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ATITUDE LARANJA
                                           WW W. CA L H E T A LA R A NJA . B L O G S PO T . CO M                       SE T E M BR O   0 9
              EDITORIAL
            Política a mais!

Voltamos a comunicar com a popula-
ção, desta feita com os residentes no
                                           Cristiano Ronaldo podia ter vindo para os Açores
concelho da Calheta. Aos jovens nos                                                            euros em transportes marítimos: 55 milhões
dirigimos com particular atenção. Por                                                          de euros gastos em barcos velhos (aluguer),
isso somos JSD. Esta é uma forma de                                                            32 milhões em barcos novos (Atlântida e
lançar perspectivas, críticas, propos-                                                         Atlanticoline) e 320 mil euros em projectos
tas, de ouvir mas também fazer                                                                 mal elaborados, entre tantas outras trapalha-
reflectir quem escreve e quem lê. Não                                                          das que acrescem a estes números. Que
há aqui vaidade alguma, nem assumi-
                                                                                               palavra usar para descrever este estado caó-
mos este como um projecto pioneiro
                                                                                               tico a que chegou este tema tão sensível e
(quase) à escala planetária. Somos o       Foto do Cais do Pico onde se encontram dezenas de
                                                                                               ao mesmo tempo importante para todos os
que somos. Não há aqui nenhuma             jovens à espera de um barco que se atrasou.
                                                                                               açorianos, em especial os jovens, quando
conjura do destino. Há uma necessi-
                                                     O Governo gastou, nos últimos             estamos em tempo de Verão, de férias e de
dade que nós JSD sentimos para fazer
chegar aos jovens o que pensamos e o       dez anos, 96 milhões de euros nos transpor-         festas? Incompetência, seguramente.
que propomos. Nada mais.                   tes marítimos. O suficiente para trazer, por                  É muito dinheiro e muito dinheiro
Há política a mais. Digo-o porque          exemplo, o Cristiano Ronaldo para o Santa           mal gasto. Vários são os episódios que aqui
entendo que em São Jorge (como nas         Clara. Ou, se preferirmos assuntos mais             poderíamos enumerar para comprovar esta
restantes ilhas), e falando apenas na      sérios, para construir a Marina da Calheta          situação. Desde as dezenas de pessoas que
Calheta, existe um ambiente político       dezasseis vezes, ampliar cerca de cinco             ficaram em terra nas festas do Pico por não
minado em todas (ou quase todas) as        vezes o Aeródromo de São Jorge, construir           existirem ligações suficientes para respon-
estruturas sociais. Em qualquer colec-     cerca de duas Portas do Mar na Calheta e            der à procura (mais do que prevista), ao
tividade, grupo, organização, associa-     gastar dois milhões de euros na sua inaugu-         facto da filosofia do cartão Interjovem ficar
ção há uma tentativa, por mais do que      ração, tal como aconteceu em Ponta Delga-           aquém do desejado por não poder ser usado
evidente, de partidarizar as pessoas e     da. É certo, que a aposta nos transportes           em viagens extraordinárias que se registam,
as decisões. O primeiro critério pare-     marítimos é de extrema importância quer             precisamente, em altura de maior movimen-
ce ser o critério de filiação partidária   seja no contributo para a aproximação dos           tação, tal como se verifica nas festas de
ou, de simpatizante/apoiante. Há uma       açorianos das mais diversas ilhas quer seja         Verão. As avarias registadas nos barcos que
pressão intolerável e inacreditável
                                           no incentivo que concede ao turismo - sec-          não só vieram a provocar grandes transtor-
sobre quem lidera os destinos das
                                           tor muito importante na nossa região. No            nos às pessoas, a nível dos horários e a
instituições da Sociedade Civil. O
                                           entanto, o que não conseguimos entender é           nível monetário, porque o preço do bilhete
apoio governativo, do Governo PS, às
                                           que após tantos milhões empenhados (96              não estava conforme o navio que iria reali-
instituições é muitas vezes decidido
                                           milhões), nos deparemos com a vergonha              zar a viagem, como a completa e total falta
em troca do facto do Presidente (e de
outros membros) dessas organizações        que ainda este Verão nos foi proporciona-           de esclarecimento dos funcionários de algu-
integrarem as listas do PS. E quem         da.                                                 mas das Gares que não divulgavam a infor-
quer o melhor para a sua instituição,                A verdade é que a saga dos trans-         mação da bilheteira com a devida antece-
quem está de espírito puramente            portes marítimos nos Açores continua. Um            dência, obrigando a que muitas pessoas
altruísta, vê-se num dilema, melhor,       pouco por todo o lado, todos nós já presen-         ficassem horas e horas em filas de forma
vê-se preso por ter de optar pela insti-   ciámos a incompetência que grassa nas               desnecessária quando os bilhetes já tinham
tuição ou pelas suas convicções (que       companhias de transporte que recebem rios           esgotado, além dos vários casos em que o
podem, legitimamente, passar pelo          de dinheiro do Governo Regional para                barco saiu antes da hora prevista, deixando
apoio a outro Partido). Não podemos        assegurarem um serviço público,                     muitos passageiros em terra, é outro de um
aceitar isto. Não podemos ficar indi-      (fundamental, diga-se) que é o de se estabe-        sem número de exemplos que poderíamos
ferentes. Não podemos permitir. Nem        lecer uma rede de mobilidade inter-ilhas            referir.
tudo vale na política. Não se pode         por via marítima. Ora, a rede que existe, é                   É esta a política de transportes que
fazer política nas fundações da Socie-     não só insuficiente como muito precária.            queremos seguir?
dade. Basta!                                         O Governo Regional já gastou, nos                   Foram para isto os 96 milhões?
                      João Gonçalves       últimos 10 anos, cerca de 96 milhões de
P ÁGINA        2

                   A VOZ DA JUVENTUDE
       Topo
                     “Há quatro anos que não vivo no Topo, mas sensivelmente de três em três meses tenho ido lá. Eu
                     noto diferença - gradualmente, devagarinho, uma coisa de cada vez, vai mudando para melhor… na
                     melhoria, requalificação e criação de novos espaços – veja-se a Pontinha, as estradas, a identificação
                     das ruas, o melhoramento de acessos a casas… são algumas das coisas que estão à vista de todos,
                     que só não vê quem não quer… grandes mudanças não se fazem de uma vez só; constroem-se em
                     pequenas partes com trabalho, paciência e persistência, especialmente quando não dependem de
Elisabete Amorim     uma pessoa só.”


                                                                                                             Santo Antão
   “É mesmo caso para dizer «quem viu e quem vê Santo Antão» pois é notável o trabalho desen-
   volvido em apenas um mandato em prol desta comunidade. Depois de três anos ausentes da
   ilha, para investir na minha formação, ao voltar encontro uma Freguesia mais organizada, mais
   limpa e com infra-estruturas públicas arranjadas e pintadas. Também a salientar a preocupação
   com as nossas fajãs, desde o acesso, preservação e segurança, colocando-as entre as mais apre-
   ciadas dos turistas que nos visitam. Todo este trabalho foi desenvolvido sem esquecer as tarefas
   rotineiras (mas importantes!) como por exemplo a roça das bermas e limpeza de valetas.”
                                                                                                             Mónica Brasil


Norte Pequeno
                     “É com grande pena que vejo que algumas das pétalas que compõem a rosa do Norte Pequeno se
                     estão a desfolhar. Falo da Escola Primária e da Cooperativa Agrícola de Lacticínios.
                     Fechando os motores de desenvolvimento desta Freguesia, as pessoas passarão a ter menos tempo
                     para si, por consequência para as actividades que são a base de desenvolvimento e da imagem de
                     união que a mesma possuí e por fim, mais dois passos para a desertificação que cada vez mais se nota
                     nestes lugares do Norte da Ilha que ao que parece estão a ser deixadas ao abandono.”
Bruno Oliveira



 “A Freguesia da Ribeira Seca, a maior da toda a Região dos Açores, está hoje muito melhor servida              Ribeira Seca
 ao nível de estradas, acessos e canalizações às habitações do que há quatro anos atrás. Há que desta-
 car, neste caso, o trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal e pela Junta de Freguesia. Veja-se,
 por exemplo, a zona da baía, o caminho da ribeira acima e o caminho novo. Outro dos pontos que
 era interessante chamar a atenção, diz respeito à sinalização das zonas de interesse da nossa Fregue-
 sia. Seja para os turistas, seja para os visitantes. O que não favorece o turismo é o que se está a veri-
 ficar na Caldeira, Fajã de excelência, ex libris de São Jorge. A construção do centro de interpretação
 ambiental surge descontextualizada do resto da paisagem natural, num local onde as construções
 têm de obedecer a padrões muito rígidos e exigentes, como assim deve ser para preservar as nossas              Emanuel Fontes
 fajãs.“



  Calheta          “Vila da Calheta! o que faz lembrar? Um paraíso coberto de um lindo verde e com as mais
                   maravilhosas fajãs que nos dão uma enorme paz interior. No entanto, não existe nada perfeito,
                   tudo o que é bom tem os seus "mas" e "ses". No caso da nossa Vila, e visto pelos olhos de
                   uma jovem, claro, existe alguns aspectos que considero importantes, tais como a falta de opor-
                   tunidades de emprego, essencialmente para os mais jovens, uma das razões que os levam a
                   procurar vida fora da sua terra, e a inexistência de estruturas de lazer que satisfaçam quem
                   aqui habita.”
  Elsa Brito

       OS ARTIGOS DE OPINIÃO PODEM SER LIDOS NA ÍNTEGRA EM
              WWW.CALHETALARANJA.BLOGSPOT.COM
P ÁGINA       3
LEGISLATIVAS 2009



Wilson Ávila candidato à Assembleia da República
                                           ser eleitos e a eleger os nossos repre-    que, tal como eu, frequentam bares e
                                           sentantes para que tenhamos, efecti-       discotecas, apreciam uma boa conver-
                                           vamente, a nossa voz nos centros de        sa de esplanada com os amigos, gos-
                                           decisão.                                   tam de ir à praia, vêm séries como Dr.
                                                      Tendo em conta estas pre-       House, Lost, Prison Break, visitam as
                                           missas, considerando uns dados esta-       festas de Verão dos Açores e odeiam
                                           tísticos relativos ao ano de 1999, que     não poder usar o “Interjovem” quan-
                                           registam a existência de 65780 jovens      do realmente precisam, mas que, aci-
                                           açorianos entre os 15 e o 25 anos, e       ma de tudo, merecem um pouco
         Como quinto candidato pelo        estimando que, pelo menos, cerca de        melhor.
PSD Açores à assembleia da Repúbli-        15000 destes jovens estão deslocados                 Conto com os jovens que
ca é natural que sinta uma especial                                                   ainda esperam pelo seu primeiro
responsabilidade em atender aos             “Arrisco, por outro lado, dizer           emprego e que caíram na célebre pro-
assuntos dos jovens.                       que o Futuro é nosso! Podemos              messa dos 150 mil postos de trabalho
         Ouvimos inúmeras vezes a                                                     para, hoje, constatarem que o número
frase “os jovens são o futuro”. Uma        e devemos criá-lo agora, no pre-           de desempregados subiu para mais de
tese interessante, correcta e consen-      sente, à nossa imagem, em vez              meio milhão.
sual. No entanto, o significado que                                                             Conto com os jovens que se
por vezes lhe é dada pressupõe que         de ficarmos a assistir enquanto            encontram dependentes do governo e,
um dia seremos nós os detentores das       outros decidem por nós”                    consequentemente, vêm a sua liberda-
rédeas da nossa sociedade. Eu prefiro                                                 de condicionada mas querem sair
não aceitar esta consideração. Arris-      devido à frequência universitária,         desta situação.
co, por outro lado, dizer que O Futuro     defendo a implementação do voto                      Conto com todos os que
é nosso! Podemos e devemos criá-lo         antecipado em eleições legislativas. À     anseiam sair da situação miserável em
agora, no presente, à nossa imagem,        semelhança do que acontece nas             que o Governo de Sócrates, com a
em vez de ficarmos a assistir enquan-      autárquicas, o voto antecipado vai         cumplicidade de César, colocou o
to outros decidem por nós.                 contribuir para que milhares de            nosso país e a nossa Região.
         Utilizando, sempre, os bons       jovens Açorianos possam ter uma                      O meu compromisso nestas
exemplos do passado, implementando         palavra a dizer sobre a situação políti-   eleições é com todos vós – jovens. O
as características que nos são típicas,    ca (e acreditem, muitos deles querem       meu objectivo é fazer tudo ao meu
como a determinação, a criatividade,       ter uma palavra a dizer!).                 alcance para que as questões que vos
a capacidade de dinamização e o                     A Educação, o Emprego, a          dizem respeito, para que os vossos
positivismo e ambicionando sempre          Habitação e os Transportes são outros      problemas e as vossas propostas este-
mais e melhor para as nossas ilhas,        temas intimamente ligados à juventu-       jam na “ordem de trabalhos”.
para as nossas famílias e para os nos-     de Açoriana. Constituem, por isso                    Preciso, claro, do vosso
sos amigos, somos, juntos, uma forte       mesmo, os assuntos a que me propo-         apoio, da vossa energia e do vosso
arma construtiva. Mas é essencial          nho dar especial atenção e sobre os        voto no dia 27 de Setembro.
estarmos presentes no momento de           quais me pronunciarei a seu tempo.         Até breve!
decisão. Primeiro, estar presentes nas
urnas. É o primeiro passo que temos                Conto, por isso, com o vosso                                Wilson Ávila
de tomar. Segundo, estar dispostos a       apoio. Conto sobretudo com aqueles

LOCAL


Topo com futuro?
         No Programa eleitoral do PS de 2004 para as elei-       concretização no último mandato (2004-2008). Mais do que
ções regionais, promete-se, entre outras coisas, “executar as    isto, o PS, ao não cumprir o que prometeu, abandonou o
obras de ampliação do porto de pesca [do] Topo”. Não só          compromisso no programa eleitoral a que se propôs em 2008.
constatamos que nesta medida, o Partido Socialista foi a         Com isto, assinalamos toda a convicção e firmeza com que o
reboque do que há muito o Partido Social Democrata defen-        PS assumiu esta importante e necessária infra-estrutura que
dia, como registamos, aliás, todas as pessoas registam, em       criou expectativas junto da população, para agora esquivar-se
especial as que vivem na vila do Topo, que se tratou, uma        da questão falando em “beneficiações locais”.
vez mais, de uma promessa não cumprida: não passou, pois,                 Sintomático.
de uma promessa eleitoralista que tinha sido assumida para
MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS...
Mudam-se os tempos, mudam-se as             um sinal de humildade. Outros mu-           “vira-casacas”) e que por pouco (ou
vontades. O provérbio antigo aplica-        dam, talvez porque não têm outra            por muito!) trocam de posições, mu-
se à época eleitoral que agora se aviz-     hipótese. São injustamente encurra-         dam de conversa, defendem o que
inha. De um lado se passa para o            lados por dependerem, nos seus em-          criticavam e chegam mesmo a criti-
outro sem quaisquer complexos, sem          pregos, nos seus projectos e nos seus       car o que defendiam.
quaisquer problemas. Convicção ali,         negócios, do apoio que recebem do           É todo um Mercado de transferên-
convicção acolá, é mais ou menos            Partido que investe mundos e fundos         cias. Está aberta a sessão.
assim que as coisas se passam. Há           (leia-se di-nheiros públicos e influên-
quem no fundo, em boa verdade,              cias) neste tipo de mecanismos que,
mude porque acha que o outro Par-           salvo melhor opinião, são ver-
tido reúne características que mais         dadeiros atentados à liberdade de-
lhe agradam. Ou que defende                 mocrática. Existem ainda os que,
posições que lhes parecem mais in-          pura e simplesmente, são mestres na
teressantes. Nada a dizer. Mudar é          arte do oportu-nismo (os chamados



      CARTOON




Flagrante                                                               Anedota
                                       Com a Santa Casa da Miseri-      O Zezinho chega à escola e diz à Sra. Professora:
                                       córdia inaugurada em 2005        - A minha gatinha teve 4 gatinhos e são todos do PS.
                                       (há 4 anos), ainda não foi       A professora fica muito espantada com a saída da
                                       retirada a placa que anuncia a   criança. No outro dia o Director vai visitar a escola e
                                       sua remodelação. Lê-se que o     a Professora como achou muita piada ao miúdo,
                                       Governo continua a “…            pergunta:
                                       DESENVOLVER OS AÇO-              - Zezinho diga lá o que aconteceu à sua gatinha?
                                       RES”, como se essa não fosse     Diz o Zezinho:
                                       a sua obrigação! Ora, o que se   - A minha gatinha teve 4 gatinhos e 2 são do PS.
                                       vê, também, é que o anúncio      A Professora fica intrigada e diz:
continua muitos anos depois de ter sido colocado. A placa está lá,      - Então não eram os 4 do PS?
no centro da Calheta, à vista de todos e, em particular, por quem       Responde o Zezinho:
deveria estar atento a este tipo de situações. Nós estamos.             - É que 2 já abriram os olhos...

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  • 1. ATITUDE LARANJA WW W. CA L H E T A LA R A NJA . B L O G S PO T . CO M SE T E M BR O 0 9 EDITORIAL Política a mais! Voltamos a comunicar com a popula- ção, desta feita com os residentes no Cristiano Ronaldo podia ter vindo para os Açores concelho da Calheta. Aos jovens nos euros em transportes marítimos: 55 milhões dirigimos com particular atenção. Por de euros gastos em barcos velhos (aluguer), isso somos JSD. Esta é uma forma de 32 milhões em barcos novos (Atlântida e lançar perspectivas, críticas, propos- Atlanticoline) e 320 mil euros em projectos tas, de ouvir mas também fazer mal elaborados, entre tantas outras trapalha- reflectir quem escreve e quem lê. Não das que acrescem a estes números. Que há aqui vaidade alguma, nem assumi- palavra usar para descrever este estado caó- mos este como um projecto pioneiro tico a que chegou este tema tão sensível e (quase) à escala planetária. Somos o Foto do Cais do Pico onde se encontram dezenas de ao mesmo tempo importante para todos os que somos. Não há aqui nenhuma jovens à espera de um barco que se atrasou. açorianos, em especial os jovens, quando conjura do destino. Há uma necessi- O Governo gastou, nos últimos estamos em tempo de Verão, de férias e de dade que nós JSD sentimos para fazer chegar aos jovens o que pensamos e o dez anos, 96 milhões de euros nos transpor- festas? Incompetência, seguramente. que propomos. Nada mais. tes marítimos. O suficiente para trazer, por É muito dinheiro e muito dinheiro Há política a mais. Digo-o porque exemplo, o Cristiano Ronaldo para o Santa mal gasto. Vários são os episódios que aqui entendo que em São Jorge (como nas Clara. Ou, se preferirmos assuntos mais poderíamos enumerar para comprovar esta restantes ilhas), e falando apenas na sérios, para construir a Marina da Calheta situação. Desde as dezenas de pessoas que Calheta, existe um ambiente político dezasseis vezes, ampliar cerca de cinco ficaram em terra nas festas do Pico por não minado em todas (ou quase todas) as vezes o Aeródromo de São Jorge, construir existirem ligações suficientes para respon- estruturas sociais. Em qualquer colec- cerca de duas Portas do Mar na Calheta e der à procura (mais do que prevista), ao tividade, grupo, organização, associa- gastar dois milhões de euros na sua inaugu- facto da filosofia do cartão Interjovem ficar ção há uma tentativa, por mais do que ração, tal como aconteceu em Ponta Delga- aquém do desejado por não poder ser usado evidente, de partidarizar as pessoas e da. É certo, que a aposta nos transportes em viagens extraordinárias que se registam, as decisões. O primeiro critério pare- marítimos é de extrema importância quer precisamente, em altura de maior movimen- ce ser o critério de filiação partidária seja no contributo para a aproximação dos tação, tal como se verifica nas festas de ou, de simpatizante/apoiante. Há uma açorianos das mais diversas ilhas quer seja Verão. As avarias registadas nos barcos que pressão intolerável e inacreditável no incentivo que concede ao turismo - sec- não só vieram a provocar grandes transtor- sobre quem lidera os destinos das tor muito importante na nossa região. No nos às pessoas, a nível dos horários e a instituições da Sociedade Civil. O entanto, o que não conseguimos entender é nível monetário, porque o preço do bilhete apoio governativo, do Governo PS, às que após tantos milhões empenhados (96 não estava conforme o navio que iria reali- instituições é muitas vezes decidido milhões), nos deparemos com a vergonha zar a viagem, como a completa e total falta em troca do facto do Presidente (e de outros membros) dessas organizações que ainda este Verão nos foi proporciona- de esclarecimento dos funcionários de algu- integrarem as listas do PS. E quem da. mas das Gares que não divulgavam a infor- quer o melhor para a sua instituição, A verdade é que a saga dos trans- mação da bilheteira com a devida antece- quem está de espírito puramente portes marítimos nos Açores continua. Um dência, obrigando a que muitas pessoas altruísta, vê-se num dilema, melhor, pouco por todo o lado, todos nós já presen- ficassem horas e horas em filas de forma vê-se preso por ter de optar pela insti- ciámos a incompetência que grassa nas desnecessária quando os bilhetes já tinham tuição ou pelas suas convicções (que companhias de transporte que recebem rios esgotado, além dos vários casos em que o podem, legitimamente, passar pelo de dinheiro do Governo Regional para barco saiu antes da hora prevista, deixando apoio a outro Partido). Não podemos assegurarem um serviço público, muitos passageiros em terra, é outro de um aceitar isto. Não podemos ficar indi- (fundamental, diga-se) que é o de se estabe- sem número de exemplos que poderíamos ferentes. Não podemos permitir. Nem lecer uma rede de mobilidade inter-ilhas referir. tudo vale na política. Não se pode por via marítima. Ora, a rede que existe, é É esta a política de transportes que fazer política nas fundações da Socie- não só insuficiente como muito precária. queremos seguir? dade. Basta! O Governo Regional já gastou, nos Foram para isto os 96 milhões? João Gonçalves últimos 10 anos, cerca de 96 milhões de
  • 2. P ÁGINA 2 A VOZ DA JUVENTUDE Topo “Há quatro anos que não vivo no Topo, mas sensivelmente de três em três meses tenho ido lá. Eu noto diferença - gradualmente, devagarinho, uma coisa de cada vez, vai mudando para melhor… na melhoria, requalificação e criação de novos espaços – veja-se a Pontinha, as estradas, a identificação das ruas, o melhoramento de acessos a casas… são algumas das coisas que estão à vista de todos, que só não vê quem não quer… grandes mudanças não se fazem de uma vez só; constroem-se em pequenas partes com trabalho, paciência e persistência, especialmente quando não dependem de Elisabete Amorim uma pessoa só.” Santo Antão “É mesmo caso para dizer «quem viu e quem vê Santo Antão» pois é notável o trabalho desen- volvido em apenas um mandato em prol desta comunidade. Depois de três anos ausentes da ilha, para investir na minha formação, ao voltar encontro uma Freguesia mais organizada, mais limpa e com infra-estruturas públicas arranjadas e pintadas. Também a salientar a preocupação com as nossas fajãs, desde o acesso, preservação e segurança, colocando-as entre as mais apre- ciadas dos turistas que nos visitam. Todo este trabalho foi desenvolvido sem esquecer as tarefas rotineiras (mas importantes!) como por exemplo a roça das bermas e limpeza de valetas.” Mónica Brasil Norte Pequeno “É com grande pena que vejo que algumas das pétalas que compõem a rosa do Norte Pequeno se estão a desfolhar. Falo da Escola Primária e da Cooperativa Agrícola de Lacticínios. Fechando os motores de desenvolvimento desta Freguesia, as pessoas passarão a ter menos tempo para si, por consequência para as actividades que são a base de desenvolvimento e da imagem de união que a mesma possuí e por fim, mais dois passos para a desertificação que cada vez mais se nota nestes lugares do Norte da Ilha que ao que parece estão a ser deixadas ao abandono.” Bruno Oliveira “A Freguesia da Ribeira Seca, a maior da toda a Região dos Açores, está hoje muito melhor servida Ribeira Seca ao nível de estradas, acessos e canalizações às habitações do que há quatro anos atrás. Há que desta- car, neste caso, o trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal e pela Junta de Freguesia. Veja-se, por exemplo, a zona da baía, o caminho da ribeira acima e o caminho novo. Outro dos pontos que era interessante chamar a atenção, diz respeito à sinalização das zonas de interesse da nossa Fregue- sia. Seja para os turistas, seja para os visitantes. O que não favorece o turismo é o que se está a veri- ficar na Caldeira, Fajã de excelência, ex libris de São Jorge. A construção do centro de interpretação ambiental surge descontextualizada do resto da paisagem natural, num local onde as construções têm de obedecer a padrões muito rígidos e exigentes, como assim deve ser para preservar as nossas Emanuel Fontes fajãs.“ Calheta “Vila da Calheta! o que faz lembrar? Um paraíso coberto de um lindo verde e com as mais maravilhosas fajãs que nos dão uma enorme paz interior. No entanto, não existe nada perfeito, tudo o que é bom tem os seus "mas" e "ses". No caso da nossa Vila, e visto pelos olhos de uma jovem, claro, existe alguns aspectos que considero importantes, tais como a falta de opor- tunidades de emprego, essencialmente para os mais jovens, uma das razões que os levam a procurar vida fora da sua terra, e a inexistência de estruturas de lazer que satisfaçam quem aqui habita.” Elsa Brito OS ARTIGOS DE OPINIÃO PODEM SER LIDOS NA ÍNTEGRA EM WWW.CALHETALARANJA.BLOGSPOT.COM
  • 3. P ÁGINA 3 LEGISLATIVAS 2009 Wilson Ávila candidato à Assembleia da República ser eleitos e a eleger os nossos repre- que, tal como eu, frequentam bares e sentantes para que tenhamos, efecti- discotecas, apreciam uma boa conver- vamente, a nossa voz nos centros de sa de esplanada com os amigos, gos- decisão. tam de ir à praia, vêm séries como Dr. Tendo em conta estas pre- House, Lost, Prison Break, visitam as missas, considerando uns dados esta- festas de Verão dos Açores e odeiam tísticos relativos ao ano de 1999, que não poder usar o “Interjovem” quan- registam a existência de 65780 jovens do realmente precisam, mas que, aci- açorianos entre os 15 e o 25 anos, e ma de tudo, merecem um pouco Como quinto candidato pelo estimando que, pelo menos, cerca de melhor. PSD Açores à assembleia da Repúbli- 15000 destes jovens estão deslocados Conto com os jovens que ca é natural que sinta uma especial ainda esperam pelo seu primeiro responsabilidade em atender aos “Arrisco, por outro lado, dizer emprego e que caíram na célebre pro- assuntos dos jovens. que o Futuro é nosso! Podemos messa dos 150 mil postos de trabalho Ouvimos inúmeras vezes a para, hoje, constatarem que o número frase “os jovens são o futuro”. Uma e devemos criá-lo agora, no pre- de desempregados subiu para mais de tese interessante, correcta e consen- sente, à nossa imagem, em vez meio milhão. sual. No entanto, o significado que Conto com os jovens que se por vezes lhe é dada pressupõe que de ficarmos a assistir enquanto encontram dependentes do governo e, um dia seremos nós os detentores das outros decidem por nós” consequentemente, vêm a sua liberda- rédeas da nossa sociedade. Eu prefiro de condicionada mas querem sair não aceitar esta consideração. Arris- devido à frequência universitária, desta situação. co, por outro lado, dizer que O Futuro defendo a implementação do voto Conto com todos os que é nosso! Podemos e devemos criá-lo antecipado em eleições legislativas. À anseiam sair da situação miserável em agora, no presente, à nossa imagem, semelhança do que acontece nas que o Governo de Sócrates, com a em vez de ficarmos a assistir enquan- autárquicas, o voto antecipado vai cumplicidade de César, colocou o to outros decidem por nós. contribuir para que milhares de nosso país e a nossa Região. Utilizando, sempre, os bons jovens Açorianos possam ter uma O meu compromisso nestas exemplos do passado, implementando palavra a dizer sobre a situação políti- eleições é com todos vós – jovens. O as características que nos são típicas, ca (e acreditem, muitos deles querem meu objectivo é fazer tudo ao meu como a determinação, a criatividade, ter uma palavra a dizer!). alcance para que as questões que vos a capacidade de dinamização e o A Educação, o Emprego, a dizem respeito, para que os vossos positivismo e ambicionando sempre Habitação e os Transportes são outros problemas e as vossas propostas este- mais e melhor para as nossas ilhas, temas intimamente ligados à juventu- jam na “ordem de trabalhos”. para as nossas famílias e para os nos- de Açoriana. Constituem, por isso Preciso, claro, do vosso sos amigos, somos, juntos, uma forte mesmo, os assuntos a que me propo- apoio, da vossa energia e do vosso arma construtiva. Mas é essencial nho dar especial atenção e sobre os voto no dia 27 de Setembro. estarmos presentes no momento de quais me pronunciarei a seu tempo. Até breve! decisão. Primeiro, estar presentes nas urnas. É o primeiro passo que temos Conto, por isso, com o vosso Wilson Ávila de tomar. Segundo, estar dispostos a apoio. Conto sobretudo com aqueles LOCAL Topo com futuro? No Programa eleitoral do PS de 2004 para as elei- concretização no último mandato (2004-2008). Mais do que ções regionais, promete-se, entre outras coisas, “executar as isto, o PS, ao não cumprir o que prometeu, abandonou o obras de ampliação do porto de pesca [do] Topo”. Não só compromisso no programa eleitoral a que se propôs em 2008. constatamos que nesta medida, o Partido Socialista foi a Com isto, assinalamos toda a convicção e firmeza com que o reboque do que há muito o Partido Social Democrata defen- PS assumiu esta importante e necessária infra-estrutura que dia, como registamos, aliás, todas as pessoas registam, em criou expectativas junto da população, para agora esquivar-se especial as que vivem na vila do Topo, que se tratou, uma da questão falando em “beneficiações locais”. vez mais, de uma promessa não cumprida: não passou, pois, Sintomático. de uma promessa eleitoralista que tinha sido assumida para
  • 4. MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS... Mudam-se os tempos, mudam-se as um sinal de humildade. Outros mu- “vira-casacas”) e que por pouco (ou vontades. O provérbio antigo aplica- dam, talvez porque não têm outra por muito!) trocam de posições, mu- se à época eleitoral que agora se aviz- hipótese. São injustamente encurra- dam de conversa, defendem o que inha. De um lado se passa para o lados por dependerem, nos seus em- criticavam e chegam mesmo a criti- outro sem quaisquer complexos, sem pregos, nos seus projectos e nos seus car o que defendiam. quaisquer problemas. Convicção ali, negócios, do apoio que recebem do É todo um Mercado de transferên- convicção acolá, é mais ou menos Partido que investe mundos e fundos cias. Está aberta a sessão. assim que as coisas se passam. Há (leia-se di-nheiros públicos e influên- quem no fundo, em boa verdade, cias) neste tipo de mecanismos que, mude porque acha que o outro Par- salvo melhor opinião, são ver- tido reúne características que mais dadeiros atentados à liberdade de- lhe agradam. Ou que defende mocrática. Existem ainda os que, posições que lhes parecem mais in- pura e simplesmente, são mestres na teressantes. Nada a dizer. Mudar é arte do oportu-nismo (os chamados CARTOON Flagrante Anedota Com a Santa Casa da Miseri- O Zezinho chega à escola e diz à Sra. Professora: córdia inaugurada em 2005 - A minha gatinha teve 4 gatinhos e são todos do PS. (há 4 anos), ainda não foi A professora fica muito espantada com a saída da retirada a placa que anuncia a criança. No outro dia o Director vai visitar a escola e sua remodelação. Lê-se que o a Professora como achou muita piada ao miúdo, Governo continua a “… pergunta: DESENVOLVER OS AÇO- - Zezinho diga lá o que aconteceu à sua gatinha? RES”, como se essa não fosse Diz o Zezinho: a sua obrigação! Ora, o que se - A minha gatinha teve 4 gatinhos e 2 são do PS. vê, também, é que o anúncio A Professora fica intrigada e diz: continua muitos anos depois de ter sido colocado. A placa está lá, - Então não eram os 4 do PS? no centro da Calheta, à vista de todos e, em particular, por quem Responde o Zezinho: deveria estar atento a este tipo de situações. Nós estamos. - É que 2 já abriram os olhos...