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O SUBLIME CICLO. (A VIDA NO TEMPO E NO ESPAÇO).
O que passa mais ligeiro: o tempo ou a vida?
É certo que o tempo corre e com ele vai a vida.
E o que é o solto espaço, nesse passar de vida e tempo:
guardador de tempo e vida ou um vazio em movimento?
Não passa o espaço, também, como passam a vida e o tempo?
Ou o espaço é só um lugar em ágil trasmudamento?
Se a vida e tempo se vão, de modo fatal e fugaz,
é certo que tudo passa, deixando o nada p’ra trás.
Se tudo passa passando, também o sonho é levado.
P’ro tempo ou p’ro espaço? E nada fica guardado?
E qual dos dois é maior? Qual dos dois é mais potente?
É o espaço mágico e imenso ou o tempo indiferente?
Se a vida é um passar, sem pausa e sem descanso,
que disto resultará: um céu? Ou só desencanto?
E nós vivendo a vida, dela a pensar sermos donos,
a não vermos que o tempo a leva, deslumbrados ficamos.
E em delirantes desejos, sonhando sonhos nos sonhos,
negligentes ficamos, vivendo os instantes risonhos.
Mas nos espaços insondáveis, e nos infinitos tempos,
somos gotinhas de vida de miléssimos de momentos.
E esta gotinha que somos, nos mundos intermináveis,
em rotações como a terra, somos astros irretornáveis?
Somos astros e vagamos, pelos espaços e tempos,
e entre estrelas e brilhos, como gotículas vivemos.
E nesse tão sublime ciclo, entre brilhos e estrelas,
somos centelhas de brilhos, fugazes e passageiras.

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  • 1. O SUBLIME CICLO. (A VIDA NO TEMPO E NO ESPAÇO). O que passa mais ligeiro: o tempo ou a vida? É certo que o tempo corre e com ele vai a vida. E o que é o solto espaço, nesse passar de vida e tempo: guardador de tempo e vida ou um vazio em movimento? Não passa o espaço, também, como passam a vida e o tempo? Ou o espaço é só um lugar em ágil trasmudamento? Se a vida e tempo se vão, de modo fatal e fugaz, é certo que tudo passa, deixando o nada p’ra trás. Se tudo passa passando, também o sonho é levado. P’ro tempo ou p’ro espaço? E nada fica guardado? E qual dos dois é maior? Qual dos dois é mais potente? É o espaço mágico e imenso ou o tempo indiferente? Se a vida é um passar, sem pausa e sem descanso, que disto resultará: um céu? Ou só desencanto? E nós vivendo a vida, dela a pensar sermos donos, a não vermos que o tempo a leva, deslumbrados ficamos. E em delirantes desejos, sonhando sonhos nos sonhos, negligentes ficamos, vivendo os instantes risonhos. Mas nos espaços insondáveis, e nos infinitos tempos, somos gotinhas de vida de miléssimos de momentos. E esta gotinha que somos, nos mundos intermináveis, em rotações como a terra, somos astros irretornáveis? Somos astros e vagamos, pelos espaços e tempos, e entre estrelas e brilhos, como gotículas vivemos. E nesse tão sublime ciclo, entre brilhos e estrelas, somos centelhas de brilhos, fugazes e passageiras.