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FIQUEMOS ALERTAS, POIS DEUS ESTÁ CHEGANDO 
Pe. José Bortoline - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * 
ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: 1° DOMINGO DO ADVENTO – COR: ROXO / LILAS 
I. INTRODUÇÃO GERAL 
2. O Advento marca nova etapa na caminhada de nossas 
comunidades. Este é um tempo de espera da manifestação 
plena do Filho de Deus, até que cheguemos à comunhão 
definitiva com Jesus Cristo (2ª leitura: 1Cor 1,3-9). En-quanto 
caminhamos rumo a essa vocação comum, vamos 
colaborando na construção de um mundo novo e liberto, 
pois Deus, que é nosso Pai e Redentor (1ª leitura: Is 
63,l6b-17;64,1.3b-8), quebra continuamente seu silêncio e 
se manifesta a nós em nossa caminhada. Ele está sempre 
chegando, e a atitude fundamental de quem o espera é a 
vigilância ativa que nos torna co-responsáveis por sua 
"casa"... (evangelho: Mc 13,33-37). 
3. Nenhuma de nossas comunidades pode se considerar 
modelo histórico de perfeição. Por isso o Advento é tempo 
de construir e de caminhar, na solidariedade e na partilha. 
Jesus vem continuamente e de muitos modos. Só a vigilân-cia 
ativa será capaz de descobri-lo nas novas situações em 
que se apresenta. 
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 
1ª leitura (Is 63,l6b-17;64,1.3b-8): O silêncio de Deus 
4. Is 63,7 – 64,12 é uma oração coletiva de súplica que 
consta de quatro momentos: 1. Uma meditação histórica 
(63,7-14); 2. uma invocação a Deus, em que é chamado de 
Pai e Redentor (63,15-19); 3. um pedido para que rompa o 
silêncio e se manifeste (64,1-64,5a); 4. a confissão coletiva 
dos pecados (64,5b-12). O texto que constitui a primeira 
leitura de hoje recolhe alguns versículos significativos 
desse salmo de súplica. 
5. O povo está passando por sérias dificuldades. É difícil 
determinar a data e os acontecimentos históricos que pro-vocaram 
esse clamor. Alguns estudiosos situam o texto 
logo no início do exílio, sustentando que pertenceria ao 
Segundo Isaías (Is 40-55); outros afirmam que a época 
mais provável seria a do pós-exílio (ano 530 a.C. em dian-te, 
tempo do Terceiro Isaías, Is 56-66), quando os que 
voltaram à terra sentiram na pele as dificuldades para re-construir 
o país. De qualquer forma, o texto fala do sofri-mento 
do povo, o que não constitui fato raro na vida dessa 
gente. Além do mais, as mediações ou lideranças (reis, 
sacerdotes), bem como as instituições, são ignoradas nessa 
súplica. Temos uma vaga alusão "às tribos que são a he-rança" 
de Deus, o que faz sonhar com o período de igual-dade 
e justiça social do tempo em que vigorava o sistema 
das tribos (período dos Juízes). A isso soma-se uma espé-cie 
de "silêncio" ou ausência de Deus diante do sofrimento 
do povo, impressão esta que torna o texto tão próximo à 
nossa realidade brasileira e latino-americana. Daí o pedido 
do v. 64,1: "Oh! Se fendesses os céus e descesses! Se os 
montes tremessem na tua presença". O que se pede é uma 
nova teofania, semelhante à do Sinai, quando Deus se deu 
a conhecer ao povo como o Deus próximo e aliado na 
conquista e construção de uma sociedade justa e fraterna. 
As montanhas, nesse sentido, seriam os novos desafios 
sociais a serem superados. Como conseguir isso se Deus 
parece estar incomunicável? 
6. Deus é chamado de "Pai", ou seja, continua sendo a 
fonte da vida para o povo. Além disso, é invocado com o 
título de "nosso Redentor" (v. 16b). Redentor (go'el) era o 
membro do clã encarregado de vingar o sangue derramado 
ou de resgatar membros da família escravizados. A súpli-ca, 
portanto, associa Deus à vida (pai) e à liberdade (resga-tador) 
do seu povo. Contudo, vida e liberdade, no momen-to, 
não passam de esperança, pois o povo se sente impuro, 
manchado, murcho, carregado pelo mal como folhas leva-das 
pelo vento (64,6). Por quê? O próprio texto nos dá a 
razão disso tudo: Porque "ninguém há que invoque o teu 
nome, que se desperte e te detenha; porque escondes de 
nós o rosto e nos consomes por causa das nossas iniqüida-des." 
(64,7). Tem-se a impressão de que, afastando-se, 
Deus tornou o povo incapaz de se reerguer pelas próprias 
forças. O texto insinua que o culpado disso tudo é o pró-prio 
Deus: "por que nos fazes desviar dos teus caminhos? 
Por que endureces o nosso coração, para que te não tema-mos?" 
(63,17). 
7. O caso não é sem solução. O autor entrevê uma saída, 
pois Deus vai ao encontro de quem pratica a justiça com 
alegria e de quem, nos seus caminhos, se lembra dele (cf. 
64,5). É preciso, portanto, que o povo se deixe modelar 
novamente pelo Pai, sendo como barro nas mãos do oleiro, 
pois "somos todos obra de tuas mãos" (64,8). Este versícu-lo 
recorda a narração javista da criação (Gn 2,7). Nas mãos 
de Deus, deixando-se trabalhar por ele, o povo irá reencon-trar 
o caminho da vida, pois "é nos caminhos de outrora 
que seremos salvos" (64,5). O povo continua tendo espe-rança 
de que Deus, por ser Pai e Redentor, irá novamente 
dar atenção a seus servos (63,17), fender o céu e descer 
(64,1a) e ir ao encontro de quem pratica a justiça (64,5a). 
O silêncio de Deus é só aparência, pois ele está sempre 
disposto a refazer, com os que praticam a justiça, a criação 
de nova realidade. 
Evangelho (Mc 13,33-37): Deus está sempre chegando 
8. O capo 13 de Marcos é um discurso escatológico (ins-pirador 
de Mt 24). O motor desse capítulo é a pergunta que 
os discípulos fazem a Jesus depois que este afirmou não 
ficar do Templo pedra sobre pedra (13,2). Eles querem 
saber "quando vai acontecer isso, e qual será o sinal de que 
essas coisas estarão para acabar" (v. 4). Jesus não está 
interessado em satisfazer a curiosidade dos seus seguidores 
a respeito da destruição do Templo nem em relação ao 
final dos tempos. Mostra, ao contrário, mediante uma 
comparação, qual é a atitude fundamental de quem espera: 
a vigilância. De fato, o trecho em questão repete quatro 
vezes o verbo vigiar, fornecendo também seu significado. 
9. Em primeiro lugar, constata-se a impossibilidade de se 
conhecer a hora, pois o fim de tudo não é algo pré-datado 
nem detectável mediante cálculos: "Estai de sobreaviso, 
vigiai [e orai]; porque não sabeis quando será o tempo" (v. 
33). 
10. Em segundo lugar, vem a comparação (v. 34). Ela fala 
de um homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou a 
casa sob a responsabilidade dos empregados, distribuindo
a cada um sua tarefa; e mandou o porteiro ficar vigiando. 
Jesus se compara a alguém que viajou e pode chegar a 
qualquer hora. Antes de viajar, confiou ao porteiro e aos 
empregados a administração da casa. Quais são os bens 
que Jesus confiou a cada um de nós? Certamente a tarefa 
de continuar o que ele iniciou, baseada no serviço (cf. 9,35 
e 10,44) que liberta as pessoas e a sociedade inteira das 
estruturas alienantes geradoras de morte. 
11. A comparação dá ênfase ao papel do porteiro, perso-nagem 
que lembra logo as lideranças das comunidades. A 
função do porteiro é igual à dos empregados: vigiar. Po-rém, 
ele não deve fazer tudo sozinho: simplesmente coor-dena 
as tarefas e estimula a cada um dos empregados a 
exercê-la com responsabilidade. Para Jesus, todos são 
responsáveis pela "casa" que é o mundo, cada qual com 
sua função específica. 
12. O que significa, então, vigiar? Em primeiro lugar, não 
é atitude passiva de espera, mas ação concreta de quem se 
sente responsável, junto com tantos outros, pela "casa" de 
Deus... Em outras palavras, vigiar é testemunhar a ação e 
presença de Deus no meio das pessoas (no mundo). Isso 
porque, diante do projeto de Deus, que é liberdade e vida 
para todos, os seguidores de Jesus podem se acomodar: 
quer "tirando o corpo fora" diante dos compromissos e 
acomodando-se com o presente, quer desanimando quando 
a vitória sobre a injustiça e a morte parece impossível. 
13. Não sabemos quando o dono da casa vai voltar: pode 
ser ao anoitecer, à meia-noite, de madrugada ou ao ama-nhecer 
(v. 35). Esse era o modo como se dividia a noite de 
acordo com o costume romano. Durante a noite inteira, que 
é o hoje da nossa história, somos convocados a não dormir: 
"Se ele vier de repente, não deve encontrá-los dormindo" 
(v. 36). "Dormir" não é só ignorar a volta do patrão, mas 
sobretudo relaxar no compromisso com o projeto de Deus. 
A comparação que Jesus usou dá a impressão de que o 
dono da casa está para chegar a qualquer hora, e a atitude 
básica dos discípulos-empregados é a de espera ativa que 
vai construindo em nossa sociedade o Reino de Deus. Isso 
não vale somente para algumas pessoas, e sim para todos 
os que entram em contato com o projeto de Deus: "O que 
digo a vocês, digo a todos: Fiquem vigiando" (v. 37). 
2ª leitura (1Cor 1,3-9): Chamados à comunhão plena 
com Jesus Cristo 
14. Os versículos que servem de segunda leitura para este 
domingo pertencem à introdução da primeira carta aos 
Coríntios. Nessa introdução, além de exprimir o desejo de 
que a graça e a plenitude dos bens divinos estejam com os 
que abraçaram a fé (v. 3), Paulo manifesta seu agradeci-mento 
a Deus pela graça concedida a essas comunidades 
por meio de Cristo Jesus (v. 4). Este se tornou, para os 
coríntios, o mediador de todos os bens que o Pai desejava 
comunicar. De fato, em Cristo os coríntios foram enrique-cidos 
em tudo, em toda a palavra e em todo o conhecimen-to 
(v. 5), de modo que o testemunho de Cristo, ou seja, o 
Evangelho, lançou raízes profundas nessa comunidade (v. 
6). 
15. As comunidades de Corinto eram muito ricas em pala-vra 
e conhecimento. A palavra recorda as intervenções 
espontâneas das pessoas nos encontros litúrgicos. Essas 
intervenções eram movidas pelo Espírito Santo. O conhe-cimento 
é um dom que o Espírito concede a algumas pes-soas. 
Por meio desse dom, as comunidades vão descobrin-do 
o projeto de Deus na sua caminhada. Os coríntios gos-tavam 
desses e dos outros dons do Espírito, a ponto de 
Paulo constatar que não lhes falta nada (v. 7a). É costume 
de Paulo, na introdução das cartas, esboçar já alguns dos 
temas que desenvolverá no corpo da mesma. É o que acon-tece 
com a questão dos carismas em 1Cor. Desde a intro-dução, 
porém, ele dá a entender que os carismas não são 
fim em si mesmos. Ao contrário, são instrumentos para a 
caminhada, enquanto as comunidades esperam a revelação 
de nosso Senhor Jesus Cristo (v. 7b), ou seja, a plenitude 
dos tempos. A questão dos carismas esquentara os ânimos 
nessas comunidades, pois as pessoas que possuíam os dons 
mais vistosos consideravam-se satisfeitas e acabadas, co-mo 
se as comunidades de Corinto – ou qualquer comuni-dade 
de nossos dias – pudessem se considerar modelo 
histórico de perfeição. Mais adiante Paulo ironiza a posi-ção 
dos "perfeitos": "Vocês já estão ricos e satisfeitos e se 
sentem reis sem nós" (4,8). Desde a introdução ele procura 
iluminar essa questão, afirmando que os dons ou carismas 
são resultado da gratuidade de Deus (cf. v. 5). Por isso não 
há razão para contar vantagem, nem motivo para deixar de 
caminhar ou crescer. 
16. Ser comunidade é estar em contínua tensão para o 
futuro: "Ele manterá vocês firmes até o fim, livres de qual-quer 
acusação no dia de nosso Senhor Jesus Cristo" (v. 8). 
O tempo presente, portanto, é tempo de construir. A co-munidade 
cristã tem um passado e um presente, além de 
um futuro ainda não manifesto, para o qual é chamada pelo 
Deus fiel. Negar ou desprezar um desses aspectos é negar a 
própria ação do Deus fiel no passado, no presente e no 
futuro da comunidade, pois a meta à qual fomos chamados 
é a da plena comunhão com Jesus Cristo (cf. v. 9). Aí se 
manifesta a fidelidade total de Deus: quando Cristo for 
tudo em todos. Enquanto isso não acontecer, precisamos 
caminhar rumo à vocação comum a todos: a da plena co-munhão 
com Deus. Isso deve nos manter continuamente 
vigilantes (cf. evangelho), pois a Igreja jamais poderá se 
considerar modelo histórico de perfeição. 
III. PISTAS PARA REFLEXÃO 
17. Advento é tempo de despertar. Deus não está incomunicável. Seu silêncio prepara a grande manifesta-ção, 
pois ele é Pai e Redentor. Os sofrimentos do povo e os aparentes silêncios de Deus terão uma resposta. 
Nossas esperanças não irão ser frustradas. É preciso que as comunidades se deixem modelar pelo projeto de 
Deus, como o barro se deixa transformar nas mãos do oleiro (1ª leitura: Is 63,l6b-17;64,1.3b-8). Deixar-se 
modelar é sentir-se responsáveis e coresponsáveis pela "casa" de Deus..., não relaxando no compromisso 
com a construção de uma sociedade baseada na justiça e na fraternidade (evangelho: Mc 13,33-37). Nossas 
comunidades são ricas em dons e serviços. Mas nenhuma delas pode se considerar modelo histórico de per-feição. 
O que já somos não é tudo, visto que caminhamos em direção à comunhão plena com Jesus Cristo 
(2ª leitura: 1Cor 1,3-9).

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Comentário: 1º Domingo do Advento - Ano B

  • 1. FIQUEMOS ALERTAS, POIS DEUS ESTÁ CHEGANDO Pe. José Bortoline - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: 1° DOMINGO DO ADVENTO – COR: ROXO / LILAS I. INTRODUÇÃO GERAL 2. O Advento marca nova etapa na caminhada de nossas comunidades. Este é um tempo de espera da manifestação plena do Filho de Deus, até que cheguemos à comunhão definitiva com Jesus Cristo (2ª leitura: 1Cor 1,3-9). En-quanto caminhamos rumo a essa vocação comum, vamos colaborando na construção de um mundo novo e liberto, pois Deus, que é nosso Pai e Redentor (1ª leitura: Is 63,l6b-17;64,1.3b-8), quebra continuamente seu silêncio e se manifesta a nós em nossa caminhada. Ele está sempre chegando, e a atitude fundamental de quem o espera é a vigilância ativa que nos torna co-responsáveis por sua "casa"... (evangelho: Mc 13,33-37). 3. Nenhuma de nossas comunidades pode se considerar modelo histórico de perfeição. Por isso o Advento é tempo de construir e de caminhar, na solidariedade e na partilha. Jesus vem continuamente e de muitos modos. Só a vigilân-cia ativa será capaz de descobri-lo nas novas situações em que se apresenta. II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Is 63,l6b-17;64,1.3b-8): O silêncio de Deus 4. Is 63,7 – 64,12 é uma oração coletiva de súplica que consta de quatro momentos: 1. Uma meditação histórica (63,7-14); 2. uma invocação a Deus, em que é chamado de Pai e Redentor (63,15-19); 3. um pedido para que rompa o silêncio e se manifeste (64,1-64,5a); 4. a confissão coletiva dos pecados (64,5b-12). O texto que constitui a primeira leitura de hoje recolhe alguns versículos significativos desse salmo de súplica. 5. O povo está passando por sérias dificuldades. É difícil determinar a data e os acontecimentos históricos que pro-vocaram esse clamor. Alguns estudiosos situam o texto logo no início do exílio, sustentando que pertenceria ao Segundo Isaías (Is 40-55); outros afirmam que a época mais provável seria a do pós-exílio (ano 530 a.C. em dian-te, tempo do Terceiro Isaías, Is 56-66), quando os que voltaram à terra sentiram na pele as dificuldades para re-construir o país. De qualquer forma, o texto fala do sofri-mento do povo, o que não constitui fato raro na vida dessa gente. Além do mais, as mediações ou lideranças (reis, sacerdotes), bem como as instituições, são ignoradas nessa súplica. Temos uma vaga alusão "às tribos que são a he-rança" de Deus, o que faz sonhar com o período de igual-dade e justiça social do tempo em que vigorava o sistema das tribos (período dos Juízes). A isso soma-se uma espé-cie de "silêncio" ou ausência de Deus diante do sofrimento do povo, impressão esta que torna o texto tão próximo à nossa realidade brasileira e latino-americana. Daí o pedido do v. 64,1: "Oh! Se fendesses os céus e descesses! Se os montes tremessem na tua presença". O que se pede é uma nova teofania, semelhante à do Sinai, quando Deus se deu a conhecer ao povo como o Deus próximo e aliado na conquista e construção de uma sociedade justa e fraterna. As montanhas, nesse sentido, seriam os novos desafios sociais a serem superados. Como conseguir isso se Deus parece estar incomunicável? 6. Deus é chamado de "Pai", ou seja, continua sendo a fonte da vida para o povo. Além disso, é invocado com o título de "nosso Redentor" (v. 16b). Redentor (go'el) era o membro do clã encarregado de vingar o sangue derramado ou de resgatar membros da família escravizados. A súpli-ca, portanto, associa Deus à vida (pai) e à liberdade (resga-tador) do seu povo. Contudo, vida e liberdade, no momen-to, não passam de esperança, pois o povo se sente impuro, manchado, murcho, carregado pelo mal como folhas leva-das pelo vento (64,6). Por quê? O próprio texto nos dá a razão disso tudo: Porque "ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te detenha; porque escondes de nós o rosto e nos consomes por causa das nossas iniqüida-des." (64,7). Tem-se a impressão de que, afastando-se, Deus tornou o povo incapaz de se reerguer pelas próprias forças. O texto insinua que o culpado disso tudo é o pró-prio Deus: "por que nos fazes desviar dos teus caminhos? Por que endureces o nosso coração, para que te não tema-mos?" (63,17). 7. O caso não é sem solução. O autor entrevê uma saída, pois Deus vai ao encontro de quem pratica a justiça com alegria e de quem, nos seus caminhos, se lembra dele (cf. 64,5). É preciso, portanto, que o povo se deixe modelar novamente pelo Pai, sendo como barro nas mãos do oleiro, pois "somos todos obra de tuas mãos" (64,8). Este versícu-lo recorda a narração javista da criação (Gn 2,7). Nas mãos de Deus, deixando-se trabalhar por ele, o povo irá reencon-trar o caminho da vida, pois "é nos caminhos de outrora que seremos salvos" (64,5). O povo continua tendo espe-rança de que Deus, por ser Pai e Redentor, irá novamente dar atenção a seus servos (63,17), fender o céu e descer (64,1a) e ir ao encontro de quem pratica a justiça (64,5a). O silêncio de Deus é só aparência, pois ele está sempre disposto a refazer, com os que praticam a justiça, a criação de nova realidade. Evangelho (Mc 13,33-37): Deus está sempre chegando 8. O capo 13 de Marcos é um discurso escatológico (ins-pirador de Mt 24). O motor desse capítulo é a pergunta que os discípulos fazem a Jesus depois que este afirmou não ficar do Templo pedra sobre pedra (13,2). Eles querem saber "quando vai acontecer isso, e qual será o sinal de que essas coisas estarão para acabar" (v. 4). Jesus não está interessado em satisfazer a curiosidade dos seus seguidores a respeito da destruição do Templo nem em relação ao final dos tempos. Mostra, ao contrário, mediante uma comparação, qual é a atitude fundamental de quem espera: a vigilância. De fato, o trecho em questão repete quatro vezes o verbo vigiar, fornecendo também seu significado. 9. Em primeiro lugar, constata-se a impossibilidade de se conhecer a hora, pois o fim de tudo não é algo pré-datado nem detectável mediante cálculos: "Estai de sobreaviso, vigiai [e orai]; porque não sabeis quando será o tempo" (v. 33). 10. Em segundo lugar, vem a comparação (v. 34). Ela fala de um homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou a casa sob a responsabilidade dos empregados, distribuindo
  • 2. a cada um sua tarefa; e mandou o porteiro ficar vigiando. Jesus se compara a alguém que viajou e pode chegar a qualquer hora. Antes de viajar, confiou ao porteiro e aos empregados a administração da casa. Quais são os bens que Jesus confiou a cada um de nós? Certamente a tarefa de continuar o que ele iniciou, baseada no serviço (cf. 9,35 e 10,44) que liberta as pessoas e a sociedade inteira das estruturas alienantes geradoras de morte. 11. A comparação dá ênfase ao papel do porteiro, perso-nagem que lembra logo as lideranças das comunidades. A função do porteiro é igual à dos empregados: vigiar. Po-rém, ele não deve fazer tudo sozinho: simplesmente coor-dena as tarefas e estimula a cada um dos empregados a exercê-la com responsabilidade. Para Jesus, todos são responsáveis pela "casa" que é o mundo, cada qual com sua função específica. 12. O que significa, então, vigiar? Em primeiro lugar, não é atitude passiva de espera, mas ação concreta de quem se sente responsável, junto com tantos outros, pela "casa" de Deus... Em outras palavras, vigiar é testemunhar a ação e presença de Deus no meio das pessoas (no mundo). Isso porque, diante do projeto de Deus, que é liberdade e vida para todos, os seguidores de Jesus podem se acomodar: quer "tirando o corpo fora" diante dos compromissos e acomodando-se com o presente, quer desanimando quando a vitória sobre a injustiça e a morte parece impossível. 13. Não sabemos quando o dono da casa vai voltar: pode ser ao anoitecer, à meia-noite, de madrugada ou ao ama-nhecer (v. 35). Esse era o modo como se dividia a noite de acordo com o costume romano. Durante a noite inteira, que é o hoje da nossa história, somos convocados a não dormir: "Se ele vier de repente, não deve encontrá-los dormindo" (v. 36). "Dormir" não é só ignorar a volta do patrão, mas sobretudo relaxar no compromisso com o projeto de Deus. A comparação que Jesus usou dá a impressão de que o dono da casa está para chegar a qualquer hora, e a atitude básica dos discípulos-empregados é a de espera ativa que vai construindo em nossa sociedade o Reino de Deus. Isso não vale somente para algumas pessoas, e sim para todos os que entram em contato com o projeto de Deus: "O que digo a vocês, digo a todos: Fiquem vigiando" (v. 37). 2ª leitura (1Cor 1,3-9): Chamados à comunhão plena com Jesus Cristo 14. Os versículos que servem de segunda leitura para este domingo pertencem à introdução da primeira carta aos Coríntios. Nessa introdução, além de exprimir o desejo de que a graça e a plenitude dos bens divinos estejam com os que abraçaram a fé (v. 3), Paulo manifesta seu agradeci-mento a Deus pela graça concedida a essas comunidades por meio de Cristo Jesus (v. 4). Este se tornou, para os coríntios, o mediador de todos os bens que o Pai desejava comunicar. De fato, em Cristo os coríntios foram enrique-cidos em tudo, em toda a palavra e em todo o conhecimen-to (v. 5), de modo que o testemunho de Cristo, ou seja, o Evangelho, lançou raízes profundas nessa comunidade (v. 6). 15. As comunidades de Corinto eram muito ricas em pala-vra e conhecimento. A palavra recorda as intervenções espontâneas das pessoas nos encontros litúrgicos. Essas intervenções eram movidas pelo Espírito Santo. O conhe-cimento é um dom que o Espírito concede a algumas pes-soas. Por meio desse dom, as comunidades vão descobrin-do o projeto de Deus na sua caminhada. Os coríntios gos-tavam desses e dos outros dons do Espírito, a ponto de Paulo constatar que não lhes falta nada (v. 7a). É costume de Paulo, na introdução das cartas, esboçar já alguns dos temas que desenvolverá no corpo da mesma. É o que acon-tece com a questão dos carismas em 1Cor. Desde a intro-dução, porém, ele dá a entender que os carismas não são fim em si mesmos. Ao contrário, são instrumentos para a caminhada, enquanto as comunidades esperam a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo (v. 7b), ou seja, a plenitude dos tempos. A questão dos carismas esquentara os ânimos nessas comunidades, pois as pessoas que possuíam os dons mais vistosos consideravam-se satisfeitas e acabadas, co-mo se as comunidades de Corinto – ou qualquer comuni-dade de nossos dias – pudessem se considerar modelo histórico de perfeição. Mais adiante Paulo ironiza a posi-ção dos "perfeitos": "Vocês já estão ricos e satisfeitos e se sentem reis sem nós" (4,8). Desde a introdução ele procura iluminar essa questão, afirmando que os dons ou carismas são resultado da gratuidade de Deus (cf. v. 5). Por isso não há razão para contar vantagem, nem motivo para deixar de caminhar ou crescer. 16. Ser comunidade é estar em contínua tensão para o futuro: "Ele manterá vocês firmes até o fim, livres de qual-quer acusação no dia de nosso Senhor Jesus Cristo" (v. 8). O tempo presente, portanto, é tempo de construir. A co-munidade cristã tem um passado e um presente, além de um futuro ainda não manifesto, para o qual é chamada pelo Deus fiel. Negar ou desprezar um desses aspectos é negar a própria ação do Deus fiel no passado, no presente e no futuro da comunidade, pois a meta à qual fomos chamados é a da plena comunhão com Jesus Cristo (cf. v. 9). Aí se manifesta a fidelidade total de Deus: quando Cristo for tudo em todos. Enquanto isso não acontecer, precisamos caminhar rumo à vocação comum a todos: a da plena co-munhão com Deus. Isso deve nos manter continuamente vigilantes (cf. evangelho), pois a Igreja jamais poderá se considerar modelo histórico de perfeição. III. PISTAS PARA REFLEXÃO 17. Advento é tempo de despertar. Deus não está incomunicável. Seu silêncio prepara a grande manifesta-ção, pois ele é Pai e Redentor. Os sofrimentos do povo e os aparentes silêncios de Deus terão uma resposta. Nossas esperanças não irão ser frustradas. É preciso que as comunidades se deixem modelar pelo projeto de Deus, como o barro se deixa transformar nas mãos do oleiro (1ª leitura: Is 63,l6b-17;64,1.3b-8). Deixar-se modelar é sentir-se responsáveis e coresponsáveis pela "casa" de Deus..., não relaxando no compromisso com a construção de uma sociedade baseada na justiça e na fraternidade (evangelho: Mc 13,33-37). Nossas comunidades são ricas em dons e serviços. Mas nenhuma delas pode se considerar modelo histórico de per-feição. O que já somos não é tudo, visto que caminhamos em direção à comunhão plena com Jesus Cristo (2ª leitura: 1Cor 1,3-9).