SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
Baixar para ler offline
Câncer do Colo do Útero
O que é o câncer do colo do útero?
O câncer do colo de útero e a consequência do aparecimento de células anormais que
adequirem a capacidade de se dividir e invadir outros tecidos. Estas células anormais são
consequência, na maioria das vezes, de uma infecção viral crônica com o virus HPV.
Segundo estimativas do INCA, em 2012 serão diagnosticados 17.540 novos casos no Brasil.
O câncer do colo do útero, quando detectado precocemente, é altamente curável.
Lamentavelmente, em nosso país ainda são frequentes as mortes por câncer de colo de
útero, o que denota um diagnostico e tratamento tardios.
Sintomas
Quando inicialmente as células do colo uterino (também conhecido como cervix) se
tornam cancerosas, raramente ocorrem quaisquer sinais de alerta. No entanto, com a
progressão e crescimento do tumor, podem ocorrer os seguintes sintomas:
- Corrimento vaginal anormal
- Sangramento vaginal entre os períodos menstruais
- Sangramento vaginal após a menopausa
- Sangramento ou dor durante a relação sexual
Causa do câncer do colo do útero: HPV
O Papilomavírus humano (HPV) é um grande grupo de vírus. Cerca de 40 tipos podem
infectar as áreas genitais e oral, e alguns têm alto risco de provocar câncer cervical, câncer
de canal anal e câncer na cavidade oral. Não é a simples exposição ao virus que determina
o futuro aparecimento do câncer,já que a maior parte da população é exposta aos virus,
mas somente poucos acabam evoluindo com lesões pre-cancerosas ou cancerosas. Se a
infecção se torna crônica, pode causar alterações nas células do colo do útero, com a
transformação destas células em células cancerosas. A nível mundial, mais de 90% dos
cânceres do colo uterino são causados ​​pela infecção por HPV. Dentre os diversos tipos de
HPV, o HPV 16 e 18 são os que mais frequentemente causam câncer.
Sintomas do HPV
As infecções por HPV geralmente não têm sintomas. Alguns dos vírus HPV podem causar
verrugas genitais, mas estas não são os mesmos tipos associados ao câncer do colo
uterino. É importante mencionar que as verrugas genitais não irão se transformar em
câncer, mesmo se não forem tratadas. Os tipos cancerigenos de HPV podem permanecer
no organismo durante anos , sem causar sintomas.
Quem tem risco de desenvolver o câncer?
HPV é tão comum que a maioria das pessoas que já tiveram relações sexuais - homens e
mulheres – têm o terão o vírus em algum momento da vida. Já que o HPV pode
permanecer sem se manifestar, é possível propagar o virus com facilidade entre parceiros
sexuais. Vale mencionar que a infecção também ocorre em contato genital-oral.
Os preservativos reduzem significativamente o risco de contaminação pelo HPV, mas não
protegem totalmente contra o vírus. HPV também está associado a outros tipos de câncer
como de vulva, vagina, pênis, câncer de canal anal e de cavidade oral, em ambos os sexos.
Como o HPV causa o câncer do colo do útero
Se um dos tipos do HPV permanece no organismo, pode provocar alterações nas células
normais do colo uterino. Estas mudanças pré-cancerosas não significam que você tem
câncer. Mas com o tempo, as células, agora anormais, podem dar lugar a células
cancerosas. Uma vez que o câncer aparece, ele tende a se espalhar pelo colo do útero e
pelas áreas vizinhas. O tempo que leva entre a infecção pelo HPV e o desenvolvimento do
câncer costuma ser superior a 15-20 anos. É por isso que há ampla oportunidade para a
detecção e o tratamento precoce.
Fatores de risco
-Infecção por PapilomavírusVírus Humano (HPV) e o Herpesvírus Tipo II (HSV)
-Fatores sociais (baixa condição sócio-econômica)
-Falta de higiene íntima
- Uso prolongado de contraceptivos orais
-Início da atividade sexual precoce
- Multiplos parceiros sexuais
-Tabagismo, diretamente relacionado com o número de cigarros
Detecção Precoce: Teste de Papanicolau
O Papanicolau, também chamado de esfregaço cérvico-vaginal consiste no raspado do colo
uterino com uma espátula para coleta de material (células) que é colocado em uma lâmina
de vidro. Este material recebe uma preparação especial e é analisado por um médico
patologista que elabora o laudo do teste. O Papanicolau pode revelar anormalidades,
muitas vezes antes de o câncer se estabelecer. Todas as mulheres devem começar a fazer o
teste até três anos depois de se tornarem sexualmente ativas.
O Papanicolau detecta a presença de lesões em até 80% das vezes que ela está presente.
O Papanicolau é um método de rastreamento, também chamado de prevenção
secundária.
Que devo fazer se o teste de Papanicolaou é anormal?
Se o resultado do teste mostra uma anormalidade, poderá ser necessário repetir o
Papanicolau. O seu médico poderá solicitar uma colposcopia, que é exame com a
introdução de uma lente de aumento que permite identificar (visualizar) com precisão o
local e a extensão da doença; ou poderá solicitar uma biópsia para obter uma amostra e
observar melhor as alterações no tecido do colo do útero. Se as células anormais são pré-
cancerosas, elas podem ser removidas ou queimadas.
O que são captura híbrida e hibridização molecular?

São métodos que pesquisam se existe material genético do HPV dentro das células do
organismo humano. Em caso do resultado ser positivo, isto significa que o organismo
entrou em contato com o HPV , mas não é possível predizer quem irá desenvolver lesões. A
captura híbrida é o teste mais utilizado na prática clínica e permite identificar dois grupos
de vírus (de baixo e alto risco oncogênico), além da carga viral.
Biópsia
A biópsia envolve a remoção de tecido do colo do útero para exame em um laboratório.
Um médico patologista irá analisar a amostra de tecido em busca de alterações, células
pré-cancerosas e células cancerosas. O diagnóstico da doença será emitido pelo
patologista.
Estágios do câncer de colo do útero
Estágio 0: as células cancerígenas são encontradas apenas na superfície do colo do útero.
Cânceres mais invasivos são separados em quatro estágios. Estágio I: quando o câncer não
se espalhou para além do colo do útero. Estágio II significa que o tumor se espalhou para a
parte superior da vagina. Estágio III: se estende para a parte inferior da vagina e acomete
estruturas vizinhas. Estágio IV: o tumor atingiu a bexiga ou o reto, ou células cancerosas se
espalharam para outras partes do corpo (metástases).
Tratamento: Cirurgia
Se o câncer não progrediu ultrapassando o Estagio II, a cirurgia geralmente é
recomendada, com intuito de remover qualquer tecido que possa conter células
cancerosas. Normalmente, isso envolve uma histerectomia, a remoção do colo do útero e
do útero, bem como alguns dos tecidos circundantes. O cirurgião também pode remover
as trompas de Falópio, ovários, e os gânglios linfáticos perto do tumor.
Tratamento: Radioterapia
A Radioterapia externa utiliza raios-X de alta energia para matar as células cancerosas. Ela
também pode ajudar a destruir as células cancerígenas remanescentes após a cirurgia.
A Radiação interna ou braquiterapia, utiliza material radioativo que é inserido no fundo da
vagina, encostado no colo de útero. Mulheres com câncer do colo do útero são
frequentemente tratadas com uma combinação de radioterapia e quimioterapia. Os efeitos
colaterais podem incluir anemia, cansaço, malestar geral, náuseas, vômitos e diarréia.
Tratamento: Quimioterapia
Quimioterapia é uma modalidade de tratamento chamado de sistêmico (a medicação se
espalha por todo o corpo), e consiste em medicamentos que matam células cancerosas ,
mas lamentavelmente também matam células normais, levando a efeitos colaterais.
Quando o câncer do colo do útero se espalhou para órgãos distantes, a quimioterapia
pode ser a opção de tratamento principal. Dependendo do tipo de medicamentos e das
doses, os efeitos colaterais podem incluir fadiga, perda de cabelo, náuseas, vômitos e
perda de apetite.
Enfrentando meu tratamento
Os tratamentos podem fazer com que você fique cansada e podem diminuir o seu apetite.
É importante consumir uma qauntidade suficiente de calorias para manter um peso
estável. Converse com seu médico sobre a possibilidade de fazer um acompanhamento
com um nutricionista, para obter dicas sobre alimentação e nutrição durante o tratamento.
Manter-se ativo também é importante. Exercício leve pode aumentar a sua energia,
reduzindo náuseas e estresse. Consulte com seu médico para saber quais atividades são as
mais adequadas para você.
Câncer do colo do útero e Fertilidade
O tratamento para o câncer de colo do útero muitas vezes envolve a retirada do útero e
pode também envolver a remoção dos ovários, descartando assim a possibilidade de uma
futura gravidez. No entanto, se o câncer é diagnosticado precocemente, pode ser feita uma
tentativa de tratamento menos agressivo e que possa permitir uma potencial gravidez
subsequente. Um procedimento chamado de traquelectomia pode remover o colo do
útero e parte da vagina, deixando a maioria do útero intacto.
Prevenção do câncer do colo do útero
A principal forma de prevenção é a detecção precoce através do Papanicolau.
Idealmente, toda relação sexual deveria ocorrer com uma proteção de barreira, evitando
assim a contaminação e infecçãopelo HPV.
Vacinas já estão disponíveis contra os dois tipos de HPV mais frequentemente associados
ao câncer cervical. Para ambos os tipos, se requerem três doses ao longo de um período
de seis meses.
Estudos sugerem que as vacinas são eficazes na prevenção de infecções crônicas com os
dois tipos de HPV que causam 70% dos cânceres cervicais.
Quem deve receber a vacina contra o HPV?
As vacinas só são utilizadas para prevenir, e não tratar, a infecção pelo HPV.
Elas são mais eficazes se administradas antes que o indivíduo se torne sexualmente ativo.
A indicação atual da vacina é para a população feminina de 9 a 26 anos.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que a vacinação rotineira contra HPV seja
incluída nos programas nacionais de imunização, incluindo nisto a vacinação de meninos e
homens, já que estes são transmissores do virus, embora raramente sejam afetados por
câncer (de pênis)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Outubro rosa - câncer de mama e do colo do útero
Outubro rosa - câncer de mama e do colo do úteroOutubro rosa - câncer de mama e do colo do útero
Outubro rosa - câncer de mama e do colo do úteroPaulaRhuama
 
Um toque de carinho!
Um toque de carinho!Um toque de carinho!
Um toque de carinho!Cátia Costa
 
Tudo sobre Câncer do Colo do Útero
Tudo sobre Câncer do Colo do ÚteroTudo sobre Câncer do Colo do Útero
Tudo sobre Câncer do Colo do ÚteroOncoguia
 
Câncer de mama, aspectos anatômicos e fisiológicos.
Câncer de mama, aspectos anatômicos e fisiológicos.Câncer de mama, aspectos anatômicos e fisiológicos.
Câncer de mama, aspectos anatômicos e fisiológicos.Harriane Rangel
 
eBook - Câncer de mama
eBook - Câncer de mamaeBook - Câncer de mama
eBook - Câncer de mamaGnTech
 
Câncer de cólo de útero
Câncer de cólo de úteroCâncer de cólo de útero
Câncer de cólo de úteroRoberta Araujo
 
Cancer de mama completo
Cancer de mama completoCancer de mama completo
Cancer de mama completoBarbaraqsms
 
Falando sobre câncer de colo de útero
Falando sobre câncer de colo de úteroFalando sobre câncer de colo de útero
Falando sobre câncer de colo de úteroLetícia Spina Tapia
 
Palestra sobre Cânce do cólo do Útero e Câncer de Mama
Palestra sobre Cânce do cólo do Útero e Câncer de MamaPalestra sobre Cânce do cólo do Útero e Câncer de Mama
Palestra sobre Cânce do cólo do Útero e Câncer de Mamapralucianaevangelista
 
Previna o cancer do colo de útero
Previna o cancer do colo de úteroPrevina o cancer do colo de útero
Previna o cancer do colo de úteroCLESIOANDRADE
 

Mais procurados (20)

Outubro rosa
Outubro rosaOutubro rosa
Outubro rosa
 
Tudo sobre a Saúde da Mama
Tudo sobre a Saúde da MamaTudo sobre a Saúde da Mama
Tudo sobre a Saúde da Mama
 
Outubro rosa - câncer de mama e do colo do útero
Outubro rosa - câncer de mama e do colo do úteroOutubro rosa - câncer de mama e do colo do útero
Outubro rosa - câncer de mama e do colo do útero
 
Câncer de mama
Câncer de mamaCâncer de mama
Câncer de mama
 
Cancer do cólo do útero pronto
Cancer do cólo do útero prontoCancer do cólo do útero pronto
Cancer do cólo do útero pronto
 
Um toque de carinho!
Um toque de carinho!Um toque de carinho!
Um toque de carinho!
 
Câncer de mama
 Câncer de mama Câncer de mama
Câncer de mama
 
Cancer de colo do utero
Cancer de colo do utero Cancer de colo do utero
Cancer de colo do utero
 
Tudo sobre Câncer do Colo do Útero
Tudo sobre Câncer do Colo do ÚteroTudo sobre Câncer do Colo do Útero
Tudo sobre Câncer do Colo do Útero
 
Cancer colo do utero
Cancer colo do uteroCancer colo do utero
Cancer colo do utero
 
Câncer de mama, aspectos anatômicos e fisiológicos.
Câncer de mama, aspectos anatômicos e fisiológicos.Câncer de mama, aspectos anatômicos e fisiológicos.
Câncer de mama, aspectos anatômicos e fisiológicos.
 
eBook - Câncer de mama
eBook - Câncer de mamaeBook - Câncer de mama
eBook - Câncer de mama
 
Câncer de cólo de útero
Câncer de cólo de úteroCâncer de cólo de útero
Câncer de cólo de útero
 
Cancer de mama completo
Cancer de mama completoCancer de mama completo
Cancer de mama completo
 
Falando sobre câncer de colo de útero
Falando sobre câncer de colo de úteroFalando sobre câncer de colo de útero
Falando sobre câncer de colo de útero
 
Cancer de Mama
Cancer de MamaCancer de Mama
Cancer de Mama
 
Prevenção de câncer de colo do útero
Prevenção de câncer de colo do úteroPrevenção de câncer de colo do útero
Prevenção de câncer de colo do útero
 
Palestra sobre Cânce do cólo do Útero e Câncer de Mama
Palestra sobre Cânce do cólo do Útero e Câncer de MamaPalestra sobre Cânce do cólo do Útero e Câncer de Mama
Palestra sobre Cânce do cólo do Útero e Câncer de Mama
 
Câncer de mama
Câncer de mamaCâncer de mama
Câncer de mama
 
Previna o cancer do colo de útero
Previna o cancer do colo de úteroPrevina o cancer do colo de útero
Previna o cancer do colo de útero
 

Destaque

Apresentação de sábado
Apresentação de sábadoApresentação de sábado
Apresentação de sábadoCarlos Lima
 
Se cuidar está na moda
Se cuidar está na modaSe cuidar está na moda
Se cuidar está na modaluisadettoni
 
Tecnologia, Humanização e Acesso - Rafael Kaliks
Tecnologia, Humanização e Acesso - Rafael KaliksTecnologia, Humanização e Acesso - Rafael Kaliks
Tecnologia, Humanização e Acesso - Rafael KaliksOncoguia
 
Webquest estatuto da criança e do adolescente
Webquest   estatuto da criança e do adolescenteWebquest   estatuto da criança e do adolescente
Webquest estatuto da criança e do adolescenteInes Santos
 
Programa de maografia 2014 de itapé
Programa de maografia 2014 de itapéPrograma de maografia 2014 de itapé
Programa de maografia 2014 de itapéTiago Simeão
 
CÂ N C E R D E M A M A
CÂ N C E R  D E  M A M ACÂ N C E R  D E  M A M A
CÂ N C E R D E M A M Aguest6791d1
 
Aplicativo Outubro Rosa Tacaruna
Aplicativo Outubro Rosa TacarunaAplicativo Outubro Rosa Tacaruna
Aplicativo Outubro Rosa Tacarunafishybr
 
1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...
1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...
1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...bibliotecasaude
 
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...Eno Filho
 
Auto exame
Auto exameAuto exame
Auto exameSesauTO
 
Cartilha Campanha Outubro Rosa 2014 - Câncer de Mama: é preciso falar disso
Cartilha Campanha Outubro Rosa 2014 - Câncer de Mama: é preciso falar dissoCartilha Campanha Outubro Rosa 2014 - Câncer de Mama: é preciso falar disso
Cartilha Campanha Outubro Rosa 2014 - Câncer de Mama: é preciso falar dissoFarmacêutico Digital
 
Câncer de Mama - SIPAT 2013
Câncer de Mama - SIPAT 2013Câncer de Mama - SIPAT 2013
Câncer de Mama - SIPAT 2013Camila Ferreira
 

Destaque (20)

Apresentação de sábado
Apresentação de sábadoApresentação de sábado
Apresentação de sábado
 
Se cuidar está na moda
Se cuidar está na modaSe cuidar está na moda
Se cuidar está na moda
 
Saude da mulher
Saude da mulherSaude da mulher
Saude da mulher
 
Tecnologia, Humanização e Acesso - Rafael Kaliks
Tecnologia, Humanização e Acesso - Rafael KaliksTecnologia, Humanização e Acesso - Rafael Kaliks
Tecnologia, Humanização e Acesso - Rafael Kaliks
 
Saúde escolar final
Saúde escolar finalSaúde escolar final
Saúde escolar final
 
Webquest estatuto da criança e do adolescente
Webquest   estatuto da criança e do adolescenteWebquest   estatuto da criança e do adolescente
Webquest estatuto da criança e do adolescente
 
Programa de maografia 2014 de itapé
Programa de maografia 2014 de itapéPrograma de maografia 2014 de itapé
Programa de maografia 2014 de itapé
 
CÂ N C E R D E M A M A
CÂ N C E R  D E  M A M ACÂ N C E R  D E  M A M A
CÂ N C E R D E M A M A
 
Aplicativo Outubro Rosa Tacaruna
Aplicativo Outubro Rosa TacarunaAplicativo Outubro Rosa Tacaruna
Aplicativo Outubro Rosa Tacaruna
 
1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...
1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...
1770-L - Rede Câncer nº 9 - Ações de controle do câncer de mama e do colo do ...
 
Auto-Exame de Mamas - IBCC
Auto-Exame de Mamas - IBCCAuto-Exame de Mamas - IBCC
Auto-Exame de Mamas - IBCC
 
Gin 3 corrimento vaginal
Gin 3 corrimento vaginalGin 3 corrimento vaginal
Gin 3 corrimento vaginal
 
Mama amiga
Mama amigaMama amiga
Mama amiga
 
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
 
Auto exame
Auto exameAuto exame
Auto exame
 
Cartilha Campanha Outubro Rosa 2014 - Câncer de Mama: é preciso falar disso
Cartilha Campanha Outubro Rosa 2014 - Câncer de Mama: é preciso falar dissoCartilha Campanha Outubro Rosa 2014 - Câncer de Mama: é preciso falar disso
Cartilha Campanha Outubro Rosa 2014 - Câncer de Mama: é preciso falar disso
 
Ca de mama
Ca de mamaCa de mama
Ca de mama
 
Auto Exame Das Mamas
Auto Exame Das MamasAuto Exame Das Mamas
Auto Exame Das Mamas
 
Câncer de Mama - SIPAT 2013
Câncer de Mama - SIPAT 2013Câncer de Mama - SIPAT 2013
Câncer de Mama - SIPAT 2013
 
Câncer de mama
Câncer de mamaCâncer de mama
Câncer de mama
 

Semelhante a Câncer de colo

Câncer de Colo do Útero
Câncer de Colo do ÚteroCâncer de Colo do Útero
Câncer de Colo do ÚteroOncoguia
 
Hpv seminário de microbiologia
Hpv  seminário de microbiologiaHpv  seminário de microbiologia
Hpv seminário de microbiologiaLaíz Coutinho
 
Cancro do Colo do Útero
Cancro do Colo do ÚteroCancro do Colo do Útero
Cancro do Colo do Úteroaafmrap
 
Microscopia Citopatologia Clínica
Microscopia Citopatologia ClínicaMicroscopia Citopatologia Clínica
Microscopia Citopatologia ClínicaPatrícia Prates
 
o papel do profissional de enfermagem na prevenção contra o câncer de colo de...
o papel do profissional de enfermagem na prevenção contra o câncer de colo de...o papel do profissional de enfermagem na prevenção contra o câncer de colo de...
o papel do profissional de enfermagem na prevenção contra o câncer de colo de...Vitoria Rocha
 
SLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptx
SLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptxSLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptx
SLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptxGlauciaVieira16
 
Apresentaohpv 090413110804-phpapp01
Apresentaohpv 090413110804-phpapp01Apresentaohpv 090413110804-phpapp01
Apresentaohpv 090413110804-phpapp01Gardênia Souza
 
Doenças Sexualmente Transmissíveis
Doenças Sexualmente TransmissíveisDoenças Sexualmente Transmissíveis
Doenças Sexualmente TransmissíveisTomás Pinto
 
AULA 08 - CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E MAMA.pptx
AULA 08 - CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E MAMA.pptxAULA 08 - CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E MAMA.pptx
AULA 08 - CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E MAMA.pptxVanessaAlvesDeSouza4
 
Câncer de Ovário
Câncer de OvárioCâncer de Ovário
Câncer de OvárioOncoguia
 
2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptxItauanaAlmeida1
 
importancia do conhecimento do Cancro da mama.ppt
importancia do conhecimento do Cancro da mama.pptimportancia do conhecimento do Cancro da mama.ppt
importancia do conhecimento do Cancro da mama.pptvalentimamuge
 
aula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdf
aula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdfaula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdf
aula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdfAndreiaCosta151227
 

Semelhante a Câncer de colo (20)

Câncer de Colo do Útero
Câncer de Colo do ÚteroCâncer de Colo do Útero
Câncer de Colo do Útero
 
Hpv seminário de microbiologia
Hpv  seminário de microbiologiaHpv  seminário de microbiologia
Hpv seminário de microbiologia
 
Cancro do Colo do Útero
Cancro do Colo do ÚteroCancro do Colo do Útero
Cancro do Colo do Útero
 
Hpv tira15
Hpv tira15Hpv tira15
Hpv tira15
 
Microscopia Citopatologia Clínica
Microscopia Citopatologia ClínicaMicroscopia Citopatologia Clínica
Microscopia Citopatologia Clínica
 
o papel do profissional de enfermagem na prevenção contra o câncer de colo de...
o papel do profissional de enfermagem na prevenção contra o câncer de colo de...o papel do profissional de enfermagem na prevenção contra o câncer de colo de...
o papel do profissional de enfermagem na prevenção contra o câncer de colo de...
 
SLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptx
SLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptxSLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptx
SLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptx
 
Hpv
HpvHpv
Hpv
 
Hpv
HpvHpv
Hpv
 
Ist hpv
Ist hpvIst hpv
Ist hpv
 
Apresentaohpv 090413110804-phpapp01
Apresentaohpv 090413110804-phpapp01Apresentaohpv 090413110804-phpapp01
Apresentaohpv 090413110804-phpapp01
 
Artigo hpv dra gloria
Artigo hpv dra gloriaArtigo hpv dra gloria
Artigo hpv dra gloria
 
Doenças Sexualmente Transmissíveis
Doenças Sexualmente TransmissíveisDoenças Sexualmente Transmissíveis
Doenças Sexualmente Transmissíveis
 
AULA 08 - CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E MAMA.pptx
AULA 08 - CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E MAMA.pptxAULA 08 - CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E MAMA.pptx
AULA 08 - CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E MAMA.pptx
 
Slide cancer 2.0
Slide cancer 2.0Slide cancer 2.0
Slide cancer 2.0
 
HPV
HPVHPV
HPV
 
Câncer de Ovário
Câncer de OvárioCâncer de Ovário
Câncer de Ovário
 
2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
 
importancia do conhecimento do Cancro da mama.ppt
importancia do conhecimento do Cancro da mama.pptimportancia do conhecimento do Cancro da mama.ppt
importancia do conhecimento do Cancro da mama.ppt
 
aula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdf
aula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdfaula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdf
aula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdf
 

Câncer de colo

  • 1. Câncer do Colo do Útero
  • 2. O que é o câncer do colo do útero? O câncer do colo de útero e a consequência do aparecimento de células anormais que adequirem a capacidade de se dividir e invadir outros tecidos. Estas células anormais são consequência, na maioria das vezes, de uma infecção viral crônica com o virus HPV. Segundo estimativas do INCA, em 2012 serão diagnosticados 17.540 novos casos no Brasil. O câncer do colo do útero, quando detectado precocemente, é altamente curável. Lamentavelmente, em nosso país ainda são frequentes as mortes por câncer de colo de útero, o que denota um diagnostico e tratamento tardios.
  • 3. Sintomas Quando inicialmente as células do colo uterino (também conhecido como cervix) se tornam cancerosas, raramente ocorrem quaisquer sinais de alerta. No entanto, com a progressão e crescimento do tumor, podem ocorrer os seguintes sintomas: - Corrimento vaginal anormal - Sangramento vaginal entre os períodos menstruais - Sangramento vaginal após a menopausa - Sangramento ou dor durante a relação sexual
  • 4. Causa do câncer do colo do útero: HPV O Papilomavírus humano (HPV) é um grande grupo de vírus. Cerca de 40 tipos podem infectar as áreas genitais e oral, e alguns têm alto risco de provocar câncer cervical, câncer de canal anal e câncer na cavidade oral. Não é a simples exposição ao virus que determina o futuro aparecimento do câncer,já que a maior parte da população é exposta aos virus, mas somente poucos acabam evoluindo com lesões pre-cancerosas ou cancerosas. Se a infecção se torna crônica, pode causar alterações nas células do colo do útero, com a transformação destas células em células cancerosas. A nível mundial, mais de 90% dos cânceres do colo uterino são causados ​​pela infecção por HPV. Dentre os diversos tipos de HPV, o HPV 16 e 18 são os que mais frequentemente causam câncer.
  • 5. Sintomas do HPV As infecções por HPV geralmente não têm sintomas. Alguns dos vírus HPV podem causar verrugas genitais, mas estas não são os mesmos tipos associados ao câncer do colo uterino. É importante mencionar que as verrugas genitais não irão se transformar em câncer, mesmo se não forem tratadas. Os tipos cancerigenos de HPV podem permanecer no organismo durante anos , sem causar sintomas.
  • 6. Quem tem risco de desenvolver o câncer? HPV é tão comum que a maioria das pessoas que já tiveram relações sexuais - homens e mulheres – têm o terão o vírus em algum momento da vida. Já que o HPV pode permanecer sem se manifestar, é possível propagar o virus com facilidade entre parceiros sexuais. Vale mencionar que a infecção também ocorre em contato genital-oral. Os preservativos reduzem significativamente o risco de contaminação pelo HPV, mas não protegem totalmente contra o vírus. HPV também está associado a outros tipos de câncer como de vulva, vagina, pênis, câncer de canal anal e de cavidade oral, em ambos os sexos.
  • 7. Como o HPV causa o câncer do colo do útero Se um dos tipos do HPV permanece no organismo, pode provocar alterações nas células normais do colo uterino. Estas mudanças pré-cancerosas não significam que você tem câncer. Mas com o tempo, as células, agora anormais, podem dar lugar a células cancerosas. Uma vez que o câncer aparece, ele tende a se espalhar pelo colo do útero e pelas áreas vizinhas. O tempo que leva entre a infecção pelo HPV e o desenvolvimento do câncer costuma ser superior a 15-20 anos. É por isso que há ampla oportunidade para a detecção e o tratamento precoce.
  • 8. Fatores de risco -Infecção por PapilomavírusVírus Humano (HPV) e o Herpesvírus Tipo II (HSV) -Fatores sociais (baixa condição sócio-econômica) -Falta de higiene íntima - Uso prolongado de contraceptivos orais -Início da atividade sexual precoce - Multiplos parceiros sexuais -Tabagismo, diretamente relacionado com o número de cigarros
  • 9. Detecção Precoce: Teste de Papanicolau O Papanicolau, também chamado de esfregaço cérvico-vaginal consiste no raspado do colo uterino com uma espátula para coleta de material (células) que é colocado em uma lâmina de vidro. Este material recebe uma preparação especial e é analisado por um médico patologista que elabora o laudo do teste. O Papanicolau pode revelar anormalidades, muitas vezes antes de o câncer se estabelecer. Todas as mulheres devem começar a fazer o teste até três anos depois de se tornarem sexualmente ativas. O Papanicolau detecta a presença de lesões em até 80% das vezes que ela está presente. O Papanicolau é um método de rastreamento, também chamado de prevenção secundária.
  • 10. Que devo fazer se o teste de Papanicolaou é anormal? Se o resultado do teste mostra uma anormalidade, poderá ser necessário repetir o Papanicolau. O seu médico poderá solicitar uma colposcopia, que é exame com a introdução de uma lente de aumento que permite identificar (visualizar) com precisão o local e a extensão da doença; ou poderá solicitar uma biópsia para obter uma amostra e observar melhor as alterações no tecido do colo do útero. Se as células anormais são pré- cancerosas, elas podem ser removidas ou queimadas.
  • 11. O que são captura híbrida e hibridização molecular?
 São métodos que pesquisam se existe material genético do HPV dentro das células do organismo humano. Em caso do resultado ser positivo, isto significa que o organismo entrou em contato com o HPV , mas não é possível predizer quem irá desenvolver lesões. A captura híbrida é o teste mais utilizado na prática clínica e permite identificar dois grupos de vírus (de baixo e alto risco oncogênico), além da carga viral.
  • 12. Biópsia A biópsia envolve a remoção de tecido do colo do útero para exame em um laboratório. Um médico patologista irá analisar a amostra de tecido em busca de alterações, células pré-cancerosas e células cancerosas. O diagnóstico da doença será emitido pelo patologista.
  • 13. Estágios do câncer de colo do útero Estágio 0: as células cancerígenas são encontradas apenas na superfície do colo do útero. Cânceres mais invasivos são separados em quatro estágios. Estágio I: quando o câncer não se espalhou para além do colo do útero. Estágio II significa que o tumor se espalhou para a parte superior da vagina. Estágio III: se estende para a parte inferior da vagina e acomete estruturas vizinhas. Estágio IV: o tumor atingiu a bexiga ou o reto, ou células cancerosas se espalharam para outras partes do corpo (metástases).
  • 14. Tratamento: Cirurgia Se o câncer não progrediu ultrapassando o Estagio II, a cirurgia geralmente é recomendada, com intuito de remover qualquer tecido que possa conter células cancerosas. Normalmente, isso envolve uma histerectomia, a remoção do colo do útero e do útero, bem como alguns dos tecidos circundantes. O cirurgião também pode remover as trompas de Falópio, ovários, e os gânglios linfáticos perto do tumor.
  • 15. Tratamento: Radioterapia A Radioterapia externa utiliza raios-X de alta energia para matar as células cancerosas. Ela também pode ajudar a destruir as células cancerígenas remanescentes após a cirurgia. A Radiação interna ou braquiterapia, utiliza material radioativo que é inserido no fundo da vagina, encostado no colo de útero. Mulheres com câncer do colo do útero são frequentemente tratadas com uma combinação de radioterapia e quimioterapia. Os efeitos colaterais podem incluir anemia, cansaço, malestar geral, náuseas, vômitos e diarréia.
  • 16. Tratamento: Quimioterapia Quimioterapia é uma modalidade de tratamento chamado de sistêmico (a medicação se espalha por todo o corpo), e consiste em medicamentos que matam células cancerosas , mas lamentavelmente também matam células normais, levando a efeitos colaterais. Quando o câncer do colo do útero se espalhou para órgãos distantes, a quimioterapia pode ser a opção de tratamento principal. Dependendo do tipo de medicamentos e das doses, os efeitos colaterais podem incluir fadiga, perda de cabelo, náuseas, vômitos e perda de apetite.
  • 17. Enfrentando meu tratamento Os tratamentos podem fazer com que você fique cansada e podem diminuir o seu apetite. É importante consumir uma qauntidade suficiente de calorias para manter um peso estável. Converse com seu médico sobre a possibilidade de fazer um acompanhamento com um nutricionista, para obter dicas sobre alimentação e nutrição durante o tratamento. Manter-se ativo também é importante. Exercício leve pode aumentar a sua energia, reduzindo náuseas e estresse. Consulte com seu médico para saber quais atividades são as mais adequadas para você.
  • 18. Câncer do colo do útero e Fertilidade O tratamento para o câncer de colo do útero muitas vezes envolve a retirada do útero e pode também envolver a remoção dos ovários, descartando assim a possibilidade de uma futura gravidez. No entanto, se o câncer é diagnosticado precocemente, pode ser feita uma tentativa de tratamento menos agressivo e que possa permitir uma potencial gravidez subsequente. Um procedimento chamado de traquelectomia pode remover o colo do útero e parte da vagina, deixando a maioria do útero intacto.
  • 19. Prevenção do câncer do colo do útero A principal forma de prevenção é a detecção precoce através do Papanicolau. Idealmente, toda relação sexual deveria ocorrer com uma proteção de barreira, evitando assim a contaminação e infecçãopelo HPV. Vacinas já estão disponíveis contra os dois tipos de HPV mais frequentemente associados ao câncer cervical. Para ambos os tipos, se requerem três doses ao longo de um período de seis meses. Estudos sugerem que as vacinas são eficazes na prevenção de infecções crônicas com os dois tipos de HPV que causam 70% dos cânceres cervicais.
  • 20. Quem deve receber a vacina contra o HPV? As vacinas só são utilizadas para prevenir, e não tratar, a infecção pelo HPV. Elas são mais eficazes se administradas antes que o indivíduo se torne sexualmente ativo. A indicação atual da vacina é para a população feminina de 9 a 26 anos. A Organização Mundial da Saúde recomenda que a vacinação rotineira contra HPV seja incluída nos programas nacionais de imunização, incluindo nisto a vacinação de meninos e homens, já que estes são transmissores do virus, embora raramente sejam afetados por câncer (de pênis)