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Responsabilidade de grupos




Bertram F. Malle.
Professor, Department of Cognitive, Linguistic, and Psychological Science Brown University
 INTRODUÇÃO

   I. CONHECIMENTO SOCIAL: OS CASOS INDIVIDUAIS
     a. Conceitos Fundamentais: Agência e Intencionalidade;
     b. Intencionalidade: Conceito e Julgamento;
   1. Duas Formas de Julgamentos Intencionais ;
     c. Núcleo de aplicação de Intencionalidade: Explicações de
           comportamento;
   1. Explicações de Razão;
   2. História causal da razão (CDH) Explicações;




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II. COGNIÇÃO SOCIAL DE AGENTES DO GRUPO
       a.   Dois Tipos de Grupos;
       b.   Explicações de Comportamento;
    1. As pessoas usam Explicações de Razão quando explicam
    comportamentos de Grupos?

2. A Hipótese do Hyperagent;
    c. Atribuições de Estados Mentais;
       1.   Diferentes estados mentais?
       2.    Estados mentais diferentes para grupos?
       3.   Tirando as conclusões certas;
       4.   A postura inferencial relutante;



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 II – O JULGAMENTO INDIVIDUAL DOS AGENTES MORAIS
     A.   Moralidade é incorporado na Psicologia Popular;
     B.   Modelo de Passo de culpa;

 IV – JULGAMENTO MORAL DE AGENTES DO GRUPO
     A.   Aplicando o Modelo Passo de Culpa aos Agentes do Grupo;
     B.   Pesquisa em andamento;

   V – A VIDA MORAL DOS AGENTES DE GRUPO, LTD.
     A.   Problemas para Culpar Grupos;
     B.   Culpar os membros do grupo;

   CONCLUSÃO

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Introdução

 Segundo Malle, para entender o alcance e os limites da
 punição a grupos é preciso entender como as pessoas
 conceituam os agentes, interpretam suas ações, e fazem
 julgamentos morais .

 Para isso, éexaminar as bases sócio-cognitivas para a
 percepção humana de grupos e as avaliações morais de sua
 conduta.



      Por isso, o artigo foi dividido em cinco partes:

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 I - Identificar o quadro conceitual no qual as pessoas
 interpretam        e       raciocinam            sobre   os    agentes
 individuais;

 II-  Examinar se as pessoas aplicam o mesmo
 quadro de cognição à agentes do grupo.

 III- Introduzir o sistema psicológico que realiza as
 pessoas nos          julgamentos                morais   dos   agentes
 individuais.

 IV-  Explorar se pessoas aplicam este sistema de
 juízos morais aos agentes do grupo.

 V-  Discutir os limites em que o observador pode
 sentir mais dolorosamente que o agente.

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I. Cognição Social- Os casos Individuais

Objetivo final:
    Explorar como os grupos podem ser alvos de Cognição
     Social e Moral.

Foco:
  1 - Julgamentos de intencionalidade;
  2 - Explicações de comportamento ;
  3 - Atribuições de estados mentais.

A cognição social é complexa e semelhante a cognição moral.


          “A questão é saber se esta complexidade se estende dos
            indivíduos aos agentes do grupo...” (???)

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A. Conceitos Fundamentais: Agência e Intencionalidade

Os humanos percebem interações através de um quadro
comportamental ligada aos estados mentais, chamado de
psicologia do senso comum, psicologia popular, ou
teoria da mente, que consiste em duas partes:

      a.  Sistemas que filtram, organizam e integram as
       entradas de estímulos para conceitos de agente, intenção,
       crença e razão;
      b.     Suposições           sobre           essas   categorias   e   seus
       relacionamentos.


      Porém, estes processos têm diferentes caminhos
         evolutivos desde o primeiro ano de vida...

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Na infância o conceito de Intencionalidade e de Cognição Social
atinge uma notável complexidade...

    Durante  o primeiro ano, identificam comportamento
    intencional, “movimentos como agarrar ou colocar.”

    No  final do primeiro ano, analisam ações               e
    comportamentos, como “iniciadas ou concluídas”.

    No segundo ano, surge o primeiro conceito mental de
    desejo. “Reconhecem que outras pessoas podem ter
    desejos diferentes dos seus.”

    Nos anos seguintes, adquirem os conceitos de crença e
    intenção, limpa e diferenciada de desejo.

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 A mudança no âmbito da psicologia popular ocorre, com a
 diferenciação do conceito de INTENCIONALIDADE a
 partir de uma compreensão simples para uma compreensão
 mais complexa.



 Analisaremos,
              agora     o     conceito                 de
 INTECIONALIDADE nos adultos.




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B. Intencionalidade: Conceito e julgamentos

 Os filósofos têm oferecido inúmeras análises do
 conceito de INTENCIONALIDADE...

   Como podemos decidir, se a intenção é
    realmente diferente de desejo?

 Malle e Knobe investigaram empiricamente o conceito
 de pessoas comuns, que compartilham o conceito
 popular de intencionalidade e usam-no para julgar
 comportamentos.


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Primeiro :
 Malle Knobe pediram às pessoas para definir                       o
  conceito de INTENCIONALIDADE.
    Houve consenso, em quatro componentes para um
     agente realizar um comportamento intencional;

 O agente deve ter:
    1.   Um desejo para um resultado;
    2.   Uma crença de que o comportamento vai ter resultados;
    3.   A intenção de realizar o comportamento;
    4.   Consciência de suposições sobre essas categorias e seus
           relacionamentos.


        Malle e Knobe também postularam um quinto componente da
intencionalidade: HABILIDADE de controlar e replicar um comportamento.

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Modelo popular do conceito de intencionalidade



        Crenças                                        Desejos
                              Intenção



  Habilidade                                                Consciência




                  INTENCIONALIDADE                          Malle e Knobe

  O conceito consiste em cinco componentes, mas, as pessoas não
        deliberaram sobre os mesmos, cada vez que julgam um
                  comportamento como intencional.
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1. Duas Formas de Julgamentos Intencionais

Os componentes do conceito popular de INTENCIONALIDADE,
podem ser encontrado em muitas línguas e podem ser universais.

 Conforme o conceito, a causa direta de uma ação intencional é
  o estado mental de intenção.

    a) Para que uma ação seja vista como intencional, a habilidade
     e a consciência têm que estar presentes;

    b) As pessoas identificam a intenção como um estado mental
     da intencionalidade como propriedade de uma ação.

 Julgamentos de INTENCIONALIDADE desempenham um
                   papel central na vida social.

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 Analisaremos um dos mais importantes:

  a) Como as pessoas explicam o comportamento?


  b) Como as pessoas atribuem estados mentais de
   crenças e desejos a um agente, para dar sentido ao
   seu comportamento?

  Esta marca vai se tornar um caso de teste (na Parte II)
   para saber a semelhança entre a cognição social dos
   grupos e a cognição social dos indivíduos.


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C. Núcleo de aplicação de intencionalidade:
      Explicações de comportamento

  Heider, observou que, explicações das pessoas são
  diferentes para comportamentos INTENCIONAIS e não
  INTENCIONAIS.

     Os comportamentos NÃO INTENCIONAIS             são
      "mecânicos”, não há intenção ou consciência.

     Os comportamentos INTENCIONAIS são mais
      complexos, envolvem consciência, racionalidade e
      controle intencional.



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As pessoas usam três "modos" diferentes para explicar o
comportamento intencional, porém, dois são importantes
para o nosso propósito:
  1- EXPLICAÇÕES DE RAZÃO;
  2- HISTÓRIA CAUSAL DAS EXPLICAÇÕES DE RAZÃO.

  1    – EXPLICAÇÕES DE RAZÃO        são as mais utilizadas e
      refletem o núcleo do conceito de intencionalidade e
      ocorrem quando um agente decide agir pela razão de suas
      crenças e desejos.
      a)   A “SUBJETIVIDADE" é a primeira característica que define
           explicações da razão: são projetos do agente, para reconstruir
           crenças e desejos que moldam sua intenção.

      b)   A “RACIONALIDADE" é a segunda característica de explicações de
           razão: Um agente decide agir em razão de certas crenças ou
           desejos se teve motivos razoáveis ​para agir.

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2- HISTÓRIA CAUSAL DAS EXPLICAÇÕES DE RAZÃO são
os      estados      mentais       inconscientes       do
agente, educação, personalidade, cultura e o contexto.

    Explicação de uma ação intencional citando
    antecedentes causais para o raciocínio do agente e
    sua decisão de agir.

Mesmo que as pessoas explicam comportamentos intencionais
com referência a motivos do agente, não explicam as razões.

 Ex.: Ao questionarmos por que Kim não votou, alguém pode          dizer
  "Ele é preguiçoso" ou "Sua família é apolítica.“

      As declarações ajudam a explicar a ação de Kim, mas não as razões
                               subjetivas para não votar.
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II. COGNIÇÃO SOCIAL DE AGENTES DO GRUPO

“Examinaremos a cognição social de grupos com o foco sobre o conceito
de agência intencional, explicação da ação por razões, e os tipos de
estados mentais que são ou não atribuídas aos agentes do grupo.
   a)   “Funcionários Sea Bright inicialmente opuseram ao programa de
        bombeamento de areia, porque achavam que a sua cidade seria
        inundada” (Washington Post)...
   b)   “Wimbledon simplesmente não sabia o que eles tinham e se este
        seria lembrete do Arsenal para o Manchester United que
        pretendia lutar para manter o título até a última” (Irish Time)

 OBS. Essas são atribuições de ações intencionais, intenções,
  conhecimento, crenças, desejos aos agentes do grupo.

 Serão eles apenas metáforas?
 Um crítico do "Coletivismo", diria: "O fato de atribuímos qualidades
  intencionais à grupos não implica que tenham verdadeiras intenções.

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Essa crítica falha em dois aspectos:
Primeiro:
 Faz a afirmação empírica de que "nós" (as pessoas)
  atribuímos estados mentais à grupos metaforicamente,
  mas nenhuma evidência empírica é oferecida para esta
  reivindicação.
Segundo:
 O autor aparentemente distingue entre a prática de
  (metaforicamente) atribuir intenções (ou outros
  estados mentais) a grupos de forma objetiva em que
  não tem intenções.


              Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012     20
Mas o que constitui esta realidade objetiva?
 Se a maioria das pessoas não vêm nenhum problema em
  atribuir intenções a grupos, um estudioso diria que: - Está
  tudo errado e que não sabem o que significa o
  conceito de intenção.
   Na realidade, ele é que está confuso, dado que, não é o
    conceito popular de intenção, trabalhado por ele, que
    deve determinar por que as pessoas atribuem estados
    mentais à grupos usando esse conceito.

 Malle assume que, quando as pessoas atribuem um estado
  mental a um grupo, é uma atribuição literal.
 Porém,    devido a flexibilidade dos conceitos de
  intencionalidade e mentalidade, as pessoas não tem
  dificuldade em atribuir mentes a grupos.

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A. Dois Tipos de grupos
Para analisar a percepção social dos agentes do
grupo, devemos fazer a distinção entre os dois tipos de
grupos:
 (a) GRUPOS AGREGADOS, os membros desempenham a mesma
  ação de forma independente (Ex.:Muitos nova-yorquinos foram para a
  retrospectiva de Kandinsky no Guggenheim),
 (b) GRUPOS QUE ATUAM EM CONJUNTO, os membros atuam
  como se fossem um agente único (Ex.: O Tribeca Art Club foi para o
  Kandinsky no Guggenheim).
 Neste caso, um grupo agregado não é um agente, mas uma
  coleção de agentes.

 Agindo conjuntamente os grupos deliberam e planejam suas ações.
  Cada membro submete a certos estados mentais, mas o grupo decide e
  age "como um só.” Ex.: “um departamento de uma faculdade decide
  sobre a promoção de um candidato.”
    É o grupo que tem desejos, crenças, intenções e deve identificar a meta
     desejada, agrupar as crenças, verificar a compatibilidade com outras
     crenças e desejos e, formar uma intenção racional a perseguir.
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Poderá não haver unanimidade em adotar crenças, desejos e
intenções, mas a maioria legitima as escolhas do grupo.
              A Fig. 2 Processo de raciocínio em grupo.

        Desejo de contratar          Crença que P.P. é o   Crença de que P.P
             alguém                  melhor candidato       está disponível




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A subordinação ao grupo é uma característica que
distingue intenção coletiva da ação individual, ou de
intenções individuais que estão de acordo.

 Quando é que não há subordinação?
 Se numa decisão não há “quorum”, é questionável se
 uma minoria deve contar como a intenção do grupo.

   Uma intenção poderá não ser aprovada pelo grupo,
    mas por uma elite dentro do grupo. Neste caso, a
    tirania não pode ser tomado como a vontade de um
    grupo.



             Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012      24
Analisaremos nas seções seguintes dois casos de teste para a
hipótese de que, a cognição social dos grupos é
semelhante, embora não idênticas, à cognição social dos
indivíduos.

       Primeiro caso, examina como as pessoas explicam os
        comportamentos     realizados   por   grupos    em
        comparação com comportamentos realizados por
        indivíduos.

       Segundo caso, examina atribuições de vários estados
        mentais (crenças, desejos e intenções) e estados
        fenomenais (sentimentos, emoções, sensações).

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B. Explicações de Comportamento


 Se as pessoas consideram agentes do grupo agindo
 intencionalmente, devem explicar essas ações com
 razões que as pessoas explicam o comportamento
 intencional individual.

   O uso de explicações de razão para os agentes do
   grupo, forneceria evidências tanto a aplicação da
   intencionalidade e uso do estado mental (crença e
   desejo) ao comportamento dos agentes do grupo.



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1. As pessoas usam explicações da razão quando
explicam comportamentos dos grupos?

 O'Laughlin e Malle criaram três experimentos em que
 pessoas comuns explicam uma variedade de
 comportamentos,       alguns  realizados     por
 indivíduos, outros por grupos. Estas explicações
 foram classificados em explicação de razão e
 história causal da razão.

   Os estímulos foram criadas em que cada conduta é
    apresentada como realizado por um indivíduo ou um
    grupo de agentes.
   Ex.:"Por que Nina usa drogas?" versus "Por que os
    alunos do terceiro ano do E.M. usam drogas? "

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No estudo I, as ações realizados por indivíduos mostraram 71% de
explicações de razão, enquanto ações realizadas por grupos mostraram 56% .
 Esses resultados sugerem duas conclusões:
  Primeiro: as pessoas usam explicações de razão (estado mental em que
  um agente decide agir) ao explicar uma ação de grupo.
  Segundo: eles o fazem menos do que quando explicam a ação de um
  agente do grupo.
Todos os agentes no estudo 1 foram grupos agregados. Os
  membros têm diferentes razões para agir.
 No estudo 2 O'Laughlin e Malle, fizeram a distinção entre grupos
  agregados e grupos agindo em conjunto.
 As hipótese s foram as seguintes:
 Grupos agindo em conjunto estão unidos pelo seu raciocínio a partir de
  crenças e desejos assim, a taxa de explicações de razão deve ser
  semelhante ao comportamento do indivíduo.
 Ambos devem ser maior do que a taxa do comportamento de grupos
  agregados.

                   Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012                    28
 Explicações de razão para grupos agindo em conjunto e para agentes
  individuais foi 76%, e para grupos agregados foi de 62%.
 Foi descoberto algo surpreendente:
    O índice de explicações de razão para grupos agindo em conjunto
     (81%) foi maior do que o índice para agentes individuais (71%).
    Esse padrão foi repetido num estudo de acompanhamento que
     demonstrou que as explicações do comportamento de um grupo
     agregado(46%) em relação a média do individuo e do grupo agindo
     conjuntamente (76%).
    A taxa ainda é maior para comportamentos de grupo atuando em
     conjunto (86%) que comportamentos individuais (66%)
O estudo informou que as pessoas não têm dificuldades em atribuir
estados mentais e razões à grupos, quer agregado ou agindo
conjuntamente.
 Assim, preceptores sociais usam o mesmo quadro conceptual para
   explicar comportamentos de grupo e comportamentos individuais.

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2. A Hipótese do Hyperagente
 Por que grupos adquirem o estado hyperagent?
  Primeiro: O raciocínio de um grupo agindo em conjunto pode ser
  imaginável por deliberação e tomada de decisão conjunta.
  Segundo: um grupo formado com intenção de superar os diferentes
  interesses, é mais forte que a intenção de um indivíduo.
  Terceiro: o grau de organização dos grupos deve ser interpretado como
  uma determinação forte para atuar.

 Esses recursos de deliberação, força de intenção, prontidão,    ação
  organizada podem ser explorados quando preceptores sociais descrevem
  grupos como potentes ameaçadores.
  Explicações de razão serão, prováveis na propaganda contra grupos
  agindo conjuntamente.
 Ex: O ataque à Polônia, em 1939, Hitler teria criticado o vizinho da
  seguinte maneira:
    “Apesar dos tratados de amizade, Polônia sempre teve o intenção
     secreta de explorar todas as oportunidades para fazer-nos mal.”

                  Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012                   30
 Em contextos legais, um promotor pode enfatizar ("conspiração")
  entre elementos cometendo uma série de crimes.
 Um exemplo histórico, em que os promotores aliados nas acusações de
  Nürnberg, do principal grupo de vinte e quatro criminosos de guerra
  nazistas como conspiradores, agindo em conjunto:
    A fim de conseguir seus objetivos, os conspiradores nazistas
     preparadas para assumir o controle totalitário sobre Alemanha e
     assegurar que nenhuma resistência podesse surgir.
    Implementar a sua política de "raça superior", os conspiradores
     ingressaram num programa de perseguição implacável aos judeus,
     para exterminá-los.

 Os escritores usavam expressões linguísticas de planejamento
  ("Objetivos e propósitos", "preparado para aproveitar",
  "programa") de razões e metas ("a fim de ...", "projetado para"),
  ressaltando a motivação, a intencionalidade do coletivo .


                  Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012                31
C. Atribuições de Estado Mentais
Voltando ao segundo caso de teste, para a hipótese de que a Cognição
Social de Grupos é semelhante a Cognição Social de Indivíduos.
 Sabemos que as pessoas explicam comportamentos do grupo com razões
  desejos e crenças – “o que os filósofos chamam atitudes proposicionais”.

 E os outros estados mentais?
  As pessoas se sentem confortáveis ​atribuindo estados como medo, amor,
  audição e degustação à mente de um grupo?
 Para grupos agregados, essas atribuições não são um grande problema.

    Ex1: “Os homens sentiram constrangido quando perderam o jogo”,        é
      interpretado como dizendo que cada homem sentiu-se       envergonhado;
      nenhuma mente do grupo sentiu-se embaraçado...
 Contrariamente, os grupos que atuam em conjunto são candidatos a atribuições
  de tais estados afetivos:
    Será que a empresa BP sentiu-se constrangido com derrame de petróleo
      do Golfo, em 2010?
    O governo dos EUA ficou irritado com a BP?



                    Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012                       32
1. Diferentes estados mentais?
Na filosofia clássica encontramos uma distinção entre
  duas classes principais de estados mentais:
1. Estados Proposicionais (crenças, desejos,
   intenções); entendido como "computacional", -
   implementada em outros meios além do cérebro;

2. Estados não-proposicional (dor, tristeza, com
   cheiro de café) - caracterizados como fenomenal,
   tendo uma qualidade experiencial.

   Atribuições de estados fenomenais a grupos são
    mais restritivas e podem requerer um cérebro, um
    corpo unitário para a implementação.

             Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012     33
Robbins e Jack propõe que pessoas tomem uma postura
  fenomenal para certas criaturas, e seres humanos. Eles
  atribuem a eles uma variedade de estados fenomenais
  (emoções, humores, dores, sensações visuais...)

   Esta posição é contrastada com a postura       segundo a
     qual as pessoas atribuem aos outros, uma variedade de
     estados proposicionais (crença, desejo, intenção).
 Um característica da proposta de Robbins e Jack é que a
  postura fenomenal vem com uma consideração de que
  outras criaturas têm moral.

 Que evidências temos para afirmar que pessoas comuns fazem
  distinção entre os estados proposicionais e fenomenais?

                 Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012         34
 Gray, Gray, e Wegner pediram aos participantes que atribuissem uma
  variedade de estados mentais e capacidades à diferentes agentes.
 As atribuições foram sugeridos num espaço bidimensional:
    a) Um eixo rotulado como "Experience", foi constituído por estados
     fenomenais (fome, medo, dor, prazer);
    b) Outro eixo como "Agency", foi constituído por estados de maior
        cognição (auto-contenção, moral, julgamento, memória, planejamento)

Os resultados permitem interpretações alternativas:
   a)    Os itens definidos no primeiro eixo podem ser entendidas como
         estados não intencionais;
   b)    Os itens definidos no segundo eixo podem ser entendidas como
         estados intencionais.
Então,o primeiro eixo pode ser considerada uma dimensão de efeito e o
segundo uma dimensão da cognição.


                     Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012                       35
2. Diferentes Estados Mentais para Grupos?

Knobe e Prinz realizaram uma série de estudos que exploram a
distinção entre estados proposicionais e fenomenais e a
distinção entre o indivíduo e os agentes do grupo.
 Concluíram que:
    Pessoas            ​atribuem          estados          proposicionais
     (decidir, querer, pretender, acreditar, saber) à agentes do grupo, mas
     são reticentes em atribuir estados fenomenais, como
     (alegria, imaginação, depressão, dor).
    Pessoas consideram que grupos não têm consciência fenomenal.

 Segundo Knobe e Prinz, mesmo que as pessoas não considerem
  naturais declarações como "Acme Corp está se sentindo
  triste," eles acham natural dizer "Acme Corp está triste com a
  recente decisão judicial."
    Seria um concepção de estado fenomenal bastante incomum
     se um agente não pudesse apresentar um estado mas sentí-lo...
     Porém, a concepção das pessoas não parece ser incomum.
                   Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012                     36
Sytsma e Machery não foram capazes de replicar o
  diferença entre "sentindo triste " e "estar triste.”
   Para ambos as formulações,    a média das pessoas
    escolheram o ponto médio entre "soa claramente
    estranho" e "Soa claramente natural" não é
    evidente a recusa em atribuir estados fenomenais a
    grupos.

 Estes resultados mostram que as pessoas não tem
 certeza se estados fenomenais podem ser atribuídos
 a grupos.



              Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012     37
3. Tirar as conclusões certas

O estado atual da prova é altamente misturado.
   Por um lado, pode-se concluir que as pessoas tratam
    os agentes do grupo como agentes individuais;

   Por outro, as pessoas sentem menos confortáveis
    quando atribuem estados fenomenais a grupos.

   Há uma sútil diferença em atribuir estados fenomenais a
    indivíduos ou a grupos, mas essa diferença não é bem
    compreendida.
 Tudo se resume na questão de como devemos explicar
 a diferença.
                Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012        38
Numa pesquisa no Google, Knobe e Prinz, afirmaram que
praticamente não existem frases como "Microsoft sente
raiva" "Deprimido" ou "medo", mas existem milhares de
frases como "Microsoft decide" ou "quer" ou "espera".

 Se as pessoas raramente atribuem estados fenomenais
 aos agentes do grupo, a associação mental entre estados e
 grupos será fraco; é improvável que as pessoas atribuam
 estados mentais a grupos. Isso é chamado de postura
 inferencial relutante.




              Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012         39
4. Postura Inferencial Relutante
 Se as pessoas são relutantes em atribuir estados fenomenais a
  grupos, uma possibilidade intrigante surge:
    Um grupo de agentes que não tem preocupações, não
     sente dor, não pode ser intimidado e não                      se
     arrepende, vai ser visto como um agente calculista.


 Tal imagem contribui para a noção de:
    Grupos que agem como hyperagentes - agentes, mostram mais
     empenho, exercem mais poder, representam uma ameaça maior
     do que qualquer agente.

 Essa imagem teria uma outra consequência.
    Agentes que não sentem preocupação, arrependimento, ou dor,
     são insensíveis a censuras, advertências, ameaças e castigos...


                 Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012                    40
 Então, devemos perguntar:
   a) Como as pessoas tratam moralmente um agente do
    grupo?
   b) Os agentes do grupo são alvos adequados de
    expectativas morais, avaliação moral e castigo moral?

 Essas perguntas serão respondidas na Parte III desta
 apresentação.

 Primeiro examinaremos o julgamento moral dos de agentes
 individuais.



                 Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012         41
III. O julgamento moral dos agentes individuais

A. Moralidade é incorporado na Psicologia Popular
 Quando pessoas fazem julgamentos morais de um
  agente, avaliam o comportamento, considerando:
   (a) Normas que o comportamento pode ter violado;
   (b) O que estava na mente do agente antes, durante,
    e depois de executar o comportamento. “estas últimas
    considerações são o reflexo da teoria da mente (parte I).

 Assim, podemos dizer que a teoria popular está no
  centro do julgamento moral.


               Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012           42
Os humanos não fazer julgamentos morais sobre terremotos
ou furacões. Os julgamentos morais são dirigidos à agentes
capazes de seguir padrões de conduta social.

    A culpa é atribuída a um agente tendo em conta a
     capacidade de raciocinar sobre vários caminhos de ação
     e de buscar intencionalmente um caminho tal.

    Mesmo quando o dano ocorre involuntariamente, se a
     pessoa poderia ou deveria ter escolhido um caminho
     alternativo, mas não, a culpa é aplicável.

A INTENCIONALIDADE é essencial nas decisões de culpa. Assim, foi
desenvolvido um modelo de trabalho que caracteriza o conceito, e
integra uma série de caraterísticas de culpa.
                Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012             43
B. Modelo Passo de culpa.


Foi desenvolvido um modelo de trabalho de culpa
  que caracteriza o conceito de intencionalidade e
  integra uma série de características de culpa.

 Assim, para simplificar a apresentação, designa-se
 como primeiro passo no processo de detecção de culpa
 do observador de um comportamento-norma violada.




             Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012     44
.            Detenção                                 A Step Model of Blame.
    (comportamento ou resultado)



       Intencionalidade                           Não
o agente trouxe intencionalidade
           ao evento?



          Justificação                                 Obrigação                Não   Culpa
quais foram as razões que agentes                 o agente foi obrigado a             suave
      para trazer o evento?                         impedir o evento?

                                                      Sim
                                                         Capacidade
         Graus de culpa                        o agente pode impedir o evento
                                                (habilidade, conhecimento
                                                   prévio, oportunidade)
                                 Sim                                        Não
                          Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012                             45
O Modelo é um requisito necessário de um julgamento
de culpa.

 Na fase de detecção o observador centra-se na avaliação da
  "maldade" do comportamento;
 Na fase de julgamento do observador centra-se na grau de
  culpa do agente.

Simplificando:
   As pessoas não culpam comportamentos, culpam os agentes, o
    que requer avaliar seus estados mentais.

   A avaliação chave é saber se o comportamento foi intencional ou
    não (Este passo é essencial porque se bifurca em dois caminhos)

                 Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012               46
No caso de um comportamento intencional (esquerda),o observador
considera motivos particulares para o agente agir:


                                          As     razões     consideradas      são
                                           crenças, desejos e intenções de agir.
                                          Quando      um       agente     violou
                                           intencionalmente                  uma
                                           norma, queremos saber porque ele agiu
                                           daquela forma.
                                          As razões fazem aumentar ou
                                           diminuir a culpa por meio de
                                           uma justificação.


No caso de um comportamento não intencional (direito),
considera-se a combinação de obrigação e capacidade do agente em
impedir o evento .
                 Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012                              47
Um agente que fere alguém intencionalmente pode ter
razões justificadas (um dentista tentando extrair um
dente de uma criança) será menos responsabilizado do
que aquele que tinha razões injustificadas (um
estudante provocando uma briga).

   Quando    se considera que o agente, atuou
    involuntariamente, examina-se se deveria ter
    impedido o evento (obrigação) ou se poderia ter
    evitado (capacidade).

       Estas considerações estão ligadas a intencionalidade do
        conceito.


                 Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012           48
Comunidades sociais impõe obrigações aos indivíduos
porque esperam que ajam intencionalmente, de
acordo com as obrigações.
   Se o agente não tiver as capacidades cognitivas (raciocínio e
    conhecimento) e não cognitivas (habilidade ou oportunidade)
    para cumprir as obrigações, pouco ou nenhuma culpa será
    aplicada.

   Se o agente tiver as capacidades e é sujeita à obrigação, e
    fracassa ao evitar um evento negativo desencadeia uma culpa
    substancial.

Essa culpa varia se a falha for considerada    um
comportamento imprudente, negligente ou a violação
intencional, de uma obrigação.

                Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012              49
O modelo tem algumas sobreposições com a decisão judicial,
dado que a lei codifica algumas características humanas
básicas de julgamento moral.

   Ex: Um homicídio, para ser definido como assassinato
    intencional, requer "movimento intencional” “estado
    mental de intenção de matar ".

   Geralmente a responsabilidade criminal é definido como o
    emparelhamento de um ato lesivo e o estado mental
    correspondente ou intenção."

As extremidades se sobrepõem quando os tribunais, a
literatura filosófica e a lei se envolvem em disputas sobre o
significado da intenção.

               Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012           50
Estas disputas são alimentadas por estudos individuais sobre o que
é a intencionalidade e refletem a variação histórica e geográfica
“restringir/ampliar” o significado de termos (intencionalmente,
voluntariamente e conscientemente).

    A vantagem de um modelo empírico de julgamento moral é que os
     termos não têm que ser debatidos repetidamente, como fazem as
     pessoas comuns.

A principal diferença entre julgamento moral e conhecimento
jurídico é que a primeira tenta esclarecer os processos que guiam
o comportamento e a segunda concentra na missão reformadora
(mudando o pensamento e o comportamento).
A crítica a questão é esta:
Aplicando o modelo de julgamento dos agentes individuais, o
que acontece quando se enfrenta o comportamento imoral de um
agente do grupo?


                 Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012              51
IV. Julgamento moral dos agentes de grupos
Existe algum consenso de que a capacidade de ação
intencional do grupo é um pré-requisito para o seu
status como agente moral?

   Isaacs, mostra que os grupos são capazes de ação
    intencional, então, é necessário também mostrar
    que eles são objetos de louvor e de culpa.
A capacidade para exemplificar a intencionalidade, estados
mentais e razão baseada em escolhas (racionalidade) são
centrais na classificação de uma corporação como "agente
moral."
   Ele argumenta que corporações são agentes morais,
    porque são capazes de ação intencional.

               Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012        52
 Isaacs, considera ainda que, quando os agentes atuam
  intencionalmente, têm razões para suas ações.
 Porém, o status das corporações e agentes de grupos como
  “agentes intencionais”, são apenas elegíveis para avaliação
  moral.

 Será que funciona da mesma forma para a
  avaliação moral dos indivíduos?
   Não precisamos assumir automaticamente que o
    julgamento moral coletivo funciona da mesma
    forma,    mas,  se    não   houver  prova    em
    contrário, podemos aceitar como uma hipótese de
    trabalho.
                Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012          53
Esta hipótese é reforçada por um argumento teórico
básico.

   Se a psicologia popular é aplicado aos agentes do grupo, e
   se o julgamento moral está na base da psicologia popular,
   então o julgamento moral, também, deve ser aplicada ao
   grupo.

   Para testar a hipótese é preciso examinar os elementos do
   “Modelo de Passo de Culpa” e examinar se juízos de ação
   do grupo poderiam ser transportados através de um aparato
   cognitivo com esses elementos.


               Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012            54
A. Aplicando o Modelo de Passo de culpa aos Agentes do Grupo

As normas específicas para grupos podem ser diferentes daqueles para os
indivíduos. As pessoas não têm dificuldades para distinguir o
comportamento intencional e não intencional de um grupo.
Mas os atos de negligência (não intencional) são comuns em
        acusações de comportamento corporativo.
                     Seguindo o caminho da esquerda para chegar a
                     culpa, sabemos que as pessoas atribuem razões
                     para os agentes do grupo.
                       Seguindo o caminho certo para chegar a culpa,
                       a existência de normas para os agentes do
                       grupo implica que haja obrigações;
                       Para ser sujeito a uma norma significa
                       conformar-se a ela, e se existe uma norma de
                       prevenção (especialmente de danos), a
                       obrigação de evitar.
                  Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012                   55
Os grupos variam em suas capacidades para evitar
resultados     negativos    “conhecimento   de    certos
fatos, habilidades e oportunidades” para executar certas
intenções.
Atribuições de conhecimento ( ou falta dela) a grupos, e
as variações de habilidades e oportunidades são
certamente incontroverso.
 Não temos nenhuma evidência direta de que
  preceptores sociais culpam grupos após estes
  passos, pelo menos, não há obstáculos evidentes para
  eles fazerem isso.


              Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012       56
B. Pesquisa em andamento

Recentemente Dillon e Malle reuniram algumas provas para julgamentos
de intencionalidade e culpa em resposta ao comportamento do agente de
grupo.
 Universitários consideraram um número de ações realizadas por
  indivíduos e grupos, e fizeram uma série de julgamentos:
    Foi um comportamento intencional?
    Será que você detectou o que o agente está pensando?
    Será que o agente merece elogios ou culpa?

 As medidas-chave foram as taxas de respostas afirmativas (indicando
  inferência de intencionalidade, pensamento ou culpa)

 Todas as ações foram formuladas de três formas:
    Por um indivíduo, por um agregado (crianças urbanas do país, alunos
     do curso de psicologia), e por um grupo agindo conjuntamente
     (organização estudantil, o equipe de projeto sênior).


                   Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012                  57
Os resultados mostraram que os agentes individuais e de grupo
provocaram taxas semelhantes e diferenciadas de inferência (ou
seja, a intencionalidade foi inferida com mais frequência do que o
pensamento, que foi mais inferida que a culpa)

 A única diferença surgiu na frequência absoluta de inferências de
  intencionalidade, onde os agentes individuais do grupo e,
  atuando em conjunto suscitaram afirmações de intencionalidade
  mais do que os grupos agregados.

 Os resultados são preliminares, no entanto, não fornecem
  indicações de que é fácil e natural para as pessoas fazer
  inferências mentais e julgamentos morais sobre as ações do
  grupo.



                 Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012               58
V. A Vida Moral dos Agentes de Grupo
A. Problemas para Grupos Culpar:
À luz das evidências atuais, estamos confiantes de que as
pessoas atribuem culpa aos agentes do grupo, usando o
mesmo aparelho psíquico que usam quando culpam agentes
individuais.
 Porém, a culpa tem duas faces:
    o cognitivo e o social.

 A face social consiste em atos verbais ou físicas que
  expressam o julgamento moral dirigidas ao agente para
  fins de regulação do comportamento.

Punição e culpa expressa, é uma espécie de punição social.

                Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012           59
Surge o primeiro problema:
Como pode os preceptores sociais expressar culpa para os agentes
do grupo?
    As           pessoas              não             encontram
     governos, corporações, equipes ou comitês face a face.
     Podem escrever cartas processá-los ou denunciá-los
     mas, não há garantias que o destinatário perceba a culpa.
O segundo problema é o seguinte:
    Se a culpa raramente é expressa e raramente ouvida, a
     regulação do comportamento dos agentes "é executado
     marcha lenta.”
O Terceiro problema foi apresentado na Parte II, Seção C:
    Se os agentes do grupo não têm estados mentais, será
     improvável que se sinta culpa, arrependimento ou
     remorso.
Os grupos terão menos escrúpulos morais, que bloqueiam a
regulação social, bem como a dissuasão.
                Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012             60
 Felizmente, há limites para esse quadro desolador.

   Enquanto os membros individuais do grupo sentem emoções
    morais e medo de punições, sua influência pode alterar a ação
    do grupo.

   Neste caso, o lócus de emoções morais não é o agente do
    grupo, mas o indivíduo que altera a tomada de decisão do
    agente de grupo.

   No modelo de Pettit, as emoções morais dos membros
    individuais podem influenciar intenções do grupo.

   O grupo pode decidir renunciar certas oportunidades, porque
    eles são moralmente condenáveis..

                Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012              61
B. Culpar os membros do grupo

Se culpar e punir agentes do grupo é difícil, há a opção
de punir os membros individuais do grupo.
   No entanto, não é necessariamente mais fácil. Os
    membros individuais podem ser vistos como responsáveis
    pela ação indesejável do grupo e, portanto, devem ser
    punidos diferencialmente.

 Mas o que orienta essa diferenciação?
   O grau em que o indivíduo contribuiu para a ação do
    grupo.
   A motivação ou justificativa para cometer o ato será
    também avaliado.
   Se esteve sob pressão do grupo ou intrinsecamente
    motivado para alcançar o resultado específico.

                  Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012     62
A obrigação do indivíduo em impedir o ato também
será questionada:
    O cidadão é obrigado a impedir a guerra da nação?
    O trabalhador é obrigado a acabar com a discriminação da empresa?
    As capacidades, físicas e cognitivas são importantes para evitar a ação
     de um grupo?
 Um último elemento é o nível de identificação ou de afastamento que o
  membro do grupo apresenta.
    Se participar do grupo é uma escolha do indivíduo (o que não é aplicável
     no caso de uma nação), então continuar sendo membro, conta como
     patrocínio das ações do grupo.
    As tentativas de protesto, para distanciar do grupo, mesmo que
     reprimidas, conta em favor do indivíduo.
    Colaborar com uma ação quando o distanciamento é possível (mas a
     colaboração traria benefícios pessoais), seria um ponto contra o
     indivíduo.


                    Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012                      63
Conclusão
 Um número elevado de agentes do grupo                      são   considerados
  poderosos, ameaçadores e moralmente desregulados.
 As pessoas não têm dificuldades em tirar conclusões sobre ações do grupos, e
  sentem o desejo de culpá-los e puni-los quando agem de forma imoral.
 A habilidade e eficácia em culpar e punir grupos é limitado, especialmente
  grupos institucionalizados do ( governos, corporações, comitês).
 Dificilmente os agentes do grupo mostram emoções. Isso causa desgosto às
  pessoas em relação a indenizações em casos que procuram punir grandes
  companhias.
 Isso também explica a política de incerteza em países democráticos, onde a
  ideologia alterna em cada eleição.

 O mundo moderno apresenta à mente humana agentes de grupo que ativam
  todas as reações sociais, cognitivas e morais mais familiares, mas que deixam
  pouco espaço para agir com base em tais reações.

 Talvez a lei possa proporcionar o espaço para as ações apropriadas, codificando
  normas, obrigações e punições não só para indivíduos mas, também para
  grupos. Ao fazê-lo, deve levar em conta os conceitos e critérios pelos quais
  pessoas normais reconhecem agentes de grupo e julgam sua conduta moral.

                     Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012                         64

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COGNIÇÃO SOCIAL E MORAL DOS AGENTES DO GRUPO

  • 1. Responsabilidade de grupos Bertram F. Malle. Professor, Department of Cognitive, Linguistic, and Psychological Science Brown University
  • 2.  INTRODUÇÃO  I. CONHECIMENTO SOCIAL: OS CASOS INDIVIDUAIS a. Conceitos Fundamentais: Agência e Intencionalidade; b. Intencionalidade: Conceito e Julgamento;  1. Duas Formas de Julgamentos Intencionais ; c. Núcleo de aplicação de Intencionalidade: Explicações de comportamento;  1. Explicações de Razão;  2. História causal da razão (CDH) Explicações; Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 2
  • 3. II. COGNIÇÃO SOCIAL DE AGENTES DO GRUPO a. Dois Tipos de Grupos; b. Explicações de Comportamento; 1. As pessoas usam Explicações de Razão quando explicam comportamentos de Grupos? 2. A Hipótese do Hyperagent; c. Atribuições de Estados Mentais; 1. Diferentes estados mentais? 2. Estados mentais diferentes para grupos? 3. Tirando as conclusões certas; 4. A postura inferencial relutante; Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 3
  • 4.  II – O JULGAMENTO INDIVIDUAL DOS AGENTES MORAIS A. Moralidade é incorporado na Psicologia Popular; B. Modelo de Passo de culpa;  IV – JULGAMENTO MORAL DE AGENTES DO GRUPO A. Aplicando o Modelo Passo de Culpa aos Agentes do Grupo; B. Pesquisa em andamento;  V – A VIDA MORAL DOS AGENTES DE GRUPO, LTD. A. Problemas para Culpar Grupos; B. Culpar os membros do grupo;  CONCLUSÃO Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 4
  • 5. Introdução  Segundo Malle, para entender o alcance e os limites da punição a grupos é preciso entender como as pessoas conceituam os agentes, interpretam suas ações, e fazem julgamentos morais .  Para isso, éexaminar as bases sócio-cognitivas para a percepção humana de grupos e as avaliações morais de sua conduta.  Por isso, o artigo foi dividido em cinco partes: Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 5
  • 6.  I - Identificar o quadro conceitual no qual as pessoas interpretam e raciocinam sobre os agentes individuais;  II- Examinar se as pessoas aplicam o mesmo quadro de cognição à agentes do grupo.  III- Introduzir o sistema psicológico que realiza as pessoas nos julgamentos morais dos agentes individuais.  IV- Explorar se pessoas aplicam este sistema de juízos morais aos agentes do grupo.  V- Discutir os limites em que o observador pode sentir mais dolorosamente que o agente. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 6
  • 7. I. Cognição Social- Os casos Individuais Objetivo final:  Explorar como os grupos podem ser alvos de Cognição Social e Moral. Foco: 1 - Julgamentos de intencionalidade; 2 - Explicações de comportamento ; 3 - Atribuições de estados mentais. A cognição social é complexa e semelhante a cognição moral. “A questão é saber se esta complexidade se estende dos indivíduos aos agentes do grupo...” (???) Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 7
  • 8. A. Conceitos Fundamentais: Agência e Intencionalidade Os humanos percebem interações através de um quadro comportamental ligada aos estados mentais, chamado de psicologia do senso comum, psicologia popular, ou teoria da mente, que consiste em duas partes:  a. Sistemas que filtram, organizam e integram as entradas de estímulos para conceitos de agente, intenção, crença e razão;  b. Suposições sobre essas categorias e seus relacionamentos. Porém, estes processos têm diferentes caminhos evolutivos desde o primeiro ano de vida... Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 8
  • 9. Na infância o conceito de Intencionalidade e de Cognição Social atinge uma notável complexidade...  Durante o primeiro ano, identificam comportamento intencional, “movimentos como agarrar ou colocar.”  No final do primeiro ano, analisam ações e comportamentos, como “iniciadas ou concluídas”.  No segundo ano, surge o primeiro conceito mental de desejo. “Reconhecem que outras pessoas podem ter desejos diferentes dos seus.”  Nos anos seguintes, adquirem os conceitos de crença e intenção, limpa e diferenciada de desejo. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 9
  • 10.  A mudança no âmbito da psicologia popular ocorre, com a diferenciação do conceito de INTENCIONALIDADE a partir de uma compreensão simples para uma compreensão mais complexa.  Analisaremos, agora o conceito de INTECIONALIDADE nos adultos. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 10
  • 11. B. Intencionalidade: Conceito e julgamentos  Os filósofos têm oferecido inúmeras análises do conceito de INTENCIONALIDADE...  Como podemos decidir, se a intenção é realmente diferente de desejo?  Malle e Knobe investigaram empiricamente o conceito de pessoas comuns, que compartilham o conceito popular de intencionalidade e usam-no para julgar comportamentos. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 11
  • 12. Primeiro :  Malle Knobe pediram às pessoas para definir o conceito de INTENCIONALIDADE.  Houve consenso, em quatro componentes para um agente realizar um comportamento intencional;  O agente deve ter:  1. Um desejo para um resultado;  2. Uma crença de que o comportamento vai ter resultados;  3. A intenção de realizar o comportamento;  4. Consciência de suposições sobre essas categorias e seus relacionamentos. Malle e Knobe também postularam um quinto componente da intencionalidade: HABILIDADE de controlar e replicar um comportamento. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 12
  • 13. Modelo popular do conceito de intencionalidade Crenças Desejos Intenção Habilidade Consciência INTENCIONALIDADE Malle e Knobe  O conceito consiste em cinco componentes, mas, as pessoas não deliberaram sobre os mesmos, cada vez que julgam um comportamento como intencional. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 13
  • 14. 1. Duas Formas de Julgamentos Intencionais Os componentes do conceito popular de INTENCIONALIDADE, podem ser encontrado em muitas línguas e podem ser universais.  Conforme o conceito, a causa direta de uma ação intencional é o estado mental de intenção.  a) Para que uma ação seja vista como intencional, a habilidade e a consciência têm que estar presentes;  b) As pessoas identificam a intenção como um estado mental da intencionalidade como propriedade de uma ação.  Julgamentos de INTENCIONALIDADE desempenham um papel central na vida social. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 14
  • 15.  Analisaremos um dos mais importantes:  a) Como as pessoas explicam o comportamento?  b) Como as pessoas atribuem estados mentais de crenças e desejos a um agente, para dar sentido ao seu comportamento?  Esta marca vai se tornar um caso de teste (na Parte II) para saber a semelhança entre a cognição social dos grupos e a cognição social dos indivíduos. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 15
  • 16. C. Núcleo de aplicação de intencionalidade: Explicações de comportamento  Heider, observou que, explicações das pessoas são diferentes para comportamentos INTENCIONAIS e não INTENCIONAIS.  Os comportamentos NÃO INTENCIONAIS são "mecânicos”, não há intenção ou consciência.  Os comportamentos INTENCIONAIS são mais complexos, envolvem consciência, racionalidade e controle intencional. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 16
  • 17. As pessoas usam três "modos" diferentes para explicar o comportamento intencional, porém, dois são importantes para o nosso propósito: 1- EXPLICAÇÕES DE RAZÃO; 2- HISTÓRIA CAUSAL DAS EXPLICAÇÕES DE RAZÃO. 1 – EXPLICAÇÕES DE RAZÃO são as mais utilizadas e refletem o núcleo do conceito de intencionalidade e ocorrem quando um agente decide agir pela razão de suas crenças e desejos. a) A “SUBJETIVIDADE" é a primeira característica que define explicações da razão: são projetos do agente, para reconstruir crenças e desejos que moldam sua intenção. b) A “RACIONALIDADE" é a segunda característica de explicações de razão: Um agente decide agir em razão de certas crenças ou desejos se teve motivos razoáveis ​para agir. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 17
  • 18. 2- HISTÓRIA CAUSAL DAS EXPLICAÇÕES DE RAZÃO são os estados mentais inconscientes do agente, educação, personalidade, cultura e o contexto. Explicação de uma ação intencional citando antecedentes causais para o raciocínio do agente e sua decisão de agir. Mesmo que as pessoas explicam comportamentos intencionais com referência a motivos do agente, não explicam as razões.  Ex.: Ao questionarmos por que Kim não votou, alguém pode dizer "Ele é preguiçoso" ou "Sua família é apolítica.“  As declarações ajudam a explicar a ação de Kim, mas não as razões subjetivas para não votar. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 18
  • 19. II. COGNIÇÃO SOCIAL DE AGENTES DO GRUPO “Examinaremos a cognição social de grupos com o foco sobre o conceito de agência intencional, explicação da ação por razões, e os tipos de estados mentais que são ou não atribuídas aos agentes do grupo. a) “Funcionários Sea Bright inicialmente opuseram ao programa de bombeamento de areia, porque achavam que a sua cidade seria inundada” (Washington Post)... b) “Wimbledon simplesmente não sabia o que eles tinham e se este seria lembrete do Arsenal para o Manchester United que pretendia lutar para manter o título até a última” (Irish Time)  OBS. Essas são atribuições de ações intencionais, intenções, conhecimento, crenças, desejos aos agentes do grupo.  Serão eles apenas metáforas?  Um crítico do "Coletivismo", diria: "O fato de atribuímos qualidades intencionais à grupos não implica que tenham verdadeiras intenções. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 19
  • 20. Essa crítica falha em dois aspectos: Primeiro:  Faz a afirmação empírica de que "nós" (as pessoas) atribuímos estados mentais à grupos metaforicamente, mas nenhuma evidência empírica é oferecida para esta reivindicação. Segundo:  O autor aparentemente distingue entre a prática de (metaforicamente) atribuir intenções (ou outros estados mentais) a grupos de forma objetiva em que não tem intenções. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 20
  • 21. Mas o que constitui esta realidade objetiva?  Se a maioria das pessoas não vêm nenhum problema em atribuir intenções a grupos, um estudioso diria que: - Está tudo errado e que não sabem o que significa o conceito de intenção.  Na realidade, ele é que está confuso, dado que, não é o conceito popular de intenção, trabalhado por ele, que deve determinar por que as pessoas atribuem estados mentais à grupos usando esse conceito.  Malle assume que, quando as pessoas atribuem um estado mental a um grupo, é uma atribuição literal.  Porém, devido a flexibilidade dos conceitos de intencionalidade e mentalidade, as pessoas não tem dificuldade em atribuir mentes a grupos. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 21
  • 22. A. Dois Tipos de grupos Para analisar a percepção social dos agentes do grupo, devemos fazer a distinção entre os dois tipos de grupos:  (a) GRUPOS AGREGADOS, os membros desempenham a mesma ação de forma independente (Ex.:Muitos nova-yorquinos foram para a retrospectiva de Kandinsky no Guggenheim),  (b) GRUPOS QUE ATUAM EM CONJUNTO, os membros atuam como se fossem um agente único (Ex.: O Tribeca Art Club foi para o Kandinsky no Guggenheim).  Neste caso, um grupo agregado não é um agente, mas uma coleção de agentes.  Agindo conjuntamente os grupos deliberam e planejam suas ações. Cada membro submete a certos estados mentais, mas o grupo decide e age "como um só.” Ex.: “um departamento de uma faculdade decide sobre a promoção de um candidato.”  É o grupo que tem desejos, crenças, intenções e deve identificar a meta desejada, agrupar as crenças, verificar a compatibilidade com outras crenças e desejos e, formar uma intenção racional a perseguir. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 22
  • 23. Poderá não haver unanimidade em adotar crenças, desejos e intenções, mas a maioria legitima as escolhas do grupo. A Fig. 2 Processo de raciocínio em grupo. Desejo de contratar Crença que P.P. é o Crença de que P.P alguém melhor candidato está disponível Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 23
  • 24. A subordinação ao grupo é uma característica que distingue intenção coletiva da ação individual, ou de intenções individuais que estão de acordo.  Quando é que não há subordinação?  Se numa decisão não há “quorum”, é questionável se uma minoria deve contar como a intenção do grupo.  Uma intenção poderá não ser aprovada pelo grupo, mas por uma elite dentro do grupo. Neste caso, a tirania não pode ser tomado como a vontade de um grupo. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 24
  • 25. Analisaremos nas seções seguintes dois casos de teste para a hipótese de que, a cognição social dos grupos é semelhante, embora não idênticas, à cognição social dos indivíduos.  Primeiro caso, examina como as pessoas explicam os comportamentos realizados por grupos em comparação com comportamentos realizados por indivíduos.  Segundo caso, examina atribuições de vários estados mentais (crenças, desejos e intenções) e estados fenomenais (sentimentos, emoções, sensações). Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 25
  • 26. B. Explicações de Comportamento  Se as pessoas consideram agentes do grupo agindo intencionalmente, devem explicar essas ações com razões que as pessoas explicam o comportamento intencional individual.  O uso de explicações de razão para os agentes do grupo, forneceria evidências tanto a aplicação da intencionalidade e uso do estado mental (crença e desejo) ao comportamento dos agentes do grupo. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 26
  • 27. 1. As pessoas usam explicações da razão quando explicam comportamentos dos grupos?  O'Laughlin e Malle criaram três experimentos em que pessoas comuns explicam uma variedade de comportamentos, alguns realizados por indivíduos, outros por grupos. Estas explicações foram classificados em explicação de razão e história causal da razão.  Os estímulos foram criadas em que cada conduta é apresentada como realizado por um indivíduo ou um grupo de agentes.  Ex.:"Por que Nina usa drogas?" versus "Por que os alunos do terceiro ano do E.M. usam drogas? " Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 27
  • 28. No estudo I, as ações realizados por indivíduos mostraram 71% de explicações de razão, enquanto ações realizadas por grupos mostraram 56% .  Esses resultados sugerem duas conclusões: Primeiro: as pessoas usam explicações de razão (estado mental em que um agente decide agir) ao explicar uma ação de grupo. Segundo: eles o fazem menos do que quando explicam a ação de um agente do grupo. Todos os agentes no estudo 1 foram grupos agregados. Os membros têm diferentes razões para agir.  No estudo 2 O'Laughlin e Malle, fizeram a distinção entre grupos agregados e grupos agindo em conjunto. As hipótese s foram as seguintes: Grupos agindo em conjunto estão unidos pelo seu raciocínio a partir de crenças e desejos assim, a taxa de explicações de razão deve ser semelhante ao comportamento do indivíduo. Ambos devem ser maior do que a taxa do comportamento de grupos agregados. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 28
  • 29.  Explicações de razão para grupos agindo em conjunto e para agentes individuais foi 76%, e para grupos agregados foi de 62%.  Foi descoberto algo surpreendente:  O índice de explicações de razão para grupos agindo em conjunto (81%) foi maior do que o índice para agentes individuais (71%).  Esse padrão foi repetido num estudo de acompanhamento que demonstrou que as explicações do comportamento de um grupo agregado(46%) em relação a média do individuo e do grupo agindo conjuntamente (76%).  A taxa ainda é maior para comportamentos de grupo atuando em conjunto (86%) que comportamentos individuais (66%) O estudo informou que as pessoas não têm dificuldades em atribuir estados mentais e razões à grupos, quer agregado ou agindo conjuntamente.  Assim, preceptores sociais usam o mesmo quadro conceptual para explicar comportamentos de grupo e comportamentos individuais. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 29
  • 30. 2. A Hipótese do Hyperagente  Por que grupos adquirem o estado hyperagent? Primeiro: O raciocínio de um grupo agindo em conjunto pode ser imaginável por deliberação e tomada de decisão conjunta. Segundo: um grupo formado com intenção de superar os diferentes interesses, é mais forte que a intenção de um indivíduo. Terceiro: o grau de organização dos grupos deve ser interpretado como uma determinação forte para atuar.  Esses recursos de deliberação, força de intenção, prontidão, ação organizada podem ser explorados quando preceptores sociais descrevem grupos como potentes ameaçadores. Explicações de razão serão, prováveis na propaganda contra grupos agindo conjuntamente.  Ex: O ataque à Polônia, em 1939, Hitler teria criticado o vizinho da seguinte maneira:  “Apesar dos tratados de amizade, Polônia sempre teve o intenção secreta de explorar todas as oportunidades para fazer-nos mal.” Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 30
  • 31.  Em contextos legais, um promotor pode enfatizar ("conspiração") entre elementos cometendo uma série de crimes.  Um exemplo histórico, em que os promotores aliados nas acusações de Nürnberg, do principal grupo de vinte e quatro criminosos de guerra nazistas como conspiradores, agindo em conjunto:  A fim de conseguir seus objetivos, os conspiradores nazistas preparadas para assumir o controle totalitário sobre Alemanha e assegurar que nenhuma resistência podesse surgir.  Implementar a sua política de "raça superior", os conspiradores ingressaram num programa de perseguição implacável aos judeus, para exterminá-los.  Os escritores usavam expressões linguísticas de planejamento ("Objetivos e propósitos", "preparado para aproveitar", "programa") de razões e metas ("a fim de ...", "projetado para"), ressaltando a motivação, a intencionalidade do coletivo . Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 31
  • 32. C. Atribuições de Estado Mentais Voltando ao segundo caso de teste, para a hipótese de que a Cognição Social de Grupos é semelhante a Cognição Social de Indivíduos.  Sabemos que as pessoas explicam comportamentos do grupo com razões desejos e crenças – “o que os filósofos chamam atitudes proposicionais”.  E os outros estados mentais? As pessoas se sentem confortáveis ​atribuindo estados como medo, amor, audição e degustação à mente de um grupo?  Para grupos agregados, essas atribuições não são um grande problema.  Ex1: “Os homens sentiram constrangido quando perderam o jogo”, é interpretado como dizendo que cada homem sentiu-se envergonhado; nenhuma mente do grupo sentiu-se embaraçado...  Contrariamente, os grupos que atuam em conjunto são candidatos a atribuições de tais estados afetivos:  Será que a empresa BP sentiu-se constrangido com derrame de petróleo do Golfo, em 2010?  O governo dos EUA ficou irritado com a BP? Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 32
  • 33. 1. Diferentes estados mentais? Na filosofia clássica encontramos uma distinção entre duas classes principais de estados mentais: 1. Estados Proposicionais (crenças, desejos, intenções); entendido como "computacional", - implementada em outros meios além do cérebro; 2. Estados não-proposicional (dor, tristeza, com cheiro de café) - caracterizados como fenomenal, tendo uma qualidade experiencial.  Atribuições de estados fenomenais a grupos são mais restritivas e podem requerer um cérebro, um corpo unitário para a implementação. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 33
  • 34. Robbins e Jack propõe que pessoas tomem uma postura fenomenal para certas criaturas, e seres humanos. Eles atribuem a eles uma variedade de estados fenomenais (emoções, humores, dores, sensações visuais...)  Esta posição é contrastada com a postura segundo a qual as pessoas atribuem aos outros, uma variedade de estados proposicionais (crença, desejo, intenção).  Um característica da proposta de Robbins e Jack é que a postura fenomenal vem com uma consideração de que outras criaturas têm moral.  Que evidências temos para afirmar que pessoas comuns fazem distinção entre os estados proposicionais e fenomenais? Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 34
  • 35.  Gray, Gray, e Wegner pediram aos participantes que atribuissem uma variedade de estados mentais e capacidades à diferentes agentes.  As atribuições foram sugeridos num espaço bidimensional:  a) Um eixo rotulado como "Experience", foi constituído por estados fenomenais (fome, medo, dor, prazer);  b) Outro eixo como "Agency", foi constituído por estados de maior cognição (auto-contenção, moral, julgamento, memória, planejamento) Os resultados permitem interpretações alternativas: a) Os itens definidos no primeiro eixo podem ser entendidas como estados não intencionais; b) Os itens definidos no segundo eixo podem ser entendidas como estados intencionais. Então,o primeiro eixo pode ser considerada uma dimensão de efeito e o segundo uma dimensão da cognição. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 35
  • 36. 2. Diferentes Estados Mentais para Grupos? Knobe e Prinz realizaram uma série de estudos que exploram a distinção entre estados proposicionais e fenomenais e a distinção entre o indivíduo e os agentes do grupo.  Concluíram que:  Pessoas ​atribuem estados proposicionais (decidir, querer, pretender, acreditar, saber) à agentes do grupo, mas são reticentes em atribuir estados fenomenais, como (alegria, imaginação, depressão, dor).  Pessoas consideram que grupos não têm consciência fenomenal.  Segundo Knobe e Prinz, mesmo que as pessoas não considerem naturais declarações como "Acme Corp está se sentindo triste," eles acham natural dizer "Acme Corp está triste com a recente decisão judicial."  Seria um concepção de estado fenomenal bastante incomum se um agente não pudesse apresentar um estado mas sentí-lo... Porém, a concepção das pessoas não parece ser incomum. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 36
  • 37. Sytsma e Machery não foram capazes de replicar o diferença entre "sentindo triste " e "estar triste.”  Para ambos as formulações, a média das pessoas escolheram o ponto médio entre "soa claramente estranho" e "Soa claramente natural" não é evidente a recusa em atribuir estados fenomenais a grupos.  Estes resultados mostram que as pessoas não tem certeza se estados fenomenais podem ser atribuídos a grupos. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 37
  • 38. 3. Tirar as conclusões certas O estado atual da prova é altamente misturado.  Por um lado, pode-se concluir que as pessoas tratam os agentes do grupo como agentes individuais;  Por outro, as pessoas sentem menos confortáveis quando atribuem estados fenomenais a grupos.  Há uma sútil diferença em atribuir estados fenomenais a indivíduos ou a grupos, mas essa diferença não é bem compreendida.  Tudo se resume na questão de como devemos explicar a diferença. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 38
  • 39. Numa pesquisa no Google, Knobe e Prinz, afirmaram que praticamente não existem frases como "Microsoft sente raiva" "Deprimido" ou "medo", mas existem milhares de frases como "Microsoft decide" ou "quer" ou "espera".  Se as pessoas raramente atribuem estados fenomenais aos agentes do grupo, a associação mental entre estados e grupos será fraco; é improvável que as pessoas atribuam estados mentais a grupos. Isso é chamado de postura inferencial relutante. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 39
  • 40. 4. Postura Inferencial Relutante  Se as pessoas são relutantes em atribuir estados fenomenais a grupos, uma possibilidade intrigante surge:  Um grupo de agentes que não tem preocupações, não sente dor, não pode ser intimidado e não se arrepende, vai ser visto como um agente calculista.  Tal imagem contribui para a noção de:  Grupos que agem como hyperagentes - agentes, mostram mais empenho, exercem mais poder, representam uma ameaça maior do que qualquer agente.  Essa imagem teria uma outra consequência.  Agentes que não sentem preocupação, arrependimento, ou dor, são insensíveis a censuras, advertências, ameaças e castigos... Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 40
  • 41.  Então, devemos perguntar:  a) Como as pessoas tratam moralmente um agente do grupo?  b) Os agentes do grupo são alvos adequados de expectativas morais, avaliação moral e castigo moral?  Essas perguntas serão respondidas na Parte III desta apresentação.  Primeiro examinaremos o julgamento moral dos de agentes individuais. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 41
  • 42. III. O julgamento moral dos agentes individuais A. Moralidade é incorporado na Psicologia Popular  Quando pessoas fazem julgamentos morais de um agente, avaliam o comportamento, considerando:  (a) Normas que o comportamento pode ter violado;  (b) O que estava na mente do agente antes, durante, e depois de executar o comportamento. “estas últimas considerações são o reflexo da teoria da mente (parte I).  Assim, podemos dizer que a teoria popular está no centro do julgamento moral. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 42
  • 43. Os humanos não fazer julgamentos morais sobre terremotos ou furacões. Os julgamentos morais são dirigidos à agentes capazes de seguir padrões de conduta social.  A culpa é atribuída a um agente tendo em conta a capacidade de raciocinar sobre vários caminhos de ação e de buscar intencionalmente um caminho tal.  Mesmo quando o dano ocorre involuntariamente, se a pessoa poderia ou deveria ter escolhido um caminho alternativo, mas não, a culpa é aplicável. A INTENCIONALIDADE é essencial nas decisões de culpa. Assim, foi desenvolvido um modelo de trabalho que caracteriza o conceito, e integra uma série de caraterísticas de culpa. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 43
  • 44. B. Modelo Passo de culpa. Foi desenvolvido um modelo de trabalho de culpa que caracteriza o conceito de intencionalidade e integra uma série de características de culpa.  Assim, para simplificar a apresentação, designa-se como primeiro passo no processo de detecção de culpa do observador de um comportamento-norma violada. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 44
  • 45. . Detenção A Step Model of Blame. (comportamento ou resultado) Intencionalidade Não o agente trouxe intencionalidade ao evento? Justificação Obrigação Não Culpa quais foram as razões que agentes o agente foi obrigado a suave para trazer o evento? impedir o evento? Sim Capacidade Graus de culpa o agente pode impedir o evento (habilidade, conhecimento prévio, oportunidade) Sim Não Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 45
  • 46. O Modelo é um requisito necessário de um julgamento de culpa.  Na fase de detecção o observador centra-se na avaliação da "maldade" do comportamento;  Na fase de julgamento do observador centra-se na grau de culpa do agente. Simplificando:  As pessoas não culpam comportamentos, culpam os agentes, o que requer avaliar seus estados mentais.  A avaliação chave é saber se o comportamento foi intencional ou não (Este passo é essencial porque se bifurca em dois caminhos) Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 46
  • 47. No caso de um comportamento intencional (esquerda),o observador considera motivos particulares para o agente agir:  As razões consideradas são crenças, desejos e intenções de agir.  Quando um agente violou intencionalmente uma norma, queremos saber porque ele agiu daquela forma.  As razões fazem aumentar ou diminuir a culpa por meio de uma justificação. No caso de um comportamento não intencional (direito), considera-se a combinação de obrigação e capacidade do agente em impedir o evento . Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 47
  • 48. Um agente que fere alguém intencionalmente pode ter razões justificadas (um dentista tentando extrair um dente de uma criança) será menos responsabilizado do que aquele que tinha razões injustificadas (um estudante provocando uma briga).  Quando se considera que o agente, atuou involuntariamente, examina-se se deveria ter impedido o evento (obrigação) ou se poderia ter evitado (capacidade).  Estas considerações estão ligadas a intencionalidade do conceito. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 48
  • 49. Comunidades sociais impõe obrigações aos indivíduos porque esperam que ajam intencionalmente, de acordo com as obrigações.  Se o agente não tiver as capacidades cognitivas (raciocínio e conhecimento) e não cognitivas (habilidade ou oportunidade) para cumprir as obrigações, pouco ou nenhuma culpa será aplicada.  Se o agente tiver as capacidades e é sujeita à obrigação, e fracassa ao evitar um evento negativo desencadeia uma culpa substancial. Essa culpa varia se a falha for considerada um comportamento imprudente, negligente ou a violação intencional, de uma obrigação. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 49
  • 50. O modelo tem algumas sobreposições com a decisão judicial, dado que a lei codifica algumas características humanas básicas de julgamento moral.  Ex: Um homicídio, para ser definido como assassinato intencional, requer "movimento intencional” “estado mental de intenção de matar ".  Geralmente a responsabilidade criminal é definido como o emparelhamento de um ato lesivo e o estado mental correspondente ou intenção." As extremidades se sobrepõem quando os tribunais, a literatura filosófica e a lei se envolvem em disputas sobre o significado da intenção. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 50
  • 51. Estas disputas são alimentadas por estudos individuais sobre o que é a intencionalidade e refletem a variação histórica e geográfica “restringir/ampliar” o significado de termos (intencionalmente, voluntariamente e conscientemente).  A vantagem de um modelo empírico de julgamento moral é que os termos não têm que ser debatidos repetidamente, como fazem as pessoas comuns. A principal diferença entre julgamento moral e conhecimento jurídico é que a primeira tenta esclarecer os processos que guiam o comportamento e a segunda concentra na missão reformadora (mudando o pensamento e o comportamento). A crítica a questão é esta: Aplicando o modelo de julgamento dos agentes individuais, o que acontece quando se enfrenta o comportamento imoral de um agente do grupo? Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 51
  • 52. IV. Julgamento moral dos agentes de grupos Existe algum consenso de que a capacidade de ação intencional do grupo é um pré-requisito para o seu status como agente moral?  Isaacs, mostra que os grupos são capazes de ação intencional, então, é necessário também mostrar que eles são objetos de louvor e de culpa. A capacidade para exemplificar a intencionalidade, estados mentais e razão baseada em escolhas (racionalidade) são centrais na classificação de uma corporação como "agente moral."  Ele argumenta que corporações são agentes morais, porque são capazes de ação intencional. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 52
  • 53.  Isaacs, considera ainda que, quando os agentes atuam intencionalmente, têm razões para suas ações.  Porém, o status das corporações e agentes de grupos como “agentes intencionais”, são apenas elegíveis para avaliação moral.  Será que funciona da mesma forma para a avaliação moral dos indivíduos?  Não precisamos assumir automaticamente que o julgamento moral coletivo funciona da mesma forma, mas, se não houver prova em contrário, podemos aceitar como uma hipótese de trabalho. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 53
  • 54. Esta hipótese é reforçada por um argumento teórico básico.  Se a psicologia popular é aplicado aos agentes do grupo, e se o julgamento moral está na base da psicologia popular, então o julgamento moral, também, deve ser aplicada ao grupo.  Para testar a hipótese é preciso examinar os elementos do “Modelo de Passo de Culpa” e examinar se juízos de ação do grupo poderiam ser transportados através de um aparato cognitivo com esses elementos. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 54
  • 55. A. Aplicando o Modelo de Passo de culpa aos Agentes do Grupo As normas específicas para grupos podem ser diferentes daqueles para os indivíduos. As pessoas não têm dificuldades para distinguir o comportamento intencional e não intencional de um grupo. Mas os atos de negligência (não intencional) são comuns em acusações de comportamento corporativo. Seguindo o caminho da esquerda para chegar a culpa, sabemos que as pessoas atribuem razões para os agentes do grupo. Seguindo o caminho certo para chegar a culpa, a existência de normas para os agentes do grupo implica que haja obrigações; Para ser sujeito a uma norma significa conformar-se a ela, e se existe uma norma de prevenção (especialmente de danos), a obrigação de evitar. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 55
  • 56. Os grupos variam em suas capacidades para evitar resultados negativos “conhecimento de certos fatos, habilidades e oportunidades” para executar certas intenções. Atribuições de conhecimento ( ou falta dela) a grupos, e as variações de habilidades e oportunidades são certamente incontroverso.  Não temos nenhuma evidência direta de que preceptores sociais culpam grupos após estes passos, pelo menos, não há obstáculos evidentes para eles fazerem isso. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 56
  • 57. B. Pesquisa em andamento Recentemente Dillon e Malle reuniram algumas provas para julgamentos de intencionalidade e culpa em resposta ao comportamento do agente de grupo.  Universitários consideraram um número de ações realizadas por indivíduos e grupos, e fizeram uma série de julgamentos:  Foi um comportamento intencional?  Será que você detectou o que o agente está pensando?  Será que o agente merece elogios ou culpa?  As medidas-chave foram as taxas de respostas afirmativas (indicando inferência de intencionalidade, pensamento ou culpa)  Todas as ações foram formuladas de três formas:  Por um indivíduo, por um agregado (crianças urbanas do país, alunos do curso de psicologia), e por um grupo agindo conjuntamente (organização estudantil, o equipe de projeto sênior). Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 57
  • 58. Os resultados mostraram que os agentes individuais e de grupo provocaram taxas semelhantes e diferenciadas de inferência (ou seja, a intencionalidade foi inferida com mais frequência do que o pensamento, que foi mais inferida que a culpa)  A única diferença surgiu na frequência absoluta de inferências de intencionalidade, onde os agentes individuais do grupo e, atuando em conjunto suscitaram afirmações de intencionalidade mais do que os grupos agregados.  Os resultados são preliminares, no entanto, não fornecem indicações de que é fácil e natural para as pessoas fazer inferências mentais e julgamentos morais sobre as ações do grupo. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 58
  • 59. V. A Vida Moral dos Agentes de Grupo A. Problemas para Grupos Culpar: À luz das evidências atuais, estamos confiantes de que as pessoas atribuem culpa aos agentes do grupo, usando o mesmo aparelho psíquico que usam quando culpam agentes individuais.  Porém, a culpa tem duas faces:  o cognitivo e o social.  A face social consiste em atos verbais ou físicas que expressam o julgamento moral dirigidas ao agente para fins de regulação do comportamento. Punição e culpa expressa, é uma espécie de punição social. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 59
  • 60. Surge o primeiro problema: Como pode os preceptores sociais expressar culpa para os agentes do grupo?  As pessoas não encontram governos, corporações, equipes ou comitês face a face. Podem escrever cartas processá-los ou denunciá-los mas, não há garantias que o destinatário perceba a culpa. O segundo problema é o seguinte:  Se a culpa raramente é expressa e raramente ouvida, a regulação do comportamento dos agentes "é executado marcha lenta.” O Terceiro problema foi apresentado na Parte II, Seção C:  Se os agentes do grupo não têm estados mentais, será improvável que se sinta culpa, arrependimento ou remorso. Os grupos terão menos escrúpulos morais, que bloqueiam a regulação social, bem como a dissuasão. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 60
  • 61.  Felizmente, há limites para esse quadro desolador.  Enquanto os membros individuais do grupo sentem emoções morais e medo de punições, sua influência pode alterar a ação do grupo.  Neste caso, o lócus de emoções morais não é o agente do grupo, mas o indivíduo que altera a tomada de decisão do agente de grupo.  No modelo de Pettit, as emoções morais dos membros individuais podem influenciar intenções do grupo.  O grupo pode decidir renunciar certas oportunidades, porque eles são moralmente condenáveis.. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 61
  • 62. B. Culpar os membros do grupo Se culpar e punir agentes do grupo é difícil, há a opção de punir os membros individuais do grupo.  No entanto, não é necessariamente mais fácil. Os membros individuais podem ser vistos como responsáveis pela ação indesejável do grupo e, portanto, devem ser punidos diferencialmente.  Mas o que orienta essa diferenciação?  O grau em que o indivíduo contribuiu para a ação do grupo.  A motivação ou justificativa para cometer o ato será também avaliado.  Se esteve sob pressão do grupo ou intrinsecamente motivado para alcançar o resultado específico. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 62
  • 63. A obrigação do indivíduo em impedir o ato também será questionada:  O cidadão é obrigado a impedir a guerra da nação?  O trabalhador é obrigado a acabar com a discriminação da empresa?  As capacidades, físicas e cognitivas são importantes para evitar a ação de um grupo?  Um último elemento é o nível de identificação ou de afastamento que o membro do grupo apresenta.  Se participar do grupo é uma escolha do indivíduo (o que não é aplicável no caso de uma nação), então continuar sendo membro, conta como patrocínio das ações do grupo.  As tentativas de protesto, para distanciar do grupo, mesmo que reprimidas, conta em favor do indivíduo.  Colaborar com uma ação quando o distanciamento é possível (mas a colaboração traria benefícios pessoais), seria um ponto contra o indivíduo. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 63
  • 64. Conclusão  Um número elevado de agentes do grupo são considerados poderosos, ameaçadores e moralmente desregulados.  As pessoas não têm dificuldades em tirar conclusões sobre ações do grupos, e sentem o desejo de culpá-los e puni-los quando agem de forma imoral.  A habilidade e eficácia em culpar e punir grupos é limitado, especialmente grupos institucionalizados do ( governos, corporações, comitês).  Dificilmente os agentes do grupo mostram emoções. Isso causa desgosto às pessoas em relação a indenizações em casos que procuram punir grandes companhias.  Isso também explica a política de incerteza em países democráticos, onde a ideologia alterna em cada eleição.  O mundo moderno apresenta à mente humana agentes de grupo que ativam todas as reações sociais, cognitivas e morais mais familiares, mas que deixam pouco espaço para agir com base em tais reações.  Talvez a lei possa proporcionar o espaço para as ações apropriadas, codificando normas, obrigações e punições não só para indivíduos mas, também para grupos. Ao fazê-lo, deve levar em conta os conceitos e critérios pelos quais pessoas normais reconhecem agentes de grupo e julgam sua conduta moral. Arlindo Rocha - PUC-Rio 26/11/2012 64