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CADERNOS AVANÇADOS DE
                          EGIPTOLOGIA ESOTÉRICA


              CADERNO I – INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DAS
                             ESCOLAS HAT-NÉTER

I – INTRODUÇÃO BÁSICA


  De todas as culturas tradicionais da antigüidade, o Egito foi a civilização que por mais
tempo preservou uma Simbologia Esotérica autêntica, acessível aos estudantes do
Conhecimento Iniciático Primordial.
  Desde as culturas neolíticas do Vale do Nilo, a simbologia esteve ligada às Práticas
Magistas Rituais e ao Desenvolvimento da Percepção Hiper-Sensorial das Energias
Invisíveis. Todos os Símbolos Hieráticos criados pelos sacerdotes Hemu-Neteru
descreviam as diversas formas de Percepção e Contrôle da HIKE (“O PODER”), que é a
Força Vital Cósmica da Natureza, a Energia Hiperfísica conhecida Modernamente como
BIOPLASMA AMBIENTAL ou ECOBIOPLASMA (TAMBÉM CONHECIDA COMO:
PRANA (SÂNSCRITO), MANA (POLINÉSIO), C’HI (CHINÊS), AITHER (GREGO), AOR
(HEBREU), NWYR (CÉLTICO), ETC...)
  A HIKE é uma energia sutil, invisível e intangível, existente em todos os Reinos
Ambientais da Natureza (MINERAL, VEGETAL E ANIMAL) e do Cosmo (ESPAÇO
SIDERAL LIVRE, PLANETAS, ESTRÊLAS, ETC...). Os textos esotéricos egípcios
descrevem que a HIKE penetra em todos os objetos materiais e dá origem aos KAS
(CORPOS BIOENERGÉTICOS) de todos os seres vivos.
  O objetivo principal dos Sacerdotes Hemu-Neteru sempre foi a captação, a
transmutação e aplicação prática das Energias HIKE em todas as áreas da atividade:
NOS RITOS REGILIOSOS, NAS ARTES, NA ARQUITETURA, NA MEDICINA E NA
ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA. Dentro da Cosmovisão Metafísica do Egito, não havia
separação entre as atividades materiais e as atividades espirituais: Tudo era sagrado,
tudo era divino, tudo eram apenas manifestações setoriais da grande MAAT Universal.
As Práticas Ritualisticas de Contrôle Paranormal da HIKE denominavam-se de HIKE-
NETERU (“O PODER DOS DEUSES), que constituíam uma ampla e integrativa Disciplina
Magista de Conhecimento, que abrangia ao mesmo tempo a Filosofia, a Arte, a Ciência e
a Religião Egípcia. Nos desenhos abaixo, mostramos alguns dos significados metafísicos
da palavra “HIKE-NETERU” na Linguagem Hioroglífica:




                         HIKE = A “FORÇA”, O “PODER” ⇒ Energia Universal, Cósmica e
                                                             todos os Reinos da Natureza.
                         NETERU = “DEUSES”                 ⇒ inteligências Energéticas de
                                                             Outras    Dimensões,  que
                                                             dirigem as Forças HIKE da
                                                             Natureza.


  A palavra Hike-Neteru possuía o significado de “Ciência Divina da Energia” referindo-se
à todos os conhecimentos hiperfísicos transmitidos pelo Neteru aos seus sacerdotes. A
Hike-Neteru abrangia as mesmas técnicas de estudo e controle da biopsico-energia
humana que o misticismo suppyya dos hititas, o Taoísmo da China Antiga, a Maha-Vidya
da Índia Védica e a Alta Magia Barutu da Suméria.

II – O ENSINO SACERDOTAL NAS ESCOLAS HAT-NÉTER


  Os Magos e Magas-Sacerdotisas aprendiam a Hije-Neteru desde a infância, quando
eram preparados nos KEP (“Casa das Crianças”) para tornarem-se Sensitivos e
Mediunizadores Naturais. Somente aos 15 anos de idade ingressavam nas HAT-NÉTER
(As “Casas dos Deuses” ou NETERHET), onde recebiam as primeiras iniciações do
Treinamento Hemu-Neteru.
  As HAT-NÉTER atuavam como verdadeiras Escolas Esotéricas Iniciáticas, onde os
Jovens Sacerdotes eram Admitidos em belíssimas cerimônias ritualísticas, recebendo os
títulos sagrados de Web (“Puro”) ou Webit (“Pura”), simbolizando a pureza corporal e
espiritual que os novos discípulos deviam manter dentro das “Casas dos Deuses”.
  O Treinamento Sacerdotal Hemu-Neteru baseavam-se num longo e rigoroso sistema
educacional, com ensinamentos sobre Filosofia Metafísica, Cosmologia, Meditação,
Magia Ritual, Arte, Ecologia e Medicina; e que duravam de 10 a 30 anos de
autodesenvolvimento intelectual, moral e místico-devocional.
  As HAT-NÉTER funcionavam como Comunidade Monásticas Autosubsistentes, como
templos, oficinas artesanais, bibliotecas e condomínios residenciais próprios, anexados à
vastas propriedades agrícolas para o plantio de Flores, Arvores Frutíferas, Legumes e
Cereais utilizados na alimentação dos Sacerdotes Web e seus Mestre-Instrutores. Nesse
sentido, as HAT-NÈTER possuíam o mesmo sistema de organização que os E-Gal
sumerianos, Os Ashrams indus e Os Ming-Tang chineses, visto todos possuírem o
mesmo Conhecimento Esotérico Primordial, Transcultural e Atemporal.
  As HAT-NÉTER mais antigas do Egito foram criadas pelas Irmandades Xamânicas de
Sacerdotisas da Grande Deusa-Mãe (Ísis-Neith-Nut) que protegia e propiciava a
fertilidade agrícola das terras banhadas pelo Rio Nilo. As Sacerdotisas da Deusa
realizavam – durante todo o Período Pré-Dinástico – belíssimos Festivais Mágicos
Coletivos de Fertilidade, com Cerimônias Agrícolas, Danças Celebrativas e Ritos Sexuais
Sagrados que visavam a harmonia energética das Populações com as forças elementais
do Nilo.
  Com o surgimento da Realiza Solar dos Faraós, as HAT-NÉTER passaram ao contrôle
dos Príncipes Tini Tas e Menfitas, que difundiram as Escolas por todas as regiões do Alto
e do Baixo Egito, implantando-as solidamente nas cidades-estados de Mênphis,
Heliópolis, Tebas, Hermópolis, Abidos e Edfu; além de expandirem e ampliarem as HAT-
NÉTER originais de Denderah (Tentyris), Kopos, Bubastis, Saís, Bouto e Nekheb.
  Durante a Evolução História das Dinastias Faraônicas, as HAT-NÉTER cresceram e
desenvolveram-se intensamente sob o patrocínio Real, expandindo seus territórios
agrícolas e construindo Templos de grande beleza e magestade arquitetônica. A partir do
Médio Império, as Escolas Sacerdotais foram se especializando na adoração de
determinados NETERU ou grupos combinátorios de 3, 7, 9 ou 12 Divindades, ou de
determinadas Ciências, Artes ou ramos setoriais do conhecimento sacerdotal. Muitas
vezes, durante as épocas de crises políticas, guerras e fases de imperialismo militar, as
HAT-NÉTER entraram em confronto direto com as classes militares egípcias, mas esse
confronto nunca chegou ao nível da violência contra os Sacerdotes nem à destruição dos
Templos e Propriedades das Escolas, que eram extremamente respeitadas e amadas
pela população egípcia.
As HAT-NÉTER só enfrentaram dificuldades verdadeiras a partir das Invasões Núbio-
Sudanesas (de 946 A.C. em diante), e principalmente, em 663 A.C., quando o Império
Assírio invadiu o Egito e destruiu implacavelmente os Templos sagrados de Tebas e
Mênphis, queimando suas bibliotecas, arrasando suas plantações e escravizando em
massas a classe sacerdotal. Os Hemu-Neteru e as Hemet-Néter sobreviventes fugiram
para os Centros Iniciáticos secretos existentes no Mediterrâneo (Grécia, Creta), Pérsia
(Écbatana, Bactriana) e Índia (Vale do Indo, Cachemira), onde preservaram diversos
manuscritos sagrados em segurança, até à época das Invasões Islâmicas (quando os
manuscritos seriam reunidos novamente na biblioteca sagrada de Al •Aziz, no Cairo).
Mesmo depois da destruição de suas principais bibliotecas e Templos sagrados, as HAT-
NÉTER continuaram a transmitir oral e secretamente os Ensinamentos Esotéricos durante
toda à Época Helenística e Romana, transformando a cidade de Alexandria na Nova
“Cidade Mística dos Deuses”. Em Alexandria, os sacerdotes Hemu-Neteru e as
sacerdotisas Hemet-Néter promoveram a fusão entre a milenar Mística Egípcia e a jovem
Filosofia Grego-Romana, fundaram novos Templos para a adoração dos NETERU (O
Serapeion e o Iseu) e planejaram a difusão dos Mistérios Iniciáticos da Grande Mãe Ísis
por todo o mundo helenístico.
  As HAT-NÉTER de Alexandria foram as responsáveis diretas pelos Santuários de Ísis
erigidos na Grécia (Atenas, Delos) e em Roma (Campo de Marte); além de serem as
inspiradoras da Literatura Greco-Egípcia do Corpus Hermeticum e outros textos
Hermetistas dos sec. II e III D.C. (baseados nas SB’YT – “Instruções de Sabedoria”,
utilizadas para a educação dos Web desde o Antigo Império).
  Com o início das violentas e fanáticas perseguições dos Cristãos Coptas à todos os
cultos pagãos em Alexandria, (que culminaram com a destruição da Grande Biblioteca do
Serapeion em 411 D.C.), as Escolas Esotéricas Egípcias transferiram novamente
centenas de manuscritos e textos sagrados para os Centros Iniciáticos da Pérsia e da
Ásia central, pois o Império Romano estava desmoronando diante das invasões bárbaras.
A Idade Antiga chegava ao seu melancólico fim e as trevas aproximavam-se rapidamente,
não apenas para o Egito, mas para toda a Cultura Mediterrânea ocidental.
III – AS ESCOLAS HAT-NÉTER NO EGITO MUÇULMANO


  Foi somente depois da invasão do Egito pelo General Árabe AMR-IBN-AL-ÃS, a partir
de 640 D.C., que as Escolas HAT-NÉTER puderam retornar à sua terra natal, trazendo de
volta centenas de textos sagrados e instrumentos mágicos cerimoniais que estavam
guardados na Pérsia, desde as invasões assírias de 663 A.C. Como o Islamismo era uma
religião extremamente tolerante em relação aos “Povos dos Livros”, as Escolas HAT-
NÉTER “converteram-se” a fé muçulmana e reconquistaram novamente a sua liberdade
de organização e ensino sacerdotal, sob o pagamento dos Impostos Djizya (individual) e
Kharadj (territorial) às autoridades muçulmanas de Fostãt.
  Apesar de “convertidos” oficialmente ao Islamismo, os Sacerdotes Hemu-Neteru e as
Sacerdotistas Hemet-Néter continuaram praticando em segredo os Rituais milenares de
adoração dos deuses Egípcios, sem serem reprimidos pelos invasores muçulmanos.
Logo, as Escolas HAT-NÉTER descobriram que dentro da Religião Islâmica também
existiam inúmeras Sociedades Secretas Árabes que praticavam Rituais Mágicos: As
Ordens Sufistas dos Dervixes e Os Cultos Djinnistas da Arábia do Sul. Entretanto em
contato e fazendo Alianças Políticas com as Ordens Secretas Árabes, as Escolas HAT-
NÉTER conseguiram implantar-se, novamente em todo o território egípcio e reativar os
seus Centros de geoenergia sagrada de Tebas, Mênphis, Heliópolis e Hermópolis, que
tinham sido profanados pelos cristãos Coptas Ortodoxos.
  Em conjunto com os Sufis Árabes, os sábios Hemu-Neteru promoveram a tradução dos
textos sagrados Am-Duat e Per-Em-Hru para a Língua Árabe, além dos principais textos
Gnósticos, Neo-platônicos e Hermetistas dos sec. I, II e III D.C.. Promoveram, também, a
produção de dezenas de textos metafísicos de altíssimo nível conhecidos como “OS
LIVROS SECRETOS DE EL-ZHAT”, que ensinavam diversas técnicas de transformação
da Energética Humana. Nestes textos, os Sufis e os Hemu-Neteru utilizaram pela primeira
vez uma linguagem simbólica para codificar profundos processos de alteração da
Bioenergia Corporal e da Mente Humana, como


     1 – EL-ZHAR ou EL-DHAT – A “Pedra Oculta”, A “Pedra Secreta” –
         (A Essência Espiritual Interna do Homem)
     2 – AMAL – “Trabalho”, “Obra” –
         (Os Processos de Transmutação da Consciência Humana)
3 – KIBRIT – “O Enxofre” –
         (A Energia Vital Corporal)
     4 – MILH – “O Sal” –
         (A Energias Emocionais Humanas)
     5 – ZIBAQ – “O Mercúrio” –
         (A Energia Mental Humana)


  Esses conceitos simbólicos eram na verdade a adaptação das Técnicas Meditativas de
HIKE-NETERU      para   a   cultura   e   a   Língua   Árabe,   que   foram   desenvolvidas
sistematicamente pelos Mestres Sufis JAFAR SADIQ, O VI IMÃ (700-765), JABAR IBN
EL-HAYYAN (721-790), O “ALQUIMISTA”, e principalmente, DHU’L-NUN AL-MISRT
(796-861), o Principal Unificador entre o Sufismo Árabe e o Esoterismo nativo do Egito
DHUL-NUN foi um dos maiores gênios metafísicos da Idade Média e o criador do conceito
de MARIFAT (Gnosis) dentro da Teologia Muçulmana.
  A difusão de manuscritos incompletos e de traduções imprecisas para o Latim e o
Hebraico dos Livros Secretos de EL-ZHAT e das obras de JABIR ocasionou grande
confusão nos Centros de estudos metafísicos da Europa Medieval. A simbologia utilizada
pelas Escolas Egípcias foi totalmente distorcida, levando muito filósofos a interpretarem
os termos KIBRIT, MULH e ZIBAQ, com elementos químicos materiais e o conceito de
AMAL como “Operações Químicas ou Metalúrgicas”. Pior do que isso, porém, foi a
interpretação errônea do conceito de AL-KHYMIA, que estratificou-se na imaginação
européia como “Ciência Mágica da Transmutação Metálica”.
  Na verdade, todos os símbolos e palavras técnicas divulgadas nos Livros Secretos de
EL-ZHAT eram apenas antiquíssimos conceitos da língua camítica nativa traduzidos para
o Árabe, como mostramos abaixo:


     1 - EI-ZHAT = EL-DHAT = DUAT –


  Tradução Árabe da palavra Camítica DUAT, denominação da região do Mundo
Espiritual situada no interior da Terra. Tecnicamente, referia-se às práticas de meditação
contidas no Livro AM-DUAT ou SHAT-AM-DUAT que levavam o Ser à Transcender os
Estados Parapsicológicos do pós-morte. Essas técnicas eram métodos de interiorização
mística para o contato com AMON-RÁ - a luz pura supracelestial do AMENTI.
2 – AMAL = AMEN-ALU = AMEN-AAHLU


     Tradução Árabe de 2 palavras compostas Camíticas:
     A - AMEN - 0 "Oculto"- Título sagrado do Deus AMON-RA.
     B - AAHLU - Os 2 primeiros níveis dos Universos suprafisicos celestiais do AMENTI.
  Essas 2 palavras formavam o conceito de Evolução ou Ascenção Espiritual Cíclica da
Consciência Humana através dos diversos níveis dimensionais do AAHLU, até atingir a
Mente Cósmica de AMON, o "Deus Oculto", a Luz Divina Universal.


     3 - KIBRIT - KAIBIT –


     Tradução Árabe da palavra Carmítica KAIBIT, que significava um dós níveis
Bioenergéticos Vitais do KA - o Corpo Bioplásmico Humano.
     A palavra cação da Energia Corporal dos sacerdotes, atravês de Jejuns especiais,
Massagens e Exercícios Ginásticos Sagrados.


     4 - MILH = MILN = MIN –


     Tradução Árabe da palavra MIN, nome da Divindade Neteru das Cidades de Koptos
e Akhmin. Referia-se às técnicas de Sensibilização das emoções e da Sexualidade,
praticadas pelas Escolas Esotéricas nos ritos de adoração à MIN, o Deus do prazer e da
alegria. Essas técnicas faziam parte da NEK-NÉTER, a Magia Sexual Egípcia, treinada
pelos casais nos festivais sagrados Mineanos e Hathorianos.


     5 - ZIBAQ = ZAB-AK = AB-AKHU –


     Tradução de outra palavra composta, formada por:
     A - AB - Energia do Coração.
     B - AKHU - Inteligência Espiritual, Mente Supraracional.
     É um termo técnico que refere-se às práticas Meditativas de ativação do Centro
Bioenergético do Coração, em harmonia com as Energias Mentais Superiores do Ser,
despertando sentimentos e pensamentos de alta vibração. É um dos níveis mais elevados
da Meditação ABSEKHEM Egípcia, praticada pelos sacerdotes em Retiros Monásticos.


     6 - AL-KHYMIA = KHEMI = TA-KEMET –


     Tradução Árabe da palavra TA-KEMET (a "Terra Negra"), nome nativo camítico do
Egito. Para os Sacerdotes HEMU-NETERU, essa palavra possuía inúmeros significados
Metafisicos e Teológicos.
     TA-KEMET referia-se, antes de tudo, à todas as Energias Ecológicas existentes no
fértil solo negro do Nilo (minerais, vegetais e animais) que eram estudadas por percepção
paranormal pelos sacerdotes. Referia-se também, à toda a Harmonia Energética existente
entre o Homem, a Natureza e o Rio Nilo, harmonia que só os agricultores egípcios que
viviam ali há milênios podiam compreender e preservar.
     TA-KEMET, portanto, era o profundo Amor e União Mística que o Homem egípcio
tinha por sua Terra, o Solo Sagrado dos Deuses, "A Pupila Negra" do Olho de AMON-RA,
o "Corpo ressucitado e imortal* de Osíris.
     Assim, devido à estas interpretações distorcidas das palavras-símbolo divulgadas
pelos Livros Secretos de EL-ZHAT, diversos filósofos e eruditos europeus começaram a
divulgar a notícia de que no Egito Muçulmano viviam magos fabulosos que faziam
experiências químicas com metais e podiam transformar chumbo ou ferro em ouro puro.
Em menos de 1 século, surgiu uma vasta literatura medieval versando sobre teorias e
práticas metalúrgicas de transmutação metálica (escritas tanto por místicos europeus
quanto por intelectuais árabes desatentos) amplamente comercializada pelos livreiros
venezianos e pelo famoso livreiro IBN SURAH do Cairo.
     As Escolas HAT-NÉTER do Egito, surpresas com a repercussão que a AL-KHYMIA
provocou no Mundo Ocidental, começaram a produzir Textos Alquímicos com mensagens
criptográficas, escritas (e distribuídas pela Biblioteca Esotérica de AL-AZIZ do Cairo)
propositadamente para os Círculos Intelectuais Espanhóis, Italianos e Franceses. Essa
Estratégia deu início à uma grande produção e troca de manuscritos alquímicos entre o
Egito e a Europa onde os sacerdotes HEMU-NETERU procuravam explicar os
verdadeiros significados energéticos do ENXOFRE, do SAL e do MERCÚRIO, e as
autênticas técnicas para a Transmutação do PLUMBUS no AURUM SPIRITUALIS interior.
Esses contatos foram intermediados pelas Escolas Sufistas AL-BANNA ( A “ORDEM DOS
DERVIXES CONSTRUTORES”) criada por DHUL-NUN ALMIRST; AHMADIA (criada pelo
mestre SUFI AHMAD-AL-BADAVI no séc. 13 d. c.) e SHARAVIA (criada pelo mestre
SHARANI – 1492 - 1565 que eram os Colégios Filosóficos “Externos" das Escolas
Esotéricas HAT-NÉTER do Cairo.
     Esse intercâmbio filosófico atingiu o seu clímax durante e após à Renascença
Italiana, com a publicação de grandes tratados de ALQUIMIA ESPIRITUAL escritos por
PARACELSUS, MARCILIO FICINO, CORNÉLIO AGRIPA, PICO DELLA MIRANDOLA,
JOHN DEE, FRANCISCO PATRIZI e GIORDANO BRUNO. Além disso, a tradução e a
impressão dos antigos textos Greco-egípcios dos sec. I e II (CORPUS HERMETICUM,
ASCLEPIUS, LIBER SACER HERMETIS e IÇORÉ KOSMOU) provocaram intenso debate
nos meios acadêmicos e Neoplatônicos europeus sobre a Metafisica e a Cultura da antiga
Civilização Egípcia. 0 Simbolismo Esotérico Egípcio influenciou profundamente os
símbolos originais do Rosacrucianismo, da Maçonaria Operativa e do Hermetismo Místico
Francês, sincretizados com antigos símbolos iniciáticos Druídicos e Odinistas das antigas
religiões pré-cristãs da Europa.
     Após esse clímax de entendimento e diálogo mútuo, as relações entre o Egito e a
Europa foram distanciando-se rapidamente, devido aos conflitos crescentes do Islamismo
com a igreja Católica e com o Imperialismo colonial francês e inglês na África do Norte.
Por outro lado, o surgimento das doutrinas filosóficas racionalistas e intelectualistas
européias (a Maçonaria Especulativa, o liuminismo Francês, etc ... ) colocaram uma
barreira ideológica muito forte entre os intuitivos Sacerdotes Egípcios e os Ocultistas
Pragmáticos do Ocidente.
     Apesar disso, diversos Centros de Estudos Metafisicos da Europa continuaram a
manter um intercâmbio filosófico e iniciático com as Escolas HAT-NÉTER do Cairo até os
dias atuais. Entre esses centros, os mais importantes são:
     I - As Lojas Francesas e Italianas da Maçonaria Egípcia fundada pelo Mestre
Giuseppe Balsamo, o Conde de Caglíostro;
     II - 0 Círculo Interno dos Iluminados da Baviera fundado pelo Mestre Adam
Weishaupt, o Rex Iliuminati Aeropagitus Supremmus, que sobreviveu à violentíssima
perseguição inquisitorial do governo Bávaro em 1785;
     III - 0 Círculo Interno da R.R.A.C. – Rosa Rubia et Aurea Crucis – fundado pelos
Mestres Mac Gregor Mathers, W.R. Woodman, A.F.A. Woodford e Winn Wescott, que
sobreviveu à dissolução da Golden Ddawn Inglesa no final do séc. 19;
IV - 0 Círculo Interno da Silver Star ("Estrela de Prata") fundada pelo Mestre
Supremo Aleister Crowley para o Renascimento da Religião Cósmica-Estelar de Hórus;
     V - A Fraternidade Hermética de Luxor, fundada pelos Sumo-Sacerdotes Hemu-Net
os iniciados Hermetistas para preservar a Tradição Hermética Alexandrina.
     Durante mais de 6.000 anos, as Escolas HAT-NÉTER concentraram os seus
ensinamentos iniciáticos no Território Egípcio e nas Regiões vizinhas do Mediterrâneo e
do Oriente Médio, tomando-se as "Centrais Energéticas" propulsoras do Desenvolvimento
Cultural e Espiritual dessas Civilizações Tradicionais.
     As Escolas HAT-NÉTER conseguiram manter a sua independência e o seu Ensino
Sacerdotal dentro da Religião Islâmica desde a chegada dos invasores árabes em 640
D.C., tomando-se os "Centros Invisíveis" de Dinamização Espiritual do Sufismo Sunita e
Fatímida do Cairo.
     A partir do início do século XX, porém, os Mestres HEMU-NETERU perceberam que
a Religião lslâmica Ortodoxa estava entrando numa fase de degeneração filosófica e
radicalismo    político,   criando   diversos   obstáculos   culturais   e   jurídicos   para   o
funcionamento normal das Escolas HAT-NÉTER.
  A partir da Segunda Guerra Mundial, principalmente, os líderes islâmicos; Ortodoxos do
Cairo começaram a proibir as reuniões das Ordens Sufis; AL-BANNA e AHMADIA e
inviabilizar a realização dos rituais iniciáticos NETERU; classificando-os como "Heresias"
e “Blasfêmias" ao Monoteísmo revelado do ALCORÃO. 0 lslãm, que por mais de 13
séculos protegera o misticismo nativo do Egito, agora tornava-se a sua prisão e o seu
Tribunal Inquisitorial.
     Devido a isso, o Supremo Conselho Iniciático (0 UNUYT MYBT) de todas as HAT-
NÉTER do Egito decidiu transferir a organização e o ensinamento tradicional das Escolas
para as grandes cidades do Ocidente, onde havia um Sistema Democrático de Liberdade
Religiosa e Tolerância Filosófica diante do Esoterismo Antigo.
     Assim, a partir de 1945 diversos mestres egípcios viajaram para os E.U.A., as
Américas e a Europa levando consigo documentos, manuais iniciáticos, textos sagrados e
objetos mágicos cerimoniais para fundação das primeiras comunidades sacerdotais
HEMU-NETERU fora do Egito nos últimos 1.000 anos (as últimas haviam sido fundadas
na Espanha Sarracena e em Bagdad, no auge cultural do Império Árabe Muçulmano).
     Os primeiros núcleos de sacerdotes estabeleceram-se nas grandes cidades
européias (Londres, Lisboa, Madrid, Paris, Bonn) e norte-americanas (São Francisco, Los
Angeles, Nova York, Chicago, Miami), atuando como comerciantes de arte egípcia,
Tradutores de Hieróglifos, professores de língua árabe e Mestres Espirituais de Misticismo
Sufi.
        Aos poucos, os Mestres HEMU-NETERU foram adaptando para a Cultura Ocidental
o antiquíssimo sistema de educação oral mestre-discipulo utilizado nas HAT-NETER
Tradicionais do Cairo e de Alexandria.
        Os primeiros Mestres HEMU-NETERU da América do Sul chegaram ao Brasil em
1958, estabelecendo-se entre as Colônias Árabes Muçulmanas de São Paulo e do Rio de
Janeiro.
        Desde a sua chegada, os Mestres perceberam extra-sensorialmente que o Brasil
seda a principal nação destinada a restaurar as "Cidades Sagradas dos Deuses" devido
ao seu vasto território (ainda virgem e inexplorado) e à sua grande miscigenação
étnico-religiosa.
        Brasília, nova capital do país, foi desde a sua fundação profundamente influenciada
pelos Mestres Sufis da Ordem AL-BANNA (Os Dervixes Construtores), que inspiraram as
concepções dos arquitetos, engenheiros e Urbanistas Brasileiros.
        A Arquitetura de Brasília é, sem dúvida, baseada em Idéias Estéticas nitidamente
Egípcias, ou mais especificamente, "Atoníarias” (inspiradas pela arquitetura sagrada da
cidade de Akhetaton, atual Tell-Amama).
        Depois   de   30   anos   de   adaptação   no   Território   Brasileiro,   os   Mestres
HEMU-NETERU planejaram a Criação das Comunidades MAAT, concebidas para serem
Grandes Comunidades Ecológicas Rurais onde o Sistema Educacional Iniciático das
HAT-NÉTER possa ser restaurado em sua pureza original.
        Nessas Universidades Místicas, os Mestres HEMU-NETERU irão inclusive restaurar
a antiga ciência arquitetônica egípcia, baseada na captação das energias HIKE
ambientais e das HIKE-PER-MER ("Energias Piramidais das Formas”).
        Previstas para serem construídas nos grandes polos ecológicos do Brasil, as
Comunidades MAAT deverão ser autênticas Universidades Monásticas Sagradas, onde
Homens e Mulheres possam dedicarem-se (em tempo integral) às técnicas meditativas
egípcias, à arte e à medicina energética Sunu, plantando e cultivando o próprio alimento e
vivendo comunitariamente em harmonia com a natureza (“Nos braços da Grande-Mãe
Isis").
Leonardo de Albuquerque
                      Artista Plástico e Pesquisador
                 das Tradições Xamânicas Neo-Pagãs.


                      A∴ A∴ ASTRUM AURUM –
                  ORDO THEOKOSMICAE MYSTICAE
                            UNIVERSALLIS


                    Ate.ier Leonardo de Albuquerque
Av. Independencia 448 – Bairro Independência – Porto Alegre – RS – Brasil
 Sede Campestre: R Luís Otávio 311 – Belém Velho – Rincão – Poa – RS

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História das Escolas Esotéricas Egípcias HAT-NÉTER

  • 1. CADERNOS AVANÇADOS DE EGIPTOLOGIA ESOTÉRICA CADERNO I – INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DAS ESCOLAS HAT-NÉTER I – INTRODUÇÃO BÁSICA De todas as culturas tradicionais da antigüidade, o Egito foi a civilização que por mais tempo preservou uma Simbologia Esotérica autêntica, acessível aos estudantes do Conhecimento Iniciático Primordial. Desde as culturas neolíticas do Vale do Nilo, a simbologia esteve ligada às Práticas Magistas Rituais e ao Desenvolvimento da Percepção Hiper-Sensorial das Energias Invisíveis. Todos os Símbolos Hieráticos criados pelos sacerdotes Hemu-Neteru descreviam as diversas formas de Percepção e Contrôle da HIKE (“O PODER”), que é a Força Vital Cósmica da Natureza, a Energia Hiperfísica conhecida Modernamente como BIOPLASMA AMBIENTAL ou ECOBIOPLASMA (TAMBÉM CONHECIDA COMO: PRANA (SÂNSCRITO), MANA (POLINÉSIO), C’HI (CHINÊS), AITHER (GREGO), AOR (HEBREU), NWYR (CÉLTICO), ETC...) A HIKE é uma energia sutil, invisível e intangível, existente em todos os Reinos Ambientais da Natureza (MINERAL, VEGETAL E ANIMAL) e do Cosmo (ESPAÇO SIDERAL LIVRE, PLANETAS, ESTRÊLAS, ETC...). Os textos esotéricos egípcios descrevem que a HIKE penetra em todos os objetos materiais e dá origem aos KAS (CORPOS BIOENERGÉTICOS) de todos os seres vivos. O objetivo principal dos Sacerdotes Hemu-Neteru sempre foi a captação, a transmutação e aplicação prática das Energias HIKE em todas as áreas da atividade: NOS RITOS REGILIOSOS, NAS ARTES, NA ARQUITETURA, NA MEDICINA E NA ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA. Dentro da Cosmovisão Metafísica do Egito, não havia separação entre as atividades materiais e as atividades espirituais: Tudo era sagrado, tudo era divino, tudo eram apenas manifestações setoriais da grande MAAT Universal.
  • 2. As Práticas Ritualisticas de Contrôle Paranormal da HIKE denominavam-se de HIKE- NETERU (“O PODER DOS DEUSES), que constituíam uma ampla e integrativa Disciplina Magista de Conhecimento, que abrangia ao mesmo tempo a Filosofia, a Arte, a Ciência e a Religião Egípcia. Nos desenhos abaixo, mostramos alguns dos significados metafísicos da palavra “HIKE-NETERU” na Linguagem Hioroglífica: HIKE = A “FORÇA”, O “PODER” ⇒ Energia Universal, Cósmica e todos os Reinos da Natureza. NETERU = “DEUSES” ⇒ inteligências Energéticas de Outras Dimensões, que dirigem as Forças HIKE da Natureza. A palavra Hike-Neteru possuía o significado de “Ciência Divina da Energia” referindo-se à todos os conhecimentos hiperfísicos transmitidos pelo Neteru aos seus sacerdotes. A Hike-Neteru abrangia as mesmas técnicas de estudo e controle da biopsico-energia humana que o misticismo suppyya dos hititas, o Taoísmo da China Antiga, a Maha-Vidya da Índia Védica e a Alta Magia Barutu da Suméria. II – O ENSINO SACERDOTAL NAS ESCOLAS HAT-NÉTER Os Magos e Magas-Sacerdotisas aprendiam a Hije-Neteru desde a infância, quando eram preparados nos KEP (“Casa das Crianças”) para tornarem-se Sensitivos e Mediunizadores Naturais. Somente aos 15 anos de idade ingressavam nas HAT-NÉTER (As “Casas dos Deuses” ou NETERHET), onde recebiam as primeiras iniciações do Treinamento Hemu-Neteru. As HAT-NÉTER atuavam como verdadeiras Escolas Esotéricas Iniciáticas, onde os Jovens Sacerdotes eram Admitidos em belíssimas cerimônias ritualísticas, recebendo os títulos sagrados de Web (“Puro”) ou Webit (“Pura”), simbolizando a pureza corporal e espiritual que os novos discípulos deviam manter dentro das “Casas dos Deuses”. O Treinamento Sacerdotal Hemu-Neteru baseavam-se num longo e rigoroso sistema educacional, com ensinamentos sobre Filosofia Metafísica, Cosmologia, Meditação,
  • 3. Magia Ritual, Arte, Ecologia e Medicina; e que duravam de 10 a 30 anos de autodesenvolvimento intelectual, moral e místico-devocional. As HAT-NÉTER funcionavam como Comunidade Monásticas Autosubsistentes, como templos, oficinas artesanais, bibliotecas e condomínios residenciais próprios, anexados à vastas propriedades agrícolas para o plantio de Flores, Arvores Frutíferas, Legumes e Cereais utilizados na alimentação dos Sacerdotes Web e seus Mestre-Instrutores. Nesse sentido, as HAT-NÈTER possuíam o mesmo sistema de organização que os E-Gal sumerianos, Os Ashrams indus e Os Ming-Tang chineses, visto todos possuírem o mesmo Conhecimento Esotérico Primordial, Transcultural e Atemporal. As HAT-NÉTER mais antigas do Egito foram criadas pelas Irmandades Xamânicas de Sacerdotisas da Grande Deusa-Mãe (Ísis-Neith-Nut) que protegia e propiciava a fertilidade agrícola das terras banhadas pelo Rio Nilo. As Sacerdotisas da Deusa realizavam – durante todo o Período Pré-Dinástico – belíssimos Festivais Mágicos Coletivos de Fertilidade, com Cerimônias Agrícolas, Danças Celebrativas e Ritos Sexuais Sagrados que visavam a harmonia energética das Populações com as forças elementais do Nilo. Com o surgimento da Realiza Solar dos Faraós, as HAT-NÉTER passaram ao contrôle dos Príncipes Tini Tas e Menfitas, que difundiram as Escolas por todas as regiões do Alto e do Baixo Egito, implantando-as solidamente nas cidades-estados de Mênphis, Heliópolis, Tebas, Hermópolis, Abidos e Edfu; além de expandirem e ampliarem as HAT- NÉTER originais de Denderah (Tentyris), Kopos, Bubastis, Saís, Bouto e Nekheb. Durante a Evolução História das Dinastias Faraônicas, as HAT-NÉTER cresceram e desenvolveram-se intensamente sob o patrocínio Real, expandindo seus territórios agrícolas e construindo Templos de grande beleza e magestade arquitetônica. A partir do Médio Império, as Escolas Sacerdotais foram se especializando na adoração de determinados NETERU ou grupos combinátorios de 3, 7, 9 ou 12 Divindades, ou de determinadas Ciências, Artes ou ramos setoriais do conhecimento sacerdotal. Muitas vezes, durante as épocas de crises políticas, guerras e fases de imperialismo militar, as HAT-NÉTER entraram em confronto direto com as classes militares egípcias, mas esse confronto nunca chegou ao nível da violência contra os Sacerdotes nem à destruição dos Templos e Propriedades das Escolas, que eram extremamente respeitadas e amadas pela população egípcia.
  • 4. As HAT-NÉTER só enfrentaram dificuldades verdadeiras a partir das Invasões Núbio- Sudanesas (de 946 A.C. em diante), e principalmente, em 663 A.C., quando o Império Assírio invadiu o Egito e destruiu implacavelmente os Templos sagrados de Tebas e Mênphis, queimando suas bibliotecas, arrasando suas plantações e escravizando em massas a classe sacerdotal. Os Hemu-Neteru e as Hemet-Néter sobreviventes fugiram para os Centros Iniciáticos secretos existentes no Mediterrâneo (Grécia, Creta), Pérsia (Écbatana, Bactriana) e Índia (Vale do Indo, Cachemira), onde preservaram diversos manuscritos sagrados em segurança, até à época das Invasões Islâmicas (quando os manuscritos seriam reunidos novamente na biblioteca sagrada de Al •Aziz, no Cairo). Mesmo depois da destruição de suas principais bibliotecas e Templos sagrados, as HAT- NÉTER continuaram a transmitir oral e secretamente os Ensinamentos Esotéricos durante toda à Época Helenística e Romana, transformando a cidade de Alexandria na Nova “Cidade Mística dos Deuses”. Em Alexandria, os sacerdotes Hemu-Neteru e as sacerdotisas Hemet-Néter promoveram a fusão entre a milenar Mística Egípcia e a jovem Filosofia Grego-Romana, fundaram novos Templos para a adoração dos NETERU (O Serapeion e o Iseu) e planejaram a difusão dos Mistérios Iniciáticos da Grande Mãe Ísis por todo o mundo helenístico. As HAT-NÉTER de Alexandria foram as responsáveis diretas pelos Santuários de Ísis erigidos na Grécia (Atenas, Delos) e em Roma (Campo de Marte); além de serem as inspiradoras da Literatura Greco-Egípcia do Corpus Hermeticum e outros textos Hermetistas dos sec. II e III D.C. (baseados nas SB’YT – “Instruções de Sabedoria”, utilizadas para a educação dos Web desde o Antigo Império). Com o início das violentas e fanáticas perseguições dos Cristãos Coptas à todos os cultos pagãos em Alexandria, (que culminaram com a destruição da Grande Biblioteca do Serapeion em 411 D.C.), as Escolas Esotéricas Egípcias transferiram novamente centenas de manuscritos e textos sagrados para os Centros Iniciáticos da Pérsia e da Ásia central, pois o Império Romano estava desmoronando diante das invasões bárbaras. A Idade Antiga chegava ao seu melancólico fim e as trevas aproximavam-se rapidamente, não apenas para o Egito, mas para toda a Cultura Mediterrânea ocidental.
  • 5. III – AS ESCOLAS HAT-NÉTER NO EGITO MUÇULMANO Foi somente depois da invasão do Egito pelo General Árabe AMR-IBN-AL-ÃS, a partir de 640 D.C., que as Escolas HAT-NÉTER puderam retornar à sua terra natal, trazendo de volta centenas de textos sagrados e instrumentos mágicos cerimoniais que estavam guardados na Pérsia, desde as invasões assírias de 663 A.C. Como o Islamismo era uma religião extremamente tolerante em relação aos “Povos dos Livros”, as Escolas HAT- NÉTER “converteram-se” a fé muçulmana e reconquistaram novamente a sua liberdade de organização e ensino sacerdotal, sob o pagamento dos Impostos Djizya (individual) e Kharadj (territorial) às autoridades muçulmanas de Fostãt. Apesar de “convertidos” oficialmente ao Islamismo, os Sacerdotes Hemu-Neteru e as Sacerdotistas Hemet-Néter continuaram praticando em segredo os Rituais milenares de adoração dos deuses Egípcios, sem serem reprimidos pelos invasores muçulmanos. Logo, as Escolas HAT-NÉTER descobriram que dentro da Religião Islâmica também existiam inúmeras Sociedades Secretas Árabes que praticavam Rituais Mágicos: As Ordens Sufistas dos Dervixes e Os Cultos Djinnistas da Arábia do Sul. Entretanto em contato e fazendo Alianças Políticas com as Ordens Secretas Árabes, as Escolas HAT- NÉTER conseguiram implantar-se, novamente em todo o território egípcio e reativar os seus Centros de geoenergia sagrada de Tebas, Mênphis, Heliópolis e Hermópolis, que tinham sido profanados pelos cristãos Coptas Ortodoxos. Em conjunto com os Sufis Árabes, os sábios Hemu-Neteru promoveram a tradução dos textos sagrados Am-Duat e Per-Em-Hru para a Língua Árabe, além dos principais textos Gnósticos, Neo-platônicos e Hermetistas dos sec. I, II e III D.C.. Promoveram, também, a produção de dezenas de textos metafísicos de altíssimo nível conhecidos como “OS LIVROS SECRETOS DE EL-ZHAT”, que ensinavam diversas técnicas de transformação da Energética Humana. Nestes textos, os Sufis e os Hemu-Neteru utilizaram pela primeira vez uma linguagem simbólica para codificar profundos processos de alteração da Bioenergia Corporal e da Mente Humana, como 1 – EL-ZHAR ou EL-DHAT – A “Pedra Oculta”, A “Pedra Secreta” – (A Essência Espiritual Interna do Homem) 2 – AMAL – “Trabalho”, “Obra” – (Os Processos de Transmutação da Consciência Humana)
  • 6. 3 – KIBRIT – “O Enxofre” – (A Energia Vital Corporal) 4 – MILH – “O Sal” – (A Energias Emocionais Humanas) 5 – ZIBAQ – “O Mercúrio” – (A Energia Mental Humana) Esses conceitos simbólicos eram na verdade a adaptação das Técnicas Meditativas de HIKE-NETERU para a cultura e a Língua Árabe, que foram desenvolvidas sistematicamente pelos Mestres Sufis JAFAR SADIQ, O VI IMÃ (700-765), JABAR IBN EL-HAYYAN (721-790), O “ALQUIMISTA”, e principalmente, DHU’L-NUN AL-MISRT (796-861), o Principal Unificador entre o Sufismo Árabe e o Esoterismo nativo do Egito DHUL-NUN foi um dos maiores gênios metafísicos da Idade Média e o criador do conceito de MARIFAT (Gnosis) dentro da Teologia Muçulmana. A difusão de manuscritos incompletos e de traduções imprecisas para o Latim e o Hebraico dos Livros Secretos de EL-ZHAT e das obras de JABIR ocasionou grande confusão nos Centros de estudos metafísicos da Europa Medieval. A simbologia utilizada pelas Escolas Egípcias foi totalmente distorcida, levando muito filósofos a interpretarem os termos KIBRIT, MULH e ZIBAQ, com elementos químicos materiais e o conceito de AMAL como “Operações Químicas ou Metalúrgicas”. Pior do que isso, porém, foi a interpretação errônea do conceito de AL-KHYMIA, que estratificou-se na imaginação européia como “Ciência Mágica da Transmutação Metálica”. Na verdade, todos os símbolos e palavras técnicas divulgadas nos Livros Secretos de EL-ZHAT eram apenas antiquíssimos conceitos da língua camítica nativa traduzidos para o Árabe, como mostramos abaixo: 1 - EI-ZHAT = EL-DHAT = DUAT – Tradução Árabe da palavra Camítica DUAT, denominação da região do Mundo Espiritual situada no interior da Terra. Tecnicamente, referia-se às práticas de meditação contidas no Livro AM-DUAT ou SHAT-AM-DUAT que levavam o Ser à Transcender os Estados Parapsicológicos do pós-morte. Essas técnicas eram métodos de interiorização mística para o contato com AMON-RÁ - a luz pura supracelestial do AMENTI.
  • 7. 2 – AMAL = AMEN-ALU = AMEN-AAHLU Tradução Árabe de 2 palavras compostas Camíticas: A - AMEN - 0 "Oculto"- Título sagrado do Deus AMON-RA. B - AAHLU - Os 2 primeiros níveis dos Universos suprafisicos celestiais do AMENTI. Essas 2 palavras formavam o conceito de Evolução ou Ascenção Espiritual Cíclica da Consciência Humana através dos diversos níveis dimensionais do AAHLU, até atingir a Mente Cósmica de AMON, o "Deus Oculto", a Luz Divina Universal. 3 - KIBRIT - KAIBIT – Tradução Árabe da palavra Carmítica KAIBIT, que significava um dós níveis Bioenergéticos Vitais do KA - o Corpo Bioplásmico Humano. A palavra cação da Energia Corporal dos sacerdotes, atravês de Jejuns especiais, Massagens e Exercícios Ginásticos Sagrados. 4 - MILH = MILN = MIN – Tradução Árabe da palavra MIN, nome da Divindade Neteru das Cidades de Koptos e Akhmin. Referia-se às técnicas de Sensibilização das emoções e da Sexualidade, praticadas pelas Escolas Esotéricas nos ritos de adoração à MIN, o Deus do prazer e da alegria. Essas técnicas faziam parte da NEK-NÉTER, a Magia Sexual Egípcia, treinada pelos casais nos festivais sagrados Mineanos e Hathorianos. 5 - ZIBAQ = ZAB-AK = AB-AKHU – Tradução de outra palavra composta, formada por: A - AB - Energia do Coração. B - AKHU - Inteligência Espiritual, Mente Supraracional. É um termo técnico que refere-se às práticas Meditativas de ativação do Centro Bioenergético do Coração, em harmonia com as Energias Mentais Superiores do Ser,
  • 8. despertando sentimentos e pensamentos de alta vibração. É um dos níveis mais elevados da Meditação ABSEKHEM Egípcia, praticada pelos sacerdotes em Retiros Monásticos. 6 - AL-KHYMIA = KHEMI = TA-KEMET – Tradução Árabe da palavra TA-KEMET (a "Terra Negra"), nome nativo camítico do Egito. Para os Sacerdotes HEMU-NETERU, essa palavra possuía inúmeros significados Metafisicos e Teológicos. TA-KEMET referia-se, antes de tudo, à todas as Energias Ecológicas existentes no fértil solo negro do Nilo (minerais, vegetais e animais) que eram estudadas por percepção paranormal pelos sacerdotes. Referia-se também, à toda a Harmonia Energética existente entre o Homem, a Natureza e o Rio Nilo, harmonia que só os agricultores egípcios que viviam ali há milênios podiam compreender e preservar. TA-KEMET, portanto, era o profundo Amor e União Mística que o Homem egípcio tinha por sua Terra, o Solo Sagrado dos Deuses, "A Pupila Negra" do Olho de AMON-RA, o "Corpo ressucitado e imortal* de Osíris. Assim, devido à estas interpretações distorcidas das palavras-símbolo divulgadas pelos Livros Secretos de EL-ZHAT, diversos filósofos e eruditos europeus começaram a divulgar a notícia de que no Egito Muçulmano viviam magos fabulosos que faziam experiências químicas com metais e podiam transformar chumbo ou ferro em ouro puro. Em menos de 1 século, surgiu uma vasta literatura medieval versando sobre teorias e práticas metalúrgicas de transmutação metálica (escritas tanto por místicos europeus quanto por intelectuais árabes desatentos) amplamente comercializada pelos livreiros venezianos e pelo famoso livreiro IBN SURAH do Cairo. As Escolas HAT-NÉTER do Egito, surpresas com a repercussão que a AL-KHYMIA provocou no Mundo Ocidental, começaram a produzir Textos Alquímicos com mensagens criptográficas, escritas (e distribuídas pela Biblioteca Esotérica de AL-AZIZ do Cairo) propositadamente para os Círculos Intelectuais Espanhóis, Italianos e Franceses. Essa Estratégia deu início à uma grande produção e troca de manuscritos alquímicos entre o Egito e a Europa onde os sacerdotes HEMU-NETERU procuravam explicar os verdadeiros significados energéticos do ENXOFRE, do SAL e do MERCÚRIO, e as autênticas técnicas para a Transmutação do PLUMBUS no AURUM SPIRITUALIS interior. Esses contatos foram intermediados pelas Escolas Sufistas AL-BANNA ( A “ORDEM DOS
  • 9. DERVIXES CONSTRUTORES”) criada por DHUL-NUN ALMIRST; AHMADIA (criada pelo mestre SUFI AHMAD-AL-BADAVI no séc. 13 d. c.) e SHARAVIA (criada pelo mestre SHARANI – 1492 - 1565 que eram os Colégios Filosóficos “Externos" das Escolas Esotéricas HAT-NÉTER do Cairo. Esse intercâmbio filosófico atingiu o seu clímax durante e após à Renascença Italiana, com a publicação de grandes tratados de ALQUIMIA ESPIRITUAL escritos por PARACELSUS, MARCILIO FICINO, CORNÉLIO AGRIPA, PICO DELLA MIRANDOLA, JOHN DEE, FRANCISCO PATRIZI e GIORDANO BRUNO. Além disso, a tradução e a impressão dos antigos textos Greco-egípcios dos sec. I e II (CORPUS HERMETICUM, ASCLEPIUS, LIBER SACER HERMETIS e IÇORÉ KOSMOU) provocaram intenso debate nos meios acadêmicos e Neoplatônicos europeus sobre a Metafisica e a Cultura da antiga Civilização Egípcia. 0 Simbolismo Esotérico Egípcio influenciou profundamente os símbolos originais do Rosacrucianismo, da Maçonaria Operativa e do Hermetismo Místico Francês, sincretizados com antigos símbolos iniciáticos Druídicos e Odinistas das antigas religiões pré-cristãs da Europa. Após esse clímax de entendimento e diálogo mútuo, as relações entre o Egito e a Europa foram distanciando-se rapidamente, devido aos conflitos crescentes do Islamismo com a igreja Católica e com o Imperialismo colonial francês e inglês na África do Norte. Por outro lado, o surgimento das doutrinas filosóficas racionalistas e intelectualistas européias (a Maçonaria Especulativa, o liuminismo Francês, etc ... ) colocaram uma barreira ideológica muito forte entre os intuitivos Sacerdotes Egípcios e os Ocultistas Pragmáticos do Ocidente. Apesar disso, diversos Centros de Estudos Metafisicos da Europa continuaram a manter um intercâmbio filosófico e iniciático com as Escolas HAT-NÉTER do Cairo até os dias atuais. Entre esses centros, os mais importantes são: I - As Lojas Francesas e Italianas da Maçonaria Egípcia fundada pelo Mestre Giuseppe Balsamo, o Conde de Caglíostro; II - 0 Círculo Interno dos Iluminados da Baviera fundado pelo Mestre Adam Weishaupt, o Rex Iliuminati Aeropagitus Supremmus, que sobreviveu à violentíssima perseguição inquisitorial do governo Bávaro em 1785; III - 0 Círculo Interno da R.R.A.C. – Rosa Rubia et Aurea Crucis – fundado pelos Mestres Mac Gregor Mathers, W.R. Woodman, A.F.A. Woodford e Winn Wescott, que sobreviveu à dissolução da Golden Ddawn Inglesa no final do séc. 19;
  • 10. IV - 0 Círculo Interno da Silver Star ("Estrela de Prata") fundada pelo Mestre Supremo Aleister Crowley para o Renascimento da Religião Cósmica-Estelar de Hórus; V - A Fraternidade Hermética de Luxor, fundada pelos Sumo-Sacerdotes Hemu-Net os iniciados Hermetistas para preservar a Tradição Hermética Alexandrina. Durante mais de 6.000 anos, as Escolas HAT-NÉTER concentraram os seus ensinamentos iniciáticos no Território Egípcio e nas Regiões vizinhas do Mediterrâneo e do Oriente Médio, tomando-se as "Centrais Energéticas" propulsoras do Desenvolvimento Cultural e Espiritual dessas Civilizações Tradicionais. As Escolas HAT-NÉTER conseguiram manter a sua independência e o seu Ensino Sacerdotal dentro da Religião Islâmica desde a chegada dos invasores árabes em 640 D.C., tomando-se os "Centros Invisíveis" de Dinamização Espiritual do Sufismo Sunita e Fatímida do Cairo. A partir do início do século XX, porém, os Mestres HEMU-NETERU perceberam que a Religião lslâmica Ortodoxa estava entrando numa fase de degeneração filosófica e radicalismo político, criando diversos obstáculos culturais e jurídicos para o funcionamento normal das Escolas HAT-NÉTER. A partir da Segunda Guerra Mundial, principalmente, os líderes islâmicos; Ortodoxos do Cairo começaram a proibir as reuniões das Ordens Sufis; AL-BANNA e AHMADIA e inviabilizar a realização dos rituais iniciáticos NETERU; classificando-os como "Heresias" e “Blasfêmias" ao Monoteísmo revelado do ALCORÃO. 0 lslãm, que por mais de 13 séculos protegera o misticismo nativo do Egito, agora tornava-se a sua prisão e o seu Tribunal Inquisitorial. Devido a isso, o Supremo Conselho Iniciático (0 UNUYT MYBT) de todas as HAT- NÉTER do Egito decidiu transferir a organização e o ensinamento tradicional das Escolas para as grandes cidades do Ocidente, onde havia um Sistema Democrático de Liberdade Religiosa e Tolerância Filosófica diante do Esoterismo Antigo. Assim, a partir de 1945 diversos mestres egípcios viajaram para os E.U.A., as Américas e a Europa levando consigo documentos, manuais iniciáticos, textos sagrados e objetos mágicos cerimoniais para fundação das primeiras comunidades sacerdotais HEMU-NETERU fora do Egito nos últimos 1.000 anos (as últimas haviam sido fundadas na Espanha Sarracena e em Bagdad, no auge cultural do Império Árabe Muçulmano). Os primeiros núcleos de sacerdotes estabeleceram-se nas grandes cidades européias (Londres, Lisboa, Madrid, Paris, Bonn) e norte-americanas (São Francisco, Los
  • 11. Angeles, Nova York, Chicago, Miami), atuando como comerciantes de arte egípcia, Tradutores de Hieróglifos, professores de língua árabe e Mestres Espirituais de Misticismo Sufi. Aos poucos, os Mestres HEMU-NETERU foram adaptando para a Cultura Ocidental o antiquíssimo sistema de educação oral mestre-discipulo utilizado nas HAT-NETER Tradicionais do Cairo e de Alexandria. Os primeiros Mestres HEMU-NETERU da América do Sul chegaram ao Brasil em 1958, estabelecendo-se entre as Colônias Árabes Muçulmanas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Desde a sua chegada, os Mestres perceberam extra-sensorialmente que o Brasil seda a principal nação destinada a restaurar as "Cidades Sagradas dos Deuses" devido ao seu vasto território (ainda virgem e inexplorado) e à sua grande miscigenação étnico-religiosa. Brasília, nova capital do país, foi desde a sua fundação profundamente influenciada pelos Mestres Sufis da Ordem AL-BANNA (Os Dervixes Construtores), que inspiraram as concepções dos arquitetos, engenheiros e Urbanistas Brasileiros. A Arquitetura de Brasília é, sem dúvida, baseada em Idéias Estéticas nitidamente Egípcias, ou mais especificamente, "Atoníarias” (inspiradas pela arquitetura sagrada da cidade de Akhetaton, atual Tell-Amama). Depois de 30 anos de adaptação no Território Brasileiro, os Mestres HEMU-NETERU planejaram a Criação das Comunidades MAAT, concebidas para serem Grandes Comunidades Ecológicas Rurais onde o Sistema Educacional Iniciático das HAT-NÉTER possa ser restaurado em sua pureza original. Nessas Universidades Místicas, os Mestres HEMU-NETERU irão inclusive restaurar a antiga ciência arquitetônica egípcia, baseada na captação das energias HIKE ambientais e das HIKE-PER-MER ("Energias Piramidais das Formas”). Previstas para serem construídas nos grandes polos ecológicos do Brasil, as Comunidades MAAT deverão ser autênticas Universidades Monásticas Sagradas, onde Homens e Mulheres possam dedicarem-se (em tempo integral) às técnicas meditativas egípcias, à arte e à medicina energética Sunu, plantando e cultivando o próprio alimento e vivendo comunitariamente em harmonia com a natureza (“Nos braços da Grande-Mãe Isis").
  • 12. Leonardo de Albuquerque Artista Plástico e Pesquisador das Tradições Xamânicas Neo-Pagãs. A∴ A∴ ASTRUM AURUM – ORDO THEOKOSMICAE MYSTICAE UNIVERSALLIS Ate.ier Leonardo de Albuquerque Av. Independencia 448 – Bairro Independência – Porto Alegre – RS – Brasil Sede Campestre: R Luís Otávio 311 – Belém Velho – Rincão – Poa – RS