Duas mulheres reclamavam a maternidade de uma criança viva e uma morta. Salomão, com sabedoria de Deus, sugeriu dividir a criança viva para descobrir a verdadeira mãe, que se opôs à ideia para salvar seu filho. Ele então concedeu a criança viva à mulher, provando que ela era a mãe.
1. Um dia, o Rei Salomão pediu a
Deus em oração que lhe desse
humildade e sabedoria para poder
discernir o bem do mal. Em sonho,
o Senhor lhe disse que atenderia ao
seu pedido.
2. Logo ao acordar, vieram a ele duas
mulheres e se puseram a discutir.
Disse-lhe uma delas:
-Ah! Senhor meu, eu e esta mulher
moramos na mesma casa. Eu tive
um filho, estando com ela naquela
casa.
3. Mas no terceiro dia após o meu
parto, ela também teve um filho.
Estávamos juntas, somente nós duas
naquela casa. Assim, ninguém ficou
sabendo o que aconteceu.
4. Só que de noite o filho dela morreu,
porque ela se deitou sobre ele. Daí
ela se levantou no meio da noite e,
enquanto eu dormia, tirou do meu
lado o meu filho, deitou-o no seu
seio, e a seu filho morto deitou no
meu seio.
5. Levantando-me pela manhã, para
dar de mamar a meu filho, vi que
ele estava morto. Mas atentando eu
para a luz do dia, percebi que não
era o filho que eu dera à luz.
6. Então, disse a outra mulher: - Não,
mas o vivo é meu filho. O teu é o
morto.
Porém, esta disse: - Não, o morto é
teu filho. O vivo é o meu.
Assim, falaram perante o rei.
7. Disse o rei:
Esta diz: “Este que vive é meu filho,
e teu filho é o morto”. A outra diz:
“Não, o morto é teu filho, o vivo é
meu”.
8. Então, disse o rei aos guardas:
Tragam-me uma espada.
Trouxeram-lhe uma espada.
Ordenou o rei: - Dividam o menino
vivo em duas partes, e deem metade
a uma, e metade a outra.
9. Só que a mulher, cujo filho era o
vivo, disse ao rei: - Ah, senhor meu!
Dai-lhe o menino vivo, e de modo
nenhum o mateis.
A outra, porém, dizia: - Nem meu,
nem teu. Seja dividido.
10. Então respondeu o rei:
- Daí à primeira o menino vivo. De
modo nenhum o mateis; esta é sua
mãe.
11. Quando todo o Israel ouviu a sentença
que o rei proferira, temeu ao rei,
porque viu que havia nele a sabedoria
de Deus para fazer justiça.
(1 Reis, 15-28)
José Guimarães
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