O documento discute o papel do CIO no processo de inovação nas empresas. Apresenta os principais desafios enfrentados pelos CIOs, como equilibrar a necessidade de controle com a criação e experimentação, além de lidar com mentalidades resistentes à mudança. Também discute a importância de se criar um fluxo contínuo de experimentos e oportunidades para gerar inovações.
1. Brasoftware - Painel de discussão
Inovação
O papel do CIO
no processo de Inovação
Campos do Jordão_19/05/07
Prof. Moysés Simantob
msimantob@fgvsp.br
www.inovforum.org.br
2. Moysés Simantob
Professor do Departamento de Operações na FGV-EAESP, da
disciplina de Inovação nas Organizações
Co-fundador e coordenador executivo do Fórum de Inovação da
FGV-EAESP
Atuou no grupo Telecom Italia Mobile - TIM e saiu para fundar a
ValueNet – Incubadora de empresas para internet
Autor do Guia Valor Econômico de Inovação nas Empresas,
com Roberta Lippi, em 2003
Co-autor e organizador da série de livros Organizações
Inovadoras, 2003 e 2007
Colabora com várias organizações como palestrante e assessor
especializado em inovação estratégica Moysés Simantob 2007
6. 4 ondas de Inovação no Brasil
4ª Onda
3ª Onda
2ª Onda
1ª Onda
Por quê
INOVAR? O que é
INOVAÇÃO? Como
INOVAR? Para que
INOVAR?
7. O paradoxo: + investimento = -
lucro
• Empresas despejam dinheiro nos seus 'core
businesses';
• Contratam pesquisas de marketing e fazem
campanhas;
• Investem em TI, terceirizam e redesenham
processos, mas...
8. Protagonistas de ontem
tonando-
tonando-se coadjuvantes
Curva de demanda em monopólio
O capital é como o DNA:
ao longo do tempo vai perdendo
sua capacidade de reprodução.
Preço
Lucros Decrescentes
não são algo anormal
numa economia dinâmica
demada da firma = demanda de
mercado
Quantidade
9. Com o tempo a estrutura de mercado
tende a transformar-se em
transformar-
concorrência perfeita: pela imitação
Curva de demanda em mercado
concorrencial
Preço
Produtos substitutos
Patentes expiram
Matérias-primas disputadas
Preço é variável exógena
Prevalece oferta e procura
Quantidade
10. Inovar porquê e pra quê?
...Inovar para...
Perpetuar
Crescer
Sobreviver
Para criar monopólios temporários, que a
concorrência se encarregará de decretar o fim deles.
Quanto mais próximo do monopólio, melhor.
Trata-se de uma Estratégia Única:
Fazer e vender o que a concorrência ainda
não sabe fazer (sempre por pouco tempo)
11. Campos de Ação da Inovação
As inovações são classificadas de acordo com o seu
campo de ação: social, tecnológico, organizacional,
comercial. Nestes campos ela pode apresentar as
seguintes tipologias
Produto/Serviço Processo
Rompedora
Gestão/Marca/Design Conceito de Negócio
A Inovação Rompedora é subjacente a esse modelo
e pode estar presente em todos os campos
Fonte: Fórum de Inovação
12. Inovações do tipo fortalecedoras ou destruidoras de
competências podem ser incrementais ou radicais,
componentes ou sistêmicas:
Conceito
Radical Inovação
de
Disruptiva
Negócios
Melhoria de
Incremental
Melhorias
Processos
contínuas
de Negócios
Componente Sistêmico
Fonte: Hamel
13. Casos de sucesso em Inovação Rompedora
Modelo de negócio modular; Lançou a linha Reciclato
depois de se tornar maior Lançou a familia de chips
“low end” Celeron para tendo antes construido a
provedor de jatos de 70-150 cadeia de suprimento de
lugares aposta nos jatos enfrentar a AMD; hoje a
linha Celeron líder de matéria-prima em parceria
comerciais de 6 a 8 lugares com a Associação dos
vendas
Catadores de Papel
Mobile Brasil
Especializou-se na Fugiu da tendência seguida
Liderou a introdução da produção low-cost (mini- pelos principais
tecnologia GSM no Brasil e usinas) de produtos de fornecedores – handsets
inovou no relacionamento aço. Repetiu com sucesso carregados de
fabricantes - grande varejo esse modelo em outros funcionalidades - apostou
facilitando o acesso do mercados na simplicidade e elegância
celular pelas classes C e D com o modelo Razr
Inovou de forma rompedora em
vários mercados. Recentemente
para ter acesso rápido aos
mercados residencial das PME
empresas comprou e integrou com
sucesso a Linksys
Prof. Luiz C. Moraes Rego - FGV
15. O que as empresas procuram?
• Crescimento desproporcional
• Fuga da irrelevância
• Reinventar as regras da indústria
• Aumentar o market cap da empresa
• Criar novas fontes de receita através de novos negócios
• Explorar competências existentes
• Ajudar a definir o seu futuro
• Definir uma visão proprietária do futuro
• Acelerar o processo da idéia ao negócio
• Criar um fluxo de idéias, experimentos, oportunidades e
negócios
• Aumentar o nível de Retenção da organização
16. América Latina – Alguns Mitos sobre
Inovação em empresas
1. Inovação é para aqueles que falam e ensinam, não para
aqueles que fazem
2. O mundo não precisa ser mudado
3. É mais importante quem conhecemos do que o quê
conhecemos
4. Culpar fatores macro-económicos
macro-
5. Cópia de modelos de negócios desenvolvidos em outras
geografias é o caminho preferido
6. Extrema aversão ao risco
7. “Outras pessoas decidem o que é bom para mim”
8. Cargos têm pouca autonomia e pouco risco
9. Recompensas estão alinhadas com o nível de risco
10. O funcionário médio tem um baixo conhecimento de negócio
17. Separando a retórica da
realidade:
Uma pesquisa...
• As empresas geralmente respondem “sim”...
– A inovação é considerada uma vantagem competitiva crítica?
– O presidente desafia você a se tornar mais inovativo?
– A inovação está listada entre os valores da empresa?
– A inovação é uma prioridade?
• As empresas geralmente respondem “não”...
– Os processos de gestão empresariais apóiam a inovação?
– Você tem um processo formal de inovação (além de P&D)?
– Há métricas de desempenho para inovação?
– O processo de revisão de desempenho da empresa foca explicitamente na
performance de inovação?
206 respondentes de 23 empresas
18. Quais são os principais obstáculos?
1. Idéias órfãs (5 votos)
2. Ameaça de canibalização (11 votos)
3. Domínio de velhos modelos mentais (21 votos)
4. Alocação de recursos presa ao passado (36 votos)
5. Poucas recompensas para assunção de risco e
empreendedorismo (45 votos)
6. Falta de capital de mentor para apoiar novos
empreendimentos (12 votos)
7. Incapacidade de equilibrar independência e
interdependência (13 votos)
8. Incapacidade de rapidamente construir apoio para um novo
modelo de negócios (9 votos)
9. Falta de processo explícito para gerenciar diferentemente
diferentes tipos de inovação (12 votos)
Total de votos: 169
19. Em toda empresa existem
ortodoxias sobre...
O Produto/Serviço:
– Que forma o produto/serviço deve ter
– Como benefícios são definidos e o valor
entregue
– Como o produto ou serviço é configurado
– Como o produto ou serviço é cobrado
O Mercado:
– Quem são os clientes
– Como o contato com o cliente é estruturado
A Indústria:
– Com quem competimos
– Como a cadeia de valor é estruturada
– Como e quando os lucros são extraídos
– Que competências-chave são necessárias para
competências-
o sucesso
20. Otimização Inovação
Adaptado de: “Conversation Management,” European Management Journal, Dezembro 1996.
Foco no presente Foco no futuro
Foco Certezas Possibilidades
“Realidade” “Descobertas”
Journal,
Conversação Conhecimento
Natureza do
Confirmação de conhecimento Desenvolvimento de conhecimento
Linguagem estática Linguagem dinâmica
Indústria definida Criação de indústria
Premissas são implícitas Premissas devem ser explicitadas
Defesa Diálogo
Regras de
Exposição autoritária Exposição hipotética
Busca de fechamento Abertura de novas conversações
Papéis fixos Papéis dinâmicos
Conhecimento especializado Imaginação manda
manda
22. Moral da História…
• O sucesso empresarial depende da
capacidade de inovar estrategicamente;
• Inovações de produto e processo são
consequências dessa capacidade;
• Desenvolvê-la exige um esforço orientado de
'psicanálise empresarial'.
Copyright,2007 Moysés Simantob
23. Moral da história...
• Inovação não é obra de super-heróis;
• Inovações de produto podem ocorrer ao
acaso, pelo esforço de um indivíduo solitário ou
mesmo por imitação. Contudo, um fluxo
sistemático de inovações que se converta em
diferencial competitivo demanda uma ação
coletiva, orientada por uma visão própria do
mercado e do papel da empresa nesse
mercado;
• O desafio é construir essa visão.
Copyright,2007 Moysés Simantob
24. Open Mind
Estratégia /
Visão Ponto-de-Vista
Sustentação
Cultura / Inovação Liderança /
Pessoas Gestão
Desenvolvimento
Implementação
Processos /
Estrutura
Copyright,2007 Moysés Simantob
25. O que aprendi com Silvio Meira do
C.E.S.A.R.
1. i é poder pra interpretar , capacidade de decidir o que vai talvez ser
feito
2. I é poder pra se
mudar - é centrado em vc e vc deve fazer o que
pensa que não pode
3. i é vencer resistências e assumir risco
4. i é para eliminar frases de que ´aqui as coisas são assim´ . Coisas não
são , coisas estão assim temporariamente como parte de processo
de mudança
5. i normalmente vem associado ao não, quando deveria ser sim e daí?
6. i funciona de trás pra frente, em ‘ s´, pergunto pra que e depois digo o
que é preciso
7. i é fazer algo que te deixe pelado de medo , uma vez por dia
8. i é pratica tem que fazer todo dia ninguém relaxa lendo, relaxa
praticando
26. Dilemas do CIO
[ i_hub_C2 ]
Realidades Novas
Similares Perspectivas
Escala Velocidade
Eficiência Experimentação
Diligência Imaginação
Controle Criação
Alinhamento Diversidade
Hierarquia Network
Info é poder Generosidade
Produtividade Valor
Soluções Globais Thinking Local
27. A inovação pode e deve ser gerida
por um fluxo contínuo de experimentos, [ i_hub_C5 ]
como no modelo do funil...
Revisão por pares
Revisão de aprovação
para refinamento
pela alta gerência
lançamento
1a Etapa 2a Etapa 3a Etapa
Geração de idéias, Detalhamento dos Desenvolvimento
conceitos e tecnologia limites dos projetos e rápido e focado de
tecnologia necessária projetos de vários
tipos
Fonte: Clark e Wheelwright
28. Criando oportunidade através do
Fluxo de Inovação [ i_hub_C5 ]
Fluxo de Inovação
Portfólio Portfólio Portfólio
Portfólio
de de de
de Negócios
Idéias Experimentos Oportunidades
Imagine Desenhe Experimente / Escala
Avalie
MUITOS POUCOS
29. O ambiente de Inovação [ i_hub_C7 ]
Moysés Simantob 2007
30. Mentalidade de Sustentabilidade
stakeholders
demandam e
influenciam novas
estratégias e
práticas medidas
no bottom line
Moysés Simantob 2007