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Análise Crítica dos Tratamentos
   Cirúrgico e Endovascular
 de Lesões na Artéria Carótida
 – Ponto de Vista do Neurologista –



                Dr. Carlos Henrique Durso Carneiro

              Serviço de Neurologia Clínica
Introdução

 AVC
- grande problema de saúde pública mundial
- segunda ou terceira causa de morte
- primeira causa de incapacidade física e epilepsia
  no idoso
- segunda causa de demência no idoso
Fatores de Risco
 não-modificáveis

- idade: dobra a cada década após 55
anos
- raça: negros    233 / 100.000
        brancos    93 / 100.000
- sexo: homens → 174 / 100.000
        mulheres → 122 / 100.000
- antecentes familiares: pai → 2,4 vezes
                         mãe → 1,4 vezes
Fatores de Risco
 modificáveis
- HAS
- tabagismo
- dislipidemia
- diabetes
- outras doenças cardíacas
- doença carotídea
- fibrilação atrial
- infecção por C. pneumoniae
- doença periodontal
Doença
   Carotídea
• A doença carotídea é importante
  etiologia de isquemia transitória
  e infarto cerebral.

• É responsável por
  aproximadamente 20 a 30 %
  dos AVCs
NORMAL



Doença
Carotídea
                        ESTENOSE




• aterosclerótica

• dissecção arterial   DISSECÇÃO
Aterosclerose
  fatores          críticos para o infarto cerebral
       - grau de estenose da artéria carótida
       - presença de placas ulceradas, ecoluscentes e
          heterogêneas

ESTENOSE MODERADA         ESTENOSE SEVERA   OCLUSÃO POR TROMBO
Aterosclerose

 estenoses carotídeas assintomáticas
 - comuns na prática clínica
 - estima-se que 2 milhões de americanos com
  com valor igual ou superior
  a 50% de obstrução
  vascular
Estenose de Carótida - PREVALÊNCIA
 de acordo com a idade:
    - até 50 anos              0,5%
    - 50 – 79 anos             4,5%
    - mais 80 anos             10,0%
 estenose carotídea assintomática: risco anual AVC = 2,5%

   Se < 75%          risco anual AVC : 1%
   Se > 75%          risco anual AVC : 2 - 5%
 estenose carotídea - fator de risco para AVC
                     - marcador de doença aterosclerótica
Estenose de Carótida - ABORDAGEM
HISTÓRIA CLÍNICA
- importante determinar sinais e sintomas que se
 relacionem com o sistema vascular anterior

- avaliar especialmente a ocorrência de amaurose fugaz
 em decorrência da embolia da artéria oftálmica

- pacientes com ataques isquêmicos transitórios podem
 apresentar angina pectoris, infarto do miocárdio ou
 claudicação de extremidades, dentre outras patologias
Estenose de Carótida - ABORDAGEM
EXAME FÍSICO                          PRESENÇA DE SOPRO NA REGIÃO
                                      CERVICAL PODE INDICAR :


- estenoses arteriais por aterosclerose      - anemias

- displasia fibromuscular                    - malformação vascular
- neoplasias
                                             - fístulas artério-venosas
- angulações arteriais
- arterites                                  - aumento do DC

- traumatismo com dissecção                  - doença valvular aórtica

          se a estenose for muito importante, pode não ser
          audível o sopro sobre o vaso comprometido.
Algoritmo Diagnóstico
                              Sintomático

  Assintomático
Sopro, Coronariopatia          Doppler

                               Estenose
                                > 60%


                           Angio RM ou TC
                                   +
         Angiografia preparando para a Angioplastia
                    ou Endarterectomia
PLACA

Doppler
   de
                                                  X




Carótidas            CALIBRE NORMAL      CALIBRE REDUZIDO




 Vantagens    - baixo custo
               - completamente não-invasivo
               - versátil para outros diagnósticos


 Desvantagens - operador dependente
                   - subestima extensão/ grau lesão
Tomografia Computadorizada

  Vantagens   - permite avaliar outras
  estruturas
                  - rapidez para efetuar
                  - custo mais baixo ( RM X digital)

  Desvantagens     - contraste
                    - precisão para quantificar
                       o grau de obstrução
Angiografia por TC - Não-invasiva
   - Angio-Tomografia das Artérias Carótidas -
Ressonância Magnética
 Vantagens   - sem radiação ionizante
              - não utiliza contraste iodado

 Desvantagens   - pacientes com marcapasso
                 - pacientes com clipes metálicos
                 - pacientes claustrofóbicos
                 - custo mais alto (angio TC)
                 - superestima a obstrução
Angiografia por RM - Não-invasiva
   - Angio-Ressonância das Artérias Carótidas -




      Normal                         Estenose
Angiografia Digital
           - Padrão ouro -
 Vantagens      - permite a análise precisa da obstrução
                 - permite a avaliação da circulação cerebral
                     e sua dinâmica

 Desvantagens        - invasivo
                     - complicações mais graves (AVC = 0,3 a 1%)
   - complicações pela punção
                     - reação adversa ao contraste iodado
                     - nefrotoxicidade pelo contraste iodado
                     - não permite a análise da composição da
                       placa
Angiografia Digital
 - Padrão ouro -
Outros Exames Complementares

- perfil lipídico e metabólico

- avaliação cardíaca
           ECG: pode revelar arritmias cardíacas ou IM recente

- TC ou RM podem demonstrar:
           áreas de infarto silente
           hemorragias
           hematomas
           tumores
TRATAMENTO CLÍNICO
- identificar fatores de risco associados a aterosclerose e tratá-los

- cuidado especial com - HIPERTENSÃO ARTERIAL
                         - DM
                              - tabagismo
                              - hiperlipidemia*
- outros fatores importantes - etilismo
                              - obesidade
                              - sedentarismo

   tratamento         • modificação da dieta / agentes antilipemiantes
       da             • objetivo: colesterol lipoproteína de baixa
  hiperlipidemia*                 densidade < 100mg /dL
TRATAMENTO - CLÍNICO
 uso de antiagregantes plaquetários
      nas estenoses carotídeas
      principais opções - AAS
                         - clopidogrel
                         - ticlopidina
                         - combinação AAS + dipiridamol

 uso de drogas anticoagulantes
      geralmente não estão indicadas nas estenoses carotídeas
           estenoses > 70%: tratamento clínico
                                         +
                                 abordagem da placa
                             através da endarterectomia
                          carotídea ou da angioplastia com
TRATAMENTO – ENDARTERECTOMIA
                                             ENDARTERECTOMIA




- indicação: ESTENOSE
         SINTOMÁTICA
NASCET :
  - ESTENOSE   70 – 99%   - AIT ipsilateral recente
                          - condições clínicas
                          - morbidade cirúrgica

               50 – 69%   - benefício mais limitado
                          - deve ser realizada em centros com
                            morbidade cirúrgica < 3%

                 < 50%    - sem benefícios com a cirurgia
TRATAMENTO – ENDARTERECTOMIA
- indicação: ESTENOSE ASSINTOMÁTICA

 ACAS :
   - 1) pacientes com obstrução de 80 – 90%
            provavelmente benefício com a cirurgia

    - 2) pacientes com   - indicação de revascularização coronariana
                         - estenose carotídea bilateral
                         - estenose unilateral e obstrução contra-
lateral
             a cirurgia é especulativa

    - 3) pacientes com fatores de risco - idade > 75 anos
                                        - ICC
                                        - sexo feminino
TRATAMENTO – ANGIOPLASTIA (STENT )

- indicações iniciais   - alto risco cirúrgico
                        - re-estenose após endarterectomia

- atualmente: vários trabalhos    - angioplastia com stent é uma
                                    alternativa à endarterectomia
                                    para o tratamento da doença
          STENT                     aterosclerótica carotídea e vem
                                    crescendo como alternativa.
TRATAMENTO – ANGIOPLASTIA (STENT )

 CAVATAS   22 centros – Europa, Austrália e Canadá
            504 pacientes 251 = tratamento endovascular
                              253 = tratamento cirúrgico
            resultados
                   Infarto incapacitante ou morte em 30 dias
                   – semelhante nos 2 grupos
                   Neuropatia craniana e hematoma no pescoço
                   - > no grupo cirúrgico
                   Estenose carotídea após o primeiro ano
                   - > no grupo endovascular
                   Infarto
                   - sem diferença nos 2 grupos após 3 anos
TRATAMENTO – ANGIOPLASTIA (STENT )
  Thomas                 2 pacientes – oclusão crônica bilateral das artérias
                                        carótidas próximo a base do crânio
                                        (local com > chance de revascularização)

                                           - 2 angio-digitais com > 90%
 literatura                 oclusão bilateral das carótidas = > risco de AVC
                           apesar da medicação, o risco permanece alto
                           tratamento cirúrgico: pior resultado do que a medicação

 risco da angioplastia              - embolização distal, dissecção e perfuração
                                    - síndrome da hiperperfusão após revascularização
 resultados                pacientes sem sintomas no seguimento de 30 dias

Thomas A.J.: Stenting and Angioplasty of the Symptomatic Chronically Occluded Carotid Artery. AJNR jan. 2007
CONCLUSÕES

1) Estenose carotídea é uma importante etiologia de
   isquemia transitória e infarto cerebral, cuja principal
   etiologia é a aterosclerose.


2) Os fatores de risco para esta doença sistêmica devem
   ser abordados preventivamente e tratados prontamente.


3) O tratamento requer uma cuidadosa análise de suas
   co-morbidades e das características do grau de lesão
   carotídea pela imagem vascular.
CONCLUSÕES
4) Além do uso de antiagregantes plaquetários, alguns


  pacientes podem se beneficiar da abordagem direta
  da placa estenótica, na dependência do grau de
  obstrução e da presença de sinais clínicos associados.


5) A endarterectomia e a angioplastia com stent são
  técnicas com resultados semelhantes; contudo os
  resultados atuais demonstram que o tempo de
  hospitalização e as complicações são menores
Thomas A.J.: Stenting and Angioplasty of the Symptomatic Chronically Occluded Carotid Artery.
             AJNR 28: jan. 2007; 28:168-71.

NASCET: Beneficial effect of carotid endarterectomy in syntomatic patients.
        N Eng l Med 1991;325:45-53

Wholey MH et al : Global experience in cervical carotid artery stent placement .
                  Catheter Cardiovasc interv 2000;50(2):160-167

(CAVATAS): a randomised trial. Endovascular versus surgical treatment in pacients with carotid
           stenosis in the carotid and vertebral artery transluminal angioplasty study.
           Lancet 2001;357:1729-1737.

GRAY WA et al: Carotid stenting and endarterectomy - clinical and cost comparison of
               revascularization strategies.
               Stroke 2002;33:1063-1070
Doppler de Carótidas
 Flaningan (USG x Arteriografia) – ESTENOSE
  81% ( S ) - precisão para detecção da estenose
  83% ( E ) - precisão para detecção da estenose crítica
  90% ( E ) - precisão da ulceração
  99% ( E ) - precisão para oclusão total
 Sturtzenegger (USG x Arteriografia) – DISSECÇÃO
   79% ( S ) - precisão para detecção dissecção
   20% ( E ) - em lesão discreta
  100% ( E ) - em lesão crítica
  100% ( E ) - em oclusão total
 Lesões > 70% S = sensibilidade: precisão = 83 – 86%
                  E = especificidade: precisão = 89 – 94%

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Análise dos Tratamentos Cirúrgico e Endovascular de Lesões na Artéria Carótida

  • 1. Análise Crítica dos Tratamentos Cirúrgico e Endovascular de Lesões na Artéria Carótida – Ponto de Vista do Neurologista – Dr. Carlos Henrique Durso Carneiro Serviço de Neurologia Clínica
  • 2. Introdução AVC - grande problema de saúde pública mundial - segunda ou terceira causa de morte - primeira causa de incapacidade física e epilepsia no idoso - segunda causa de demência no idoso
  • 3. Fatores de Risco  não-modificáveis - idade: dobra a cada década após 55 anos - raça: negros 233 / 100.000 brancos 93 / 100.000 - sexo: homens → 174 / 100.000 mulheres → 122 / 100.000 - antecentes familiares: pai → 2,4 vezes mãe → 1,4 vezes
  • 4. Fatores de Risco  modificáveis - HAS - tabagismo - dislipidemia - diabetes - outras doenças cardíacas - doença carotídea - fibrilação atrial - infecção por C. pneumoniae - doença periodontal
  • 5. Doença Carotídea • A doença carotídea é importante etiologia de isquemia transitória e infarto cerebral. • É responsável por aproximadamente 20 a 30 % dos AVCs
  • 6. NORMAL Doença Carotídea ESTENOSE • aterosclerótica • dissecção arterial DISSECÇÃO
  • 7. Aterosclerose  fatores críticos para o infarto cerebral - grau de estenose da artéria carótida - presença de placas ulceradas, ecoluscentes e heterogêneas ESTENOSE MODERADA ESTENOSE SEVERA OCLUSÃO POR TROMBO
  • 8. Aterosclerose  estenoses carotídeas assintomáticas - comuns na prática clínica - estima-se que 2 milhões de americanos com com valor igual ou superior a 50% de obstrução vascular
  • 9. Estenose de Carótida - PREVALÊNCIA  de acordo com a idade: - até 50 anos 0,5% - 50 – 79 anos 4,5% - mais 80 anos 10,0%  estenose carotídea assintomática: risco anual AVC = 2,5% Se < 75% risco anual AVC : 1% Se > 75% risco anual AVC : 2 - 5%  estenose carotídea - fator de risco para AVC - marcador de doença aterosclerótica
  • 10. Estenose de Carótida - ABORDAGEM HISTÓRIA CLÍNICA - importante determinar sinais e sintomas que se relacionem com o sistema vascular anterior - avaliar especialmente a ocorrência de amaurose fugaz em decorrência da embolia da artéria oftálmica - pacientes com ataques isquêmicos transitórios podem apresentar angina pectoris, infarto do miocárdio ou claudicação de extremidades, dentre outras patologias
  • 11. Estenose de Carótida - ABORDAGEM EXAME FÍSICO PRESENÇA DE SOPRO NA REGIÃO CERVICAL PODE INDICAR : - estenoses arteriais por aterosclerose - anemias - displasia fibromuscular - malformação vascular - neoplasias - fístulas artério-venosas - angulações arteriais - arterites - aumento do DC - traumatismo com dissecção - doença valvular aórtica se a estenose for muito importante, pode não ser audível o sopro sobre o vaso comprometido.
  • 12. Algoritmo Diagnóstico Sintomático Assintomático Sopro, Coronariopatia Doppler Estenose > 60% Angio RM ou TC + Angiografia preparando para a Angioplastia ou Endarterectomia
  • 13. PLACA Doppler de X Carótidas CALIBRE NORMAL CALIBRE REDUZIDO  Vantagens - baixo custo - completamente não-invasivo - versátil para outros diagnósticos  Desvantagens - operador dependente - subestima extensão/ grau lesão
  • 14. Tomografia Computadorizada  Vantagens - permite avaliar outras estruturas - rapidez para efetuar - custo mais baixo ( RM X digital)  Desvantagens - contraste - precisão para quantificar o grau de obstrução
  • 15. Angiografia por TC - Não-invasiva - Angio-Tomografia das Artérias Carótidas -
  • 16. Ressonância Magnética  Vantagens - sem radiação ionizante - não utiliza contraste iodado  Desvantagens - pacientes com marcapasso - pacientes com clipes metálicos - pacientes claustrofóbicos - custo mais alto (angio TC) - superestima a obstrução
  • 17. Angiografia por RM - Não-invasiva - Angio-Ressonância das Artérias Carótidas - Normal Estenose
  • 18. Angiografia Digital - Padrão ouro -  Vantagens - permite a análise precisa da obstrução - permite a avaliação da circulação cerebral e sua dinâmica  Desvantagens - invasivo - complicações mais graves (AVC = 0,3 a 1%) - complicações pela punção - reação adversa ao contraste iodado - nefrotoxicidade pelo contraste iodado - não permite a análise da composição da placa
  • 19. Angiografia Digital - Padrão ouro -
  • 20. Outros Exames Complementares - perfil lipídico e metabólico - avaliação cardíaca ECG: pode revelar arritmias cardíacas ou IM recente - TC ou RM podem demonstrar: áreas de infarto silente hemorragias hematomas tumores
  • 21. TRATAMENTO CLÍNICO - identificar fatores de risco associados a aterosclerose e tratá-los - cuidado especial com - HIPERTENSÃO ARTERIAL - DM - tabagismo - hiperlipidemia* - outros fatores importantes - etilismo - obesidade - sedentarismo tratamento • modificação da dieta / agentes antilipemiantes da • objetivo: colesterol lipoproteína de baixa hiperlipidemia* densidade < 100mg /dL
  • 22. TRATAMENTO - CLÍNICO  uso de antiagregantes plaquetários nas estenoses carotídeas principais opções - AAS - clopidogrel - ticlopidina - combinação AAS + dipiridamol  uso de drogas anticoagulantes geralmente não estão indicadas nas estenoses carotídeas estenoses > 70%: tratamento clínico + abordagem da placa através da endarterectomia carotídea ou da angioplastia com
  • 23. TRATAMENTO – ENDARTERECTOMIA ENDARTERECTOMIA - indicação: ESTENOSE SINTOMÁTICA NASCET : - ESTENOSE 70 – 99% - AIT ipsilateral recente - condições clínicas - morbidade cirúrgica 50 – 69% - benefício mais limitado - deve ser realizada em centros com morbidade cirúrgica < 3% < 50% - sem benefícios com a cirurgia
  • 24. TRATAMENTO – ENDARTERECTOMIA - indicação: ESTENOSE ASSINTOMÁTICA  ACAS : - 1) pacientes com obstrução de 80 – 90% provavelmente benefício com a cirurgia - 2) pacientes com - indicação de revascularização coronariana - estenose carotídea bilateral - estenose unilateral e obstrução contra- lateral a cirurgia é especulativa - 3) pacientes com fatores de risco - idade > 75 anos - ICC - sexo feminino
  • 25. TRATAMENTO – ANGIOPLASTIA (STENT ) - indicações iniciais - alto risco cirúrgico - re-estenose após endarterectomia - atualmente: vários trabalhos - angioplastia com stent é uma alternativa à endarterectomia para o tratamento da doença STENT aterosclerótica carotídea e vem crescendo como alternativa.
  • 26. TRATAMENTO – ANGIOPLASTIA (STENT )  CAVATAS 22 centros – Europa, Austrália e Canadá 504 pacientes 251 = tratamento endovascular 253 = tratamento cirúrgico resultados Infarto incapacitante ou morte em 30 dias – semelhante nos 2 grupos Neuropatia craniana e hematoma no pescoço - > no grupo cirúrgico Estenose carotídea após o primeiro ano - > no grupo endovascular Infarto - sem diferença nos 2 grupos após 3 anos
  • 27. TRATAMENTO – ANGIOPLASTIA (STENT )  Thomas 2 pacientes – oclusão crônica bilateral das artérias carótidas próximo a base do crânio (local com > chance de revascularização) - 2 angio-digitais com > 90% literatura oclusão bilateral das carótidas = > risco de AVC apesar da medicação, o risco permanece alto tratamento cirúrgico: pior resultado do que a medicação risco da angioplastia - embolização distal, dissecção e perfuração - síndrome da hiperperfusão após revascularização resultados pacientes sem sintomas no seguimento de 30 dias Thomas A.J.: Stenting and Angioplasty of the Symptomatic Chronically Occluded Carotid Artery. AJNR jan. 2007
  • 28. CONCLUSÕES 1) Estenose carotídea é uma importante etiologia de isquemia transitória e infarto cerebral, cuja principal etiologia é a aterosclerose. 2) Os fatores de risco para esta doença sistêmica devem ser abordados preventivamente e tratados prontamente. 3) O tratamento requer uma cuidadosa análise de suas co-morbidades e das características do grau de lesão carotídea pela imagem vascular.
  • 29. CONCLUSÕES 4) Além do uso de antiagregantes plaquetários, alguns pacientes podem se beneficiar da abordagem direta da placa estenótica, na dependência do grau de obstrução e da presença de sinais clínicos associados. 5) A endarterectomia e a angioplastia com stent são técnicas com resultados semelhantes; contudo os resultados atuais demonstram que o tempo de hospitalização e as complicações são menores
  • 30. Thomas A.J.: Stenting and Angioplasty of the Symptomatic Chronically Occluded Carotid Artery. AJNR 28: jan. 2007; 28:168-71. NASCET: Beneficial effect of carotid endarterectomy in syntomatic patients. N Eng l Med 1991;325:45-53 Wholey MH et al : Global experience in cervical carotid artery stent placement . Catheter Cardiovasc interv 2000;50(2):160-167 (CAVATAS): a randomised trial. Endovascular versus surgical treatment in pacients with carotid stenosis in the carotid and vertebral artery transluminal angioplasty study. Lancet 2001;357:1729-1737. GRAY WA et al: Carotid stenting and endarterectomy - clinical and cost comparison of revascularization strategies. Stroke 2002;33:1063-1070
  • 31. Doppler de Carótidas  Flaningan (USG x Arteriografia) – ESTENOSE 81% ( S ) - precisão para detecção da estenose 83% ( E ) - precisão para detecção da estenose crítica 90% ( E ) - precisão da ulceração 99% ( E ) - precisão para oclusão total  Sturtzenegger (USG x Arteriografia) – DISSECÇÃO 79% ( S ) - precisão para detecção dissecção 20% ( E ) - em lesão discreta 100% ( E ) - em lesão crítica 100% ( E ) - em oclusão total  Lesões > 70% S = sensibilidade: precisão = 83 – 86% E = especificidade: precisão = 89 – 94%