O documento discute a importância da assistência humanizada no parto e nascimento, enfatizando o papel da enfermagem em proporcionar informações e apoio à gestante e seu acompanhante. Também aborda os hormônios envolvidos no processo de parto e os mecanismos do parto natural.
2. A enfermagem possui
importante papel como
integrante da equipe,
no sentido de
proporcionar uma
assistência humanizada
e qualificada quando do
parto, favorecendo e
estimulando a
participação efetiva dos
principais atores desse
fenômeno – a gestante,
seu acompanhante e
seu filho
recém-nascido.
“A maneira de parir é a mesma desde as
épocas mais primitivas da humanidade. O
que muda e como nós, Enfermeiros,
vemos e entendemos essas mulheres.”
3. Conceito
• Não é mais um tipo de parto, mas sim um processo
• Respeito
• Direito de escolha
• Não haver interferência
• Visão holística (o ser como um todo)
4. É bom para o bebê?
• O bebê se prepara para vir ao mundo;
• A maturação final do pulmão ocorre durante o trabalho de
parto;
• Imunização natural no momento da passagem do bebê
pelo canal vaginal;
• Ligação mãe-bebê
5. Tem acontecido?
PORTARIA Nº 2.418/GM DE 2 DE DEZEMBRO DE 2005.
Lei 11.108, 07 de abril de 2005
“A Lei Nº 11.108, sancionada pelo Presidente da República em
exercício, em 07/04/2005 e publicada no Diário Oficial, em
08/04/2005, altera a Lei Nº 8.080 para garantir as gestantes o
direito à presença de acompanhante durante o trabalho de
parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único
de Saúde – SUS, rede própria ou conveniada)”
“Art. 2º Os hospitais públicos e conveniados com o SUS têm
prazo de 6 (seis) meses para tomar as providências necessárias
ao atendimento do disposto nesta Portaria.”
6. A promoção e manutenção do bem-estar
físico e emocional ao longo do processo de
parto e nascimento ocorrem mediante
informações e orientações permanentes à
parturiente sobre a evolução do trabalho de
parto, reconhecendo-lhe o papel principal
nesse processo e até mesmo aceitando sua
recusa a condutas que lhe causem
constrangimento ou dor; além disso, deve-se
oferecer espaço e apoio para a presença do
(a) acompanhante que a parturiente deseja.
7. Precisamos valorizar esse momento, pois,
se vivenciado harmoniosamente, favorece
um contato precoce mãe recém-nascido,
estimula o aleitamento materno e
promove a interação com o
acompanhante e a família, permitindo à
mulher um momento de conforto e
segurança, com pessoas de seu
referencial pessoal.
8. Os profissionais devem
respeitar os
sentimentos, emoções,
necessidades e valores
culturais, ajudando-a a
diminuir a ansiedade e
insegurança, o medo
do parto, da solidão do
ambiente hospitalar e
dos possíveis
problemas do bebê.
9.
10. O início do trabalho de parto é desencadeado por
fatores maternos, fetais e placentários, que se
interagem. Os sinais do desencadeamento de trabalho
de parto são:
*Eliminações vaginais, discreto sangramento, perda de
tampão mucoso, eliminação de líquido amniótico, presente
quando ocorre a ruptura da bolsa amniótica em condições
normais, apre-senta-se claro, translúcido e com pequenos
grumos semelhantes a pedaços de leite coalhado (vérnix).
*Contrações uterinas inicialmente regulares, de pequena
intensidade, com duração variável de 20 a 40 segundos,
podendo chegar a duas ou mais em dez minutos.
*Desconforto lombar.
*Alterações da cérvice, amolecimento, apagamento e
dilatação progressiva.
*Diminuição da movimentação fetal.
11. Parto Natural:
• Sem Episiotomia
• Sem Ocitocina
• Pode ser realizado em
Casa
• Sem raspagem dos
pelos
12. Parto Cesariana:
• Cirúrgico
• Tamanho e tipo de
pélvis desproporcional
ao tamanho do bebê
• Posição invertida
• Problemas da placenta
(placenta prévia,
descolamento
prematuro da
placenta)
• Pré-eclâmpsia
• Nascimentos múltiplos
13. Parto Leboyer:
• Usado pouca luz
• Silêncio após o
nascimento
• Massagem nas costas
do bebê
14. Parto de Cócoras:
• Mais rápido
• Mais cômodo
• Gravidade a favor da
mãe
15. Parto na Água:
• Alívio das dores
• O bebê sai de um
líquido quentinho para
outro
16. A duração de cada trabalho de parto está
associada à paridade (o número de partos
da mulher), pois as primíparas demandam
maior tempo de trabalho de parto do que
as multíparas; à flexibilidade do canal de
parto, pois as mulheres que exercitam a
musculatura pélvica apresentam maior
flexibilidade do que as sedentárias; às
contrações uterinas, que devem ter
intensidade e frequência apropriadas; à
boa condição psicológica da parturiente
durante o trabalho de parto, caso contrário
dificultará o nascimento do bebê; ao
estado geral da cliente e sua reserva
orgânica para atender ao esforço do
trabalho de parto; e à situação e
apresentação fetais (transversa, acromial,
pélvica e de face).
17. Os Hormônios do Parto
OCITOCINA –potencializa as contrações
uterinas tornando-as fortes e
coordenadas, até completar-se o parto.
PROSTAGLANDINAS – dilata o colo do
útero.
18. O parto depende tanto da secreção de ocitocina
quanto da produção das prostaglandinas, pois sem
estas, não haverá dilatação adequada do colo do
útero e consequentemente, o parto não irá progredir
normalmente. Não são bem conhecidos os fatores
desencadeantes do trabalho de parto, mas sabe-se
que, quando o hipotálamo do feto alcança certo grau
de maturação, estimula a hipófise fetal a liberar
ACTH. Agindo sobre a adrenal do feto, esse hormônio
aumenta a secreção de CORTISOL e outros
hormônios, que estimulam a placenta a secretar as
prostaglandinas que promovem contrações da
musculatura lisa do útero.
19. A PROGESTERONA mantém seus níveis
elevados durante toda a gravidez, inibindo
o músculo liso uterino e bloqueando sua
resposta a ocitocina e as prostaglandinas.
O ESTROGÊNIO aumenta o grau de
contratilidade uterina. Na última etapa da
gestação, o estrogênio tende a aumentar
mais que a progesterona, o que faz com
que o útero consiga ter uma maior
contratilidade.
20. A RELAXINA aumenta o
número de receptores da
ocitocina, além de
produzir um ligeiro
amolecimento das
articulações pélvicas,
dando-lhes a flexibilidade
necessária para o parto.
Tem ação importante no
útero para que ele se
distenda, à medida que o
bebê cresce. Ainda não
se conhecem os fatores
que realmente interferem
no trabalho de parto,
mais uma vez iniciado, o
aumento do nível de
ocitocina se eleva até a
expulsão do feto.
21. Assistência durante o trabalho de
parto natural
O trajeto do parto ou canal de parto é a passagem que o
feto percorre ao nascer, desde o útero à abertura vulvar. É
formado pelo conjunto dos ossos ilíaco, sacro e cóccix -
que compõem a pequena bacia pélvica, também
denominada de trajeto duro e pelos tecidos moles (parte
inferior do útero, colo uterino, canal vaginal e períneo) que
revestem essa parte óssea, também denominada de trajeto
mole.
22. No trajeto mole, ocorrem as seguintes alterações:
aumento do útero; amolecimento do colo para a
dilatação e apagamento; hipervascularização e
aumento do tecido elástico da vagina, facilitando sua
distensão; aumento das glândulas cervicais para
lubrificar o trajeto do parto.
No trajeto duro, a principal alteração é o aumento da
mobilidade nas articulações (sacroilíaca,
sacrococcígea, lombo-sacral, sínfise púbica), auxiliado
pelo hormônio relaxina. O feto tem importante
participação na evolução do trabalho de parto: realiza
os mecanismos de flexão, extensão e rotação,
permitindo sua entrada e passagem pelo canal de
parto - fenômeno facilitado pelo cavalgamento dos
ossos do crânio, ocasionando a redução do diâmetro
da cabeça e facilitando a passagem pela pelve
materna.
23. O atendimento da parturiente na sala de
admissão de uma maternidade deve ter como
preocupação principal uma recepção acolhedora
à mulher e sua família, informando-os da
dinâmica da assistência na maternidade e os
cuidados pertinentes a esse momento:
Fazer a admissão da parturiente;
Orientar sobre a evolução do trabalho de parto;
Incentivar a deambulação;
Administrar medicamentos prescritos;
Orientar sobre a vontade de defecar;
Colher exames laboratoriais de rotina;
Promover um ambiente tranquilo e com
privacidade.
25. Atitude ou hábito fetal
Forma ovóide 2
pólos: cefálico e
pélvico (tronco e
membros)
26. Situação
É a relação entre o
maior eixo uterino
com o maior eixo
fetal.
27. Situação
Longitudinal: maior
eixo uterino e fetal
coincidem (cefálica e
pélvica) 99,5%
Transversa: quando
perpendicular
Oblíqua: cruzado ou
inclinada (fase
transição p/
longitudinal ou
transversa).
28. Apresentação
É a região do
feto que ocupa
a área do
estreito
superior e que
nele se
insinuará.
31. Os Tempos do Mecanismo do
Parto
Dilatação
Expulsão
Dequitação
Greenberg
32. MECANISMOS DO PARTO
TRAJETO: bacia
OBJETO: feto
MOTOR: contrações uterinas e a prensa
abdominal
MECANISMO: conjunto de movimentos
passivos desempenhados pelo feto para que
possa nascer.
33. TEMPOS DO MECANSMO DE PARTO
INSINUAÇÃO (flexão)
DESCIDA (Rotação Interna)
DESPRENDIMENTO (Deflexão)
RESTITUIÇÃO OU ROTAÇÃO EXTERNA
(Desprendimento dos ombros)