1) O documento discute a Norma Regulamentadora 33 (NR-33) que trata da segurança e saúde em trabalhos em ambientes confinados.
2) É apresentada a definição de espaço confinado segundo a NR-33 e as responsabilidades dos empregadores e trabalhadores nesses ambientes.
3) Também são descritas medidas técnicas para a gestão de riscos em ambientes confinados, incluindo a avaliação da atmosfera, monitoramento contínuo e uso de equipamentos de detecção de gases.
Plano de Segurança do Trabalho em Oficinas Mecânicas de Veículos Pesados
Gerenciamento de riscos em espaços confinados segundo a NR-33
1. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
NR-33
NORMATIZAÇÃO EM AMBIENTES CONFINADOS – NR-33
RPM – 07 de julho de 2009
Paula Scardino
Coordenação Nacional da Norma - ABNT NBR 14.787,
publicada em Dezembro de 2001
1
Membro do GT Tripartite da NR-33, publicada em 27/12/2006
Al. Iraé, 620 – cjto. 52 – Indianópolis – São Paulo – SP
Tel: (11) 3499-1009 – 3499-6061 - Fax: 5052-8640
E-mail: paulascardino@uol.com.br
Celular: (11) 9267-3526
2. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Entrada em Vigor NR-33 – 27/03/2007
Publicação no D.O.U.em 27/12/2006
(Entrada em vigor 90 dias após a publicação)
2
3. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Definição de Espaço Confinado
33.1 Objetivos e definições
Espaço Confinado é:
a)...qualquer área não projetada para ocupação contínua
b)... a qual tem meios limitados de entrada e saída 3
c)... ou na qual a ventilação existente é insuficiente para
remover contaminantes perigosos e/ou deficiência/
enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se
desenvolverem.
4. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Propriedades Físico-químicas dos gases
(Conhecimento para análise de área classificada)
Densidade
Ponto de Fulgor
Temperatura de Ignição
Limites de Inflamabilidade
5. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Responsabilidades - NR-33
33.2.1 Cabe ao Empregador
Indicar formalmente um responsável técnico pelo
cumprimento da Norma;
Identificar os espaços confinados existentes no
estabelecimento ou de sua responsabilidade; 5
Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
6. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Responsabilidades - NR-33
Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores;
Manter cadastro atualizado de todos os espaços
confinados, inclusive os desativados, e respectivos riscos;
Garantir que o acesso ao espaço confinado somente
ocorra após a emissão da PET – Permissão de Entrada e
Trabalho; 6
Fornecer às empresas contratadas informações sobre
os riscos nas áreas onde desenvolverão suas atividades e
exigir a capacitação de seus trabalhadores;
7. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
CADASTRO DE ESPAÇOS CONFINADOS - IDENTIFICAÇÂO DE RISCOS PARA CONTROLE
1. IDENTIFICAÇÃO
Número:
Área:
Localização:
Nome do Equipamento: FOTO DO EQUIPAMENTO
Tipo de Equipamento:
Periodicidade de Abertura:
Posição:
Altura: Ventilação Necesssária:
8. 2. ACESSOS (Bocas de Visitas)
NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Quantidade: Dimensão:
Nota:
3. PRODUTOS PRESENTES NO EQUIPAMENTO (Informações Físico-Químicas e Toxicológica)
4. ANÁLISE DE RISCOS e SISTEMAS DE BLOQUEIO
Risco Químico
Risco Físico
Risco Biológico
Risco Ergonômico
Risco de Acidente
9. 5. SISTEMA DE RESGATE / EQUIPE DE RESGATE
NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Equipe:
Tipo de Resgate:
Equipamentos de Resgate:
DESENHO (Lay out interno, pontos de ancoragens,
sistemas de resgate, etc..)
OBS:
Detalhar a forma de resgate,
sistemas de resgate utilizados, etc...
10. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Responsabilidades - NR-33
33.2.1 Cabe ao Empregador
Acompanhar a implementação das medidas de
segurança e saúde dos trabalhadores das empresas
contratadas provendo os meios e condições para que eles
possam atuar em conformidade com esta NR;
10
Interromper o trabalho em caso de suspeição de condição
de riscos grave e iminente, procedendo ao imediato abandono
do local;
11. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Responsabilidades - NR-33
33.2.2 Cabe aos Trabalhadores
Colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;
Utilizar adequadamente os meios e equipamentos
fornecidos pela empresa; 11
12. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Responsabilidades - NR-33
33.2.2 Cabe aos Trabalhadores
Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as
situações de risco para sua segurança e saúde ou de
terceiros, que sejam de seu conhecimento;
12
Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos
treinamentos com relação aos espaços confinados;
13. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Desafio de Gestão
33.3 Gestão de SST nos trabalhos em espaços confinado
A gestão de segurança e saúde deve ser planejada,
programada, implementada e avaliada, incluindo medidas
técnicas, medidas administrativas e medidas pessoais e
capacitação para trabalho em espaços confinados; 13
14. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Desafio de Gestão
33.3.2 Medidas Técnicas
Identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para
evitar a entrada de pessoas não autorizadas;
Antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados; 14
Proceder à avaliação e controle dos riscos atmosféricos,
físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos;
Prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e
etiquetagem;
15. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Técnicas
Avaliar a atmosfera nos espaços confinados para verificar
se as condições de entrada são seguras;
Manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e
durante toda a realização dos trabalhos, monitorando,
ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço
confinado;
15
16. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Técnicas
AMOSTRAGEM EM ZONA 0 (área onde uma mistura
explosiva ar/gás está continuamente ou presente por longos
períodos)
Em zona 0 somente poderemos utilizar instrumentos que
na sua totalidade sejam classificados e certificados por OCC
do Inmetro, como sendo intrinsecamente seguro Ex ia.
16
Importante: Caso o instrumento não seja apropriado para
zona especificada, deveremos fazer uso de sistema de
amostragem, tipo bomba (elétrica ou manual)
succionando a amostra para o equipamento que deverá estar
localizado no lado externo do espaço onde exista a
atmosfera potencialmente explosiva.
17. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Técnicas
Monitorar continuamente a atmosfera nos espaços
confinados nas áreas onde os trabalhadores estiverem
desempenhando as suas tarefas, para verificar se as
condições de acesso e permanência são seguras;
Proibir a ventilação com oxigênio puro;
17
Testar os equipamentos antes de cada utilização;
18. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Instrumentos de detecção de gases “MULTIGÁS”
Normalmente configurados para monitorar até 4 gases
simultaneamente, sendo eles o Oxigênio (com alarmes para
falta e excesso), gases e vapores inflamáveis (com 1º alarme
estabelecido em 10% do LIE e calibrado com um gás padrão
determinado pelo usuário, que será a referência do
instrumento), Monóxido de Carbono (CO) e Gás Sulfídrico
(H2S). 18
Outros gases tóxicos, como por exemplo, a Amônia (NH3),
não poderão ser detectados por este instrumento nesta
configuração
19. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Deficiência e Excesso de Oxigênio
O2 >23% Aumento da inflamabilidade dos materiais
20.9% Nivel normal de oxígenio no ar
Concentração de
19.5% Nivel mínimo de oxígenio para uma entrada segura.
oxigênio atmosférico
abaixo de 19,5 % ou Teores abaixo de 19,5 podem causar:
acima de 23 % em
volume; 19
10-11% A respiração se acelera e falta de coordenação,
IPVS = < 12,5% em incremento da pulsação, euforia e dor de cabeça.
volume ao nível do mar.
6 -10% Nauseas e vômitos, dificuldade de movimentos, perda
de conhecimento, falhas mentais, rosto palido e labios azuis.
<6% A respiração cessa, seguindo de parada respiratória e a
Morte em minutos.
20. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Gases e Vapores Inflamáveis
L.I.I. Gás/Vapor ou névoa inflamável
em concentrações superiores a
10% do seu Limite Inferior de
Inflamabilidade LII ou
Lower Explosive Limit LEL;
10%
20
LII, LIE (limite inferior de explosividade), ou LEL (lower
explosive limit) = fração expressa em volume
21. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Gases e Vapores Inflamáveis
L.I.I. é o ponto onde existe a mínima
concentração para que uma mistura
de ar + gás/vapor se inflame.
L.S.I. é o ponto máximo onde ainda
existe uma concentração de mistura de
ar + gás/vapor capaz de se inflamar.
21
Combustível 0% L.I.I. L.S.I. 100% Combustível
POBRE EXPLOSIVA EXPLOSIVA
RICA
Pouco Gás Muito Gás e pouco Ar 0% Ar
22. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Gases Tóxicos (LT, IPVS)
CO
Monóxido de Carbono
Gás Tóxico, Asfixiante Bioquímico e Inflamável
Não apresenta odor nem cor
É absorvido pelo pulmão até 100 vezes mais rápido
que o Oxigênio.
IPVS = 1200 ppm
Limite de Tolerância (Brasil) = 39 ppm;
TLV(EUA) = 25 ppm
22
Efeitos do CO (concentração x tempo de exposição):
Ligeira dor de cabeça, desconforto (200ppm x 3hs)
Limites de Dor de cabeça, desconforto (600ppm x 1 h)
inflamabilidade no ar: Confusão, dor de cabeça (1000 a 2.000 ppm x 2 hs)
Limite Superior: 75 % Tendência a cambalear (1.000 a 2.000 ppm x 1,5 hs)
Limite Inferior: 12 % Palpitação leve (1.000 a 2.000 ppm x 30 minutos);
Inconsciência (2.000 a 5.000 ppm);
Fatal (10.000 ppm).
23. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Gases Tóxicos (LT, IPVS)
H2 S
Gás Sulfídrico ou Sulfeto de Hidrogênio
Gás Tóxico, Asfixiante Bioquímico e Inflamável
Considerado um dos piores agentes ambientais agressivos ao
ser humano. Em concentrações médias, inibe o olfato.
IPVS =100 ppm
Limite de Tolerância (Brasil) LT = 8ppm
TLV (EUA) = 10ppm
23
Efeitos do H2S (concentração x tempo de exposição):
Nenhum (8 ppm x 8 hs)
Irritação moderada nos olhos e garganta (50 a 100 ppm x 1 h)
Forte irritação (200 a 300 ppm x 1 h)
Inconsciência e morte por paralisia respiratória
(500 a 700 ppm x 1,5 h)
Inconsciência e morte por paralisia respiratória
(>1000 ppm x minutos).
24. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Instrumentos de detecção de gases “MULTIGÁS”
Teste de Resposta ou Bump-Test
Qualquer interferência (incluindo qualquer falha nos
equipamentos de controle e monitoração de riscos) ou
evento interno ou externo, no espaço confinado, que
possa causar perigo aos trabalhadores.
24
Observar:
calibração e teste antes do uso de instrumentos para
detecção de gás
25. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
PET + APR – ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO
Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão
em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte
ou outros que liberem chama aberta, faíscas ou calor;
Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação,
soterramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, 25
queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos,
amputações e outros que possam afetar a segurança e saúde dos
trabalhadores;
26. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
APR – ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO
27. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Gases Tóxicos e Inflamáveis
FISPQ – Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico
Identificação do produto e da empresa;
Composição e informação sobre os ingredientes
Identificação de perigos
Medidas de primeiros socorros
Medidas de combate a incêndio
Medidas de controle para derramamento ou vazamento
Manuseio e armazenamento 27
Controle de exposição e proteção individual
Propriedades físico-químicas
Estabilidade e reatividade
Informações toxicológicas e ecológicas
Considerações sobre tratamento e disposição
Informações sobre transporte
Regulamentações.
28. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Gases e Líquidos Inflamáveis:
( Fonte: Manual de Atmosferas Explosivas ( Dácio de Miranda Jordão )
28
29. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Gases e Vapores Inflamáveis
Detector de gás: Cromatógrafo:
quantifica uma atmosfera qualifica e quantifica qual gás
inflamável. inflamável está presente.
Cada substância inflamável possui um L.I.I. % de Volume
O sensor de gás inflamável do detector deve ser calibrado com um gás 29
padrão, que será a referência do mesmo em % de volume;
Quando um detector for calibrado com gás metano, LII = 5,0% VOL (por ex.),
e encontrar com uma atmosfera com gás hexano, LII = 1,2% VOL,
a leitura de 25% do LII será, na verdade, de 104% do LII
(5,0/1,2 = 4,16 como fator de multiplicação);
30. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Administrativas
Manter a sinalização abaixo permanente junto à entrada do
espaço confinado:
30
31. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Administrativas
Adaptar o modelo de PET , previsto no Anexo II, às peculiaridades da
empresa e dos seus espaços confinados;
Possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da PET;
Entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cópia da
PET;
31
Encerrar a PET quando as operações forem completadas, quando
ocorrer uma condição não prevista ou quando houver pausa ou
interrupção dos trabalhos;
32. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Administrativas
Manter arquivados os procedimentos e as PET´s por 5 anos;
Disponibilizar os procedimentos e PET para o conhecimento
dos trabalhadores autorizados, seus representantes e
FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO;
Designar as pessoas que participarão das operações de
entrada, identificando os deveres de cada trabalhador e 32
providenciando a capacitação requerida;
Estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no
exterior e interior dos espaços confinados; CUIDADO
ESPECIAL COM RISCO DE ATMOSFERA DE ENTORNO
33. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Administrativas
Assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja
iniciado com acompanhamento e autorização de supervisão
capacitada;
Garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos
riscos e medidas de controle existentes no local de trabalho;
Implementar um Programa de Proteção Respiratória de 33
acordo com a análise do risco, considerando o local, a
complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido;
A PET é valida somente para uma entrada;
34. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Administrativas
O procedimento para trabalho deve contemplar, no mínimo:
objetivo, campo de aplicação, base técnica, responsabilidades,
competências, preparação, emissão, uso e cancelamento da PET,
capacitação para os trabalhadores, análise de risco e medidas de
controle;
34
35. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Pessoais
Todo o trabalhador designado para trabalhos em espaços
confinados deve ser submetido a exames médicos específicos para a
função que irá desempenhar, conforme estabelecem as NRs 7 e 31,
incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão do
respectivo ASO;
Capacitar todos os trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente
com os espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e
medidas de controle; 35
É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados
de forma individual ou isolada;
36. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Pessoais
O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos
em espaços confinados deve ser determinado conforme a análise de
risco;
Responsável Supervisor Vigia Trabalhador
Técnico de Entrada Autorizado
36
37. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Pessoais
O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções:
a) emitir a PET antes do início das atividades;
b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos
contidos na PET;
c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam 37
disponíveis;
d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário;
e) encerrar a PET após o término dos serviços;
38. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Pessoais
O Vigia deve desempenhar as seguintes funções:
a) manter continuamente a contagem precisa do número
autorizados nos espaços confinados e assegurar que todos
saiam ao término da atividade;
b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em
contato permanente com os trabalhadores autorizados; 38
c) adotar procedimentos de emergência, acionando a equipe
de salvamento, pública ou privada, quando necessário;
39. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Pessoais
d) operar os movimentadores de pessoas;
e) não realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal
que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados;
f) ordenar o abandono do espaço confinado sempre
que reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa,
condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder 39
desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro
vigia;
40. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Medidas Pessoais
Cabe ao empregador fornecer e garantir que todos os
trabalhadores que adentrem em espaços confinados
disponham de todos os equipamentos para controle de
riscos, previstos na PET;
Em caso de existência de atmosfera IPVS, o espaço
confinado somente pode ser adentrado com a utilização de
máscara autônoma com demanda de pressão positiva ou 40
com respirador de linha de ar comprimido com cilindro
auxiliar para escape;
41. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Disposições Gerais
O empregador deve garantir que os trabalhadores possam
interromper suas atividades e abandonar o local de trabalho, sempre
que suspeitarem da existência de RISCO GRAVE E IMINENTE para a
sua segurança e saúde ou a de terceiros;
São solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta NR os
contratantes e contratados;
41
É VEDADA a entrada e a realização de qualquer trabalho em
espaços confinados sem a emissão da PERMISSÃO DE ENTRADA E
TRABALHO
42. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Agente Químicos – Vias de Entrada
Respiratória:
Inalação Cutânea:
(gases, vapores ou Os agentes tóxicos
aerossóis) – principal via de podem atuar na pele
penetração de sustâncias por reação direta ou
tóxicas no organismo penetrando-a
42
Gastrointestinal:
Ingestão, absorção
(quando o
trabalhador fuma ou
come no ambiente
de trabalho)
43. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Atmosfera Aquecida
Principais distúrbios por exposição ao calor:
Instabilidade do sistema cardiocirculatório (edema do
calor e sincope do calor)
Distúrbios hidroeletrolíticos (desidratação, depleção de
sal) – hiponatremia (excessiva ingestão de água, 43
diminuindo a concentração de sódio), cãibras.
Distúrbios dermatológicos (erupção cutânea)
Distúrbio do bloqueio do sistema de termoregulação
(hipertermia)
44. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Riscos de Queda
44
45. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Indução de Corrente
45
Trava: Dispositivo (como chave ou cadeado) utilizado para
garantir isolamento dos dispositivos que possam liberar
energia elétrica ou mecânica de forma acidental
46. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Radiações Ionizantes / Não Ionizantes
Ionizante: Análise de toda qualquer fonte de radiação ionizante,
eventualmente presente no interior do EC que possa resultar
na exposição do trabalhador;
Não Ionizantes: Observar possível interferência de rádio nos 46
equipamentos eletrônicos (ex. detectores de gases), a fim de
evitar alarmes falsos.
47. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Vibração
Efeitos da vibração:
Visão turva – a partir de 4 Hz
Perda de equilíbrio – degeneração gradativa
dos tecidos muscular e nervoso
47
Danos permanentes de órgãos do corpo
Falta de concentração
48. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Ruído
Ruído:
É necessário utilizar os protetores auditivos adequados
ao local onde estaremos expostos.
A ausência do EPI em questão, poderá ocasionar perda
auditiva e conseqüente diminuição na qualidade de vida. 48
49. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Riscos Biológicos
Baratas:
A barata de esgoto normalmente habita locais com muita gordura e
matéria orgânica em abundância como galerias de esgoto, bueiros,
caixas de gordura e de inspeção. São excelentes voadores.
Importância para a saúde:
49
As baratas domésticas são responsáveis pela transmissão de
várias doenças, principalmente gastroenterites, carregando vários
agentes patogênicos através de seu corpo, patas e fezes, pelos
locais por onde passam (são por isso consideradas vetores
mecânicos).
50. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Riscos Biológicos
Carrapato Estrela:
Seu ataque freqüentemente resulta em intenso prurido no homem,
que comumente conduz à formação de lesões nos locais das
picadas, causadas pelo ato de coçar. A cicatrização dessas lesões
é lenta, podendo demorar meses.
Os sintomas clássicos iniciais da doença incluem febre, náuseas, 50
cefaléias, mialgia e máculas. Estas, inicialmente, são pequenas,
achatadas e rosadas. Surgem nas palmas e nas solas dos pés,
pulsos e nos braço anterior, progredindo pelo resto dos membros
até alcançar o tórax e o abdome. A lesão característica de
petéquias vermelhas da febre maculosa geralmente aparece após
o sexto dia. Quando o quadro clínico atinge tal magnitude, o
diagnóstico é desfavorável. Se não tratada a tempo, essa
enfermidade pode levar à morte.
51. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Riscos Biológicos
Animais peçonhentos
Escorpiões Cobras Aranhas 51
Um jacaré foi encontrado em um canal industrial
em Duque de Caxias/RJ - 2007
52. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Riscos Biológicos
Locais com ferrugem, oxidação
Tétano: A bactéria é encontrada nas fezes de animais ou humanos que se depositam na areia ou
na terra. A infecção se dá pela entrada das bactérias por qualquer tipo de ferimento na pele
contaminado com areia ou terra. Queimaduras e tecidos necrosados também são porta de
entrada para a bactéria.
O tétano caracteriza-se pelos espasmos musculares e suas complicações. Eles são provocados
pelos mais pequenos impulsos, como barulhos e luzes, e continuam durante períodos
52
prolongados.
O primeiro sinal de tétano é o tristus, ou seja contração dos músculos mandibulares, não
permitindo a abertura da boca. Isto é seguido pela rigidez do pescoço, costas, risus
sardonicius,(riso causado pelo espasmo dos músculos em volta da boca), dificuldade de
deglutição, rigidez muscular do abdômen.O paciente permanece lúcido e sem febre.
53. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Riscos Biológicos
Presença de ratos
A leptospirose é causada por uma bactéria, a Leptospira
interrogans, que é eliminada através da urina de animais,
principalmente o rato de esgoto, e sobrevive no solo úmido e na
água. As inundações facilitam o contato da bactéria com seres
humanos.
A Leptospira interrogans pode penetrar no organismo através do
contato da pele e de mucosas com a água e a lama das enchentes. 53
A infecção também pode ocorrer por ingestão, uma vez que as
inundações podem contaminar a água de uso doméstico e os
alimentos. As manifestações, quando ocorrem, aparecem entre 2 e
30 dias após a infecção.
Não existe vacina para humanos. Utilizar EPI adequado
55. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Riscos Biológicos
Presença de esgoto doméstico, efluente industrial
A hepatite A é causada por um vírus. A transmissão do vírus da
hepatite A é fecal-oral, e pode ocorrer por meio da ingestão de
água e alimentos contaminados ou diretamente de uma pessoa
para outra.
A infecção é muito comum onde o saneamento básico é
deficiente ou não existe, mesmo sem a ocorrência de inundações.
Como conseqüência, a maioria da população dessas áreas foi 54
infectada quando criança e tem imunidade contra a doença.
56. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Riscos Biológicos
Presença de esgoto doméstico, efluente industrial
A Hepatite E, para a qual ainda não existe vacina disponível, tem transmissão e evolução
semelhantes às da hepatite A, porém está mais associada a inundações.
A Hepatite B é transmitida por relações sexuais e por transfusões de sangue. A vacinação
produz imunidade apenas após a aplicação de três doses, que são feitas ao longo de seis
meses. Portanto, a vacinação contra a hepatite B não é procedimento útil em caso de
enchentes.
55
A Febre tifóide é uma doença causada pela Salmonella typhi, uma bactéria que é adquirida
através da ingestão de água e alimentos contaminados. Pode haver contaminação de poços,
sistemas de abstecimento e de alimentos, com subsequente proliferação bacteriana
possibilitando a ocorrência de casos. Obs: Não tem nenhuma associação com o TIFO.
57. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Riscos Biológicos
Programa de vacinação recomendada
O controle de riscos biológicos depende da avaliação do
médico do trabalho e da identificação do tipo de espaço
confinado. Só o médico pode avaliar a necessidade de um
programa de vacinação.
Várias infecções de pele podem ser causadas pelo contato
56
com matéria orgânica infectada de microorganismo.
Todas evitáveis com o uso de equipamentos de proteção
adequados.
58. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Riscos Ergonômicos
Os problemas ergonômicos, normalmente, estão
associados às reduzidas dimensões do acesso
ao espaço confinado (exigindo contorções do
corpo, o uso das mãos e dificultando o resgate
em caso de acidente).
57
59. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Riscos Mecânicos
Andaimes
Tubos
Pranchões de madeira
Chapas metálicas
58
Queda de ferramentas
Movimentação de carga
etc..
60. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Isolamento
Separação física de uma área ou espaço
considerado próprio e permitido ao
adentramento, de uma área ou espaço
considerado impróprio (perigoso).
59
61. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Abertura do E.C.
Retirada da tampa de acesso ao EC
Deverão ser eliminadas quaisquer condições que os
tornem inseguros no momento anterior à remoção de
um vêdo, tampa ou tampão de entrada.
60
62. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Atividades Agravantes
Os trabalhos de solda, cortes a quente, tratamento
térmico, funcionamento de motores a combustão no
interior de espaços confinados, pode criar atmosferas
de alto risco ou perigosas. A deficiência de oxigênio é
causada pelo seu consumo, nas reações de combustão
ou nos processos de oxidação, ou ainda deslocado pelos
produtos de combustão. 61
Os gases tóxicos, como o CO, são produzidos pela
incompleta combustão. Outros gases podem ser
produzidos pelo material aquecido; cádmio, por exemplo,
vapores de mercúrio, chumbo e outros metais pesados.
63. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Abandono do Local
A saída de um espaço confinado deve ser processada
imediatamente se:
o vigia e/ou o supervisor de entrada ordenarem
abandono;
62
o trabalhador reconhecer algum sinal de perigo, risco
ou sintoma de exposição a uma situação perigosa;
um alarme de abandono for ativado.
64. NR-33 - PAULA SCARDINO & ROBERTO ZAGO
Bibliografia
NR - 33
NBR 14787 da ABNT
Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas,
Petroquímicas e de Petróleo - Atmosferas Explosivas
Autor: Engº Dácio de Miranda Jordão - 3ª Edição
Editora Qualitymark - Tel.: 21-3860- 8422
Site: www.qualitymark.com.br
Manual de Proteção Respiratória 63
Autores: Maurício Torloni e Antonio Vladimir Vieira
Site: www.abho.com.br
TLV´s e BEIs – Limites de Exposição para substâncias químicas, agentes físicos
Site: www.abho.com.br
Limites de tolerância atualizados, fichas técnicas de substâncias: www.cetesb.sp.gov.br
emergências químicas – manual de produtos químicos perigosos.