Este documento discute comunidades de prática (CdP) em contextos de educação a distância. Apresenta definições de CdP e discute elementos estruturantes como domínio, comunidade e prática. Também analisa modos de participação em CdP e a dinâmica de construção da autonomia coletiva. Conclui que o grupo investigado apresentava características de uma CdP e que a promoção de encontros presenciais é importante para a manutenção da comunidade.
3. COMUNIDADES
DE PRÁTICA
Agrupamentos de pessoas que aprendem
uns com os outros, inclusive por
contato não presencial, e que
interagem, trocando experiências e
construindo melhores práticas para
enfrentar os desafios que se
apresentam.
McDermott (1999)
4. COMUNIDADES DE PRÁTICA /
REDES DE COLABORAÇÃO
Variedades de entidades (organizações e pessoas), cujos
participantes são em grande parte autônoma,
geograficamente distribuída, e heterogênea em
termos de ambiente operacional, cultura, capital social
e objetivos, mas colaboram para melhor realização de
objetivos comuns.
Camarinha-Matos e Afsarmanesh (2005)
5. COMUNIDADES (?) DE PRÁTICA
Geralmente, os desafios que sucedem são
enfrentados somente por uma pequena parte
do grupo, e na maior parte das vezes, por
apenas um de seus integrantes,
comportamento que fragiliza o fluxo de
colaboração.
6.
7. DE QUAL CONTEXTO ESTAMOS FALANDO?
Administração de cursos ofertados na
modalidade de educação a distância
Vejamos como isso funciona....
8. FLUXO DE PROCESSOS DE TRABALHO
PPC
Seleção de
equipe
Definição de
Coord. de curso
Contratação
Capacitação
Definição de
processos de
trabalhoDefinição de
comissão para o
PPC
Aprovação
CONSUP
Solicitação de
financiamento
Aquisições
Seleção de
alunos
Matrícula de
alunos
Preparação para
início do curso
Modelo IFBA
9. Execução
AVA
Atividades e
Avaliações
Roteiro de aula
Planejamento
Elaboração de
material didático
Preparação para
início do curso
Videoaula
Análise do livro-
texto
Formação da
equipe docente
Início das aulas
Supervisão e
monitoramento
Relatório final de
disciplina
Indicação de pontos
de melhoria para a
próxima oferta
FLUXO DE PROCESSOS DE TRABALHO
Modelo IFBA
11. DE QUAL CONTEXTO ESTAMOS FALANDO?
Produção de Material Didático – Modelo USP
12. PROBLEMA FREQUENTE
Ausência de envolvimento e
de equipes pedagógicas na
construção do conhecimento voltada ao
planejamento, gestão e desenvolvimento de
,
ambientados em espaços mediados por
computador, contraria a ideia de gestão
colegiada na perspectiva da gestão
democrático-participativa.
13. O que se coloca em questão aí é o nível de
e daqueles
que integram a equipe de trabalho destinada a
gerir os cursos, administrativa e
pedagogicamente, que se revela no modo de
agir para com o outro (na equipe),
.
POR QUE É TÃO COMPLEXO?
16. DINÂMICA DA PARTICIPAÇÃO NA CDP
Numa CdP, embora seja desejado que
prevaleça a colaboração como forma de
atuação, seus integrantes participam de
diversos modos, intensidades e frequências,
que varia conforme a motivação perante a
, o , a
e a
. Dependendo do
contexto e de como os indivíduos vivenciam a
participação, ela assume diversos sentidos.
17. DINÂMICA DA COMUNIDADE DE PRÁTICA
A constatação da existência de uma comunidade de
prática passa pela identificação dos sentidos
produzidos acerca de seus elementos estruturantes:
Domínio
Comunidade
Prática
19. EXISTÊNCIA DA COMUNIDADE DE PRÁTICA
Caracterizações do Domínio
A experiência PV, aliás toda a experiência EG, é muito boa, principalmente
porque constrói e alimenta possibilidades reais de concretização dos estudos na
gestão escolar e na práxis pedagógica.
(Olga)
Embora a minha inclusão no grupo de trabalho da Escola de Gestores tenha
acontecido alguns meses após o início do curso, a experiência tem sido
gratificante, desafiadora, proporcionando novas aprendizagem e crescimento
profissional. [...]
(Telma)
aprendizado capital social contexto de atuação
20. EXISTÊNCIA DA COMUNIDADE DE PRÁTICA
Caracterizações de Comunidade
Aguardo o retorno de vocês e saibam que desde já agradeço a todas pela
atenção e colaboração que estou recebendo nesse momento difícil, por ser o
início e a arrumação da casa que vamos "morar", "correr", "pular", enfim,
aprender na troca diária.
(Marta)
Peço aos grupos de cada polo que reúnam-se mais uma vez para pensar em
divisão de trabalho no sentido de promover uma orientação mais efetiva aos
cursistas.
(Joana)
aceitação mútua respeito mútuo confiança mútua
identidade
21. EXISTÊNCIA DA COMUNIDADE DE PRÁTICA
Caracterizações da Prática
Tenho uma dúvida que gostaria de expor e contar com a colaboração de vocês.
Existem alguns projetos de intervenção que estão sendo criados e aplicados em
conjunto numa mesma escola por dois ou três gestores cursistas.
(Álvaro)
Sobre a questão do plágio, conversando com meus cursistas no último
presencial, descobri que Olga alegou plágio a alguns projetos deles. Uma das
cursistas me sinalizou que o plágio que ela cometeu não foi exatamente textual,
mas de ideias. [...]
(Ricardo)
compartilhamento de estratégias obtenção de consenso
22. MODOS DE PARTICIPAÇÃO
A prática demonstra outros sentidos...
Informação Cooperação ColaboraçãoAutogestão
23. MODOS DE PARTICIPAÇÃO
Informação
O restante do material ainda será postado e se quiserem contribuir, fiquem à
vontade para expor suas ideias lá na Turma Matriz.
(Joana) – p. 229
Obrigada pelas informações e orientações. A edição no Fórum já foi realizada e
as participações já começaram. Hoje encaminhei uma mensagem detalhada
para todos, pois recebi algumas mensagens de cursistas pedindo ajuda para
localizar os textos indicados, cronograma, etc. ...
(Iara) – p. 229
recepção solicitação emissão
24. MODOS DE PARTICIPAÇÃO
Cooperação
Venho solicitando o preenchimento da planilha de Blogs há mais de um mês,
assim como venho solicitando o preenchimento do relatório de
acompanhamento dos cursistas, coisa que também está difícil de acontecer,
pois [o] prazo mesmo já foi descumprido diversas vezes. Precisamos todos nos
apoiar numa organização de trabalho colaborativo.
(Joana) – p. 233
Estou morrendo de vergonha em fazer uma solicitação. Isso porque sei da
necessidade de trabalharmos de modo bem afinado para não prejudicar o
trabalho do "outro“. No entanto, solicito encarecidamente que dilate o prazo
para a entrega das planilhas para sábado (12/02).
(Lucinda) – p. 233
divisão de tarefas
objetivos comuns
25. MODOS DE PARTICIPAÇÃO
Colaboração
Gostaria de informar/lembrar que as escolas estaduais estão em processo de
eleição para Colegiado Escolar. Temos até o dia 10 de dezembro para encerrar o
processo.
Penso que atividades práticas mobilizadoras sobre a questão podem ser
interessantes e de grande utilidade.
(Zenaide)
Observei que a atividade 3 já tem seu texto de orientação pronto, mas a
atividade 2 não.
Tomei a liberdade de elaborar a redação da atividade com duas propostas: uma
de diagnóstico situacional ( para escolas que já possuem colegiado) e outra de
diagnóstico descritivo da ausência (para as que não possuem).
(Lívia)
consenso
valorização
do outro
apoio
mútuoincentivo
autonomia
26. MODOS DE PARTICIPAÇÃO
Autogestão
A partir da discussão no fórum do polo salvador comércio, estive tendo
pensamentos revolucionários rsrsrsr. Sério, estou ponderando a possibilidade de
organizarmos defesas mesmo, isso se for viável dentro da avaliação da
coordenação.
(Paula)
Joana e Lívia e demais Colegas, o tempo não para... Como teremos encontro da
PV no dia 30/04, haverá simulações de apresentação com alguns cursistas,
orientamos previamente como deverá ser o pôster.
(Neusa)
autonomia reflexão crítica autoconfiança
autoestima
27. DA CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA À AUTOGESTÃO
Empoderamento
Pertencimento
Engajamento
Na CdP, considerando esta uma estrutura social, é necessário haver
algumas regras de participação comuns a todos – que são as ‘leis’ do
coletivo. Tais regras são necessárias para que a CdP se constitua e se
mantenha como uma comunidade, mas sem significar rigidez e controle
excessivos no modo de agir e pensar de seus integrantes, o que
28. DA CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA À AUTOGESTÃO
Empoderamento
[...] que dinâmica e que atividades teórico-práticas podemos propor para nosso
público? Vamos prosiar?
(Lívia) – p. 255
Comente aqui suas impressões sobre o conteúdo e sobre a metodologia
proposta para o desenvolvimento desta Sala Ambiente.
(Joana) – p. 255
abertura ao diálogo mediação construção
da autonomia
valorização do outro
29. DA CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA À AUTOGESTÃO
Pertencimento
Penso que essa formação não foi só necessária, mais indispensável para todos
os tutores, não só para conhecer os mecanismos do ambiente, mas estabelecer
vínculo entre os membros do grupo e fortalecer todo o processo de
aprendizagem.
(Verônica)
Não sei se não soube acompanhar o curso, mas me vi em muitos momentos
sem rumo para participar das discussões. Foram muitos tópicos de fórum
abertos e muitas discussões paralelas sem o direcionamento com os textos
propostos. [...] Este fórum de avaliação mesmo, deveria ser único e cada um
postando sua resposta, acho que ficaria mais rico.
[...] Acho que as discussões foram válidas, aprendi com os colegas, mas não me
senti inserida totalmente no curso. Fiquei a ver navios em alguns momentos.
(Neilda)
acolhimento identidade
vínculo
30. DA CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA À AUTOGESTÃO
Engajamento
Penso que todos têm responsabilidades! No entanto, a figura do professor é
realmente imprescindível, amiga. A sua presença, a forma como este conduz o
processo pode representar pontos tanto positivos quanto negativos.
(Rebeca)
entendo...trabalho com professores e percebo isso...então nesse caso...sugiro
para nós... que os alunos conheçam esse gênero textual (monografia) no início
do curso: o que é uma monografia? para que serve? qual a finalidade? qual o
estilo de linguagem (um texto científico, acadêmico)? e Provocar a leitura de
outras monografias...nada disso é fácil...mas pode ser uma estratégia...se eles
não conhecem...precisam conhecer...para depois escrever...já vou começar a ver
alguma coisa sobre metodologia de trabalhos científicos...rrr... apressadinha!!!!
rrr...
(Elvira)
proatividade afetividade mútua
autoconfiança autoestima
31.
32. CONCLUSÕES
A não é algo extrínseco ao indivíduo ou algo
que exija algum tipo de adesão; a partir do engajamento na
prática, no processo de interação com o outro, através de
compromisso mútuo, de envolvimento com o coletivo, é que
ela se desenvolve.
A compreensão de na perspectiva da CdP passa
pela convivência de um grupo de indivíduos com relações
recíprocas, com interesses e objetivos comuns, que se
organizam sob um mesmo conjunto de normas e compartilham
crenças, valores, informações, saberes, artefatos, etc., ou seja
uma cultura comum.
33. CONCLUSÕES SOBRE UMA EXPERIÊNCIA
O grupo de trabalho investigado operava de acordo com as
características de uma CdP, segundo a abordagem dos
referenciais teóricos estudados, incluindo a
heterogeneidade das participações individuais e coletivas.
Dada a natureza autopoiética e livre das CdP, o princípio e final
das atividades inerentes à 2ªedição do Curso não determinaram
seus limites temporais e espaciais.
Pois, mesmo antes, na 1ªedição, parte do grupo já interagia nos
moldes de uma CdP, embora não predominassem o
comportamento de engajamento e o modo de participação
através da colaboração
34. CONCLUSÕES
Os modos, intensidades e frequência de participação numa
CdP variam conforme a situação, o grau de interesse e
envolvimento do indivíduo perante cada situação, e
sobretudo o conhecimento necessário à ação.
Outras influências:
•sentimento de pertencimento, associado ao prévio
acolhimento e à identificação do indivíduo com a cultura da
CdP
•autoestima e autoconfiança
• relações sociais intragrupo, que envolvem a aceitação,
respeito e confiança mútua
35. CONCLUSÕES
•Observa-se um eixo de construção da
autonomia coletiva na dinâmica das CdP, a partir
das ações multidirecionais de empoderamento ao
longo de todo o seu ciclo de vida,
retroalimentando seu fluxo de energia vital
•A tem se mostrado
preponderante para o início do processo de
construção da autonomia
36. CONCLUSÕES
A promoção de permite a
renovação da comunidade, possibilitando aos seus
integrantes se conhecer, se reencontrar, trocar informações,
ideias e experiências, estabelecendo vínculos, na tentativa
de típicos à convivência
de uma CdP baseada na web, que nas experiências
vivenciadas se mostram determinantes para a
e para o
desenvolvimento da .
37. INVESTIGAÇÕES ATUAIS/FUTURAS
• Investigação das condições e características de
personalidade dos indivíduos que integram as CdP
• Identificação de requisitos de softwares que
potencializem a dinâmica das CdP
• Análise da dinâmica de CdP utilizando teoria de
análise de redes sociais
• Experiência similar com grupos e contextos distintos
38. O APRENDIZADO
AINDA NÃO CONCLUÍDO
Para que dado agrupamento de pessoas
seja considerado uma CdP, é necessário
que os indivíduos que fazem parte dessa
comunidade se sintam parte dela, para
que possam tomar parte em seu
domínio, ou seja, não basta fazer parte
do coletivo.
39. A crença de que a construção colaborativa do
conhecimento é é por este se tratar de um
espaço/tempo/circunstância que envolve
necessariamente um conjunto de pessoas, com plurais
intenções e objetivos, potencialmente em colaboração;
é , pois o conhecimento produzido deve
servir à coletividade, portanto é para, e se destina, ao
coletivo;
é, por fim, , porque é esse coletivo o ator na
construção do conhecimento
40.
41. CONSTRUÇÃO E DIFUSÃO DO
CONHECIMENTO
• Biologia do
Conhecer
– Maturana e
Varela
• Teoria
sociohistórica e
cultural
– Vigotski
Construção do
conhecimento
Individual
Coletivo
Empoderamento
Comunidade de
prática
Cibercultura
Pertencimento
Engajamento
desejável haver
ocorreno
âmbito
ocorre através da
pode
ocorrer
numa
Contexto
histórico
Ideologia
influenciada por
Interação social