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Universidade Federal do Oeste do Pará
Instituto de Biodiversidade e Floresta
Disciplina de Biologia Celular

Príons
1. Introdução
Proteinaceous infection particles ou
príons são partículas de PROTEÍNAS
que podem tornar-se infecciosas e
causadoras de um grupo de doenças
denominadas encefalopatias
espongiformes transmissíveis
Antigos dogmas
• Os mecanismos de infecção implicam replicação do agente infeccioso;
isto supõe que este deve conter ácidos nucléicos.
• A estrutura primária de uma
proteína lhe confere um arranjo em ordens superiores:

“uma sequência, uma configuração”
A proteína ‘natural’, encontrada nos
neurônios de mamíferos, é denominada
PrPc (ou proteína priônica) e a
versão patológica, que sofre mudanças
estruturais, é chamada PrPsc
Chain-reaction Conversion of PrPc to PrPsc
PrPc

PrPsc

Chain-reaction Conversion
2. HISTÓRICO

Os registros mais antigos de
doenças priônicas são
observações efetuadas a
meados do século XVIII sobre
uma enfermidade que afetava
ovelhas em vários países
europeus, levando-as à morte.

- “scrapie” na Inglaterra
- “traberkrankheit desSchafes” na
Alemanha
- “la tremblante du mouton” na
França
1936- os trabalhos de Cuillé e Chelle
demonstraram o caráter contagioso da doença
das ovelhas e seu longo período de incubação.
1959- Hadlow relaciona o “scrapie” com uma
rara enfermidade endêmica dos nativos de Nova
Guiné, o kuru. Alguns anos mais tarde,
Gajdusek e seus colaboradores , transmitem
experimentalmente a chimpanzés, comprovando
a transmissibilidade da enfermidade.
Pouco depois, Gibbs e colaboradores
transmitem a doença de Creutzfeldt-Jacob(CJD)
a chimpanzés
Nos anos seguintes, diferentes encefalopatias foram
transmitidas experimentalmente a animais e foram
classificadas como encefalopatias espongiformes
transmissíveis.
-A síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker (GSS)
-A encefalopatia transmissível a visão ou encefalopatia de
cérvidos silvestres
Curiosamente, durante a última década se descubriram
novas formas de TSEs
- A encefalopatia espongiforme bovina (BSE)
- A encefalopatia espongiforme en el gato
- Encefalopatias espongiformes en el nyala , el ciervo eland,
el oryx de Arabia y el kudu

Das novas
TSEs, a
encefalopatia
espongiforme
bovina é a mais
conhecida, ao
demonstrar-se
sua
transmissão ao
homem como
vCJD
3. Características da proteína príon
Proteína prion celular
Gene codificador

PRNP

Cromossomo 20 humano
Cromossomo 2 camundongo

Deleção de PRNP em camundongos
Animais “knockout” para PrPc
O gene PRNP e a proteína prion celular
EXON I

INTRON

EXON II

Prnp

ORF
mRNA

5’

ORF

An
Características químicas do agente infeccioso
Resistentes a agentes modificadores de ácidos
nucléicos (nucleases e UV)

Sensíveis a agentes modificadores de proteínas
(proteases, SDS, fenol)
Agente infeccioso sem material genético (DNA ou RNA)
composto apenas de proteína (PrPsc)

Prions = proteinaceus infectious particle
Stanley Prusiner, 1983
Prions
“Proteinaceous infection particles”
•Contém uma forma anormal de uma proteína celular, PrPc
•Diferem de PrPc apenas estruturalmente, contendo exatamente
os mesmos aminoácidos
•Presença de PrPc é absolutamente necessária para a infecção
Propriedades Físicas e Químicas




Filtravel com poros 25 nm ou 100 nm.
É invisível ao microscópio óptico e electrõnico.
Resistente a:
Formaldeido
EDTA
Proteases ( Tripsina, pepsina )
Nucleases ( ribonucleases A e III,
desoxiribonuclease I )
Radiação ultravioleta ( 2540 Å )
Radiação ionizante
Propiedades Biológicas










Longo período de incubação( meses, anos, décadas).
Não produzem resposta imunológica
Não antigênicos.
Patologias crônicas progressivas.
Fatal em todos os casos.
Presença de ácido nucleico não demonstrada.
O único componente conhecido é a proteína PrP.
Podem existir em múltiplas formas moleculares
Periodo de adaptação a novos hospedeiros
Métodos de inativação:











Autoclave >134 °C, 18 minutos
Hipoclorito sódico (20ºC, 1hora)
Hidróxido sódico 2N
Fenol 90%
Eter
Acetona
Permanganato potássico 0.002 M
Ureia 6 M
2 – Cloroetanol
Cloroformio
4. Estrutura e função da PrPc




La proteína PrP está constituida por cuatro regiones de
estructura secundaria llamadas H1, H2, H3 y H4, en
estas regiones se identifican tres zonas de hélice-α
llamadas A, B y C, y dos de hoja-β, llamadas S1 y S2.
Estudios mediante los métodos FTIR y CD han mostrado
que la proteína PrPc contiene un 40% de hélice-a y muy
poca proporción de hoja-β, mientras que la PrPSc se
compone de un 30% de hélice-α y un 45% de hoja-β.
Esta dualidad hélice- a hoja-β parece localizarse
principalmente en la región 106-126, que en forma de
péptido sintético es un neurotóxico potente.
Proteínas com diferenças
conformacionais

PrPc
Normal

Prion

Altamente insolúvel
Deposição em placas
PrPc

PM: 30 kD
EP: 254 aa
ES: 40% hélices,
poucas hélices
PrPsc

PrPc

PM: 30 kD
EP: 254 aa
ES: 30% hélices,
45% tipos
PrPsc
PrPsc
PrPsc, fibrillas amiloides
Suas características estruturais
lhe conferem resistência a altas
temperaturas e a antissépticos e
microbicidas utilizados
regularmente.
5. Mecanismo de ação da
proteína príon celular
Como os príons funcionam?

PrPc

PrPSc

The prion protein exists in two forms. The normal, innocuous protein
(PrPc) can change its shape to a harmful, disease-causing form
(PrPSc). The conversion from PrPc to PrPSc then proceeds via a chainreaction. When enough PrPSc proteins have been made they form long
filamentous aggregates that gradually damage neuronal tissue. The
harmful PrPSc form is very resistant to high temperatures, UVirradiation and strong degradative enzymes.
Mecanismo de conversão PrPc- Prion
Hipótese de “protein only” só proteína

Célula normal
PrP gene

Célula infectada
PrP gene

PrP mRNA

PrP mRNA

PrPc
PrPc

PrPsc

Adaptado de Weissmann, 1994
How PrPsc attack the Brain?
Brain consists of a mass of nerve tissue (Hundred billions of
neuron) and neuroglia, supporting neural tissue.
When enough PrPSc proteins have been made they form long
filamentous aggregates that gradually damage neuronal tissue.
When neuron in the brain are all dead, the appearance of the
brain will become sponge-like appearance. And this eventually
lead to death.

The harmful PrPSc form is very resistant to high temperatures,
UV-irradiation and strong degradative enzymes.
6. Doenças Priônicas: Encefalopatias
Espongiformes Transmissíveis


Grupo de doenças caracterizadas por:

1)progressiva vacuolização, morte neuronal
associada a hipertrofia e proliferação glial

2) presença nos tecidos (principalmente no sistema
nervoso) de um tipo de proteína estruturalmente
anormal resistente a proteases denominada
prion (pronuncia-se príon)


Acometem animais e seres humanos



Transmissíveis



Material transmissor não é inativado por
processos que inativam ácidos nucleicos



Podem ser hereditárias


(e, simultaneamente, transmissíveis)
CLASSIFICAÇÃO


Encefalopatia espongiformes

Normal

Afetado
Encefalopatias espongiformes
BSE (vaca)

Kuru (humano)

Scrapie (oveja)

CJD (humano)
Encefalopatias
espongiformes
Podem ser

Hereditarias
(mutação genética)

Infecciosas

Esporádicas
(mutação somática
de PRPN)
Enfermedad

Huésped

Mecanismo

Kuru

Humano

Canibalismo ritual

iCJD

Humano

Yatrogénica

vCJD

Humano

Priones bovinos (?)

fCJD

Humano

Mutaciones germinales

GSS

Humano

Mutaciones germinales

FFI

Humano

Mutaciones somáticas

sCJD

Humano

Mutaciones somáticas o conversión
espontánea (?)

FSI

Humano

Mutaciones somáticas o conversión
espontánea (?)

Scrapie

Oveja

Infección en ovejas genéticamente
susceptibles

BSE

Vaca

Infección con material contaminado

TME

Mink

Infección de vacas u ovejas

CWD

ciervo, alce

?

FSE

Gatos

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Doenças humanas por prions
Infecciosas/Iatrogenicas
Transplante de córnea (CJD)
Inoculação acidental de tecido cerebral(CJD)
Hormônio de Crescimento (cadáver)
canibalismo (Kuru)
vCJD injestão de carne contaminada com BSE
Genéticas
Mutações no gene de Prion celular
GSS, FFI, CJD
Esporádicas
caso completamente desconhecido
1:2,000,000
Do intestino ao cérebro
Translocação através do epitélio intestinal

Mabbott & MacPherson, Nat. Ver. Microb. 4:201-211, 2006
Neuroinvasão a partir do intestino

Vagus nerve

Splanchnic nerve

Mabbott & MacPherson, Nat. Ver. Microb. 4:201-211, 2006
Danos cerebrais originados
pelas TSEs
vacuole

Source: UC Davis School of Veterinary
Diferentes príons afetam diferentes partes do
cérebro
Cerebral cortex When the cerebral
cortex is affected, the symptoms
include loss of memory and mental
acuity, and sometimes also visual
imparement (CJD).
Thalamus Damage to the thalamus
may result in insomnia (FFI).
Cerebellum Damage to the
cerebellum results in problems to
coordinate body movements and
difficulties to walk (kuru, GSS).
Brain stem In the mad cow disease
(BSE), the brain stem is affected.
TRANSMISSÃO EM HUMANOS









Transplante de membrana meníngea (dura-máter)
infectada por príons, durante neurocirurgias
Injeção de hormônios de crescimento derivados de
glândulas pituitárias de cadáveres com
Encefalopatias Espongiformes
Ingestão de carne de boi ou ovelha infectados
Utilização de materiais cirúrgicos contaminados
durante neurocirurgias
Mutação pontual no gene da proteína PrP (adquirida
e herdada)
7. TRATAMENTO


Ainda não há tratamento recomendado
para as doenças priônicas. Para as
adquiridas, prevenção é essencial



Tem sido proposto o emprego de
quinacrina, clorpromazina e flupirtina para
a DCJ mas os efeitos são muito discretos
e/ou duvidosos; ensaios clínicos em
andamento


Maleato de Flupirtine





Analgésico não-opióide
Efeito citoprotetor in vitro e in vivo sobre
neurônios que foram induzidos à apoptose.

Quinacrina + Clorpromazina na DCJ
8. Considerações finais
Los priones son versiones patológicas
de proteínas celulares normales.
• Se comportan como agentes infecciosos
(confieren contagiosidad) a pesar de no
poseer ácidos nucléicos.
• Su periodo de incubación es largo.
• Causan muerte neuronal y disfunción
tisular en SNC, de donde derivan las
manifestaciones clínicas.
• Invariablemente causan la muerte del
huésped.
•

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Príons: Proteínas Infecciosas e Doenças Neurodegenerativas

  • 1. Universidade Federal do Oeste do Pará Instituto de Biodiversidade e Floresta Disciplina de Biologia Celular Príons
  • 2. 1. Introdução Proteinaceous infection particles ou príons são partículas de PROTEÍNAS que podem tornar-se infecciosas e causadoras de um grupo de doenças denominadas encefalopatias espongiformes transmissíveis
  • 3. Antigos dogmas • Os mecanismos de infecção implicam replicação do agente infeccioso; isto supõe que este deve conter ácidos nucléicos. • A estrutura primária de uma proteína lhe confere um arranjo em ordens superiores: “uma sequência, uma configuração”
  • 4. A proteína ‘natural’, encontrada nos neurônios de mamíferos, é denominada PrPc (ou proteína priônica) e a versão patológica, que sofre mudanças estruturais, é chamada PrPsc
  • 5. Chain-reaction Conversion of PrPc to PrPsc PrPc PrPsc Chain-reaction Conversion
  • 6. 2. HISTÓRICO Os registros mais antigos de doenças priônicas são observações efetuadas a meados do século XVIII sobre uma enfermidade que afetava ovelhas em vários países europeus, levando-as à morte. - “scrapie” na Inglaterra - “traberkrankheit desSchafes” na Alemanha - “la tremblante du mouton” na França 1936- os trabalhos de Cuillé e Chelle demonstraram o caráter contagioso da doença das ovelhas e seu longo período de incubação. 1959- Hadlow relaciona o “scrapie” com uma rara enfermidade endêmica dos nativos de Nova Guiné, o kuru. Alguns anos mais tarde, Gajdusek e seus colaboradores , transmitem experimentalmente a chimpanzés, comprovando a transmissibilidade da enfermidade. Pouco depois, Gibbs e colaboradores transmitem a doença de Creutzfeldt-Jacob(CJD) a chimpanzés
  • 7. Nos anos seguintes, diferentes encefalopatias foram transmitidas experimentalmente a animais e foram classificadas como encefalopatias espongiformes transmissíveis. -A síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker (GSS) -A encefalopatia transmissível a visão ou encefalopatia de cérvidos silvestres Curiosamente, durante a última década se descubriram novas formas de TSEs - A encefalopatia espongiforme bovina (BSE) - A encefalopatia espongiforme en el gato - Encefalopatias espongiformes en el nyala , el ciervo eland, el oryx de Arabia y el kudu Das novas TSEs, a encefalopatia espongiforme bovina é a mais conhecida, ao demonstrar-se sua transmissão ao homem como vCJD
  • 8. 3. Características da proteína príon
  • 9. Proteína prion celular Gene codificador PRNP Cromossomo 20 humano Cromossomo 2 camundongo Deleção de PRNP em camundongos Animais “knockout” para PrPc
  • 10. O gene PRNP e a proteína prion celular EXON I INTRON EXON II Prnp ORF mRNA 5’ ORF An
  • 11. Características químicas do agente infeccioso Resistentes a agentes modificadores de ácidos nucléicos (nucleases e UV) Sensíveis a agentes modificadores de proteínas (proteases, SDS, fenol) Agente infeccioso sem material genético (DNA ou RNA) composto apenas de proteína (PrPsc) Prions = proteinaceus infectious particle Stanley Prusiner, 1983
  • 12. Prions “Proteinaceous infection particles” •Contém uma forma anormal de uma proteína celular, PrPc •Diferem de PrPc apenas estruturalmente, contendo exatamente os mesmos aminoácidos •Presença de PrPc é absolutamente necessária para a infecção
  • 13. Propriedades Físicas e Químicas    Filtravel com poros 25 nm ou 100 nm. É invisível ao microscópio óptico e electrõnico. Resistente a: Formaldeido EDTA Proteases ( Tripsina, pepsina ) Nucleases ( ribonucleases A e III, desoxiribonuclease I ) Radiação ultravioleta ( 2540 Å ) Radiação ionizante
  • 14. Propiedades Biológicas          Longo período de incubação( meses, anos, décadas). Não produzem resposta imunológica Não antigênicos. Patologias crônicas progressivas. Fatal em todos os casos. Presença de ácido nucleico não demonstrada. O único componente conhecido é a proteína PrP. Podem existir em múltiplas formas moleculares Periodo de adaptação a novos hospedeiros
  • 15. Métodos de inativação:           Autoclave >134 °C, 18 minutos Hipoclorito sódico (20ºC, 1hora) Hidróxido sódico 2N Fenol 90% Eter Acetona Permanganato potássico 0.002 M Ureia 6 M 2 – Cloroetanol Cloroformio
  • 16. 4. Estrutura e função da PrPc   La proteína PrP está constituida por cuatro regiones de estructura secundaria llamadas H1, H2, H3 y H4, en estas regiones se identifican tres zonas de hélice-α llamadas A, B y C, y dos de hoja-β, llamadas S1 y S2. Estudios mediante los métodos FTIR y CD han mostrado que la proteína PrPc contiene un 40% de hélice-a y muy poca proporción de hoja-β, mientras que la PrPSc se compone de un 30% de hélice-α y un 45% de hoja-β. Esta dualidad hélice- a hoja-β parece localizarse principalmente en la región 106-126, que en forma de péptido sintético es un neurotóxico potente.
  • 17.
  • 19. PrPc PM: 30 kD EP: 254 aa ES: 40% hélices, poucas hélices PrPsc PrPc PM: 30 kD EP: 254 aa ES: 30% hélices, 45% tipos
  • 20. PrPsc
  • 21. PrPsc
  • 23. Suas características estruturais lhe conferem resistência a altas temperaturas e a antissépticos e microbicidas utilizados regularmente.
  • 24. 5. Mecanismo de ação da proteína príon celular
  • 25. Como os príons funcionam? PrPc PrPSc The prion protein exists in two forms. The normal, innocuous protein (PrPc) can change its shape to a harmful, disease-causing form (PrPSc). The conversion from PrPc to PrPSc then proceeds via a chainreaction. When enough PrPSc proteins have been made they form long filamentous aggregates that gradually damage neuronal tissue. The harmful PrPSc form is very resistant to high temperatures, UVirradiation and strong degradative enzymes.
  • 26.
  • 27. Mecanismo de conversão PrPc- Prion Hipótese de “protein only” só proteína Célula normal PrP gene Célula infectada PrP gene PrP mRNA PrP mRNA PrPc PrPc PrPsc Adaptado de Weissmann, 1994
  • 28. How PrPsc attack the Brain? Brain consists of a mass of nerve tissue (Hundred billions of neuron) and neuroglia, supporting neural tissue. When enough PrPSc proteins have been made they form long filamentous aggregates that gradually damage neuronal tissue. When neuron in the brain are all dead, the appearance of the brain will become sponge-like appearance. And this eventually lead to death. The harmful PrPSc form is very resistant to high temperatures, UV-irradiation and strong degradative enzymes.
  • 29. 6. Doenças Priônicas: Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis  Grupo de doenças caracterizadas por: 1)progressiva vacuolização, morte neuronal associada a hipertrofia e proliferação glial 2) presença nos tecidos (principalmente no sistema nervoso) de um tipo de proteína estruturalmente anormal resistente a proteases denominada prion (pronuncia-se príon)
  • 30.  Acometem animais e seres humanos  Transmissíveis  Material transmissor não é inativado por processos que inativam ácidos nucleicos  Podem ser hereditárias  (e, simultaneamente, transmissíveis)
  • 32. Encefalopatias espongiformes BSE (vaca) Kuru (humano) Scrapie (oveja) CJD (humano)
  • 34. Enfermedad Huésped Mecanismo Kuru Humano Canibalismo ritual iCJD Humano Yatrogénica vCJD Humano Priones bovinos (?) fCJD Humano Mutaciones germinales GSS Humano Mutaciones germinales FFI Humano Mutaciones somáticas sCJD Humano Mutaciones somáticas o conversión espontánea (?) FSI Humano Mutaciones somáticas o conversión espontánea (?) Scrapie Oveja Infección en ovejas genéticamente susceptibles BSE Vaca Infección con material contaminado TME Mink Infección de vacas u ovejas CWD ciervo, alce ? FSE Gatos Infección con carne contaminada
  • 35. Doenças humanas por prions Infecciosas/Iatrogenicas Transplante de córnea (CJD) Inoculação acidental de tecido cerebral(CJD) Hormônio de Crescimento (cadáver) canibalismo (Kuru) vCJD injestão de carne contaminada com BSE Genéticas Mutações no gene de Prion celular GSS, FFI, CJD Esporádicas caso completamente desconhecido 1:2,000,000
  • 36. Do intestino ao cérebro Translocação através do epitélio intestinal Mabbott & MacPherson, Nat. Ver. Microb. 4:201-211, 2006
  • 37. Neuroinvasão a partir do intestino Vagus nerve Splanchnic nerve Mabbott & MacPherson, Nat. Ver. Microb. 4:201-211, 2006
  • 38. Danos cerebrais originados pelas TSEs vacuole Source: UC Davis School of Veterinary
  • 39. Diferentes príons afetam diferentes partes do cérebro Cerebral cortex When the cerebral cortex is affected, the symptoms include loss of memory and mental acuity, and sometimes also visual imparement (CJD). Thalamus Damage to the thalamus may result in insomnia (FFI). Cerebellum Damage to the cerebellum results in problems to coordinate body movements and difficulties to walk (kuru, GSS). Brain stem In the mad cow disease (BSE), the brain stem is affected.
  • 40. TRANSMISSÃO EM HUMANOS      Transplante de membrana meníngea (dura-máter) infectada por príons, durante neurocirurgias Injeção de hormônios de crescimento derivados de glândulas pituitárias de cadáveres com Encefalopatias Espongiformes Ingestão de carne de boi ou ovelha infectados Utilização de materiais cirúrgicos contaminados durante neurocirurgias Mutação pontual no gene da proteína PrP (adquirida e herdada)
  • 41. 7. TRATAMENTO  Ainda não há tratamento recomendado para as doenças priônicas. Para as adquiridas, prevenção é essencial  Tem sido proposto o emprego de quinacrina, clorpromazina e flupirtina para a DCJ mas os efeitos são muito discretos e/ou duvidosos; ensaios clínicos em andamento
  • 42.  Maleato de Flupirtine    Analgésico não-opióide Efeito citoprotetor in vitro e in vivo sobre neurônios que foram induzidos à apoptose. Quinacrina + Clorpromazina na DCJ
  • 43. 8. Considerações finais Los priones son versiones patológicas de proteínas celulares normales. • Se comportan como agentes infecciosos (confieren contagiosidad) a pesar de no poseer ácidos nucléicos. • Su periodo de incubación es largo. • Causan muerte neuronal y disfunción tisular en SNC, de donde derivan las manifestaciones clínicas. • Invariablemente causan la muerte del huésped. •