. / Adjud.Adjud. / Homolog.
Contratação
Dúvidas comuns:
Técnica e preço
Certificações ambientais
(ex: ISO, FSC, PROCEL etc.)
“COMO FAZER?”
ONDE INCLUIR OS CRITÉRIOS
SUSTENTÁVEIS
1 – Especificações técnicas do objeto;
2 – Habilitação (art. 30, IV, Lei nº 8.666/63);
3 – Obrigações da contratada.
Observação 1: A promoção do desenvolvimento nacional sustentável é apenas
um dos objetivos das licitações. Os outros também devem ser preservados.
Observação 2: Cuidado com os requisitos de habilitação.
EXEMPLO 2 – ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA:
TELEVISORES DE
PLASMA / LCD
BASE LEGAL:
Lei nº 10.295/01:
Art. 1o A Política Nacional de Conservação e Uso Racional de
Energia visa a alocação eficiente de recursos energéticos e a
preservação do meio ambiente.
Art. 2o O Poder Executivo estabelecerá níveis máximos de
consumo específico de energia, ou mínimos de eficiência
energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia
fabricados ou comercializados no País, com base em indicadores
técnicos pertinentes
PORTARIA Nº 164/12 - INMETRO
Os objetos sujeitos à avaliação da
conformidade, no âmbito do
Programa Brasileiro de
Etiquetagem (PBE), deverão
ostentar, no ponto de venda, de
forma claramente visível ao
consumidor, a Etiqueta Nacional
de Conservação de Energia.
ETIQUETA NACIONAL DE
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
• Para cada tipo de máquina ou aparelho, o INMETRO
elabora Requisitos de Avaliação da Conformidade – RAC
específicos, estabelecendo o grau de eficiência energética.
G A
Menos eficiente Mais eficiente
• Após o estabelecimento do grau de eficiência energética,
o fornecedor / importador deverá inseri-lo na ENCE do
produto.
TELEVISORES: Portaria nº 85/09 - INMETRO
COMO INSERIR TAL CRITÉRIO NA LICITAÇÃO?
1 - Consultar as tabelas de cada produto no site do INMETRO
(http://www.inmetro.gov.br/consumidor/tabelas.asp) para ver
qual é a média do mercado em termos energéticos.
A ENCE é OBRIGATÓRIA para determinados
produtos, tais como os televisores de plasma e LCD.
2 – Definir quais classes serão admitidas na licitação.
“Só será admitida a oferta do produto XXXX que possua
a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia – ENCE,
na(s) classe(s) XXXX, nos termos da Portaria
INMETRO n° XXXX, que aprova os Requisitos de
Avaliação da Conformidade – RAC do produto e trata da
etiquetagem compulsória.”
INSERIR NO TERMO DE REFERÊNCIA
“O Pregoeiro solicitará ao licitante provisoriamente
classificado em primeiro lugar que apresente ou envie
imediatamente, sob pena de não-aceitação da proposta,
cópia da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia –
ENCE do produto ofertado, para comprovação de que
pertence à(s) classe(s) exigida(s) no Termo de
Referência.”
INSERIR NO EDITAL
EXEMPLO 3 – REQUISITOS DE HABILITAÇÃO
PRODUTOS QUÍMICOS
BASE LEGAL:
Lei nº 6.938/81:
Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
- IBAMA:
II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente
Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, para
registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se
dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou à
extração, produção, transporte e comercialização de produtos
potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de
produtos e subprodutos da fauna e flora.
Instrução Normativa 06/13 – IBAMA
Art. 10. São obrigadas à inscrição no CTF/APP as pessoas
físicas e jurídicas que se dediquem, isolada ou
cumulativamente:
I - a atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de
recursos ambientais, nos termos do art. 2º, inciso I;
II - à extração, produção, transporte e comercialização de
produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente;
III - à extração, produção, transporte e comercialização de
produtos e subprodutos da fauna e flora.
BASE LEGAL:
BASE LEGAL:
“Para o exercício de atividade de XXXX, classificada como
potencialmente poluidora ou utilizadora de recursos ambientais,
conforme Anexo I da Instrução Normativa IBAMA n° 06/13:
Comprovante de Registro no Cadastro Técnico Federal de
Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de
Recursos Ambientais, acompanhado do respectivo Certificado de
Regularidade válido, nos termos do artigo 17, inciso II, da Lei n°
6.938, de 1981, e da Instrução Normativa IBAMA n° 06/13, e
legislação correlata”.
INSERIR COMO CRITÉRIO DE
HABILITAÇÃO
EXEMPLO 4 – OBRIGAÇÃO DA CONTRATADA
PNEUS
LOGÍSTICA REVERSA
BASE LEGAL:
Lei nº 12.305/10
Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de
logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso
pelo consumidor, de forma independente do serviço público
de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:
(...)
III - pneus;
BASE INFRALEGAL:
Resolução nº 416/09 - CONAMA
Art. 1º Os fabricantes e os importadores de pneus novos, com peso
unitário superior a 2,0 kg (dois quilos), ficam obrigados a coletar e
dar destinação adequada aos pneus inservíveis existentes no
território nacional, na proporção definida nesta Resolução.
Instrução Normativa nº 01/10 IBAMA
Art. 1º Instituir, no âmbito do IBAMA, os procedimentos
necessários ao cumprimento da Resolução CONAMA nº 416, de 30
de setembro de 2009,pelos fabricantes e importadores de pneus
novos, sobre coleta e destinação final de pneus inservíveis.
“A contratada deverá providenciar o recolhimento e o
adequado descarte dos pneus usados ou inservíveis
originários da contratação, recolhendo-os aos pontos de
coleta ou centrais de armazenamento mantidos pelo
respectivo fabricante ou importador, ou entregando-os ao
estabelecimento que houver realizado a troca do pneu usado
por um novo, para fins de sua destinação final
ambientalmente adequada, nos termos da Instrução
Normativa IBAMA n° 01, de 18/03/2010, conforme artigo
33, inciso III, da Lei n° 12.305, de 2010 – Política Nacional
de Resíduos Sólidos, artigos 1° e 9° da Resolução
CONAMA n° 416, de 30/09/2009, e legislação correlata.”
INSERIR COMO OBRIGAÇÃO DA CONTRATADA
SEIS PASSOS PARA A INCLUSÃO DE CRITÉRIOS
SUSTENTÁVEIS NAS LICITAÇÕES
1 - Mudança de mentalidade;
2 – Visão prospectiva (ampliar horizontes);
3 – Controle interno;
4 – Capacitação da equipe;
5 – Estudo do cenário social, econômico e
ambiental da localidade;
6 – Inserção dos critérios sustentáveis.
OBRIGADO!
Pedro Henrique Magalhães Azevedo
phmazevedo@hotmail.com
pedro.azevedo@tce.mg.gov.br
(31) 8875-0555

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Compras sustentáveis ph

Manual digital armazenamento_andav_2017
Manual digital armazenamento_andav_2017Manual digital armazenamento_andav_2017
Manual digital armazenamento_andav_2017Ilânio Luis Luis
 
Enfisa 2014 - Lei Federal de Agrotóxicos, 25 Anos Depois
Enfisa 2014 - Lei Federal de Agrotóxicos, 25 Anos DepoisEnfisa 2014 - Lei Federal de Agrotóxicos, 25 Anos Depois
Enfisa 2014 - Lei Federal de Agrotóxicos, 25 Anos DepoisOxya Agro e Biociências
 
Manual para Importação de Máquinas Agrícolas para o Brasil
Manual para Importação de Máquinas Agrícolas para o BrasilManual para Importação de Máquinas Agrícolas para o Brasil
Manual para Importação de Máquinas Agrícolas para o BrasilInmetro
 
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mmaApresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mmaleonardo2710
 
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mmaApresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mmaleonardo2710
 
Evento alerj 02.09.13
Evento alerj   02.09.13Evento alerj   02.09.13
Evento alerj 02.09.13leonardo2710
 
Nr12 apresentacao-maquinas-e-equipamentos-mte
Nr12 apresentacao-maquinas-e-equipamentos-mteNr12 apresentacao-maquinas-e-equipamentos-mte
Nr12 apresentacao-maquinas-e-equipamentos-mteRenato Cardoso
 
Norma Regulamentadora (NR13) - Impactos da Nova Redação
Norma Regulamentadora (NR13) - Impactos da Nova RedaçãoNorma Regulamentadora (NR13) - Impactos da Nova Redação
Norma Regulamentadora (NR13) - Impactos da Nova RedaçãoCIESP
 
Dispõe sobre o licenciamento para atividade de transporte de resíduos especia...
Dispõe sobre o licenciamento para atividade de transporte de resíduos especia...Dispõe sobre o licenciamento para atividade de transporte de resíduos especia...
Dispõe sobre o licenciamento para atividade de transporte de resíduos especia...engbiancardine
 
MAPA_REGULAÇÃO E CONFORMIDADE_AGROTÓXICOS_OCB_05-09-2019_V2.ppt
MAPA_REGULAÇÃO E CONFORMIDADE_AGROTÓXICOS_OCB_05-09-2019_V2.pptMAPA_REGULAÇÃO E CONFORMIDADE_AGROTÓXICOS_OCB_05-09-2019_V2.ppt
MAPA_REGULAÇÃO E CONFORMIDADE_AGROTÓXICOS_OCB_05-09-2019_V2.pptCláudio Almeida
 
Aplicabilidade da Norma de Desempenho - Carlos Del Mar
Aplicabilidade da Norma de Desempenho - Carlos Del MarAplicabilidade da Norma de Desempenho - Carlos Del Mar
Aplicabilidade da Norma de Desempenho - Carlos Del MarAssociação Cohabs
 
Manual para Importação de Brinquedos para o Brasil
Manual para Importação de Brinquedos para o BrasilManual para Importação de Brinquedos para o Brasil
Manual para Importação de Brinquedos para o BrasilInmetro
 
A classificação residuos solidos.doc
A classificação residuos solidos.docA classificação residuos solidos.doc
A classificação residuos solidos.docLÉO NORONHA DEDONNO
 
TREINAMENTO_PRODUTOS_PERIGOSOS-2020.pdf
TREINAMENTO_PRODUTOS_PERIGOSOS-2020.pdfTREINAMENTO_PRODUTOS_PERIGOSOS-2020.pdf
TREINAMENTO_PRODUTOS_PERIGOSOS-2020.pdflucimaraambrosio1
 

Semelhante a Compras sustentáveis ph (20)

Manual digital armazenamento_andav_2017
Manual digital armazenamento_andav_2017Manual digital armazenamento_andav_2017
Manual digital armazenamento_andav_2017
 
Enfisa 2014 - Lei Federal de Agrotóxicos, 25 Anos Depois
Enfisa 2014 - Lei Federal de Agrotóxicos, 25 Anos DepoisEnfisa 2014 - Lei Federal de Agrotóxicos, 25 Anos Depois
Enfisa 2014 - Lei Federal de Agrotóxicos, 25 Anos Depois
 
Manual para Importação de Máquinas Agrícolas para o Brasil
Manual para Importação de Máquinas Agrícolas para o BrasilManual para Importação de Máquinas Agrícolas para o Brasil
Manual para Importação de Máquinas Agrícolas para o Brasil
 
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mmaApresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
 
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mmaApresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
 
Evento alerj 02.09.13
Evento alerj   02.09.13Evento alerj   02.09.13
Evento alerj 02.09.13
 
legislao basica.pptx
legislao basica.pptxlegislao basica.pptx
legislao basica.pptx
 
legislação Básica
legislação Básicalegislação Básica
legislação Básica
 
Nr12 apresentacao-maquinas-e-equipamentos-mte
Nr12 apresentacao-maquinas-e-equipamentos-mteNr12 apresentacao-maquinas-e-equipamentos-mte
Nr12 apresentacao-maquinas-e-equipamentos-mte
 
Nr13 impactosdanovaredacao-140707173511-phpapp01
Nr13 impactosdanovaredacao-140707173511-phpapp01Nr13 impactosdanovaredacao-140707173511-phpapp01
Nr13 impactosdanovaredacao-140707173511-phpapp01
 
Norma Regulamentadora (NR13) - Impactos da Nova Redação
Norma Regulamentadora (NR13) - Impactos da Nova RedaçãoNorma Regulamentadora (NR13) - Impactos da Nova Redação
Norma Regulamentadora (NR13) - Impactos da Nova Redação
 
Dispõe sobre o licenciamento para atividade de transporte de resíduos especia...
Dispõe sobre o licenciamento para atividade de transporte de resíduos especia...Dispõe sobre o licenciamento para atividade de transporte de resíduos especia...
Dispõe sobre o licenciamento para atividade de transporte de resíduos especia...
 
MAPA_REGULAÇÃO E CONFORMIDADE_AGROTÓXICOS_OCB_05-09-2019_V2.ppt
MAPA_REGULAÇÃO E CONFORMIDADE_AGROTÓXICOS_OCB_05-09-2019_V2.pptMAPA_REGULAÇÃO E CONFORMIDADE_AGROTÓXICOS_OCB_05-09-2019_V2.ppt
MAPA_REGULAÇÃO E CONFORMIDADE_AGROTÓXICOS_OCB_05-09-2019_V2.ppt
 
Aplicabilidade da Norma de Desempenho - Carlos Del Mar
Aplicabilidade da Norma de Desempenho - Carlos Del MarAplicabilidade da Norma de Desempenho - Carlos Del Mar
Aplicabilidade da Norma de Desempenho - Carlos Del Mar
 
Seminário Desafios Ambientais Contemporâneos - Mesa 2 Marcela Santos - DESAFI...
Seminário Desafios Ambientais Contemporâneos - Mesa 2 Marcela Santos - DESAFI...Seminário Desafios Ambientais Contemporâneos - Mesa 2 Marcela Santos - DESAFI...
Seminário Desafios Ambientais Contemporâneos - Mesa 2 Marcela Santos - DESAFI...
 
O que é eia rima
O que é eia rimaO que é eia rima
O que é eia rima
 
O que é eia rima
O que é eia rimaO que é eia rima
O que é eia rima
 
Manual para Importação de Brinquedos para o Brasil
Manual para Importação de Brinquedos para o BrasilManual para Importação de Brinquedos para o Brasil
Manual para Importação de Brinquedos para o Brasil
 
A classificação residuos solidos.doc
A classificação residuos solidos.docA classificação residuos solidos.doc
A classificação residuos solidos.doc
 
TREINAMENTO_PRODUTOS_PERIGOSOS-2020.pdf
TREINAMENTO_PRODUTOS_PERIGOSOS-2020.pdfTREINAMENTO_PRODUTOS_PERIGOSOS-2020.pdf
TREINAMENTO_PRODUTOS_PERIGOSOS-2020.pdf
 

Mais de leonardo2710

E2009 t00481 pcn81956
E2009 t00481 pcn81956E2009 t00481 pcn81956
E2009 t00481 pcn81956leonardo2710
 
Apresentação experiências do trt compras públicas sustentáveis
Apresentação experiências do trt   compras públicas sustentáveisApresentação experiências do trt   compras públicas sustentáveis
Apresentação experiências do trt compras públicas sustentáveisleonardo2710
 
Rsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadas
Rsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadasRsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadas
Rsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadasleonardo2710
 
Certificado tutor de ética ceajud 3
Certificado tutor de ética ceajud 3Certificado tutor de ética ceajud 3
Certificado tutor de ética ceajud 3leonardo2710
 
Certificado tutor direito constitucional-2
Certificado tutor   direito constitucional-2Certificado tutor   direito constitucional-2
Certificado tutor direito constitucional-2leonardo2710
 
Certificado tutor direito constitucional-2
Certificado tutor   direito constitucional-2Certificado tutor   direito constitucional-2
Certificado tutor direito constitucional-2leonardo2710
 
Licitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjt
Licitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjtLicitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjt
Licitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjtleonardo2710
 
Apresentacao nomoto trt_07_jun_13
Apresentacao nomoto trt_07_jun_13Apresentacao nomoto trt_07_jun_13
Apresentacao nomoto trt_07_jun_13leonardo2710
 
Palestra trt junho_13 - marco ristuccia
Palestra trt junho_13 - marco ristucciaPalestra trt junho_13 - marco ristuccia
Palestra trt junho_13 - marco ristuccialeonardo2710
 

Mais de leonardo2710 (20)

LS na China
LS na ChinaLS na China
LS na China
 
LS na China
LS na ChinaLS na China
LS na China
 
Inpdf viewer (1)
Inpdf viewer (1)Inpdf viewer (1)
Inpdf viewer (1)
 
Inpdf viewer
Inpdf viewerInpdf viewer
Inpdf viewer
 
912280 tcemg (1)
912280 tcemg (1)912280 tcemg (1)
912280 tcemg (1)
 
Portaria 175
Portaria 175Portaria 175
Portaria 175
 
Edital tjdft
Edital tjdftEdital tjdft
Edital tjdft
 
Handbook pt
Handbook ptHandbook pt
Handbook pt
 
E2009 t00481 pcn81956
E2009 t00481 pcn81956E2009 t00481 pcn81956
E2009 t00481 pcn81956
 
Apresentação experiências do trt compras públicas sustentáveis
Apresentação experiências do trt   compras públicas sustentáveisApresentação experiências do trt   compras públicas sustentáveis
Apresentação experiências do trt compras públicas sustentáveis
 
Portaria 388:2013
Portaria 388:2013Portaria 388:2013
Portaria 388:2013
 
Rsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadas
Rsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadasRsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadas
Rsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadas
 
Guia
GuiaGuia
Guia
 
Certificado tutor de ética ceajud 3
Certificado tutor de ética ceajud 3Certificado tutor de ética ceajud 3
Certificado tutor de ética ceajud 3
 
Certificado tutor direito constitucional-2
Certificado tutor   direito constitucional-2Certificado tutor   direito constitucional-2
Certificado tutor direito constitucional-2
 
Certificado tutor direito constitucional-2
Certificado tutor   direito constitucional-2Certificado tutor   direito constitucional-2
Certificado tutor direito constitucional-2
 
Licitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjt
Licitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjtLicitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjt
Licitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjt
 
Apresentacao nomoto trt_07_jun_13
Apresentacao nomoto trt_07_jun_13Apresentacao nomoto trt_07_jun_13
Apresentacao nomoto trt_07_jun_13
 
Palestra trt junho_13 - marco ristuccia
Palestra trt junho_13 - marco ristucciaPalestra trt junho_13 - marco ristuccia
Palestra trt junho_13 - marco ristuccia
 
Inpdf viewer
Inpdf viewerInpdf viewer
Inpdf viewer
 

Compras sustentáveis ph

  • 1.
  • 2. COMPRAS SUSTENTÁVEIS ASPECTOS PRÁTICOS Pedro Henrique Magalhães Azevedo Advogado. Servidor público do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais lotado no Gabinete do Conselheiro Cláudio Couto Terrão. Especialista em Direito Público pelo CAD/BH. Bacharel em Direito pela Universidade FUMEC.
  • 3. PERGUNTAS A SEREM RESPONDIDAS Por ser um tema relativamente atual, as “licitações sustentáveis” ainda são alvos de várias dúvidas e questionamentos por parte daqueles que lidam diariamente com o processo de compra na Administração Pública. “POSSO FAZER?” “POR QUE FAZER?” “COMO FAZER?”
  • 4. “POSSO FAZER?” 1 - FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL • Art. 225, CF; • Art. 170, VI, CF. • Art. 173, CF. 2 – FUNDAMENTO LEGAL E INFRALEGAL • Art. 3º, Lei nº 8.666/93; • Lei de Mudanças Climáticas – Lei nº 12.187/09; • Lei de Resíduos Sólidos – Lei nº 12.305/10; • Decreto nº 7.746/12. LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS = OBRIGAÇÃO JURÍDICA
  • 5. “POR QUE FAZER?” 5 MOTIVOS PARA REALIZAR LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS: 1 – Trata-se de obrigação jurídica; 2 – Melhoria da qualidade de vida da comunidade local; 4 – Prevenção de gastos futuros com saúde e saneamento; 3 – Impacto positivo na imagem do Órgão / Entidade; 5 – Menor custo para o Órgão / Entidade.
  • 6. EXEMPLO 1: X MONITOR CRT MONITOR LCD Preço médio: R$260,00 – R$320,00 Preço médio: R$500,00 – R$600,00 Dados de 2007 Fonte: http://www.compras.mg.gov.br/images/stories/Compras_Sustentaveis/texto_publicado_renata_vilhena.pdf
  • 7. EXEMPLO 1 (cont.): • Em 4 anos os custos totais com o monitor CRT superam os custos do monitor de LCD. Dados de 2007 Fonte: http://www.compras.mg.gov.br/images/stories/Compras_Sustentaveis/texto_publicado_renata_vilhena.pdf
  • 8. PILARES DAS LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS Planejamento Individualidade Licitações Sustentáveis
  • 9. “COMO FAZER?” Fontes de informações sobre licitações sustentáveis: • Decreto nº 7.746/12; • Lei de Mudanças Climáticas – Lei nº 12.187/09; • Lei de Resíduos Sólidos – Lei nº 12.305/10; • Instrução Normativa SLTI/MPOG nº 01/10. • Guia prático de Licitações Sustentáveis da CJU/SP – AGU; • Guia de compras públicas sustentáveis – ICLEI. •Guia de contratações sustentáveis da Justiça do Trabalho ACV + Logística Reversa
  • 10. “COMO FAZER?” Perguntas a serem feitas “Existe necessidade real de adquirir o produto?” “Em quais circunstâncias o produto foi gerado?” “Como o produto se comportará durante sua fase útil e na sua disposição final?”
  • 11. “COMO FAZER?” FASES DAS CONTRATAÇÕES PÚBLICAS Planejamento Ato convocatório Habilit. / Julg. Julg. / Habilit.Homolg. / Adjud.Adjud. / Homolog. Contratação Dúvidas comuns: Técnica e preço Certificações ambientais (ex: ISO, FSC, PROCEL etc.)
  • 12. “COMO FAZER?” ONDE INCLUIR OS CRITÉRIOS SUSTENTÁVEIS 1 – Especificações técnicas do objeto; 2 – Habilitação (art. 30, IV, Lei nº 8.666/63); 3 – Obrigações da contratada. Observação 1: A promoção do desenvolvimento nacional sustentável é apenas um dos objetivos das licitações. Os outros também devem ser preservados. Observação 2: Cuidado com os requisitos de habilitação.
  • 13. EXEMPLO 2 – ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA: TELEVISORES DE PLASMA / LCD
  • 14. BASE LEGAL: Lei nº 10.295/01: Art. 1o A Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia visa a alocação eficiente de recursos energéticos e a preservação do meio ambiente. Art. 2o O Poder Executivo estabelecerá níveis máximos de consumo específico de energia, ou mínimos de eficiência energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia fabricados ou comercializados no País, com base em indicadores técnicos pertinentes
  • 15. PORTARIA Nº 164/12 - INMETRO Os objetos sujeitos à avaliação da conformidade, no âmbito do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), deverão ostentar, no ponto de venda, de forma claramente visível ao consumidor, a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia. ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
  • 16. • Para cada tipo de máquina ou aparelho, o INMETRO elabora Requisitos de Avaliação da Conformidade – RAC específicos, estabelecendo o grau de eficiência energética. G A Menos eficiente Mais eficiente • Após o estabelecimento do grau de eficiência energética, o fornecedor / importador deverá inseri-lo na ENCE do produto. TELEVISORES: Portaria nº 85/09 - INMETRO
  • 17. COMO INSERIR TAL CRITÉRIO NA LICITAÇÃO? 1 - Consultar as tabelas de cada produto no site do INMETRO (http://www.inmetro.gov.br/consumidor/tabelas.asp) para ver qual é a média do mercado em termos energéticos. A ENCE é OBRIGATÓRIA para determinados produtos, tais como os televisores de plasma e LCD. 2 – Definir quais classes serão admitidas na licitação.
  • 18. “Só será admitida a oferta do produto XXXX que possua a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia – ENCE, na(s) classe(s) XXXX, nos termos da Portaria INMETRO n° XXXX, que aprova os Requisitos de Avaliação da Conformidade – RAC do produto e trata da etiquetagem compulsória.” INSERIR NO TERMO DE REFERÊNCIA
  • 19. “O Pregoeiro solicitará ao licitante provisoriamente classificado em primeiro lugar que apresente ou envie imediatamente, sob pena de não-aceitação da proposta, cópia da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia – ENCE do produto ofertado, para comprovação de que pertence à(s) classe(s) exigida(s) no Termo de Referência.” INSERIR NO EDITAL
  • 20. EXEMPLO 3 – REQUISITOS DE HABILITAÇÃO PRODUTOS QUÍMICOS
  • 21. BASE LEGAL: Lei nº 6.938/81: Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA: II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora.
  • 22. Instrução Normativa 06/13 – IBAMA Art. 10. São obrigadas à inscrição no CTF/APP as pessoas físicas e jurídicas que se dediquem, isolada ou cumulativamente: I - a atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais, nos termos do art. 2º, inciso I; II - à extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente; III - à extração, produção, transporte e comercialização de produtos e subprodutos da fauna e flora. BASE LEGAL:
  • 24. “Para o exercício de atividade de XXXX, classificada como potencialmente poluidora ou utilizadora de recursos ambientais, conforme Anexo I da Instrução Normativa IBAMA n° 06/13: Comprovante de Registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, acompanhado do respectivo Certificado de Regularidade válido, nos termos do artigo 17, inciso II, da Lei n° 6.938, de 1981, e da Instrução Normativa IBAMA n° 06/13, e legislação correlata”. INSERIR COMO CRITÉRIO DE HABILITAÇÃO
  • 25. EXEMPLO 4 – OBRIGAÇÃO DA CONTRATADA PNEUS
  • 27. BASE LEGAL: Lei nº 12.305/10 Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: (...) III - pneus;
  • 28. BASE INFRALEGAL: Resolução nº 416/09 - CONAMA Art. 1º Os fabricantes e os importadores de pneus novos, com peso unitário superior a 2,0 kg (dois quilos), ficam obrigados a coletar e dar destinação adequada aos pneus inservíveis existentes no território nacional, na proporção definida nesta Resolução. Instrução Normativa nº 01/10 IBAMA Art. 1º Instituir, no âmbito do IBAMA, os procedimentos necessários ao cumprimento da Resolução CONAMA nº 416, de 30 de setembro de 2009,pelos fabricantes e importadores de pneus novos, sobre coleta e destinação final de pneus inservíveis.
  • 29. “A contratada deverá providenciar o recolhimento e o adequado descarte dos pneus usados ou inservíveis originários da contratação, recolhendo-os aos pontos de coleta ou centrais de armazenamento mantidos pelo respectivo fabricante ou importador, ou entregando-os ao estabelecimento que houver realizado a troca do pneu usado por um novo, para fins de sua destinação final ambientalmente adequada, nos termos da Instrução Normativa IBAMA n° 01, de 18/03/2010, conforme artigo 33, inciso III, da Lei n° 12.305, de 2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos, artigos 1° e 9° da Resolução CONAMA n° 416, de 30/09/2009, e legislação correlata.” INSERIR COMO OBRIGAÇÃO DA CONTRATADA
  • 30. SEIS PASSOS PARA A INCLUSÃO DE CRITÉRIOS SUSTENTÁVEIS NAS LICITAÇÕES 1 - Mudança de mentalidade; 2 – Visão prospectiva (ampliar horizontes); 3 – Controle interno; 4 – Capacitação da equipe; 5 – Estudo do cenário social, econômico e ambiental da localidade; 6 – Inserção dos critérios sustentáveis.
  • 31. OBRIGADO! Pedro Henrique Magalhães Azevedo phmazevedo@hotmail.com pedro.azevedo@tce.mg.gov.br (31) 8875-0555