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FACULDADE MUNICIPAL DE PALHOÇA
KAMILA LOHN
ANÁLISE DA VIABILIDADE DA ABERTURA DE UMA EMPRESA PARA
COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS DE MAQUIAGEM POR MEIO DA
ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS
PALHOÇA
2012
KAMILA LOHN
ANÁLISE DA VIABILIDADE DA ABERTURA DE UMA EMPRESA PARA
COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS DE MAQUIAGEM POR MEIO DA
ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
disciplina de Estágio Supervisionado II, como
requisito parcial para obtenção do grau de
Bacharel em Administração da Faculdade
Municipal de Palhoça.
Prof.ª orientadora de conteúdo: Renata
Cavallazzi Zimmer, Msc.
Prof.ª orientadora de metodologia: Lisiane
Fabris Chiumento, Msc.
PALHOÇA
2012
Ficha catalográfica
L832a Lohn, Kamila.
Análise da viabilidade da abertura de uma empresa para
comercialização de produtos de maquiagem por meio da
elaboração de um plano de negócios / Kamila Lohn. – 2012.
138 f. : il.
Monografia (Graduação em Administração) – Faculdade
Municipal de Palhoça, 2012.
Orientação: Profª. Renata Cavallazzi Zimmer, Msc.
1. Plano de negócios. 2. Empreendedorismo. 3.
Administração. I. Título.
CDD: 658.4012
KAMILA LOHN
ANÁLISE DA VIABILIDADE DA ABERTURA DE UMA EMPRESA PARA
COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS DE MAQUIAGEM POR MEIO DA
ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado e aprovado em sua forma
final pela Coordenação de Estágios da Faculdade Municipal de Palhoça em 3 de dezembro de
2012.
Profa. Mariah T. N. Pereira
Apresentada à Banca Examinadora composta pelos membros:
Profa. RENATA CAVALLAZZI ZIMMER
Orientadora
Profa. ROSANA ROSA SILVEIRA
Membro
Prof. FABIO HENRIQUE PEREIRA
Membro
Dedico este trabalho aos meus pais Luiz e Elise, meu
irmão Gean, meu namorado Aryel, minha sogra Adriana
e toda a minha família por todo apoio e incentivo.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a oportunidade de realizar um
sonho, e ainda por me permitir conhecer pessoas maravilhosas, que levarei comigo o resto da
vida.
Agradeço também aos meus pais Luiz Carlos Lohn e Elise Rohling Lohn, meu irmão
Gean Carlos Lohn, minha sogra Adriana da Rosa Liberato Sotero e a todos os meus
familiares, por todo amor, carinho, dedicação e paciência que me deram e dão durante toda
minha vida. São pessoas a quem serei eternamente grata e a quem tenho todo o amor do
mundo.
Agradeço também ao meu namorado Aryel Liberato Sotero pela paciência, ajuda,
carinho, amor e por tudo que significa pra mim, obrigada por fazer meus dias mais felizes.
E por fim, e não menos importante agradeço a minha professora orientadora Renata
Cavallazzi Zimmer que me ensinou e auxiliou durante o semestre com imenso carinho e
dedicação, a professora orientadora de metodologia Lisiane Fabris Chiumento que me
auxiliou nos últimos momentos da correção desse trabalho, mas ainda assim, dedicou sua
atenção e conhecimento para me ajudar e, portanto, sou muito grata.
RESUMO
O presente trabalho de conclusão de curso trata-se da aplicação da ferramenta plano de
negócios com o objetivo de analisar a viabilidade de abertura de um novo negócio. Esta
ferramenta proporcionará a futura empreendedora melhor visualizar o mercado, analisar seus
concorrentes, assim como seus futuros clientes. Com isso poderá definir suas estratégias para
sobreviver ao mercado competitivo. A pesquisa tem como objetivo geral analisar a
viabilidade de uma loja de produtos de maquiagem no município de Palhoça. Para isso a
acadêmica pesquisou nas literaturas existentes os temas a serem tratados neste estudo, como
administração, empreendedorismo, plano de negócios, micro e pequenas empresas, varejo e
estruturas de um plano de negócio. Como metodologias para realização do trabalho foram
utilizados o método indutivo, pesquisas descritivas, bibliográficas, exploratória, documental,
observação e a realização de uma pesquisa de mercado por meio de um questionário, a fim de
identificar seus potenciais consumidores e suas principais necessidades. A abordagem do
estudo foi quantitativa e qualitativa. O plano de negócios possibilita a acadêmica avaliar
diversos aspectos da futura empresa, tratando assuntos de diferentes áreas, como recursos
humanos, marketing, operacional e financeiro, e com base nestas análises e, principalmente,
nos indicadores financeiros identificou-se que o negócio não é viável.
Palavras-chave: Plano de negócios. Empreendedorismo. Administração.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Quantidade de empreendimentos informais no Brasil por Estado..........................27
Tabela 2 – Quantidade de empreendimentos informais no Brasil por região ..........................28
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................9
1.1 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................10
1.2 OBJETIVOS.......................................................................................................................10
1.2.1 Objetivo geral.................................................................................................................10
1.2.2 Objetivos específicos......................................................................................................10
1.3 JUSTIFICATIVA...............................................................................................................11
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO.......................................................................................11
2 REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................................13
2.1 ADMINISTRAÇÃO...........................................................................................................13
2.2 EMPREENDEDORISMO..................................................................................................21
2.3 MICRO E PEQUENA EMPRESA.....................................................................................24
2.4 VAREJO.............................................................................................................................29
2.5 PLANO DE NEGÓCIOS ...................................................................................................32
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .....................................................................39
4 DESCRIÇÃO DE ANÁLISE DE DADOS ........................................................................41
4.1 PLANO DE NEGÓCIOS DA EMPRESA MENINA VAIDOSA.....................................41
5 CONCLUSÃO......................................................................................................................42
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA......................................................................................44
APÊNDICE A – PLANO DE NEGÓCIOS ..........................................................................48
ANEXO A - DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE ...............................................48
9
1 INTRODUÇÃO
Alguns fatores como, o avanço da tecnologia, o aumento da concorrência,
consumidores cada vez mais exigentes e o frequente lançamento de novos produtos e serviços
no mercado, fazem com que as empresas procurem estar mais preparadas para atuar e manter-
se em um mercado altamente competitivo.
Atualmente o Brasil passa por um momento economicamente favorável, de acordo
com informações divulgadas pelo IBGE em sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), o
varejo nacional cresceu 7,3% em janeiro de 2012 comparado com o mesmo mês do ano
anterior. Desta forma, as empresas do segmento varejista encontram um mercado propício
para investimentos, podendo resultar em elevado crescimento.
Porém, com tantos fatores relacionados à tecnologia e inovação, percebe-se a
dificuldade de manter-se vivo no mercado, ocasionando por muitas vezes a mortalidade das
organizações. Partindo desse princípio, os empreendedores devem realizar uma análise do
mercado como um todo, antes de proceder com a abertura de uma empresa.
Cabe ressaltar que o empreendedor deve ter um perfil diferenciado, com segurança,
visão ampla, capacidade de inovação, e comprometimento, para que possa competir com os
seus concorrentes. Para auxiliar na identificação de seus fornecedores, potenciais clientes,
produtos a serem oferecidos, e determinar os objetivos e resultados a serem alcançados pela
empresa, se faz necessário o planejamento.
O plano de negócio é uma ferramenta que tem o intuito de auxiliar os
empreendedores a iniciar sua atividade econômica, descrevendo no papel os objetivos do
negócio e quais as ações a serem tomadas para alcançar esses objetivos, ajudando a diminuir
os riscos e as incertezas no processo de abertura e tomada de decisão.
O mercado de cosméticos cresce mais de 10% ao ano e o Brasil é o terceiro maior
mercado consumidor de cosméticos do mundo, conforme os dados apresentados pela Abihpec
(Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). Com
relação a este mercado percebe-se que as pequenas empresas investem no setor da beleza,
com novas tecnologias e produtos diferenciados.
Com este estudo, pretende-se identificar a viabilidade da abertura da empresa
Menina Vaidosa na região de Palhoça, utilizando a ferramenta de gestão, plano de negócios.
10
1.1 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA
Ao surgir uma ideia empreendedora de abrir um negócio, deve-se analisar quais os
riscos inerentes ao negócio. Ou seja, deve-se procurar uma ferramenta que contribuirá com
esta análise. Uma das ferramentas utilizadas é o plano de negócios, que permite uma análise
detalhada da organização.
O estudo de viabilidade ajuda o empreendedor a identificar o melhor momento para
começar, ampliar ou reestruturar a empresa e abrange etapas como análises internas e
externas, informações que mostram para o empresário onde, como, quando e para quem
oferecer seus produtos e serviços. Também analisa os setores de recursos humanos,
financeiros e marketing, que auxiliam nas projeções de seu público-alvo, produtos e serviços
a oferecer, e definição de preços, além de proporcionar uma visão ampla do empreendimento
facilitando as tomadas de decisões.
Face ao exposto, desenvolve-se o problema de pesquisa: qual a viabilidade de
abertura de uma empresa especializada na venda de produtos de maquiagem no
município de Palhoça?
1.2 OBJETIVOS
Para a apresentação do presente trabalho foram delimitados os objetivos geral e
específico, que serão a referência para o desenvolvimento do estudo.
1.2.1 Objetivo geral
Analisar a viabilidade de abertura de uma empresa para a comercialização de
produtos de maquiagem no município de Palhoça/SC.
1.2.2 Objetivos específicos
a) Pesquisar na literatura o tema proposto;
b) Identificar diferentes estruturas para elaboração de plano de negócios;
c) Elaborar o plano de negócios.
11
1.3 JUSTIFICATIVA
Muitas empresas fecham suas portas por causa da falta planejamento. O plano de
negócios é uma ferramenta que visa minimizar os erros e aperfeiçoar as potencialidades e
oportunidades de uma empresa.
Para a acadêmica, o estudo torna-se importante para colocar em práticas os conceitos
e teorias aprendidas no decorrer do curso de graduação.
Desta forma a acadêmica realizará a análise da viabilidade da abertura da empresa,
por meio do plano de negócios, trazendo à empresa e ao empreendedor uma visão ampla da
implantação de um novo negócio.
Para a sociedade este estudo contribuirá em longo prazo, com o desenvolvimento da
competitividade e geração de empregos, movimentando a economia local.
Ressalta-se, ainda, que este estudo poderá servir como base para trabalhos dos
futuros acadêmicos que possam vir a se interessar pelo conteúdo apresentado, o que poderá
acontecer a partir do momento que o estudo ficar disponível na biblioteca da Faculdade.
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO
Com relação à estrutura do trabalho de conclusão de curso, desenvolveram-se as
seguintes etapas.
No primeiro capítulo apresenta-se a introdução do trabalho, contemplando tema e
problema de pesquisa, objetivos, geral e específico, justificativa e a própria estrutura do
trabalho.
No segundo capítulo apresenta-se a revisão de literatura que abordou temas
específicos, como: administração, funções e habilidades do administrador,
empreendedorismo, perfil do empreendedor, micro e pequena empresa, varejo, plano de
negócios e metodologia de plano de negócios.
No terceiro capítulo destacam-se os procedimentos metodológicos que auxiliaram na
elaboração do trabalho, descrevendo as técnicas de pesquisa e o instrumento de coleta de
dados.
No quarto capítulo apresenta-se a descrição e análise dos dados, onde a acadêmica
faz a indicação do plano de negócios no apêndice A deste estudo, com estrutura e paginação
diferenciadas.
12
No quinto capítulo encontra-se a conclusão do trabalho que conterá a análise da
viabilidade de abertura da empresa.
Por fim, apresentam-se as referências, os apêndices e anexos do trabalho.
13
2 REVISÃO DE LITERATURA
Neste capítulo serão abordados, de forma teórica, assuntos referentes ao tema de
administração, empreendedorismo, micro e pequena empresa, varejo e plano de negócios. Os
conceitos têm como base a visão de autores renomados.
2.1 ADMINISTRAÇÃO
A administração é uma importante área da atividade humana que se aplica a diversos
tipos e tamanhos de organizações. Desta forma serão mostrados os principais acontecimentos
da evolução histórica da administração, assim como os conceitos relacionados a esta área.
Sob o ponto de vista de Nogueira (2007), há um período denominado pré-
administração, o qual se divide em três grandes períodos: Antiguidade (fase das primeiras
comunidades, civilizações e impérios, onde se inicia o modo de produção e atividades
baseadas na mão de obra escrava); Era servil e artesanal (fase onde ocorre a queda do império,
principalmente o Romano, e a substituição do trabalho escravo pelo servil e artesanal) e a
Época de formação do capitalismo industrial (fase em que abrange a crise do regime feudal, a
expansão das atividades comerciais, a primeira Revolução Industrial e seus desdobramentos);
e somente na passagem da primeira para a segunda Revolução Industrial surge a
administração.
Stoner e Freeman (1999, p. 4) afirmam que administração é o “processo de planejar,
organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os
recursos disponíveis da organização para alcançar objetivos estabelecidos”. Ou seja, o autor
afirma que os administradores estão alocados nas organizações com o intuito de ajudá-las a
alcançar seus objetivos.
Em concordância com Stoner e Freeman, Maximiano (2010) complementa dizendo
que a administração é um processo no qual há necessidade de tomar decisões sobre os
objetivos e a utilização de recursos. Pois, se uma administração não for eficaz é provável que
a empresa fracasse.
Neste contexto, administrar uma organização corresponde ao processo de trabalhar
com as pessoas e com os recursos que a integram, tornando possível o alcance dos seus
objetivos. Ou seja, implica tomar decisões e realizar ações, visando aproveitar da melhor
forma as circunstâncias externas, usando de forma eficiente os recursos disponíveis para fazê-
la crescer (JACOBSEN; JUNIOR; NETO, 2006).
14
Corroborando com o pensamento destes autores, Freitas (1998) ressalta a
importância das pessoas para as instituições, onde são as pessoas que procuram alcançar
determinados propósitos das organizações. Ainda assim, estes propósitos são atingidos por
meio da definição dos objetivos, das alocações dos recursos e das escolhas das melhores
opções. Desta forma, constitui-se o chamado tripé fundamental da administração, composto
pelos objetivos, recursos e decisões.
Entretanto, Andrade e Amboni (2009), abordam a administração como ciência, arte e
profissão. Como ciência argumenta que a administração lida com fenômenos complexos sobre
os quais o administrador tem pouco conhecimento, pois por não ser uma ciência exata precisa
tomar decisões com base em informações incontroláveis, devido aos limites cognitivos de
racionalidade e por serem os negócios altamente mutáveis e circunstanciais. É considerada
uma arte no momento em que proporciona o desenvolvimento de habilidades conceituais,
humanas, técnicas, comportamentais, atitudinais, políticas, organizacionais e de planejamento,
visando ao aprimoramento contínuo das práticas da administração e gestão. Quanto à
administração como profissão, o autor cita que no Brasil surgiu com o decorrer da evolução
do processo de industrialização, e um dos motivos citados foi a necessidade de procedimentos
administrativos no setor público, entre outros.
Como já citado anteriormente por Nogueira, a administração surge após a Revolução
Industrial, e assim Freitas (1998) ressalta que em 1780, a Revolução Industrial desencadeada
pela Inglaterra, causou no mundo uma profunda transformação socioeconômica. As máquinas
substituíram as atividades artesanais, devido a isso, houve um processo de divisão do trabalho
com o propósito de aumentar a produção e intensificar a relação comercial.
Face a isto, a Revolução Industrial marcou o início de um grande avanço para a
administração. Desta forma, no início do século XX surgiram os pioneiros da racionalização,
que possuíam pensamentos semelhantes e ficaram conhecidos como os fundadores das
Escolas de Administração (MAXIMIANO, 2010; MOTTA; VASCONCELLOS, 2010).
O engenheiro e economista americano Frederick Winslow Taylor (1856-1915),
desenvolveu um método de planejamento e controle dos tempos e movimentos no trabalho,
denominado Administração Científica (ANDRADE; AMBONI, 2009).
Stoner e Freemann (1999) definem a teoria da administração científica como a
abordagem à administração, que buscava determinar cientificamente os melhores métodos
para a realização de qualquer tarefa e para selecionar, treinar, e motivar os trabalhadores.
Andrade e Amboni (2009, p. 52) explicam o conceito da Administração científica,
15
[...] é uma abordagem de baixo para cima (do operário para o supervisor e gerente) e
das partes (operários e seus cargos) para o todo (organização empresarial), [...] a
atenção para o método de trabalho, para os movimentos necessários à execução de
uma tarefa, para o tempo padrão determinado para sua realização.
Com base nesses conceitos de administração científica, pode-se dizer que Taylor
entendia que o sucesso de cada funcionário fabril está diretamente relacionado ao sucesso da
organização.
Após as teorias de Taylor surgiram seguidores que aprimoraram os seus conceitos. O
casal Frank e Lillian Gilbreth, em 1912, preocupou-se em minimizar a fadiga, e para tanto
propuseram, a redução de horas diárias de trabalho, a implantação ou aumento de dias de
descanso remunerado e o redesenho do ambiente de trabalho. Henry Gantt criou um gráfico
com o intuito de auxiliar o acompanhamento e controle diário dos fluxos de produção. Hugo
Munsterberg aproveitou seus conhecimentos em psicologia industrial, para empregar e criar
os primeiros testes psicológicos de seleção de pessoal. Henry Ford teve uma grande
participação no mercado automobilístico, popularizando os automóveis por meio de três
princípios: intensificação (minimizar o tempo da produção), economicidade (minimizar o
nível de estoques) e, produtividade (especialização do trabalhador) (ANDRADE; AMBONI,
2009).
Diante do exposto percebe-se que a administração científica se preocupava com o
aumento do trabalho individual e da produtividade da fábrica. Ao contrário de Taylor, o
engenheiro de minas, Jules Henri Fayol (1841-1925), sistematizou a Teoria Clássica da
administração. Essa por sua vez, surgiu da necessidade de pensar na organização como um
todo e não apenas nas funções organizacionais, conforme Taylor se preocupava. (STONER;
FREEMANN, 1994)
Sendo assim, Fayol dividiu as organizacionais em seis grupos de atividades distintas,
porém inter-relacionadas, sendo elas: Técnica (produção e fabricação de produtos); Comercial
(compra, venda e troca de matéria-prima e produtos); Financeira (aquisição e uso de capital);
Segurança (proteção dos empregados e da propriedade); Contábil (controle e registro das
despesas organizacionais); e Administração (integração de todas as operações). Após a
divisão das atividades organizacionais, Fayol considerou dentre elas, a administração como a
mais importante. Por este motivo, definiu as funções administrativas, conforme Maximiano
(2010):
a) Planejamento (previsão): avaliar o cenário futuro e definir um plano de ação a
médio e longo prazo para alcançarem determinados objetivos;
16
b) Organização: dispor de uma estrutura material e humana para que a empresa
possa executar os planos previstos;
c) Comando: consiste em manter e dirigir o pessoal em atividade;
d) Coordenação: harmonizar todas as atividades e esforços de toda a empresa;
e) Controle: cuidar para que tudo ocorra conforme o definido e planejado.
Portanto, após a apresentação das divisões e subdivisões das atividades
organizacionais, cabe ressaltar os quatorzes princípios de administração, apresentados por
Silva (2008) e elaborados pelo pai da administração clássica, em sua teoria:
a) Divisão do trabalho: propõe a especialização do trabalho, para melhor utilização
dos recursos humanos;
b) Autoridade e responsabilidade: autoridade corresponde ao direito de mandar e o
poder de obedece e a responsabilidade diz respeito à sanção;
c) Disciplina: necessidade de esforço comum de todos os trabalhadores, de forma
ordenada;
d) Unidade de comando: cada trabalhador deve receber ordens de apenas um
superior, evitando conflitos;
e) Unidade de direção: a organização deve seguir uma direção comum com um
objetivo comum;
f) Subordinação: os interesses de uma pessoa ou grupo não devem prevalecer sobre
o interesse da organização;
g) Remuneração: avaliar modos diferentes de pagamento, além de este ser justo;
h) Centralização: a autoridade deve estar no topo da hierarquia;
i) Cadeia escalar: os níveis de administração inferiores devem manter o topo da
hierarquia informada das suas atividades de trabalho;
j) Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar;
k) Equidade: todos devem ser tratados com igualdade;
l) Estabilidade do pessoal: retenção dos trabalhadores mais produtivos;
m) Iniciativa: os administradores devem encorajar as iniciativas dos trabalhadores;
n) Espírito em equipe: desenvolver a harmonia e boa vontade entre os empregados;
Portanto, a partir das definições apresentadas, nota-se que a teoria da administração
clássica tem o enfoque na estrutura da organização.
17
A próxima teoria, no entanto, volta-se para a construção e projeção de um sistema
administrativo baseado nos tipos de relacionamentos humanos necessários para o aumento da
produtividade. Essa teoria, denominada burocrática, originou-se na Europa no início do século
XX, como alternativa às teorias já conhecidas, porém com um diferencial, baseou-se na
ciência política, no direito e na sociologia. O estudo sistemático da burocracia foi efetuado
por Maximilian Karl Emil Weber (1864-1920), conhecido como Max Weber e renomado
sociólogo alemão (SILVA, 2008).
Max Weber percebeu que as organizações estavam crescendo e tornando-se
complexas, desta forma observou que todas as atividades administrativas são baseadas em
papéis e documentos movimentados em sequências contínuas entre os setores da organização,
principalmente na administração pública. Sendo assim, ressaltou a necessidade de um modelo
de organização racional que abrangesse suas variáveis e o comportamento dos participantes
aplicáveis a todas as áreas da empresa, assim como as fábricas. (SILVA, 2008)
Caravantes, Panno e Kloeckner (2005) e Freitas (1998) demonstram que os estudos
de Weber procuravam estabelecer estrutura, estabilidade e ordem às organizações por meio de
uma hierarquia integrada de atividades especializadas, definidas por regras sistemáticas. Deste
modo, Weber distinguiu três tipos básicos de autoridade usados para classificar as
organizações.
a) Autoridade tradicional: exercida e apoiada nos costumes ou práticas passadas,
tradições e crenças herdadas, ou seja, a sua fraqueza é a fonte de autoridade estar
ligada ao passado.
b) Autoridade carismática: poder baseado em um caráter exemplar específico, uma
personalidade de liderança, ou seja, a sua fraqueza é que a fonte de autoridade
não provê ou prevê uma base para sucessão.
c) Autoridade racional-legal: exercida de acordo com um conjunto de regras e
normas estabelecidas para atingir objetivos específicos, legitimando as ações de
poder de uma pessoa que assume um determinado cargo que permite emitir
ordens.
Com base nessas afirmações, a burocracia foi estabelecida para tornar o trabalho
mais eficiente, pois cada colaborador teria suas atividades definidas, assim como o modelo de
como executá-las e a integração com as demais áreas da empresa (SILVA, 2008).
A partir dos estudos com ênfase na tarefa (Taylor), na estrutura (Fayol) e na
autoridade (Weber), desencadearam-se transformações, nas quais foram transferida ênfase
18
para as pessoas, que fazem parte da organização. Isso ocorreu durante a primeira metade do
século XX, quando surge a Escola das Relações Humanas, movimento construído com base
na Teoria Clássica (SILVA, 2008). Elton Mayo (1880-1949), o pai da teoria das relações
humanas, era psicólogo e ficou conhecido por liderar estudos relacionados ao comportamento
humano nas organizações (CARAVANTES; PANNO; KLOECKNER, 2005).
Mayo desenvolveu quatro estudos sobre o comportamento humano entre 1923 e
1944, dentre estes o que teve maior destaque foi o realizado na fábrica Western Electric
Company, no bairro de Hawthorne, em Chicago, Illinois (SILVA, 2008).
O estudo de Hawthorne começou como uma tentativa de investigar a relação entre o
nível de iluminação no local de trabalho e a produtividade dos operários. O processo
aconteceu da seguinte forma, os pesquisadores dividiram os operários em dois grupos. O
primeiro denominado grupo de testes era submetido a condições diferentes de iluminação e o
segundo denominado grupo de controle permanecia com a iluminação constante. O resultado
alcançado foi que em ambos os grupos a tendência era o aumento da produtividade. Desta
forma, Mayo percebeu que havia um ou mais fatores além da iluminação que influenciava na
produtividade dos empregados (STONER; FREEMAN, 1999).
Os resultados interpretados por Mayo na pesquisa resultou no chamado, efeito
Hawthorne, que Stoner e Freeman (1999) abordam como a “possibilidade de trabalhadores
que recebam atenção especial apresentarem um desempenho melhor simplesmente por terem
recebido essa atenção [...]”. Motta e Vasconcelos (2010) complementam, a produtividade dos
trabalhadores era determinada por padrões e comportamentos informais estabelecidos pelo
grupo de trabalho. Esses padrões e normas informais são influenciados por elementos trazidos
de sua cultura e hábitos próprios, que refletem características de sua socialização. E quando
isso não existe ou há um conflito, a tendência era diminuir a produtividade.
Como consequência das pesquisas realizadas por Elton Mayo, e sua conclusão
enfatizando a dimensão comportamental e a importância às atitudes dos administradores sob
seus funcionários para o melhor desempenho na empresa, surgiram outros pensadores que
compõem a Teoria ou Escola Comportamentalista. O psicólogo Abraham Maslow (1908-
1970) desenvolveu estudos sobre a motivação, mas voltado para a personalidade e
desenvolvimento humano, independente das preocupações com a eficiência organizacional
(MOTTA; VASCONCELOS, 2010).
O modelo apresentado por Maslow define o comportamento humano de acordo com
suas necessidades, dividindo-as em níveis hierárquicos, que pode ser demonstrado por meio
de uma pirâmide. Em ordem de complexidade, as primeiras são as necessidades básicas, ou
19
seja, essenciais à fisiologia e segurança do ser humano, como: abrigo, comida, dinheiro, plano
de saúde e benefícios. Em seguida, as necessidades sociais que correspondem à inserção em
grupos informais e aceitação da sociedade. E, por último as necessidades mais complexas, as
de autoestima e auto-realização, que correspondem ao ego do indivíduo (FREITAS, 1998;
MOTTA; VASCONCELOS, 2010).
A teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg (1923-2000) defende um modelo
motivacional fundamentado em fatores extrínsecos e intrínsecos, denominados fatores de
higiene e fatores de motivação. Os fatores higiênicos correspondem ao ambiente de trabalho,
como a infraestrutura do ambiente, modelo de gestão, salários de mercado, benefícios, entre
outros. Os fatores de motivação referem-se às necessidades de autoestima e auto-realização,
como plano de carreira, treinamentos, autonomia, etc. (FREITAS, 1998; MOTTA;
VASCONCELOS, 2010; SILVA, 2008).
Caravantes, Panno e Kloeckner (2005) destacam Douglas McGregor (1906-1964)
com seus conceitos relativos à teoria X e Y e suas contribuições com o campo de
Desenvolvimento Organizacional como um dos expoentes da teoria Comportamental. Sua
teoria engloba estilos opostos e antagônicos, segundo a teoria X, o ser humano médio é, por
natureza, avesso ao trabalho. Já a teoria Y, conduz a criação de um ambiente que encoraje o
comprometimento.
Motta e Vasconcelos (2010) esclarecem que na teoria X, as pessoas são preguiçosas
e indolentes, tendem a evitar o trabalho, evitam a responsabilidade para se sentir seguras e são
ingênuas e sem iniciativa. Entretanto, na teoria Y, as pessoas gostam do trabalho que exercem
e são esforçadas e dedicadas, consideram o trabalho como algo natural a ser realizado, podem
se controlar e assumir responsabilidades, são criativas e competentes.
O sociólogo organizacional Amitai Etzioni (1929-) é o principal nome do
Estruturalismo, ele julgou as escolas Clássica, Científica, Burocrática e das Relações
Humanas, como insatisfatórias, formulando uma síntese do que considerava válido. O
estruturalismo estuda as organizações levando em conta todos os fatores internos e externos,
submetendo a empresa a uma análise comparativa e global. (SILVA, 2008).
Caravantes, Panno e Kloeckner (2005) relatam que a abordagem estruturalista tem o
intuito de englobar aspectos importantes da Abordagem Clássica e aspectos relevantes da
Escola de Relações Humanas.
O estruturalismo é uma teoria de transição e mudança que visava sintetizar as
proposições válidas das correntes administrativas até então existentes, [...] a
contribuição maior do estruturalismo é no que se refere à interdependência dos
20
elementos internos e externos que influenciam o funcionamento das organizações
(SILVA, 2008, p. 265).
A Teoria Geral de Sistemas (TGS) foi desenvolvida pelo cientista alemão Ludwing
von Bertalanffy (1901-1972) após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1950, com o intuito
de divulgar os conceitos de sistemas abertos em diversas disciplinas, como química-física,
cinemática e termodinâmica (SILVA, 2008).
Sobral e Peci (2012) afirmam que a teoria do sistema possui uma visão ampla e
complexa da organização, pois conciliam as visões internas e externas. Além de considerar a
organização como um sistema unificado e direcionado, constituídos por partes ou sistemas
inter-relacionados, também a considera parte de um sistema maior, o ambiente externo.
O sistema aberto é um ciclo onde inicia com os insumos, recursos materiais,
humanos, financeiros e tecnológicos (entradas, inputs), que serão processados (throughput) e
transformados em produtos (saídas, output). Em seguida, os produtos serão colocados no
ambiente externo de modo que sejam consumidos, e por fim o processo de retroalimentação
(feedback), deverá medir o impacto do produto, de modo que se mantenha ou altere seu
desempenho no próximo ciclo (CARAVANTES; PANNO; KLOECKNER, 2005).
A última teoria apresentada, a abordagem contingencial, surgiu no início da década
de 1960, baseada nas ideias da teoria de sistemas. Neste período, muitas empresas
multinacionais e de organizações cada vez mais complexa em termos de tamanho, tecnologia,
estratégia e estrutura se consolidaram economicamente (SOBRAL; PECI, 2012).
Para Stoner e Freeman (1994, p. 35), a abordagem contingencial atua como
“concepção de que a técnica de administração que melhor contribui para o alcance dos
objetivos organizacionais pode variar em situações ou circunstâncias diferentes”.
Freitas (1998) contempla que foram realizadas pesquisas nas organizações com o
intuito de compreender a influência do meio ambiente nas organizações e como os princípios
básicos das teorias administrativas eram aplicáveis em experiências gerenciais reais.
A perspectiva contingencial considera que não há nada correto, que tudo depende e
tudo é relativo. Milhares de organizações diferentes e as variáveis do ambiente direto e
indireto atuam como fatores impulsionadores para a modificação dos processos, da estratégia,
da estrutura e da tecnologia (ANDRADE; AMBONI, 2009; SOBRAL; PECI, 2012).
Resumindo toda contextualização da administração, pode-se afirmar que, a partir das
teorias supracitadas neste capítulo, alguns conceitos administrativos predominaram em
determinados períodos do século XX, devido aos contextos sociopolíticos, culturais, de
21
desenvolvimento e consolidação do capitalismo, de desenvolvimento tecnológico, entre
outros. Além disso, observa-se que os conceitos que se destacaram foram: no início do século,
o movimento da racionalização do trabalho; na década de 1930, o movimento das relações
humanas; nas décadas de 1940 e 50, o movimento do funcionalismo estrutural; na década de
1960, o movimento dos sistemas abertos; na década de 1970, o movimento das contingências
ambientais. Porém, nesse momento não há um movimento predominante, mas acredita-se que
o empreendedorismo será o precursor de um novo movimento, pois está cada vez mais se
solidificando e alterando o modo de se fazer negócios no mundo (DORNELAS, 2001).
A seguir será apresentada a história do empreendedorismo e uma explicação da sua
importância para toda sociedade.
2.2 EMPREENDEDORISMO
Considerando o fato de que os produtos e serviços tornam-se obsoletos com rapidez,
deve-se ter a preocupação com os fatores foco e inovação, de forma que as empresas se
mantenham competitivas no mercado.
A palavra empreendedor deriva da palavra francesa entrepreneur, que significa,
aquele que assume riscos e começa algo novo (HISRICH; PETERS, 2004; DORNELLAS,
2001). Porém se faz necessário uma análise histórica para entender melhor o desenvolvimento
das teorias do empreendedorismo.
Conforme o entendimento dos autores Hisrich e Peters (2004) e Dornellas (2001), o
primeiro uso do termo empreendedor foi creditado para Marco Polo, que tentou estabelecer a
criação das rotas comerciais para o Extremo Oriente. Em seguida, na Idade Média, o termo
empreendedor foi usado para definir as pessoas que gerenciavam grandes projetos de
produção, mas não assumia grandes riscos, apenas gerenciavam os projetos com os recursos
disponíveis. No século XVII, a relação entre assumir riscos e empreender começa a gerar
indícios, pois nesta época, o empreendedor estabelece um acordo contratual com o governo
para fornecer produtos ou serviços. No século XVIII, o empreendedor foi diferenciado do
fornecedor de capital, devido ao início da industrialização. Por fim, nos séculos XIX e XX, os
empreendedores eram confundidos com os gerentes e administradores. Sendo assim, cabe
afirmar que todo empreendedor deve ser um bom administrador, mas nem todo administrador
é um bom empreendedor. Pois o empreendedor possui características e atitudes que o
diferenciam do administrador.
22
Dornellas (2001) afirma que o empreendedorismo no Brasil, tomou forças na década
de 1990, quando entidades como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software), foram
criadas. Pois antes disso, não se falava em criação de novas empresas e empreendedorismo.
O [...] empreendedorismo tem atraído maior interesse nos últimos anos,
principalmente em virtude da sua forte relação com o desenvolvimento regional.
Com intuito de promover o comportamento empreendedor, unem-se governos,
instituições de ensino e afins; investindo esforços e grandes quantidades de recursos
financeiros. Além do empenho no desenvolvimento do perfil empreendedor, com
foco no indivíduo, mecanismos de suporte à empresa nascente são colocados à
disposição de quem deseja abrir seu próprio negócio. Estes mecanismos estes
abrangem desde linhas de crédito e incubadoras tecnológicas, até consultorias
subsidiadas e eventos para a promoção de redes de negócios (SCHIMIDT;
BOHNENBERGER, 2009, p. 452).
O SEBRAE é um desses órgãos, que busca junto aos pequenos empresários todo o
suporte que precisa para iniciar sua empresa, assim como consultorias para resolver
problemas pontuais de seu negócio. Após abordar a história do empreendedorismo, cabe
descrever alguns conceitos (DORNELLAS, 2001).
Segundo Hisrich e Peters (2004, p. 29) “empreendedorismo é o processo de criar
algo novo com valor dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos
financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da
satisfação e independência econômica e pessoal”. Desta forma, o empreendedor é o indivíduo
que se arrisca e dá início a algo novo.
Complementando esse conceito, Arantes, Halicki e Stadler (2011) afirmam que o
empreendedorismo refere-se às qualificações de um indivíduo, o qual de uma forma
inovadora e especial se dedica a atividades. Estas atividades podem ser uma atividade
iniciante ou um inovador que concretiza um sonho, ou podem ser uma organização, que,
denomina-se intraempreendedor. O empreendedor, com sua forma de agir e lutar por seus
objetivos, inova e modifica em qualquer área do conhecimento uma prática ou uma forma de
iniciar um negócio.
“A concepção de um empreendimento, por vezes, nasce de habilidades, gosto e
outras características pessoais, até mesmo por pessoas que não tiveram experiência com o
ramo, inovando ou criando novas formas de negócio” (BERNARDI, 2003, p. 63).
Bernardi (2003) apresenta cinco formas de concretizar as ideias de empreender,
sendo elas: montagem de um novo empreendimento; compra de uma empresa em
funcionamento; sociedade em um novo empreendimento; sociedade em um empreendimento
23
em funcionamento; e aquisição de uma franquia. A última opção é muito utilizada, pois
quando não se conhece o ramo, economiza-se em etapas e estudos, além de diminuir os riscos.
Como citado anteriormente, os empreendedores possuem características
diferenciadas e diversos estudos têm buscado identificar os traços de personalidades
relacionados ao espírito empreendedor, são estes que serão apresentados a seguir.
Na visão de Dornelas (2001), o empreendedor de sucesso, além dos atributos do
administrador, deve possuir características extras, como:
a) Ter visão ampla voltada para o futuro e ter habilidade de implementar sonhos;
b) Tomar decisões corretas e implementar as ações rapidamente;
c) Saber agregar valor aos serviços e produtos que disponibilizam no mercado;
d) Identificar oportunidades, sendo atento as informações;
e) Ser determinado e manter-se dinâmico;
f) Ser dedicado ao seu trabalho;
g) Ser otimista e apaixonado pelo que faz;
h) Ser independente e construir seu próprio destino;
i) Acreditar que o dinheiro é consequência do sucesso dos negócios;
j) Ter um senso de liderança comum;
k) Saber construir uma rede de relacionamento com clientes, fornecedores e
colaboradores;
l) Ser organizado;
m) Planejar cada passo de seu negócio.
A este propósito, Maximiano (2012) cita a criatividade e capacidade de
implementação, disposição para assumir riscos, perseverança e otimismo, e senso de
independência, como as personalidades dos empreendedores.
Neste sentido, Pedroso, Massukado-Nakatani e Mussi (2009, p. 109) ressaltam que,
o empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer e
atingir objetivos e que mantém alto nível de consciência do ambiente em que vive,
usando-a para detectar oportunidades de negócios. Um empreendedor que continua a
aprender a respeito de possíveis oportunidades de negócios e a tomar decisões
moderadamente arriscadas que objetivam a inovação, continuará a desempenhar um
papel empreendedor.
Deste modo, Bernardi (2003) destaca um perfil característico e típico de
personalidade do empreendedor, compostos por: senso de oportunidade; dominância;
24
agressividade e energia para realizar; autoconfiança; otimismo; dinamismo; independência;
persistência. Flexibilidade e resistência a frustrações; criatividade; propensão ao risco;
liderança carismática; habilidade de equilibrar “sonho” e realização; e habilidade de
relacionamento.
Barros e Pereira (2008, p. 976) sustentam que “o empreendedorismo dos pequenos
negócios é quase unanimemente visto como benéfico para a vida econômica e social de países
e regiões”.
A partir do sonho de abrir um negócio, cabe ao empreendedor analisar qual a
finalidade e objetivo da sua empresa. Pois, existem leis e conceitos que definem as
classificações das empresas, estes, serão apresentados a seguir, com destaque para as micro e
pequenas empresas.
2.3 MICRO E PEQUENA EMPRESA
Abrir e gerir uma empresa exige do empreendedor um conjunto de habilidades e
conhecimentos. É preciso entender o mercado, o público que se deseja atingir e planejar bem
o negócio. Para tanto, cabe definir o conceito de empresa e suas classificações.
Arantes (2011, p. 78) define a “empresa é uma atividade particular, pública ou de
economia mista, que tem a finalidade de produzir e oferecer bens e serviços, com o objetivo
de atender às necessidades humanas”.
Há muitos padrões diferentes para definir uma pequena empresa em questão de
tamanho, ou seja, uma empresa pode ser considerada pequena ou grande, se comparada com
uma grande ou pequena, respectivamente. Portanto, alguns critérios podem ser usados para
medir seu tamanho, como por exemplo, o número de empregados, o valor dos ativos, volume
de vendas ou o faturamento anual (LONGENECKER; MOORE; PETTY, 1997).
Nesse sentido, Arantes (2011) sustenta que as empresas individuais ou coletivas, e de
acordo com o seu ramo de atividades, são classificadas em: empresas industriais, empresas
comerciais, e empresas de prestação de serviços. Com relação às categorias das empresas, elas
podem ser classificadas pelo setor econômico (primário, secundário e terciário), pelo número
de proprietários (individual, de responsabilidade limitada ou sociedade econômica), pelo
tamanho (micro, pequena, média ou grande empresa) e pelo fim (fins lucrativos ou não
lucrativos).
Percebe-se um alto grau de importância da microempresa não apenas no setor
financeiro, mas também no setor social de uma população, dada a movimentação política e
25
social percebida pelo destaque a este segmento, observado na preocupação com a sua
classificação ao longo da história (RAMOS; CARVALHO; CUNHA, 2006).
A esse respeito, o Decreto nº. 5.028, de 31 de março de 2004, altera os valores dos
limites fixados nos incisos I e II do art. 2º da Lei nº 9.841 de 5 de outubro de 1999, que
instituiu o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Sendo assim, os incisos
I e II do referido Decreto determinam os seguintes valores,
I - microempresa, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita
bruta anual igual ou inferior a R$433.755,14 (quatrocentos e trinta e três mil,
setecentos e cinqüenta e cinco reais e quatorze centavos);
II - empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que,
não enquadrada como microempresa, tiver receita bruta anual superior a
R$433.755,14 (quatrocentos e trinta e três mil, setecentos e cinqüenta e cinco reais e
quatorze centavos) e igual ou inferior a R$2.133.222,00 (dois milhões, cento e
trinta e três mil, duzentos e vinte e dois reais) (BRASIL, 2004, grifo nosso).
O Simples Nacional, regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido
previsto na Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011, editada em complemento
à Lei nº 11.196, de 2005, ampliou os limites de enquadramento das microempresas e das
empresas de pequeno porte, porém não especifica as faixas intermediárias e as respectivas
alíquotas, necessárias para o cálculo dos tributos devido. Desta forma, os referidos limites
passaram de R$180 mil e R$1.800.000,00 para R$360 mil e R$3.600.000,00, respectivamente
(RECEITA FEDERAL, 2011).
Art. 3o Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou
empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa
individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no
Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou
inferior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita
bruta superior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior
a R$3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). (BRASIL, 2011, grifo
nosso).
Além dos critérios supracitados, o SEBRAE apresenta o conceito de número de
funcionários nas empresas, dividido por setores, de acordo com os seguintes números:
a) Microempresa:
a. Na indústria e construção: até 19 funcionários.
b. No comércio e serviços, até 09 funcionários.
26
b) Pequena empresa:
a. Na indústria e construção: de 20 a 99 funcionários.
b. No comércio e serviços, de 10 a 49 funcionários.
O SEBRAE ressalta ainda alguns artigos da Constituição Federal de 1988 que
contêm os marcos legais que fundamentam as medidas e ações de apoio às micro e pequenas
empresas no Brasil. Dentre eles, o artigo 170, 179 e 146 que insere as MPEs nos princípios
gerais da ordem econômica; orienta as administrações públicas a dispensar tratamento
jurídico diferenciado ao segmento; define o tratamento diferenciado e favorecido para as
MPEs, incluindo um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos
estados e dos municípios, além de um cadastro unificado de identificação.
Os critérios apresentados em forma de leis, decretos, medidas provisórias e conceitos
para classificação das empresas constituem um importante fator de apoio às micro e pequenas
empresas, permitindo que estabelecimentos dentro dos limites instituídos possam usufruir os
benefícios e incentivos previstos nas legislações.
Uma pesquisa realizada pelo SEBRAE divulgou, em outubro de 2011, a taxa de
sobrevivência e mortalidade das micro e pequenas empresas no Brasil, referente aos anos de
2005 e 2006. Na média nacional, a taxa de sobrevivência das empresas constituídas em 2006
foi de 73,1%, nível superior ao verificado nas empresas constituídas em 2005 (71,9%).
Considerando a divisão dos setores, a taxa de sobrevivência para as empresas constituídas em
2006, foi maior para as empresas industriais (75,1%), seguido pelo comércio (74,1%),
serviços (71,7%) e construção civil (66,2%). Analisou-se ainda a taxa de sobrevivência por
regiões, onde o sudeste é a região que apresentou a maior taxa (76,4%), seguida pela região
sul (71,7%), nordeste (69,1%), centro-oeste (68,3%) e norte (66%).
Na visão de Donato, Pinho e Junior (2011, p. 9) “a sobrevivência das empresas se
trata de um problema muito complexo, influenciado concomitantemente por variáveis
relativas às condições do empreendedor, da empresa e do ambiente econômico-social”.
Luiz Barreto comenta a importância das micro e pequenas empresas e
Empreendedores Individuais (EI) no Brasil. Pois, essas são responsáveis por mais da metade
dos empregos com carteira assinada do Brasil. Portanto, a sobrevivência desses
empreendimentos é condição indispensável para o desenvolvimento econômico do País
(SEBRAE, 2011).
O SEBRAE (2006), apresenta dados da quantidade de empreendimentos informais
no Brasil em 2003, especificados por estados e regiões, conforme as tabelas 1 e 2.
27
Tabela 1 – Quantidade de empreendimentos informais no Brasil por Estado
Estado Quantidade %
São Paulo 2.581.820 24,98%
Minas Gerais 1.049.774 10,16%
Rio de Janeiro 863.435 8,35%
Bahia 752.870 7,28%
Rio Grande do Sul 701.447 6,79%
Paraná 565.026 5,47%
Pernambuco 565.598 5,47%
Ceará 397.316 3,84%
Pará 361.989 3,50%
Goiás 292.978 2,83%
Santa Catarina 258.736 2,50%
Maranhão 254.397 2,46%
Paraíba 202.817 1,96%
Espírito Santo 170.112 1,65%
Amazonas 166.099 1,61%
Alagoas 162.288 1,57%
Piauí 155.975 1,51%
Rio Grande do Norte 136.503 1,32%
Mato Grosso 135.523 1,31%
Mato Grosso do Sul 131.903 1,28%
Sergipe 104.789 1,01%
Distrito Federal 95.720 0,93%
Rondônia 76.456 0,74%
Tocantins 73.880 0,71%
Amapá 35.419 0,34%
Acre 28.447 0,28%
Roraima 14.647 0,14%
Total 10.335.964 100,00%
Fonte: Adaptado de SEBRAE (2006).
A partir dos dados apresentados na tabela 1 percebe-se que grande parte dos
empreendimentos informais no Brasil em 2003, correspondem aos estados de São Paulo
(24,98%), Minas Gerais (10,16%) e Rio de Janeiro (8,35%), sendo que Santa Catarina ficou
em 11º lugar com 2,50%. Em sequência, na tabela 2, são apresentados os dados por região,
onde a maior quantidade de empreendimentos informais está concentrada nas regiões Sudeste
(45,14%), Nordeste (26,44%) e Sul (14,76%), em seguida a região Norte (7,32%) e Centro-
Oeste (6,35%).
28
Tabela 2 – Quantidade de empreendimentos informais no Brasil por região
Região Quantidade %
Sudeste 4.665.141 45,14%
Nordeste 2.732.553 26,44%
Sul 1.525.209 14,76%
Norte 756.937 7,32%
Centro-Oeste 656.124 6,35%
Total 10.335.964 100,00%
Fonte: Adaptado de SEBRAE (2006).
Entende-se que esses dados foram um dos motivadores para a criação da Lei
Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008, que criou condições especiais para o
trabalhador conhecido como informal se tornar um Empreendedor Individual legalizado.
De acordo com o Portal do Empreendedor (2012) o Empreendedor Individual
corresponde à pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno
empresário. Mas, existem algumas condições para se tornar um empreendedor individual,
como, faturar no máximo até R$60.000,00 por ano, não ter participação em outra empresa
como titular ou sócio e ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso
da categoria.
Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilitará a abertura de conta bancária, o pedido de
empréstimos e a emissão de notas fiscais. Além disso, o Empreendedor Individual será
enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais, como o Imposto de
Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL (PORTAL DO EMPREENDEDOR, 2012).
Sendo assim, o Portal do Empreendedor (2012) divulga que o EI pagará apenas o
valor fixo mensal de R$32,10 (comércio ou indústria) ou R$36,10 (prestação de serviços), que
será destinado à Previdência Social (R$31,10) e ao ICMS (R$1,00) ou ao ISS (R$5,00). Essas
quantias são atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.
O Portal do Empreendedor (2012), lista alguns benefícios e facilidades para a
formalização do seu negócio, como um Empreendedor Individual, conforme abaixo:
a) Cobertura Previdenciária;
b) Contratação de um funcionário com menor custo;
c) Isenção de taxas para o registro da empresa;
d) Ausência de burocracia;
29
e) Acesso aos serviços bancários, inclusive crédito;
f) Compras e vendas em conjunto;
g) Redução da carga tributária;
h) Controle muito simplificados;
i) Emissão de alvará pela internet;
j) Cidadania;
k) Mais fácil vender para o governo;
l) Serviços gratuitos (contador);
m) Apoio do técnico do SEBRAE no desenvolvimento do negócio;
n) Possibilidade de crescimento, quanto empreendedor;
o) Segurança jurídica;
p) Salário-maternidade;
q) Auxílio-acidente;
r) Proteção da família com a pensão por morte e o auxílio-reclusão.
Após a apresentação das leis e conceitos existentes para a abertura de uma empresa e
suas classificações será apresentado o setor de varejo, pois as empresas são agrupadas em
setores de acordo com as atividades que pretendem realizar para atender o seu público.
2.4 VAREJO
O varejo é o assunto a ser abordado nesta seção, pois o estudo tem como objetivo
analisar a viabilidade de abertura de uma loja de produtos de maquiagem na cidade de
Palhoça, que pertence a este setor.
A importância da atividade varejista no Brasil e o aumento da competição nessa
atividade, fundamentado na capacidade das empresas, fizeram com que os pesquisadores do
Centro de Excelência em Varejo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da
Fundação Getulio Vargas criassem, em 2008, o Congresso Latino-Americano de Varejo. Essa
iniciativa tem o intuito de encontrar respostas eficientes para problemas existentes na gestão
empresarial e atualmente serve para pesquisadores e gestores criarem e apresentarem
soluções, modelos e ferramentas confiáveis, robustos e válidos para melhorar a atuação das
organizações. (BRITO; VIEIRA; ESPARTEL, 2011).
Segundo Goughlan et al. (2012, p. 324), “varejo são as atividades envolvidas na
venda de produtos e serviços a consumidores finais para consumo pessoal”.
30
E assim, muitas instituições, sejam fabricantes, atacadistas e varejistas, praticam o
varejo. Mas, grande parte do varejo é praticada por varejistas, ou seja, empresas cujas vendas
vêm primordialmente do varejo (KOTLER; ARMSTRONG, 2007).
Portanto, Honorato (2004, p. 243) afirma que “o varejista é o intermediário que se
dedica principalmente a vender para os consumidores finais”.
Santos e Costa (2005) destacam que muitos ambientes varejistas optam por trabalhar
em promover, não só o desenvolvimento econômico, mas também o social, com o objetivo de
ampliar seus benefícios de atuação para com a sociedade.
Goughlan et al. (2012) esclarecem que o posicionamento de mercado do varejista
influencia em sua competitividade e desempenho. Desta forma, os varejistas podem escolher
que produtos oferecerão aos seus consumidores ou focar em metas de giro de estoque e
margens.
No entanto, existe uma ampla variedade de empresas de varejo, ou seja, tipos
diferentes de empresas onde os consumidores podem adquirir os produtos e serviços. Diante
do exposto, Honorato (2004) apresenta os principais tipos de varejistas são:
a) Lojas de departamentos: vendem várias linhas de produtos;
b) Lojas de conveniências: lojas pequenas que convém ao consumidor a localização
e horário de atendimento;
c) Lojas especializadas: vendem uma única linha produto;
d) Supermercados: lojas grandes que operam com baixo custo, pequena margem de
lucro e grande quantidade e variedade de produtos de linhas diversificadas
e) Superlojas: grandes lojas (aproximadamente 11 mil m²) que operam com preços
baixos e mais itens que os supermercados, atuando com as linhas alimentícias e
não alimentícias;
f) Hipermercados: grandes lojas (aproximadamente 24 mil m²) que operam como
lojas de descontos, supermercados e lojas de departamentos em um único
ambiente;
g) Lojas de descontos: lojas que visam a venda de preços, sem benefícios de entrega
e embalagem de produtos;
h) Ponta de estoques (off-price): lojas que oferecem preços baixos para produtos
descontinuados;
i) Showroom de catálogos: o consumidor consulta os produtos por meio de
catálogos e realiza encomenda com seus representantes;
j) Shopping centers: conjunto de lojas planejadas para atender os consumidores de
31
maneira ampla.
Além dos tipos de varejos, há tipos de organizações de varejo, nas quais Kotler e
Armstrong (2007) destacam:
a) Redes corporativas: duas ou mais lojas de propriedade e controle comuns;
b) Redes voluntárias: grupos de varejistas independentes patrocinados por um
atacadista;
c) Cooperativas de varejo: grupos de varejistas independentes que realizam esforços
promocionais em conjunto;
d) Organizações de franquia: associação contratual entre um fabricante atacadista
(franqueador) e empresários que compram direitos operar uma ou mais unidade
no mesmo sistema de franquia (franqueado);
e) Conglomerados de merchandising: uma corporação de forma livre, mista de
várias linhas de varejo agrupadas.
Cabe ressaltar que o varejo sofre influência da globalização, a partir do momento que
comércio eletrônico ou e-commerce começou a competir com os varejos comuns. Vieira
(2010, p. 200) que a particularidade do comércio eletrônico corresponde à verificação da
qualidade dos serviços.
Em termos gerenciais, é essencial às organizações entenderem como os clientes
avaliam a qualidade de uma compra on-line, quais fatores são mais proeminentes
para o site e quais são as repercussões da qualidade sobre as intenções de compras
futuras. Assim, um maior conhecimento dessas características pode gerar maiores
chances de sucesso nas vendas no ambiente virtual.
Ferreira e Serra (2004) afirmam que a internet pode assumir o papel de uma
ferramenta empresarial com repercussões positivas nos negócios, bem como um mercado
potencial em que há possibilidade de realizar transações.
Em relação a tal aspecto, evidencia-se a preocupação dos profissionais de marketing,
administradores, empreendedores entre outros, de planejar e manter-se no mercado
concorrendo com este novo método de oferta de produtos e serviços aos consumidores.
Convém, no entanto, descrever as ações a serem tomadas utilizando ferramentas para auxiliar
a tomada de decisões. Desta forma, a seguir será apresentado o plano de negócios que visa o
amplo conhecimento do negócio.
32
2.5 PLANO DE NEGÓCIOS
Muitas pessoas começam seu empreendimento a partir do sonho de ser dono de seu
próprio negócio. Logo, começam sem o planejamento prévio de dados importantes, que lhe
ajudariam a ter sucesso e partem para a operacionalização. Porém, estudos demonstram que a
área de conhecimento mais importante no primeiro ano de atividade de uma empresa é o
planejamento.
No Brasil, o uso do plano de negócios junto aos empreendedores brasileiros, iniciou
através do programa Softex, criado na década de 1990. E com o Programa Brasil
Empreendedor, do Governo Federal e auxilio da explosão da internet no final de 1999 e início
de 2000, o termo plano de negócios disseminou-se pelo país (DORNELAS, 2001).
Desta forma, cabe conceituar o plano de negócios uma ferramenta de planejamento
comum a quem pretende abrir um negócio.
Plano de negócios é a definição clara, objetiva e por escrito, para um prazo de 05
anos, do que é o negócio e de sua viabilidade. Ele é composto pela descrição da
missão, visão, valores, sistema de produção, metas de longo prazo, análise de
viabilidade econômico-financeira e manual de recursos humanos (MACHADO;
CASSOLI; SILVA, 2009, p. 406).
Na visão de Wildauer (2011), o plano de negócios pode ser considerado um guia, útil
para a obtenção de conhecimentos e concepção de um empreendimento.
Brown (2011, p. 14) afirma que “um plano de negócios é uma programação de
fatores agrupados para criar um futuro desejado”.
Complementando, Salim et al (2005, p. 3) explicitam que o “plano de negócios é um
documento que contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu
plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados
financeiros”.
Hisrich e Peters (2004) elucidam que o plano de negócio é um documento elaborado
pelo empreendedor, em que são descritos todos os elementos internos e externos relevantes
envolvidos no início de um novo empreendimento.
A este propósito, Filho (2010, p. 110) conceitua o plano de negócios como:
um documento que serve para direcionar as ações do empreendedor e, ao mesmo
tempo, para ser apresentado a eventuais investigadores e/ou instituições financeiras
interessados no negócio.
33
Wildauer (2011) vai além, e fundamenta que o plano de negócios é uma proposta de
negócio para um mercado em forma de um documento textual. No plano deve estar claro que
a visão do empreendedor, seu sonho, sobre seu produto ou serviço pode ter sucesso na atual
conjuntura de mercado.
Nesse contexto, o plano de negócios visa estruturar as principais ideias e opções que
o empreendedor deve avaliar para decidir quanto à viabilidade da empresa a ser criada
(SERTEK, 2011). Corroborando com o pensamento de Sertek, o SEBRAE (2012) acrescenta
que o plano de negócio reúne informações sobre as características, condições e necessidades
da sua empresa, com o objetivo de analisar sua potencialidade e sua viabilidade.
Após a conceituação do plano de negócios, cabe ressaltar a importância e os
benefícios do mesmo, pois sem um planejamento correto sobre as atividades e os recursos que
um empreendimento necessita, no futuro e no presente, poucas serão as chances de um sonho
de negócio se tornar realidade.
Na compreensão de Bernardi (2010), um plano de negócios é um projeto específico,
desenvolvido para produzir determinado resultado, envolvendo cinco etapas distintas:
a) Ideia e concepção do negócio;
b) Coleta, preparação de dados;
c) Análise dos dados;
d) Montagem do plano;
e) Avaliação do plano.
Neste sentido, o SEBRAE (2012) elenca doze benefícios advindos da elaboração do
plano de negócios:
a) Permite ao empreendedor aprimorar sua ideia, tornando-a clara, precisa e de fácil
entendimento;
b) Permite conhecer todos os pontos fortes e fracos do seu negócio, ou seja,
possibilita a diminuição dos riscos de fracassar;
c) Facilita a apresentação do negócio a fornecedores e clientes potenciais,
contribuindo para as negociações de apoio;
d) Permite a simulação de situações favoráveis e desfavoráveis;
e) Permite que os sócios negociem claramente as funções de cada um;
f) Importante para a contratação de funcionários e orientação na execução de suas
tarefas;
34
g) Importante documento para a apresentação a futuros sócios, investidores e
bancos;
h) Auxilia a diminuir a mortalidade das novas empresas e a garantir o crescimento
das empresas já existentes.;
i) Permite avaliar o negócio do ponto de vista mercadológico, técnico, financeiro,
jurídico e organizacional;
j) Permite avaliar a evolução do empreendimento ao longo de sua implantação para
todos os aspectos definidos no Plano de Negócio;
k) Facilita ao empreendedor a obtenção de empréstimos, quando o seu capital não
for suficiente para os investimentos necessários;
l) Atrai clientes e fornecedores a partir da possibilidade de avaliarem o
planejamento feito.
Sendo assim, alguns autores disponibilizam estruturas de planos de negócios para
que o empreendedor inicie o seu planejamento. Dornelas (2001), afirma que não existe uma
estrutura rígida e específica para escrever um plano de negócios, pois cada negócio possui
uma particularidade e semelhança. Desta forma, não há como definir um padrão universal a
ser aplicado a qualquer negócio. Porém, deve-se possuir um mínimo de seções para que
proporcione aos leitores um entendimento completo do negócio.
Dentre esses, Degen (2009) apresenta um índice genérico para um plano de negócio:
a) Sumário do plano de negócio: resumo do plano de negócio (5 a 10 páginas);
b) Conceito do negócio: resumo da necessidade dos clientes que irá atender, como
atenderá e atrairá os clientes e por que estão dispostos a efetuar a compra;
c) Apresentação do negócio: conceito, oferta aos clientes, atributos de valor e
vantagem competitiva, principais riscos e como serão administrados, potencial de
lucro e crescimento do negócio, impacto ambiental e social e sua contribuição
para o desenvolvimento sustentável;
d) Apresentação da equipe gerencial: experiência e conhecimento do empreendedor
e colaboradores que garantem o sucesso;
e) Análise de mercado: tendência e vitalidade do setor, conhecimento do mercado,
clientes e fornecedores, estratégia competitiva;
f) Análise do processo: descrição técnica do produto ou serviço, impacto ambiental
e social, estrutura dos preços e custos, localização, canais de distribuição e
logística;
35
g) Organização do negócio: princípios e valores da empresa, licença social,
estrutura local, estrutura organizacional, recursos humanos;
h) Plano de marketing e vendas: estratégia competitiva, apresentação da oferta de
valor para o mercado, venda dos produtos ou serviços, projeção de crescimento
de vendas, serviços de pré e pós-vendas;
i) Plano financeiro: projeção de fluxo de caixa, remuneração e tempo de
recuperação do investimento, estrutura de custos e análise do ponto de equilíbrio,
fontes de recursos financeiros, como próprio, terceiros e alavancagem;
j) Plano de crescimento: descrição do desenvolvimento e crescimento do negócio;
k) Anexos: projeções financeiras, pesquisa de mercado, plano operacional do
negócio.
Dornelas (2001) apresenta quatro modelos destinados a diversos tipos de empresas,
separadas por categorias, como, pequenas empresas manufatureiras; empresas virtuais;
pequenas empresas prestadoras de serviços; e pequenas empresas em geral. Porém, destaca a
seguinte estrutura:
a) Capa: é a primeira parte a ser visualizada, portanto deve ser limpa e organizada e
conter apenas informações necessárias e pertinentes;
b) Sumário: deve conter o título de cada seção e a página onde se encontra, para
facilitar o leitor a encontrar facilmente o que deseja;
c) Sumário executivo: deve ser dirigido ao público alvo, e conter uma sinopse das
principais informações do plano e especificar o objetivo em relação ao leitor;
d) Análise estratégica: deve conter: visão, missão, situação atual, potencialidades,
ameaças externas, suas forças e fraquezas, objetivos e metas. Esta seção é uma
base para as demais ações descritas no plano;
e) Descrição da empresa: deve-se descrever a empresa, apresentando seu histórico,
crescimento, faturamento, impostos, razão social, estrutura organizacional e
legal, localização, dentre outros;
f) Produtos e Serviços: deve conter as informações referentes aos produtos ou
serviços, o modo como são produzidos, quais os recursos utilizados, qual o ciclo
de vida, quais os fatores tecnológicos e o processo de pesquisa e
desenvolvimento. Se já possui, pode ser incluída uma visão do nível de satisfação
dos seus clientes com os produtos e serviços da empresa;
g) Plano operacional: deve conter as informações de previsões do seu sistema
36
produtivo, o tempo de entrega, desenvolvimento de produto ou serviço,
rotatividade dos produtos e outros;
h) Plano de recursos humanos: devem ser apresentados os planos para
desenvolvimento e capacitação dos colaboradores e descritas as ações e as
políticas com relação ao pessoal da empresa. Apresentando;
i) Análise de mercado: apresentam-se os dados sobre o mercado de atuação da
empresa, de acordo com os resultados obtidos na pesquisa de mercado. Deve
conter as informações de como o mercado está segmentado, quais as
características do consumidor, índice de crescimento deste mercado, participação
do mercado e análise da concorrência;
j) Estratégia de marketing: descrever o modo de apresentação de seus produtos ou
serviços ao seu público, para vender e conquistar clientes. Deve conter os
diferenciais do produto ou serviço, principais clientes, políticas de preço, canais
de distribuição, estratégia de comunicação e promoção, e projeção de vendas.
k) Plano financeiro: deve demonstrar de forma numérica as ações planejadas e
projeções futuras, para o sucesso da empresa. Deverá apresentar o valor do
investimento inicial necessário, demonstrativo de fluxo de caixa, faturamento
previsto, prazo de retorno do investimento (payback), taxa interna de retorno
(TIR), entre outros;
l) Anexos: deve conter informações adicionais relevantes para o entendimento do
leitor. Pode-se anexar fotos de produtos, material de divulgação, plantas da
localização, planilhas financeiras, entre outros.
Cecconello e Ajzental (2008) afirmam que o plano de negócios deve seguir as
seguintes etapas:
a) Sumário: onde são indicadas as numerações das páginas, das seções, capítulos e
itens;
b) Sumário executivo: trata-se do resumo de todo o trabalho, deve prender a atenção
do leitor e despertar sua curiosidade, além de conter uma visão do todo;
c) A empresa - descrição geral: deve conter as informações sobre a empresa, como a
missão, visão, valores, identificar o negócio, localização geográfica, acesso aos
fornecedores e consumidores e outros;
d) Análise de mercado: deve apresentar a empresa e a sua relação com o ambiente,
como os fornecedores, concorrentes e clientes, bem como, conter informações
37
sobre a demanda, e o público que será atendido, e realizar a análise da
concorrência, identificando seus pontos fortes e fracos;
e) Oferta da empresa: deve-se especificar qual será a estratégia mercadológica,
quais estratégias serão adotadas para vendas, preço, promoção, e outros;
f) Plano operacional: apresentação da estrutura a ser adotada para que as atividades
empresariais ocorram, como a tecnologia, a infraestrutura, os fornecedores, a
gerência, os recursos humanos e o organograma;
g) Capitalização – sustentação financeira: são apresentadas planilhas financeiras,
indicadores, para serem avaliados;
h) Fontes de recursos – necessidade de capital: demonstra a necessidade de capital e
a origem do capital de investimento;
i) Apêndices: pesquisa de mercado, curriculum vitae dos principais dirigentes.
Da mesma forma, Bernardi (2006) apresenta uma estrutura do plano que deve conter:
a) Capa: é a parte mais visível, a embalagem, devendo conter o logo e o nome da
empresa, além do endereço, telefone, nome do principal executivo ou contato e e-
mail;
b) Termo de confidencialidade: documento usual e de praxe no mercado, visando
assegurar a não divulgação dos dados confidenciais do empreendimento;
c) Conceito do negócio: trata-se de uma síntese introdutória do projeto, fornecendo
aos interessados uma visão geral do negócio;
d) Organização e estrutura: serão descritas a estrutura legal, as razões, organograma
proposto pela empresa, bem como os fatores críticos à organização na
consecução de seus objetivos;
e) Marketing: será analisado o ramo de atividade no qual o projeto estará inserido,
tanto no aspecto tático quanto no estratégico;
f) Produtos e Serviços: nessa parte definem-se os requisitos técnicos dos produtos
ou serviços propostos que servirão a três propósitos: atendimento ao mercado,
plano operacional e dimensionamento dos custos e recursos necessários;
g) Operações: delineiam-se os fatores de operação necessários à produção de
determinado bem ou serviço, com o propósito de analisar o fluxo da operação,
dimensionamento de recursos e capacidade de atendimento, fontes de
fornecimentos e parcerias;
h) Recursos necessários: serão identificadas todas as necessidades de investimento,
38
sejam em estrutura fixa, capital de giro, custos, despesas, dentre outros;
i) Planejamento econômico-financeiro: nessa parte é demonstrado às avaliações
financeiras do plano de negócio que se pretende implantar, que servirá a três
propósitos: análise da viabilidade do negócio, capacidade de liquidez e forma de
capitalização do empreendimento;
j) Propostas de implantação: dirige-se ao modo como o negócio será controlado e
gerido, bem como a um cronograma de implantação;
k) Sistemas de controle e monitoramento: ficam definidos os indicadores vitais do
plano de negócios que serão monitorados no futuro, tais como qualidade dos
produtos e serviços, clientes e mercado, controle financeiro e orçamentário,
dentre outros;
l) Sumário: descrevem-se as razões pelas quais o negócio é viável e tem chances de
sucesso;
m) Anexos: incluem-se os currículos dos executivos, cópias de contratos críticos da
empresa, contrato social, materiais de apoio às análises e conclusões.
Por fim, encerra-se o capítulo de revisão de literatura que levantou o embasamento
teórico necessário ao entendimento do tema estudado e na sequência destaca-se o capítulo que
abordará os procedimentos metodológicos necessários para dar o rigor científico ao estudo.
39
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Sabe-se que pesquisar é procurar respostas para indagações, questionar, satisfazer
dúvidas, buscar novas soluções para problemas que surgem. Sendo assim, neste capítulo serão
apresentados os procedimentos metodológicos aplicados na elaboração do trabalho,
destacando-se o método, tipos, técnica, instrumentos e abordagem.
Para Mascarenhas (2012), o método corresponde a um conjunto ordenado de
procedimentos que mostrou-se eficiente ao longo da história, desta forma, o método científico
torna-se um instrumento de trabalho onde o resultado depende de seu usuário.
O método adotado neste trabalho enquadra-se no método indutivo criado pelos
empiristas, Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Este parte do pressuposto de que o conhecimento
deve ser construído com base na experiência, sem levar em conta princípios preexistentes.
Desse ponto de vista, criam-se generalizações quando se realiza observação e experimentos
concretos (MASCARENHAS, 2012).
Na concepção de Gil (1999), foi devido à influência dos estudiosos da sociedade de
abandonar a postura especulativa e adotar a observação como procedimento indispensável
para atingir o conhecimento científico, que foram definidas técnicas de coleta de dados e
elaborados instrumentos capazes de mensurar os fenômenos sociais.
Neste trabalho foram realizadas pesquisas em materiais publicados sobre os temas
pertinentes a administração, empreendedorismo, micro e pequena empresa, varejo e plano de
negócios. Portanto, identifica-se a presença da pesquisa bibliográfica, que visa à elaboração
do estudo a partir de artigos científicos, livros e também materiais disponíveis na internet
(MASCARENHAS, 2012). Além desta, percebe-se a utilização de materiais documentais,
como tabelas estatísticas, sites relacionados ao tema proposto, entre outros, o que caracteriza
o uso da pesquisa documental. Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 62) elucidam que “as bases
documentais permitem estudar tanto a realidade presente como o passado, com a pesquisa
histórica”.
Mascarenhas (2012) admite que a pesquisa exploratória pretende criar hipóteses a
partir dos dados coletados, além de criar um estudo contendo um levantamento bibliográfico
acerca do assunto. No entanto, a pesquisa descritiva, objetiva identificar a relação entre as
variáveis analisadas, na maioria das vezes, com a utilização de instrumentos como observação
ou questionários. Portanto, a presente pesquisa possui ambas características.
Cervo, Bervian e Silva (2007) destacam como técnicas de coleta de dados, a
entrevista (uma conversa orientada para um objetivo definido), o questionário (perguntas
40
abertas ou fechada) e o formulário (lista informal, catálogo ou inventário, preenchido pelo
próprio pesquisador).
Dentre estas técnicas, a acadêmica optou pelo questionário, uma das formas mais
utilizadas, pois possibilita mais exatidão no que deseja identificar. A partir da formulação do
questionário, aplicou-se um pré-teste a fim de verificar a assimilação das perguntas por parte
dos entrevistados. Após verificar que o questionário estava apto para a pesquisa, o mesmo foi
aplicado a uma amostra de 400 mulheres respondentes que residem, trabalham ou estudam
nas regiões de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça, no período de 10 de outubro de
2012 a 02 de novembro de 2012.
O questionário aplicado é composto por onze questões fechadas, divididas em
perguntas gerais e específicas. O instrumento utilizado para aplicação da pesquisa foi o
programa GoogleDocs e questionário impresso. O mesmo foi divulgado em redes sociais e e-
mail, além de ser aplicado no ambiente de trabalho da empreendedora, na Faculdade
Municipal de Palhoça, no Centro de Atenção Integral à Criança e ao adolescente, e na Escola
Profissional de São José, com acadêmicos e funcionários da instituição.
Quanto à abordagem do problema, trata-se de um estudo quali-quantitativo. Utiliza
técnicas de estatística e porcentagem, para auxiliar na análise dos dados de acordo com os
resultados da pesquisa, o que caracteriza abordagem quantitativa. Além de utilizar a
abordagem qualitativa que não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas
(MASCARENHAS, 2012).
A metodologia do trabalho e os estudos realizados permitiram que a acadêmica
chegasse ao objetivo proposto, que é averiguar a da viabilidade da abertura de uma empresa
para comercialização de produtos de maquiagem, por meio de conceitos de autores renomados
como Dornelas, Longnecker, Maximiano, dentre tantos outros, citados no capítulo de revisão
de literatura. Não obstante, o presente trabalho compreende a pesquisa bibliográfica e
documental, o método indutivo, os tipos de pesquisa exploratório e descritivo, a observação e
análise do questionário e as abordagens quali-quantitativas.
A estrutura de plano de negócios utilizada neste trabalho baseia-se nas estruturas dos
autores apresentados na revisão de literatura, isto é, Bernardi, Cecconello e Ajzental, Degen e
Dornelas, porém adaptada para as necessidades da organização em estudo.
No capítulo a seguir, serão apresentados os resultados obtidos, apresentando o plano
de negócios para o empreendimento Menina Vaidosa.
41
4 DESCRIÇÃO DE ANÁLISE DE DADOS
Neste capítulo será apresentada a descrição e análise dos dados obtidos para a
elaboração do plano de negócios, tratando-se da análise de viabilidade de uma empresa para
comercialização de produtos de maquiagem.
4.1 PLANO DE NEGÓCIOS DA EMPRESA MENINA VAIDOSA
O plano de negócios visa identificar a viabilidade de abertura do empreendimento,
contemplando os diversos assuntos referentes à organização como descrição do projeto, o
plano estratégico, plano de recursos humanos, plano de marketing, plano operacional, plano
financeiro e o parecer final.
A estrutura do plano de negócios apresentada é uma adaptação das estruturas dos
autores expostos, a fim de melhor se adequar à organização foco do estudo.
A estrutura apresentada contempla capa, sumário, sumário executivo, descrição do
projeto, plano estratégico, plano de recursos humanos, plano de marketing, plano operacional,
plano financeiro, parecer final, apêndices e anexos.
O plano completo encontra-se no apêndice A deste trabalho, com estrutura e
paginação diferenciadas.
O capítulo a seguir apresentará a conclusão do trabalho.
42
5 CONCLUSÃO
O trabalho de conclusão de curso teve como objetivo analisar a viabilidade de uma
loja de produtos de maquiagem, no município de Palhoça, em Santa Catarina, utilizando a
ferramenta de plano de negócios. Tratando-se de uma empresa nascente esta ferramenta
auxiliou a acadêmica a analisar a viabilidade de abertura de um novo empreendimento.
Para a concretização do objetivo geral, buscou-se o alcance dos objetivos específicos.
Os objetivos específicos definidos no presente trabalho foram pesquisar o tema proposto nas
literaturas existentes, identificar diferentes estruturas para elaboração de um plano de
negócios e elaborar efetivamente o plano de negócios. Sendo assim, percebe-se que o objetivo
geral e específicos deste foi alcançado, conforme os capítulos anteriores e o apêndice A.
Primeiramente realizou-se uma revisão literária sobre os temas administração,
empreendedorismo, micro e pequenas empresas, varejo e plano de negócios utilizando como
embasamento teórico autores como, Andrade e Amboni, Bernardi, Dornelas, Longenecker,
Maximiano, dentre tantos outros.
Ao conceituar administração foi abordada a história e a evolução da administração,
bem como o papel do administrador nas organizações e suas principais funções:
planejamento, organização, direção e controle. Concluindo assim, que a administração é de
grande importância para o bom desenvolvimento de uma organização, independentemente do
seu tamanho, pois o desempenho do seu administrador estará diretamente relacionado ao
alcance dos seus objetivos e metas.
Além do perfil administrador, existe também o empreendedor que compreende
características como iniciativa, visão ampla voltada para o futuro, capacidade de inovar, de
organizar demandas e gerenciar equipes, além de ter firmeza e determinação. Essas
características possibilitam ao empreendedor identificar oportunidades e desenvolver meios
de aproveitá-las, assumindo riscos e desafios para abrir o seu próprio negócio e realizar coisas
novas.
Com base nos estudos realizados para descrever as micro e pequenas empresas,
identificou-se que o Brasil é um dos países mais empreendedores no mundo, pois a cada ano
aumentam o número de surgimento de novos registros de micro e pequenas empresas. Este
dado representa uma contribuição para o crescimento econômico com a geração de empregos
e renda para a sociedade.
O crescimento do comércio varejista torna-se fundamental para a economia, pois é
um dos setores que exibe números expressivos de crescimento propiciando ao mercado um
43
maior número de geração de empregos, além de alimentar a concorrência e a competitividade
entre as organizações, resultando aos consumidores a oferta de produtos e serviços com um
melhor custo/beneficio.
O estudo do plano de negócio é fundamental, pois em um mercado cada vez mais
competitivo, o planejamento torna-se imprescindível para o sucesso do empreendimento.
Sendo assim, a elaboração do plano de negócio foi de relevante importância, pois por meio
dessa análise a acadêmica pode identificar aspectos importantes sobre o empreendimento e o
seu setor de atuação para traçar um direcionamento a organização, possibilitando identificar
as oportunidades, e prepará-la para atuar no mercado na busca de seu sucesso.
Ainda no capítulo referente à revisão de literatura procurou-se estruturas de planos
de negócios, a fim de auxiliar a acadêmica na estruturação do plano de negócios a ser
elaborado. Para tanto, realizou-se a pesquisa bibliográfica de autores que abordavam o tema e
identificou-se que na grande maioria, as estruturas são compostas por capa, sumário, sumário
executivo, descrição do projeto, plano estratégico, de recursos humanos, de marketing,
operacional, financeiro e, por fim, o parecer final.
Para a elaboração deste trabalho foram encontradas dificuldades como o contato com
os fornecedores, pois por se tratar de uma empresa nascente e não implantada, não dispuseram
informações sobre os produtos, além de dificuldades com a realização da análise dos
concorrentes, uma vez que os empreendedores não forneceram dados estratégicos do
empreendimento, sendo assim a avaliação foi realizada por meio de observação simples.
Recomenda-se o uso da ferramenta plano de negócios a todos os empreendedores a
fim de minimizar os riscos inerentes ao processo de empreender, bem como documento que
auxiliará na tomada de decisão.
A acadêmica sente-se realizada com a conclusão deste trabalho, pois lhe
proporcionou rever os conhecimentos adquiridos no curso de administração, assim como o
alcance dos objetivos propostos.
44
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<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/45465B1C66A6772D832579300051816C
/$File/NT00046582.pdf>. Acesso em: 15 out. 2012.
SERTEK, Paulo. Empreendedorismo. 5. ed. Curitiba: Ibpex, 2011. Disponível em:
<https://aulaaberta.bv3.digitalpages.com.br/#1>. Acesso em: 09 out. 2012.
SILVA, Reinaldo O. da. Teorias da administração. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Teorias da administração: bibliografia universitária
Pearson. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.
STONER, James Arthur Finch; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 1999.
TEIXEIRA, João Marques; HERNANDEZ, José Mauro da Costa. Valores de compra
hedônico e utilitário: os antecedentes e as relações com os resultados do varejo. REAd, Porto
Alegre. v. 18, n. 1, p. 130-160, jan. abr. 2012. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/read/v18n1/v18n1a05.pdf>. Acesso em: 16 out. 2012.
VIEIRA, Valter Afonso. Mensuração da qualidade de serviço no varejo eletrônico e seu
impacto sobre as intenções comportamentais. RAE, v. 50, n. 2, p. 199-214, abr. jun. 2010.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v50n2/06.pdf>. Acesso em: 16 out. 2012.
WILDAUER, Egon Walter. Plano de negócios: elementos constitutivos e processo de
elaboração. 2. ed. rev. e atual. Curitiba: Ibpex, 2011. Disponível em:
<https://aulaaberta.bv3.digitalpages.com.br/#3>. Acesso em: 09 out. 2012.
48
APÊNDICE A – PLANO DE NEGÓCIOS
Menina Vaidosa
E-mail: meninavaidosa@gmail.com
Telefone: (48) 3242-0000
EMPREENDEDORAS:
ADRIANA DA ROSA LIBERATO SOTERO
KAMILA LOHN
Este Plano de Negócios foi elaborado por Kamila Lohn, em novembro de 2012.
SUMÁRIO
1 SUMÁRIO EXECUTIVO.....................................................................................................3
2 DESCRIÇÃO DO PROJETO ..............................................................................................4
2.1 HISTÓRIA DA IDEIA DO EMPREENDIMENTO............................................................4
2.1.1 Produtos e Serviços..........................................................................................................4
2.1.2 Localização.......................................................................................................................5
2.2 EQUIPE EMPREENDEDORA............................................................................................5
2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL..................................................................................6
2.4 ESTRUTURA FUNCIONAL ..............................................................................................6
2.5 ESTRUTURA LEGAL.........................................................................................................7
2.6 MANUTENÇÃO E REGISTROS .......................................................................................7
2.7 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA (VER SE VAI PARA PRÓXIMA PÁGINA).....................8
3 PLANO ESTRATÉGICO.....................................................................................................9
3.1 O NEGÓCIO ........................................................................................................................9
3.2 MISSÃO...............................................................................................................................9
3.3 VISÃO..................................................................................................................................9
3.4 VALORES..........................................................................................................................10
3.5 FATORES CHAVE DE SUCESSO...................................................................................10
3.6 OBJETIVOS.......................................................................................................................10
3.7 METAS...............................................................................................................................11
3.8 ANÁLISE SWOT...............................................................................................................11
4 PLANO DE RECURSOS HUMANOS..............................................................................13
4.1 POLÍTICAS DE RECURSOS HUMANOS ......................................................................13
4.1.1 Programa de recrutamento e seleção...........................................................................13
4.1.2 Programa de treinamento e desenvolvimento.............................................................13
4.1.3 Processo de administração de pessoal..........................................................................14
4.1.4 Pesquisa de clima, cultura organizacional e avaliação de desempenho ...................14
4.1.5 Higiene e segurança no trabalho..................................................................................15
4.1.6 Políticas de responsabilidade socioambiental .............................................................15
5 PLANO DE MARKETING................................................................................................16
5.1 ANÁLISE MERCADOLÓGICA.......................................................................................16
5.1.1 Análise do setor..............................................................................................................16
5.1.2 Posicionamento ..............................................................................................................17
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ANÁLISE DA VIABILIDADE DA ABERTURA DE UMA EMPRESA PARA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS DE MAQUIAGEM POR MEIO DA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS

  • 1. FACULDADE MUNICIPAL DE PALHOÇA KAMILA LOHN ANÁLISE DA VIABILIDADE DA ABERTURA DE UMA EMPRESA PARA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS DE MAQUIAGEM POR MEIO DA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS PALHOÇA 2012
  • 2. KAMILA LOHN ANÁLISE DA VIABILIDADE DA ABERTURA DE UMA EMPRESA PARA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS DE MAQUIAGEM POR MEIO DA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS Trabalho de conclusão de curso apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado II, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração da Faculdade Municipal de Palhoça. Prof.ª orientadora de conteúdo: Renata Cavallazzi Zimmer, Msc. Prof.ª orientadora de metodologia: Lisiane Fabris Chiumento, Msc. PALHOÇA 2012
  • 3. Ficha catalográfica L832a Lohn, Kamila. Análise da viabilidade da abertura de uma empresa para comercialização de produtos de maquiagem por meio da elaboração de um plano de negócios / Kamila Lohn. – 2012. 138 f. : il. Monografia (Graduação em Administração) – Faculdade Municipal de Palhoça, 2012. Orientação: Profª. Renata Cavallazzi Zimmer, Msc. 1. Plano de negócios. 2. Empreendedorismo. 3. Administração. I. Título. CDD: 658.4012
  • 4. KAMILA LOHN ANÁLISE DA VIABILIDADE DA ABERTURA DE UMA EMPRESA PARA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS DE MAQUIAGEM POR MEIO DA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado e aprovado em sua forma final pela Coordenação de Estágios da Faculdade Municipal de Palhoça em 3 de dezembro de 2012. Profa. Mariah T. N. Pereira Apresentada à Banca Examinadora composta pelos membros: Profa. RENATA CAVALLAZZI ZIMMER Orientadora Profa. ROSANA ROSA SILVEIRA Membro Prof. FABIO HENRIQUE PEREIRA Membro
  • 5. Dedico este trabalho aos meus pais Luiz e Elise, meu irmão Gean, meu namorado Aryel, minha sogra Adriana e toda a minha família por todo apoio e incentivo.
  • 6. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a oportunidade de realizar um sonho, e ainda por me permitir conhecer pessoas maravilhosas, que levarei comigo o resto da vida. Agradeço também aos meus pais Luiz Carlos Lohn e Elise Rohling Lohn, meu irmão Gean Carlos Lohn, minha sogra Adriana da Rosa Liberato Sotero e a todos os meus familiares, por todo amor, carinho, dedicação e paciência que me deram e dão durante toda minha vida. São pessoas a quem serei eternamente grata e a quem tenho todo o amor do mundo. Agradeço também ao meu namorado Aryel Liberato Sotero pela paciência, ajuda, carinho, amor e por tudo que significa pra mim, obrigada por fazer meus dias mais felizes. E por fim, e não menos importante agradeço a minha professora orientadora Renata Cavallazzi Zimmer que me ensinou e auxiliou durante o semestre com imenso carinho e dedicação, a professora orientadora de metodologia Lisiane Fabris Chiumento que me auxiliou nos últimos momentos da correção desse trabalho, mas ainda assim, dedicou sua atenção e conhecimento para me ajudar e, portanto, sou muito grata.
  • 7. RESUMO O presente trabalho de conclusão de curso trata-se da aplicação da ferramenta plano de negócios com o objetivo de analisar a viabilidade de abertura de um novo negócio. Esta ferramenta proporcionará a futura empreendedora melhor visualizar o mercado, analisar seus concorrentes, assim como seus futuros clientes. Com isso poderá definir suas estratégias para sobreviver ao mercado competitivo. A pesquisa tem como objetivo geral analisar a viabilidade de uma loja de produtos de maquiagem no município de Palhoça. Para isso a acadêmica pesquisou nas literaturas existentes os temas a serem tratados neste estudo, como administração, empreendedorismo, plano de negócios, micro e pequenas empresas, varejo e estruturas de um plano de negócio. Como metodologias para realização do trabalho foram utilizados o método indutivo, pesquisas descritivas, bibliográficas, exploratória, documental, observação e a realização de uma pesquisa de mercado por meio de um questionário, a fim de identificar seus potenciais consumidores e suas principais necessidades. A abordagem do estudo foi quantitativa e qualitativa. O plano de negócios possibilita a acadêmica avaliar diversos aspectos da futura empresa, tratando assuntos de diferentes áreas, como recursos humanos, marketing, operacional e financeiro, e com base nestas análises e, principalmente, nos indicadores financeiros identificou-se que o negócio não é viável. Palavras-chave: Plano de negócios. Empreendedorismo. Administração.
  • 8. LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Quantidade de empreendimentos informais no Brasil por Estado..........................27 Tabela 2 – Quantidade de empreendimentos informais no Brasil por região ..........................28
  • 9. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................9 1.1 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................10 1.2 OBJETIVOS.......................................................................................................................10 1.2.1 Objetivo geral.................................................................................................................10 1.2.2 Objetivos específicos......................................................................................................10 1.3 JUSTIFICATIVA...............................................................................................................11 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO.......................................................................................11 2 REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................................13 2.1 ADMINISTRAÇÃO...........................................................................................................13 2.2 EMPREENDEDORISMO..................................................................................................21 2.3 MICRO E PEQUENA EMPRESA.....................................................................................24 2.4 VAREJO.............................................................................................................................29 2.5 PLANO DE NEGÓCIOS ...................................................................................................32 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .....................................................................39 4 DESCRIÇÃO DE ANÁLISE DE DADOS ........................................................................41 4.1 PLANO DE NEGÓCIOS DA EMPRESA MENINA VAIDOSA.....................................41 5 CONCLUSÃO......................................................................................................................42 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA......................................................................................44 APÊNDICE A – PLANO DE NEGÓCIOS ..........................................................................48 ANEXO A - DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE ...............................................48
  • 10. 9 1 INTRODUÇÃO Alguns fatores como, o avanço da tecnologia, o aumento da concorrência, consumidores cada vez mais exigentes e o frequente lançamento de novos produtos e serviços no mercado, fazem com que as empresas procurem estar mais preparadas para atuar e manter- se em um mercado altamente competitivo. Atualmente o Brasil passa por um momento economicamente favorável, de acordo com informações divulgadas pelo IBGE em sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), o varejo nacional cresceu 7,3% em janeiro de 2012 comparado com o mesmo mês do ano anterior. Desta forma, as empresas do segmento varejista encontram um mercado propício para investimentos, podendo resultar em elevado crescimento. Porém, com tantos fatores relacionados à tecnologia e inovação, percebe-se a dificuldade de manter-se vivo no mercado, ocasionando por muitas vezes a mortalidade das organizações. Partindo desse princípio, os empreendedores devem realizar uma análise do mercado como um todo, antes de proceder com a abertura de uma empresa. Cabe ressaltar que o empreendedor deve ter um perfil diferenciado, com segurança, visão ampla, capacidade de inovação, e comprometimento, para que possa competir com os seus concorrentes. Para auxiliar na identificação de seus fornecedores, potenciais clientes, produtos a serem oferecidos, e determinar os objetivos e resultados a serem alcançados pela empresa, se faz necessário o planejamento. O plano de negócio é uma ferramenta que tem o intuito de auxiliar os empreendedores a iniciar sua atividade econômica, descrevendo no papel os objetivos do negócio e quais as ações a serem tomadas para alcançar esses objetivos, ajudando a diminuir os riscos e as incertezas no processo de abertura e tomada de decisão. O mercado de cosméticos cresce mais de 10% ao ano e o Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de cosméticos do mundo, conforme os dados apresentados pela Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). Com relação a este mercado percebe-se que as pequenas empresas investem no setor da beleza, com novas tecnologias e produtos diferenciados. Com este estudo, pretende-se identificar a viabilidade da abertura da empresa Menina Vaidosa na região de Palhoça, utilizando a ferramenta de gestão, plano de negócios.
  • 11. 10 1.1 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA Ao surgir uma ideia empreendedora de abrir um negócio, deve-se analisar quais os riscos inerentes ao negócio. Ou seja, deve-se procurar uma ferramenta que contribuirá com esta análise. Uma das ferramentas utilizadas é o plano de negócios, que permite uma análise detalhada da organização. O estudo de viabilidade ajuda o empreendedor a identificar o melhor momento para começar, ampliar ou reestruturar a empresa e abrange etapas como análises internas e externas, informações que mostram para o empresário onde, como, quando e para quem oferecer seus produtos e serviços. Também analisa os setores de recursos humanos, financeiros e marketing, que auxiliam nas projeções de seu público-alvo, produtos e serviços a oferecer, e definição de preços, além de proporcionar uma visão ampla do empreendimento facilitando as tomadas de decisões. Face ao exposto, desenvolve-se o problema de pesquisa: qual a viabilidade de abertura de uma empresa especializada na venda de produtos de maquiagem no município de Palhoça? 1.2 OBJETIVOS Para a apresentação do presente trabalho foram delimitados os objetivos geral e específico, que serão a referência para o desenvolvimento do estudo. 1.2.1 Objetivo geral Analisar a viabilidade de abertura de uma empresa para a comercialização de produtos de maquiagem no município de Palhoça/SC. 1.2.2 Objetivos específicos a) Pesquisar na literatura o tema proposto; b) Identificar diferentes estruturas para elaboração de plano de negócios; c) Elaborar o plano de negócios.
  • 12. 11 1.3 JUSTIFICATIVA Muitas empresas fecham suas portas por causa da falta planejamento. O plano de negócios é uma ferramenta que visa minimizar os erros e aperfeiçoar as potencialidades e oportunidades de uma empresa. Para a acadêmica, o estudo torna-se importante para colocar em práticas os conceitos e teorias aprendidas no decorrer do curso de graduação. Desta forma a acadêmica realizará a análise da viabilidade da abertura da empresa, por meio do plano de negócios, trazendo à empresa e ao empreendedor uma visão ampla da implantação de um novo negócio. Para a sociedade este estudo contribuirá em longo prazo, com o desenvolvimento da competitividade e geração de empregos, movimentando a economia local. Ressalta-se, ainda, que este estudo poderá servir como base para trabalhos dos futuros acadêmicos que possam vir a se interessar pelo conteúdo apresentado, o que poderá acontecer a partir do momento que o estudo ficar disponível na biblioteca da Faculdade. 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO Com relação à estrutura do trabalho de conclusão de curso, desenvolveram-se as seguintes etapas. No primeiro capítulo apresenta-se a introdução do trabalho, contemplando tema e problema de pesquisa, objetivos, geral e específico, justificativa e a própria estrutura do trabalho. No segundo capítulo apresenta-se a revisão de literatura que abordou temas específicos, como: administração, funções e habilidades do administrador, empreendedorismo, perfil do empreendedor, micro e pequena empresa, varejo, plano de negócios e metodologia de plano de negócios. No terceiro capítulo destacam-se os procedimentos metodológicos que auxiliaram na elaboração do trabalho, descrevendo as técnicas de pesquisa e o instrumento de coleta de dados. No quarto capítulo apresenta-se a descrição e análise dos dados, onde a acadêmica faz a indicação do plano de negócios no apêndice A deste estudo, com estrutura e paginação diferenciadas.
  • 13. 12 No quinto capítulo encontra-se a conclusão do trabalho que conterá a análise da viabilidade de abertura da empresa. Por fim, apresentam-se as referências, os apêndices e anexos do trabalho.
  • 14. 13 2 REVISÃO DE LITERATURA Neste capítulo serão abordados, de forma teórica, assuntos referentes ao tema de administração, empreendedorismo, micro e pequena empresa, varejo e plano de negócios. Os conceitos têm como base a visão de autores renomados. 2.1 ADMINISTRAÇÃO A administração é uma importante área da atividade humana que se aplica a diversos tipos e tamanhos de organizações. Desta forma serão mostrados os principais acontecimentos da evolução histórica da administração, assim como os conceitos relacionados a esta área. Sob o ponto de vista de Nogueira (2007), há um período denominado pré- administração, o qual se divide em três grandes períodos: Antiguidade (fase das primeiras comunidades, civilizações e impérios, onde se inicia o modo de produção e atividades baseadas na mão de obra escrava); Era servil e artesanal (fase onde ocorre a queda do império, principalmente o Romano, e a substituição do trabalho escravo pelo servil e artesanal) e a Época de formação do capitalismo industrial (fase em que abrange a crise do regime feudal, a expansão das atividades comerciais, a primeira Revolução Industrial e seus desdobramentos); e somente na passagem da primeira para a segunda Revolução Industrial surge a administração. Stoner e Freeman (1999, p. 4) afirmam que administração é o “processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar objetivos estabelecidos”. Ou seja, o autor afirma que os administradores estão alocados nas organizações com o intuito de ajudá-las a alcançar seus objetivos. Em concordância com Stoner e Freeman, Maximiano (2010) complementa dizendo que a administração é um processo no qual há necessidade de tomar decisões sobre os objetivos e a utilização de recursos. Pois, se uma administração não for eficaz é provável que a empresa fracasse. Neste contexto, administrar uma organização corresponde ao processo de trabalhar com as pessoas e com os recursos que a integram, tornando possível o alcance dos seus objetivos. Ou seja, implica tomar decisões e realizar ações, visando aproveitar da melhor forma as circunstâncias externas, usando de forma eficiente os recursos disponíveis para fazê- la crescer (JACOBSEN; JUNIOR; NETO, 2006).
  • 15. 14 Corroborando com o pensamento destes autores, Freitas (1998) ressalta a importância das pessoas para as instituições, onde são as pessoas que procuram alcançar determinados propósitos das organizações. Ainda assim, estes propósitos são atingidos por meio da definição dos objetivos, das alocações dos recursos e das escolhas das melhores opções. Desta forma, constitui-se o chamado tripé fundamental da administração, composto pelos objetivos, recursos e decisões. Entretanto, Andrade e Amboni (2009), abordam a administração como ciência, arte e profissão. Como ciência argumenta que a administração lida com fenômenos complexos sobre os quais o administrador tem pouco conhecimento, pois por não ser uma ciência exata precisa tomar decisões com base em informações incontroláveis, devido aos limites cognitivos de racionalidade e por serem os negócios altamente mutáveis e circunstanciais. É considerada uma arte no momento em que proporciona o desenvolvimento de habilidades conceituais, humanas, técnicas, comportamentais, atitudinais, políticas, organizacionais e de planejamento, visando ao aprimoramento contínuo das práticas da administração e gestão. Quanto à administração como profissão, o autor cita que no Brasil surgiu com o decorrer da evolução do processo de industrialização, e um dos motivos citados foi a necessidade de procedimentos administrativos no setor público, entre outros. Como já citado anteriormente por Nogueira, a administração surge após a Revolução Industrial, e assim Freitas (1998) ressalta que em 1780, a Revolução Industrial desencadeada pela Inglaterra, causou no mundo uma profunda transformação socioeconômica. As máquinas substituíram as atividades artesanais, devido a isso, houve um processo de divisão do trabalho com o propósito de aumentar a produção e intensificar a relação comercial. Face a isto, a Revolução Industrial marcou o início de um grande avanço para a administração. Desta forma, no início do século XX surgiram os pioneiros da racionalização, que possuíam pensamentos semelhantes e ficaram conhecidos como os fundadores das Escolas de Administração (MAXIMIANO, 2010; MOTTA; VASCONCELLOS, 2010). O engenheiro e economista americano Frederick Winslow Taylor (1856-1915), desenvolveu um método de planejamento e controle dos tempos e movimentos no trabalho, denominado Administração Científica (ANDRADE; AMBONI, 2009). Stoner e Freemann (1999) definem a teoria da administração científica como a abordagem à administração, que buscava determinar cientificamente os melhores métodos para a realização de qualquer tarefa e para selecionar, treinar, e motivar os trabalhadores. Andrade e Amboni (2009, p. 52) explicam o conceito da Administração científica,
  • 16. 15 [...] é uma abordagem de baixo para cima (do operário para o supervisor e gerente) e das partes (operários e seus cargos) para o todo (organização empresarial), [...] a atenção para o método de trabalho, para os movimentos necessários à execução de uma tarefa, para o tempo padrão determinado para sua realização. Com base nesses conceitos de administração científica, pode-se dizer que Taylor entendia que o sucesso de cada funcionário fabril está diretamente relacionado ao sucesso da organização. Após as teorias de Taylor surgiram seguidores que aprimoraram os seus conceitos. O casal Frank e Lillian Gilbreth, em 1912, preocupou-se em minimizar a fadiga, e para tanto propuseram, a redução de horas diárias de trabalho, a implantação ou aumento de dias de descanso remunerado e o redesenho do ambiente de trabalho. Henry Gantt criou um gráfico com o intuito de auxiliar o acompanhamento e controle diário dos fluxos de produção. Hugo Munsterberg aproveitou seus conhecimentos em psicologia industrial, para empregar e criar os primeiros testes psicológicos de seleção de pessoal. Henry Ford teve uma grande participação no mercado automobilístico, popularizando os automóveis por meio de três princípios: intensificação (minimizar o tempo da produção), economicidade (minimizar o nível de estoques) e, produtividade (especialização do trabalhador) (ANDRADE; AMBONI, 2009). Diante do exposto percebe-se que a administração científica se preocupava com o aumento do trabalho individual e da produtividade da fábrica. Ao contrário de Taylor, o engenheiro de minas, Jules Henri Fayol (1841-1925), sistematizou a Teoria Clássica da administração. Essa por sua vez, surgiu da necessidade de pensar na organização como um todo e não apenas nas funções organizacionais, conforme Taylor se preocupava. (STONER; FREEMANN, 1994) Sendo assim, Fayol dividiu as organizacionais em seis grupos de atividades distintas, porém inter-relacionadas, sendo elas: Técnica (produção e fabricação de produtos); Comercial (compra, venda e troca de matéria-prima e produtos); Financeira (aquisição e uso de capital); Segurança (proteção dos empregados e da propriedade); Contábil (controle e registro das despesas organizacionais); e Administração (integração de todas as operações). Após a divisão das atividades organizacionais, Fayol considerou dentre elas, a administração como a mais importante. Por este motivo, definiu as funções administrativas, conforme Maximiano (2010): a) Planejamento (previsão): avaliar o cenário futuro e definir um plano de ação a médio e longo prazo para alcançarem determinados objetivos;
  • 17. 16 b) Organização: dispor de uma estrutura material e humana para que a empresa possa executar os planos previstos; c) Comando: consiste em manter e dirigir o pessoal em atividade; d) Coordenação: harmonizar todas as atividades e esforços de toda a empresa; e) Controle: cuidar para que tudo ocorra conforme o definido e planejado. Portanto, após a apresentação das divisões e subdivisões das atividades organizacionais, cabe ressaltar os quatorzes princípios de administração, apresentados por Silva (2008) e elaborados pelo pai da administração clássica, em sua teoria: a) Divisão do trabalho: propõe a especialização do trabalho, para melhor utilização dos recursos humanos; b) Autoridade e responsabilidade: autoridade corresponde ao direito de mandar e o poder de obedece e a responsabilidade diz respeito à sanção; c) Disciplina: necessidade de esforço comum de todos os trabalhadores, de forma ordenada; d) Unidade de comando: cada trabalhador deve receber ordens de apenas um superior, evitando conflitos; e) Unidade de direção: a organização deve seguir uma direção comum com um objetivo comum; f) Subordinação: os interesses de uma pessoa ou grupo não devem prevalecer sobre o interesse da organização; g) Remuneração: avaliar modos diferentes de pagamento, além de este ser justo; h) Centralização: a autoridade deve estar no topo da hierarquia; i) Cadeia escalar: os níveis de administração inferiores devem manter o topo da hierarquia informada das suas atividades de trabalho; j) Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar; k) Equidade: todos devem ser tratados com igualdade; l) Estabilidade do pessoal: retenção dos trabalhadores mais produtivos; m) Iniciativa: os administradores devem encorajar as iniciativas dos trabalhadores; n) Espírito em equipe: desenvolver a harmonia e boa vontade entre os empregados; Portanto, a partir das definições apresentadas, nota-se que a teoria da administração clássica tem o enfoque na estrutura da organização.
  • 18. 17 A próxima teoria, no entanto, volta-se para a construção e projeção de um sistema administrativo baseado nos tipos de relacionamentos humanos necessários para o aumento da produtividade. Essa teoria, denominada burocrática, originou-se na Europa no início do século XX, como alternativa às teorias já conhecidas, porém com um diferencial, baseou-se na ciência política, no direito e na sociologia. O estudo sistemático da burocracia foi efetuado por Maximilian Karl Emil Weber (1864-1920), conhecido como Max Weber e renomado sociólogo alemão (SILVA, 2008). Max Weber percebeu que as organizações estavam crescendo e tornando-se complexas, desta forma observou que todas as atividades administrativas são baseadas em papéis e documentos movimentados em sequências contínuas entre os setores da organização, principalmente na administração pública. Sendo assim, ressaltou a necessidade de um modelo de organização racional que abrangesse suas variáveis e o comportamento dos participantes aplicáveis a todas as áreas da empresa, assim como as fábricas. (SILVA, 2008) Caravantes, Panno e Kloeckner (2005) e Freitas (1998) demonstram que os estudos de Weber procuravam estabelecer estrutura, estabilidade e ordem às organizações por meio de uma hierarquia integrada de atividades especializadas, definidas por regras sistemáticas. Deste modo, Weber distinguiu três tipos básicos de autoridade usados para classificar as organizações. a) Autoridade tradicional: exercida e apoiada nos costumes ou práticas passadas, tradições e crenças herdadas, ou seja, a sua fraqueza é a fonte de autoridade estar ligada ao passado. b) Autoridade carismática: poder baseado em um caráter exemplar específico, uma personalidade de liderança, ou seja, a sua fraqueza é que a fonte de autoridade não provê ou prevê uma base para sucessão. c) Autoridade racional-legal: exercida de acordo com um conjunto de regras e normas estabelecidas para atingir objetivos específicos, legitimando as ações de poder de uma pessoa que assume um determinado cargo que permite emitir ordens. Com base nessas afirmações, a burocracia foi estabelecida para tornar o trabalho mais eficiente, pois cada colaborador teria suas atividades definidas, assim como o modelo de como executá-las e a integração com as demais áreas da empresa (SILVA, 2008). A partir dos estudos com ênfase na tarefa (Taylor), na estrutura (Fayol) e na autoridade (Weber), desencadearam-se transformações, nas quais foram transferida ênfase
  • 19. 18 para as pessoas, que fazem parte da organização. Isso ocorreu durante a primeira metade do século XX, quando surge a Escola das Relações Humanas, movimento construído com base na Teoria Clássica (SILVA, 2008). Elton Mayo (1880-1949), o pai da teoria das relações humanas, era psicólogo e ficou conhecido por liderar estudos relacionados ao comportamento humano nas organizações (CARAVANTES; PANNO; KLOECKNER, 2005). Mayo desenvolveu quatro estudos sobre o comportamento humano entre 1923 e 1944, dentre estes o que teve maior destaque foi o realizado na fábrica Western Electric Company, no bairro de Hawthorne, em Chicago, Illinois (SILVA, 2008). O estudo de Hawthorne começou como uma tentativa de investigar a relação entre o nível de iluminação no local de trabalho e a produtividade dos operários. O processo aconteceu da seguinte forma, os pesquisadores dividiram os operários em dois grupos. O primeiro denominado grupo de testes era submetido a condições diferentes de iluminação e o segundo denominado grupo de controle permanecia com a iluminação constante. O resultado alcançado foi que em ambos os grupos a tendência era o aumento da produtividade. Desta forma, Mayo percebeu que havia um ou mais fatores além da iluminação que influenciava na produtividade dos empregados (STONER; FREEMAN, 1999). Os resultados interpretados por Mayo na pesquisa resultou no chamado, efeito Hawthorne, que Stoner e Freeman (1999) abordam como a “possibilidade de trabalhadores que recebam atenção especial apresentarem um desempenho melhor simplesmente por terem recebido essa atenção [...]”. Motta e Vasconcelos (2010) complementam, a produtividade dos trabalhadores era determinada por padrões e comportamentos informais estabelecidos pelo grupo de trabalho. Esses padrões e normas informais são influenciados por elementos trazidos de sua cultura e hábitos próprios, que refletem características de sua socialização. E quando isso não existe ou há um conflito, a tendência era diminuir a produtividade. Como consequência das pesquisas realizadas por Elton Mayo, e sua conclusão enfatizando a dimensão comportamental e a importância às atitudes dos administradores sob seus funcionários para o melhor desempenho na empresa, surgiram outros pensadores que compõem a Teoria ou Escola Comportamentalista. O psicólogo Abraham Maslow (1908- 1970) desenvolveu estudos sobre a motivação, mas voltado para a personalidade e desenvolvimento humano, independente das preocupações com a eficiência organizacional (MOTTA; VASCONCELOS, 2010). O modelo apresentado por Maslow define o comportamento humano de acordo com suas necessidades, dividindo-as em níveis hierárquicos, que pode ser demonstrado por meio de uma pirâmide. Em ordem de complexidade, as primeiras são as necessidades básicas, ou
  • 20. 19 seja, essenciais à fisiologia e segurança do ser humano, como: abrigo, comida, dinheiro, plano de saúde e benefícios. Em seguida, as necessidades sociais que correspondem à inserção em grupos informais e aceitação da sociedade. E, por último as necessidades mais complexas, as de autoestima e auto-realização, que correspondem ao ego do indivíduo (FREITAS, 1998; MOTTA; VASCONCELOS, 2010). A teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg (1923-2000) defende um modelo motivacional fundamentado em fatores extrínsecos e intrínsecos, denominados fatores de higiene e fatores de motivação. Os fatores higiênicos correspondem ao ambiente de trabalho, como a infraestrutura do ambiente, modelo de gestão, salários de mercado, benefícios, entre outros. Os fatores de motivação referem-se às necessidades de autoestima e auto-realização, como plano de carreira, treinamentos, autonomia, etc. (FREITAS, 1998; MOTTA; VASCONCELOS, 2010; SILVA, 2008). Caravantes, Panno e Kloeckner (2005) destacam Douglas McGregor (1906-1964) com seus conceitos relativos à teoria X e Y e suas contribuições com o campo de Desenvolvimento Organizacional como um dos expoentes da teoria Comportamental. Sua teoria engloba estilos opostos e antagônicos, segundo a teoria X, o ser humano médio é, por natureza, avesso ao trabalho. Já a teoria Y, conduz a criação de um ambiente que encoraje o comprometimento. Motta e Vasconcelos (2010) esclarecem que na teoria X, as pessoas são preguiçosas e indolentes, tendem a evitar o trabalho, evitam a responsabilidade para se sentir seguras e são ingênuas e sem iniciativa. Entretanto, na teoria Y, as pessoas gostam do trabalho que exercem e são esforçadas e dedicadas, consideram o trabalho como algo natural a ser realizado, podem se controlar e assumir responsabilidades, são criativas e competentes. O sociólogo organizacional Amitai Etzioni (1929-) é o principal nome do Estruturalismo, ele julgou as escolas Clássica, Científica, Burocrática e das Relações Humanas, como insatisfatórias, formulando uma síntese do que considerava válido. O estruturalismo estuda as organizações levando em conta todos os fatores internos e externos, submetendo a empresa a uma análise comparativa e global. (SILVA, 2008). Caravantes, Panno e Kloeckner (2005) relatam que a abordagem estruturalista tem o intuito de englobar aspectos importantes da Abordagem Clássica e aspectos relevantes da Escola de Relações Humanas. O estruturalismo é uma teoria de transição e mudança que visava sintetizar as proposições válidas das correntes administrativas até então existentes, [...] a contribuição maior do estruturalismo é no que se refere à interdependência dos
  • 21. 20 elementos internos e externos que influenciam o funcionamento das organizações (SILVA, 2008, p. 265). A Teoria Geral de Sistemas (TGS) foi desenvolvida pelo cientista alemão Ludwing von Bertalanffy (1901-1972) após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1950, com o intuito de divulgar os conceitos de sistemas abertos em diversas disciplinas, como química-física, cinemática e termodinâmica (SILVA, 2008). Sobral e Peci (2012) afirmam que a teoria do sistema possui uma visão ampla e complexa da organização, pois conciliam as visões internas e externas. Além de considerar a organização como um sistema unificado e direcionado, constituídos por partes ou sistemas inter-relacionados, também a considera parte de um sistema maior, o ambiente externo. O sistema aberto é um ciclo onde inicia com os insumos, recursos materiais, humanos, financeiros e tecnológicos (entradas, inputs), que serão processados (throughput) e transformados em produtos (saídas, output). Em seguida, os produtos serão colocados no ambiente externo de modo que sejam consumidos, e por fim o processo de retroalimentação (feedback), deverá medir o impacto do produto, de modo que se mantenha ou altere seu desempenho no próximo ciclo (CARAVANTES; PANNO; KLOECKNER, 2005). A última teoria apresentada, a abordagem contingencial, surgiu no início da década de 1960, baseada nas ideias da teoria de sistemas. Neste período, muitas empresas multinacionais e de organizações cada vez mais complexa em termos de tamanho, tecnologia, estratégia e estrutura se consolidaram economicamente (SOBRAL; PECI, 2012). Para Stoner e Freeman (1994, p. 35), a abordagem contingencial atua como “concepção de que a técnica de administração que melhor contribui para o alcance dos objetivos organizacionais pode variar em situações ou circunstâncias diferentes”. Freitas (1998) contempla que foram realizadas pesquisas nas organizações com o intuito de compreender a influência do meio ambiente nas organizações e como os princípios básicos das teorias administrativas eram aplicáveis em experiências gerenciais reais. A perspectiva contingencial considera que não há nada correto, que tudo depende e tudo é relativo. Milhares de organizações diferentes e as variáveis do ambiente direto e indireto atuam como fatores impulsionadores para a modificação dos processos, da estratégia, da estrutura e da tecnologia (ANDRADE; AMBONI, 2009; SOBRAL; PECI, 2012). Resumindo toda contextualização da administração, pode-se afirmar que, a partir das teorias supracitadas neste capítulo, alguns conceitos administrativos predominaram em determinados períodos do século XX, devido aos contextos sociopolíticos, culturais, de
  • 22. 21 desenvolvimento e consolidação do capitalismo, de desenvolvimento tecnológico, entre outros. Além disso, observa-se que os conceitos que se destacaram foram: no início do século, o movimento da racionalização do trabalho; na década de 1930, o movimento das relações humanas; nas décadas de 1940 e 50, o movimento do funcionalismo estrutural; na década de 1960, o movimento dos sistemas abertos; na década de 1970, o movimento das contingências ambientais. Porém, nesse momento não há um movimento predominante, mas acredita-se que o empreendedorismo será o precursor de um novo movimento, pois está cada vez mais se solidificando e alterando o modo de se fazer negócios no mundo (DORNELAS, 2001). A seguir será apresentada a história do empreendedorismo e uma explicação da sua importância para toda sociedade. 2.2 EMPREENDEDORISMO Considerando o fato de que os produtos e serviços tornam-se obsoletos com rapidez, deve-se ter a preocupação com os fatores foco e inovação, de forma que as empresas se mantenham competitivas no mercado. A palavra empreendedor deriva da palavra francesa entrepreneur, que significa, aquele que assume riscos e começa algo novo (HISRICH; PETERS, 2004; DORNELLAS, 2001). Porém se faz necessário uma análise histórica para entender melhor o desenvolvimento das teorias do empreendedorismo. Conforme o entendimento dos autores Hisrich e Peters (2004) e Dornellas (2001), o primeiro uso do termo empreendedor foi creditado para Marco Polo, que tentou estabelecer a criação das rotas comerciais para o Extremo Oriente. Em seguida, na Idade Média, o termo empreendedor foi usado para definir as pessoas que gerenciavam grandes projetos de produção, mas não assumia grandes riscos, apenas gerenciavam os projetos com os recursos disponíveis. No século XVII, a relação entre assumir riscos e empreender começa a gerar indícios, pois nesta época, o empreendedor estabelece um acordo contratual com o governo para fornecer produtos ou serviços. No século XVIII, o empreendedor foi diferenciado do fornecedor de capital, devido ao início da industrialização. Por fim, nos séculos XIX e XX, os empreendedores eram confundidos com os gerentes e administradores. Sendo assim, cabe afirmar que todo empreendedor deve ser um bom administrador, mas nem todo administrador é um bom empreendedor. Pois o empreendedor possui características e atitudes que o diferenciam do administrador.
  • 23. 22 Dornellas (2001) afirma que o empreendedorismo no Brasil, tomou forças na década de 1990, quando entidades como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software), foram criadas. Pois antes disso, não se falava em criação de novas empresas e empreendedorismo. O [...] empreendedorismo tem atraído maior interesse nos últimos anos, principalmente em virtude da sua forte relação com o desenvolvimento regional. Com intuito de promover o comportamento empreendedor, unem-se governos, instituições de ensino e afins; investindo esforços e grandes quantidades de recursos financeiros. Além do empenho no desenvolvimento do perfil empreendedor, com foco no indivíduo, mecanismos de suporte à empresa nascente são colocados à disposição de quem deseja abrir seu próprio negócio. Estes mecanismos estes abrangem desde linhas de crédito e incubadoras tecnológicas, até consultorias subsidiadas e eventos para a promoção de redes de negócios (SCHIMIDT; BOHNENBERGER, 2009, p. 452). O SEBRAE é um desses órgãos, que busca junto aos pequenos empresários todo o suporte que precisa para iniciar sua empresa, assim como consultorias para resolver problemas pontuais de seu negócio. Após abordar a história do empreendedorismo, cabe descrever alguns conceitos (DORNELLAS, 2001). Segundo Hisrich e Peters (2004, p. 29) “empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal”. Desta forma, o empreendedor é o indivíduo que se arrisca e dá início a algo novo. Complementando esse conceito, Arantes, Halicki e Stadler (2011) afirmam que o empreendedorismo refere-se às qualificações de um indivíduo, o qual de uma forma inovadora e especial se dedica a atividades. Estas atividades podem ser uma atividade iniciante ou um inovador que concretiza um sonho, ou podem ser uma organização, que, denomina-se intraempreendedor. O empreendedor, com sua forma de agir e lutar por seus objetivos, inova e modifica em qualquer área do conhecimento uma prática ou uma forma de iniciar um negócio. “A concepção de um empreendimento, por vezes, nasce de habilidades, gosto e outras características pessoais, até mesmo por pessoas que não tiveram experiência com o ramo, inovando ou criando novas formas de negócio” (BERNARDI, 2003, p. 63). Bernardi (2003) apresenta cinco formas de concretizar as ideias de empreender, sendo elas: montagem de um novo empreendimento; compra de uma empresa em funcionamento; sociedade em um novo empreendimento; sociedade em um empreendimento
  • 24. 23 em funcionamento; e aquisição de uma franquia. A última opção é muito utilizada, pois quando não se conhece o ramo, economiza-se em etapas e estudos, além de diminuir os riscos. Como citado anteriormente, os empreendedores possuem características diferenciadas e diversos estudos têm buscado identificar os traços de personalidades relacionados ao espírito empreendedor, são estes que serão apresentados a seguir. Na visão de Dornelas (2001), o empreendedor de sucesso, além dos atributos do administrador, deve possuir características extras, como: a) Ter visão ampla voltada para o futuro e ter habilidade de implementar sonhos; b) Tomar decisões corretas e implementar as ações rapidamente; c) Saber agregar valor aos serviços e produtos que disponibilizam no mercado; d) Identificar oportunidades, sendo atento as informações; e) Ser determinado e manter-se dinâmico; f) Ser dedicado ao seu trabalho; g) Ser otimista e apaixonado pelo que faz; h) Ser independente e construir seu próprio destino; i) Acreditar que o dinheiro é consequência do sucesso dos negócios; j) Ter um senso de liderança comum; k) Saber construir uma rede de relacionamento com clientes, fornecedores e colaboradores; l) Ser organizado; m) Planejar cada passo de seu negócio. A este propósito, Maximiano (2012) cita a criatividade e capacidade de implementação, disposição para assumir riscos, perseverança e otimismo, e senso de independência, como as personalidades dos empreendedores. Neste sentido, Pedroso, Massukado-Nakatani e Mussi (2009, p. 109) ressaltam que, o empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos e que mantém alto nível de consciência do ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades de negócios. Um empreendedor que continua a aprender a respeito de possíveis oportunidades de negócios e a tomar decisões moderadamente arriscadas que objetivam a inovação, continuará a desempenhar um papel empreendedor. Deste modo, Bernardi (2003) destaca um perfil característico e típico de personalidade do empreendedor, compostos por: senso de oportunidade; dominância;
  • 25. 24 agressividade e energia para realizar; autoconfiança; otimismo; dinamismo; independência; persistência. Flexibilidade e resistência a frustrações; criatividade; propensão ao risco; liderança carismática; habilidade de equilibrar “sonho” e realização; e habilidade de relacionamento. Barros e Pereira (2008, p. 976) sustentam que “o empreendedorismo dos pequenos negócios é quase unanimemente visto como benéfico para a vida econômica e social de países e regiões”. A partir do sonho de abrir um negócio, cabe ao empreendedor analisar qual a finalidade e objetivo da sua empresa. Pois, existem leis e conceitos que definem as classificações das empresas, estes, serão apresentados a seguir, com destaque para as micro e pequenas empresas. 2.3 MICRO E PEQUENA EMPRESA Abrir e gerir uma empresa exige do empreendedor um conjunto de habilidades e conhecimentos. É preciso entender o mercado, o público que se deseja atingir e planejar bem o negócio. Para tanto, cabe definir o conceito de empresa e suas classificações. Arantes (2011, p. 78) define a “empresa é uma atividade particular, pública ou de economia mista, que tem a finalidade de produzir e oferecer bens e serviços, com o objetivo de atender às necessidades humanas”. Há muitos padrões diferentes para definir uma pequena empresa em questão de tamanho, ou seja, uma empresa pode ser considerada pequena ou grande, se comparada com uma grande ou pequena, respectivamente. Portanto, alguns critérios podem ser usados para medir seu tamanho, como por exemplo, o número de empregados, o valor dos ativos, volume de vendas ou o faturamento anual (LONGENECKER; MOORE; PETTY, 1997). Nesse sentido, Arantes (2011) sustenta que as empresas individuais ou coletivas, e de acordo com o seu ramo de atividades, são classificadas em: empresas industriais, empresas comerciais, e empresas de prestação de serviços. Com relação às categorias das empresas, elas podem ser classificadas pelo setor econômico (primário, secundário e terciário), pelo número de proprietários (individual, de responsabilidade limitada ou sociedade econômica), pelo tamanho (micro, pequena, média ou grande empresa) e pelo fim (fins lucrativos ou não lucrativos). Percebe-se um alto grau de importância da microempresa não apenas no setor financeiro, mas também no setor social de uma população, dada a movimentação política e
  • 26. 25 social percebida pelo destaque a este segmento, observado na preocupação com a sua classificação ao longo da história (RAMOS; CARVALHO; CUNHA, 2006). A esse respeito, o Decreto nº. 5.028, de 31 de março de 2004, altera os valores dos limites fixados nos incisos I e II do art. 2º da Lei nº 9.841 de 5 de outubro de 1999, que instituiu o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Sendo assim, os incisos I e II do referido Decreto determinam os seguintes valores, I - microempresa, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$433.755,14 (quatrocentos e trinta e três mil, setecentos e cinqüenta e cinco reais e quatorze centavos); II - empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que, não enquadrada como microempresa, tiver receita bruta anual superior a R$433.755,14 (quatrocentos e trinta e três mil, setecentos e cinqüenta e cinco reais e quatorze centavos) e igual ou inferior a R$2.133.222,00 (dois milhões, cento e trinta e três mil, duzentos e vinte e dois reais) (BRASIL, 2004, grifo nosso). O Simples Nacional, regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011, editada em complemento à Lei nº 11.196, de 2005, ampliou os limites de enquadramento das microempresas e das empresas de pequeno porte, porém não especifica as faixas intermediárias e as respectivas alíquotas, necessárias para o cálculo dos tributos devido. Desta forma, os referidos limites passaram de R$180 mil e R$1.800.000,00 para R$360 mil e R$3.600.000,00, respectivamente (RECEITA FEDERAL, 2011). Art. 3o Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). (BRASIL, 2011, grifo nosso). Além dos critérios supracitados, o SEBRAE apresenta o conceito de número de funcionários nas empresas, dividido por setores, de acordo com os seguintes números: a) Microempresa: a. Na indústria e construção: até 19 funcionários. b. No comércio e serviços, até 09 funcionários.
  • 27. 26 b) Pequena empresa: a. Na indústria e construção: de 20 a 99 funcionários. b. No comércio e serviços, de 10 a 49 funcionários. O SEBRAE ressalta ainda alguns artigos da Constituição Federal de 1988 que contêm os marcos legais que fundamentam as medidas e ações de apoio às micro e pequenas empresas no Brasil. Dentre eles, o artigo 170, 179 e 146 que insere as MPEs nos princípios gerais da ordem econômica; orienta as administrações públicas a dispensar tratamento jurídico diferenciado ao segmento; define o tratamento diferenciado e favorecido para as MPEs, incluindo um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos estados e dos municípios, além de um cadastro unificado de identificação. Os critérios apresentados em forma de leis, decretos, medidas provisórias e conceitos para classificação das empresas constituem um importante fator de apoio às micro e pequenas empresas, permitindo que estabelecimentos dentro dos limites instituídos possam usufruir os benefícios e incentivos previstos nas legislações. Uma pesquisa realizada pelo SEBRAE divulgou, em outubro de 2011, a taxa de sobrevivência e mortalidade das micro e pequenas empresas no Brasil, referente aos anos de 2005 e 2006. Na média nacional, a taxa de sobrevivência das empresas constituídas em 2006 foi de 73,1%, nível superior ao verificado nas empresas constituídas em 2005 (71,9%). Considerando a divisão dos setores, a taxa de sobrevivência para as empresas constituídas em 2006, foi maior para as empresas industriais (75,1%), seguido pelo comércio (74,1%), serviços (71,7%) e construção civil (66,2%). Analisou-se ainda a taxa de sobrevivência por regiões, onde o sudeste é a região que apresentou a maior taxa (76,4%), seguida pela região sul (71,7%), nordeste (69,1%), centro-oeste (68,3%) e norte (66%). Na visão de Donato, Pinho e Junior (2011, p. 9) “a sobrevivência das empresas se trata de um problema muito complexo, influenciado concomitantemente por variáveis relativas às condições do empreendedor, da empresa e do ambiente econômico-social”. Luiz Barreto comenta a importância das micro e pequenas empresas e Empreendedores Individuais (EI) no Brasil. Pois, essas são responsáveis por mais da metade dos empregos com carteira assinada do Brasil. Portanto, a sobrevivência desses empreendimentos é condição indispensável para o desenvolvimento econômico do País (SEBRAE, 2011). O SEBRAE (2006), apresenta dados da quantidade de empreendimentos informais no Brasil em 2003, especificados por estados e regiões, conforme as tabelas 1 e 2.
  • 28. 27 Tabela 1 – Quantidade de empreendimentos informais no Brasil por Estado Estado Quantidade % São Paulo 2.581.820 24,98% Minas Gerais 1.049.774 10,16% Rio de Janeiro 863.435 8,35% Bahia 752.870 7,28% Rio Grande do Sul 701.447 6,79% Paraná 565.026 5,47% Pernambuco 565.598 5,47% Ceará 397.316 3,84% Pará 361.989 3,50% Goiás 292.978 2,83% Santa Catarina 258.736 2,50% Maranhão 254.397 2,46% Paraíba 202.817 1,96% Espírito Santo 170.112 1,65% Amazonas 166.099 1,61% Alagoas 162.288 1,57% Piauí 155.975 1,51% Rio Grande do Norte 136.503 1,32% Mato Grosso 135.523 1,31% Mato Grosso do Sul 131.903 1,28% Sergipe 104.789 1,01% Distrito Federal 95.720 0,93% Rondônia 76.456 0,74% Tocantins 73.880 0,71% Amapá 35.419 0,34% Acre 28.447 0,28% Roraima 14.647 0,14% Total 10.335.964 100,00% Fonte: Adaptado de SEBRAE (2006). A partir dos dados apresentados na tabela 1 percebe-se que grande parte dos empreendimentos informais no Brasil em 2003, correspondem aos estados de São Paulo (24,98%), Minas Gerais (10,16%) e Rio de Janeiro (8,35%), sendo que Santa Catarina ficou em 11º lugar com 2,50%. Em sequência, na tabela 2, são apresentados os dados por região, onde a maior quantidade de empreendimentos informais está concentrada nas regiões Sudeste (45,14%), Nordeste (26,44%) e Sul (14,76%), em seguida a região Norte (7,32%) e Centro- Oeste (6,35%).
  • 29. 28 Tabela 2 – Quantidade de empreendimentos informais no Brasil por região Região Quantidade % Sudeste 4.665.141 45,14% Nordeste 2.732.553 26,44% Sul 1.525.209 14,76% Norte 756.937 7,32% Centro-Oeste 656.124 6,35% Total 10.335.964 100,00% Fonte: Adaptado de SEBRAE (2006). Entende-se que esses dados foram um dos motivadores para a criação da Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008, que criou condições especiais para o trabalhador conhecido como informal se tornar um Empreendedor Individual legalizado. De acordo com o Portal do Empreendedor (2012) o Empreendedor Individual corresponde à pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Mas, existem algumas condições para se tornar um empreendedor individual, como, faturar no máximo até R$60.000,00 por ano, não ter participação em outra empresa como titular ou sócio e ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilitará a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais. Além disso, o Empreendedor Individual será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais, como o Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL (PORTAL DO EMPREENDEDOR, 2012). Sendo assim, o Portal do Empreendedor (2012) divulga que o EI pagará apenas o valor fixo mensal de R$32,10 (comércio ou indústria) ou R$36,10 (prestação de serviços), que será destinado à Previdência Social (R$31,10) e ao ICMS (R$1,00) ou ao ISS (R$5,00). Essas quantias são atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo. O Portal do Empreendedor (2012), lista alguns benefícios e facilidades para a formalização do seu negócio, como um Empreendedor Individual, conforme abaixo: a) Cobertura Previdenciária; b) Contratação de um funcionário com menor custo; c) Isenção de taxas para o registro da empresa; d) Ausência de burocracia;
  • 30. 29 e) Acesso aos serviços bancários, inclusive crédito; f) Compras e vendas em conjunto; g) Redução da carga tributária; h) Controle muito simplificados; i) Emissão de alvará pela internet; j) Cidadania; k) Mais fácil vender para o governo; l) Serviços gratuitos (contador); m) Apoio do técnico do SEBRAE no desenvolvimento do negócio; n) Possibilidade de crescimento, quanto empreendedor; o) Segurança jurídica; p) Salário-maternidade; q) Auxílio-acidente; r) Proteção da família com a pensão por morte e o auxílio-reclusão. Após a apresentação das leis e conceitos existentes para a abertura de uma empresa e suas classificações será apresentado o setor de varejo, pois as empresas são agrupadas em setores de acordo com as atividades que pretendem realizar para atender o seu público. 2.4 VAREJO O varejo é o assunto a ser abordado nesta seção, pois o estudo tem como objetivo analisar a viabilidade de abertura de uma loja de produtos de maquiagem na cidade de Palhoça, que pertence a este setor. A importância da atividade varejista no Brasil e o aumento da competição nessa atividade, fundamentado na capacidade das empresas, fizeram com que os pesquisadores do Centro de Excelência em Varejo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas criassem, em 2008, o Congresso Latino-Americano de Varejo. Essa iniciativa tem o intuito de encontrar respostas eficientes para problemas existentes na gestão empresarial e atualmente serve para pesquisadores e gestores criarem e apresentarem soluções, modelos e ferramentas confiáveis, robustos e válidos para melhorar a atuação das organizações. (BRITO; VIEIRA; ESPARTEL, 2011). Segundo Goughlan et al. (2012, p. 324), “varejo são as atividades envolvidas na venda de produtos e serviços a consumidores finais para consumo pessoal”.
  • 31. 30 E assim, muitas instituições, sejam fabricantes, atacadistas e varejistas, praticam o varejo. Mas, grande parte do varejo é praticada por varejistas, ou seja, empresas cujas vendas vêm primordialmente do varejo (KOTLER; ARMSTRONG, 2007). Portanto, Honorato (2004, p. 243) afirma que “o varejista é o intermediário que se dedica principalmente a vender para os consumidores finais”. Santos e Costa (2005) destacam que muitos ambientes varejistas optam por trabalhar em promover, não só o desenvolvimento econômico, mas também o social, com o objetivo de ampliar seus benefícios de atuação para com a sociedade. Goughlan et al. (2012) esclarecem que o posicionamento de mercado do varejista influencia em sua competitividade e desempenho. Desta forma, os varejistas podem escolher que produtos oferecerão aos seus consumidores ou focar em metas de giro de estoque e margens. No entanto, existe uma ampla variedade de empresas de varejo, ou seja, tipos diferentes de empresas onde os consumidores podem adquirir os produtos e serviços. Diante do exposto, Honorato (2004) apresenta os principais tipos de varejistas são: a) Lojas de departamentos: vendem várias linhas de produtos; b) Lojas de conveniências: lojas pequenas que convém ao consumidor a localização e horário de atendimento; c) Lojas especializadas: vendem uma única linha produto; d) Supermercados: lojas grandes que operam com baixo custo, pequena margem de lucro e grande quantidade e variedade de produtos de linhas diversificadas e) Superlojas: grandes lojas (aproximadamente 11 mil m²) que operam com preços baixos e mais itens que os supermercados, atuando com as linhas alimentícias e não alimentícias; f) Hipermercados: grandes lojas (aproximadamente 24 mil m²) que operam como lojas de descontos, supermercados e lojas de departamentos em um único ambiente; g) Lojas de descontos: lojas que visam a venda de preços, sem benefícios de entrega e embalagem de produtos; h) Ponta de estoques (off-price): lojas que oferecem preços baixos para produtos descontinuados; i) Showroom de catálogos: o consumidor consulta os produtos por meio de catálogos e realiza encomenda com seus representantes; j) Shopping centers: conjunto de lojas planejadas para atender os consumidores de
  • 32. 31 maneira ampla. Além dos tipos de varejos, há tipos de organizações de varejo, nas quais Kotler e Armstrong (2007) destacam: a) Redes corporativas: duas ou mais lojas de propriedade e controle comuns; b) Redes voluntárias: grupos de varejistas independentes patrocinados por um atacadista; c) Cooperativas de varejo: grupos de varejistas independentes que realizam esforços promocionais em conjunto; d) Organizações de franquia: associação contratual entre um fabricante atacadista (franqueador) e empresários que compram direitos operar uma ou mais unidade no mesmo sistema de franquia (franqueado); e) Conglomerados de merchandising: uma corporação de forma livre, mista de várias linhas de varejo agrupadas. Cabe ressaltar que o varejo sofre influência da globalização, a partir do momento que comércio eletrônico ou e-commerce começou a competir com os varejos comuns. Vieira (2010, p. 200) que a particularidade do comércio eletrônico corresponde à verificação da qualidade dos serviços. Em termos gerenciais, é essencial às organizações entenderem como os clientes avaliam a qualidade de uma compra on-line, quais fatores são mais proeminentes para o site e quais são as repercussões da qualidade sobre as intenções de compras futuras. Assim, um maior conhecimento dessas características pode gerar maiores chances de sucesso nas vendas no ambiente virtual. Ferreira e Serra (2004) afirmam que a internet pode assumir o papel de uma ferramenta empresarial com repercussões positivas nos negócios, bem como um mercado potencial em que há possibilidade de realizar transações. Em relação a tal aspecto, evidencia-se a preocupação dos profissionais de marketing, administradores, empreendedores entre outros, de planejar e manter-se no mercado concorrendo com este novo método de oferta de produtos e serviços aos consumidores. Convém, no entanto, descrever as ações a serem tomadas utilizando ferramentas para auxiliar a tomada de decisões. Desta forma, a seguir será apresentado o plano de negócios que visa o amplo conhecimento do negócio.
  • 33. 32 2.5 PLANO DE NEGÓCIOS Muitas pessoas começam seu empreendimento a partir do sonho de ser dono de seu próprio negócio. Logo, começam sem o planejamento prévio de dados importantes, que lhe ajudariam a ter sucesso e partem para a operacionalização. Porém, estudos demonstram que a área de conhecimento mais importante no primeiro ano de atividade de uma empresa é o planejamento. No Brasil, o uso do plano de negócios junto aos empreendedores brasileiros, iniciou através do programa Softex, criado na década de 1990. E com o Programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal e auxilio da explosão da internet no final de 1999 e início de 2000, o termo plano de negócios disseminou-se pelo país (DORNELAS, 2001). Desta forma, cabe conceituar o plano de negócios uma ferramenta de planejamento comum a quem pretende abrir um negócio. Plano de negócios é a definição clara, objetiva e por escrito, para um prazo de 05 anos, do que é o negócio e de sua viabilidade. Ele é composto pela descrição da missão, visão, valores, sistema de produção, metas de longo prazo, análise de viabilidade econômico-financeira e manual de recursos humanos (MACHADO; CASSOLI; SILVA, 2009, p. 406). Na visão de Wildauer (2011), o plano de negócios pode ser considerado um guia, útil para a obtenção de conhecimentos e concepção de um empreendimento. Brown (2011, p. 14) afirma que “um plano de negócios é uma programação de fatores agrupados para criar um futuro desejado”. Complementando, Salim et al (2005, p. 3) explicitam que o “plano de negócios é um documento que contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros”. Hisrich e Peters (2004) elucidam que o plano de negócio é um documento elaborado pelo empreendedor, em que são descritos todos os elementos internos e externos relevantes envolvidos no início de um novo empreendimento. A este propósito, Filho (2010, p. 110) conceitua o plano de negócios como: um documento que serve para direcionar as ações do empreendedor e, ao mesmo tempo, para ser apresentado a eventuais investigadores e/ou instituições financeiras interessados no negócio.
  • 34. 33 Wildauer (2011) vai além, e fundamenta que o plano de negócios é uma proposta de negócio para um mercado em forma de um documento textual. No plano deve estar claro que a visão do empreendedor, seu sonho, sobre seu produto ou serviço pode ter sucesso na atual conjuntura de mercado. Nesse contexto, o plano de negócios visa estruturar as principais ideias e opções que o empreendedor deve avaliar para decidir quanto à viabilidade da empresa a ser criada (SERTEK, 2011). Corroborando com o pensamento de Sertek, o SEBRAE (2012) acrescenta que o plano de negócio reúne informações sobre as características, condições e necessidades da sua empresa, com o objetivo de analisar sua potencialidade e sua viabilidade. Após a conceituação do plano de negócios, cabe ressaltar a importância e os benefícios do mesmo, pois sem um planejamento correto sobre as atividades e os recursos que um empreendimento necessita, no futuro e no presente, poucas serão as chances de um sonho de negócio se tornar realidade. Na compreensão de Bernardi (2010), um plano de negócios é um projeto específico, desenvolvido para produzir determinado resultado, envolvendo cinco etapas distintas: a) Ideia e concepção do negócio; b) Coleta, preparação de dados; c) Análise dos dados; d) Montagem do plano; e) Avaliação do plano. Neste sentido, o SEBRAE (2012) elenca doze benefícios advindos da elaboração do plano de negócios: a) Permite ao empreendedor aprimorar sua ideia, tornando-a clara, precisa e de fácil entendimento; b) Permite conhecer todos os pontos fortes e fracos do seu negócio, ou seja, possibilita a diminuição dos riscos de fracassar; c) Facilita a apresentação do negócio a fornecedores e clientes potenciais, contribuindo para as negociações de apoio; d) Permite a simulação de situações favoráveis e desfavoráveis; e) Permite que os sócios negociem claramente as funções de cada um; f) Importante para a contratação de funcionários e orientação na execução de suas tarefas;
  • 35. 34 g) Importante documento para a apresentação a futuros sócios, investidores e bancos; h) Auxilia a diminuir a mortalidade das novas empresas e a garantir o crescimento das empresas já existentes.; i) Permite avaliar o negócio do ponto de vista mercadológico, técnico, financeiro, jurídico e organizacional; j) Permite avaliar a evolução do empreendimento ao longo de sua implantação para todos os aspectos definidos no Plano de Negócio; k) Facilita ao empreendedor a obtenção de empréstimos, quando o seu capital não for suficiente para os investimentos necessários; l) Atrai clientes e fornecedores a partir da possibilidade de avaliarem o planejamento feito. Sendo assim, alguns autores disponibilizam estruturas de planos de negócios para que o empreendedor inicie o seu planejamento. Dornelas (2001), afirma que não existe uma estrutura rígida e específica para escrever um plano de negócios, pois cada negócio possui uma particularidade e semelhança. Desta forma, não há como definir um padrão universal a ser aplicado a qualquer negócio. Porém, deve-se possuir um mínimo de seções para que proporcione aos leitores um entendimento completo do negócio. Dentre esses, Degen (2009) apresenta um índice genérico para um plano de negócio: a) Sumário do plano de negócio: resumo do plano de negócio (5 a 10 páginas); b) Conceito do negócio: resumo da necessidade dos clientes que irá atender, como atenderá e atrairá os clientes e por que estão dispostos a efetuar a compra; c) Apresentação do negócio: conceito, oferta aos clientes, atributos de valor e vantagem competitiva, principais riscos e como serão administrados, potencial de lucro e crescimento do negócio, impacto ambiental e social e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável; d) Apresentação da equipe gerencial: experiência e conhecimento do empreendedor e colaboradores que garantem o sucesso; e) Análise de mercado: tendência e vitalidade do setor, conhecimento do mercado, clientes e fornecedores, estratégia competitiva; f) Análise do processo: descrição técnica do produto ou serviço, impacto ambiental e social, estrutura dos preços e custos, localização, canais de distribuição e logística;
  • 36. 35 g) Organização do negócio: princípios e valores da empresa, licença social, estrutura local, estrutura organizacional, recursos humanos; h) Plano de marketing e vendas: estratégia competitiva, apresentação da oferta de valor para o mercado, venda dos produtos ou serviços, projeção de crescimento de vendas, serviços de pré e pós-vendas; i) Plano financeiro: projeção de fluxo de caixa, remuneração e tempo de recuperação do investimento, estrutura de custos e análise do ponto de equilíbrio, fontes de recursos financeiros, como próprio, terceiros e alavancagem; j) Plano de crescimento: descrição do desenvolvimento e crescimento do negócio; k) Anexos: projeções financeiras, pesquisa de mercado, plano operacional do negócio. Dornelas (2001) apresenta quatro modelos destinados a diversos tipos de empresas, separadas por categorias, como, pequenas empresas manufatureiras; empresas virtuais; pequenas empresas prestadoras de serviços; e pequenas empresas em geral. Porém, destaca a seguinte estrutura: a) Capa: é a primeira parte a ser visualizada, portanto deve ser limpa e organizada e conter apenas informações necessárias e pertinentes; b) Sumário: deve conter o título de cada seção e a página onde se encontra, para facilitar o leitor a encontrar facilmente o que deseja; c) Sumário executivo: deve ser dirigido ao público alvo, e conter uma sinopse das principais informações do plano e especificar o objetivo em relação ao leitor; d) Análise estratégica: deve conter: visão, missão, situação atual, potencialidades, ameaças externas, suas forças e fraquezas, objetivos e metas. Esta seção é uma base para as demais ações descritas no plano; e) Descrição da empresa: deve-se descrever a empresa, apresentando seu histórico, crescimento, faturamento, impostos, razão social, estrutura organizacional e legal, localização, dentre outros; f) Produtos e Serviços: deve conter as informações referentes aos produtos ou serviços, o modo como são produzidos, quais os recursos utilizados, qual o ciclo de vida, quais os fatores tecnológicos e o processo de pesquisa e desenvolvimento. Se já possui, pode ser incluída uma visão do nível de satisfação dos seus clientes com os produtos e serviços da empresa; g) Plano operacional: deve conter as informações de previsões do seu sistema
  • 37. 36 produtivo, o tempo de entrega, desenvolvimento de produto ou serviço, rotatividade dos produtos e outros; h) Plano de recursos humanos: devem ser apresentados os planos para desenvolvimento e capacitação dos colaboradores e descritas as ações e as políticas com relação ao pessoal da empresa. Apresentando; i) Análise de mercado: apresentam-se os dados sobre o mercado de atuação da empresa, de acordo com os resultados obtidos na pesquisa de mercado. Deve conter as informações de como o mercado está segmentado, quais as características do consumidor, índice de crescimento deste mercado, participação do mercado e análise da concorrência; j) Estratégia de marketing: descrever o modo de apresentação de seus produtos ou serviços ao seu público, para vender e conquistar clientes. Deve conter os diferenciais do produto ou serviço, principais clientes, políticas de preço, canais de distribuição, estratégia de comunicação e promoção, e projeção de vendas. k) Plano financeiro: deve demonstrar de forma numérica as ações planejadas e projeções futuras, para o sucesso da empresa. Deverá apresentar o valor do investimento inicial necessário, demonstrativo de fluxo de caixa, faturamento previsto, prazo de retorno do investimento (payback), taxa interna de retorno (TIR), entre outros; l) Anexos: deve conter informações adicionais relevantes para o entendimento do leitor. Pode-se anexar fotos de produtos, material de divulgação, plantas da localização, planilhas financeiras, entre outros. Cecconello e Ajzental (2008) afirmam que o plano de negócios deve seguir as seguintes etapas: a) Sumário: onde são indicadas as numerações das páginas, das seções, capítulos e itens; b) Sumário executivo: trata-se do resumo de todo o trabalho, deve prender a atenção do leitor e despertar sua curiosidade, além de conter uma visão do todo; c) A empresa - descrição geral: deve conter as informações sobre a empresa, como a missão, visão, valores, identificar o negócio, localização geográfica, acesso aos fornecedores e consumidores e outros; d) Análise de mercado: deve apresentar a empresa e a sua relação com o ambiente, como os fornecedores, concorrentes e clientes, bem como, conter informações
  • 38. 37 sobre a demanda, e o público que será atendido, e realizar a análise da concorrência, identificando seus pontos fortes e fracos; e) Oferta da empresa: deve-se especificar qual será a estratégia mercadológica, quais estratégias serão adotadas para vendas, preço, promoção, e outros; f) Plano operacional: apresentação da estrutura a ser adotada para que as atividades empresariais ocorram, como a tecnologia, a infraestrutura, os fornecedores, a gerência, os recursos humanos e o organograma; g) Capitalização – sustentação financeira: são apresentadas planilhas financeiras, indicadores, para serem avaliados; h) Fontes de recursos – necessidade de capital: demonstra a necessidade de capital e a origem do capital de investimento; i) Apêndices: pesquisa de mercado, curriculum vitae dos principais dirigentes. Da mesma forma, Bernardi (2006) apresenta uma estrutura do plano que deve conter: a) Capa: é a parte mais visível, a embalagem, devendo conter o logo e o nome da empresa, além do endereço, telefone, nome do principal executivo ou contato e e- mail; b) Termo de confidencialidade: documento usual e de praxe no mercado, visando assegurar a não divulgação dos dados confidenciais do empreendimento; c) Conceito do negócio: trata-se de uma síntese introdutória do projeto, fornecendo aos interessados uma visão geral do negócio; d) Organização e estrutura: serão descritas a estrutura legal, as razões, organograma proposto pela empresa, bem como os fatores críticos à organização na consecução de seus objetivos; e) Marketing: será analisado o ramo de atividade no qual o projeto estará inserido, tanto no aspecto tático quanto no estratégico; f) Produtos e Serviços: nessa parte definem-se os requisitos técnicos dos produtos ou serviços propostos que servirão a três propósitos: atendimento ao mercado, plano operacional e dimensionamento dos custos e recursos necessários; g) Operações: delineiam-se os fatores de operação necessários à produção de determinado bem ou serviço, com o propósito de analisar o fluxo da operação, dimensionamento de recursos e capacidade de atendimento, fontes de fornecimentos e parcerias; h) Recursos necessários: serão identificadas todas as necessidades de investimento,
  • 39. 38 sejam em estrutura fixa, capital de giro, custos, despesas, dentre outros; i) Planejamento econômico-financeiro: nessa parte é demonstrado às avaliações financeiras do plano de negócio que se pretende implantar, que servirá a três propósitos: análise da viabilidade do negócio, capacidade de liquidez e forma de capitalização do empreendimento; j) Propostas de implantação: dirige-se ao modo como o negócio será controlado e gerido, bem como a um cronograma de implantação; k) Sistemas de controle e monitoramento: ficam definidos os indicadores vitais do plano de negócios que serão monitorados no futuro, tais como qualidade dos produtos e serviços, clientes e mercado, controle financeiro e orçamentário, dentre outros; l) Sumário: descrevem-se as razões pelas quais o negócio é viável e tem chances de sucesso; m) Anexos: incluem-se os currículos dos executivos, cópias de contratos críticos da empresa, contrato social, materiais de apoio às análises e conclusões. Por fim, encerra-se o capítulo de revisão de literatura que levantou o embasamento teórico necessário ao entendimento do tema estudado e na sequência destaca-se o capítulo que abordará os procedimentos metodológicos necessários para dar o rigor científico ao estudo.
  • 40. 39 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Sabe-se que pesquisar é procurar respostas para indagações, questionar, satisfazer dúvidas, buscar novas soluções para problemas que surgem. Sendo assim, neste capítulo serão apresentados os procedimentos metodológicos aplicados na elaboração do trabalho, destacando-se o método, tipos, técnica, instrumentos e abordagem. Para Mascarenhas (2012), o método corresponde a um conjunto ordenado de procedimentos que mostrou-se eficiente ao longo da história, desta forma, o método científico torna-se um instrumento de trabalho onde o resultado depende de seu usuário. O método adotado neste trabalho enquadra-se no método indutivo criado pelos empiristas, Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Este parte do pressuposto de que o conhecimento deve ser construído com base na experiência, sem levar em conta princípios preexistentes. Desse ponto de vista, criam-se generalizações quando se realiza observação e experimentos concretos (MASCARENHAS, 2012). Na concepção de Gil (1999), foi devido à influência dos estudiosos da sociedade de abandonar a postura especulativa e adotar a observação como procedimento indispensável para atingir o conhecimento científico, que foram definidas técnicas de coleta de dados e elaborados instrumentos capazes de mensurar os fenômenos sociais. Neste trabalho foram realizadas pesquisas em materiais publicados sobre os temas pertinentes a administração, empreendedorismo, micro e pequena empresa, varejo e plano de negócios. Portanto, identifica-se a presença da pesquisa bibliográfica, que visa à elaboração do estudo a partir de artigos científicos, livros e também materiais disponíveis na internet (MASCARENHAS, 2012). Além desta, percebe-se a utilização de materiais documentais, como tabelas estatísticas, sites relacionados ao tema proposto, entre outros, o que caracteriza o uso da pesquisa documental. Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 62) elucidam que “as bases documentais permitem estudar tanto a realidade presente como o passado, com a pesquisa histórica”. Mascarenhas (2012) admite que a pesquisa exploratória pretende criar hipóteses a partir dos dados coletados, além de criar um estudo contendo um levantamento bibliográfico acerca do assunto. No entanto, a pesquisa descritiva, objetiva identificar a relação entre as variáveis analisadas, na maioria das vezes, com a utilização de instrumentos como observação ou questionários. Portanto, a presente pesquisa possui ambas características. Cervo, Bervian e Silva (2007) destacam como técnicas de coleta de dados, a entrevista (uma conversa orientada para um objetivo definido), o questionário (perguntas
  • 41. 40 abertas ou fechada) e o formulário (lista informal, catálogo ou inventário, preenchido pelo próprio pesquisador). Dentre estas técnicas, a acadêmica optou pelo questionário, uma das formas mais utilizadas, pois possibilita mais exatidão no que deseja identificar. A partir da formulação do questionário, aplicou-se um pré-teste a fim de verificar a assimilação das perguntas por parte dos entrevistados. Após verificar que o questionário estava apto para a pesquisa, o mesmo foi aplicado a uma amostra de 400 mulheres respondentes que residem, trabalham ou estudam nas regiões de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça, no período de 10 de outubro de 2012 a 02 de novembro de 2012. O questionário aplicado é composto por onze questões fechadas, divididas em perguntas gerais e específicas. O instrumento utilizado para aplicação da pesquisa foi o programa GoogleDocs e questionário impresso. O mesmo foi divulgado em redes sociais e e- mail, além de ser aplicado no ambiente de trabalho da empreendedora, na Faculdade Municipal de Palhoça, no Centro de Atenção Integral à Criança e ao adolescente, e na Escola Profissional de São José, com acadêmicos e funcionários da instituição. Quanto à abordagem do problema, trata-se de um estudo quali-quantitativo. Utiliza técnicas de estatística e porcentagem, para auxiliar na análise dos dados de acordo com os resultados da pesquisa, o que caracteriza abordagem quantitativa. Além de utilizar a abordagem qualitativa que não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas (MASCARENHAS, 2012). A metodologia do trabalho e os estudos realizados permitiram que a acadêmica chegasse ao objetivo proposto, que é averiguar a da viabilidade da abertura de uma empresa para comercialização de produtos de maquiagem, por meio de conceitos de autores renomados como Dornelas, Longnecker, Maximiano, dentre tantos outros, citados no capítulo de revisão de literatura. Não obstante, o presente trabalho compreende a pesquisa bibliográfica e documental, o método indutivo, os tipos de pesquisa exploratório e descritivo, a observação e análise do questionário e as abordagens quali-quantitativas. A estrutura de plano de negócios utilizada neste trabalho baseia-se nas estruturas dos autores apresentados na revisão de literatura, isto é, Bernardi, Cecconello e Ajzental, Degen e Dornelas, porém adaptada para as necessidades da organização em estudo. No capítulo a seguir, serão apresentados os resultados obtidos, apresentando o plano de negócios para o empreendimento Menina Vaidosa.
  • 42. 41 4 DESCRIÇÃO DE ANÁLISE DE DADOS Neste capítulo será apresentada a descrição e análise dos dados obtidos para a elaboração do plano de negócios, tratando-se da análise de viabilidade de uma empresa para comercialização de produtos de maquiagem. 4.1 PLANO DE NEGÓCIOS DA EMPRESA MENINA VAIDOSA O plano de negócios visa identificar a viabilidade de abertura do empreendimento, contemplando os diversos assuntos referentes à organização como descrição do projeto, o plano estratégico, plano de recursos humanos, plano de marketing, plano operacional, plano financeiro e o parecer final. A estrutura do plano de negócios apresentada é uma adaptação das estruturas dos autores expostos, a fim de melhor se adequar à organização foco do estudo. A estrutura apresentada contempla capa, sumário, sumário executivo, descrição do projeto, plano estratégico, plano de recursos humanos, plano de marketing, plano operacional, plano financeiro, parecer final, apêndices e anexos. O plano completo encontra-se no apêndice A deste trabalho, com estrutura e paginação diferenciadas. O capítulo a seguir apresentará a conclusão do trabalho.
  • 43. 42 5 CONCLUSÃO O trabalho de conclusão de curso teve como objetivo analisar a viabilidade de uma loja de produtos de maquiagem, no município de Palhoça, em Santa Catarina, utilizando a ferramenta de plano de negócios. Tratando-se de uma empresa nascente esta ferramenta auxiliou a acadêmica a analisar a viabilidade de abertura de um novo empreendimento. Para a concretização do objetivo geral, buscou-se o alcance dos objetivos específicos. Os objetivos específicos definidos no presente trabalho foram pesquisar o tema proposto nas literaturas existentes, identificar diferentes estruturas para elaboração de um plano de negócios e elaborar efetivamente o plano de negócios. Sendo assim, percebe-se que o objetivo geral e específicos deste foi alcançado, conforme os capítulos anteriores e o apêndice A. Primeiramente realizou-se uma revisão literária sobre os temas administração, empreendedorismo, micro e pequenas empresas, varejo e plano de negócios utilizando como embasamento teórico autores como, Andrade e Amboni, Bernardi, Dornelas, Longenecker, Maximiano, dentre tantos outros. Ao conceituar administração foi abordada a história e a evolução da administração, bem como o papel do administrador nas organizações e suas principais funções: planejamento, organização, direção e controle. Concluindo assim, que a administração é de grande importância para o bom desenvolvimento de uma organização, independentemente do seu tamanho, pois o desempenho do seu administrador estará diretamente relacionado ao alcance dos seus objetivos e metas. Além do perfil administrador, existe também o empreendedor que compreende características como iniciativa, visão ampla voltada para o futuro, capacidade de inovar, de organizar demandas e gerenciar equipes, além de ter firmeza e determinação. Essas características possibilitam ao empreendedor identificar oportunidades e desenvolver meios de aproveitá-las, assumindo riscos e desafios para abrir o seu próprio negócio e realizar coisas novas. Com base nos estudos realizados para descrever as micro e pequenas empresas, identificou-se que o Brasil é um dos países mais empreendedores no mundo, pois a cada ano aumentam o número de surgimento de novos registros de micro e pequenas empresas. Este dado representa uma contribuição para o crescimento econômico com a geração de empregos e renda para a sociedade. O crescimento do comércio varejista torna-se fundamental para a economia, pois é um dos setores que exibe números expressivos de crescimento propiciando ao mercado um
  • 44. 43 maior número de geração de empregos, além de alimentar a concorrência e a competitividade entre as organizações, resultando aos consumidores a oferta de produtos e serviços com um melhor custo/beneficio. O estudo do plano de negócio é fundamental, pois em um mercado cada vez mais competitivo, o planejamento torna-se imprescindível para o sucesso do empreendimento. Sendo assim, a elaboração do plano de negócio foi de relevante importância, pois por meio dessa análise a acadêmica pode identificar aspectos importantes sobre o empreendimento e o seu setor de atuação para traçar um direcionamento a organização, possibilitando identificar as oportunidades, e prepará-la para atuar no mercado na busca de seu sucesso. Ainda no capítulo referente à revisão de literatura procurou-se estruturas de planos de negócios, a fim de auxiliar a acadêmica na estruturação do plano de negócios a ser elaborado. Para tanto, realizou-se a pesquisa bibliográfica de autores que abordavam o tema e identificou-se que na grande maioria, as estruturas são compostas por capa, sumário, sumário executivo, descrição do projeto, plano estratégico, de recursos humanos, de marketing, operacional, financeiro e, por fim, o parecer final. Para a elaboração deste trabalho foram encontradas dificuldades como o contato com os fornecedores, pois por se tratar de uma empresa nascente e não implantada, não dispuseram informações sobre os produtos, além de dificuldades com a realização da análise dos concorrentes, uma vez que os empreendedores não forneceram dados estratégicos do empreendimento, sendo assim a avaliação foi realizada por meio de observação simples. Recomenda-se o uso da ferramenta plano de negócios a todos os empreendedores a fim de minimizar os riscos inerentes ao processo de empreender, bem como documento que auxiliará na tomada de decisão. A acadêmica sente-se realizada com a conclusão deste trabalho, pois lhe proporcionou rever os conhecimentos adquiridos no curso de administração, assim como o alcance dos objetivos propostos.
  • 45. 44 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANDRADE, Rui Otavio Bernardes de; AMBONI, Nério. Teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Campus, 2009. ARANTES, Elaine Cristina; HALICKI, Zelia; STADLER, Adriano. Empreendedorismo e responsabilidade social. Curitiba: Ibpex, 2011. BARROS, Aluízio Antonio de; PEREIRA, Cláudia Maria Miranda de Araújo. Empreendedorismo e Crescimento Econômico: uma Análise Empírica. RAC, Curitiba, v. 12, n. 4, p. 975-993, out. dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rac/v12n4/05.pdf>. Acesso em 04 out. 2012. BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos, estratégias e dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2003. BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de plano de negócios: fundamentos, processos e estruturação. São Paulo: Atlas, 2010. BRASIL. Decreto n. 5.028, de 31 de março de 2004. Altera os valores dos limites fixados nos incisos I e II do art. 2º da Lei nº 9.841 de 5 de outubro de 1999, que instituiu o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5028.htm>. Acesso em: 15 out. 2012. BRITO, Eliane Pereira Zamith; VIEIRA, Valter Afonso; ESPARTEL, Lélis Balestrin. A pesquisa na área do varejo: reflexões e provocações. RAE, São Paulo, v. 51, n. 6, p. 522-527, nov. dez. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v51n6/02.pdf>. Acesso em: 15 out. 2012. BROWN, Brian B. Plano de negócios: guia passo a passo. Curitiba: Ibpex, 2011. Disponível em: <https://aulaaberta.bv3.digitalpages.com.br/#3>. Acesso em: 09 out. 2012. CALFAT, Marcelo. Correio de Uberlândia. Índice de mortalidade de micro e pequenas empresas diminuiu. jan 2012. Disponível em: <http://www.correiodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/indice-de-mortalidade-de-micro-e- pequenas-empresas-diminuiu/>. Acesso em: 23 set. 2012. CARAVANTES, Geraldo R.; PANNO, Cláudia C.; KLOECKNER, Mônica C. Administração: teorias e processos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. CECCONELO, Antonio Renato; AJZENTAL, Alberto. A construção do plano de negócios. São Paulo: Saraiva, 2008. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. CLIC RBS - Diário Catarinense. Gerente de comunicação do Sebrae fala sobre Empreendedorismo. set. 2012. Disponível em:
  • 46. 45 <http://wp.clicrbs.com.br/euempresario/2012/09/12/gerente-de-comunicacao-do-sebrae-fala- sobre-empreendedorismo/?topo=77,2,18,,,77>. Acesso em: 23 set. 2012. DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: empreender como opção de carreira. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. Disponível em: <https://aulaaberta.bv3.digitalpages.com.br/#3>. Acesso em: 09 out. 2012. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001. FERREIRA, Fernando Colmenero; SERRA, Elisabete Magalhães. Factores condicionantes da inovatividade no comportamento de compra na Internet. JISTEM, v. 1, n. 1, p. 63-79, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jistm/v1n1/05.pdf>. Acesso em: 16. out. 2012. FREITAS, Adriana Gomes de. Introdução às teorias administrativas. Campinas: Alínea, 1998. FILHO, Edelvino Razzolini. Empreendedorismo: dicas e planos de negócios para o século XXI. Curitiba: Ibpex, 2010. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. GOUGHLAN, Anne T., et al. Canais de marketing. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. GLOBO.COM - G1. Pequenas empresas investem e inovam no setor de beleza. abr 2012. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2012/04/pequenas-empresas- investem-e-inovam-no-setor-de-beleza.html>. Acesso em: 26 set. 2012. HISRICH, Robert D.; PETERS, Michael P. Empreendedorismo. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Mensal de Comércio. jul. 2012. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Comercio_e_Servicos/Pesquisa_Mensal_de_Comercio/Fasciculo_Indica dores_IBGE/pmc_201207caderno.pdf>. Acesso em: 23 set. 2012. JACOBSEN, Alessandra Linhares. JUNIOR, João Benjamim da Cruz. NETO, Luis Moretto. Administração (Introdução e teorias). Florianópolis: SEaD/UFSC, 2006. LONGENECKER, Justin Gooderl; MOORE, Carlos W.; PETTY, J. Willian. Administração de pequenas empresas. Tradução de Maria Lucia G. L. Rosa e Sidney Atancatti. São Paulo: Makron, 1997. MACHADO, Paulo Fernando; CASSOLI, Laerte Dagher; SILVA, Augusto Lima da. Método de gestão em sistema de produção animal. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 38, p. 405- 411, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbz/v38nspe/v38nspea40.pdf>. Acesso em: 16 out. 2012.
  • 47. 46 MASCARENHAS, Sidnei Augusto. Metodologia Científica. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: edição compacta. São Paulo: Atlas, 2010. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Empreendedorismo: bibliografia universitária Pearson. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. Disponível em: <https://aulaaberta.bv3.digitalpages.com.br/#3>. Acesso em: 06 out. 2012. MOTTA, Fernando C. Prestes; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de. Teoria geral da administração. 3. ed. rev. São Paulo: Cengage Learning, 2010. NOGUEIRA, Arnaldo Mazzei. Teoria geral da administração para o século XXI. São Paulo: Ática, 2007. PEDROSO, José Pedro Penteado; MASSUKADO-NAKATANI, Márcia Shizue; MUSSI, Fabrício Baron. A relação entre o jeitinho Brasileiro e o perfil empreendedor: possíveis interfaces no contexto da atividade empreendedora no Brasil. RAM, São Paulo, v. 10, n. 4, p. 100-130, jul. ago. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ram/v10n4/06.pdf>. Acesso em: 20 out. 2012. RAMOS, Hélia Chaves; CARVALHO, Fernanda; CUNHA, Murilo Bastos da. Avaliação do uso do Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas: um serviço de informação destinada à microempresa brasileira. Ci. Inf., Brasília, v. 35, n. 3, p. 255-269, set. dez. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v35n3/v35n3a25.pdf>. Acesso em: 20 out. 2012. RECEITA FEDERAL. Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011. Brasília, 10 de novembro de 2011. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2011/leicp139.htm#AN EXO I>. Acesso em: 15 out. 2012. SALIM, Cesar Simões et al. Construindo planos de negócios. 3. ed. rev. Atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. SANTOS, Rubens da Costa; COSTA, Francisco José da. As ações de responsabilidade social no varejo brasileiro: uma análise exploratória. FACES R. Adm, Belo Horizonte, v. 4, n. 2, p. 49-68, jul. dez. 2005. Disponível em: <http://www.fumec.br/revistas/index.php/facesp/article/view/47/47>. Acesso em: 15. out. 2012. SCHIMIDT, Serje; BOHNENBERGER, Maria Cristina. Perfil do empreendedor e desempenho organizacional. RAC, Curitiba, v. 13, n. 3, jul. set. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rac/v13n3/v13n3a07.pdf>. Acesso em: 20 out. 2012. SEBRAE. O que é plano de negócios. Digital: 2012. Acesso em: 09 out. 2012. SEBRAE. Critérios e conceitos para classificação de empresas. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/uf/goias/indicadores-das-mpe/classificacao- empresarial/integra_bia/ident_unico/97>. Acesso em: 15 out. 2012.
  • 48. 47 SEBRAE. Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil. Coleção Estudos e Pesquisas. out. 2011. Disponível em: <http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/45465B1C66A6772D832579300051816C /$File/NT00046582.pdf>. Acesso em: 15 out. 2012. SERTEK, Paulo. Empreendedorismo. 5. ed. Curitiba: Ibpex, 2011. Disponível em: <https://aulaaberta.bv3.digitalpages.com.br/#1>. Acesso em: 09 out. 2012. SILVA, Reinaldo O. da. Teorias da administração. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Teorias da administração: bibliografia universitária Pearson. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. STONER, James Arthur Finch; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. TEIXEIRA, João Marques; HERNANDEZ, José Mauro da Costa. Valores de compra hedônico e utilitário: os antecedentes e as relações com os resultados do varejo. REAd, Porto Alegre. v. 18, n. 1, p. 130-160, jan. abr. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/read/v18n1/v18n1a05.pdf>. Acesso em: 16 out. 2012. VIEIRA, Valter Afonso. Mensuração da qualidade de serviço no varejo eletrônico e seu impacto sobre as intenções comportamentais. RAE, v. 50, n. 2, p. 199-214, abr. jun. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v50n2/06.pdf>. Acesso em: 16 out. 2012. WILDAUER, Egon Walter. Plano de negócios: elementos constitutivos e processo de elaboração. 2. ed. rev. e atual. Curitiba: Ibpex, 2011. Disponível em: <https://aulaaberta.bv3.digitalpages.com.br/#3>. Acesso em: 09 out. 2012.
  • 49. 48 APÊNDICE A – PLANO DE NEGÓCIOS
  • 50. Menina Vaidosa E-mail: meninavaidosa@gmail.com Telefone: (48) 3242-0000 EMPREENDEDORAS: ADRIANA DA ROSA LIBERATO SOTERO KAMILA LOHN Este Plano de Negócios foi elaborado por Kamila Lohn, em novembro de 2012.
  • 51. SUMÁRIO 1 SUMÁRIO EXECUTIVO.....................................................................................................3 2 DESCRIÇÃO DO PROJETO ..............................................................................................4 2.1 HISTÓRIA DA IDEIA DO EMPREENDIMENTO............................................................4 2.1.1 Produtos e Serviços..........................................................................................................4 2.1.2 Localização.......................................................................................................................5 2.2 EQUIPE EMPREENDEDORA............................................................................................5 2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL..................................................................................6 2.4 ESTRUTURA FUNCIONAL ..............................................................................................6 2.5 ESTRUTURA LEGAL.........................................................................................................7 2.6 MANUTENÇÃO E REGISTROS .......................................................................................7 2.7 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA (VER SE VAI PARA PRÓXIMA PÁGINA).....................8 3 PLANO ESTRATÉGICO.....................................................................................................9 3.1 O NEGÓCIO ........................................................................................................................9 3.2 MISSÃO...............................................................................................................................9 3.3 VISÃO..................................................................................................................................9 3.4 VALORES..........................................................................................................................10 3.5 FATORES CHAVE DE SUCESSO...................................................................................10 3.6 OBJETIVOS.......................................................................................................................10 3.7 METAS...............................................................................................................................11 3.8 ANÁLISE SWOT...............................................................................................................11 4 PLANO DE RECURSOS HUMANOS..............................................................................13 4.1 POLÍTICAS DE RECURSOS HUMANOS ......................................................................13 4.1.1 Programa de recrutamento e seleção...........................................................................13 4.1.2 Programa de treinamento e desenvolvimento.............................................................13 4.1.3 Processo de administração de pessoal..........................................................................14 4.1.4 Pesquisa de clima, cultura organizacional e avaliação de desempenho ...................14 4.1.5 Higiene e segurança no trabalho..................................................................................15 4.1.6 Políticas de responsabilidade socioambiental .............................................................15 5 PLANO DE MARKETING................................................................................................16 5.1 ANÁLISE MERCADOLÓGICA.......................................................................................16 5.1.1 Análise do setor..............................................................................................................16 5.1.2 Posicionamento ..............................................................................................................17