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Resumo história da educação e da pedagogia
1. Históriada Educação
Faculdade Zumbi dos Palmares
2013 – 1º Sem. Pedagogia
Joyce Mourão
Nome: Joyce Mourão 1º Semestre Pedagogia
Professora: Elane História da Educação
RESUMO
FICHA BIBLIOGRÁFICA
ARANHA, Maria Lucia de Arruda, História da Educação e da Pedagogia:
Geral e Brasil. São Paulo/SP: Moderna 2006, pag. 162 a 347.
FICHA DE RESUMO
Mantinham-se nos países europeus a política absolutista e o mercantilismo no
século XVII. O Brasil nesse período sofria o enrijecimento da política
mercantilista, o modelo de economia da época era o agrário-exportador
dependente, baseado na produção de cana de açúcar e emprego de mão de
obra escrava e sofria ataques de inimigos estrangeiros. No interior do Brasil os
bandeirantes continuavam com a expansão territorial, buscando metais
preciosos e prendiam índios para mão de obra escrava, porém os jesuítas
protegiam os índios. Muitos confrontos aconteceram entre os colonos e os
jesuítas, até que os colonos passaram a trocar escravos índios por escravos
africanos. Grandes eram os confrontos entre senhores de engenho de açúcar e
negros. Um dos mais importantes núcleos de resistência foi o Quilombo dos
Palmares (1630-1694), liderado na fase final por Zumbi e que chegou a abrigar
de 20 a 30 mil escravos fugidos, na região do atual estado de Alagoas.
Entre o século XVI e XVII o modelo de catequese dos índios alterava-se devido
ao povoamento com organizações complexas, incluíam conversão religiosa,
trabalho e a educação mantinha o ensino da escola conservadora, alheia a
revolução intelectual, visava a formação humanística privilegiando o estudo do
latim, dos clássicos e da religião, não faziam parte do currículo escolar as
ciências físicas ou naturais, bom como as técnicas ou as artes.
Durante o século XVIII houve uma alteração definitiva no panorama
socioeconômico, em 1750 inicia-se o uso de máquinas a vapor nas fábricas,
marcando o inicio da Revolução Industrial.
Explodiram também as revoluções burguesas devido à oposição aos ideais
liberais ao absolutismo e ao mercantilismo.
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Portugal em declínio se submete a tratados comerciais que resultaram em
muitos danos para si e para a colônia em troca de proteção da Inglaterra. No
Brasil, com os golpes da concorrência estrangeira o centro da economia deixa
de ser a cana de açúcar e passa a ser as minas de ouro, o que fez mudar a
estrutura social, aumentando a população da cidade, criando a burguesia,
crescendo assim, o setor terciário.
Em 1759 foi decretada a expulsão dos Jesuítas do Brasil, deixando apenas na
Colônia Companhia 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários
Foi no século XVIII que surge o Iluminismo onde o individuo não se contenta
mais em contemplar a natureza, mas passa querer conhecê-la para dominá-la,
ou seja, passaram a ter interesse em assuntos extra-religiosos.
Nesse período, que foi muito rico em reflexões pedagógicas, não se aceita
atrelar a educação à religião e começa então a ser defendido uma educação
livre e leiga, que seja obrigatória, gratuita e de responsabilidade do Estado,
com orientações voltadas para a ciência, técnicas e ofícios.
Foi de Kant, um dos mais importantes sistemas filosóficos desse século, onde
ele acreditava que o conhecimento humano é a síntese dos conteúdos
particulares dados pela experiência e da estrutura universal da razão. Ele
defendia também que o aluno deve aprender a pensar por si mesmo.
O século XIX representou o período da consolidação do poder dos burgueses,
que lutavam contras as forças reacionárias da nobreza. A Europa presenciou a
unificação da Alemanha e da Itália em 1870 e as colônias espanhola e
portuguesa (Brasil) se tornam independentes.
O Estado se esforçava para oferecer escolas gratuitas para os pobres, mas os
ricos ainda buscavam as escolas tradicionais religiosas. Ampliou-se a rede
escolar, não apenas em quantidades de escolas, mas na ampliação da escola
elementar, da rede secundária e superior e a inserção da pré-escola.
No século XIX o objetivo do educador era formar a consciência nacional e
patriota do cidadão, dando maior ênfase à formação cívica, das tendências
nacionalistas da época.
Foi no século XIX que Comte inicia a corrente positivista, partindo do
pressuposto de que a humanidade (e o próprio individuo na sua trajetória
pessoal) passa por diversos estágios até alcançar o estado positivo, que se
caracteriza pela maturidade do espírito humano. Esse momento se dá pelo
avanço da ciência moderna, capaz de revolucionar a mundo com sua
tecnologia moderna cada vez mais eficaz: “Saber é poder”.
O socialismo também surge no século XIX a partir de movimentos das
organizações dos trabalhadores para defender seus direitos, propunham meios
para a emancipação das classes oprimidas.
O socialismo causa grandes alterações nas concepções pedagógicas. Lutam
pela nova educação Marx (1818-1883), Fourier (1772-1873) e Owem,
buscando democratizar o ensino, a escola única, a valorização do pensar e do
fazer, em que o saber esteja voltado para a transformação do mundo. Owem
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(1771-1858) se empenhou em preparar os filhos de operários. O anarquista
Francisco Ferrer Guardia (1859-1909) fundou uma escola com biblioteca rica
em livros focados na implantação das idéias literárias.
Os principais pedagogos da época: Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827);
Friedricj Froebel (1782-1852) e Johann F. Herbart (1776-1841) e mais no final
do século, os filósofos Wilhelm Dithey (1833-1911) e Friedrich Nietzsche (1844-
1900).
Em 1808 a família real se muda para o Brasil, e com a chegada de D. João VI
houve algumas mudanças que de forma sugestiva, levavam em direção a
Independência, embora tenha ficado nítida e direta a dependência brasileira ao
governo britânico. Surge a necessidade de escolas superiores, e há também o
incremento das atividades culturais que até então eram inexistentes ou
proibidas. Dentre essas inovações culturais podemos citar: Imprensa Régia
(1808), Biblioteca (1810), Jardim Botânico (1810), Museu Real (1818), Missão
Cultural Francesa (1816).
Apesar da Lei de 1827 que determinava a criação de escolas do ensino
elementar em todas as cidades e escola de meninas nas cidades e vilas mais
populosas, esse projeto fracassou. A elite educava seus filhos em casa, alguns
grupos de pais se reuniam e contratavam professores para ministrarem aulas
em conjunto para seus filhos, mas sempre sem vinculo com o Estado e para os
demais segmentos da sociedade restavam poucas escolas para aprender ler,
escrever e contar. No ensino secundário não havia vinculação entre os
currículos, uma vez, que não existia sequer uma seqüência de um curso para
outro. Aos poucos foram sendo criadas escolas para os filhos meninos de
burgueses e depois para as filhas meninas da elite. Foi Leôncio de Carvalho
que estabeleceu normas para o ensino primário, secundário e superior na
reforma de 1879.
As escolas de ensino superior eram precárias no inicio de sua formação,
exclusiva para homens, o descaso pelo o preparo do mestre era reflexo de uma
sociedade que não priorizava a educação, só depois de muitos anos é que as
mulheres puderam cursar ensino superior e só por volta de 1883 encontraram-
se 22 escolas funcionando em todo Brasil, preparando seus alunos para “saber
se portar, o que ensinar e como ensinar”.
No século XIX ainda não havia propriamente o que poderia se chamar de
pedagogia brasileira, no entanto não se pode negar, que nas últimas três
décadas tenha fermentado o debate sobre as questões metodológicas. Nesse
período foram constituídas as conferências pedagógicas para difundir as idéias
novas para os professores e para o público interessado. Todas essas idéias
alimentaram por muito tempo as esperanças de transformação da sociedade
por meio da educação universal.
Em 1889 acontece a queda da monarquia começando a Primeira República
que durou até 1930. Pela constituição de 1891 foi instaurado um governo
representativo, federal e presencial, o federalismo deu lugar ao estado.
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No inicio do século XX acontecia lenta mudança do modelo agrário-exportador
com a chegada da burguesia industrial urbana e a ampliação da oferta de
ensino. Entre os anos de 1950-1980, o país se urbanizou e avançou em vários
aspectos sociais e econômicos. Em 1955 foi fundado o ISEB – Instituto
Superior de Estudo Brasileiro que contribui de forma generosa propondo que a
cultura brasileira pudesse trabalhar de forma autônoma, rompendo a tradição
colonial de transplante cultural, porém, durou apenas dez anos, até que foi
extinto pelo golpe militar de 1964. O país se mantém defasado ainda em
relação a outros países na área da educação, pois a população não recebeu
até esse momento um ensino fundamental de qualidade. Quando os governos
passam dar atenção à organização nacional de ensino, as reformas acontecem
de forma tumultuada mantendo o dualismo escolar devido contradições e
interesses. Passamos também pela a ditadura militar, período que durou vinte
anos e obscureceu a vida cultural, silenciando os intelectuais e artistas e
intimidou professores e alunos. Em 1961 é criada a LDB – Lei de Diretrizes e
Bases da Educação. Houve a Reforma universitária em 1968 e a Reforma do
1º e do 2º graus em 1971, onde podemos destacar a importância de continuar
exigindo do Estado o cumprimento de suas obrigações. A nova Constituição de
1988 destaca pontos importantes como, por exemplo, gratuidade do ensino
público em estabelecimentos oficiais, acesso ao ensino obrigatório e gratuito
como direito público subjetivo, valorização dos profissionais de ensino, entre
outros. A partir da aprovação da Constituição foi elaborada a lei complementar
para tratar das Diretrizes e Bases da Educação Nacional que foi publicada em
1996 sob o número 9.394. Mas ainda é necessário instaurar uma política
educacional que destine as verbas públicas para o ensino público, com
diretrizes educacionais coerentes e continuidade de implantação, evitando os
desencontros das políticas governamentais, valorizar o professor para se
manter ativo os profissionais de qualidade, instituir escola para todos
priorizando a qualidade de ensino, com boas estruturas em bibliotecas,
instalações adequadas e condições reais de reuniões educacionais e
pedagógicas para que o profissional possa se preparar para seu trabalho diário
que é instruir, ensinar e preparar outras pessoas.