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Tema: O Maior Mandamento
Objetivo: Mostrar a profundidade do mandamento que Cristo sintetizou.
Incentivação Inicial: (Distribuir os 10 mandamentos e comentá-los.)
Sem nos deixar levar pelo fanatismo cego, que infelizmente atinge a muitos, entendemos que na Bíblia ao
lado das ordenações divinas, Moisés ditou várias outras leis, umas de cunho estritamente social, enquanto
outras estavam relacionadas aos rituais religiosos, mas que, para ficarem investidas de uma maior autoridade,
ele deixava-as passar como tendo sido provindas do próprio Deus.
Neste estudo que ora estamos fazendo, iremos analisar todos os Dez Mandamentos e demonstraremos que
até neles existe algo que não podemos em sã consciência atribuir como promanando da divindade.
Um problema que deparamos é realmente saber qual dos Dez Mandamentos estão de acordo com a Bíblia,
visto a divergência que existe sobre eles entre as correntes religiosas. Por isso, iremos recorrer aos textos que
constam da Bíblia para saber exatamente como eles se encontram narrados no capítulo 20 de Êxodo,
versículos 2 a 13 (são repetidos em Deuteronômio 5, 6-21).
Entretanto, e para nossa maior surpresa, não é da forma que se encontram nas passagens bíblicas que as
correntes religiosas no-los passam. Nota-se claramente que, em alguns casos, não são nem os mesmos termos
que constam da Bíblia, apesar de sempre afirmarem que não devemos mudar em nada os Textos Sagrados.
Podem alegar em sua própria defesa que o sentido é o que dizem, entretanto, podemos também argumentar
que quando citamos os Dez Mandamentos devemos enumerá-los tais e quais os textos da Bíblia, já que não
se trata de interpretação, mas apenas de uma citação literal.
Devemos ter em mente que um mandamento, para ser divino, deverá atender a pelo menos três requisitos
básicos, quais sejam:
a. Atemporal; que pode ser aplicado em todos os tempos, visto ser imutável;
b. Universal; aplicação indistinta a todos os povos;
c. Imparcial; atingir a todos da mesma maneira.
Assim, uma determinada lei que possa ir contra qualquer um desses requisitos, não será nunca uma lei
proveniente de Deus, mas apenas leis feitas pelas “mãos” dos homens.
Desenvolvimento: Como é fácil complicar... Difícil é simplificar!
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo XI (Sendo novamente testado pelos fariseus, Jesus é
questionado sobre qual o mandamento mais importante das leis.)
Mas os fariseus, quando viram que Jesus tinha feito calar a boca aos saduceus, se ajuntaram em conselho. E
um deles, que era doutor da lei, tentando-o, perguntou-lhe: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus
lhes disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração,e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.
Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a
ti mesmo. Estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas. (Mateus, XII: 34-40)
Caridade e humildade, esta é a única via de salvação; egoísmo e orgulho, esta é a via da perdição. Esse
princípio é formulado em termos precisos nestas palavras: “Amarás a Deus de toda a tua alma, e ao teu
próximo como a ti mesmo; estes dois pensamentos contêm toda a lei e os profetas”. E para que não houvesse
equívoco na interpretação do amor de Deus e do próximo, temos ainda: “E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás a teu próximo como a ti mesmo”, significando que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem
amar ao próximo, nem amar ao próximo sem amar a Deus, porque tudo quanto se faz contra o próximo, é
contra Deus que se faz. Não se podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os
deveres do homem se encontram resumidos nesta máxima: Fora da caridade não há salvação.
1- Jesus ensina ao mundo o resumo de todos os mandamentos da lei mosaica em apenas duas, ou seja:
- Amarás ao senhor teu Deus, de todo o teu coração (sentimento), de toda a tua alma (espírito) e
de todo o teu entendimento (razão).
Por que a Lei de Deus nos recomenda amá-Lo sobre todas as coisas? Será que Deus quer que abandonemos
as obrigações materiais para permanecermos em contemplação?
Algumas pessoas entendem isto como uma exigência, por ser Deus poderoso e temível entre nós. Confundem
Deus com um pai humano, que precisa se exaltar para impor sua autoridade, a fim de ser respeitado e
obedecido, para assim, conseguir administrar sua família.
No entanto, através da Codificação Espírita, feita por Allan Kardec, com base nos ensinamentos de Jesus,
podemos observar que isto não é uma imposição e nem um capricho de Deus. Isto é uma necessidade nossa !
Por isso é que Jesus nos recomenda: Amar a Deus sobre todas as coisas, como base para sermos felizes. Para
a nossa felicidade, temos que nos apoiar em algo que não seja perecível e passageiro, mas que é imutável e
eterno. Algo que nos sustente, que nos dê segurança, confiança e esperança.
Sabemos que Deus é a fonte eterna da inteligência, da sabedoria e da bondade. A plenitude de Deus está
acima de tudo o que a nossa mente pode alcançar. Deus é a inteligência suprema, a causa primária de todas
as coisas. Portanto, Deus é imaterial, não teve começo e não terá fim. É a fonte de todas as riquezas, de todas
as virtudes.
É a essência que está acima da matéria, do espírito e de tudo o que se possa imaginar. Compreendendo a
nossa fragilidade, temos que reconhecer a Sua Onipotência.
Somos regidos por Essa força suprema e soberana, que em grande parte ainda é por nós desconhecida. Nada
poderemos e nada seríamos sem Ela. Por mais complexa que seja a nossa situação no momento, jamais
fugiremos do controle e proteção dessa força criadora, que conhecemos pelo nome de Deus, porque ela está
dentro de cada um de nós.
Por isso temos que obrigatoriamente admitir e respeitar Seus mandamentos. 'Ainda sofremos muito porque
não aprendemos a seguir esses mandamentos e colocá-los acima de todas as coisas. Não aprendemos ainda a
buscar Deus dentro de nós mesmos.
Amemos a Deus, não adorando-O com atos externos ou com palavras de exaltação. Deus não precisa disso.
A adoração a Deus é a consciência de que existe um Ente supremo acima de tudo; que nos criou para
buscarmos através do aprendizado e da experiência a nossa própria melhoria, e chegarmos à perfeição.
2- Vamos falar um pouco mais sobre o 2º maior mandamento:
- Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Devemos prestar socorro aos nossos irmãos pela inteligência e
pelo coração.
Jesus grande psicólogo e motivador. É necessário amar a si mesmo para poder amar ao próximo. (Mostrar o
ppt)
3- Fazer aos outros o que queremos que os outros nos façam. // Fora da caridade não há salvação.
COMO EXIGIR OU ESPERAR ATITUDES NOBRES DOS SEMELHANTES, SE NÃO SE
DESENVOLVE A PACIÊNCIA E A BENEVOLÊNCIA PARA COM ELES?
4- A lei do amor:
- No seu início o homem não tinha senão instintos.
- Avança no tempo, descobre as sensações, mas as desvirtua (corrompendo-as)
- Ao se instruir e educando-se, evolui e desenvolve os sentimentos. Desses sentimentos em grau mais
elevado, nasce o amor ao semelhante.
5- Aquele que se deixa dominar pelos instintos está mais próximo do ponto de partida do que de seu objetivo.
6- No momento em que o homem estiver mais desligado dos instintos animalizados e das sensações
perniciosas e inferiores, deixará de ser egoísta e terá para com o seu semelhante sentimentos de amor e
compreensão.
Não haverão mais as diferenças sociais, as guerras, a cobiça pelo poder, pois um não poderá se
considerar realmente feliz vendo a infelicidade do outro.
Quais são as nossas maiores dificuldades no relacionamento com o próximo? Certamente o mau humor e a
grosseria com que muitas vezes tratamos o semelhante, porém, damos como desculpa o cansaço, a cabeça
cheia de problemas. Não estaria, neste comportamento tão simples, um convite para exercitarmos com o
outro o que gostaríamos que fizessem conosco?
Kardec, no item IV, nos diz que devemos ter indulgência e benevolência para com o semelhante. Quando
analisamos esta observação , nos lembramos da necessidade que temos de ser mais fraternos uns com os
outros. Ele chega mesmo a dizer que isto é uma regra de comportamento, e então, voltando a questão do mau
humor, nos lembramos: Não seria uma regra de comportamento evitarmos esses obstáculos nas nossas
relações, obstáculos esses que dificultam o nosso entrosamento?
Não gostamos que falem de qualquer maneira conosco, e por que não observamos que muitas vezes tratamos
os outros com grosseria?
Santo Agostinho, na questão 919-a do Livro dos Espíritos, nos diz que a reencarnação na qual ele mais
progrediu foi quando adotou por comportamento perguntar todas as noite à sua consciência, se tivera feito
alguma coisa ao outro que não fosse boa, ou se deixara de fazer algo de bom, ou ainda se tinha alguma
queixa dele naquele dia. Remontava assim o seu dia, através das suas atitudes e se programava para não
cometer no outro dia, os mesmo erros do dia anterior.
Ele afirma ser esta a maneira mais eficaz e mais eficiente para a auto-transformação.
Provavelmente, não existe em nenhum tópico da literatura mundial figura mais expressiva que a do
samaritano generoso, apresentada por Jesus para definir a psicologia da caridade.
Esbarrando com a vítima de malfeitores anônimos, semimorta na estrada, passaram dois religiosos, pessoas
das mais indicadas para o trato da beneficência, mas seguiram de largo, receando complicações.
Entretanto, o samaritano que viajava, vê o infeliz e sente-se tocado de compaixão.
Não sabe quem é. Ignora-lhe a procedência.
Não se restringe, porém, à emotividade.
Pára e atende.
Balsamiza-lhe as feridas que sangram, coloca-o sobre o cavalo e condu-lo à uma hospedaria, sem os cálculos
que o comodismo costuma traçar em nome da prudência.
Não se limita, no entanto, a despejar o necessitado em porta alheia. Entra com ele na vivenda e dispensa-lhe
cuidados especiais.
No dia imediato, ao partir, não se mostra indiferente. Paga-lhe as contas, abona-o qual se lhe fora um familiar
e compromete-se a resgatar-lhe os compromissos posteriores, sem exigir-lhe o menor sinal de identidade e
sem fixar-lhe tributos de gratidão.
Ao despedir-se, não prende o beneficiado em nenhuma recomendação e, no abrigo de que se afasta, não
estadeia demagogia de palavras ou atitudes, para atrair influência pessoal.
No exercício do bem, ofereceu o coração e as mãos, o tempo e o trabalho, o dinheiro e a responsabilidade.
Deu de si o que poderia por si, sem nada pedir ou perguntar.
Sentiu e agiu, auxiliou e passou.
Sempre que interessados em aprender a praticar a misericórdia e a caridade, rememoremos o ensinamento do
Cristo e façamos nós o mesmo.
Emmanuel
Do Livro: Livro da Esperança
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
1º - Amar a Deus sobre todas as coisas.
Em Êxodo 20, 2-3: Eu sou o Senhor teu Deus, que te libertou do Egito, do antro de escravidão. Não terás
outros deuses além de mim.
É, sem dúvida alguma, uma Lei Divina, pois nós, seres humanos, sendo criados por Deus, devemo-Lhe por
gratidão todo o nosso amor.
Só existimos por ato de sua vontade e amor.
2º - Não fazer imagens para adoração
Em Êxodo 20, 4-5: Não farás para ti ídolos, nem figura alguma do que existe em cima, nos céus, nem
embaixo, na terra, nem do que existe nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles, nem lhes
prestarás culto, pois eu sou o Senhor teu Deus, um Deus ciumento. Castigo a culpa dos pais nos filhos até à
terceira e quarta geração dos que me odeiam, mas uso de misericórdia por mil gerações para com os que me
amam e guardam meus mandamentos.
Percebe-se, claramente, que nem todas as correntes religiosas têm isso como integrante dos Mandamentos, já
que necessitam justificar os “ídolos” (imagens) a que prestam culto, embora queiram dar outro nome para
esse tipo de “adoração”.
E, assim, a questão das imagens, colocada no versículo 4, acabou tornando-se um motivo de controvérsia
religiosa, entre aqueles que veneram imagens e os que, apoiados nesse versículo, não admitem de forma
alguma tal veneração.
Respeitamos todos os pensamentos, mas a nosso ver, o Deus do Universo nunca se preocuparia com uma
coisa insignificante dessa. Achamos que o homem tem para si que Deus é apenas o Deus da Terra e não de
um Universo infinito. Se, por um momento pararmos para analisar a nossa ignorância a respeito do Criador
do Universo, talvez não iríamos pensar que Ele iria ter uma atitude tão mesquinha dessa. Ao contemplar o
céu numa noite bem estrelada, diante dos bilhões de astros, fora os que não se encontram no nosso campo de
percepção, ficaremos deslumbrados diante da extrema grandeza do Universo, e só após isso, é que podemos
mensurar sobre quem é o autor disso tudo. Aí, sim, é que teremos uma tênue idéia da grandeza do autor. E,
depois disso, pensarmos que Ele estaria preocupado com imagens seria pura infantilidade.
Entretanto, cremos que, tudo isso tenha um motivo determinado. Ora, Moisés querendo impor ao povo
hebreu a idéia de um Deus único, necessitava afastar daquele povo tudo o que poderia causar algum tipo de
embaraço a tal idéia, e assim, não teve outra alternativa, a não ser proibir a adoração das imagens, já que isso
era coisa muito comum naquela época, pois quase todos os deuses eram representados por ídolos, para que o
povo pudesse adorá-los. Devemos entender que não tinham evolução espiritual suficiente para adorarem um
Deus invisível.
Se admitirmos que isso seja realmente uma ordem divina, estaremos admitindo que Deus é incoerente já que
em outras oportunidades manda exatamente que se façam imagens, senão vejamos:
1 - Êxodo 25, 18-19: “Farás dois querubins de ouro polido, nas duas extremidades do propiciatório; um de
um lado e outro do outro lado, de modo que os querubins estejam nos dois extremos do propiciatório”.
Se formos consultar o “Aurélio” encontraremos que querubim é um ser da classe dos anjos, entretanto, à
época da narrativa bíblica, o seu significado consistia de nada mais, nada menos, que um ser da mitologia
babilônica, metade homem e metade animal. Era, portanto, um ser misto, representado com rosto humano e
corpo de leão ou touro ou outros quadrúpedes com asas, vindo a ser, portanto, uma espécie de esfinge.
Assim, fica também configurado um absurdo: que Deus contrariando sua determinação anterior, tenha
mandado fazer dois querubins, seres da mitologia babilônica, e, não bastasse isso, tinha que ser de ouro puro.
3º – Não tomar seu santo nome em vão.
Em Êxodo 20, 6: Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não deixará
impune quem pronunciar seu nome em vão.
Embora devemos ter todo o respeito ao nome de Deus, ficamos a pensar se realmente isso poderia ser uma
ordem divina ou se seria fruto do pensamento cultural da época.
4º – Guardar o dia de sábado
Em Êxodo 20, 7:Lembra-te de santificar o dia do sábado. Trabalharás durante seis dias e farás todos os
trabalhos, mas o sétimo dia é sábado dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás trabalho algum, nem tu, nem
teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu gado, nem o estrangeiro que vive em tuas
cidades. Pois em seis dias o Senhor fez o céu e a terra, o mar e tudo que neles há, mas no sétimo dia
descansou. Por isso o Senhor abençoou o dia do sábado e o santificou.
Ora, é comum vermos este Mandamento da seguinte forma: Guardar os domingos e festas. Vejam que além
de mudarem as determinações divinas (sábado para domingo), acrescentam coisas que nem estavam lá, como
é o caso das festas.
Aqui é necessário buscarmos o sentido da letra, para podermos entender esse Mandamento. Existe uma
necessidade fisiológica, tanto no homem quanto nos animais, que é o descanso, de vital importância para se
recomporem suas energias, caso contrário, poderão morrer de esgotamento.
A inspiração divina foi captada com certeza. Entretanto, as palavras utilizadas para registrarem-na podem
não trazer o sentido exato dela, pois correspondem à evolução cultural e espiritual de quem a recebeu.
Para o homem além da necessidade física, podemos também perceber uma outra de natureza religiosa, ou
seja, a importância de se reservar um dia para que as pessoas pudessem se dedicar às suas atividades
religiosas. Sem esse Mandamento, fatalmente iria ocorrer que, além da exploração do trabalhador, haveria
grande dificuldade para que uma pessoa viesse a se aprimorar espiritualmente, já que lhe faltaria tempo para
se dedicar a isso.
5º – Honrar pai e mãe.
Êxodo 20, 8: Honra a teu pai e a tua mãe, para que vivas longos anos na terra que o Senhor teu Deus te dá.
Podemos notar a importância desse Mandamento na recompensa prometida para quem o cumprir. Os judeus
imaginavam que uma vida longa aqui na Terra era sinônimo de estar nas graças de Deus, pois nada sabiam
ou compreendiam da realidade espiritual. Como só aceitavam a vida física, nada mais lógico para eles que
viver muito tempo, o que lhes significava um prêmio. Podemos perceber isso, claramente, na Bíblia, quando
em suas narrativas encontramos pessoas tendo um longo período de vida. Temos, por exemplo, os que
viveram: 840 anos, 810 anos, 895 anos, 962 anos e 979 anos, o que, se entendermos na literalidade, iria
contrariar o que consta de Gêneses 6, 3: “E o Senhor disse: Meu Espírito não ficará para sempre no homem,
porque ele é apenas carne. Não viverá mais do que 120 anos”.
Sabemos também, que mesmo se não fosse uma Lei Divina, é nosso dever honrar aos nossos pais, já que são
eles que nos proporcionam essa nova reencarnação, ao procriarem o nosso corpo físico. Vemos, neles, co-
criadores, que “entregam” a Deus um novo corpo físico para que um espírito venha a ter uma nova
oportunidade de crescimento e aprendizado, pela porta da reencarnação.
A eles devemos a nossa educação, principalmente a moral, e, se não puderam dar mais deles para nós, é
porque, muitas vezes, nós espíritos rebeldes, não lhes damos ouvidos. Tudo que fazem a nosso favor, o fazem
por amor. Quantas vezes, nos revoltamos contra eles, quando éramos adolescentes, mas, ao nos tornarmos
maduros, não somente sermos adultos, compreendemos que tudo o que nos fizeram não faltou o ingrediente
do amor. Se voltarmos no tempo para lembrarmos as vezes que passaram noites inteiras sem dormir,
preocupados com nosso estado de saúde, quando até mesmo uma simples gripe, para eles, era motivo de
preocupações, dar-lhes-íamos mais respeito e mais valor. Quanto é significativo o carinho com que nossa
mãe nos carregou no colo, oferecendo-nos o leite materno de importância vital para o nosso desenvolvimento
físico e até mesmo emocional. São tantas coisas que devemos aos nossos pais, que seremos totalmente
ingratos, se não tivermos para com eles todo o respeito que merecem
6º – Não matar.
Em Êxodo 20, 9: Não matarás.
É exatamente neste mandamento que podemos confirmar que Moisés, ao lado das Leis Divinas, colocou
várias outras. Mas, para dar maior valor a elas de maneira que o povo as seguissem cegamente utilizou, para
isso, da estratégia de dizer que eram provenientes de Deus. Não podemos condená-lo por isso, pois não havia
outro meio de moralizar um povo bruto e ignorante, como o de sua época.
Vejamos então, algumas citações bíblicas para confirmar isso. Recorremos ao capítulo 21 de Êxodo:
12. Quem ferir mortalmente um homem, será punido de morte.
15. Quem ferir o pai ou mãe, será punido de morte.
16. Quem seqüestrar uma pessoa, quer a tenha vendido, ou ainda se encontre em seu poder, será punido de
morte.
17. Quem amaldiçoar o pai ou a mãe, será punido de morte.
E em Êxodo 22, encontramos mais ainda:
17. Não deixarás com vida uma feiticeira.
18. Quem tiver relações com um animal, será punido de morte.
19. Quem oferecer sacrifícios aos deuses, e não unicamente ao Senhor, será condenado ao extermínio.
Bom, só por aí já podemos verificar que, se tudo isso for realmente Mandamento Divino, onde fica o “Não
matarás”? Seria, podemos admitir, Deus agindo com incoerência, o que a nosso ver, repetimos, é
inegavelmente um absurdo.
Quem sabe se a vergonhosa Santa Inquisição, que de Santa não tinha nada, não tenha se baseado nisso para
levar à fogueira os hereges e as feiticeiras?
Mas, para uma compreensão mais racional da Bíblia, devemos levar em conta os fatores culturais relativos
ao povo e a época do acontecimento. Assim, considerando que a legislação de Moisés foi ditada, quando o
povo hebreu se encontrava no deserto, e não os esqueçamos que nele permaneceram por 40 anos, fica fácil
entendermos que, como não havia construções em alvenaria, para se colocar nelas, em reclusão, os
criminosos e, nessa circunstância, não havia como ficarem pessoas apenas vigiarem-nos, era mais cômodo,
quem sabe até mesmo recomendável, que a morte fosse a pena para todos os crimes, não é mesmo?
Entretanto, admitir que tais leis venham de Deus é que não seria racional e lógico.
7º – Não adulterarás.
Em Êxodo 20, 10: Não cometerás adultério.
Esse Mandamento, algumas vezes, o encontramo-lo da seguinte forma: “Não pecar contra a castidade”. Ora,
castidade não tem o mesmo significado que adultério. Sendo a castidade definida como abstinência total dos
prazeres sexuais. E pergunto se as pessoas casadas estariam infringindo tal lei? Ou não seria uma lei para, de
certa forma, justificar o celibato?
O significado de adulterar: 1. Falsificar, contrafazer: 2. Corromper, viciar, deturpar, deformar. 3. Mudar,
alterar, modificar, podendo ainda corresponder a cometer adultério, ou seja, infidelidade conjugal.
Antigamente, poderiam vê-lo somente quanto à questão da infidelidade conjugal, visto o machismo do povo
hebreu. Mas, modernamente, poderemos compreendê-lo também com um significado mais amplo, e o
próprio Jesus o utilizou dessa maneira (Marcos 16, 4: Uma geração má e adúltera pede um sinal, e nenhum
sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas.). Quando apresentaram a Ele a adúltera, pedindo-Lhe a
opinião sobre o que deveriam fazer a ela, sabiam que pela Lei Mosaica ela deveria ser apedrejada.
Entretanto, por que nada disseram sobre o adúltero, quando se sabe que não poderia uma mulher cometer
adultério sozinha? Isso, sem dúvida, reflete também a cultura da sociedade machista da época
8º – Não furtar.
Êxodo 20, 11: Não furtarás.
A questão de se apropriar indevidamente do que não nos pertence faz parte do respeito que devemos ter para
com nosso próximo. Por outro lado, isso sanciona o direito que cada um tem de possuir alguma coisa, desde
que a obtenha por vias legais e éticas.
Entretanto, cabe à sociedade como um todo a incumbência de levar a todos os seus membros o ensino
público, onde também os valores da ética e da moral deverão fazer parte do programa de aprendizado do
aluno. Falindo nesse aspecto, a conseqüência é inevitável, já que indivíduos sem esses valores acabam por se
tornarem em delinqüentes de todas as espécies.
9º – Não levantar falso testemunho.
Em Êxodo 20, 12: Não levantarás falso testemunho contra o próximo.
Fundado principalmente numa questão de justiça, é inegável que se trata de um preceito natural, portanto,
divino.
Durante a Inquisição esse Mandamento não era tido como divino, já que não faziam a menor questão de
aplicá-lo.
10º - Não desejar a mulher do próximo nem cobiçar nenhum de seus bens.
Em Êxodo 20, 13: Não cobiçarás a casa do próximo, nem a mulher do próximo, nem o escravo, nem a
escrava, nem o boi, nem o jumento, nem coisa alguma do que lhe pertence.
É comum vermos esse Mandamento desmembrado em dois: Um como o nono mandamento: Não desejar a
mulher do próximo e o outro, como décimo: Não cobiçar as coisas alheias.
Falamos um pouco atrás que as determinações de Deus devem ser atemporais, universais e imparciais. Se
formos fazer uma análise do texto bíblico, utilizando desses critérios, chegaremos à conclusão que este não
passa por esse crivo.
A sociedade machista em que se constituía o povo hebreu é a única coisa que encontramos para justificar a
questão de “não cobiçar a mulher do próximo”. Veja que seria um absurdo admitir que a mulher do próximo
poderia desejar o marido da outra, já que isso não está explicitamente proibido. E o que não é proibido é
permitido. Mas, se bem analisarmos a questão, o desejar a mulher do próximo ou o marido da próxima, ela já
estaria no contexto do “não adulterarás”, assim ficaríamos com duas ordens divinas para a mesma situação.
Voltando ao que já dissemos anteriormente, devemos entender os fatores culturais da época. Assim, podemos
perceber que o que se encontra listado nessa passagem reflete apenas o que, para época, era de suma
importância para aquele povo. Veja, por exemplo a questão do escravo. Qual o sentido de sua aplicação nos
dias de hoje? Poderemos cobiçar a “Mercedes” do próximo? O jumento era um meio de transporte muito
utilizado na época, entretanto, hoje utilizamos o carro, como ficaria, pois, a aplicação literal desse
Mandamento?
Quanto à questão da mulher, ela era tida como propriedade do homem, talvez, assim considerada, por causa
da narrativa bíblica de sua criação. Já que, pela Bíblia, Deus criou o homem primeiro, para só depois resolver
dar-lhe uma companheira. Mas, ao invés de criá-la também do barro, donde veio o homem, como consta da
Bíblia, toma-a da costela do homem. O significado disso tudo realça que a mulher não tinha valor algum, e
até para ser criada, foi dependente do homem. E será que isso foi orientado por Deus, ou Ele, também, era
ainda muito atrasado, como o era a Humanidade daquele época? É óbvio que tudo isso tem muito a ver com
o homem, e não com a Inspiração Divina, pois Deus é imutável, sendo sempre o mesmo, ontem, hoje e
sempre.

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Aula maior mandamento

  • 1. Tema: O Maior Mandamento Objetivo: Mostrar a profundidade do mandamento que Cristo sintetizou. Incentivação Inicial: (Distribuir os 10 mandamentos e comentá-los.) Sem nos deixar levar pelo fanatismo cego, que infelizmente atinge a muitos, entendemos que na Bíblia ao lado das ordenações divinas, Moisés ditou várias outras leis, umas de cunho estritamente social, enquanto outras estavam relacionadas aos rituais religiosos, mas que, para ficarem investidas de uma maior autoridade, ele deixava-as passar como tendo sido provindas do próprio Deus. Neste estudo que ora estamos fazendo, iremos analisar todos os Dez Mandamentos e demonstraremos que até neles existe algo que não podemos em sã consciência atribuir como promanando da divindade. Um problema que deparamos é realmente saber qual dos Dez Mandamentos estão de acordo com a Bíblia, visto a divergência que existe sobre eles entre as correntes religiosas. Por isso, iremos recorrer aos textos que constam da Bíblia para saber exatamente como eles se encontram narrados no capítulo 20 de Êxodo, versículos 2 a 13 (são repetidos em Deuteronômio 5, 6-21). Entretanto, e para nossa maior surpresa, não é da forma que se encontram nas passagens bíblicas que as correntes religiosas no-los passam. Nota-se claramente que, em alguns casos, não são nem os mesmos termos que constam da Bíblia, apesar de sempre afirmarem que não devemos mudar em nada os Textos Sagrados. Podem alegar em sua própria defesa que o sentido é o que dizem, entretanto, podemos também argumentar que quando citamos os Dez Mandamentos devemos enumerá-los tais e quais os textos da Bíblia, já que não se trata de interpretação, mas apenas de uma citação literal. Devemos ter em mente que um mandamento, para ser divino, deverá atender a pelo menos três requisitos básicos, quais sejam: a. Atemporal; que pode ser aplicado em todos os tempos, visto ser imutável; b. Universal; aplicação indistinta a todos os povos; c. Imparcial; atingir a todos da mesma maneira. Assim, uma determinada lei que possa ir contra qualquer um desses requisitos, não será nunca uma lei proveniente de Deus, mas apenas leis feitas pelas “mãos” dos homens. Desenvolvimento: Como é fácil complicar... Difícil é simplificar! O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo XI (Sendo novamente testado pelos fariseus, Jesus é questionado sobre qual o mandamento mais importante das leis.) Mas os fariseus, quando viram que Jesus tinha feito calar a boca aos saduceus, se ajuntaram em conselho. E um deles, que era doutor da lei, tentando-o, perguntou-lhe: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhes disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração,e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas. (Mateus, XII: 34-40) Caridade e humildade, esta é a única via de salvação; egoísmo e orgulho, esta é a via da perdição. Esse princípio é formulado em termos precisos nestas palavras: “Amarás a Deus de toda a tua alma, e ao teu próximo como a ti mesmo; estes dois pensamentos contêm toda a lei e os profetas”. E para que não houvesse equívoco na interpretação do amor de Deus e do próximo, temos ainda: “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás a teu próximo como a ti mesmo”, significando que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar ao próximo, nem amar ao próximo sem amar a Deus, porque tudo quanto se faz contra o próximo, é contra Deus que se faz. Não se podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos nesta máxima: Fora da caridade não há salvação. 1- Jesus ensina ao mundo o resumo de todos os mandamentos da lei mosaica em apenas duas, ou seja: - Amarás ao senhor teu Deus, de todo o teu coração (sentimento), de toda a tua alma (espírito) e de todo o teu entendimento (razão).
  • 2. Por que a Lei de Deus nos recomenda amá-Lo sobre todas as coisas? Será que Deus quer que abandonemos as obrigações materiais para permanecermos em contemplação? Algumas pessoas entendem isto como uma exigência, por ser Deus poderoso e temível entre nós. Confundem Deus com um pai humano, que precisa se exaltar para impor sua autoridade, a fim de ser respeitado e obedecido, para assim, conseguir administrar sua família. No entanto, através da Codificação Espírita, feita por Allan Kardec, com base nos ensinamentos de Jesus, podemos observar que isto não é uma imposição e nem um capricho de Deus. Isto é uma necessidade nossa ! Por isso é que Jesus nos recomenda: Amar a Deus sobre todas as coisas, como base para sermos felizes. Para a nossa felicidade, temos que nos apoiar em algo que não seja perecível e passageiro, mas que é imutável e eterno. Algo que nos sustente, que nos dê segurança, confiança e esperança. Sabemos que Deus é a fonte eterna da inteligência, da sabedoria e da bondade. A plenitude de Deus está acima de tudo o que a nossa mente pode alcançar. Deus é a inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas. Portanto, Deus é imaterial, não teve começo e não terá fim. É a fonte de todas as riquezas, de todas as virtudes. É a essência que está acima da matéria, do espírito e de tudo o que se possa imaginar. Compreendendo a nossa fragilidade, temos que reconhecer a Sua Onipotência. Somos regidos por Essa força suprema e soberana, que em grande parte ainda é por nós desconhecida. Nada poderemos e nada seríamos sem Ela. Por mais complexa que seja a nossa situação no momento, jamais fugiremos do controle e proteção dessa força criadora, que conhecemos pelo nome de Deus, porque ela está dentro de cada um de nós. Por isso temos que obrigatoriamente admitir e respeitar Seus mandamentos. 'Ainda sofremos muito porque não aprendemos a seguir esses mandamentos e colocá-los acima de todas as coisas. Não aprendemos ainda a buscar Deus dentro de nós mesmos. Amemos a Deus, não adorando-O com atos externos ou com palavras de exaltação. Deus não precisa disso. A adoração a Deus é a consciência de que existe um Ente supremo acima de tudo; que nos criou para buscarmos através do aprendizado e da experiência a nossa própria melhoria, e chegarmos à perfeição. 2- Vamos falar um pouco mais sobre o 2º maior mandamento: - Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Devemos prestar socorro aos nossos irmãos pela inteligência e pelo coração. Jesus grande psicólogo e motivador. É necessário amar a si mesmo para poder amar ao próximo. (Mostrar o ppt) 3- Fazer aos outros o que queremos que os outros nos façam. // Fora da caridade não há salvação. COMO EXIGIR OU ESPERAR ATITUDES NOBRES DOS SEMELHANTES, SE NÃO SE DESENVOLVE A PACIÊNCIA E A BENEVOLÊNCIA PARA COM ELES? 4- A lei do amor: - No seu início o homem não tinha senão instintos. - Avança no tempo, descobre as sensações, mas as desvirtua (corrompendo-as) - Ao se instruir e educando-se, evolui e desenvolve os sentimentos. Desses sentimentos em grau mais elevado, nasce o amor ao semelhante. 5- Aquele que se deixa dominar pelos instintos está mais próximo do ponto de partida do que de seu objetivo. 6- No momento em que o homem estiver mais desligado dos instintos animalizados e das sensações perniciosas e inferiores, deixará de ser egoísta e terá para com o seu semelhante sentimentos de amor e compreensão. Não haverão mais as diferenças sociais, as guerras, a cobiça pelo poder, pois um não poderá se considerar realmente feliz vendo a infelicidade do outro.
  • 3. Quais são as nossas maiores dificuldades no relacionamento com o próximo? Certamente o mau humor e a grosseria com que muitas vezes tratamos o semelhante, porém, damos como desculpa o cansaço, a cabeça cheia de problemas. Não estaria, neste comportamento tão simples, um convite para exercitarmos com o outro o que gostaríamos que fizessem conosco? Kardec, no item IV, nos diz que devemos ter indulgência e benevolência para com o semelhante. Quando analisamos esta observação , nos lembramos da necessidade que temos de ser mais fraternos uns com os outros. Ele chega mesmo a dizer que isto é uma regra de comportamento, e então, voltando a questão do mau humor, nos lembramos: Não seria uma regra de comportamento evitarmos esses obstáculos nas nossas relações, obstáculos esses que dificultam o nosso entrosamento? Não gostamos que falem de qualquer maneira conosco, e por que não observamos que muitas vezes tratamos os outros com grosseria? Santo Agostinho, na questão 919-a do Livro dos Espíritos, nos diz que a reencarnação na qual ele mais progrediu foi quando adotou por comportamento perguntar todas as noite à sua consciência, se tivera feito alguma coisa ao outro que não fosse boa, ou se deixara de fazer algo de bom, ou ainda se tinha alguma queixa dele naquele dia. Remontava assim o seu dia, através das suas atitudes e se programava para não cometer no outro dia, os mesmo erros do dia anterior. Ele afirma ser esta a maneira mais eficaz e mais eficiente para a auto-transformação. Provavelmente, não existe em nenhum tópico da literatura mundial figura mais expressiva que a do samaritano generoso, apresentada por Jesus para definir a psicologia da caridade. Esbarrando com a vítima de malfeitores anônimos, semimorta na estrada, passaram dois religiosos, pessoas das mais indicadas para o trato da beneficência, mas seguiram de largo, receando complicações. Entretanto, o samaritano que viajava, vê o infeliz e sente-se tocado de compaixão. Não sabe quem é. Ignora-lhe a procedência. Não se restringe, porém, à emotividade. Pára e atende. Balsamiza-lhe as feridas que sangram, coloca-o sobre o cavalo e condu-lo à uma hospedaria, sem os cálculos que o comodismo costuma traçar em nome da prudência. Não se limita, no entanto, a despejar o necessitado em porta alheia. Entra com ele na vivenda e dispensa-lhe cuidados especiais. No dia imediato, ao partir, não se mostra indiferente. Paga-lhe as contas, abona-o qual se lhe fora um familiar e compromete-se a resgatar-lhe os compromissos posteriores, sem exigir-lhe o menor sinal de identidade e sem fixar-lhe tributos de gratidão. Ao despedir-se, não prende o beneficiado em nenhuma recomendação e, no abrigo de que se afasta, não estadeia demagogia de palavras ou atitudes, para atrair influência pessoal. No exercício do bem, ofereceu o coração e as mãos, o tempo e o trabalho, o dinheiro e a responsabilidade. Deu de si o que poderia por si, sem nada pedir ou perguntar. Sentiu e agiu, auxiliou e passou. Sempre que interessados em aprender a praticar a misericórdia e a caridade, rememoremos o ensinamento do Cristo e façamos nós o mesmo. Emmanuel Do Livro: Livro da Esperança Psicografia: Francisco Cândido Xavier
  • 4. 1º - Amar a Deus sobre todas as coisas. Em Êxodo 20, 2-3: Eu sou o Senhor teu Deus, que te libertou do Egito, do antro de escravidão. Não terás outros deuses além de mim. É, sem dúvida alguma, uma Lei Divina, pois nós, seres humanos, sendo criados por Deus, devemo-Lhe por gratidão todo o nosso amor. Só existimos por ato de sua vontade e amor. 2º - Não fazer imagens para adoração Em Êxodo 20, 4-5: Não farás para ti ídolos, nem figura alguma do que existe em cima, nos céus, nem embaixo, na terra, nem do que existe nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles, nem lhes prestarás culto, pois eu sou o Senhor teu Deus, um Deus ciumento. Castigo a culpa dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração dos que me odeiam, mas uso de misericórdia por mil gerações para com os que me amam e guardam meus mandamentos. Percebe-se, claramente, que nem todas as correntes religiosas têm isso como integrante dos Mandamentos, já que necessitam justificar os “ídolos” (imagens) a que prestam culto, embora queiram dar outro nome para esse tipo de “adoração”. E, assim, a questão das imagens, colocada no versículo 4, acabou tornando-se um motivo de controvérsia religiosa, entre aqueles que veneram imagens e os que, apoiados nesse versículo, não admitem de forma alguma tal veneração. Respeitamos todos os pensamentos, mas a nosso ver, o Deus do Universo nunca se preocuparia com uma coisa insignificante dessa. Achamos que o homem tem para si que Deus é apenas o Deus da Terra e não de um Universo infinito. Se, por um momento pararmos para analisar a nossa ignorância a respeito do Criador do Universo, talvez não iríamos pensar que Ele iria ter uma atitude tão mesquinha dessa. Ao contemplar o céu numa noite bem estrelada, diante dos bilhões de astros, fora os que não se encontram no nosso campo de percepção, ficaremos deslumbrados diante da extrema grandeza do Universo, e só após isso, é que podemos mensurar sobre quem é o autor disso tudo. Aí, sim, é que teremos uma tênue idéia da grandeza do autor. E, depois disso, pensarmos que Ele estaria preocupado com imagens seria pura infantilidade. Entretanto, cremos que, tudo isso tenha um motivo determinado. Ora, Moisés querendo impor ao povo hebreu a idéia de um Deus único, necessitava afastar daquele povo tudo o que poderia causar algum tipo de embaraço a tal idéia, e assim, não teve outra alternativa, a não ser proibir a adoração das imagens, já que isso era coisa muito comum naquela época, pois quase todos os deuses eram representados por ídolos, para que o povo pudesse adorá-los. Devemos entender que não tinham evolução espiritual suficiente para adorarem um Deus invisível. Se admitirmos que isso seja realmente uma ordem divina, estaremos admitindo que Deus é incoerente já que em outras oportunidades manda exatamente que se façam imagens, senão vejamos: 1 - Êxodo 25, 18-19: “Farás dois querubins de ouro polido, nas duas extremidades do propiciatório; um de um lado e outro do outro lado, de modo que os querubins estejam nos dois extremos do propiciatório”. Se formos consultar o “Aurélio” encontraremos que querubim é um ser da classe dos anjos, entretanto, à época da narrativa bíblica, o seu significado consistia de nada mais, nada menos, que um ser da mitologia babilônica, metade homem e metade animal. Era, portanto, um ser misto, representado com rosto humano e corpo de leão ou touro ou outros quadrúpedes com asas, vindo a ser, portanto, uma espécie de esfinge. Assim, fica também configurado um absurdo: que Deus contrariando sua determinação anterior, tenha mandado fazer dois querubins, seres da mitologia babilônica, e, não bastasse isso, tinha que ser de ouro puro. 3º – Não tomar seu santo nome em vão. Em Êxodo 20, 6: Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não deixará impune quem pronunciar seu nome em vão. Embora devemos ter todo o respeito ao nome de Deus, ficamos a pensar se realmente isso poderia ser uma ordem divina ou se seria fruto do pensamento cultural da época.
  • 5. 4º – Guardar o dia de sábado Em Êxodo 20, 7:Lembra-te de santificar o dia do sábado. Trabalharás durante seis dias e farás todos os trabalhos, mas o sétimo dia é sábado dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu gado, nem o estrangeiro que vive em tuas cidades. Pois em seis dias o Senhor fez o céu e a terra, o mar e tudo que neles há, mas no sétimo dia descansou. Por isso o Senhor abençoou o dia do sábado e o santificou. Ora, é comum vermos este Mandamento da seguinte forma: Guardar os domingos e festas. Vejam que além de mudarem as determinações divinas (sábado para domingo), acrescentam coisas que nem estavam lá, como é o caso das festas. Aqui é necessário buscarmos o sentido da letra, para podermos entender esse Mandamento. Existe uma necessidade fisiológica, tanto no homem quanto nos animais, que é o descanso, de vital importância para se recomporem suas energias, caso contrário, poderão morrer de esgotamento. A inspiração divina foi captada com certeza. Entretanto, as palavras utilizadas para registrarem-na podem não trazer o sentido exato dela, pois correspondem à evolução cultural e espiritual de quem a recebeu. Para o homem além da necessidade física, podemos também perceber uma outra de natureza religiosa, ou seja, a importância de se reservar um dia para que as pessoas pudessem se dedicar às suas atividades religiosas. Sem esse Mandamento, fatalmente iria ocorrer que, além da exploração do trabalhador, haveria grande dificuldade para que uma pessoa viesse a se aprimorar espiritualmente, já que lhe faltaria tempo para se dedicar a isso. 5º – Honrar pai e mãe. Êxodo 20, 8: Honra a teu pai e a tua mãe, para que vivas longos anos na terra que o Senhor teu Deus te dá. Podemos notar a importância desse Mandamento na recompensa prometida para quem o cumprir. Os judeus imaginavam que uma vida longa aqui na Terra era sinônimo de estar nas graças de Deus, pois nada sabiam ou compreendiam da realidade espiritual. Como só aceitavam a vida física, nada mais lógico para eles que viver muito tempo, o que lhes significava um prêmio. Podemos perceber isso, claramente, na Bíblia, quando em suas narrativas encontramos pessoas tendo um longo período de vida. Temos, por exemplo, os que viveram: 840 anos, 810 anos, 895 anos, 962 anos e 979 anos, o que, se entendermos na literalidade, iria contrariar o que consta de Gêneses 6, 3: “E o Senhor disse: Meu Espírito não ficará para sempre no homem, porque ele é apenas carne. Não viverá mais do que 120 anos”. Sabemos também, que mesmo se não fosse uma Lei Divina, é nosso dever honrar aos nossos pais, já que são eles que nos proporcionam essa nova reencarnação, ao procriarem o nosso corpo físico. Vemos, neles, co- criadores, que “entregam” a Deus um novo corpo físico para que um espírito venha a ter uma nova oportunidade de crescimento e aprendizado, pela porta da reencarnação. A eles devemos a nossa educação, principalmente a moral, e, se não puderam dar mais deles para nós, é porque, muitas vezes, nós espíritos rebeldes, não lhes damos ouvidos. Tudo que fazem a nosso favor, o fazem por amor. Quantas vezes, nos revoltamos contra eles, quando éramos adolescentes, mas, ao nos tornarmos maduros, não somente sermos adultos, compreendemos que tudo o que nos fizeram não faltou o ingrediente do amor. Se voltarmos no tempo para lembrarmos as vezes que passaram noites inteiras sem dormir, preocupados com nosso estado de saúde, quando até mesmo uma simples gripe, para eles, era motivo de preocupações, dar-lhes-íamos mais respeito e mais valor. Quanto é significativo o carinho com que nossa mãe nos carregou no colo, oferecendo-nos o leite materno de importância vital para o nosso desenvolvimento físico e até mesmo emocional. São tantas coisas que devemos aos nossos pais, que seremos totalmente ingratos, se não tivermos para com eles todo o respeito que merecem 6º – Não matar. Em Êxodo 20, 9: Não matarás. É exatamente neste mandamento que podemos confirmar que Moisés, ao lado das Leis Divinas, colocou várias outras. Mas, para dar maior valor a elas de maneira que o povo as seguissem cegamente utilizou, para isso, da estratégia de dizer que eram provenientes de Deus. Não podemos condená-lo por isso, pois não havia outro meio de moralizar um povo bruto e ignorante, como o de sua época.
  • 6. Vejamos então, algumas citações bíblicas para confirmar isso. Recorremos ao capítulo 21 de Êxodo: 12. Quem ferir mortalmente um homem, será punido de morte. 15. Quem ferir o pai ou mãe, será punido de morte. 16. Quem seqüestrar uma pessoa, quer a tenha vendido, ou ainda se encontre em seu poder, será punido de morte. 17. Quem amaldiçoar o pai ou a mãe, será punido de morte. E em Êxodo 22, encontramos mais ainda: 17. Não deixarás com vida uma feiticeira. 18. Quem tiver relações com um animal, será punido de morte. 19. Quem oferecer sacrifícios aos deuses, e não unicamente ao Senhor, será condenado ao extermínio. Bom, só por aí já podemos verificar que, se tudo isso for realmente Mandamento Divino, onde fica o “Não matarás”? Seria, podemos admitir, Deus agindo com incoerência, o que a nosso ver, repetimos, é inegavelmente um absurdo. Quem sabe se a vergonhosa Santa Inquisição, que de Santa não tinha nada, não tenha se baseado nisso para levar à fogueira os hereges e as feiticeiras? Mas, para uma compreensão mais racional da Bíblia, devemos levar em conta os fatores culturais relativos ao povo e a época do acontecimento. Assim, considerando que a legislação de Moisés foi ditada, quando o povo hebreu se encontrava no deserto, e não os esqueçamos que nele permaneceram por 40 anos, fica fácil entendermos que, como não havia construções em alvenaria, para se colocar nelas, em reclusão, os criminosos e, nessa circunstância, não havia como ficarem pessoas apenas vigiarem-nos, era mais cômodo, quem sabe até mesmo recomendável, que a morte fosse a pena para todos os crimes, não é mesmo? Entretanto, admitir que tais leis venham de Deus é que não seria racional e lógico. 7º – Não adulterarás. Em Êxodo 20, 10: Não cometerás adultério. Esse Mandamento, algumas vezes, o encontramo-lo da seguinte forma: “Não pecar contra a castidade”. Ora, castidade não tem o mesmo significado que adultério. Sendo a castidade definida como abstinência total dos prazeres sexuais. E pergunto se as pessoas casadas estariam infringindo tal lei? Ou não seria uma lei para, de certa forma, justificar o celibato? O significado de adulterar: 1. Falsificar, contrafazer: 2. Corromper, viciar, deturpar, deformar. 3. Mudar, alterar, modificar, podendo ainda corresponder a cometer adultério, ou seja, infidelidade conjugal. Antigamente, poderiam vê-lo somente quanto à questão da infidelidade conjugal, visto o machismo do povo hebreu. Mas, modernamente, poderemos compreendê-lo também com um significado mais amplo, e o próprio Jesus o utilizou dessa maneira (Marcos 16, 4: Uma geração má e adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas.). Quando apresentaram a Ele a adúltera, pedindo-Lhe a opinião sobre o que deveriam fazer a ela, sabiam que pela Lei Mosaica ela deveria ser apedrejada. Entretanto, por que nada disseram sobre o adúltero, quando se sabe que não poderia uma mulher cometer adultério sozinha? Isso, sem dúvida, reflete também a cultura da sociedade machista da época 8º – Não furtar. Êxodo 20, 11: Não furtarás. A questão de se apropriar indevidamente do que não nos pertence faz parte do respeito que devemos ter para com nosso próximo. Por outro lado, isso sanciona o direito que cada um tem de possuir alguma coisa, desde que a obtenha por vias legais e éticas. Entretanto, cabe à sociedade como um todo a incumbência de levar a todos os seus membros o ensino público, onde também os valores da ética e da moral deverão fazer parte do programa de aprendizado do aluno. Falindo nesse aspecto, a conseqüência é inevitável, já que indivíduos sem esses valores acabam por se
  • 7. tornarem em delinqüentes de todas as espécies. 9º – Não levantar falso testemunho. Em Êxodo 20, 12: Não levantarás falso testemunho contra o próximo. Fundado principalmente numa questão de justiça, é inegável que se trata de um preceito natural, portanto, divino. Durante a Inquisição esse Mandamento não era tido como divino, já que não faziam a menor questão de aplicá-lo. 10º - Não desejar a mulher do próximo nem cobiçar nenhum de seus bens. Em Êxodo 20, 13: Não cobiçarás a casa do próximo, nem a mulher do próximo, nem o escravo, nem a escrava, nem o boi, nem o jumento, nem coisa alguma do que lhe pertence. É comum vermos esse Mandamento desmembrado em dois: Um como o nono mandamento: Não desejar a mulher do próximo e o outro, como décimo: Não cobiçar as coisas alheias. Falamos um pouco atrás que as determinações de Deus devem ser atemporais, universais e imparciais. Se formos fazer uma análise do texto bíblico, utilizando desses critérios, chegaremos à conclusão que este não passa por esse crivo. A sociedade machista em que se constituía o povo hebreu é a única coisa que encontramos para justificar a questão de “não cobiçar a mulher do próximo”. Veja que seria um absurdo admitir que a mulher do próximo poderia desejar o marido da outra, já que isso não está explicitamente proibido. E o que não é proibido é permitido. Mas, se bem analisarmos a questão, o desejar a mulher do próximo ou o marido da próxima, ela já estaria no contexto do “não adulterarás”, assim ficaríamos com duas ordens divinas para a mesma situação. Voltando ao que já dissemos anteriormente, devemos entender os fatores culturais da época. Assim, podemos perceber que o que se encontra listado nessa passagem reflete apenas o que, para época, era de suma importância para aquele povo. Veja, por exemplo a questão do escravo. Qual o sentido de sua aplicação nos dias de hoje? Poderemos cobiçar a “Mercedes” do próximo? O jumento era um meio de transporte muito utilizado na época, entretanto, hoje utilizamos o carro, como ficaria, pois, a aplicação literal desse Mandamento? Quanto à questão da mulher, ela era tida como propriedade do homem, talvez, assim considerada, por causa da narrativa bíblica de sua criação. Já que, pela Bíblia, Deus criou o homem primeiro, para só depois resolver dar-lhe uma companheira. Mas, ao invés de criá-la também do barro, donde veio o homem, como consta da Bíblia, toma-a da costela do homem. O significado disso tudo realça que a mulher não tinha valor algum, e até para ser criada, foi dependente do homem. E será que isso foi orientado por Deus, ou Ele, também, era ainda muito atrasado, como o era a Humanidade daquele época? É óbvio que tudo isso tem muito a ver com o homem, e não com a Inspiração Divina, pois Deus é imutável, sendo sempre o mesmo, ontem, hoje e sempre.