O documento discute o câncer colorretal, incluindo sua epidemiologia, fatores de risco, sintomas, diagnóstico, estadiamento e tratamento. É uma doença comum que afeta o cólon e reto, sendo tratável quando detectada precocemente. A detecção precoce é feita por meio de exames de sangue oculto nas fezes e colonoscopia para pessoas acima de 50 anos.
2. Dados epidemiológicos nacionais
estimativa para 2010 (INCA)
50 a 70 anos
Homens = mulheres
Brasil
Estimativa de novos casos: 28.110, sendo
13.310 homens e 14.800 mulheres (2010)
Número de mortes: 11.322, sendo 5.305
homens e 6.017 mulheres (2007)
3. Generalidades
O câncer colo-retal abrange tumores
que atingem o cólon (intestino grosso)
e o reto.
Doença tratável e freqüentemente
curável quando localizada no intestino
(sem extensão para outros órgãos).
4. Fatores de Risco
Idade acima de 50 anos
História familiar de câncer de cólon e reto
História pessoal pregressa de câncer de ovário,
endométrio ou mama
Dieta com alto conteúdo de gordura, carne e baixo
teor de cálcio; obesidade e sedentarismo.
Doenças inflamatórias do cólon
Algumas condições hereditárias (Polipose
Adenomatosa Familiar (FAP)
Câncer Colorretal Hereditário sem Polipose (HNPCC).
5. Prevenção
Dieta rica em frutas, vegetais, fibras,
cálcio, folato e pobre em gorduras
animais é considerada uma medida
preventiva.
Ingestão excessiva e prolongada de
bebidas alcóolicas deve ser evitada.
Prática de exercícios físicos.
6. Detecção Precoce
Pessoas com mais de 50 anos devem se
submeter anualmente ao exame de pesquisa
de sangue oculto nas fezes.
Colonoscopia:
Sangue oculto nas fezes
Histórico pessoal ou familiar de câncer de cólon e
reto
Portadores de doença inflamatória do cólon
Condições hereditárias (FAP e HNPCC) devem
procurar orientação médica.
7. Classificação Japonesa para
Lesões Coloretais
Aparência
Lesões planas Classificação
macroscópica
Ip Pólipos pediculados
Isp Pólipos semipediculados
Lesões elevadas
planas Is Pólipos sésseis
IIa Elevação plana da mucosa
Lesões elevadas Elevação plana com
IIa + IIc
depressão central
IIb Mucosa plana
IIc Depressão mucosa
Lesões deprimidas Depressão mucosa com
IIC + IIa
bordas elevadas
8. Estadiamento
Estágio 0:
“in situ”.
Estágio I:
Mucosa e muscular.
Estágio IIA:
Toda a espessura da parede + tecidos vizinhos
Estágio IIB:
Toda a espessura da parede + órgãos próximos
Estágio IIIA:
Mucosa e a camada muscular + linfonodos regionais 1-3
Estágio IIIB:
Tecidos e órgãos vizinhos + linfonodos regionais 1-3
Estágio IIIC:
Qualquer tumor + linfonodos >4
Estágio IV:
Metástases à distância (pulmões ou fígado)
9. Patologia
Macroscopia:
Polipóide
Úlcero-infiltrativo
Anular-constritivo
Difuso
Microscopia:
Adenocarcinomas cujo grau de diferenciação varia do bem
diferenciado ao indiferenciado.
O grau de atipia é avaliado pelo pleomorfismo nuclear,
aumento da atividade mitótica e “empilhamento das células”
(pseudoestratificado).
O grau de invasão aos tecidos subjacentes deve ser
descrito.
11. Sintomas
Indivíduos acima de 50 anos com:
Anemia de origem indeterminada
Suspeita de perda crônica de sangue no
hemograma
Dor abdominal
Massa abdominal
Melena
Constipação
Diarréia
Náuseas e vômitos
Fraqueza e tenesmo.
12. Diagnóstico
O diagnóstico da
doença é feito
através de biópsia
endoscópica com
estudo
histopatológico.
19. CÂNCER COLORRETAL
ESTADIAMENTO ANÁTOMO-PATOLÓGICO
Classificação de Dukes: sobrevida em 5 anos
A: 85% a 95%; B: 60% a 80%; C: 30% a 60%; D: menor que 5%
COHEN et al., 1989
Classificação de Astler-Coler
Classificação TNM
Classificação de Jass
20. CÂNCER COLORRETAL
ESTADIAMENTO HISTO-PATOLÓGICO
Tipo histológico mais comum: adenocarcinoma
Grau de diferenciação tumoral: bem,
moderadamente, pouco diferenciado
Invasão neural e ângio-linfática
Análise da ploidia do DNA: 39,4 a 92,5% tu aneuplóides
Araújo et al.: 68% tu aneuplóides. Sem valor prognóstico.
(Rev. Bras. Coloproctol., v. 20, n. 3, 2000)
Estudos citogenéticos
23. Tratamento
Estádio I ou II:
remoção cirúrgica do tumor
se houver reaparecimento do tumor, estaria aí
indicada a radioterapia e/ou quimioterapia.
O tratamento para o câncer in situ (Estádio 0)
polipectomia
Estadio III
cirurgia + quimioterapia.
a radioterapia também pode ser indicada
dependendo da localização do tumor e se houve
comprometimento de tecidos vizinhos.