1. TRABALHO DE GEOGRAFIA
1. Introdução:
Este trabalho terá como objetivo esclarecer sobre a agricultura familiar, como o
próprio nome diz, agricultura baseada no trabalho familiar. Dentre dessa
agricultura estão a agricultura de jardinagem, uma agricultura extensiva; a
agricultura orgânica, sistema de produção que preserva o meio ambiente; e a
Revolução Verde, referindo-se à invenção de novas sementes e práticas
agrícolas.
1.1. Agricultura Familiar:
Entende-se por agricultura familiar o cultivo da terra realizado por pequenos
proprietários rurais, tendo como mão-de-obra essencialmente o núcleo familiar.
A agricultura familiar é um setor bastante antigo, que com o passar do tempo foi
se rompendo os preconceitos e se modificando. Hoje em dia possui um novo
conceito e se traça um perfil representando significativamente o
desenvolvimento agrícola da nação, porém como em qualquer seguimento
existem alguns pontos fracos que merece a atenção governamental para um
apoio técnico e financeiro. Na agricultura familiar, o trabalho, a administração,
as decisões sobre o que e como produzir e os investimentos são realizados pelos
membros de uma família, sendo ou não eles proprietários da terra- muitas
famílias produzem em terras arrendadas, empregando até mesmo mão-de-obra
contratada. Destacam-se dois tipos de agricultura familiar no mundo: a
agricultura camponesa e o farmer norte-americano.
1.2. Revolução Verde:
A “Revolução Verde”, concebida nos EUA, em 1950, objetivava combater a fome
e a miséria dos países mais pobres, por meio da introdução de técnicas mais
apropriadas de cultivo, mecanização, uso de fertilizantes, defensivos agrícolas e
sementes selecionadas, visando o aumento da produção de alimentos. O
objetivo era também oferecer financiamentos para a importação de insumos-
maquinaria e capacitação de técnicos, não se preocupando com o padrão de
cultivo em todos os lugares onde ocorreu a revolução, assim desconsideravam a
variação das condições naturais, das necessidades e possibilidades dos
agricultores. Porém, dessa forma aumentou a dependência dos países mais
pobres em relação aos países mais ricos.
O termo Revolução Verde é usado para identificar o modelo de modernização
da agricultura mundial, baseado no princípio da intensificação através da
especialização. O modelo tem como eixos: a monocultura e a produção estável
de alimentos, principalmente arroz, trigo e milho. O “pacote tecnológico” da
Revolução Verde envolve tecnologias como: motomecanização, uso de
variedades vegetais geneticamente melhoradas (para obtenção de alto
rendimento), fertilizantes de alta solubilidade, pesticidas, herbicidas e irrigação.
Além dos desequilíbrios ambientais causados pela monocultura, a
modernização substituiu as inúmeras variedades vegetais por algumas poucas,
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2. levando à chamada erosão genética (extinção das variedades ou das raças de
uma dada espécie). Assim, grandes indústrias iniciaram o processo de controle
sobre o comércio e a pesquisa que modificam a semente dos vegetais cultivados
e passaram a controlar toda a cadeia de insumos. Entretanto as sementes
modificadas não são totalmente férteis, o que obriga os produtores a comprar
novas sementes a cada safra se quiser em obter boa a produtividade. Isso se
tornou um grande obstáculo para os pequenos agricultores, pois trouxe a
necessidade de compra e reposição constante de sementes e fertilizantes que se
adaptem melhor a cada semente, aumentando muito o custo de produção.
1.3. Agricultura de Jardinagem:
É um sistema praticado em pequenas e médias propriedades pelos próprios
proprietários e sua família ou em parceria com os grandes latifundiários.
Praticado principalmente na rizicultura (plantio de arroz), essa prática ocorre
há vários séculos na Ásia. As áreas cultivadas são minifúndios e o trabalho é
manual e bastante minucioso (por isso o nome jardinagem), a produção é
comercializada com a população. Em países que realizaram reforma agrária (como
Japão e Taiwan) após a extinção das comunas chinesas, a produção é obtida em
propriedades muito pequenas (inferior a um hectare por família) em virtude do excedente
populacional. No entanto, em algumas províncias litorâneas, está havendo um
processo de modernização, impulsionado pela expansão de propriedades
particulares e da capitalização proporcionada pela abertura econômica a partir
de 1978. Sua produção é essencialmente voltada para abastecer o mercado
interno. A produção é obtida em médias e grandes propriedades altamente capitalizadas
ondeseatingiuomáximodedesenvolvimentotecnológico.Aaltaprodutividadesedeve:
- à seleção de sementes;
- ao uso intensivo de fertilizantes;
- ao alto grau de mecanização no reparo, no plantio e na colheita;
- às ótimas condições de armazenamento;
- ao sistemático acompanhamento de todas as etapas da produção e
comercialização por técnicos, engenheiros e administradores.
Enfim, agricultura de jardinagem, apesar de possuir pequenos territórios, não
utiliza máquinas, pois possui muita mão-de-obra que acaba substituindo o uso
destas, sendo ainda uma agricultura do tipo intensiva.
1.4.AgriculturaOrgânica:
A agricultura orgânica reúne técnicas de cultivo que não utilizam
fertilizantes e demais aditivos químicos como os agrotóxicos para a produção
de vegetais, frutas e legumes e estimulantes na ração de animais (agropecuária).
Essas técnicas visam a utilização de recursos naturais renováveis e não
renováveis de modo mais eficiente, alinhando esse aproveitamento com os
processos biológicos presentes no ecossistema e na biodiversidade de uma
determinada região.Produzir valorizando a saúde humana exige respeito ao
meio ambiente e, na outra ponta produtiva visa o desenvolvimento econômico
de modo sustentável. Na prática, baseando-se em conhecimentos de ecologia, a
agricultura orgânica possui uma unidade de produção integrada à flora e fauna
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3. do entorno da região cultivada, e também sobre os elementos naturais presentes
no meio de produção.
A agricultura orgânica se baseia em:
• Aproveitamento de recursos naturais;
• Reciclagem de recursos;
• Inserção de processos biológicos nos modos de produção;
• Manutenção da biodiversidade;
• Preservação do meio ambiente;
• Desenvolvimento econômico e social;
• Qualidade de vida humana.
A agricultura orgânica tem como ponto de base os princípios da agroecologia
que se aplicam em seus manejos sem o uso de fertilizantes e reguladores de
crescimento de plantas, esses insumos químicos são substituídos por processos
biológicos, evita-se também o cultivo por monocultura (plantação de um único
gênero agrícola) e incentiva-se a rotação de cultura (biodiversidade de culturas).
Essas práticas citadas protegem uma determinada plantação de pragas e
doenças de maneira natural, impedindo também a ocorrência de plantas
invasoras. Esse método de cultivo livre de insumos químicos e sintéticos
enxerga o solo como um organismo vivo, cujo manejo correto utilizado
possibilita a constante oferta de matéria orgânica. Em nossa atualidade, a
agricultura orgânica ainda oferece nos supermercados e quitandas produtos
com preços elevados em comparação aos de produtos agrícolas produzidos de
maneira convencional (com aditivos químicos), sendo necessários maiores
incentivos de governos para “baratear” o preço final do produto orgânico,
popularizando esse método de produção na maioria das propriedades rurais e
cooperativas, e divulgando os seus benefícios para a sociedade e investidores.
1.5. Conclusão:
Concluímos que a agricultura familiar, é aquela que todas as decisões que serão
tomadas em relação à terra, é decidida por todos os membros da família. A
agricultura de jardinagem é a produção de arroz, com a utilização intensiva de
mão de obra. Nesse tipo de produção se obtém uma alta produtividade, sendo as
sementes selecionadas e as técnicas de preservação do solo permite a fixação da
família por tempo indeterminado no local. A agricultura orgânica do ponto de
vista social possui um papel muito importante, pois está ligada às atividades da
agricultura familiar. A revolução verde foi o conjunto de mudanças técnicas na
produção agropecuária, que consistia na modernização das praticas agrícolas e
na mecanização do preparo do solo, visando o aumento da produção de
alimentos. Em alguns lugares essa revolução verde não deu muito certo, pois
nem todos tinham as mesmas condições, especialmente ambientais, para se
adaptarem à tais mudanças. A agricultura familiar sustentável é aquela que é
produtiva, mantendo ou melhorando a produção.
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