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CqW Johnny,

    li com qtenç~o e qesft-uteseu liv~o.Você n~o me peqiu um pq~ece~, eque~um coment~tio.
                                                                        s
    Tqmpouco eu OUSqriq. ontu<!o, n~o qeixq~ei qe comentq~, espq~sqe dishqidqmente, um ou
                           C
    ouho ponto que me CqUSOU       sens<lç~om<lisqU~<lqou~<I. isso Fosse um texto, se ch<lm<l~i<l
                                                           (Se
    "m<lnusctito ~ m~quin<l". Sei que p~eFe~es
                                             c<l~qSm<lnusc~itqs.Consiqe~e-se ~ecebenqo um<l.)

    Em ge~<l1, liv~o C<lusou-me muito bOq imptess~o, e o poetq iqem. AI9uns ve~sos, no
                o
    entqnto, me cqtivq~qm intei~qmente e cheguei mesmo 'I deco~~-Ios. Com ou sem eXqge~o,
    qiti<l: momentos qe gênio. Um exemplo? "Err<lt<l:lAs cois<ls n~o s~o como eI<Ip<l~ece".
    Poem<l simples, m<lsque em su<lsimpliciq<lqe <lbnge tqnto o unive~sql qq Fruiç~o estéticq
    pU~q~uqnto o pq~iculq~ qq pqlqv~q~Lle bqte no nó qq gq~gqntq. Lemb~q-me o munqo qo
    c<ln~rioele "Ieléi<ls le C<ln~rio"elo M<lch<lelo,
                        e                           que ~eli hoje (cf P~gin<lsRecolhielqs). Lemb~q-
    me tqmbém estq~ sentqqo qli, em qlgum lugq~ enhe o A~poqqot e 'I Vinícius qe MO~qes,
-   vell'lto qe5fth,t~m~s~qs imqgens-que-fv'q.-it1ÚAntômo Cíce~o sou~            entonq~ nq~uelq-
    c<lnç~o, cujo título n~o me lemb~q, mqS que começq qssim "qS coisqs n~o p~ecisqm qe
    você...". Ali~s, esse n~o Foi o único que me evocou umq músicq. Algum poemq, <tue n~o
    locqlizo qgo~q, me lemb~ou "eu te 'Imo" qo Chico ('e o meu Sqpqto qindq pisq no seu...').

    Dq p~imei~q pq~e, imp~essionou-me, p~incipqlmente, o título. Ex-votos: 'I consciênciq e 'I
    corqgem que v. tem qe se moshq~ tqnto e 'I hqbiliqqqe qe se esconqe~ t~o bem. Os ex-votos
    s~o CgotC-versos, ersos qe ~go~C. ue v~o consuminqo seu ontem e CfirmCndo
                       v               Q                                           sucspeq~Cs
    e ofícios. EnCtuzilhCqCs pCssCmos
                             ~ue          toqos, mqS~ue cqntqmos poucos (e mql).

    J~ seu "Inven~~io" me suge~e um poetq mqis ~esignqqo ~ poesiq. N~o qinqq ~ SlIq poesiq.
    Mqs eSSqpoesiq com 'I quql o poetq n~o se ~esignou qinqq, começq 'I cresce~ po~ si mesmq,
    começq 'I ~espi~q~po~ si só: qlgum mqgmq (vejq o qiscu~so em que G. Rosq qg~qqece o
    p~êmio conceqiqo 'I seu Mqgmq). Mqs q~uelq poesiq começq 'I hopeçq~ sozinhq (isto é, sem
    o empu~~~o qo poetq). Apwveito Pq~qte lembrqr um (tqlvez) hopeço meno~: ~ p. 65,
    ~uqndo v. escreve "petconê-Iqs" n~o consegui identificqr 'I necessiqqde do plutql. Pot fêvor,
    se 'I houver, me qigq. N~o gostei qq soluç~o <tue v. enconhou ~ p. 62 "leio-os". Achei 'I
    express~o muito pesqqq (por que n~o qizer 'leio toelos'; 'leio Cqelqum', etc..,). Ouho
    exemplo: ~ p. 70, v. iniciêum qi~logo qesnecess~tio com o(s) leitot(es): "imêginem vocês".
    D~'I imptess~o que etqm d.ojs poemqs ioelependentes <tue você ctuis unir, m4S-4.-emen4<1qiu
                                                                                              s
    meio desqjeitqdq. Isso tudo é qpenqs imptess~o. Em getql, Il7vel7tJrio foi q pq~e do livto de
    ctue mqis gostei (qtê qgOI"4).Se qponto um ou ouho deslize ê exqtqmente por isso: me d~ 4
    impress~o (fe um poetq ctue qinqq lutq com (ou conhq) 'I SUqpoesiq.

    Dqterceirq pq~e, ctue n~o li todq qindq, n~o posso deixqr qe notqr ouhq pérolq: "o sUicíqio
    solucionqriq/metqqe qos m~us problemqs". Como pSicqnqlistq, me impressionou bqstqnte. É
    seco como um4 sentençq 44 G.H. de Clqricei ê forte como p~rC-cb0ctue de cqminh~oi
    CO~qnte como 'I loucurq qe At1:qudi qgUqo como umq I~minq de bqrbeqr ou um verso de
    Poe. Mqs poqeriq ser um provérbio chinês. Se um qiq escrever um q~igo sobre o sUicíqio - e
    tenho intenç~o ('li infernos!) qe fqzê-Io - pode estqr ce~o que estes versos ser~o citqdos.
Fi<tue certo tqmbém <tuete~mino c/e le~ o liv~o, e pe~c/oqqinc/qq ~nsiq c/e esc~eve~-Ihe qntes
c/e ler (lhe) <lté <Iúltim<l p~gjn<l.

Como v. qeve ter notqqo, fqlei ptincipqlmente qoS seus poem<lSmeno~es: qchei-Ihes poesiq
mqio~. Ou tqlvez sejq qlgumq mqnchiice minhq. Nos mqio~es, pq~ece, h~ mqio~
heterogeneiqqqe. Alguns versos poc/etiqm ter sic/o cortqqoS ou melho~ hqbq/hqc/os. Cuiqo
que isso n~o lhe p<l~eçqqespeito e nem sejq motivo pqrq contenc/qs. Cortqr é cfjfTcil:Cqc/q
ve~so nosso é um peqqço qe Cqtne <tue se qmputq; Cqqq gotq qe tintq é sqngue, é sêmen, é
I~grimq; Cqqélfolhél brqncq é um qmor, um qesqgrqvo, um qeus; cqqq rimq, um qesencqnto,
umq pqix~o, umq tentqtivq qe qtq~/qesqtq~ certos nós que q gqrgqntq n~o qesqprenqe, <tue q
grqvqtq n~o engole.

Lenqo seu liv~o, me qeu vontqqe qe voltqr q escrever. Comecei mesmo q qesenhqr nq
imqginqç~o um poemq <tue se chqmq~iq "pleonqsm06. Escutei 4 ou 5 versos, erqm
"metqpoéticos' e p<lteci<lmquerer qizer que met<lpoesi<l é pleonqsmo. M<ls élqormeci q
tempo, e os versos tqmbém. Tento me lembrqr qgo~q, mqS eles se forqm. N~o me preocupo:
se forem versos, retornqm. Se n~o forem, n~o ter~ siqo qborto, mqStelevis~o qpenqs.



um qbrqço,



                                                                          uro velho, 4-Mqj-98

PS: q iqéiq c/e incluir prosq no seu livro te veio c/e )o~o Cqbrql ou você 'luis publiCqr tu c/o,
com meqo qe nunCq m<lispublicqrl Desse meqo (ou vontqqe) v. n~o morre.




                                                                ~r-           0'$
                                               ve-t~       ~,         '--~~rW.


                                    w.ettUh         r~Jo                 ~t/O.

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Uma carta de leitor elogiando o livro de poemas de Johnny e oferecendo comentários construtivos

  • 1. CqW Johnny, li com qtenç~o e qesft-uteseu liv~o.Você n~o me peqiu um pq~ece~, eque~um coment~tio. s Tqmpouco eu OUSqriq. ontu<!o, n~o qeixq~ei qe comentq~, espq~sqe dishqidqmente, um ou C ouho ponto que me CqUSOU sens<lç~om<lisqU~<lqou~<I. isso Fosse um texto, se ch<lm<l~i<l (Se "m<lnusctito ~ m~quin<l". Sei que p~eFe~es c<l~qSm<lnusc~itqs.Consiqe~e-se ~ecebenqo um<l.) Em ge~<l1, liv~o C<lusou-me muito bOq imptess~o, e o poetq iqem. AI9uns ve~sos, no o entqnto, me cqtivq~qm intei~qmente e cheguei mesmo 'I deco~~-Ios. Com ou sem eXqge~o, qiti<l: momentos qe gênio. Um exemplo? "Err<lt<l:lAs cois<ls n~o s~o como eI<Ip<l~ece". Poem<l simples, m<lsque em su<lsimpliciq<lqe <lbnge tqnto o unive~sql qq Fruiç~o estéticq pU~q~uqnto o pq~iculq~ qq pqlqv~q~Lle bqte no nó qq gq~gqntq. Lemb~q-me o munqo qo c<ln~rioele "Ieléi<ls le C<ln~rio"elo M<lch<lelo, e que ~eli hoje (cf P~gin<lsRecolhielqs). Lemb~q- me tqmbém estq~ sentqqo qli, em qlgum lugq~ enhe o A~poqqot e 'I Vinícius qe MO~qes, - vell'lto qe5fth,t~m~s~qs imqgens-que-fv'q.-it1ÚAntômo Cíce~o sou~ entonq~ nq~uelq- c<lnç~o, cujo título n~o me lemb~q, mqS que começq qssim "qS coisqs n~o p~ecisqm qe você...". Ali~s, esse n~o Foi o único que me evocou umq músicq. Algum poemq, <tue n~o locqlizo qgo~q, me lemb~ou "eu te 'Imo" qo Chico ('e o meu Sqpqto qindq pisq no seu...'). Dq p~imei~q pq~e, imp~essionou-me, p~incipqlmente, o título. Ex-votos: 'I consciênciq e 'I corqgem que v. tem qe se moshq~ tqnto e 'I hqbiliqqqe qe se esconqe~ t~o bem. Os ex-votos s~o CgotC-versos, ersos qe ~go~C. ue v~o consuminqo seu ontem e CfirmCndo v Q sucspeq~Cs e ofícios. EnCtuzilhCqCs pCssCmos ~ue toqos, mqS~ue cqntqmos poucos (e mql). J~ seu "Inven~~io" me suge~e um poetq mqis ~esignqqo ~ poesiq. N~o qinqq ~ SlIq poesiq. Mqs eSSqpoesiq com 'I quql o poetq n~o se ~esignou qinqq, começq 'I cresce~ po~ si mesmq, começq 'I ~espi~q~po~ si só: qlgum mqgmq (vejq o qiscu~so em que G. Rosq qg~qqece o p~êmio conceqiqo 'I seu Mqgmq). Mqs q~uelq poesiq começq 'I hopeçq~ sozinhq (isto é, sem o empu~~~o qo poetq). Apwveito Pq~qte lembrqr um (tqlvez) hopeço meno~: ~ p. 65, ~uqndo v. escreve "petconê-Iqs" n~o consegui identificqr 'I necessiqqde do plutql. Pot fêvor, se 'I houver, me qigq. N~o gostei qq soluç~o <tue v. enconhou ~ p. 62 "leio-os". Achei 'I express~o muito pesqqq (por que n~o qizer 'leio toelos'; 'leio Cqelqum', etc..,). Ouho exemplo: ~ p. 70, v. iniciêum qi~logo qesnecess~tio com o(s) leitot(es): "imêginem vocês". D~'I imptess~o que etqm d.ojs poemqs ioelependentes <tue você ctuis unir, m4S-4.-emen4<1qiu s meio desqjeitqdq. Isso tudo é qpenqs imptess~o. Em getql, Il7vel7tJrio foi q pq~e do livto de ctue mqis gostei (qtê qgOI"4).Se qponto um ou ouho deslize ê exqtqmente por isso: me d~ 4 impress~o (fe um poetq ctue qinqq lutq com (ou conhq) 'I SUqpoesiq. Dqterceirq pq~e, ctue n~o li todq qindq, n~o posso deixqr qe notqr ouhq pérolq: "o sUicíqio solucionqriq/metqqe qos m~us problemqs". Como pSicqnqlistq, me impressionou bqstqnte. É seco como um4 sentençq 44 G.H. de Clqricei ê forte como p~rC-cb0ctue de cqminh~oi CO~qnte como 'I loucurq qe At1:qudi qgUqo como umq I~minq de bqrbeqr ou um verso de Poe. Mqs poqeriq ser um provérbio chinês. Se um qiq escrever um q~igo sobre o sUicíqio - e tenho intenç~o ('li infernos!) qe fqzê-Io - pode estqr ce~o que estes versos ser~o citqdos.
  • 2. Fi<tue certo tqmbém <tuete~mino c/e le~ o liv~o, e pe~c/oqqinc/qq ~nsiq c/e esc~eve~-Ihe qntes c/e ler (lhe) <lté <Iúltim<l p~gjn<l. Como v. qeve ter notqqo, fqlei ptincipqlmente qoS seus poem<lSmeno~es: qchei-Ihes poesiq mqio~. Ou tqlvez sejq qlgumq mqnchiice minhq. Nos mqio~es, pq~ece, h~ mqio~ heterogeneiqqqe. Alguns versos poc/etiqm ter sic/o cortqqoS ou melho~ hqbq/hqc/os. Cuiqo que isso n~o lhe p<l~eçqqespeito e nem sejq motivo pqrq contenc/qs. Cortqr é cfjfTcil:Cqc/q ve~so nosso é um peqqço qe Cqtne <tue se qmputq; Cqqq gotq qe tintq é sqngue, é sêmen, é I~grimq; Cqqélfolhél brqncq é um qmor, um qesqgrqvo, um qeus; cqqq rimq, um qesencqnto, umq pqix~o, umq tentqtivq qe qtq~/qesqtq~ certos nós que q gqrgqntq n~o qesqprenqe, <tue q grqvqtq n~o engole. Lenqo seu liv~o, me qeu vontqqe qe voltqr q escrever. Comecei mesmo q qesenhqr nq imqginqç~o um poemq <tue se chqmq~iq "pleonqsm06. Escutei 4 ou 5 versos, erqm "metqpoéticos' e p<lteci<lmquerer qizer que met<lpoesi<l é pleonqsmo. M<ls élqormeci q tempo, e os versos tqmbém. Tento me lembrqr qgo~q, mqS eles se forqm. N~o me preocupo: se forem versos, retornqm. Se n~o forem, n~o ter~ siqo qborto, mqStelevis~o qpenqs. um qbrqço, uro velho, 4-Mqj-98 PS: q iqéiq c/e incluir prosq no seu livro te veio c/e )o~o Cqbrql ou você 'luis publiCqr tu c/o, com meqo qe nunCq m<lispublicqrl Desse meqo (ou vontqqe) v. n~o morre. ~r- 0'$ ve-t~ ~, '--~~rW. w.ettUh r~Jo ~t/O.