O documento descreve a história de um homem que tentou suicídio após a morte de sua esposa, mas encontrou o Livro dos Espíritos e teve sua vida salva. O livro continha mensagens de outros que também foram salvos pela obra. O documento discute tópicos de ética e moral no Livro dos Espíritos, incluindo felicidade, evolução, livre-arbítrio, educação, bem, virtudes, paixões e vícios.
2. O livro de Ouro
• Carta escrita para Allan Kardec em 1860
“Sr. Allan Kardec:
Respeitoso abraço.
Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem
como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir
em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois
tenho fortes razões para isso.
Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em
grande casa desta capital.
Há cerca de dois anos casei-me com aquela que se
revelou minha companheira ideal.
3. Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e
esperança, quando, no início deste ano, de modo
inesperado, minha Antoinette partiu desta vida, levada por
sorrateira moléstia.
Meu desespero foi indescritível e julguei-me
condenado ao desamparo extremo.
Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do
homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de
nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos
outros, ante a fatalidade...
A prova da separação vencera-me, e eu não
passava, agora, de trapo humano.
Faltava ao trabalho e meu chefe, reto e
ríspido, ameaçava-me com a dispensa.
Minhas forças fugiam.
Namorara diversas vezes o Sena e acabei planeando o
suicídio.
“Seria fácil, não sei nadar” – pensava.
4. Sucediam-se noites de insônia e dias de angústia. Em
madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me
dominaram mais fortemente, busquei a Ponte Marie. Olhei em
torno, contemplando a corrente... E, ao fixar a mão direita para
atirar-me, toquei um objeto algo molhado que se deslocou da
amurada, caindo-me aos pés.
Surpreendido, distingui um livro que o orvalho
umedecera. Tomei o volume nas mãos e, procurando a luz
mortiça de poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre
irritado e curioso:
“Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha
bom proveito. – A. Laurent.”
Estupefato, li a obra O LIVRO DOS ESPÍRITOS, ao qual
acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às suas
mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o
que lhe aprouver.”
5. Ainda constavam da mensagem agradecimentos
finais, a assinatura, a data e o endereço do remetente.
O Codificador desempacotou, então, um
exemplar de O LIVRO DOS ESPÍRITOS ricamente
encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu
pseudônimo e na página do frontispício, levemente
manchada, leu com emoção não somente a observação a
que o missivista se referira, mas também outra, em letra
firme:
“Salvou-me também. Deus abençoe as almas que
cooperaram em sua publicação. – Joseph Perrier.”
O livro de Ouro
cap. 52, do livro O Espírito da Verdade, por Autores diversos, psicografia de Francisco
Cândido Xavier e Waldo Vieira
6. Resumo
• Homenagem a um espírita
divinopolitano
• História do Grupo de Estudo de Ética
• Ética x Moral
• Ética e Moral no Livro dos Espíritos
o Felicidade - As paixões e os vícios
o Evolução - Leis Naturais
o Livre-arbítrio - Inteligência e Razão
o Educação - Reencarnação
o O Bem e as virtudes - Mediunidade
• Conclusão
7. Homenagem
José Carlos Pereira
• Nasceu em 1923 e desencarnou 2009
• Iniciou-se no Espiritismo em 1944
• Fundou Lar das Meninas em 1954
• Membro fundador da Academia
Divinopolitana de Letras em 1961
• Criou o IEC – Instituto de Educação e
Cultura em 1963, posteriormente escola
de Química e hoje colégio Integral
• Participou da fundação do Estrela do
Oeste Clube e do Rotary Divinópolis
Clube;
• Colaborou na fundação do Centro
Espírita Estudantes do Evangelho e da
Sociedade dos Amigos da biblioteca
Ataliba Lago
8. Projeto Futuro 18 Abril de 1992 (27 questões)
135 anos de o Livro dos espíritos
1) Como é considerado “O Livro dos Espíritos” no
contexto doutrinário do Espiritismo?
– “O Livro dos Espíritos” não é apenas a pedra fundamental
ou o marco inicial da Codificação. Além disso ele é o próprio
delineamento, o núcleo central e, ao mesmo tempo, o
arcabouço geral da Doutrina. É o tratado filosófico do
Espiritismo.
Examinado “O Livro dos Espíritos” em comparação com as
demais obras de Allan Kardec – que complementam a
Codificação –, verificamos que todas elas provêm do
conteúdo dele.
9. História do Grupo
de Estudo de Ética
• Iniciou suas atividades em 1997;
• Estudou durante um ano fundamentos da Ética;
• Durante dois anos (1998 e 1999) estudou a ética no
Livro dos Espíritos;
• Em 2000 lançou o livro Ética do Espírito;
• Em 2003 criou o GEEC – Grupo Educação, Ética e
Cidadania;
• Hoje está lançando a segunda edição do Ética do
Espírito, revisada e comentada pelos autores.
10. Ética e Moral
1. Dizem a respeito do
agir humano e do
costume dos povos;
2. Definem o que é o
certo e o que é o
errado;
3. Pretendem ser
universais, isto é ter
validades para todos;
4. Orientam as nossas
escolhas e decisões;
11. Comparação
Ética Moral
• Uma só • Várias
• Razão
• Ciência
• Como fazer
• Universal
• Exemplo: “Fazer ao
outro o que gostaria que
outro lhe fizesse.”
• Tradição e costume
• Fato humano e social
• História e geográfica
• Exemplo: “Não matar”
• O que fazer
12. Ética e Moral no Livro dos Espíritos
Felicidade
• É inerente à natureza do ser
humano o desejo de ser feliz.
(Conclusão – IV)
• O bem-estar é um desejo natural.
(719)
• A lei natural é a lei divina; ela indica
o caminho para a felicidade do ser
humano. (614)
• O sentimento de uma existência
melhor está no foro íntimo de todos
os seres humanos; Deus não o
colocou ali em vão. (959)
13. • Responsabilidade
pela felicidade
o O inferno e o paraíso não são
lugares circunscritos no
Universo; cada ser humano tira
de si mesmo o princípio da
própria felicidade ou da própria
infelicidade. (1011)
o O ser humano é o autor da
própria felicidade e da própria
infelicidade; depende dele ser
tão feliz quanto se pode ser na
Terra e na vida futura. (920 e
921)
Ética e Moral no Livro dos Espíritos
Felicidade
14. Ética e Moral no Livro dos Espíritos
Felicidade
• A medida de felicidade comum
a cada pessoa é:
o na vida material, a posse do necessário;
o na vida moral, a consciência tranquila e a fé
no futuro. (922)
• A felicidade dos espíritos
evoluídos consististe em:
o ter conhecimento de si e do mundo;
o não ter paixões tais como o ódio, a inveja e a
ambição;
o no amor que os une;
o não experimentar as necessidades ou
angústias da vida material;
o fazer o bem. (967)
15. Ética e Moral no Livro dos Espíritos
Felicidade
• O que assegura a felicidade é
a pratica do bem. (982)
• A soma da felicidade futura é
proporcional à soma do bem
que se faz. (988)
• Para assegurar a felicidade
neste mundo ou em outro
mundo, o ser humano deve
eliminar o egoísmo e
desenvolver a caridade. (917)
17. Ética e Moral no Livro dos Espíritos
Evolução
• O objetivo do ser humano é o de
alcançar a perfeição
progressivamente. (115)
• O ser humano é um ser
perfectível (776) e deve
progredir sem cessar. (778 e 993)
• Não há egoísmo em se
melhorar, visando a
perfeição, porque este é objetivo
da lei de evolução. (897)
• A felicidade é proporcional à
evolução. (298)
18. Ética e Moral no Livro dos Espíritos
O livre-arbítrio, as ações e respectivas consequências
• A relatividade do bem e do mal
corresponde ao grau de
consciência de cada ser
humano. É mais responsável
aquele que sabe melhor o que
faz. (636 e 637)
• O espírito sofre por todo o mal
que faz e pelo mal de que foi a
causa voluntária, por todo o
bem que poderia fazer e que
não fez e por todo o mal que
resulta do bem que não
praticou. (975)
19. Ética e Moral no Livro dos Espíritos
O livre-arbítrio, as ações e respectivas consequências
• Toda ocupação útil é um
trabalho. (675)
• Todas as pessoas
prestarão contas da
inutilidade voluntária da
própria existência. (988)
• Não existe sorte ou
destino. (852)
20. Ética e Moral no Livro dos Espíritos
Educação
• A educação – quando bem
entendida – é a chave do
progresso moral, deve
propiciar a formação de seres
humanos de bom caráter e
não apenas pessoas
instruídas. (917)
• Quanto maior a
predisposição da criança
para o mal, maior é o mérito
dos pais que conseguem
desviá-la do caminho
incorreto. (583)
21. Ética e Moral no Livro dos Espíritos
O bem e as virtudes
• Para não errar, devemos fazer
para o outro aquilo que
gostaríamos que o outro fizesse
para nós. (632)
• Todos podem fazer o
bem, com exceção dos
egoístas, que jamais
encontram essa oportunidade.
(643)
• O ser humano é sempre capaz
de vencer as más tendências
pelos próprios esforços. (908)
• O guia e o modelo moral para
22. Ética e Moral no Livro dos Espíritos
As paixões e os vícios
• Todas as paixões perniciosas, tais
como o orgulho ferido, a
ambição frustrada, a ansiedade
da avareza, a inveja e o ciúme
são torturas para a alma. O ser
humano é, frequentemente, o
responsável pelos próprios
sofrimentos morais. (933)
• Os maiores obstáculos ao
progresso moral são o orgulho e o
egoísmo. (785)
• A ociosidade pode ser um suplício
ao invés de ser um benefício.
(678)
23. Ética e Moral no Livro dos Espíritos
Leis naturais
• O universo é regido por leis que
revelam a sabedoria e a
bondade de Deus. (1003)
• As leis naturais estão escritas na
consciência. (621)
• As leis naturais não permitem o
retrocedimento do espírito. (778)
• As leis naturais são as leis divinas
que indicam o caminho para a
felicidade do ser humano. A
infelicidade é causada pelo
afastamento das leis naturais.
(614)
24. Ética e Moral no Livro dos Espíritos
A inteligência e a razão
• O progresso intelectual propicia
a compreensão do ser humano
sobre o bem e o mal. (780)
• A responsabilidade está em
razão proporcional aos meios
que o ser humano tem para
compreender o bem e o mal.
(637)
• O progresso moral nem sempre
ocorre imediatamente após o
progresso intelectual. (780)
• A ação inteligente do ser
humano deve reestabilizar o
equilíbrio da natureza. (693)
25. Ética e Moral no Livro dos Espíritos
Reencarnação
• Todas as penas e atribulações da
vida são expiações de faltas
cometidas em outra
existência, quando não são
consequências das faltas
cometidas na vida atual. (983)
• Tudo o que não foi possível
realizar hoje pode ser realizado
em outras oportunidades. Sempre
há remédio para o mal. (503)
• É necessário que o espírito
adquira experiência; daí a
necessidade da reencarnação.
(634)
26. Ética e Moral no Livro dos Espíritos
Mediunidade
• Não há proibição de
comunicação com os espíritos
desencarnados, exceto
quando se pretende realizá-la
com leviandade. (935)
• As advertências dos espíritos
orientadores têm o objetivo de
tornar a vida do ser humano o
melhor possível. Geralmente, os
seres humanos são infelizes
porque não ouvem essas
advertências. (524)