1. A LEITURA DE GÊNEROS, NAS AULAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL, COMO
FERRAMENTA CONTRA O PRECONCEITO
O objetivo é refletir sobre o preconceito tendo como ferramenta a leitura de
gêneros. Nosso trabalho está inserido no Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à docência – PIBID, promovido pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, com o subprojeto de
Letras Língua Materna, na Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA –
campus Jaguarão/RS. Em tal projeto, fomos inseridos no ambiente escolar e
podemos constatar que o estudo dos gêneros é utilizado por grande parte dos
educadores, no ensino de Língua Portuguesa, para fomentar a prática de
leitura e escrita na escola. Entretanto, a maioria das atividades exploram os
gêneros apenas em seus aspectos estruturais. Nesse sentido, ressaltamos a
importância de conhecer os gêneros textuais, podendo assim, desenvolver a
competência discursiva dos educandos (BALTAR, 2004) e na relevância de
trabalhar o antes, durante e depois da leitura e suas estratégias (SOLÉ, 1998).
Para isso, utilizamos os preceitos advindos da teoria psicolinguística que
aborda o processo de leitura em quatros etapas: decodificação, compreensão,
interpretação e retenção (LEFFA, 1996). A técnica de “leitura protocolada” que
cogita a leitura em subpartes, (COSCARELLI, 2007) foi aplicada em uma turma
do Ensino Fundamental da cidade de Jaguarão/RS. Para tal procedimento,
utilizamos o conto intitulado “Terça-Feira Gorda”, de Caio Fernando Abreu, e a
notícia retirada do jornal “O Globo” do dia 18/07/2011, cuja manchete destaca
“Pai e Filho são espancados após se abraçarem”. Ambos os textos retratam a
temática da homofobia, mas a partir de diferentes situações de produção dos
enunciados e diferentes aspectos sócio-históricos. Os alunos tiveram que ler os
diferentes gêneros e demonstraram um resultado significativo no processo de
aprendizagem e na compreensão das narrativas, embora tenham comprovado
a relutância em relação a tal temática.