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Teoria da Burocracia
Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2
Prof. Adriano Hora
Introdução
Eliana Souza
Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2
Prof. Adriano Hora
Max Weber

Maximilian Karl Emil Weber (Erfurt, 21 de Abril de
1864 — Munique, 14 de Junho de 1920) foi um
intelectual alemão, jurista, economista e considerado
um dos fundadores da Sociologia.
Grande parte de seu trabalho como pensador e
estudioso foi reservado para o chamado processo de
racionalização e desencantamento que provém da
sociedade moderna e capitalista.
A presença do pensamento de Weber nos estudos
organizacionais através do método compreensivo e da
análise da realidade a partir de tipos ideais,
proporcionou uma contribuição substancial para o
pensamento administrativo e sociológico. Muitos
desses conceitos permanecem como referência até os
dias de hoje.

Max Weber – (1864 a 1920)

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Prof. Adriano Hora
Introdução
Preocupação com o sentido das organizações na sociedade
moderna.

Diferença entre o desenvolvimento capitalista e intelectual ocorrido
na Alemanha e em outros países da Europa.

Defesa do Idealismo e contrário ao Positivismo de E. Durkheim.

Amplo interesse em compreender os processos que ele define
como a racionalização, desencantamento e desmitificação da
realidade.

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Prof. Adriano Hora
Definição
Burocracia é um termo oriundo do latim e do francês
que significa escritório. Burocracia significava todas
as repartições públicas, na Franca do século XVIII e
também o poder e ação dos funcionários nos
escritórios e qualquer outro ambiente de trabalho.

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Prof. Adriano Hora
Definição na Visão de Weber
Weber definiu burocracia como um conceito de organização em que é possível formular um sistema de regras e papéis (Sistema Social
Racional) a serem executados pelos indivíduos após a definição dos objetivos e atividades com o propósito de garantir a máxima
eficiência da organização.

Sistema Social Racional
(Burocracia)
Exigência de Controle

Consequências Previstas

Previsibilidade do comportamento

Maior Eficiência

Consequências Imprevistas

Disfunções da burocracia

Ineficiência
Modelo Geral da Burocracia proposto por Weber

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Comparativo entre as teorias clássicas
Administração Científica
Teoria Clássica da Administração

Administração
como ciência
e técnica

Teoria da Burocracia

As teorias clássicas eram fundamentadas por 3 conceitos
que as sustentavam, como podemos ver na figura ao

Técnicas
baseadas
na matemática
e engenharia

lado:

Busca da
eficiência

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Prof. Adriano Hora
Comparativo entre as teorias clássicas
A principal diferença entre as teorias consistia fundamentalmente no método utilizado
para maximizar a eficiência, como podemos ver a seguir:

Conceitos

Taylor
Homem seguia a
máquina

Fayol

Weber

Homem seguia o chefe

Homem seguia as regras burocráticas,
isto é, um conjunto de comportamentos
prefixados, geralmente inseridos num
documento escrito, comportamento esse
que o indivíduo deve saber de cor.

Hierarquia

Burocracia

Propósito

Elemento Chave

Máquina

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Prof. Adriano Hora
Ruptura, Conceito de Sociologia de Durkheim
O conceito positivista de Durkheim que na sua essência era Evolucionista, Teologista e
Determinista, acreditava que a sociedade pudesse ser analisada da mesma forma que os
fenômenos da natureza.

A sociologia teria, assim, como tarefa, o esclarecimento de

acontecimentos sociais constantes e recorrentes. O papel fundamental da sociologia seria o
de explicar a sociedade para manter a ordem vigente.

Weber discordava veementemente dessa premissa, pois para ele a Sociologia servia para
Investigar o sentido da ação social e ressaltar os elementos mais gerais de cada fase do
processo histórico daquela sociedade. Isso se deve muito à influência da cultura Alemã, que
como já foi dito no início, era bem distinta do restante da Europa nessa época.

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Comparativo Weber x Durkheim
Apresentamos agora os principais fatores que influenciaram a Teoria da Burocracia, que são
os conceitos Idealistas propostos por Weber, a seguir:

Conceitos

Função da sociologia

Fato social

Weber
(Idealismo)
Investigar o sentido da ação
social e ressaltar os elementos
mais gerais de cada fase do
processo histórico daquela
sociedade

x

Durkheim
(Positivismo)
Explicar a sociedade;
encontrar soluções para a vida social;
comparar sociedades

Fruto de coerção social e da relação mecânica
ou orgânica, dependendo do estágio social em
que a sociedade se encontra.
Independe do que os sujeitos pensam; deve ser
encarado como coisa: coerção social, exterior
ao indivíduo, generalização

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Comparativo Weber x Durkheim
Weber

Durkheim

Ação Social

Tem origem no indivíduo; é resultante
da interdependência entre os sentidos
das diversas ações sociais.
Conduta humana dotada de sentido
que realiza um objetivo, o
envolvimento dos demais atores na
mesma ação cria uma
interdependência das ações, o que
confere o caráter social.

x

Relação social

O sentido das ações sociais deve ser
compartilhado por um grupo que atua
de forma mutuamente coordenada.

Resultante das interações inerentes ao tipo de
solidariedade desenvolvida naquela sociedade.

Conceitos

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Comparativo Weber x Durkheim
Conceitos

Weber

Durkheim

Instrumento de análise

Tipo ideal; método de
reflexão; indeterminismo
histórico

Espécies sociais; objetividade; estatísticas,
determinismo histórico.

Neutralidade

Existe certa parcialidade na
análise sociológica. Embora a
objetividade deva ser
perseguida (método
compreensivo)

O cientista deve evitar qualquer parcialidade e
envolvimento emocional.O mesmo modelo das
ciências naturais

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Comparativo Weber x Durkheim
Conceitos

Weber

Durkheim

Indivíduo

Tem significado e especificidade. As ações
sociais dos indivíduos interagindo dão a
dinâmica da vida social.

O indivíduo é subordinado pela sociedade.
Condicionado pela consciência coletiva

Sociedade

É fruto do desenvolvimento histórico e cada
qual tem suas especificidades resultantes
da cultura e ações praticadas

É um organismo, como tal é evolutivo, indo da
horda ao capitalismo, indiferente ao momento
histórico.

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Origens
Marivalda Silva
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Origens
Teve origem nas mudanças religiosas verificadas após o Renascimento
e semelhança entre o protestantismo e comportamento capitalista.

A fragilidade e a parcialidade das Teorias Clássica e das Relações Humanas, ambas
revelaram pontos de vista extremistas e incompletos sobre a organização, gerando a
necessidade de um enfoque mais amplo e completo.

Necessidade de um modelo de organização racional que viabilizasse a
construção de um Sistema Administrativo.

Crescente tamanho e complexidade das empresas.

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Origens

Ressurgimento da Sociologia da Burocracia (Weber)

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Fatores que contribuíram para o
desenvolvimento da burocracia moderna
Mudanças Religiosas
Capitalismo

“Ética
Protestante”

Racionalidade

Burocracia

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Ciência
Moderna
Fatores que contribuíram para o
desenvolvimento da burocracia moderna
Fator

Justificativa

O desenvolvimento de uma economia
monetária

A moeda não apenas facilita, mas racionaliza as
transações econômicas

O crescimento quantitativo e qualitativo
das tarefas administrativas do Estado
Moderno

Apenas um tipo burocrático de organização poderia
arcar com a enorme complexidade e tamanho de
tais tarefas

A superioridade técnica - em termos de
eficiência - do tipo burocrático de
administração

Serviu como uma força autônoma interna para
impor sua prevalência

O desenvolvimento tecnológico

Fez com que as tarefas da administração
tendessem ao aperfeiçoamento

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Origens – Tipos de Autoridade

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Origens – Tipos de Sociedade
Tipos de Sociedade
Tradicional – Patriarcal e patrimonial. Conservadorismo. Ex: Clã, tribo, família.

Carismática - Centrada numa pessoa, mística e arbitrária. Revolucionária. Ex: Partidos políticos, nações em
revolução.
Racional - Racionalidade de meios e de objetivos. Ex: Estados modernos, grandes empresas.

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Origens – Tipos de Autoridade
Tipos de Autoridade
Autoridade Tradicional – é quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque
essa sempre foi a maneira pela qual as coisas foram feitas.
Autoridade Carismática - quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, por causa
da influência da personalidade e da liderança do superior com o qual se identificam.
Autoridade Legal, Racional ou Burocrática - é quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como
justificadas, porque concordam com um conjunto de preceitos ou normas que consideram legítimos e dos quais
deriva o comando.

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Origens – Características da Sociedade

Autoridade

Aparato Administrativo

Tradicional

Formas Patrimonial e Feudal

Carismática

Inconstante e Instável

Racional

Burocracia

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Características
Fábio Caldas
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Características
A burocracia é baseada em:

Consequências previstas

Objetivo

1. Caráter legal das normas;
2. Caráter formal das comunicações;
3. Caráter Racional e Divisão do Trabalho;

4. Impessoalidade nas Relações;
5. Hierarquia da Autoridade;

Previsibilidade do
Comportamento humano.

Máxima
eficiência

6. Rotinas e Procedimentos Padronizados;
7. Competência Técnica e Meritocracia;
8. Especialização da administração;
9. Profissionalização dos Participantes;

da

Padronização do desempenho
dos participantes.

10. Completa Previsibilidade do

Funcionamento.

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organização
1 - Caráter legal das Normas
A burocracia é uma organização ligada por normas e
regulamentos previamente estabelecidos por escrito
que define antecipadamente como a organização
burocrática deverá funcionar.

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2 - Caráter Formal das Comunicações
A burocracia é uma
comunicações escritas.

organização

ligada

por

As regras, decisões e ações administrativas são
formuladas e registradas por escrito.

Daí o caráter formal da burocracia: todas as ações e
procedimentos são feitos para proporcionar
comprovação e documentação adequadas

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3 - Caráter Racional e Divisão do Trabalho
A burocracia é uma organização que se caracteriza
por uma sistemática divisão do trabalho.
Essa divisão do trabalho atende a uma
racionalidade, isto é, ela é adequada aos objetivos a
serem atingidos: a eficiência da organização

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4 - Impessoalidade nas Relações
Essa
distribuição
de
atividades
é
feita
impessoalmente, ou seja, é feita em termos de
cargos e funções e não de pessoas envolvidas. Daí
o caráter impessoal da burocracia.
A administração da burocracia é realizada sem
considerar as pessoas como pessoas, mas como
ocupantes de cargos e de funções

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5 - Hierarquia da Autoridade
A burocracia é uma organização que estabelece os
cargos segundo o princípio da hierarquia.
Cada cargo inferior deve estar sob o controle e
supervisão de um posto superior.

Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão. Daí
a necessidade da hierarquia da autoridade para fixar
as chefias nos diversos escalões de autoridade.

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6 - Rotinas e Procedimentos Padronizados
A burocracia é uma organização que fixa as regras e normas
técnicas para o desempenho de cada cargo.

O ocupante de um cargo - o funcionário - não pode fazer o
que quiser, mas o que a burocracia impõe que ele faça
(contribui para perda de autonomia dentro do trabalho, já que
ele não pode expressar suas opiniões).
As regras e normas técnicas regulam a conduta do ocupante
de cada cargo, cujas atividades devem ser executadas de
acordo com as rotinas e procedimentos fixados pelas regras
e normas técnicas.
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7 - Competência Técnica e Meritocracia
A burocracia é uma organização na qual a escolha das pessoas é
baseada no mérito e na competência técnica e não em
preferências pessoais.
A admissão, a transferência e a promoção dos funcionários são
baseadas em critérios, válidos para toda a organização, de
avaliação e de classificação, e não em critérios particulares e
arbitrários.
Esses critérios universais são racionais e levam em conta a
competência, o mérito e a capacidade do funcionário em relação
ao seu cargo ou função considerados. Daí a necessidade de
exames, concursos, testes e títulos para admissão e promoção
dos funcionários.
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8 - Especialização da Administração
A burocracia é uma organização que se baseia na separação
entre a propriedade e a administração.

Os membros do corpo administrativos devem estar
completamente separados da propriedade dos meios de
produção.
Em outros termos, os administradores da burocracia não são os
seus donos ou proprietários.
O dirigente não é necessariamente o dono do negócio ou um
grande acionista da organização, mas um profissional
especializado na sua administração.
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9 - Profissionalização dos Participantes
A burocracia é uma organização que se caracteriza pela profissionalização
dos seus participantes.
Cada funcionário da burocracia é um profissional, pelas seguintes razões:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)

É um especialista
É assalariado
É ocupante de cargo
É nomeado por superior hierárquico:
Seu mandato é por tempo indeterminado
Segue carreira dentro da organização
Não possui a propriedade dos meios de produção e administração
É fiel ao cargo e identifica-se com os objetivos da empresa
O administrador profissional tende a controlar cada vez mais
completamente as burocracias:

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10 - Completa Previsibilidade do Funcionamento
A consequência desejada da burocracia é a previsibilidade do
comportamento dos seus membros.

No modelo de Weber, todos os funcionários se comportam de
acordo com as normas e regulamentos da organização, a fim
de que esta atinja a máxima eficiência possível.
Tudo na burocracia é estabelecido no sentido de prever
antecipadamente todas as ocorrências e rotinizar sua
execução, para que a máxima eficiência do sistema seja
plenamente alcançada.

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Vantagens, Dilemas e Disfunções
Márcio Ventura
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Vantagens
Racionalidade
(objetivos)

Rapidez nas
decisões

Precisão

Univocidade
de
interpretação

Constância

Objetividade,
clareza e
limites

Continuidade
da
organização

Padronização

Subordinação

Confiabilidade

Especialização

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Vantagens
Racionalidade

Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos

da organização.

Rapidez nas decisões

Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que
deve ser feito e por quem e as ordens e papéis
tramitam através de canais preestabelecidos (este

sistema nem sempre funciona como deveria) .

Precisão na definição do cargo

Precisão na definição do cargo e na operação, pelo

e na operação

conhecimento exato dos deveres.

Univocidade de interpretação

Univocidade de interpretação garantida pela

garantida pela regulamentação

regulamentação específica e escrita. Por outro lado,

específica e escrita

a informação é discreta, pois é fornecida apenas a
quem deve recebê-la.

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Vantagens
Padronização de rotinas e

Padronização de rotinas e procedimentos que

procedimentos

favorece a padronização, redução de custos e de
erros, pois os procedimentos são definidos por
escrito.

Continuidade da organização

Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que

deve ser feito e por quem e as ordens e papéis
tramitam através de canais preestabelecidos (este
sistema nem sempre funciona como deveria) .

Objetividade, clareza e limites

Objetividade, clareza e limites, que proporcionam a
redução do atrito entre as pessoas, pois cada
funcionário conhece aquilo que é exigido dele e quais
são os limites entre suas responsabilidades e as dos
outros.

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Vantagens
Constância

Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem

ser tomados nas mesmas circunstâncias.

Subordinação dos mais novos

Subordinação dos mais novos aos mais antigos,

aos mais antigos

dentro de uma forma estrita e bem conhecida, de
modo que o superior possa tomar decisões que

afetem o nível mais baixo.

Confiabilidade

Confiabilidade, pois o negócio é conduzido de acordo
com regras conhecidas, sendo que grande número
de casos similares são metodicamente tratados
dentro da mesma maneira sistemática. As decisões
são previsíveis e o processo decisório, por ser
despersonalizado no sentido de excluir sentimentos
irracionais, como o amor, raiva, preferências
pessoais, elimina a discriminação pessoal.

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Vantagens
Benefícios sob o prisma das

Existem benefícios sob o prisma das pessoas na

pessoas na organização

organização, pois a hierarquia é formalizada, o
trabalho é dividido entre as pessoas de maneira
ordenada, as pessoas são treinadas para se
tomarem especialistas em seus campos particulares,

podendo encarreirar-se na organização em função
de seu mérito pessoal e competência técnica

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Dilemas

Pressão externa para quebra de procedimentos.

Fragilidade do compromisso dos subordinados com as regras
burocráticas

Elevado nível de renúncia para aceitar normas contrárias ao desejo
da pessoa, principalmente em modelos tradicionais e carismáticos

Risco da chamada “Crise de sucessão”.

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Disfunções

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1 - Maior Internalização das Regras e
Exagerado Apego aos Regulamentos
As diretrizes da burocracia, emanadas através das
normas e regulamentos, para atingir os objetivos da
organização, tendem a adquirir um valor positivo,
próprio e importante, independentemente daqueles
objetivos, passando a substituí-los gradativamente.
As normas e regulamentos passam
transformar de freios em objetivos.

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a

se
2 - Excesso de Formalismo e de Papelório
A necessidade de documentar e de formalizar todas
as comunicações dentro da burocracia a fim de que
tudo possa ser devidamente testemunhado por
escrito pode conduzir à tendência ao excesso de
formalismo,
de
documentação
e,
consequentemente, de papelório

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3 - Resistência a Mudanças
Como tudo dentro da burocracia é rotinizado,
padronizado, previsto com antecipação, o
funcionário geralmente se acostuma a uma
completa estabilidade e repetição daquilo que faz o
que passa a lhe proporcionar uma completa
segurança a respeito de seu futuro na burocracia.

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4 - Despersonalização do Relacionamento
A burocracia tem com uma de suas características
a impessoalidade no relacionamento entre os
funcionários.
Daí o seu caráter impessoal, pois ela enfatiza os
cargos e não as pessoas que os ocupam.

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5 - Processo decisório categorizado

A burocracia se assenta em uma rígida
hierarquização da autoridade. Portanto, quem toma
decisões em qualquer situação será aquele que
possui a mais elevada categoria hierárquica,
independentemente do seu conhecimento sobre o
assunto.
Quem decide é sempre aquele que ocupa o posto
hierárquico mais alto, mesmo que nada saiba a
respeito do problema a ser resolvido.
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6 - Superconformidade à Rotina e Procedimentos
A burocracia baseia-se em rotinas e procedimentos, como
meio de garantir que as pessoas façam exatamente aquilo
que delas se espera.
Como uma burocracia eficaz exige devoção estrita às
normas e regulamentos, essa devoção às regras e
regulamentos conduz à sua transformação em coisas
absolutas: as regras e rotinas não mais são consideradas
como relativas a um conjunto de objetivos, mas passam a
ser absolutas. Com o tempo, as regras e as rotinas tornamse sagradas para o funcionário.

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7 - Exibição de Sinais de Autoridade
Como a burocracia enfatiza a hierarquia de autoridade,
torna-se necessário um sistema capaz de indicar, aos
olhos de todos, aqueles que detêm o poder.
Daí surge a tendência à utilização intensiva de símbolos
ou de sinais de status para demonstrar a posição
hierárquica dos funcionários, como o uniforme, a
localização da sala, do banheiro, do estacionamento, do
refeitório, o tipo de mesa etc., como meios de identificar
quais são os principais chefes da organização.
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8 - Dificuldade no Atendimento a Clientes e Conflitos com
o Público
O funcionário está completamente voltado para dentro da
organização, para suas normas e regulamentos internos,
para suas rotinas e procedimentos, para seu superior
hierárquico que avalia o seu desempenho.
Essa sua atuação interiorizada para a organização
geralmente o leva a criar conflitos com os clientes da
organização. Todos os clientes são atendidos de forma
padronizada, de acordo com os regulamentos e rotinas
internos, fazendo com que o público se irrite com a pouca
atenção e descaso para com os seus problemas particulares
e pessoais.
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Dimensões
Jefferson Petilo
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Dimensões
Tipo Ideal: Perspectiva de análise do grau de burocratização
das organizações.

O Tipo ideal e as 6 dimensões de Hall.

Não há um tipo único de burocracia. Modelos burocráticos de
diversos autores.

Existem graus variados de burocratização.

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Dimensões

Burocracia vista como um “continuum” e não de maneira absoluta.

Críticas e desafios ao “Tipo ideal”.

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Tipo Ideal: Perspectiva de análise do grau de
burocratização das organizações
Weber descreve que o tipo ideal de organização burocrática,
que consiste em uma perspectiva dimensional, ou seja, um
modelo mental e abstrato que através das suas
características fosse possível compreender o grau de
burocratização das organizações.
Segundo essa percepção, a organização será mais ou
menos burocrática conforme a intensidade da presença das
dimensões burocráticas nela, que, em graus elevados
compreendem o que Weber denominou de tipo ideal da
burocracia.

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• Falta de autoridade

• Liberdade excessiva

• Divisão do trabalho

• Hierarquia

• Regras e Regulamentos

• Ausência de documentos, informalidade

• Formalização nas comunicações

• Ênfase nas pessoas

• Impessoalidade

• Apadrinhamento

• Seleção e Promoção de pessoal

Desordem

Excesso de Burocratização

• Falta de Especialização, desordem

Tipo Ideal

Escassez de Burocratização

DIMENSÕES – O Tipo ideal e as 6 Dimensões de Hall

Eficiência

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• Superespecialização

• Excesso de autoridade, imposição

• Ordem e disciplina

• Excesso de papelório. Formalismo

• Ênfase nos cargos

• Excesso de exigências

Rigidez
Graus de Burocratização

Excessivamente

Muito pouco

burocratizado

burocratizado

Excesso de normas
e regulamentos

Modelo Ideal de
Burocratização
(Weber)

Escassez de normas
e regulamentos

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Prof. Adriano Hora
DIMENSÕES – As 6 Dimensões de Hall
1- A hierarquia de autoridade

2-Divisão do trabalho

3-Sistema de Normas

É o grau em que a tomada de decisão é pré-estruturada pela
organização.
É o grau em que as tarefas de trabalho são subdividas através de
especialização funcional decidida pela organização.
É o grau em que o comportamento dos membros organizacionais está
sujeito ao controle organizacional
É o grau em que membros das organizações devem seguir técnicas

4-Sistema de procedimentos

definidas pela organização para lidar com as situações em que se
encontram.

5-Impessoalidade

É o grau em que, tanto membros organizacionais, quanto o público
externo são tratados sem consideração às qualidades individuais.
É o grau em que padrões ‘universalizados’, definidos

6-Competência técnica

organizacionalmente são utilizados nos processos de seleção e de
promoção de pessoal.

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Modelo Burocrático de Weber

Sistema Social Racional
Burocracia

Exigência de Controle
Consequências Previstas

Consequências Imprevistas

Maior Eficiência

Ineficiência

Previsibilidade de Comportamento

Disfunções da Burocracia

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Prof. Adriano Hora
Modelo Burocrático de Merton
1
Exigência de
Controle por parte da
Organização
2
Ênfase na
previsibilidade
do comportamento
Justificativa da
Ação individual

3

4
Rigidez de
comportamento e
defesa mútua na
organização
5
Grau de
dificuldade
com os clientes

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Sentimento
de defesa da
Ação individual

6
Modelo Burocrático de Selznick
Exigência de
Controle

1

Delegação de 2
Autoridade
Grau de formação 8
em assuntos
específicos

Estabelecimento de 3
Subobjetivos das
Subunidades

Internalização dos 6
objetivos da organização
pelos participantes
Operacionalização
dos objetivos da
organização

Internalização de 4
Subobjetivos pelos
participantes
Teor das decisões 5

7

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Prof. Adriano Hora
Modelo Burocrático de Gouldner
Exigência de
Controle

1

2
Adoção de
diretivas gerais e
impessoais

Conhecimento dos 5
padrões mínimos
aceitáveis
Direção entre 6
os objetivos da
organização e a sua
realização

Visibilidade das
relações de poder

Rigor de
supervisão

3

7

Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2
Prof. Adriano Hora

Nível de tensão
interpessoal

4
Críticas ao Tipo Ideal
É um recorte conceitual exagerado, ou seja, maximizado da
realidade para estudar a sociedade.

Êxito depende estritamente do uso balanceado das dimensões.

Manifestações críticas de diversos autores em relação ao modelo e
principalmente às difunções da burocracia
Utilização do modelo “a ferro e fogo” nas organizações produziram
resultados adversos.

Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2
Prof. Adriano Hora
Apreciação Crítica
Selmi Moura
Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2
Prof. Adriano Hora
Defensores
Weber: Considera a burocracia como a forma mais racional para atingir
os objetivos organizacionais.

Perrow: Defende a burocracia como um fator importante para a
racionalização da estrutura organização.
Kast e Rosenzweig: Salientam que o melhor caminho consiste em
utilizar o modelo burocrático de Weber como ponto de partida,
reconhecendo suas limitações e disfunções.
Chiavenato: Considera a burocracia uma das melhores alternativas,
pois ela permite descrever e explicar as organizações, dando ao
administrador a escolha que considera mais apropriada.

Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2
Prof. Adriano Hora
Opositores
March e Simon: Afirmaram que o pensamento de Weber sobre a
burocracia correspondia, no fundo, às ilusões racionalistas de primeira
época da organização científica.
Michels, Merton, Gouldner e Selznick: Criticaram a resistência a mudança e
estreita ligação entre a eficiência organizacional e a robotização do
indivíduo.

Crozier: Denominava a Burocaria como a “Teoria das consequências
inesperadas”.

Crozier também acreditava que as características rotineiras e opressivas da
burocracia eram devidas à resistência do ser humano ao modelo
mecanicista que a burocracia impõe.

Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2
Prof. Adriano Hora
Opositores
Selznick: A burocracia não é rígida nem estática, mas adaptativa e dinâmica,
interagindo com o meio. Tem que ser útil até o ponto em que traz eficiência e
nem sempre à eficiência compensa a rigidez com que ela está associada.
Michels, Merton, Gouldner e Selznick:Criticaram a resistência a mudança e
estreita ligação entre a eficiência organizacional e a robotização do
indivíduo.

Katz e Kahn: Excessivo racionalismo, Mecanicismo excessivo e abordagem
das organizações como sistemas fechados.

Michels e Von Mises: Conservadorismo.

Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2
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Opositores
Merton: Acredita que O burocrata comporta-se como um indivíduo ritualista,
apegado a regras, e voltado para a concretização de objetivos.

Bennis: Critica a burocracia de Weber como mecanista, acreditando que ela
tende a desaparecer devido à rapidas transformações ambientais.

Alvin Gouldner: Observou que “o modelo burocrático tem sido usado como
um instrumento acabado e não como um conjunto de hipóteses a serem
verificadas por levantamentos empíricos”.

Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2
Prof. Adriano Hora
Síntese da Teoria burocrática
Ênfase

Estrutura Organizacional

Abordagem da Organização

Organização Formal

Conceito de Organização

Sistema Social como conjunto de
funções oficializadas

Principais Representantes

Weber, Merton, Selznick,
Gouldner, Michels.

Características básicas da Gestão

Sociologia da Burocracia

Concepção do Homem

Homem Organizacional

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Teoria da burocracia modelos de administração - 2013.2

  • 1. Teoria da Burocracia Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 2. Introdução Eliana Souza Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 3. Max Weber Maximilian Karl Emil Weber (Erfurt, 21 de Abril de 1864 — Munique, 14 de Junho de 1920) foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia. Grande parte de seu trabalho como pensador e estudioso foi reservado para o chamado processo de racionalização e desencantamento que provém da sociedade moderna e capitalista. A presença do pensamento de Weber nos estudos organizacionais através do método compreensivo e da análise da realidade a partir de tipos ideais, proporcionou uma contribuição substancial para o pensamento administrativo e sociológico. Muitos desses conceitos permanecem como referência até os dias de hoje. Max Weber – (1864 a 1920) Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 4. Introdução Preocupação com o sentido das organizações na sociedade moderna. Diferença entre o desenvolvimento capitalista e intelectual ocorrido na Alemanha e em outros países da Europa. Defesa do Idealismo e contrário ao Positivismo de E. Durkheim. Amplo interesse em compreender os processos que ele define como a racionalização, desencantamento e desmitificação da realidade. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 5. Definição Burocracia é um termo oriundo do latim e do francês que significa escritório. Burocracia significava todas as repartições públicas, na Franca do século XVIII e também o poder e ação dos funcionários nos escritórios e qualquer outro ambiente de trabalho. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 6. Definição na Visão de Weber Weber definiu burocracia como um conceito de organização em que é possível formular um sistema de regras e papéis (Sistema Social Racional) a serem executados pelos indivíduos após a definição dos objetivos e atividades com o propósito de garantir a máxima eficiência da organização. Sistema Social Racional (Burocracia) Exigência de Controle Consequências Previstas Previsibilidade do comportamento Maior Eficiência Consequências Imprevistas Disfunções da burocracia Ineficiência Modelo Geral da Burocracia proposto por Weber Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 7. Comparativo entre as teorias clássicas Administração Científica Teoria Clássica da Administração Administração como ciência e técnica Teoria da Burocracia As teorias clássicas eram fundamentadas por 3 conceitos que as sustentavam, como podemos ver na figura ao Técnicas baseadas na matemática e engenharia lado: Busca da eficiência Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 8. Comparativo entre as teorias clássicas A principal diferença entre as teorias consistia fundamentalmente no método utilizado para maximizar a eficiência, como podemos ver a seguir: Conceitos Taylor Homem seguia a máquina Fayol Weber Homem seguia o chefe Homem seguia as regras burocráticas, isto é, um conjunto de comportamentos prefixados, geralmente inseridos num documento escrito, comportamento esse que o indivíduo deve saber de cor. Hierarquia Burocracia Propósito Elemento Chave Máquina Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 9. Ruptura, Conceito de Sociologia de Durkheim O conceito positivista de Durkheim que na sua essência era Evolucionista, Teologista e Determinista, acreditava que a sociedade pudesse ser analisada da mesma forma que os fenômenos da natureza. A sociologia teria, assim, como tarefa, o esclarecimento de acontecimentos sociais constantes e recorrentes. O papel fundamental da sociologia seria o de explicar a sociedade para manter a ordem vigente. Weber discordava veementemente dessa premissa, pois para ele a Sociologia servia para Investigar o sentido da ação social e ressaltar os elementos mais gerais de cada fase do processo histórico daquela sociedade. Isso se deve muito à influência da cultura Alemã, que como já foi dito no início, era bem distinta do restante da Europa nessa época. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 10. Comparativo Weber x Durkheim Apresentamos agora os principais fatores que influenciaram a Teoria da Burocracia, que são os conceitos Idealistas propostos por Weber, a seguir: Conceitos Função da sociologia Fato social Weber (Idealismo) Investigar o sentido da ação social e ressaltar os elementos mais gerais de cada fase do processo histórico daquela sociedade x Durkheim (Positivismo) Explicar a sociedade; encontrar soluções para a vida social; comparar sociedades Fruto de coerção social e da relação mecânica ou orgânica, dependendo do estágio social em que a sociedade se encontra. Independe do que os sujeitos pensam; deve ser encarado como coisa: coerção social, exterior ao indivíduo, generalização Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 11. Comparativo Weber x Durkheim Weber Durkheim Ação Social Tem origem no indivíduo; é resultante da interdependência entre os sentidos das diversas ações sociais. Conduta humana dotada de sentido que realiza um objetivo, o envolvimento dos demais atores na mesma ação cria uma interdependência das ações, o que confere o caráter social. x Relação social O sentido das ações sociais deve ser compartilhado por um grupo que atua de forma mutuamente coordenada. Resultante das interações inerentes ao tipo de solidariedade desenvolvida naquela sociedade. Conceitos Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 12. Comparativo Weber x Durkheim Conceitos Weber Durkheim Instrumento de análise Tipo ideal; método de reflexão; indeterminismo histórico Espécies sociais; objetividade; estatísticas, determinismo histórico. Neutralidade Existe certa parcialidade na análise sociológica. Embora a objetividade deva ser perseguida (método compreensivo) O cientista deve evitar qualquer parcialidade e envolvimento emocional.O mesmo modelo das ciências naturais Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 13. Comparativo Weber x Durkheim Conceitos Weber Durkheim Indivíduo Tem significado e especificidade. As ações sociais dos indivíduos interagindo dão a dinâmica da vida social. O indivíduo é subordinado pela sociedade. Condicionado pela consciência coletiva Sociedade É fruto do desenvolvimento histórico e cada qual tem suas especificidades resultantes da cultura e ações praticadas É um organismo, como tal é evolutivo, indo da horda ao capitalismo, indiferente ao momento histórico. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 14. Origens Marivalda Silva Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 15. Origens Teve origem nas mudanças religiosas verificadas após o Renascimento e semelhança entre o protestantismo e comportamento capitalista. A fragilidade e a parcialidade das Teorias Clássica e das Relações Humanas, ambas revelaram pontos de vista extremistas e incompletos sobre a organização, gerando a necessidade de um enfoque mais amplo e completo. Necessidade de um modelo de organização racional que viabilizasse a construção de um Sistema Administrativo. Crescente tamanho e complexidade das empresas. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 16. Origens Ressurgimento da Sociologia da Burocracia (Weber) Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 17. Fatores que contribuíram para o desenvolvimento da burocracia moderna Mudanças Religiosas Capitalismo “Ética Protestante” Racionalidade Burocracia Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora Ciência Moderna
  • 18. Fatores que contribuíram para o desenvolvimento da burocracia moderna Fator Justificativa O desenvolvimento de uma economia monetária A moeda não apenas facilita, mas racionaliza as transações econômicas O crescimento quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas do Estado Moderno Apenas um tipo burocrático de organização poderia arcar com a enorme complexidade e tamanho de tais tarefas A superioridade técnica - em termos de eficiência - do tipo burocrático de administração Serviu como uma força autônoma interna para impor sua prevalência O desenvolvimento tecnológico Fez com que as tarefas da administração tendessem ao aperfeiçoamento Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 19. Origens – Tipos de Autoridade Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 20. Origens – Tipos de Sociedade Tipos de Sociedade Tradicional – Patriarcal e patrimonial. Conservadorismo. Ex: Clã, tribo, família. Carismática - Centrada numa pessoa, mística e arbitrária. Revolucionária. Ex: Partidos políticos, nações em revolução. Racional - Racionalidade de meios e de objetivos. Ex: Estados modernos, grandes empresas. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 21. Origens – Tipos de Autoridade Tipos de Autoridade Autoridade Tradicional – é quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque essa sempre foi a maneira pela qual as coisas foram feitas. Autoridade Carismática - quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, por causa da influência da personalidade e da liderança do superior com o qual se identificam. Autoridade Legal, Racional ou Burocrática - é quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque concordam com um conjunto de preceitos ou normas que consideram legítimos e dos quais deriva o comando. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 22. Origens – Características da Sociedade Autoridade Aparato Administrativo Tradicional Formas Patrimonial e Feudal Carismática Inconstante e Instável Racional Burocracia Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 23. Características Fábio Caldas Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 24. Características A burocracia é baseada em: Consequências previstas Objetivo 1. Caráter legal das normas; 2. Caráter formal das comunicações; 3. Caráter Racional e Divisão do Trabalho; 4. Impessoalidade nas Relações; 5. Hierarquia da Autoridade; Previsibilidade do Comportamento humano. Máxima eficiência 6. Rotinas e Procedimentos Padronizados; 7. Competência Técnica e Meritocracia; 8. Especialização da administração; 9. Profissionalização dos Participantes; da Padronização do desempenho dos participantes. 10. Completa Previsibilidade do Funcionamento. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora organização
  • 25. 1 - Caráter legal das Normas A burocracia é uma organização ligada por normas e regulamentos previamente estabelecidos por escrito que define antecipadamente como a organização burocrática deverá funcionar. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 26. 2 - Caráter Formal das Comunicações A burocracia é uma comunicações escritas. organização ligada por As regras, decisões e ações administrativas são formuladas e registradas por escrito. Daí o caráter formal da burocracia: todas as ações e procedimentos são feitos para proporcionar comprovação e documentação adequadas Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 27. 3 - Caráter Racional e Divisão do Trabalho A burocracia é uma organização que se caracteriza por uma sistemática divisão do trabalho. Essa divisão do trabalho atende a uma racionalidade, isto é, ela é adequada aos objetivos a serem atingidos: a eficiência da organização Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 28. 4 - Impessoalidade nas Relações Essa distribuição de atividades é feita impessoalmente, ou seja, é feita em termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas. Daí o caráter impessoal da burocracia. A administração da burocracia é realizada sem considerar as pessoas como pessoas, mas como ocupantes de cargos e de funções Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 29. 5 - Hierarquia da Autoridade A burocracia é uma organização que estabelece os cargos segundo o princípio da hierarquia. Cada cargo inferior deve estar sob o controle e supervisão de um posto superior. Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão. Daí a necessidade da hierarquia da autoridade para fixar as chefias nos diversos escalões de autoridade. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 30. 6 - Rotinas e Procedimentos Padronizados A burocracia é uma organização que fixa as regras e normas técnicas para o desempenho de cada cargo. O ocupante de um cargo - o funcionário - não pode fazer o que quiser, mas o que a burocracia impõe que ele faça (contribui para perda de autonomia dentro do trabalho, já que ele não pode expressar suas opiniões). As regras e normas técnicas regulam a conduta do ocupante de cada cargo, cujas atividades devem ser executadas de acordo com as rotinas e procedimentos fixados pelas regras e normas técnicas. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 31. 7 - Competência Técnica e Meritocracia A burocracia é uma organização na qual a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica e não em preferências pessoais. A admissão, a transferência e a promoção dos funcionários são baseadas em critérios, válidos para toda a organização, de avaliação e de classificação, e não em critérios particulares e arbitrários. Esses critérios universais são racionais e levam em conta a competência, o mérito e a capacidade do funcionário em relação ao seu cargo ou função considerados. Daí a necessidade de exames, concursos, testes e títulos para admissão e promoção dos funcionários. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 32. 8 - Especialização da Administração A burocracia é uma organização que se baseia na separação entre a propriedade e a administração. Os membros do corpo administrativos devem estar completamente separados da propriedade dos meios de produção. Em outros termos, os administradores da burocracia não são os seus donos ou proprietários. O dirigente não é necessariamente o dono do negócio ou um grande acionista da organização, mas um profissional especializado na sua administração. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 33. 9 - Profissionalização dos Participantes A burocracia é uma organização que se caracteriza pela profissionalização dos seus participantes. Cada funcionário da burocracia é um profissional, pelas seguintes razões: a) b) c) d) e) f) g) h) i) É um especialista É assalariado É ocupante de cargo É nomeado por superior hierárquico: Seu mandato é por tempo indeterminado Segue carreira dentro da organização Não possui a propriedade dos meios de produção e administração É fiel ao cargo e identifica-se com os objetivos da empresa O administrador profissional tende a controlar cada vez mais completamente as burocracias: Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 34. 10 - Completa Previsibilidade do Funcionamento A consequência desejada da burocracia é a previsibilidade do comportamento dos seus membros. No modelo de Weber, todos os funcionários se comportam de acordo com as normas e regulamentos da organização, a fim de que esta atinja a máxima eficiência possível. Tudo na burocracia é estabelecido no sentido de prever antecipadamente todas as ocorrências e rotinizar sua execução, para que a máxima eficiência do sistema seja plenamente alcançada. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 35. Vantagens, Dilemas e Disfunções Márcio Ventura Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 37. Vantagens Racionalidade Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização. Rapidez nas decisões Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem e as ordens e papéis tramitam através de canais preestabelecidos (este sistema nem sempre funciona como deveria) . Precisão na definição do cargo Precisão na definição do cargo e na operação, pelo e na operação conhecimento exato dos deveres. Univocidade de interpretação Univocidade de interpretação garantida pela garantida pela regulamentação regulamentação específica e escrita. Por outro lado, específica e escrita a informação é discreta, pois é fornecida apenas a quem deve recebê-la. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 38. Vantagens Padronização de rotinas e Padronização de rotinas e procedimentos que procedimentos favorece a padronização, redução de custos e de erros, pois os procedimentos são definidos por escrito. Continuidade da organização Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem e as ordens e papéis tramitam através de canais preestabelecidos (este sistema nem sempre funciona como deveria) . Objetividade, clareza e limites Objetividade, clareza e limites, que proporcionam a redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece aquilo que é exigido dele e quais são os limites entre suas responsabilidades e as dos outros. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 39. Vantagens Constância Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas circunstâncias. Subordinação dos mais novos Subordinação dos mais novos aos mais antigos, aos mais antigos dentro de uma forma estrita e bem conhecida, de modo que o superior possa tomar decisões que afetem o nível mais baixo. Confiabilidade Confiabilidade, pois o negócio é conduzido de acordo com regras conhecidas, sendo que grande número de casos similares são metodicamente tratados dentro da mesma maneira sistemática. As decisões são previsíveis e o processo decisório, por ser despersonalizado no sentido de excluir sentimentos irracionais, como o amor, raiva, preferências pessoais, elimina a discriminação pessoal. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 40. Vantagens Benefícios sob o prisma das Existem benefícios sob o prisma das pessoas na pessoas na organização organização, pois a hierarquia é formalizada, o trabalho é dividido entre as pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treinadas para se tomarem especialistas em seus campos particulares, podendo encarreirar-se na organização em função de seu mérito pessoal e competência técnica Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 41. Dilemas Pressão externa para quebra de procedimentos. Fragilidade do compromisso dos subordinados com as regras burocráticas Elevado nível de renúncia para aceitar normas contrárias ao desejo da pessoa, principalmente em modelos tradicionais e carismáticos Risco da chamada “Crise de sucessão”. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 42. Disfunções Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 43. 1 - Maior Internalização das Regras e Exagerado Apego aos Regulamentos As diretrizes da burocracia, emanadas através das normas e regulamentos, para atingir os objetivos da organização, tendem a adquirir um valor positivo, próprio e importante, independentemente daqueles objetivos, passando a substituí-los gradativamente. As normas e regulamentos passam transformar de freios em objetivos. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora a se
  • 44. 2 - Excesso de Formalismo e de Papelório A necessidade de documentar e de formalizar todas as comunicações dentro da burocracia a fim de que tudo possa ser devidamente testemunhado por escrito pode conduzir à tendência ao excesso de formalismo, de documentação e, consequentemente, de papelório Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 45. 3 - Resistência a Mudanças Como tudo dentro da burocracia é rotinizado, padronizado, previsto com antecipação, o funcionário geralmente se acostuma a uma completa estabilidade e repetição daquilo que faz o que passa a lhe proporcionar uma completa segurança a respeito de seu futuro na burocracia. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 46. 4 - Despersonalização do Relacionamento A burocracia tem com uma de suas características a impessoalidade no relacionamento entre os funcionários. Daí o seu caráter impessoal, pois ela enfatiza os cargos e não as pessoas que os ocupam. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 47. 5 - Processo decisório categorizado A burocracia se assenta em uma rígida hierarquização da autoridade. Portanto, quem toma decisões em qualquer situação será aquele que possui a mais elevada categoria hierárquica, independentemente do seu conhecimento sobre o assunto. Quem decide é sempre aquele que ocupa o posto hierárquico mais alto, mesmo que nada saiba a respeito do problema a ser resolvido. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 48. 6 - Superconformidade à Rotina e Procedimentos A burocracia baseia-se em rotinas e procedimentos, como meio de garantir que as pessoas façam exatamente aquilo que delas se espera. Como uma burocracia eficaz exige devoção estrita às normas e regulamentos, essa devoção às regras e regulamentos conduz à sua transformação em coisas absolutas: as regras e rotinas não mais são consideradas como relativas a um conjunto de objetivos, mas passam a ser absolutas. Com o tempo, as regras e as rotinas tornamse sagradas para o funcionário. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 49. 7 - Exibição de Sinais de Autoridade Como a burocracia enfatiza a hierarquia de autoridade, torna-se necessário um sistema capaz de indicar, aos olhos de todos, aqueles que detêm o poder. Daí surge a tendência à utilização intensiva de símbolos ou de sinais de status para demonstrar a posição hierárquica dos funcionários, como o uniforme, a localização da sala, do banheiro, do estacionamento, do refeitório, o tipo de mesa etc., como meios de identificar quais são os principais chefes da organização. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 50. 8 - Dificuldade no Atendimento a Clientes e Conflitos com o Público O funcionário está completamente voltado para dentro da organização, para suas normas e regulamentos internos, para suas rotinas e procedimentos, para seu superior hierárquico que avalia o seu desempenho. Essa sua atuação interiorizada para a organização geralmente o leva a criar conflitos com os clientes da organização. Todos os clientes são atendidos de forma padronizada, de acordo com os regulamentos e rotinas internos, fazendo com que o público se irrite com a pouca atenção e descaso para com os seus problemas particulares e pessoais. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 51. Dimensões Jefferson Petilo Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 52. Dimensões Tipo Ideal: Perspectiva de análise do grau de burocratização das organizações. O Tipo ideal e as 6 dimensões de Hall. Não há um tipo único de burocracia. Modelos burocráticos de diversos autores. Existem graus variados de burocratização. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 53. Dimensões Burocracia vista como um “continuum” e não de maneira absoluta. Críticas e desafios ao “Tipo ideal”. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 54. Tipo Ideal: Perspectiva de análise do grau de burocratização das organizações Weber descreve que o tipo ideal de organização burocrática, que consiste em uma perspectiva dimensional, ou seja, um modelo mental e abstrato que através das suas características fosse possível compreender o grau de burocratização das organizações. Segundo essa percepção, a organização será mais ou menos burocrática conforme a intensidade da presença das dimensões burocráticas nela, que, em graus elevados compreendem o que Weber denominou de tipo ideal da burocracia. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 55. • Falta de autoridade • Liberdade excessiva • Divisão do trabalho • Hierarquia • Regras e Regulamentos • Ausência de documentos, informalidade • Formalização nas comunicações • Ênfase nas pessoas • Impessoalidade • Apadrinhamento • Seleção e Promoção de pessoal Desordem Excesso de Burocratização • Falta de Especialização, desordem Tipo Ideal Escassez de Burocratização DIMENSÕES – O Tipo ideal e as 6 Dimensões de Hall Eficiência Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora • Superespecialização • Excesso de autoridade, imposição • Ordem e disciplina • Excesso de papelório. Formalismo • Ênfase nos cargos • Excesso de exigências Rigidez
  • 56. Graus de Burocratização Excessivamente Muito pouco burocratizado burocratizado Excesso de normas e regulamentos Modelo Ideal de Burocratização (Weber) Escassez de normas e regulamentos Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 57. DIMENSÕES – As 6 Dimensões de Hall 1- A hierarquia de autoridade 2-Divisão do trabalho 3-Sistema de Normas É o grau em que a tomada de decisão é pré-estruturada pela organização. É o grau em que as tarefas de trabalho são subdividas através de especialização funcional decidida pela organização. É o grau em que o comportamento dos membros organizacionais está sujeito ao controle organizacional É o grau em que membros das organizações devem seguir técnicas 4-Sistema de procedimentos definidas pela organização para lidar com as situações em que se encontram. 5-Impessoalidade É o grau em que, tanto membros organizacionais, quanto o público externo são tratados sem consideração às qualidades individuais. É o grau em que padrões ‘universalizados’, definidos 6-Competência técnica organizacionalmente são utilizados nos processos de seleção e de promoção de pessoal. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 58. Modelo Burocrático de Weber Sistema Social Racional Burocracia Exigência de Controle Consequências Previstas Consequências Imprevistas Maior Eficiência Ineficiência Previsibilidade de Comportamento Disfunções da Burocracia Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 59. Modelo Burocrático de Merton 1 Exigência de Controle por parte da Organização 2 Ênfase na previsibilidade do comportamento Justificativa da Ação individual 3 4 Rigidez de comportamento e defesa mútua na organização 5 Grau de dificuldade com os clientes Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora Sentimento de defesa da Ação individual 6
  • 60. Modelo Burocrático de Selznick Exigência de Controle 1 Delegação de 2 Autoridade Grau de formação 8 em assuntos específicos Estabelecimento de 3 Subobjetivos das Subunidades Internalização dos 6 objetivos da organização pelos participantes Operacionalização dos objetivos da organização Internalização de 4 Subobjetivos pelos participantes Teor das decisões 5 7 Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 61. Modelo Burocrático de Gouldner Exigência de Controle 1 2 Adoção de diretivas gerais e impessoais Conhecimento dos 5 padrões mínimos aceitáveis Direção entre 6 os objetivos da organização e a sua realização Visibilidade das relações de poder Rigor de supervisão 3 7 Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora Nível de tensão interpessoal 4
  • 62. Críticas ao Tipo Ideal É um recorte conceitual exagerado, ou seja, maximizado da realidade para estudar a sociedade. Êxito depende estritamente do uso balanceado das dimensões. Manifestações críticas de diversos autores em relação ao modelo e principalmente às difunções da burocracia Utilização do modelo “a ferro e fogo” nas organizações produziram resultados adversos. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 63. Apreciação Crítica Selmi Moura Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 64. Defensores Weber: Considera a burocracia como a forma mais racional para atingir os objetivos organizacionais. Perrow: Defende a burocracia como um fator importante para a racionalização da estrutura organização. Kast e Rosenzweig: Salientam que o melhor caminho consiste em utilizar o modelo burocrático de Weber como ponto de partida, reconhecendo suas limitações e disfunções. Chiavenato: Considera a burocracia uma das melhores alternativas, pois ela permite descrever e explicar as organizações, dando ao administrador a escolha que considera mais apropriada. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 65. Opositores March e Simon: Afirmaram que o pensamento de Weber sobre a burocracia correspondia, no fundo, às ilusões racionalistas de primeira época da organização científica. Michels, Merton, Gouldner e Selznick: Criticaram a resistência a mudança e estreita ligação entre a eficiência organizacional e a robotização do indivíduo. Crozier: Denominava a Burocaria como a “Teoria das consequências inesperadas”. Crozier também acreditava que as características rotineiras e opressivas da burocracia eram devidas à resistência do ser humano ao modelo mecanicista que a burocracia impõe. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 66. Opositores Selznick: A burocracia não é rígida nem estática, mas adaptativa e dinâmica, interagindo com o meio. Tem que ser útil até o ponto em que traz eficiência e nem sempre à eficiência compensa a rigidez com que ela está associada. Michels, Merton, Gouldner e Selznick:Criticaram a resistência a mudança e estreita ligação entre a eficiência organizacional e a robotização do indivíduo. Katz e Kahn: Excessivo racionalismo, Mecanicismo excessivo e abordagem das organizações como sistemas fechados. Michels e Von Mises: Conservadorismo. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 67. Opositores Merton: Acredita que O burocrata comporta-se como um indivíduo ritualista, apegado a regras, e voltado para a concretização de objetivos. Bennis: Critica a burocracia de Weber como mecanista, acreditando que ela tende a desaparecer devido à rapidas transformações ambientais. Alvin Gouldner: Observou que “o modelo burocrático tem sido usado como um instrumento acabado e não como um conjunto de hipóteses a serem verificadas por levantamentos empíricos”. Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 68. Síntese da Teoria burocrática Ênfase Estrutura Organizacional Abordagem da Organização Organização Formal Conceito de Organização Sistema Social como conjunto de funções oficializadas Principais Representantes Weber, Merton, Selznick, Gouldner, Michels. Características básicas da Gestão Sociologia da Burocracia Concepção do Homem Homem Organizacional Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 69. Dúvidas? Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora
  • 70. Obrigado! Teoria da Burocracia - Modelos de Administração – 2013.2 Prof. Adriano Hora