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PLANTAS
MEDICINAIS
             1
História
• As plantas medicinais foram os primeiros recursos terapêuticos
  utilizados para o cuidado da saúde dos seres humanos e de sua
  família (ALMEIDA, 2003).

• Mesopotâmia: 50.000 anos: Uso de plantas medicinais: mulheres:
  agricultura e pecuária.

• Civilizações antigas: chinesa e indiana (há 5.000 anos);

• Egito: mumificação: mirra, canela, entre outras.
  Papiros de Ebers: 1550 a.C: 500 plantas e 800 receitas.

• Bíblia: hissopo (família do orégano); alcaparra; açafrão; hortelã;
  cominho; coentro; mostarda; alho-poró; mirra; cebola e alho.
• Hipócrates (468-377 a.C). Tratamento com mais de 400 espécies.

• Discórides (40-80 d.C.) Matéria Medica (Sobre as Formas de Curar),
  foi o primeiro manual do gênero. Muito detalhado o texto descrevia
  cerca de 600 espécies. (ELDIN & DUNFORTE, 2001)
• Idade Média, a fitoterapia, assim como toda a ciência, sofreu um
  processo de estagnação.

• Renascimento, com o aparecimento dos alquimistas e a descoberta
  das Américas com seus Xamãs indígenas, houve também o
  ―renascimento‖ da fitoterapia e outras práticas científicas.

• Brasil: Cabral: fitoterapia reinava.

• Período Pós-revolução Industrial, com o início da indústria de
  síntese, a fitoterapia passa a ser relegada a um plano secundário.

• Séc. XIX: surge os medicamentos sintéticos (síntese AAS)

• Final do séc. XX: ressurge a utilização das plantas medicinais.

• O uso de plantas medicinais e fitoterápicos, com finalidade
  profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico, passou a
  ser oficialmente reconhecido pela Organização Mundial de Saúde
  (OMS) em 1978.
A história dos medicamentos
                            2.000 AC:
                     agora, coma esta raiz
                            1.000 AC:
          aquela raiz é pagã. Agora, reze esta prece.
                            1.850 DC:
     aquela prece é superstição. Agora, beba esta poção
                            1.920 DC:
  aquela poção é óleo de serpente. Agora, tome esta pílula
                            1.945 DC:
      aquela pílula é ineficaz. Agora, leve esta penicilina
                            1955 DC:
“oops”... Os micróbios mudaram! Agora, leve esta tetraciclina.
                           1960 - 1999:
 mais 39 “oops”... Agora, leve este antibiótico mais poderoso.
                            2.000 DC:
       os micróbios venceram! Agora, coma esta raiz.
PLANTAS MEDICINAIS NO
         BRASIL

O indígena não conhecia somente a
localização do ouro ou onde poderia ser
encontrado o pau-brasil, ele também era
detentor de um saber que poderia
significar a diferença entre a vida e a
morte, em um biota completamente
desconhecido para o europeu. (SOUZA,
1971).
• Plantas medicinais empregadas na medicina popular
  e práticas médicas vigentes      relações culturais que
  aqui se estabeleceram entre os grupos formadores
  do país: os índios, os negros e os brancos.
• Certas plantas tiveram importância extraordinária na
  história da medicina e da própria civilização. Um
  notável exemplo: a quina.
• A quina foi o primeiro medicamento eficaz para a
  cura da malária.
PADRE ANTONIO VIEIRA
  Missionário Português




QUINA
CINCHONA                  7
EM 1820, OS FRANCESES ISOLARAM A
                   QUININA, O PRINCIPAL COMPONENTE DA
                   QUINA, RESPONSÁVEL PELA ATIVIDADE
                   ANTIMALÁRICA.




QUININA




          Alexandre F Neves                         8
BRASIL MAIOR BIODIVERSIDADE DO
                     MUNDO
 55.000 ESPÉCIES SUPERIORES
 3.000 MEDICINAIS AROMÁTICAS

          FITOTERÁPICOS        (MILHÕES US$)
              1998                   500
              2000                   700
              2010               1.000 (estimativa)

2005 – JÁ ATINGIU
                          “As plantas brasileiras não apenas curam:
                             fazem milagres”
                                  (Von Martius, botânico alemão) 9
Enquanto no Brasil existe a
  polêmica em relação a
 fitoterapia, no mundo...
Pau Brasil
roubaram dos povos indígenas da
região o segredo de como extrair um
pigmento vermelho do Pau Brasil. A
árvore que deu ao Brasil seu nome,
está sendo preservada apenas em
alguns jardins botânicos.

Açaí
Fruto da palmeira Euterpe oleracea da
região amazônica que teve seu nome
registrado no Japão, em 2003. Por
causa de pressão de organizações
não-governamentais da Amazônia, o
governo japonês cancelou esta
patente.
Espinheira Santa
A espinheira santa (Maytenus ilicifolia) é nativa de muitas partes
da América do Sul e sudeste do Brasil. A empresa japonesa
Nippon Mektron detém uma patente de um remédio que se utiliza
do extrato da espinheira santa, desde 1996.


Curare
Uma mistura tóxica de várias plantas, usada tradicionalmente por algumas etnias
indígenas da Amazônia, para envenenar as pontas de suas flechas cuja fórmula foi
mantida em segredo pelos índios durante séculos, Alexander von Humboldt foi o primeiro
Europeu, em 1800, a testemunhar e descrever como os ingredientes eram preparados. O
curare começaria a ser utilizado como um anestésico em 1943, quatro anos depois que
seu ingrediente ativo, o d-tubocurarine foi isolado.

Quinina
Os povos indígenas usavam a planta para tratamento de febre. Derivado da árvore de
cinchona (Cinchona officinalis), ela foi usada na década 20 nos Estados Unidos para o
tratamento de malária. O produto ficou conhecido como "casca de febre dos Índios" (Indian
fever bark) e foi usado na Europa desde o inicio do século 16. A demanda pela cinchona
desencadeou um processo de exploração que quase a fez extinta. Contrabandeando a
planta da América do Sul para Java, em 1865, o inglês Charles Ledger, na verdade,
contribuiu com sua preservação. E apenas sessenta anos mais tarde, mais que 95% do
quinina do mundo vinha de Java.
Jaborandi
Planta (Pilocarpus pennatifolius) só
encontrada no Brasil, o jaborandi
tem sua patente registrada pela
indústria farmacêutica alemã Merk,
em 1991.




Mandioca
A Biolink quer patentear cumaniol,
uma substância extraída de um
veneno feito da mandioca
selvagem, usado para pesca na
Amazônia. O novo produto, de
acordo com a companhia
Canadense, pode ser usado para
parar o coração durante cirurgias
delicadas.
Avanços
 Portaria MS nº 971, maio/2006: aprova a Política Nacional de
  Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema
  Único de Saúde (SUS).
• SUBGRUPOS : Medicina Tradicional Chinesa/acupuntura;
  Homeopatia; Fitoterapia (elaboração da Relação Nacional de
  plantas medicinais e fitoterápicos, bem como o provimento do
  acesso aos usuários do SUS); Medicina Antroposófica.
 Decreto Federal nº 5.813, junho/2006: instituiu a “Política
  Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos”, que
  incentiva as pesquisas e dá diretrizes para implantação de
  serviços em caráter nacional pelas Secretarias de Saúde dos
  Estados, Distrito Federal e dos Municípios.
UTILIZAÇÃO DE PLANTAS PELA
            POPULAÇÃO
• A Organização Mundial da Saúde (OMS)
  acredita que, atualmente, a prática do uso
  de plantas medicinais é tida como a
  principal opção terapêutica de
  aproximadamente 80% da população
  mundial.
PORQUE A POPULAÇÃO USA PLANTAS
                 MEDICINAIS?
•   Busca por remédios fitoterápicos
•   Fatores socioeconômicos: pobreza
•   Manutenção das tradições: cultura
•   Falência do sistema tradicional de saúde
•   Mudança de paradigmas humanos: consciência
    ecológica
• O desenvolvimento de uma farmacologia natural
  científica, ética e responsável.
FARMACOGNOSIA
 FARMACOBOTÂNICA/
    FITOTERAPIA


                    17
FARMACOGNOSIA
 Deriva de duas palavras gregas:
• Pharmakon = droga, medicamento, remédio,
  veneno;
• Gnosis = conhecimento.
 Um dos mais antigos ramos da farmacologia;
Estudo do uso, da produção, da história, do
 armazenamento, da comercialização, da
 identificação, da avaliação e do isolamento de
 princípios ativo, inativo ou derivados de animais
 e vegetais.
                                                 18
FARMACOGNOSIA


FARMACOBOTÂNICA             FARMACOZOOLOGIA
Se preocupa com as drogas   Se preocupa com as drogas
    de origem vegetal.          de origem animal.


                                                   19
FARMACOGNOSIA


 FITOTERAPIA                OPOTERAPIA
  Utiliza-se de drogas de   Utiliza-se de drogas de
  origem vegetal para o      origem animal para o
tratamento de doenças e           tratamento
         infecções.         de doenças e infecções.

                                                      20
Farmacobotânica
• SISTEMÁTICA VEGETAL
  – Objetivos – identificação, nomenclatura e classificação das
    plantas;
  – Categorias Taxonômicas:
     • Unidade fundamental: espécie;
     • Conjunto de espécies que se assemelham: gênero;
          Família<Ordem<Classe<Divisão




                                                                  21
Sistemática Vegetal

Espécie           Mentha sativa
                  Hortelã   pimenta Mentha piperita
                  Hortelã   verde - Mentha spicata
                  Poejo-      Mentha pulegium
                  Hortelã   Crespa - Mentha crispa
                  Hortelã   doce- Mentha arvensis

Gênero            Mentha
Família           Lamiaceae
Ordem             Lamiales
Classe            Magnoliopsida
Divisão           Magnoliophyta
Reino             Plantae
                                                      22
Nomenclatura

   COMO DAR NOMES ÀS PLANTAS?

• Nome científico: binômio, escrito em
  latim.
  – Ex.: Coffea arabica L.
    • Coffea – denominação genérica ou gênero
    • arabica – denominação específica ou espécie
    • L. – indica a primeira letra do nome do
      pesquisador que indentificou pela primeira vez a
      espécie.
Aloe vera
 A primeira palavra corresponde ao gênero
  e deve ser escrita em letra inicial
  maiúscula.

 A segunda palavra corresponde à espécie e
  deve ser escrita em letra inicial minúscula.

 Quando não conhecemos           a   espécie,
  usamos o termo “spp”.

 Por exemplo: a Mentha spp pode ser a
  Mentha arvensis e a Mentha piperita.

 O nome científico deve estar em itálico,
  negrito ou grifado.
• Nome Popular:
− São regionais. Uma mesma planta pode receber vários
  nomes populares, de acordo com a região.
− Ex.: Guaco
  Científico: Mikania glomerata Spreng.
  Populares: Guaco, erva-das-serpentes, uaco, cipó-
  catinga, cipó-sucuriju, erva-cobre e erva-de-cobra.
Definições:
 – Planta medicinal: planta utilizada de forma tradicional, com
   finalidade terapêutica.
 – Droga vegetal: planta medicinal ou suas partes, após processo
   de coleta, estabilização e secagem, podendo ser integra,
   triturada ou pulverizada.
 – Derivado de droga vegetal: produto de extração da matéria
   prima vegetal, ou seja: extrato, tintura, óleo, suco e outros.
 – Matéria prima vegetal: planta medicinal fresca, droga vegetal
   ou derivados de droga vegetal. Compreende os estágios pelos
   quais passa a planta medicinal até a elaboração do fitoterápico.
 – Medicamento Fitoterápico: é todo medicamento obtido
   exclusivamente com matéria-prima vegetal. É caracterizado pelo
   conhecimento de sua eficácia               e segurança, de sua
   reprodutibilidade e constância de sua qualidade.

                                                                 26
Farmacobotânica
• Para caracterização do fitoterápico utiliza-se a farmacopéia brasileira ou
  monografia produzida pelo fabricante.




                                                                               27
FITOTERAPIA
Homeopatia : medicamento homeopático
Alopatia :
• medicamento químico
• medicamento fitoterápico :
- abordagem oriental : chinesa
                       indiana
- abordagem ocidental : clínico
                         popular

                                        28
Medicamento X Remédio




                        29
Plantas medicinais e suas finalidades:
Matéria-prima para:
• medicamentos
• alimentos
• cosméticos
• perfumaria
• aromatizantes
• outros

                                         30
Medicamentos fitoterápicos vendidos
sob prescrição:
 É permitida a dispensação somente sob prescrição médica
  (Instrução normativa nº 5, 2008 (ANVISA):
• Arctostaphylos uva-ursi (uva-ursi – infecções trato urinário)
• Cimicifuga racemosa (cimicífuga – sintomas do climatério)
• Echinacea purpurea (equinácea – terapia resfriados e infecções
  respiratórias)
• Ginkgo biloba (ginkgo – insuf. vasc. cerebral, vertigens, etc)
• Hypericum perforatum (hipérico – depressão leve e moderada)
• Piper methysticum (kava-kava – ansiedade, insônia, tensão
  nervosa, agitação)
• Tanacetum parthenium (tanaceto - enxaqueca)
• Valeriana officinalis (valeriana – sedativo moderado hipnótico,
  ansiolítico, insônia)

                                                               31
Alguns medicamentos fitoterápicos que
podem ser vendidos sem prescrição:
 É permitida a dispensação sem a prescrição médica:
•   Aesculus hippocastanum (castanha-da-india – fragilidade capilar,
    insuficiência venosa)
•   Allium sativum (alho – coadj .em hiperlipidemia e hipertensão arterial
    leve, auxiliar na prevenção da aterosclerose)
•   Aloe vera (babosa – cicatriz. em queimaduras térmicas (1 e 2º graus) e
    radiação)
•   Arnica montana (arnica – equimoses, hematomas e contusões -
    TÓPICA)
•   Calendula officinalis (calêndula – cicatrizante, antiinflamatório)
•   Centella asiatica (centela – insuficiência venosa dos membros
    inferiores)
•   Cynara scolymus (alcachofra – colerético, colagogo)
•   Eucalyptus globulus (eucalipto - anti-séptico e antibacteriano vias
    aéreas super., expector.)
•   Glycyrrhiza glabra (alcaçuz – expectorante, coadjuvante em úlceras
    gástricas e duodenais)
•   Hamamelis virginiana (hamamélis – hemorróidas e equimoses)
                                                                        32
•   Matricaria recutita (camomila - antiespasmódico intestinal, dispepsias
    funcionais. Uso tópico: antiinflamatório)
•   Maytenus ilicifolia (espinheira-santa - dispepsias, coadj. em gastrite e úlcera
    gastroduod.)
•   Melissa officinalis (melissa - carminativo, antiespasmódico, ansiolítico leve)
•   Mentha piperita (hortelã-pimenta - carminativo, antiespasmódico intestinal,
    expectorante)
•   Mikania glomerata (guaco - expectorante, broncodilatador)
•   Panax ginseng (ginseng - estado de fadiga física e mental, adaptógeno)
•   Passiflora incarnata (maracujá - ansiolítico leve)
•   Paullinia cupana (guaraná - psicoestimulante/astenia)
•   Peumus boldus (boldo-do-chile – colagogo (estimula o fluxo biliar),
    colerético (aumenta a secreção), dispepsias funcionais, distúrbios
    gastrointestinais espásticos)
•   Pimpinella anisum (erva-doce – expector., antiespasmód., carminativo,
    dispeps. funcionais)
•   Senna alexandrina (sene - laxativo)
•   Rhamnus purshiana (cáscara-sagrada - constipação ocasional - Não utilizar
                                                                            33
    continuamente por mais de uma semana)
PRINCÍPIOS ATIVOS
São as substâncias bioativas, isto é, que
têm ação medicinal. São compostos que
conferem ação terapêutica às plantas
medicinais.
TANINOS
• O que são taninos?
• um grande grupo de substâncias naturais,
  complexas, de natureza fenólica.




                                         35
Aplicações farmacológicas:
• antídotos em intoxicações por metais
  pesados e alcaloides;
• adstringentes:
  via externa: cicatrizantes;
  via interna: antidiarreicos;
• antissépticos;
• antioxidantes.

                                         36
BARBATIMÃO
(Stryphnodendron adstringens)
• Tem ação antisséptica,cicatrizante, antibacteriana e
  antifúngica.
• Indicações:
  Uso interno: gastrite, úlcera e dor de garganta.
  Uso externo: Tratamento de feridas, hemorroida,
  gengivites, infecções vaginais




                                                         37
GOIABEIRA
(Psidium guajava)
• Atividade antimicrobiana, antidiarreica, fungicida, bactericida,
  antioxidante,     antiulcerativa,   sedativa,     antitussígena,
  tonificante do coração, utilizado em bochechos e gargarejos
  para inflamações na boca e na garganta.
• Indicações: Afecção da garganta, aftas, diarreia, estomatite,
  gengivite, tosse, hemorragia.




                                                                38
FLAVONÓIDES
• São conhecidos mais de 2000 flavonoides,
  sendo o maior grupo de compostos fenólicos
  naturais encontrados na natureza.
Aplicações farmacológicas:
•   Anti-inflamatórios,
•   antialérgicos,
•   vasoprotetores,
•   antiedematoso,
•   espasmolítico,
•   antihepatotóxico e
•   antimicrobiano.

                             40
Ginkgo biloba L.
• Antioxidante, inibidor da agregação plaquetária, regulador da
  vascularização do cérebro.
• Indicação:
  Uso interno : combate a perda da memória, os distúrbios de concentração,
  os distúrbios vasculares periféricos, os zumbidos no ouvido ou vertigens,
  a ansiedade. Exerce também um efeito antioxidante e protetor. Esta planta
  pode ter virtudes preventivas contra os tumores e a aterosclerose.




                                                                         41
CAMOMILA
(Matricaria chamomila L.)
• Antiespasmódica, carminativa, calmante, cicatrizante, tônica,
  emoliente, refrescante, antisséptica, anti-inflamatória.
• Indicações: cólicas espasmódicas, indigestão, atenuar alergias
  e doenças de pele, tranquilizante. Utilizada para prevenir
  rachaduras de peles secas. Na tensão pré-menstrual pode ser
  utilizada por seu efeito sedativo, relaxante muscular, contra
  insônia.




                                                              42
ANTRAQUINONAS
• Substâncias fenólicas derivadas da dicetona do
  antraceno.
• Ação farmacológica principal: laxativos e
  catárticos, por agirem irritando o intestino
  grosso, aumentando a motilidade intestinal e,
  consequentemente, diminuindo a reabsorção de
  água.




                                              43
Sene
(Cassia augustifolia)




                        44
Ruibarbo
(Cassia augustifolia)




                        45
• é também utilizado no tratamento tópico de
  inflamações e infecções da mucosa oral;
• pode ser falsificado por ruibarbo rapôntico
  (principalmente R. rhaponticum L.) que, além
  de apresentar teores bem menores de
  antraquinonas, pode causar intoxicação grave,
  inclusive fatal (alto conteúdo de ácido oxálico
  corrosivo).



                                               46
ALCALÓIDES
• Atuam no sistema nervoso central (calmante,
  sedativo, estimulante, anestésico,
  analgésicos). Alguns podem ser cancerígenos e
  outros antitumorais.
• Ex.: Cafeína do café e guaraná, teobromina do
  cacau, pilocarpina do jaborandi, etc.



      Café           Guaraná           Cacau
MUCILAGENS
• Cicatrizante, antiinflamatório, laxativo,
  expectorante e antiespasmódico.
  Ex.:
       babosa                   confrei
ÓLEOS ESSENCIAIS
• Bactericida, antivirótico, cicatrizante,
  analgésico, relaxante, expectorante e
  antiespasmódico.
• Ex.: mentol nas hortelãs, timol no tomilho e
  alecrim, ascaridol na erva-de-santa-maria.




   Hortelã          Tomilho     Erva-de-santa-maria
Glicosídeos Cardiotônicos
• O que são?
• compostos    caracterizados    pela   ação
  altamente específica, homogênea e potente
  que exercem sobre o músculo cardíaco;
• medicamentos de escolha na insuficiência
  cardíaca.



                                          50
Ações farmacológicas e uso:
 Indicados no tratamento da insuficiência cardíaca
  crônica (congestiva), ICC:
• doença de progressão lenta, caracterizada pela
  incapacidade dos ventrículos em bombear
  quantidades adequadas de sangue para manter
  as necessidades periféricas do organismo.
• é acompanhada de sintomas de cansaço aos
  esforços, retenção hídrica e redução da
  expectativa de vida.
• principal causa de hospitalização do idoso e de
  mortalidade cardiovascular.

                                                 51
Principal droga: Dedaleira
(Digitalis purpurea)




                             52
CUIDADO!
• Cada planta tem seu uso e indicação certa. Por isso só aceite
  indicação de pessoa competente que entende de plantas
  medicinais.
• Qualquer planta medicinal só serve se for usada de forma correta.
• Quando for preparar seu chá use sempre a planta fresca colhida em
  lugar seguro, no quintal ou na horta de plantas medicinais.
• Não use plantas medicinais sujas, doentes ou mofadas.
• Nunca use plantas medicinais colhidas em beiras de estradas ou
  em locais sujos; elas podem estar contaminadas e causar
  problemas de saúde.
• Crianças e mulheres grávidas só devem tomar remédios que sejam
  indicados pelos médicos ou pelos especialistas em plantas
  medicinais.


                                                                 53
TOXICIDADE
      “Se não fizer bem, mal também não faz.”
• Deve-se tomar muito cuidado com as ervas tóxicas, pois se utilizadas sem
  critérios poderão produzir efeitos indesejáveis, como intoxicações
  moderadas ou fortes, irritações nas mucosas ou na pele, alergias e outros
  efeitos colaterais.
• Exemplo 1: canela, alecrim, boldo, louro, arruda e babosa.
  Não deve ser usadas por mulheres grávidas porque provocam aborto.
• Exemplo 2: arnica.
  É muito tóxica e irritante das mucosas, por isso não deve ser ingerida.




                     Arruda                    Boldo
Arnica                                                         Flor de arnica
Exemplo 3: ginko biloba.
     É um anticoagulante do sangue.




Exemplo 4: Funcho.
     É um convulsivante acima de 20g/L.
CONCENTRAÇÃO DE PRINCÍPIOS ATIVOS
• A concentração de princípio ativo varia conforme a época e
  maturação ou crescimento da erva.

Exemplos:
• Folhas: usar as folhas adultas e viçosas e o melhor período
  é antes da floração até o término da mesma.

• Talos: colhidos da mesma forma e com os mesmos cuidados
  aplicados as folhas.

• Cascas: usar as cascas de plantas adultas principalmente
  durante a floração da planta.

• Raiz: após o término da floração.
O horário da colheita também é importante:

* No caso das folhas e flores: deve ser feita pela
  manhã, depois da evaporação do orvalho.

* No caso das raízes: deve ser feita no finalzinho da
  tarde.
Obs. 1: Evitar colheitas na chuva ou logo após a
  mesma.
Obs. 2: As plantas aromáticas devem ser colhidas no
  final da tarde, pois é o período em que há maior
  concentração de princípios ativos.
Formas de utilização
 a) infusão                       i) xarope
•b)As principais formas de uso são: suco fresco
    chá tradicional - tisana j)
 c) decocção                      k) banho
 d) maceração                     l) compressa
 e) extratos                      m) inalação
 f) unguento                      n) pó
 g) cataplasma                    o) óleo
 h) tintura
INFUSÃO
• É usado quando se querem retirar os princípios ativos de
  um vegetal aromático, através de um leve cozimento,
  para tanto basta derramarmos água fervente sobre o
  vegetal desejado, tampar e deixar em infusão pelo
  período de 15 a 20 minutos, podendo ser ingerido
  quente ou frio.
• Exemplo: infusão da camomila.
• Parte da planta ............................................... 05 gr.
• Água quantidade suficiente para.....................100 ml

 Despejar água fervendo num recipiente com
 plantas. Tampar e deixar em infusão 5 a 30
 minutos (flores, folhas). Em seguida coar,
 adoçar se preferir.




                                                                           60
CHÁ TRADICIONAL – TISANA
• É usado para retirar os princípios ativos, quando estes
  apresentam características aromáticas.
• Preparo: coloca-se água no fogo, quando entrar em ebulição,
  coloca-se os vegetais frescos, lavados e picados na água,
  desligando-se posteriormente o fogo. Abafa-se e deixe esfriar.
  Exemplo: chá de hortelã.
DECOCÇÃO
• A finalidade é a mesma da infusão, porém o processo é usado para
  partes mais duras como casca ou raiz, de maior resistência à ação
  da água quente.
• Preparo: colocar as ervas numa vasilha, despejar água fria, levar ao
  fogo para o cozimento, deixando ferver por cinco ou dez minutos e
  em casos de partes mais endurecidas até trinta minutos. Após o
  cozimento, retirar do fogo e abafar por mais alguns minutos.
• Cozimento de raízes, cascas de varias
  plantas que vai de 3 a 15 minutos. Mexer
  bem, em seguida, com uma colher. Use
  dentre um dia.
• Planta............100 grs.
• Água............. 1.000 ml.




                                         63
MACERAÇÃO
• Ao contrário do que muita gente pensa macerar não é ―macetar‖. É
  um processo feito a frio, usando água, álcool, vinagre, vinho,
  glicerina ou outro líquido extrativo, deixando que a extração do
  princípio ativo ocorra naturalmente por um tempo determinado
  (horas ou dias),conforme a indicação.
• 50 a 200 gramas para 1 litro de líquido — água, álcool.
• Exemplos: vinho, licores
Garrafada Anti-inflamatória (Próstata, ovário
inflamado, útero e rins).
• Partes das Plantas: Casca de quixabeira, cajueiro-
  roxo, aroeira, ameixa, babatenô, favela, jatobá; raiz
  de coco-catolé; fruto de romã (casca do fruto).
• Modo de preparar: Retire a metade do vinho,
  coloque as plantas 10-15 g de cada e complete para
  um 1 litro de vinho branco, macere durante 3 dias.
• Dose e posologia: Um cálice, duas vezes ao dia.
  Durante um mês.
• Solvente: Vinho Branco.
                                  (DANTAS, 2007).
TINTURAS
• São preparações genéricas de ervas que se
  usam relações variadas de água e álcool. A
  maioria das tinturas são feitas de plantas secas
  a 20%. Geralmente, usa-se 1 parte seca da
  erva, 2 partes de água e 2 partes de álcool
  (DANTAS, 2007).
ALCOOLATURA
• São tinturas feitas com plantas frescas

• As alcoolaturas são obtidas pela ação do álcool sobre drogas
  frescas que não podem sofrer processos de estabilização e
  secagem, pois perdem a sua atividade.

• Na alcoolatura, são empregadas partes iguais em peso de planta
  fresca e de álcool a um título elevado para evitar uma diluição
  elevada pela água liberada pela planta.

• O modo de preparação é muito simples, basta macerar por 8 dias a
  droga fresca rasurada em um recipiente fechado, com álcool, fazer
  uma expressão e logo após uma filtração.
XAROPE
• É a preparação de uso prolongado, usado principalmente para
  doenças da garganta, pulmão e brônquios.
• O xarope medicamentoso deve ser preparado da seguinte
  maneira: dissolve-se 850 gramas de açúcar em 450 mililitros
  de água potável e quente, aquece-se até a diluição e obtendo-
  se um ponto de fio entre os dedos. Sempre atingindo um litro
  da mistura. Pode-se adicionar chá da erva ou tintura vegetal.
SUCO FRESCO
• Este é um processo para ser usado de imediato. Pode
  ser feito de duas maneiras:
• Primeira: quando temos frutos maduros e moles, basta
  para tal espremê-los em um pano.
• Segunda: quando temos outros tipos de frutos, folhas ou
  mesmo flores e sementes. Usa-se o liquidificador ou
  mesmo pilão de socar alho. Podem ser diluídos ou não
  em água.
A HORA CERTA DE TOMAR UM CHÁ
• Como cada uma das Plantas Medicinais tem uma ação
  característica, devemos sempre tomar alguns cuidados, como
  nunca tomar à noite chás com plantas que sejam estimulantes
  do sistema nervoso central ou tônico, pois estes podem
  atrapalhar o seu sono.
• Ao levantar-se prefira os tônicos e estimulantes para enfrentar
  o seu dia de trabalho, logo podemos tomar chás de alecrim,
  canela, gengibre e tomilho.
• No horário do almoço, indica-se os digestivos como: camomila, erva-
  doce, manjericão, hortelã e boldo.




• A tarde prefira os menos calmantes como: hortelã, sálvia e erva-doce.




• Ao jantar indica-se para uma boa noite de sono relaxante: capim limão,
  melissa, casca de maçã e camomila.
PLANTAS MEDICINAIS E
SUA AÇÃO NO
ORGANISMO
PLANTAS ANTIDIARRÉICAS
• Plantas usadas para parar a diarréia.
• Exemplos:
      1. Abóbora: usa-se a polpa cozida.
      2. Arroz: maceração dos grãos crus por 6 horas ou a
  água do arroz cozido.
      3. Goiaba, Jabuticaba e Tamarindo: princípio ativo:
  tanino. Usa-se infusão de folhas ou cascas do caule.
PLANTAS CARMINATIVAS
• São plantas que ajudam a eliminar os gases.
  Exemplos:
       1. Anis, Erva-doce: princípio ativo: anetol. Usa-se o chá três vezes ao
  dia.
       2 . Camomila: princípio ativo: azuleno. Usa-se o chá três vezes ao dia.
       3. Canela do ceilão: princípio ativo: óleo essencial: aldeído cinâmico.
  Usa-se chá três vezes ao dia.
       4. Erva cidreira capim e Melissa: princípio ativo: óleo essencial: citral.
  Usa-se três vezes ao dia.




       Anis              Camomila              Canela             Melissa
PLANTAS ANTIEMÉTICAS
• São plantas que amenizam o vômito.
  Exemplos:
      1. Hortelã: princípio ativo: óleo essencial: mentol.
  Usa-se chá das folhas e flores, três vezes ao dia.
      2. Noz moscada: princípio ativo: óleo essencial:
  miristicina. Usa-se chá das sementes de uma a duas vezes
  ao dia.




            Hortelã          Noz moscada
PLANTAS LAXATIVAS
• São plantas que aumentam o trânsito intestinal.
  Exemplos:
        1. Ameixa: princípio ativo: glicosídeos antraquinônicos: quercetina.
  Deixa-se o fruto de molho em um copo com água de um dia para o outro.
        2. Babosa: princípio ativo: glicosídeos antraquinônicos: áloe emolina.
  Use o suco da folha com água em jejum.
        3. Beterraba: princípio ativos: fibras. Usa-se uma raiz cozida nas
  refeições.
        4. Figo:princípio ativo: mucilagens. Ferver o fruto maduro e deixar
  em repouso durante a noite. Tomar em jejum.




        Ameixa             Babosa            Beterraba             Figo
PLANTAS EMÉTICAS
• São plantas que provocam vômito eliminando o conteúdo
  alimentar do estômago.
  Exemplos:
       1. Losna: componente absintina é um bloqueador do
  S.N.C com poder acumulativo, pode causar convulsões e
  alucinações. É abortivo em qualquer dosagem.
       2. Louro: princípio ativo: óleo essencial: cineol e
  princípios amargos. 2g em um copo de água.




               Losna                         Louro
PLANTAS DIGESTIVAS
• São plantas usadas para acelerar o processo de digestão.
  Exemplos:
       1. Abacate: princípio ativo: óleo fixo, mucilagens e
  enzimas digestivas. Comer a polpa do fruto após as refeições.
       2. Abacaxi: princípio ativo: enzima digestiva: bromelina.
  Comer a fruta após as refeições. A bromelina facilita a
  digestão das gorduras.
       3. Boldo: princípios ativos: amargos e terpenos. Suco
  fresco das folhas.




      Abacate            Abacaxi            Boldo
PLANTAS DIGESTIVAS
      4. Hortelã: princípio ativo: óleo essencial: mentol. Chá das
 folhas e flores.
      5. Mamão: princípio ativo: enzima digestiva: papaína.
 Ingerir a polpa do fruto após as refeições.
      6. Salsa: princípio ativo: óleo essencial: apiol e dilapiol.
 Chá das folhas após as refeições.




     Hortelã                Mamão                 Salsa
PLANTAS COLAGOGAS E COLERÉTICAS
• São plantas que ajudam o fígado e a vesícula a ter um bom
  funcionamento.
  Exemplos:
       1. Alcachofra: princípio ativo: glico-alcalóide: cinarina.
  Chá da folha três vezes ao dia.
       2. Boldo: princípios ativos: amargos e terpenos. Suco
  fresco das folhas.
       3. Carqueja: princípio ativo: substâncias amargas e óleos
  essenciais: pinenos e carquejol. Chá das folhas após as
  refeições.
                        Alcachofra                     Carqueja
PLANTAS DIURÉTICAS
• Plantas que auxiliam na eliminação de urina.
  Exemplos:
       1. Abacateiro: princípio ativo: óleo essencial: D. perseitol. Usa-
  se o chá das folhas, duas vezes ao dia.
       2. Aipo: princípio ativo: apiina. Usa-se infusão das folhas, três
  vezes ao dia.
       3. Avenca: princípios amargos: capilarina. Usa-se infusão das
  folhas, três vezes ao dia.
       4. Milho: princípios ativos: saponinas, tanino, ácido palmítico.
  Usa-se infusão das estigmas, três vezes ao dia.




      Abacate             Aipo              Avenca        Cabelo de Milho
PLANTAS ANTITUSSÍGENOS E EMOLIENTES
• São plantas que atuam nos problemas respiratórios.
  Exemplos:
       1. Agrião: princípios ativos óleo essencial, glicosídeos.
  Usa-se suco fresco de toda a planta com mel, três vezes ao
  dia.
       2. Abacaxi: princípio ativo: enzima: bromelina usado na
  síntese de produtos antiasmáticos. Usa-se xarope do fruto.
       3. Cebola: princípio ativo: óleo essencial: alicina.
  Excelente expectorante e bactericida potente. Usa-se xarope
  dos bulbos.




                 Agrião           Abacaxi            Cebola
PLANTAS ANTITUSSÍGENOS E EMOLIENTES
     4. Eucalipto: princípio ativo: óleo essencial: cineol ou
 eucaliptol. Usa-se xarope das folhas.
     5. Guaco: princípio ativo: ácido mikânico e a cumarina.
 Usa-se xarope das folhas, três vezes ao dia.
     6. Gengibre: princípios ativos: óleo essencial: zingiberens.
 Melhora a digestão e mascara o gosto de peixe cru. Usa-se
 xarope dos rizomas.
     7. Poejo: princípio ativo: óleo essencial: puligona e
 mentona.




   Eucalipto          Guaco         Gengibre          Poejo
PLANTAS GALACTAGOGAS
• São plantas usadas para aumentar a produção de leite.
  Exemplos:
        1. Algodoeiro: princípio ativo: acetovanilona, betaina e
  fitosterois. Usa-se a decocção das sementes.
        2. Funcho: princípio ativo: óleo essencial: anetol e
  fencona. Usa-se chá dos frutos.
        3. Manga: princípio ativo: óleo essencial: α e β terpeno;
  ácido anacárdico; anacardiol e cardol. Usa-se infusão das
  folhas, uma hora antes de amamentar.




    Algodoeiro             Funcho              Manga
PLANTAS SEDATIVAS
• São plantas que ajudam como sedativos brandos.
  Exemplos:
       1. Melissa: princípio ativo: óleo essencial: citral. Macera-
  se as folhas em vodka ou o chá das folhas frescas.
       2. Maracujá: princípio ativo: alcalóides (armano, armina e
  armolo) glicosídeos, flavonóides e taninos. Usa-se chá das
  folhas picadas.




               Melissa                    Maracujá
PLANTAS HIPOGLICEMIANTES
• São plantas que ajudam no tratamento do diabetes.
  Exemplos:
      1. Jambo, Jambolão e Pata de vaca: princípio ativo:
  aminoácidos hipoglicinas A e B. Usa-se infusão das folhas, três
  vezes ao dia.




      Jambo              Jambolão           Pata de vaca
PLANTAS PARA ÚLCERAS
• Plantas usadas no tratamento de úlceras pépticas.
  Exemplos:
      1. Couve: princípio ativo: vitamina U (Brasinina). Usa-se o
  suco das folhas frescas, depois das refeições.
      2. Espinheira santa: princípio ativo: óleo essencial, tanino,
  ácido clorogênico e amirina. Usa-se a infusão das folhas, três
  vezes ao dia.
      3. Repolho: princípio ativo: vitamina U (brasinina). Usa-se
  suco das folhas frescas, após as refeições.




           Couve          Espinheira santa          Repolho
PLANTAS USADAS EM QUEIMADURAS
SOLARES
• São plantas com alto poder cicatrizante.
  Exemplos:
       1. Babosa: princípio ativo: mucilagens refrescantes e Áloe
  emolina (recuperadora de tecido epitelial). Usa-se o suco
  fresco das folhas, aplicar sobre os locais irritados pelos raios
  de sol.
       2. Goiabeira: princípio ativo: tanino (vaso constritor
  periférico) O tanino ajuda a coagular as proteínas da pele.
  Usa-se infusão das folhas ou cascas do lenho, aplica-se sobre a
  pele irritada.




                  Goiabeira                       Babosa
A fitoterapia, além de resgatar a cultura
tradicional do uso das plantas medicinais pela
população, possibilita a ampliação do seu
acesso, a prevenção de agravos e da
promoção, manutenção e recuperação da
saúde baseada em modelo de atenção
humanizada e centrada na integralidade do
indivíduo, contribuindo ao fortalecimento dos
princípios fundamentais do Sistema Único de
Saúde –SUS.
90

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Farmacobotânica parte1

  • 2. História • As plantas medicinais foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados para o cuidado da saúde dos seres humanos e de sua família (ALMEIDA, 2003). • Mesopotâmia: 50.000 anos: Uso de plantas medicinais: mulheres: agricultura e pecuária. • Civilizações antigas: chinesa e indiana (há 5.000 anos); • Egito: mumificação: mirra, canela, entre outras. Papiros de Ebers: 1550 a.C: 500 plantas e 800 receitas. • Bíblia: hissopo (família do orégano); alcaparra; açafrão; hortelã; cominho; coentro; mostarda; alho-poró; mirra; cebola e alho. • Hipócrates (468-377 a.C). Tratamento com mais de 400 espécies. • Discórides (40-80 d.C.) Matéria Medica (Sobre as Formas de Curar), foi o primeiro manual do gênero. Muito detalhado o texto descrevia cerca de 600 espécies. (ELDIN & DUNFORTE, 2001)
  • 3. • Idade Média, a fitoterapia, assim como toda a ciência, sofreu um processo de estagnação. • Renascimento, com o aparecimento dos alquimistas e a descoberta das Américas com seus Xamãs indígenas, houve também o ―renascimento‖ da fitoterapia e outras práticas científicas. • Brasil: Cabral: fitoterapia reinava. • Período Pós-revolução Industrial, com o início da indústria de síntese, a fitoterapia passa a ser relegada a um plano secundário. • Séc. XIX: surge os medicamentos sintéticos (síntese AAS) • Final do séc. XX: ressurge a utilização das plantas medicinais. • O uso de plantas medicinais e fitoterápicos, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico, passou a ser oficialmente reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1978.
  • 4. A história dos medicamentos 2.000 AC: agora, coma esta raiz 1.000 AC: aquela raiz é pagã. Agora, reze esta prece. 1.850 DC: aquela prece é superstição. Agora, beba esta poção 1.920 DC: aquela poção é óleo de serpente. Agora, tome esta pílula 1.945 DC: aquela pílula é ineficaz. Agora, leve esta penicilina 1955 DC: “oops”... Os micróbios mudaram! Agora, leve esta tetraciclina. 1960 - 1999: mais 39 “oops”... Agora, leve este antibiótico mais poderoso. 2.000 DC: os micróbios venceram! Agora, coma esta raiz.
  • 5. PLANTAS MEDICINAIS NO BRASIL O indígena não conhecia somente a localização do ouro ou onde poderia ser encontrado o pau-brasil, ele também era detentor de um saber que poderia significar a diferença entre a vida e a morte, em um biota completamente desconhecido para o europeu. (SOUZA, 1971).
  • 6. • Plantas medicinais empregadas na medicina popular e práticas médicas vigentes relações culturais que aqui se estabeleceram entre os grupos formadores do país: os índios, os negros e os brancos. • Certas plantas tiveram importância extraordinária na história da medicina e da própria civilização. Um notável exemplo: a quina. • A quina foi o primeiro medicamento eficaz para a cura da malária.
  • 7. PADRE ANTONIO VIEIRA Missionário Português QUINA CINCHONA 7
  • 8. EM 1820, OS FRANCESES ISOLARAM A QUININA, O PRINCIPAL COMPONENTE DA QUINA, RESPONSÁVEL PELA ATIVIDADE ANTIMALÁRICA. QUININA Alexandre F Neves 8
  • 9. BRASIL MAIOR BIODIVERSIDADE DO MUNDO  55.000 ESPÉCIES SUPERIORES  3.000 MEDICINAIS AROMÁTICAS FITOTERÁPICOS (MILHÕES US$) 1998 500 2000 700 2010 1.000 (estimativa) 2005 – JÁ ATINGIU “As plantas brasileiras não apenas curam: fazem milagres” (Von Martius, botânico alemão) 9
  • 10. Enquanto no Brasil existe a polêmica em relação a fitoterapia, no mundo...
  • 11. Pau Brasil roubaram dos povos indígenas da região o segredo de como extrair um pigmento vermelho do Pau Brasil. A árvore que deu ao Brasil seu nome, está sendo preservada apenas em alguns jardins botânicos. Açaí Fruto da palmeira Euterpe oleracea da região amazônica que teve seu nome registrado no Japão, em 2003. Por causa de pressão de organizações não-governamentais da Amazônia, o governo japonês cancelou esta patente.
  • 12. Espinheira Santa A espinheira santa (Maytenus ilicifolia) é nativa de muitas partes da América do Sul e sudeste do Brasil. A empresa japonesa Nippon Mektron detém uma patente de um remédio que se utiliza do extrato da espinheira santa, desde 1996. Curare Uma mistura tóxica de várias plantas, usada tradicionalmente por algumas etnias indígenas da Amazônia, para envenenar as pontas de suas flechas cuja fórmula foi mantida em segredo pelos índios durante séculos, Alexander von Humboldt foi o primeiro Europeu, em 1800, a testemunhar e descrever como os ingredientes eram preparados. O curare começaria a ser utilizado como um anestésico em 1943, quatro anos depois que seu ingrediente ativo, o d-tubocurarine foi isolado. Quinina Os povos indígenas usavam a planta para tratamento de febre. Derivado da árvore de cinchona (Cinchona officinalis), ela foi usada na década 20 nos Estados Unidos para o tratamento de malária. O produto ficou conhecido como "casca de febre dos Índios" (Indian fever bark) e foi usado na Europa desde o inicio do século 16. A demanda pela cinchona desencadeou um processo de exploração que quase a fez extinta. Contrabandeando a planta da América do Sul para Java, em 1865, o inglês Charles Ledger, na verdade, contribuiu com sua preservação. E apenas sessenta anos mais tarde, mais que 95% do quinina do mundo vinha de Java.
  • 13. Jaborandi Planta (Pilocarpus pennatifolius) só encontrada no Brasil, o jaborandi tem sua patente registrada pela indústria farmacêutica alemã Merk, em 1991. Mandioca A Biolink quer patentear cumaniol, uma substância extraída de um veneno feito da mandioca selvagem, usado para pesca na Amazônia. O novo produto, de acordo com a companhia Canadense, pode ser usado para parar o coração durante cirurgias delicadas.
  • 14. Avanços  Portaria MS nº 971, maio/2006: aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS). • SUBGRUPOS : Medicina Tradicional Chinesa/acupuntura; Homeopatia; Fitoterapia (elaboração da Relação Nacional de plantas medicinais e fitoterápicos, bem como o provimento do acesso aos usuários do SUS); Medicina Antroposófica.  Decreto Federal nº 5.813, junho/2006: instituiu a “Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos”, que incentiva as pesquisas e dá diretrizes para implantação de serviços em caráter nacional pelas Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios.
  • 15. UTILIZAÇÃO DE PLANTAS PELA POPULAÇÃO • A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que, atualmente, a prática do uso de plantas medicinais é tida como a principal opção terapêutica de aproximadamente 80% da população mundial.
  • 16. PORQUE A POPULAÇÃO USA PLANTAS MEDICINAIS? • Busca por remédios fitoterápicos • Fatores socioeconômicos: pobreza • Manutenção das tradições: cultura • Falência do sistema tradicional de saúde • Mudança de paradigmas humanos: consciência ecológica • O desenvolvimento de uma farmacologia natural científica, ética e responsável.
  • 18. FARMACOGNOSIA  Deriva de duas palavras gregas: • Pharmakon = droga, medicamento, remédio, veneno; • Gnosis = conhecimento.  Um dos mais antigos ramos da farmacologia; Estudo do uso, da produção, da história, do armazenamento, da comercialização, da identificação, da avaliação e do isolamento de princípios ativo, inativo ou derivados de animais e vegetais. 18
  • 19. FARMACOGNOSIA FARMACOBOTÂNICA FARMACOZOOLOGIA Se preocupa com as drogas Se preocupa com as drogas de origem vegetal. de origem animal. 19
  • 20. FARMACOGNOSIA FITOTERAPIA OPOTERAPIA Utiliza-se de drogas de Utiliza-se de drogas de origem vegetal para o origem animal para o tratamento de doenças e tratamento infecções. de doenças e infecções. 20
  • 21. Farmacobotânica • SISTEMÁTICA VEGETAL – Objetivos – identificação, nomenclatura e classificação das plantas; – Categorias Taxonômicas: • Unidade fundamental: espécie; • Conjunto de espécies que se assemelham: gênero; Família<Ordem<Classe<Divisão 21
  • 22. Sistemática Vegetal Espécie Mentha sativa Hortelã pimenta Mentha piperita Hortelã verde - Mentha spicata Poejo- Mentha pulegium Hortelã Crespa - Mentha crispa Hortelã doce- Mentha arvensis Gênero Mentha Família Lamiaceae Ordem Lamiales Classe Magnoliopsida Divisão Magnoliophyta Reino Plantae 22
  • 23. Nomenclatura COMO DAR NOMES ÀS PLANTAS? • Nome científico: binômio, escrito em latim. – Ex.: Coffea arabica L. • Coffea – denominação genérica ou gênero • arabica – denominação específica ou espécie • L. – indica a primeira letra do nome do pesquisador que indentificou pela primeira vez a espécie.
  • 24. Aloe vera  A primeira palavra corresponde ao gênero e deve ser escrita em letra inicial maiúscula.  A segunda palavra corresponde à espécie e deve ser escrita em letra inicial minúscula.  Quando não conhecemos a espécie, usamos o termo “spp”.  Por exemplo: a Mentha spp pode ser a Mentha arvensis e a Mentha piperita.  O nome científico deve estar em itálico, negrito ou grifado.
  • 25. • Nome Popular: − São regionais. Uma mesma planta pode receber vários nomes populares, de acordo com a região. − Ex.: Guaco Científico: Mikania glomerata Spreng. Populares: Guaco, erva-das-serpentes, uaco, cipó- catinga, cipó-sucuriju, erva-cobre e erva-de-cobra.
  • 26. Definições: – Planta medicinal: planta utilizada de forma tradicional, com finalidade terapêutica. – Droga vegetal: planta medicinal ou suas partes, após processo de coleta, estabilização e secagem, podendo ser integra, triturada ou pulverizada. – Derivado de droga vegetal: produto de extração da matéria prima vegetal, ou seja: extrato, tintura, óleo, suco e outros. – Matéria prima vegetal: planta medicinal fresca, droga vegetal ou derivados de droga vegetal. Compreende os estágios pelos quais passa a planta medicinal até a elaboração do fitoterápico. – Medicamento Fitoterápico: é todo medicamento obtido exclusivamente com matéria-prima vegetal. É caracterizado pelo conhecimento de sua eficácia e segurança, de sua reprodutibilidade e constância de sua qualidade. 26
  • 27. Farmacobotânica • Para caracterização do fitoterápico utiliza-se a farmacopéia brasileira ou monografia produzida pelo fabricante. 27
  • 28. FITOTERAPIA Homeopatia : medicamento homeopático Alopatia : • medicamento químico • medicamento fitoterápico : - abordagem oriental : chinesa indiana - abordagem ocidental : clínico popular 28
  • 30. Plantas medicinais e suas finalidades: Matéria-prima para: • medicamentos • alimentos • cosméticos • perfumaria • aromatizantes • outros 30
  • 31. Medicamentos fitoterápicos vendidos sob prescrição:  É permitida a dispensação somente sob prescrição médica (Instrução normativa nº 5, 2008 (ANVISA): • Arctostaphylos uva-ursi (uva-ursi – infecções trato urinário) • Cimicifuga racemosa (cimicífuga – sintomas do climatério) • Echinacea purpurea (equinácea – terapia resfriados e infecções respiratórias) • Ginkgo biloba (ginkgo – insuf. vasc. cerebral, vertigens, etc) • Hypericum perforatum (hipérico – depressão leve e moderada) • Piper methysticum (kava-kava – ansiedade, insônia, tensão nervosa, agitação) • Tanacetum parthenium (tanaceto - enxaqueca) • Valeriana officinalis (valeriana – sedativo moderado hipnótico, ansiolítico, insônia) 31
  • 32. Alguns medicamentos fitoterápicos que podem ser vendidos sem prescrição:  É permitida a dispensação sem a prescrição médica: • Aesculus hippocastanum (castanha-da-india – fragilidade capilar, insuficiência venosa) • Allium sativum (alho – coadj .em hiperlipidemia e hipertensão arterial leve, auxiliar na prevenção da aterosclerose) • Aloe vera (babosa – cicatriz. em queimaduras térmicas (1 e 2º graus) e radiação) • Arnica montana (arnica – equimoses, hematomas e contusões - TÓPICA) • Calendula officinalis (calêndula – cicatrizante, antiinflamatório) • Centella asiatica (centela – insuficiência venosa dos membros inferiores) • Cynara scolymus (alcachofra – colerético, colagogo) • Eucalyptus globulus (eucalipto - anti-séptico e antibacteriano vias aéreas super., expector.) • Glycyrrhiza glabra (alcaçuz – expectorante, coadjuvante em úlceras gástricas e duodenais) • Hamamelis virginiana (hamamélis – hemorróidas e equimoses) 32
  • 33. Matricaria recutita (camomila - antiespasmódico intestinal, dispepsias funcionais. Uso tópico: antiinflamatório) • Maytenus ilicifolia (espinheira-santa - dispepsias, coadj. em gastrite e úlcera gastroduod.) • Melissa officinalis (melissa - carminativo, antiespasmódico, ansiolítico leve) • Mentha piperita (hortelã-pimenta - carminativo, antiespasmódico intestinal, expectorante) • Mikania glomerata (guaco - expectorante, broncodilatador) • Panax ginseng (ginseng - estado de fadiga física e mental, adaptógeno) • Passiflora incarnata (maracujá - ansiolítico leve) • Paullinia cupana (guaraná - psicoestimulante/astenia) • Peumus boldus (boldo-do-chile – colagogo (estimula o fluxo biliar), colerético (aumenta a secreção), dispepsias funcionais, distúrbios gastrointestinais espásticos) • Pimpinella anisum (erva-doce – expector., antiespasmód., carminativo, dispeps. funcionais) • Senna alexandrina (sene - laxativo) • Rhamnus purshiana (cáscara-sagrada - constipação ocasional - Não utilizar 33 continuamente por mais de uma semana)
  • 34. PRINCÍPIOS ATIVOS São as substâncias bioativas, isto é, que têm ação medicinal. São compostos que conferem ação terapêutica às plantas medicinais.
  • 35. TANINOS • O que são taninos? • um grande grupo de substâncias naturais, complexas, de natureza fenólica. 35
  • 36. Aplicações farmacológicas: • antídotos em intoxicações por metais pesados e alcaloides; • adstringentes: via externa: cicatrizantes; via interna: antidiarreicos; • antissépticos; • antioxidantes. 36
  • 37. BARBATIMÃO (Stryphnodendron adstringens) • Tem ação antisséptica,cicatrizante, antibacteriana e antifúngica. • Indicações: Uso interno: gastrite, úlcera e dor de garganta. Uso externo: Tratamento de feridas, hemorroida, gengivites, infecções vaginais 37
  • 38. GOIABEIRA (Psidium guajava) • Atividade antimicrobiana, antidiarreica, fungicida, bactericida, antioxidante, antiulcerativa, sedativa, antitussígena, tonificante do coração, utilizado em bochechos e gargarejos para inflamações na boca e na garganta. • Indicações: Afecção da garganta, aftas, diarreia, estomatite, gengivite, tosse, hemorragia. 38
  • 39. FLAVONÓIDES • São conhecidos mais de 2000 flavonoides, sendo o maior grupo de compostos fenólicos naturais encontrados na natureza.
  • 40. Aplicações farmacológicas: • Anti-inflamatórios, • antialérgicos, • vasoprotetores, • antiedematoso, • espasmolítico, • antihepatotóxico e • antimicrobiano. 40
  • 41. Ginkgo biloba L. • Antioxidante, inibidor da agregação plaquetária, regulador da vascularização do cérebro. • Indicação: Uso interno : combate a perda da memória, os distúrbios de concentração, os distúrbios vasculares periféricos, os zumbidos no ouvido ou vertigens, a ansiedade. Exerce também um efeito antioxidante e protetor. Esta planta pode ter virtudes preventivas contra os tumores e a aterosclerose. 41
  • 42. CAMOMILA (Matricaria chamomila L.) • Antiespasmódica, carminativa, calmante, cicatrizante, tônica, emoliente, refrescante, antisséptica, anti-inflamatória. • Indicações: cólicas espasmódicas, indigestão, atenuar alergias e doenças de pele, tranquilizante. Utilizada para prevenir rachaduras de peles secas. Na tensão pré-menstrual pode ser utilizada por seu efeito sedativo, relaxante muscular, contra insônia. 42
  • 43. ANTRAQUINONAS • Substâncias fenólicas derivadas da dicetona do antraceno. • Ação farmacológica principal: laxativos e catárticos, por agirem irritando o intestino grosso, aumentando a motilidade intestinal e, consequentemente, diminuindo a reabsorção de água. 43
  • 46. • é também utilizado no tratamento tópico de inflamações e infecções da mucosa oral; • pode ser falsificado por ruibarbo rapôntico (principalmente R. rhaponticum L.) que, além de apresentar teores bem menores de antraquinonas, pode causar intoxicação grave, inclusive fatal (alto conteúdo de ácido oxálico corrosivo). 46
  • 47. ALCALÓIDES • Atuam no sistema nervoso central (calmante, sedativo, estimulante, anestésico, analgésicos). Alguns podem ser cancerígenos e outros antitumorais. • Ex.: Cafeína do café e guaraná, teobromina do cacau, pilocarpina do jaborandi, etc. Café Guaraná Cacau
  • 48. MUCILAGENS • Cicatrizante, antiinflamatório, laxativo, expectorante e antiespasmódico. Ex.: babosa confrei
  • 49. ÓLEOS ESSENCIAIS • Bactericida, antivirótico, cicatrizante, analgésico, relaxante, expectorante e antiespasmódico. • Ex.: mentol nas hortelãs, timol no tomilho e alecrim, ascaridol na erva-de-santa-maria. Hortelã Tomilho Erva-de-santa-maria
  • 50. Glicosídeos Cardiotônicos • O que são? • compostos caracterizados pela ação altamente específica, homogênea e potente que exercem sobre o músculo cardíaco; • medicamentos de escolha na insuficiência cardíaca. 50
  • 51. Ações farmacológicas e uso:  Indicados no tratamento da insuficiência cardíaca crônica (congestiva), ICC: • doença de progressão lenta, caracterizada pela incapacidade dos ventrículos em bombear quantidades adequadas de sangue para manter as necessidades periféricas do organismo. • é acompanhada de sintomas de cansaço aos esforços, retenção hídrica e redução da expectativa de vida. • principal causa de hospitalização do idoso e de mortalidade cardiovascular. 51
  • 53. CUIDADO! • Cada planta tem seu uso e indicação certa. Por isso só aceite indicação de pessoa competente que entende de plantas medicinais. • Qualquer planta medicinal só serve se for usada de forma correta. • Quando for preparar seu chá use sempre a planta fresca colhida em lugar seguro, no quintal ou na horta de plantas medicinais. • Não use plantas medicinais sujas, doentes ou mofadas. • Nunca use plantas medicinais colhidas em beiras de estradas ou em locais sujos; elas podem estar contaminadas e causar problemas de saúde. • Crianças e mulheres grávidas só devem tomar remédios que sejam indicados pelos médicos ou pelos especialistas em plantas medicinais. 53
  • 54. TOXICIDADE “Se não fizer bem, mal também não faz.” • Deve-se tomar muito cuidado com as ervas tóxicas, pois se utilizadas sem critérios poderão produzir efeitos indesejáveis, como intoxicações moderadas ou fortes, irritações nas mucosas ou na pele, alergias e outros efeitos colaterais. • Exemplo 1: canela, alecrim, boldo, louro, arruda e babosa. Não deve ser usadas por mulheres grávidas porque provocam aborto. • Exemplo 2: arnica. É muito tóxica e irritante das mucosas, por isso não deve ser ingerida. Arruda Boldo Arnica Flor de arnica
  • 55. Exemplo 3: ginko biloba. É um anticoagulante do sangue. Exemplo 4: Funcho. É um convulsivante acima de 20g/L.
  • 56. CONCENTRAÇÃO DE PRINCÍPIOS ATIVOS • A concentração de princípio ativo varia conforme a época e maturação ou crescimento da erva. Exemplos: • Folhas: usar as folhas adultas e viçosas e o melhor período é antes da floração até o término da mesma. • Talos: colhidos da mesma forma e com os mesmos cuidados aplicados as folhas. • Cascas: usar as cascas de plantas adultas principalmente durante a floração da planta. • Raiz: após o término da floração.
  • 57. O horário da colheita também é importante: * No caso das folhas e flores: deve ser feita pela manhã, depois da evaporação do orvalho. * No caso das raízes: deve ser feita no finalzinho da tarde. Obs. 1: Evitar colheitas na chuva ou logo após a mesma. Obs. 2: As plantas aromáticas devem ser colhidas no final da tarde, pois é o período em que há maior concentração de princípios ativos.
  • 58. Formas de utilização a) infusão i) xarope •b)As principais formas de uso são: suco fresco chá tradicional - tisana j) c) decocção k) banho d) maceração l) compressa e) extratos m) inalação f) unguento n) pó g) cataplasma o) óleo h) tintura
  • 59. INFUSÃO • É usado quando se querem retirar os princípios ativos de um vegetal aromático, através de um leve cozimento, para tanto basta derramarmos água fervente sobre o vegetal desejado, tampar e deixar em infusão pelo período de 15 a 20 minutos, podendo ser ingerido quente ou frio. • Exemplo: infusão da camomila.
  • 60. • Parte da planta ............................................... 05 gr. • Água quantidade suficiente para.....................100 ml  Despejar água fervendo num recipiente com plantas. Tampar e deixar em infusão 5 a 30 minutos (flores, folhas). Em seguida coar, adoçar se preferir. 60
  • 61. CHÁ TRADICIONAL – TISANA • É usado para retirar os princípios ativos, quando estes apresentam características aromáticas. • Preparo: coloca-se água no fogo, quando entrar em ebulição, coloca-se os vegetais frescos, lavados e picados na água, desligando-se posteriormente o fogo. Abafa-se e deixe esfriar. Exemplo: chá de hortelã.
  • 62. DECOCÇÃO • A finalidade é a mesma da infusão, porém o processo é usado para partes mais duras como casca ou raiz, de maior resistência à ação da água quente. • Preparo: colocar as ervas numa vasilha, despejar água fria, levar ao fogo para o cozimento, deixando ferver por cinco ou dez minutos e em casos de partes mais endurecidas até trinta minutos. Após o cozimento, retirar do fogo e abafar por mais alguns minutos.
  • 63. • Cozimento de raízes, cascas de varias plantas que vai de 3 a 15 minutos. Mexer bem, em seguida, com uma colher. Use dentre um dia. • Planta............100 grs. • Água............. 1.000 ml. 63
  • 64. MACERAÇÃO • Ao contrário do que muita gente pensa macerar não é ―macetar‖. É um processo feito a frio, usando água, álcool, vinagre, vinho, glicerina ou outro líquido extrativo, deixando que a extração do princípio ativo ocorra naturalmente por um tempo determinado (horas ou dias),conforme a indicação. • 50 a 200 gramas para 1 litro de líquido — água, álcool. • Exemplos: vinho, licores
  • 65. Garrafada Anti-inflamatória (Próstata, ovário inflamado, útero e rins). • Partes das Plantas: Casca de quixabeira, cajueiro- roxo, aroeira, ameixa, babatenô, favela, jatobá; raiz de coco-catolé; fruto de romã (casca do fruto). • Modo de preparar: Retire a metade do vinho, coloque as plantas 10-15 g de cada e complete para um 1 litro de vinho branco, macere durante 3 dias. • Dose e posologia: Um cálice, duas vezes ao dia. Durante um mês. • Solvente: Vinho Branco. (DANTAS, 2007).
  • 66. TINTURAS • São preparações genéricas de ervas que se usam relações variadas de água e álcool. A maioria das tinturas são feitas de plantas secas a 20%. Geralmente, usa-se 1 parte seca da erva, 2 partes de água e 2 partes de álcool (DANTAS, 2007).
  • 67. ALCOOLATURA • São tinturas feitas com plantas frescas • As alcoolaturas são obtidas pela ação do álcool sobre drogas frescas que não podem sofrer processos de estabilização e secagem, pois perdem a sua atividade. • Na alcoolatura, são empregadas partes iguais em peso de planta fresca e de álcool a um título elevado para evitar uma diluição elevada pela água liberada pela planta. • O modo de preparação é muito simples, basta macerar por 8 dias a droga fresca rasurada em um recipiente fechado, com álcool, fazer uma expressão e logo após uma filtração.
  • 68. XAROPE • É a preparação de uso prolongado, usado principalmente para doenças da garganta, pulmão e brônquios. • O xarope medicamentoso deve ser preparado da seguinte maneira: dissolve-se 850 gramas de açúcar em 450 mililitros de água potável e quente, aquece-se até a diluição e obtendo- se um ponto de fio entre os dedos. Sempre atingindo um litro da mistura. Pode-se adicionar chá da erva ou tintura vegetal.
  • 69. SUCO FRESCO • Este é um processo para ser usado de imediato. Pode ser feito de duas maneiras: • Primeira: quando temos frutos maduros e moles, basta para tal espremê-los em um pano. • Segunda: quando temos outros tipos de frutos, folhas ou mesmo flores e sementes. Usa-se o liquidificador ou mesmo pilão de socar alho. Podem ser diluídos ou não em água.
  • 70. A HORA CERTA DE TOMAR UM CHÁ • Como cada uma das Plantas Medicinais tem uma ação característica, devemos sempre tomar alguns cuidados, como nunca tomar à noite chás com plantas que sejam estimulantes do sistema nervoso central ou tônico, pois estes podem atrapalhar o seu sono. • Ao levantar-se prefira os tônicos e estimulantes para enfrentar o seu dia de trabalho, logo podemos tomar chás de alecrim, canela, gengibre e tomilho.
  • 71. • No horário do almoço, indica-se os digestivos como: camomila, erva- doce, manjericão, hortelã e boldo. • A tarde prefira os menos calmantes como: hortelã, sálvia e erva-doce. • Ao jantar indica-se para uma boa noite de sono relaxante: capim limão, melissa, casca de maçã e camomila.
  • 72. PLANTAS MEDICINAIS E SUA AÇÃO NO ORGANISMO
  • 73. PLANTAS ANTIDIARRÉICAS • Plantas usadas para parar a diarréia. • Exemplos: 1. Abóbora: usa-se a polpa cozida. 2. Arroz: maceração dos grãos crus por 6 horas ou a água do arroz cozido. 3. Goiaba, Jabuticaba e Tamarindo: princípio ativo: tanino. Usa-se infusão de folhas ou cascas do caule.
  • 74. PLANTAS CARMINATIVAS • São plantas que ajudam a eliminar os gases. Exemplos: 1. Anis, Erva-doce: princípio ativo: anetol. Usa-se o chá três vezes ao dia. 2 . Camomila: princípio ativo: azuleno. Usa-se o chá três vezes ao dia. 3. Canela do ceilão: princípio ativo: óleo essencial: aldeído cinâmico. Usa-se chá três vezes ao dia. 4. Erva cidreira capim e Melissa: princípio ativo: óleo essencial: citral. Usa-se três vezes ao dia. Anis Camomila Canela Melissa
  • 75. PLANTAS ANTIEMÉTICAS • São plantas que amenizam o vômito. Exemplos: 1. Hortelã: princípio ativo: óleo essencial: mentol. Usa-se chá das folhas e flores, três vezes ao dia. 2. Noz moscada: princípio ativo: óleo essencial: miristicina. Usa-se chá das sementes de uma a duas vezes ao dia. Hortelã Noz moscada
  • 76. PLANTAS LAXATIVAS • São plantas que aumentam o trânsito intestinal. Exemplos: 1. Ameixa: princípio ativo: glicosídeos antraquinônicos: quercetina. Deixa-se o fruto de molho em um copo com água de um dia para o outro. 2. Babosa: princípio ativo: glicosídeos antraquinônicos: áloe emolina. Use o suco da folha com água em jejum. 3. Beterraba: princípio ativos: fibras. Usa-se uma raiz cozida nas refeições. 4. Figo:princípio ativo: mucilagens. Ferver o fruto maduro e deixar em repouso durante a noite. Tomar em jejum. Ameixa Babosa Beterraba Figo
  • 77. PLANTAS EMÉTICAS • São plantas que provocam vômito eliminando o conteúdo alimentar do estômago. Exemplos: 1. Losna: componente absintina é um bloqueador do S.N.C com poder acumulativo, pode causar convulsões e alucinações. É abortivo em qualquer dosagem. 2. Louro: princípio ativo: óleo essencial: cineol e princípios amargos. 2g em um copo de água. Losna Louro
  • 78. PLANTAS DIGESTIVAS • São plantas usadas para acelerar o processo de digestão. Exemplos: 1. Abacate: princípio ativo: óleo fixo, mucilagens e enzimas digestivas. Comer a polpa do fruto após as refeições. 2. Abacaxi: princípio ativo: enzima digestiva: bromelina. Comer a fruta após as refeições. A bromelina facilita a digestão das gorduras. 3. Boldo: princípios ativos: amargos e terpenos. Suco fresco das folhas. Abacate Abacaxi Boldo
  • 79. PLANTAS DIGESTIVAS 4. Hortelã: princípio ativo: óleo essencial: mentol. Chá das folhas e flores. 5. Mamão: princípio ativo: enzima digestiva: papaína. Ingerir a polpa do fruto após as refeições. 6. Salsa: princípio ativo: óleo essencial: apiol e dilapiol. Chá das folhas após as refeições. Hortelã Mamão Salsa
  • 80. PLANTAS COLAGOGAS E COLERÉTICAS • São plantas que ajudam o fígado e a vesícula a ter um bom funcionamento. Exemplos: 1. Alcachofra: princípio ativo: glico-alcalóide: cinarina. Chá da folha três vezes ao dia. 2. Boldo: princípios ativos: amargos e terpenos. Suco fresco das folhas. 3. Carqueja: princípio ativo: substâncias amargas e óleos essenciais: pinenos e carquejol. Chá das folhas após as refeições. Alcachofra Carqueja
  • 81. PLANTAS DIURÉTICAS • Plantas que auxiliam na eliminação de urina. Exemplos: 1. Abacateiro: princípio ativo: óleo essencial: D. perseitol. Usa- se o chá das folhas, duas vezes ao dia. 2. Aipo: princípio ativo: apiina. Usa-se infusão das folhas, três vezes ao dia. 3. Avenca: princípios amargos: capilarina. Usa-se infusão das folhas, três vezes ao dia. 4. Milho: princípios ativos: saponinas, tanino, ácido palmítico. Usa-se infusão das estigmas, três vezes ao dia. Abacate Aipo Avenca Cabelo de Milho
  • 82. PLANTAS ANTITUSSÍGENOS E EMOLIENTES • São plantas que atuam nos problemas respiratórios. Exemplos: 1. Agrião: princípios ativos óleo essencial, glicosídeos. Usa-se suco fresco de toda a planta com mel, três vezes ao dia. 2. Abacaxi: princípio ativo: enzima: bromelina usado na síntese de produtos antiasmáticos. Usa-se xarope do fruto. 3. Cebola: princípio ativo: óleo essencial: alicina. Excelente expectorante e bactericida potente. Usa-se xarope dos bulbos. Agrião Abacaxi Cebola
  • 83. PLANTAS ANTITUSSÍGENOS E EMOLIENTES 4. Eucalipto: princípio ativo: óleo essencial: cineol ou eucaliptol. Usa-se xarope das folhas. 5. Guaco: princípio ativo: ácido mikânico e a cumarina. Usa-se xarope das folhas, três vezes ao dia. 6. Gengibre: princípios ativos: óleo essencial: zingiberens. Melhora a digestão e mascara o gosto de peixe cru. Usa-se xarope dos rizomas. 7. Poejo: princípio ativo: óleo essencial: puligona e mentona. Eucalipto Guaco Gengibre Poejo
  • 84. PLANTAS GALACTAGOGAS • São plantas usadas para aumentar a produção de leite. Exemplos: 1. Algodoeiro: princípio ativo: acetovanilona, betaina e fitosterois. Usa-se a decocção das sementes. 2. Funcho: princípio ativo: óleo essencial: anetol e fencona. Usa-se chá dos frutos. 3. Manga: princípio ativo: óleo essencial: α e β terpeno; ácido anacárdico; anacardiol e cardol. Usa-se infusão das folhas, uma hora antes de amamentar. Algodoeiro Funcho Manga
  • 85. PLANTAS SEDATIVAS • São plantas que ajudam como sedativos brandos. Exemplos: 1. Melissa: princípio ativo: óleo essencial: citral. Macera- se as folhas em vodka ou o chá das folhas frescas. 2. Maracujá: princípio ativo: alcalóides (armano, armina e armolo) glicosídeos, flavonóides e taninos. Usa-se chá das folhas picadas. Melissa Maracujá
  • 86. PLANTAS HIPOGLICEMIANTES • São plantas que ajudam no tratamento do diabetes. Exemplos: 1. Jambo, Jambolão e Pata de vaca: princípio ativo: aminoácidos hipoglicinas A e B. Usa-se infusão das folhas, três vezes ao dia. Jambo Jambolão Pata de vaca
  • 87. PLANTAS PARA ÚLCERAS • Plantas usadas no tratamento de úlceras pépticas. Exemplos: 1. Couve: princípio ativo: vitamina U (Brasinina). Usa-se o suco das folhas frescas, depois das refeições. 2. Espinheira santa: princípio ativo: óleo essencial, tanino, ácido clorogênico e amirina. Usa-se a infusão das folhas, três vezes ao dia. 3. Repolho: princípio ativo: vitamina U (brasinina). Usa-se suco das folhas frescas, após as refeições. Couve Espinheira santa Repolho
  • 88. PLANTAS USADAS EM QUEIMADURAS SOLARES • São plantas com alto poder cicatrizante. Exemplos: 1. Babosa: princípio ativo: mucilagens refrescantes e Áloe emolina (recuperadora de tecido epitelial). Usa-se o suco fresco das folhas, aplicar sobre os locais irritados pelos raios de sol. 2. Goiabeira: princípio ativo: tanino (vaso constritor periférico) O tanino ajuda a coagular as proteínas da pele. Usa-se infusão das folhas ou cascas do lenho, aplica-se sobre a pele irritada. Goiabeira Babosa
  • 89. A fitoterapia, além de resgatar a cultura tradicional do uso das plantas medicinais pela população, possibilita a ampliação do seu acesso, a prevenção de agravos e da promoção, manutenção e recuperação da saúde baseada em modelo de atenção humanizada e centrada na integralidade do indivíduo, contribuindo ao fortalecimento dos princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde –SUS.
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