SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
Seda, um tecido nobre


               Os tecidos de seda, além de suas qualidades de maciez e beleza, têm boa
condutividade térmica, o que faz com que sejam quentes no inverno e frios no verão.


               A seda é um produto nobre destinado às classes A&B, apresentando preços
relativos superiores aos demais tipos de tecidos.


               Diferentemente de outros segmentos do setor têxtil, o Brasil apresenta alta
competitividade internacional, exportando 95% de sua produção de fios de seda.



1 - PROCESSO DE PRODUÇÃO


               A sericultura deriva-se do bicho-da seda, mariposa que se alimenta
exclusivamente das folhas de amoreira. A mariposa desova entre 400 e 500 pequenos
ovos, que se transformam em larvinhas de cerca de 1 mm.


               Quando as larvas atingem o tamanho máximo de 70 a 80 mm de comprimento,
em cerca de 30 dias, passam a produzir os casulos. Dentro do casulo, a larva se
transforma em crisálida e com 10 ou 12 dias, esta se transforma novamente em mariposa.


               O casulo é um novelo de fio que atinge entre 700 e 1200 metros. Para desfiá-lo,
utiliza-se água quente a 60o C a fim de dissolver a cola, chamada sericina. O fio então se
solta fazendo com que a ponta seja encontrada.


               A partir daí, coloca-se a ponta numa máquina que enrola o fio e faz a meada.
Juntando os fios de várias meadas faz-se um fio mais grosso, que é utilizado para a
fabricação dos tecidos.


               As empresas produtoras de fio possuem um departamento de matéria-prima
responsável pela sementagem, ou seja, produção do bicho-da-seda, através de
chocadeiras que produzem as larvas.




is11seda.doc                                .1.                             AO1/GESET2
As larvas ficam na empresa até a segunda idade - 7 dias. Depois são entregues
aos produtores independentes, cerca de 12.000 criadores rurais, os quais são
responsáveis pela criação do bicho-da-seda até a formação do casulo, levando nesta
etapa entre 21 ou 28 dias. Em seguida, o casulo é vendido às empresas para a produção
de fios.


               Ao contrário das fibras químicas, como por exemplo o poliéster, o náilon e a
viscose, os fios de seda apresentam algumas irregularidades que não podem ser
consideradas como defeitos.


               Por exemplo, o shantung de seda pura é obtido através de fios com flamas
(pontos mais grossos e caroços) bastante irregulares. Estes fios, denominados dupions,
são obtidos quando duas lagartas formam um mesmo casulo, sendo um fio especial e raro,
portanto com um preço bem elevado.



2 - ASPECTOS MERCADOLÓGICOS


               O Brasil é o quinto produtor mundial de fios de seda, atrás apenas da China,
Índia, Japão e ex-URSS, com uma participação de 2,7% no mercado mundial.

                                             Tabela 1
                           Produção Mundial de Fios de Seda -1994


                              Países              Toneladas       %
                            China                  66.060         69,4
                            Índia                  13.914         14,6
                            Japão                   3.900          4,1
                            ex-URSS*                2.850          3,0
                            Brasil                  2.538          2,7
                            Tailândia               1.788          1,9
                            Outros                  4.128          4,3
                            Total                  95.178        100,0
                          Fonte: ABRASSEDA/ JAPAN RAW SILK CORPORATION
                          Nota: (*) 62% da Uzbequistão




is11seda.doc                                .2.                           AO1/GESET2
Em termos de consumo, China, Japão, USA e Europa figuram como os
principais consumidores mundiais.


                                                Gráfico 1
                              Consumo Mundial de Fio de Seda - 1994
                                                                   Toneladas
                       27650
                                                                Fonte: ABRASSEDA

                                  20540

                                          17180         16130



                                                                  9600

                                                                           4900




                      China      Japão    USA        Europa     Índia    Outros


               Apesar da seda apresentar uma participação insignificante na composição das
fibras têxteis, representando apenas 0,24% da produção mundial e 0,25% da produção
brasileira, alguns indicadores interessantes podem ser destacados, quais sejam:


ð O Brasil é o quinto maior produtor mundial, tanto em casulos verdes como em
    fios de seda. No entanto, praticamente não produz o tecido, sendo este em sua
    maioria importado;

ð a produção nacional de fios de seda é crescente, apresentando uma taxa de
    crescimento média de 4,9% a.a. nos últimos 10 anos;

ð em 1995, a produção brasileira de fios de seda foi de 2.448 toneladas, das quais
    2.320 foram exportadas (95%);

ð em termos de valor, as exportações de fios de seda atingiram US$ 78 milhões em
    1995, representando 41% do total das exportações brasileiras de todos os tipos de
    fios. Ressalte-se que as exportações de fios de algodão neste mesmo ano foram de
    US$ 86 milhões.



is11seda.doc                                .3.                                    AO1/GESET2
ð O Brasil exporta casulos para Coréia, Hong Kong e Japão. Por sua vez, os fios de
    seda são exportados para a Europa, América Latina, Tigres Asiáticos, Estados Unidos,
    entre outros, demonstrando a grande competitividade do País neste segmento.
ð Apesar das importações de tecidos de seda serem pequenas em termos absolutos, no
    entanto tem sido cada vez mais crescente, passando de US$ 341 mil em 1992 para
    US$ 3.281 mil em 1995.

                                                          Gráfico 2
                               Brasil : Produção e Consumo de Fios de Seda

               3,0
                                                                                   mil toneladas


               2,5                                                       Produção

               2,0


               1,5


               1,0

                                                                                        Consumo
               0,5


               0,0
                     80   81    82     83      84   85   86    87   88   89   90   91   92   93     94   95

                Fonte: Carta Têxtil - Jun/96



               O consumo nacional de fios de seda caiu drasticamente a partir dos meados de
89, face à queda de poder aquisitivo do segmento de alta renda nos últimos anos, uma vez
que a seda é um produto relativamente caro vis-a-vis aos outros tipos de tecidos.


               O consumo que atingiu 528 toneladas em 1987 (33,5% da produção nacional),
reduziu para 128 toneladas em 1995 (5,2% da produção).


               Em 1996, espera-se uma queda da produção da ordem de 10%, podendo
alcançar 2.293 toneladas, das quais apenas 53 toneladas (2,3% da produção) deverão
ser destinadas ao mercado interno.


               Observa-se que, apesar das vendas internas de fios de seda serem
insignificantes em relação à produção total, em 1996 deverá ser menor ainda (53 toneladas
contra 128 toneladas ao ano anterior).


is11seda.doc                                             .4.                                       AO1/GESET2
A sericultura brasileira está concentrada no Paraná (82%) e em São Paulo
(13%), com o sistema de               produção de fios completamente oligopolizada, em mãos
atualmente de apenas 4 empresas.
                                                Gráfico 3
                         Estrutura da Produção de Fios de Seda -1995

                                            Kobes
                      Shoei-Bratac           7%
                          9%
                   Cocamar
                     12%

                                                                     Bratac
                                                                      52%

                             Kanebo
                              20%
                                                              Fonte:ABRASSEDA



               A Bratac é a maior empresa do setor, de capital totalmente nacional. Possui 3
unidades produtivas, duas no Estado de São Paulo (Bastos e Duartina) e a outra em
Londrina-PR. A Cocamar - Cooperativa de Cafeicultores de Maringá - detém 12% do
mercado.


               A Kanebo, localizada em Cornélio Procópio-PR, e a Kobes, situada em Marília-
SP, são de capital japonês. A Shoei-Bratac, cujo capital era composto por 35% da Bratac
e o restante japonês teve suas atividades encerradas em Janeiro/96.


               A Bratac ocupa a quinta posição no ranking nacional de empresas
exportadoras de produtos têxteis e confeccionados, com exportações da ordem de
US$ 47 milhões em 1995, conforme demostra a tabela a seguir:
                                                Tabela 2
          Principais Empresas Exportadoras, em ordem decrescente, em 1995

                    Posição              Empresas            US$ mil (FOB)
                        1         Alpargatas-Santista            96.537
                        2         Karsten                        55.260
                        3         Teka                           51.295
                        4         Artex                          47.383
                        5         Bratac                         47.300

is11seda.doc                                   .5.                            AO1/GESET2
6         Vicunha NE                   41.157
                        7         Rhodia-Ster                  39.307
                        8         Du Pont                      37.696
                        9         Dohler                       35.608
                       10         Hering                       34.965
                    Fonte:SECEX



               Tendo em vista que o setor é completamente exportador, tendo seus custos
corrigidos em reais e a receita indexada às variações cambiais, as margens das empresas
apresentaram um sensível redução a partir da adoção do Plano de Estabilização
Econômica, sendo um dos principais fatores responsáveis pelo fechamento de uma das
empresas do setor (Shoei-Bratac).


               Esta situação foi amenizada, devido à elevação dos preços internacionais
verificada nos 2 últimos anos, diluindo, assim, os efeitos da valorização da taxa de câmbio
deste segmento.


               Particularmente,   a Bratac encontra-se numa situação bastante confortável,
pois, segundo os indicadores da Gazeta Mercantil - São Paulo -1995, seus indicadores são
muito superiores à média do setor têxtil. A empresa tem um endividamento baixíssimo,
sendo a relação Recursos de Terceiros (AC+ PC) sobre Ativo Total de apenas 26,9% e
liquidez corrente de 2,14.



Ä Em resumo, podemos afirmar que o segmento de fios de seda no Brasil apresenta
    competitividade internacional, sendo as perspectivas para os próximos anos bastante
    favoráveis, face à previsão de crescimentos constantes do volume exportado. As
    empresas são atualizadas tecnologicamente, tendo boa penetração no comércio
    mundial conquistada através do bom conceito junto aos seus clientes externos, oriundo
    da qualidade de seus produtos, tradição e pontualidade.




                                    Maria Helena de Oliveira
                                        Gerente Setorial




is11seda.doc                                .6.                          AO1/GESET2

Mais conteúdo relacionado

Seda - Um tecido nobre

  • 1. Seda, um tecido nobre Os tecidos de seda, além de suas qualidades de maciez e beleza, têm boa condutividade térmica, o que faz com que sejam quentes no inverno e frios no verão. A seda é um produto nobre destinado às classes A&B, apresentando preços relativos superiores aos demais tipos de tecidos. Diferentemente de outros segmentos do setor têxtil, o Brasil apresenta alta competitividade internacional, exportando 95% de sua produção de fios de seda. 1 - PROCESSO DE PRODUÇÃO A sericultura deriva-se do bicho-da seda, mariposa que se alimenta exclusivamente das folhas de amoreira. A mariposa desova entre 400 e 500 pequenos ovos, que se transformam em larvinhas de cerca de 1 mm. Quando as larvas atingem o tamanho máximo de 70 a 80 mm de comprimento, em cerca de 30 dias, passam a produzir os casulos. Dentro do casulo, a larva se transforma em crisálida e com 10 ou 12 dias, esta se transforma novamente em mariposa. O casulo é um novelo de fio que atinge entre 700 e 1200 metros. Para desfiá-lo, utiliza-se água quente a 60o C a fim de dissolver a cola, chamada sericina. O fio então se solta fazendo com que a ponta seja encontrada. A partir daí, coloca-se a ponta numa máquina que enrola o fio e faz a meada. Juntando os fios de várias meadas faz-se um fio mais grosso, que é utilizado para a fabricação dos tecidos. As empresas produtoras de fio possuem um departamento de matéria-prima responsável pela sementagem, ou seja, produção do bicho-da-seda, através de chocadeiras que produzem as larvas. is11seda.doc .1. AO1/GESET2
  • 2. As larvas ficam na empresa até a segunda idade - 7 dias. Depois são entregues aos produtores independentes, cerca de 12.000 criadores rurais, os quais são responsáveis pela criação do bicho-da-seda até a formação do casulo, levando nesta etapa entre 21 ou 28 dias. Em seguida, o casulo é vendido às empresas para a produção de fios. Ao contrário das fibras químicas, como por exemplo o poliéster, o náilon e a viscose, os fios de seda apresentam algumas irregularidades que não podem ser consideradas como defeitos. Por exemplo, o shantung de seda pura é obtido através de fios com flamas (pontos mais grossos e caroços) bastante irregulares. Estes fios, denominados dupions, são obtidos quando duas lagartas formam um mesmo casulo, sendo um fio especial e raro, portanto com um preço bem elevado. 2 - ASPECTOS MERCADOLÓGICOS O Brasil é o quinto produtor mundial de fios de seda, atrás apenas da China, Índia, Japão e ex-URSS, com uma participação de 2,7% no mercado mundial. Tabela 1 Produção Mundial de Fios de Seda -1994 Países Toneladas % China 66.060 69,4 Índia 13.914 14,6 Japão 3.900 4,1 ex-URSS* 2.850 3,0 Brasil 2.538 2,7 Tailândia 1.788 1,9 Outros 4.128 4,3 Total 95.178 100,0 Fonte: ABRASSEDA/ JAPAN RAW SILK CORPORATION Nota: (*) 62% da Uzbequistão is11seda.doc .2. AO1/GESET2
  • 3. Em termos de consumo, China, Japão, USA e Europa figuram como os principais consumidores mundiais. Gráfico 1 Consumo Mundial de Fio de Seda - 1994 Toneladas 27650 Fonte: ABRASSEDA 20540 17180 16130 9600 4900 China Japão USA Europa Índia Outros Apesar da seda apresentar uma participação insignificante na composição das fibras têxteis, representando apenas 0,24% da produção mundial e 0,25% da produção brasileira, alguns indicadores interessantes podem ser destacados, quais sejam: ð O Brasil é o quinto maior produtor mundial, tanto em casulos verdes como em fios de seda. No entanto, praticamente não produz o tecido, sendo este em sua maioria importado; ð a produção nacional de fios de seda é crescente, apresentando uma taxa de crescimento média de 4,9% a.a. nos últimos 10 anos; ð em 1995, a produção brasileira de fios de seda foi de 2.448 toneladas, das quais 2.320 foram exportadas (95%); ð em termos de valor, as exportações de fios de seda atingiram US$ 78 milhões em 1995, representando 41% do total das exportações brasileiras de todos os tipos de fios. Ressalte-se que as exportações de fios de algodão neste mesmo ano foram de US$ 86 milhões. is11seda.doc .3. AO1/GESET2
  • 4. ð O Brasil exporta casulos para Coréia, Hong Kong e Japão. Por sua vez, os fios de seda são exportados para a Europa, América Latina, Tigres Asiáticos, Estados Unidos, entre outros, demonstrando a grande competitividade do País neste segmento. ð Apesar das importações de tecidos de seda serem pequenas em termos absolutos, no entanto tem sido cada vez mais crescente, passando de US$ 341 mil em 1992 para US$ 3.281 mil em 1995. Gráfico 2 Brasil : Produção e Consumo de Fios de Seda 3,0 mil toneladas 2,5 Produção 2,0 1,5 1,0 Consumo 0,5 0,0 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 Fonte: Carta Têxtil - Jun/96 O consumo nacional de fios de seda caiu drasticamente a partir dos meados de 89, face à queda de poder aquisitivo do segmento de alta renda nos últimos anos, uma vez que a seda é um produto relativamente caro vis-a-vis aos outros tipos de tecidos. O consumo que atingiu 528 toneladas em 1987 (33,5% da produção nacional), reduziu para 128 toneladas em 1995 (5,2% da produção). Em 1996, espera-se uma queda da produção da ordem de 10%, podendo alcançar 2.293 toneladas, das quais apenas 53 toneladas (2,3% da produção) deverão ser destinadas ao mercado interno. Observa-se que, apesar das vendas internas de fios de seda serem insignificantes em relação à produção total, em 1996 deverá ser menor ainda (53 toneladas contra 128 toneladas ao ano anterior). is11seda.doc .4. AO1/GESET2
  • 5. A sericultura brasileira está concentrada no Paraná (82%) e em São Paulo (13%), com o sistema de produção de fios completamente oligopolizada, em mãos atualmente de apenas 4 empresas. Gráfico 3 Estrutura da Produção de Fios de Seda -1995 Kobes Shoei-Bratac 7% 9% Cocamar 12% Bratac 52% Kanebo 20% Fonte:ABRASSEDA A Bratac é a maior empresa do setor, de capital totalmente nacional. Possui 3 unidades produtivas, duas no Estado de São Paulo (Bastos e Duartina) e a outra em Londrina-PR. A Cocamar - Cooperativa de Cafeicultores de Maringá - detém 12% do mercado. A Kanebo, localizada em Cornélio Procópio-PR, e a Kobes, situada em Marília- SP, são de capital japonês. A Shoei-Bratac, cujo capital era composto por 35% da Bratac e o restante japonês teve suas atividades encerradas em Janeiro/96. A Bratac ocupa a quinta posição no ranking nacional de empresas exportadoras de produtos têxteis e confeccionados, com exportações da ordem de US$ 47 milhões em 1995, conforme demostra a tabela a seguir: Tabela 2 Principais Empresas Exportadoras, em ordem decrescente, em 1995 Posição Empresas US$ mil (FOB) 1 Alpargatas-Santista 96.537 2 Karsten 55.260 3 Teka 51.295 4 Artex 47.383 5 Bratac 47.300 is11seda.doc .5. AO1/GESET2
  • 6. 6 Vicunha NE 41.157 7 Rhodia-Ster 39.307 8 Du Pont 37.696 9 Dohler 35.608 10 Hering 34.965 Fonte:SECEX Tendo em vista que o setor é completamente exportador, tendo seus custos corrigidos em reais e a receita indexada às variações cambiais, as margens das empresas apresentaram um sensível redução a partir da adoção do Plano de Estabilização Econômica, sendo um dos principais fatores responsáveis pelo fechamento de uma das empresas do setor (Shoei-Bratac). Esta situação foi amenizada, devido à elevação dos preços internacionais verificada nos 2 últimos anos, diluindo, assim, os efeitos da valorização da taxa de câmbio deste segmento. Particularmente, a Bratac encontra-se numa situação bastante confortável, pois, segundo os indicadores da Gazeta Mercantil - São Paulo -1995, seus indicadores são muito superiores à média do setor têxtil. A empresa tem um endividamento baixíssimo, sendo a relação Recursos de Terceiros (AC+ PC) sobre Ativo Total de apenas 26,9% e liquidez corrente de 2,14. Ä Em resumo, podemos afirmar que o segmento de fios de seda no Brasil apresenta competitividade internacional, sendo as perspectivas para os próximos anos bastante favoráveis, face à previsão de crescimentos constantes do volume exportado. As empresas são atualizadas tecnologicamente, tendo boa penetração no comércio mundial conquistada através do bom conceito junto aos seus clientes externos, oriundo da qualidade de seus produtos, tradição e pontualidade. Maria Helena de Oliveira Gerente Setorial is11seda.doc .6. AO1/GESET2