1. CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS
*De acordo com o atendimento
1.CIRURGIA DE EMERGÊNCIA: O paciente necessita de atenção imediata; o
distúrbio pode ser ameaçador à vida.
Indicação para a cirurgia: Sem demora.
Exemplos: Sangramento grave, obstrução vesical ou intestinal, fratura de
crânio, feridas por armas de fogo ou branca, queimaduras extensas.
2.CIRURGIA DE URGÊNCIA: O paciente precisa de atenção rápida.
Indicação para a cirurgia: Dentro de 24 a 30h.
Exemplos: Infecção aguda da vesícula, cálculos renais ou uretrais.
3.CIRURGIA ELETIVA: O paciente pode ser operado.
Indicação para a cirurgia: A não realização da cirurgia não é catastrófica.
Exemplos: Reparação de cicatrizes, hérnia simples, reparação vaginal,
mamoplastia, gastrectomia.
*De acordo com o objetivo ou por afinidade do tratamento
- Cirurgias paleativas: Tem a finalidade de atenuar ou buscar uma alternativa
para aliviar o mal, mas não cura a doença. Ex. Gastrostomia, paracentese,
colostomia.
- Cirurgias radicais/Cirurgia Curativa: Tem por objetivo extirpar ou corrigir a
causa da doença, devolvendo a saúde ao paciente. Para essa finalidade é
necessário às vezes a retirada parcial ou total de um órgão. Este tipo de
cirurgia tem uma significação menos otimista quando se trata de câncer, neste
caso, a operação curativa é aquela que permite uma sobrevida de alguns anos.
Ex. Apendicectomia, mastectomia total.
2. -Cirurgias reparadoras: Reconstitui artificialmente uma parte do corpo lesada
por enfermidade ou traumatismo. Ex. enxerto de pele em queimados.
- Cirurgias reconstrutoras (plásticas): Realizada com objetivos estéticos ou
reparadores, para fins de embelezamento. Ex. Rinoplastia, mamoplastia, etc.
-Cirurgias para diagnóstico: Realizada com o objetivo de ajudar no
esclarecimento da doença. Ex. laparotomia exploradora, cateterismo cardíaco;
biópsias
*Risco Cardiológico
As cirurgias podem ainda ser classificadas quanto ao porte cirúrgico ou risco
cardiológico (pequeno, médio ou grande porte), ou seja, a probabilidade de
perda de fluidos e sangue durante sua realização.
-Cirurgias de Porte I (Com pequena probabilidade de perda de fluido e sangue):
Cirurgias oftálmicas e otorrinolaringológicas
-Cirurgias de Porte II (Média perda de líquidos, eletrólitos e sangue):
Histerectomia, Prostatectomia.
-Cirurgias de Porte III (Grande perda de líquidos, eletrólitos e sangue):
Transplantes, cirurgias cardíacas, cirurgias neurológicas.
*Duração do procedimento
-Cirurgias de Porte I (Até 2h): Cesariana, curetagem uterine, amigdalectomia
-Cirurgias de Porte II (De 2 a 4h):Histerectomia, colecistectomia
-Cirurgias de Porte III (De 4 a 6h):Revascularização cardíaca
-Cirurgias de Porte IV (+ de 6h): Transplantes, gastroduodenopancreatectomia
*Potencial de contaminação
1.CIRURGIA LIMPA: São aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis
de descontaminação, na ausência do processo infeccioso e inflamatório local
ou falhas técnicas grosseiras; cirurgias eletivas atraumáticas com cicatrização
3. de 1ª intenção e sem drenagem. Cirurgias em que não ocorre penetração nos
tratos digestivo, respiratório e urinário.
Ex: Artroplastia do quadril, C.Cardíaca, Herniorrafia, Neurocirurgias,
Procedimento cirúrgico ortopédico, Anastomose portocava e esplenorrenal,
Ortoplastia, Mastectomia, Enxertos cutâneos, Ooforectomia.
2.CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADA: São aquelas realizadas
em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecido de
difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e
com falhas técnicas discretas no transoperatórios. Cirurgias limpas com
drenagem. Quando ocorre penetração nos tratos digestivos, respiratórios ou
urinário sem contaminação significativa.
Ex: Histerectomia abdominal, C. Intestino delgado (eletiva), C. das vias biliares
sem estase ou obstrução biliar, C. gástrica ou duodenal, Feridas traumáticas
limpas (até 10h após o trauma), Colecistectomia, C. Cardíacas prolongadas
com circulação extracorpórea.
3.CIRURGIA CONTAMINADA: São aquelas realizadas em tecidos
traumatizados recentemente e abertos, colonizados por flora bacteriana
abundante, cuja descontaminação é difícil ou impossível, bem como todas
aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de
supuração local. Presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de 2ª
intenção, grande contaminação a partir do trato digestivo. Obstrução biliar ou
urinária.
Ex: Cirurgia do cólon, Debridamento de queimados, C. bucal e dentária,
Fraturas expostas (10h após o ocorrido), C. da orofaringe, C. gástrica, Câncer,
Úlcera gástrica e C. por obstrução duodenal.
4.CIRURGIA INFECTADA: São intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer
tecido ou órgão, em presença do processo infeccioso(supuração local),Tecido
necrótico, Corpos estranhos e Feridas de origem suja. Ex: C. do reto e ânus
4. com exsudato, C. abdominal com presença de exsudato e conteúdo de cólon,
Nefrectomia com presença de infecção, Presença de vísceras perfuradas,
Colecistectomia por colecistite aguda com empiema.