Este documento fornece dicas para se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). As três principais dicas são: organizar o tempo de estudo, aproveitar o ano letivo fazendo resumos e exercícios, e não se esquecer de relaxar entre os estudos. O documento também discute habilidades avaliadas e ferramentas online para estudar para o ENEM.
Um estudo breve sobre as questões avaliadas no Enem na área de Linguagens e códigos e suas tecnologias
1. Enem:
Linguagens e
Códigos e
suas
Tecnologias
Professora Julianne Paulino
2. ENEM
Dicas para se dar bem no ENEM
1) Organize seu tempo
2) Aproveite o ano letivo
3) Faça resumos
4) Conheça as habilidades cobradas
5) Informe-se, mas não se contente com o básico
6) Exercite-se
7) Redação
"O estudante deve saber explicar razões, procurar
levantar causas, consequências, não apenas falar
que é importante. É importante por quê?“
8) Troque ideias
9) Ferramentas online
10) Não se esqueça de relaxar
4. ENEM (ENEM/2010)
Por volta do ano de 700 a.C., ocorreu um importante invento na
Grécia: o alfabeto. Com isso, tornou-se possível o
preenchimento da lacuna entre o discurso oral e o escrito. Esse
momento histórico foi preparado ao longo de aproximadamente
três mil anos de evolução e da comunicação não alfabética até a
sociedade grega alcançar o que Havelock chama de um novo
estado de espírito, “o espírito alfabético”, que originou uma
transformação qualitativa da comunicação humana. As
tecnologias da informação com base na eletrônica (inclusive a
imprensa eletrônica) apresentam uma capacidade de
armazenamento. Hoje, os textos eletrônicos permitem
flexibilidade e feedback, interação e reconfiguração de texto
muito maiores e, dessa forma, também alteram o próprio
processo de comunicação.
CASTELLS, M. A. Era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo:
Paz e Terra, 1999 (adaptado).
5. Com o advento do alfabeto, ocorreram, ao longo da
história, várias implicações socioculturais. Com a
Internet, as transformações na comunicação humana
resultam
a) da descoberta da mídia impressa, por meio da
produção de livros, revistas, jornais.
b) do esvaziamento da cultura alfabetizada, que, na
era da informação, está centrada no mundo dos sons e
das imagens.
c) da quebra das fronteiras do tempo e do espaço na
integração das modalidades escrita, oral e audiovisual.
d) da audiência da informação difundida por meio da
TV e do rádio, cuja dinâmica favorece o crescimento da
eletrônica.
e) da penetrabilidade da informação visual,
predominante na mídia impressa, meio de comunicação
de massa.
6. A DANÇA E A ALMA
A DANÇA? Não é movimento,
súbito gesto musical.
É concentração, num momento,
da humana graça natural.
No solo não, no éter pairamos,
nele amaríamos ficar.
A dança – não vento nos ramos:
seiva, força, perene estar.
Um estar entre céu e chão,
novo domínio conquistado,
onde busque nossa paixão
libertar-se por todo lado...
Onde a alma possa descrever
suas mais divinas parábolas
sem fugir à forma do ser,
por sobre o mistério das fábulas.
(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa. Rio
de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 366.)
7. (ENEM/2005)
A definição de dança, em linguagem de dicionário, que mais se
aproxima do que está expresso no poema é
a) a mais antiga das artes, servindo como elemento de
comunicação e afirmação do homem em todos os momentos de
sua existência.
b) a forma de expressão corporal que ultrapassa os limites
físicos, possibilitando ao homem a liberação de seu espírito.
c) a manifestação do ser humano, formada por uma
seqüência de gestos, passos e movimentos desconcertados.
d) o conjunto organizado de movimentos do corpo, com
ritmo determinado por instrumentos musicais, ruídos, cantos,
emoções etc.
e) o movimento diretamente ligado ao psiquismo do
indivíduo e, por conseqüência, ao seu desenvolvimento
intelectual e à sua cultura
9. Calvin apresenta a Haroldo (seu tigre de estimação) sua
escultura na neve, fazendo uso de uma linguagem
especializada. Os quadrinhos rompem com a expectativa
do leitor, porque
a) Calvin, na sua última fala, emprega um registro
formal e adequado para a expressão de uma criança.
b) Haroldo, no último quadrinho, apropria-se do
registro linguístico usado por Calvin na apresentação de
sua obra de arte.
c) Calvin emprega um registro de linguagem
incompatível com a linguagem de quadrinhos.
d) Calvin, no último quadrinho, utiliza um registro
linguístico informal.
e) Haroldo não compreende o que Calvin lhe explica,
em razão do registro formal utilizado por este último.
11. Esse texto é uma propaganda veiculada nacionalmente.
Esse gênero textual utiliza-se da persuasão com uma
intencionalidade específica. O principal objetivo desse
texto é
a) comprovar que o avanço da dengue no país está
relacionado ao fato de a população desconhecer os
agentes causadores.
b) convencer as pessoas a se mobilizarem, com o
intuito de eliminar os agentes causadores da doença.
c) demonstrar que a propaganda tem um caráter
institucional e, por essa razão, não pretende vender
produtos.
d) informar à população que a dengue é uma doença
que mata e que, por essa razão, deve ser combatida.
e) sugerir que a sociedade combata a doença,
observando os sintomas apresentados e procurando
auxílio médico.
12. (ENEM/2001)
No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem,
critica sutilmente um outro estilo de época: o romantismo.
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos;
era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com
certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a
primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto
não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha
os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe
maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita,
fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço,
precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo,
para os fins secretos da criação.”
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de
Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.
13. A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao
romantismo está transcrita na alternativa:
a) ... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às
sardas e espinhas ...
b) ... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ...
c) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia
daquele feitiço, precário e eterno, ...
d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou
dezesseis anos ...
e) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins
secretos da criação
15. Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão
explora vários recursos da língua portuguesa, a fim de
conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o
autor explora o extrato sonoro do idioma e o uso de
termos coloquiais na seguinte passagem:
a) “Quando um doce bardo brada a toda brida” (v. 2)
b) “Em velas pandas, suas esquisitas rimas?” (v. 3)
c) “Que devora a voz do morto” (v. 9)
d) “lobo-bolo//Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v.
11-12)
e) “Tease me, tease me outra vez” (v. 14)
18. O modernismo brasileiro teve forte influência das
vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte
Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da
arte brasileira definitivamente. Tomando como
referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que, nas
artes plásticas, a
a) imagem passa a valer mais que as formas
vanguardistas.
b) forma estética ganha linhas retas e valoriza o
cotidiano.
c) natureza passa a ser admirada como um
espaço utópico.
d) imagem privilegia uma ação moderna e
industrializada.
e) forma apresenta contornos e detalhes humanos.
19. ENEM
(ENEM/2009)
ECKHOUT, A. “Índio Tapuia” (1610-1666). Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br.
Acesso em: 9 jul. 2009.
A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e
bons narizes, bem feitos.
Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir,
nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como
têm em mostrar o rosto.
CAMINHA, P. V. A carta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
Acesso em: 12 ago. 2009.
20. ENEM
Ao se estabelecer uma relação entre a obra de Eckhout e
o trecho do texto de Caminha, conclui-se que
a) ambos se identificam pelas características estéticas
marcantes, como tristeza e melancolia, do movimento
romântico das artes plásticas.
b) o artista, na pintura, foi fiel ao seu objeto,
representando-o de maneira realista, ao passo que texto é
apenas fantasioso.
c) a pintura e o texto têm uma característica em
comum, que é representar o habitante das terras que
sofreriam processo colonizador.
d) o texto e a pintura são baseados no contraste entre
a cultura europeia e a cultura indígena.
e) há forte direcionamento religioso no texto e na
pintura, uma vez que o índio representado é objeto da
catequização jesuítica.
21. ENEM
(ENEM/2010)
Prima Julieta
Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a
feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e
já sensibilíssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou
trinta e dois anos de idade.
Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz
Virgílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo
lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos braços
brancos. A cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas
poderosas. Os olhos de um verde azulado borboleteavam. A voz
rouca e ácida, em dois planos: voz de pessoa da alta sociedade.
MENDES, M. A idade do serrote. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968.
22. ENEM
Entre os elementos constitutivos dos gêneros, está o modo como se
organiza a própria composição textual, tendo-se em vista o objetivo
de seu autor: narrar, descrever, argumentar, explicar, instruir. No
trecho, reconhece-se uma sequência textual
a) explicativa, em que se expõem informações objetivas
referentes à prima Julieta.
b) instrucional, em que se ensina o comportamento feminino,
inspirado em prima Julieta.
c) narrativa, em que se contam fatos que, no decorrer do tempo,
envolvem prima Julieta.
d) descritiva, em que se constrói a imagem de prima Julieta a
partir do que os sentidos do enunciador captam.
e) argumentativa, em que se defende a opinião do enunciador
sobre prima Julieta, buscando-se a adesão do leitor a essas ideias.