2. O QUE É ESTÉTICA?
Trata-se de uma área da Filosofia que procura os
elementos do conhecimento que permitem
entender como funciona nosso julgamento de
gosto e nosso sentimento acerca da beleza, mas
numa perspectiva geral, universal, isto é, válida e
comum a todos.
3. O QUE É ESTÉTICA?
Tem sua como base etimológica a palavra grega
“aisthetiké”, que significa “perceptível pelos
sentidos”.
O termo foi empregado pela primeira vez, como
uma disciplina filosófica, pelo alemão Alexander
Baumgarten, para designar um campo que
investiga o conhecimento sobre a representação
do sensível.
4. ESTÉTICA COMO REFLEXÃO DA
MÚSICA
•O que é a beleza na música?
•Quais os efeitos da música?
• Qual é a natureza do som?
• Será que a música é uma linguagem, e se for, de que
tipo são suas mensagens e quem é a sua fonte?
• Será que algumas tradições musicais são superiores a
outras?
5. UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA
• Nossos antepassados utilizavam os sons do cotidiano antes
de saber falar.
• Acredita-se que os primeiros vocábulos com significados
surgiram por meio da imitação de sons da natureza.
• Os primeiros músicos: a figura do feiticeiro.
• Os sons passaram a ser uma forma potencializada do
trabalho coletivo.
6. UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA
O termo música (musiké) para os gregos conotava
um conceito duplo. No primeiro é incluída numa das
Partes do currículo educacional, tais como a escrita
Matemática, desenho e poesia. Na segunda, era
empregada da maneira que usamos hoje em dia, ou
Seja, no sentido da palavra
7. UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA
• Acredita-se que o primeiro instrumento musical
criado pelo homem foi de percussão.
• O uso da flauta teve seus primórdios na China.
• No Egito, a música instrumental destacava-se
pelo papel político, religioso e mítico.
• Registros de liras, na Mesopotâmia, há 3000 a.C.
8. UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA
• Idade Média – século VI – surge o canto
gregoriano, ou cantochão (única melodia,
repetida em uníssono por todas as vozes).
• Entre os nobres e o povo, em oposição à
música monódica, esboça-se o princípio da
polifonia. (melodias diferentes tocadas
simultaneamente).
9. UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA
• Nos séculos seguintes, a música da igreja
passa a sofrer influência da música
profana, realizando corais polifônicos,
utilizando instrumentos como orgãos.
• Instrumentos de percussão continuaram
banidos pela igreja por longo tempo, por
lembrarem instrumentos pagãos.
10. UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA
• As primeiras anotações musicais foram encontradas
entre os gregos e os chineses – sem fixações ou
universalização.
• As primeiras partituras musicais foram produzidas
em mosteiros, na Idade Média.
• As partituras musicais só tomaram forma como a
conhecemos no século XI d.C., através do monge
católico Guido d’Arezzo (nascimento das notas
musicais)
11. UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA
• Renascimento (1500-1600) – os compositores
começam a escrever músicas apenas para
instrumentos, que até então, serviam somente
para acompanhar as vozes.
12. UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA
• Barroco – (1600-1750) – ruptura do dominío que
irá influenciar o período conhecido como
Classicismo.
• Luthier – o mais célebre chamava-se Antônio
Stradivari. Fabricou cerca de 1100 instrumentos.
• Principal representante: Bach
13. UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA
Classicismo: Mozart e Haydn –
valorização da música instrumental
14. UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA
• Romantismo: liberdade de criação, nacionalismo e
sublimação dos sentimentos
• Giuseppe Verdi – vida nova às óperas (influenciou
Carlos Gomes em seu Guarani.
• Nomes importantes: Beethoven,Tchaikovsky,
Brahms , Liszt, Wagner e Chopin.
15. UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA
• Século XX
• Debussy – influenciado pela pintura impressionista.
Desenvolveu sua música de modo que possa transmitir
imagens ao ouvinte.
• Igor Stravinsky – forma inusitada de explorar os instrumentos
e a harmonia
• Heitor Villa-Lobos – uniu chorinho com Bach
• Arnold Shoemberg – sistema dodecafônico
• John Cage – ruídos, silêncios e sons aleatórios
16. UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA
1950 – Stockhausen - eletrônica e sintetizadores,
criando uma música mecânica, sem intervenção de
músicos.
17. PENSADORES DA MÚSICA
• Pitágoras
• Platão
• Aristóteles
• Rosseau
• Hume
• Schopenhauer
• Escola de Frankfurt
18. PENSADORES DA MÚSICA
• Filósofos materialista-empiristas : a beleza
não está propriamente nos objetos, mas
depende do gosto individual, da maneira cmo
cada pessoa vê e valoriza o objeto
• Filósofos idealistas: a beleza é algo que
existe em si.
19. PITÁGORAS E A HARMONIA DOS
NÚMEROS
• Diferentemente dos modernos com o termo número,
ele não indicava um ente abstrato, puro conteúdo da
mente, mas um elemento essencial da realidade.
• A harmonia musical rege a ordem dos números.
• Música cósmica: os astros produzem no seu
movimento, uma música perfeita e divina, literalmente
celestial.
20. O BELO PLATÔNICO
O Belo só pode ser perceptível quando
atingimos a ideia de beleza, que trazemos
guardada na nossa alma.
21. PLATÃO E A MÚSICA
• A música (junto com a ginástica) é o pilar da
educação.
• A música serve para abrandar a parte irascível da alma
e afastar os vícios.
• Atrai boas virtudes, ordem à alma.
22. PLATÃO E A MÚSICA
Tipos de Harmonia:
• Dório – masculinidade, magnificência
•Frígio – entusiasmo, emoções
•Eólio – egocentrismo, exibição
•Lídio – relacionamento, preguiça, educação
• Hipolídio – intoxicação, bebedeira
•Mixolídio – paixão, pessoa retraída ou contida.
23. ARISTÓTELES E A CATARSE
•Para Aristóteles, o Belo encontra-se no
mundo empírico, ao contrário de Platão.
•A tragédia como provocadora de catarse,
purificação dos sentimentos ruins
24. HUME E O PADRÃO DE GOSTO
• Questionou a possibilidade da universalidade do gosto.
• Apenas uma concordância entre os cidadãos sobre as qualidades
morais, baseadas na utilidade, no prazer, que proporcionam e
garantem a validade das regras para o gosto.
• Algumas obras de arte são reconhecidas como belas apenas por
uma questão de costume, de valor culturalmente atribuídos, mas
não garantem a sua real beleza, e por isso, uma unanimidade
estética.
• O sentimento que temos de uma obra é diferente do julgamento que
proferimos dela.
• Não é uma qualidade das coisas, existe apenas no espírito que as
contempla, e cada espírito percebe uma beleza diferente.
• Não há como padronizar gostos e essa tarefa é fadada ao
insucesso.
25. ROSSEAU E A MÚSICA DA
NATUREZA
• O ingresso do homem na vida social concebem um processo de
afastamento que o conduzirá à perda de sua identidade.
• A limitação da linguagem enfraquece o vínculo social e a unidade do
ser social, além de comprometer o corpo político.
• A música é a voz da Natureza, um potente meio de comunicação
despojado de artifícios.
• A música surge como condição essencial para restauração da plena
comunicação. Ela não se restringe a proporcionar prazer. Tem o
poder de nos afastar da perversão representativa.
• Quanto mais sofisticação ou riqueza de artificios técnicos, mais a
música se afasta do princípio natural, perdendo seu valor estético.
• Defesa da melodia em detrimento da harmonia.
• Não é a linguagem que cria o pensamento, mas o pensamento que
serve de princípio à linguagem.
26. ROSSEAU E A MÚSICA DA
NATUREZA
• Distinção entre linguagem convencional e linguagem
natural.
• Linguagem de gestos: exprimem necessidades.
• Linguagem de voz: exprimem paixões e sentimentos.
• As linguagens articuladas derivam de uma música
originaria e primitiva.
• A língua primitiva é musical, age em nós como sinal de
nossas afeições, de nossos sentimentos.
27. SCHOPENHAUER E A MÚSICA COMO
SUPERAÇÃO DO SOFRIMENTO
• O prazer é apenas um momento rápido de ausência de dor,
e não existe satisfação durável, pois o homem nunca se
sente plenamente satisfeito.
• Contemplação artística: uma forma de suprimir
temporariamente o estado de sofrimento na qual se encontra
a vida.
• Diferente de outras artes que reproduzem a ideia de
vontade, a música reproduz a própria vontade.
• Esquecendo de si mesmo através da música, o homem se
liberta do sofrimento a serviço da vontade.
28. INDÚSTRIA CULTURAL
• Arte e bens culturais submetidos aos
interesses do capitalismo contemporâneo.
Não passam de negócios, como qualquer
outro produto do mercado.
• Não está preocupada com a educação
estética: criação de condições para que a
maioria das pessoas possa receber
manifestações artísticas de maior qualidade.