O documento discute o caso de uma criança de 9 anos diagnosticada com TDAH. Apesar do uso de medicamentos, ele ainda apresentava dificuldades funcionais. O documento também aborda os sintomas, fatores de risco, diagnóstico e tratamento do TDAH, enfatizando uma abordagem terapêutica abrangente e de longo prazo.
2. CASO CLÍNICO
Criança, sexo masculino, 9 anos.
Problemas de comportamento desde a pré-escola
(dificuldade de seguir orientações, agitação, etc)
Pais e professores referiam:
Níveis elevados de desatenção
Hiperatividade
Impulsividade
OBS: Prejuízo das atividades diárias (relacionamento,
notas, atividades de classe)
3. CASO CLÍNICO
Dx aos 7 anos
Uso de Metilfenidato
Redução dos sintomas, mas com manutenção das
dificuldades nas atividades do cotidiano
4. CLÍNICA TDAH
Sintomatologia (severa,
desproporcional e persistente)
Inatenção
Hiperatividade
Impulsividade
Comprometimento das funções do cotidiano
Desde infância e adolescência
Sem explicações alternativas
Repercussões econômicas e sociais
5. EPIDEMIOLOGIA
Desordem neurocomportamental mais comum em
crianças
Predomínio no sexo masculino
9,5% das crianças no EUA entre 6-17 anos
Crescimento de 33% (1999-2008)
Overdiagnosis x Underdiagnosis
6. CLASSIFICAÇÃO
DSM IV
DSM V
CID-10
DSM-5 enfatizou a importância de considerar as
circunstâncias do desenvolvimento da criança como fator
de risco e prognóstico e possibilitou o diagnóstico de
TDAH em concomitância com autismo
7.
8. FATORES DE RISCO E PATOGÊNESE
Evidência de componente genético
Hereditariedade estimada em 76%
Genes relacionados com vias da Dopamina e
Serotonina
Predisposição genética + Fatores ambientais
9. FATORES DE RISCO E PATOGÊNESE
Estudos de neuroimagem:
Atraso da maturação cortical
Disfunção do circuito préfrontal-estriado
Alterações na comunicação neural de áreas como
cortex frontal-parietal
Sem valor diagnóstico
10. DIAGNÓSTICO
Pais, professores e outros devem fornecer
informações sobre os sintomas durante as
situações diárias
Adolescentes devem contribuir com sua própria
avaliação
Estabelecer quantificação dos traços
comportamentais (uso de escalas de classificação
validadas)
Reavaliações, severidade, resposta ao tratamento
11. DIAGNÓSTICO
Considerar outras condições médicas e psicossociais
(sequela trauma SNC, infecção, distúrbio do sono,
hipertireoidismo, drogas, abuso)
12. DIAGNÓSTICO
Associação com outras condições (desordens de
aprendizado, leitura, distúrbios de conduta,
ansiedade, depressão, autismo, Sind X frágil,
epilepsia, Sind Tourette)
13. TRATAMENTO
• TDAH é uma condição crônica
• Os cuidados de saúde envolvem, além da equipe
multiprofissional de saúde e paciente, familiares e
educadores
• Plano terapêutico abrangente capaz de abordar
sintomas e intervenções funcionais ao longo do
tempo
• OBJETIVOS: aumentos quantificáveis na precisão
e produtividade acadêmica, comportamentos pró-
sociais e diminuição das interrupções das
atividades em sala de aula.
14. MEDICAMENTOSO
Benefício significativo de medicamentos estimulantes (derivados
de metilfenidato ou anfetaminas) na redução da desatenção, hiperatividade
e impulsividade
São semelhantes na obtenção de resultados clínico favoráveis e na
intensidade de efeitos adversos, embora a resposta individual a
terapêutica seja diversa
Preparações de longa ação dos estimulantes são preferíveis em relação
a agentes de ação curta por permitir administração de uma dose única
matinal
Efeitos colaterais mais comuns são a supressão do apetite e atrasou o
início do sono.
Medicamentos não estimulantes desempenham um papel importante no
tratamento de TDAH quando os pais se opõem, quando os estimulantes
são contra-indicados ou tem intensos efeitos adversos, ou quando existe
uma história ou de alta probabilidade de vício ou desvio de
medicamentos para uso recreativo.
15. TERAPIA COMPORTAMENTAL
Participação central no tratamento
Melhoram motivação usando recompensas e fornece
modelos e oportunidades para a aprendizagem social.
Terapia formativa dos pais na gestão comportamental
(chamado de "Treinamento comportamental dos pais ")
é uma abordagem sistemática que ensina aos pais a
moldar os comportamentos de seus filhos com a
utilização dos princípios básicos d a modificação
comportamental e teoria da aprendizagem social
Sala de aula: as mudanças comportamentais na escola
tem sido associadas com melhorias moderadas a
grande em crianças através de estratégias baseadas na
co-participação escolar com ambientes positivos onde a
punição é minimizada
16. TERAPIA COMPORTAMENTAL X
MEDICAMENTOSO
“Medication
(predominantly methylphenidate hydrochloride)
was superior to behavioral therapy for
reducing the core symptoms of ADHD; the combination
of medical and behavioral therapy was
not significantly more effective than medication
alone for these symptoms. Secondary analyses
showed that, as compared with medication alone,
combined therapy resulted in greater improvements
in academic performance and reductions
in conduct problems, higher levels of parental satisfaction, and
the use of lower doses of stimulant
medication. Combined therapy was also superior
for treating children of low socioeconomic status
and those with coexisting anxiety.”
17. TRATAMENTO
• Crianças em idade pré-escolar (gestão de
comportamento dos pais deve preceder)
• Cuidado longitudinal - A monitorização de rotina em
crianças recebendo medicação deve incluir
medidas de altura, o peso, a pressão arterial, e
freqüência cardíaca. As reações adversas podem
mudar ao longo tempo e deve ser avaliada
rotineiramente.
18. CONCLUSÃO
A criança descrita na vinheta tem o núcleo de
sintomas de TDAH - desatenção, hiperatividade
e impulsividade - com comprometimento funcional em
desempenho acadêmico e as relações sociais.
No entanto , a utilização de estimulantes sozinho fez
não melhorar substancialmente seu funcionamento educacional
e social. Recomendamos que o tratamento
médico sugira uma terapia psicoeducacional abrangente
para avaliar se ele tem dificuldades de aprendizagem
Os objetivos cuidadosamente monitorados em colaboração
com sua família e professores, bem como conselheiros ,
treinadores, e outros conselheiros na comunidade.