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O MERCADO DA CACHAÇA NO BRASIL


O BRASIL possui capacidade instalada de produção de Cachaça de
aproximadamente 1,4 bilhão de litros. Atualmente, são mais de 40 mil
produtores (4 mil marcas). As micro-empresas correspondem a 99% do total
de produtores. Suas atividades agropecuárias incluem a produção de milho,
feijão, café, e leite, entre outras, e a produção de Cachaça. O setor da
Cachaça é responsável pela geração de mais de 600 mil empregos, diretos e
indiretos.
Os estados brasileiros que mais se destacam na produção da cachaça são:
São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba.
Os principais estados consumidores são:São Paulo, Pernambuco, Rio de
Janeiro, Ceará, Bahia e Minas Gerais.




Dos cerca de 1,4 bilhões de litros de cachaça produzidos anualmente no Brasil,
30% são de cachaça de alambique e 70% de cachaça de coluna ou industrial.

A cachaça é o terceiro destilado mais consumido no mundo e no mercado
nacional tem 86% do market share do mercado de destilados.
Estima-se que no Brasil existam 1,2 milhões de pontos de vendas de cachaça.

A cachaça é o produto que mais tem a cara brasileira segundo a pesquisa de
opinião do Centro de Indústria do Estado de São Paulo, tendo ficado em
segundo lugar, logo após o Petróleo da Petrobrás e antes do café que ficou
com o terceiro posto. Se levarmos em conta que o petróleo e o café tem em
praticamente todo o mundo e a cachaça só no Brasil; é evidente que ela ocupa
o primeiro posto em preferência e importância.
A participação de mercado das principais marcas em 2006 (estimativa) pode ser
visualizada no gráfico a seguir:




Como em todos os setores, as dificuldades conjunturais não são poucas e a
carga tributária, muito pesada. O que acaba estimulando como já foi dito a
informalidade e a competição desleal, indo da sonegação fiscal à falsificação e
até mesmo o contrabando. Veja quadro a seguir.
Apesar de ser o destilado mais consumido no Brasil, o investimento anual em
mídia não faz jus a esse consumo e prejudica o seu crescimento, com reflexos
no mercado externo.
O quadro a seguir mostra com muita clareza os investimentos anuais em mídia,
incluindo a cachaça no item aguardentes, demonstrando de forma clara a falta
de investimentos, pois dos 21,3 milhões investidos anualmente mais de 90%
são das cachaças de coluna.




A cerveja investe, anualmente, cerca de 10 vezes mais do que os alcoólicos
destilados e 24 vezes mais do que as aguardentes ou cachaça.
É evidente que esse investimento reflete no consumo e na imagem do produto
nos mercados interno e externo, e, principalmente, no verão em eventos como
o carnaval e no frio com o vinho e os destilados.

As batidas, lideradas pela popular caipirinha, é um outro nicho de mercado
explorado pela cachaça. O êxito dá-se devido, principalmente, à variedade de
frutas no Brasil que possibilita uma infinidade de misturas e drinques, com um
teor alcoólico mais baixo. Neste nicho a vodca vem gradativamente ganhando
fatias desse mercado pela ignorância dos donos de bares e restaurantes no
sentido de fazer a caipirinha com cachaça utilizando a cachaça da “roça” sem
origem e informal por ser mais rentável, mas que resulta numa caipirinha
sem padrão.

No mercado brasileiro, convivem atualmente, dois produtos que apesar de ter o
mesmo nome “cachaça” e a mesma matéria prima: a cana-de-açúcar, tem
processos de produção diferenciados e são sensorial e organolépticamente
produtos distintos, estamos falando da cachaça de coluna ou industrial e a
cachaça de alambique.

Hoje ocupam as gôndolas dos supermercados e hipermercados                   e
“delikatessem” cachaças que variam de R$ 3,00 a R$ 250,00.

Estima-se, também; que atualmente já temos cerca de 5000 marcas registradas
e disputando espaço no mercado o que torna a competição por espaço nas
gôndolas uma luta ferrenha.

A média de crescimento desse mercado vem se mantendo em torno de 10% ao
ano, desde a década de 90. Em 1980, o consumo nacional per capita foi da
ordem de 4,8 litros; em 1990 subiu para 7,0 litros; em 2000, chegou a 11,0
litros; havendo estimativas de que em 2015 alcance a marca de 15,0 litros
anuais por consumidor. Alguns institutos indicam, todavia um consumo na
faixa de 5,2 litros per capita.
As tendências dos diferentes tipos de mercado para a cachaça apontam para as
seguintes situações:

   •   A cachaça de coluna continuará sendo um produto de consumo massivo,
       comercializado no mercado nacional, com as mesmas tendências de
       crescimento verificadas nos últimos anos. Só o mercado da cidade de São Paulo
       consome mais de 1 milhão de doses de cachaça/dia, na grande maioria,
       cachaça de coluna;

   •   Os mercados para a cachaça de alambique despontam dentro de
       padrões de qualidade reconhecidos, representados pelos consumidores
       de maior poder aquisitivo que estão aderindo aos resultados da grande
       mídia alcançada em eventos como a Expocachaça - Feira e Festival
       Internacional da Cachaça . Esta feira realizada anualmente no mês de
       junho, em Belo Horizonte, alcança mais de 3 milhões de reais em mídia
       paga e espontânea ( mais de 10% da mídia anual da cachaça ). As
       campanhas de marketing da cachaça de alambique praticamente não
       existem, se resumindo, na maioria das vezes, à participação em
       concursos e degustações gratuitas em eventos que se somam ao
       crescimento das cachaçarias, das cartas de cachaça em restaurantes e
       bares, das confrarias, academias e clubes da cachaça.



  O Mercado para a cachaça de alambique

A cachaça de alambique, produzida em escala menor e quase que
artesanalmente em alambiques de cobre, difere bastante da cachaça de coluna
de consumo massivo, uma vez que apresenta qualidades sensoriais,
organolépticas e de paladar distintas. Dos perto de 2 bilhões de litros de
produção anual de cachaça, estima-se que 30% são de cachaça de alambique
e 70% são de cachaça de coluna ou industrial.
As diferenças entre os destilados (processo e produto final) implicam em
posicionamentos específicos com referência à segmentação de mercado, preço,
estratégias e gestão de canais. E quando se fala em cachaças certificadas a
segmentação ainda é maior.


 O mercado clandestino ou informal da cachaça de alambique é um regulador
da oferta, pois absorve os excedentes da produção legalizada, mantendo,
assim, os níveis de estoque de cachaça em processo de envelhecimento em
posição de equilíbrio com a capacidade de tancagem? Não, ela concorre de
forma desleal e predatória com a cachaça legalizada e prejudica a imagem do
produto e coloca em risco a saúde dos consumidores. Cabe salientar, ainda,
que ela disputa espaço, também, com o mercado da cachaça de coluna nas
regiões onde vendem na informalidade

Na verdade, a pulverização de marcas da cachaça de alambique, a pequena
escala de produção dessas marcas e a reduzida capacidade comercial e
econômica dessas empresas, fazem com que os investimentos em mídia sejam
praticamente nulos, elas não têm massa crítica para arcar com os altos custos
de um comercial, se restringindo a ações de degustação e participação em
algumas feiras setoriais, o que não é suficiente para a ampliação do market
share da cachaça de alambique e a conquista de uma imagem suficientemente
forte para ampliar as suas exportações.

A predominância da clandestinidade da cachaça de alambique restringe o
mercado aos limites da própria região de produção ou aos horizontes da
porteira da fazenda. Quando muito ela alcança outras praças pelas mãos dos
atravessadores que tem nos bares da periferia o seu maior mercado.

No segmento legalizado, a distribuição é ainda muito deficiente, e o foco de
algumas marcas são as praças das grandes cidades através de distribuidores.
Ainda existem grandes praças inexploradas, como a Região Sul, São Paulo
capital e interior e Rio de Janeiro, principalmente os segmentos de renda per
capita mais elevada, mas muito mal trabalhados pelos produtores.
O MERCADO INTERNACIONAL DA CACHAÇA

O Decreto número 4.062 de 21/12/2001, define e protege as expressões
“Cachaça”, “Brasil”, “Cachaça do Brasil “ e “Caipirinha”, como de “uso restrito
aos produtores estabelecidos no País”. Abaixo temos a definição legal da
cachaça:

A cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, com

graduação alcoólica de 38 a 48% em volume, a 20 graus Celsius, obtida pela destilação do

mosto fermentado de cana-de-açúcar com características sensoriais peculiares, podendo ser

adicionada de açúcares até seis gramas por litro, expressos em sacarose. (DECRETO nº 4.851,

DE 02.10.2003).


Esse foi um dos primeiros passos para o Brasil proteger sua bebida nacional,
assim como a Escócia o fez com o seu Whisky, a França com o Champagne e
Cognac e o México com a sua Tequila, assim como tantas outras bebidas típicas
de diversos países.

 Minas Gerais foi primeiro estado brasileiro a aprovar legislação para a
regulamentação e proteção à produção de cachaça. No dia 11/07/2001 foi
sancionada a Lei Estadual número 11.949, “que estabelece o processo de
produção da cachaça de Minas gerais e dá outras providências”.

Bebida destilada mais consumida no Brasil, com 86% do consumo total de
destilados, 3º destilado mais consumido no mundo, a cachaça, apesar dos
cerca de 1,4 bilhões de litros de produção anual, exporta menos de 1%
deste total e arrecada cerca de 12 milhões de dólares, enquanto a Escócia
exporta cerca de 85% de sua produção anual de whisky e fatura mais de 1
bilhão de dólares e o México cerca de 52%.
Apesar das exportações de cachaça serem ainda muito tímidas e pouco
expressivas, no que tange à participação relativa de cada categoria de produto
ou “mix de exportação” as bebidas espirituosas, entre elas a cachaça, lideram a
pauta com cerca de 34% à frente das cervejas 29% , vinhos 19%,
águas/refrigerantes 16% e vermutes e sidras com apenas 2%.

No agregado 2208 (bebidas espirituosas) a cachaça responde por 65% das
exportações.

De 2001 a 2005, segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e
Comércio as exportações de cachaça do Brasil praticamente estacionaram no
patamar de 10 milhões de litros/ano, veja gráficos das exportações brasileiras
de cachaça no gráfico abaixo:
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) as
exportações de cachaça cresceram aproximadamente 18% em valor,
ultrapassando os US$ 16 milhões e tiveram um crescimento de 20% em
volume.

Em 2008 foram exportados US$ 16.418.978,00 (11.092.088 litros) para
aproximadamente 60 países. Ressalta-se que o volume exportado menos
de 1% do volume produzido divididos em quatro mil marcas distintas pelo
Brasil. Atualmente, o setor de cachaça gera 650 mil empregos diretos e
indiretos no país, sendo São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e
Paraíba os principais Estados produtores. No quesito consumo os principais
apreciadores da bebidas consentram-se em São Paulo, Pernambuco, Rio de
Janeiro, Ceará, Bahia e Minas Gerais.

Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC, afirma que mesmo diante de uma
crise econômica os produtores devem ter poucas dificuldades além do já
habitual. “Espera-se que o mercado de cachaça permaneça estável em
2009, mas com uma leve tendência de crescimento. No entanto, o
aumento do IPI (em vigor desde janeiro) terá um impacto nas vendas das
empresas”.
Ainda no tema, Lima explica que o instituto dispõe de diversas atividades
 de auxílio ao produtor. “As principais ações do IBRAC (independente da
 crise econômica) estão em proporcionar uma melhor condição de mercado
 para as empresas de cachaça, principalmente para os micro e pequenos
 produtores.

 Um dos maiores entraves para aumento da participação e sobrevivência
 dessas empresas no mercado é a alta carga tributária a qual o setor está
 sujeito. Essa alta carga tributária tem um impacto devastador para o setor,
 principalmente para micro e pequenas empresas e contribui para o
 aumento da informalidade. Nesse sentido, o IBRAC vem trabalhando para o
 retorno da Cachaça ao SIMPLES e em outras ações que possibilitem a uma
 participação dos micros e pequenos produtores no mercado interno e
 externo”.


Mesmo com uma capacidade instalada de produção de 1,2 bilhão de litros,
menos de 1% da Cachaça produzida anualmente é exportada. Atualmente,
são aproximadamente 180 empresas exportadoras e a Cachaça é exportada
para mais de 55 mercados.
Em 2008 foram exportados 11,09 milhões de litros gerando uma receita de
US$ 16,41 milhões, o que representou um crescimento de 18% em valor
e 20% em volume em relação a 2007. Dentre os mercados de destino da
Cachaça figuram países como Alemanha, Estados Unidos, França, dentre
outros.


Principais mercados de destino em volume:
Principais mercados de destino em valor:
Cachaça – Mercado Externo 2006 a 2009
 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO
                          EXTERIOR
 SECEX - SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR E EXPORTAÇÃO
                         BRASILEIRA
 Mercadoria: 22084000 - CACHACA E CANINHA (RUM E TAFIA) 1º
Detalhamento: UF 2º Detalhamento: País  Período 1: 01/2006 a
  12/2006 Período 2: 01/2007 a 12/2007 Período 3: 01/2008 a
                           12/2008
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  • 1. O MERCADO DA CACHAÇA NO BRASIL O BRASIL possui capacidade instalada de produção de Cachaça de aproximadamente 1,4 bilhão de litros. Atualmente, são mais de 40 mil produtores (4 mil marcas). As micro-empresas correspondem a 99% do total de produtores. Suas atividades agropecuárias incluem a produção de milho, feijão, café, e leite, entre outras, e a produção de Cachaça. O setor da Cachaça é responsável pela geração de mais de 600 mil empregos, diretos e indiretos. Os estados brasileiros que mais se destacam na produção da cachaça são: São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba.
  • 2. Os principais estados consumidores são:São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará, Bahia e Minas Gerais. Dos cerca de 1,4 bilhões de litros de cachaça produzidos anualmente no Brasil, 30% são de cachaça de alambique e 70% de cachaça de coluna ou industrial. A cachaça é o terceiro destilado mais consumido no mundo e no mercado nacional tem 86% do market share do mercado de destilados.
  • 3. Estima-se que no Brasil existam 1,2 milhões de pontos de vendas de cachaça. A cachaça é o produto que mais tem a cara brasileira segundo a pesquisa de opinião do Centro de Indústria do Estado de São Paulo, tendo ficado em segundo lugar, logo após o Petróleo da Petrobrás e antes do café que ficou com o terceiro posto. Se levarmos em conta que o petróleo e o café tem em praticamente todo o mundo e a cachaça só no Brasil; é evidente que ela ocupa o primeiro posto em preferência e importância.
  • 4. A participação de mercado das principais marcas em 2006 (estimativa) pode ser visualizada no gráfico a seguir: Como em todos os setores, as dificuldades conjunturais não são poucas e a carga tributária, muito pesada. O que acaba estimulando como já foi dito a informalidade e a competição desleal, indo da sonegação fiscal à falsificação e até mesmo o contrabando. Veja quadro a seguir.
  • 5. Apesar de ser o destilado mais consumido no Brasil, o investimento anual em mídia não faz jus a esse consumo e prejudica o seu crescimento, com reflexos no mercado externo.
  • 6. O quadro a seguir mostra com muita clareza os investimentos anuais em mídia, incluindo a cachaça no item aguardentes, demonstrando de forma clara a falta de investimentos, pois dos 21,3 milhões investidos anualmente mais de 90% são das cachaças de coluna. A cerveja investe, anualmente, cerca de 10 vezes mais do que os alcoólicos destilados e 24 vezes mais do que as aguardentes ou cachaça.
  • 7. É evidente que esse investimento reflete no consumo e na imagem do produto nos mercados interno e externo, e, principalmente, no verão em eventos como o carnaval e no frio com o vinho e os destilados. As batidas, lideradas pela popular caipirinha, é um outro nicho de mercado explorado pela cachaça. O êxito dá-se devido, principalmente, à variedade de frutas no Brasil que possibilita uma infinidade de misturas e drinques, com um teor alcoólico mais baixo. Neste nicho a vodca vem gradativamente ganhando fatias desse mercado pela ignorância dos donos de bares e restaurantes no sentido de fazer a caipirinha com cachaça utilizando a cachaça da “roça” sem origem e informal por ser mais rentável, mas que resulta numa caipirinha sem padrão. No mercado brasileiro, convivem atualmente, dois produtos que apesar de ter o mesmo nome “cachaça” e a mesma matéria prima: a cana-de-açúcar, tem processos de produção diferenciados e são sensorial e organolépticamente produtos distintos, estamos falando da cachaça de coluna ou industrial e a cachaça de alambique. Hoje ocupam as gôndolas dos supermercados e hipermercados e “delikatessem” cachaças que variam de R$ 3,00 a R$ 250,00. Estima-se, também; que atualmente já temos cerca de 5000 marcas registradas e disputando espaço no mercado o que torna a competição por espaço nas gôndolas uma luta ferrenha. A média de crescimento desse mercado vem se mantendo em torno de 10% ao ano, desde a década de 90. Em 1980, o consumo nacional per capita foi da ordem de 4,8 litros; em 1990 subiu para 7,0 litros; em 2000, chegou a 11,0 litros; havendo estimativas de que em 2015 alcance a marca de 15,0 litros anuais por consumidor. Alguns institutos indicam, todavia um consumo na faixa de 5,2 litros per capita.
  • 8. As tendências dos diferentes tipos de mercado para a cachaça apontam para as seguintes situações: • A cachaça de coluna continuará sendo um produto de consumo massivo, comercializado no mercado nacional, com as mesmas tendências de crescimento verificadas nos últimos anos. Só o mercado da cidade de São Paulo consome mais de 1 milhão de doses de cachaça/dia, na grande maioria, cachaça de coluna; • Os mercados para a cachaça de alambique despontam dentro de padrões de qualidade reconhecidos, representados pelos consumidores de maior poder aquisitivo que estão aderindo aos resultados da grande mídia alcançada em eventos como a Expocachaça - Feira e Festival Internacional da Cachaça . Esta feira realizada anualmente no mês de junho, em Belo Horizonte, alcança mais de 3 milhões de reais em mídia paga e espontânea ( mais de 10% da mídia anual da cachaça ). As campanhas de marketing da cachaça de alambique praticamente não existem, se resumindo, na maioria das vezes, à participação em concursos e degustações gratuitas em eventos que se somam ao crescimento das cachaçarias, das cartas de cachaça em restaurantes e bares, das confrarias, academias e clubes da cachaça. O Mercado para a cachaça de alambique A cachaça de alambique, produzida em escala menor e quase que artesanalmente em alambiques de cobre, difere bastante da cachaça de coluna de consumo massivo, uma vez que apresenta qualidades sensoriais, organolépticas e de paladar distintas. Dos perto de 2 bilhões de litros de produção anual de cachaça, estima-se que 30% são de cachaça de alambique e 70% são de cachaça de coluna ou industrial.
  • 9. As diferenças entre os destilados (processo e produto final) implicam em posicionamentos específicos com referência à segmentação de mercado, preço, estratégias e gestão de canais. E quando se fala em cachaças certificadas a segmentação ainda é maior. O mercado clandestino ou informal da cachaça de alambique é um regulador da oferta, pois absorve os excedentes da produção legalizada, mantendo, assim, os níveis de estoque de cachaça em processo de envelhecimento em posição de equilíbrio com a capacidade de tancagem? Não, ela concorre de forma desleal e predatória com a cachaça legalizada e prejudica a imagem do produto e coloca em risco a saúde dos consumidores. Cabe salientar, ainda, que ela disputa espaço, também, com o mercado da cachaça de coluna nas regiões onde vendem na informalidade Na verdade, a pulverização de marcas da cachaça de alambique, a pequena escala de produção dessas marcas e a reduzida capacidade comercial e econômica dessas empresas, fazem com que os investimentos em mídia sejam praticamente nulos, elas não têm massa crítica para arcar com os altos custos de um comercial, se restringindo a ações de degustação e participação em algumas feiras setoriais, o que não é suficiente para a ampliação do market share da cachaça de alambique e a conquista de uma imagem suficientemente forte para ampliar as suas exportações. A predominância da clandestinidade da cachaça de alambique restringe o mercado aos limites da própria região de produção ou aos horizontes da porteira da fazenda. Quando muito ela alcança outras praças pelas mãos dos atravessadores que tem nos bares da periferia o seu maior mercado. No segmento legalizado, a distribuição é ainda muito deficiente, e o foco de algumas marcas são as praças das grandes cidades através de distribuidores. Ainda existem grandes praças inexploradas, como a Região Sul, São Paulo capital e interior e Rio de Janeiro, principalmente os segmentos de renda per capita mais elevada, mas muito mal trabalhados pelos produtores.
  • 10. O MERCADO INTERNACIONAL DA CACHAÇA O Decreto número 4.062 de 21/12/2001, define e protege as expressões “Cachaça”, “Brasil”, “Cachaça do Brasil “ e “Caipirinha”, como de “uso restrito aos produtores estabelecidos no País”. Abaixo temos a definição legal da cachaça: A cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, com graduação alcoólica de 38 a 48% em volume, a 20 graus Celsius, obtida pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar com características sensoriais peculiares, podendo ser adicionada de açúcares até seis gramas por litro, expressos em sacarose. (DECRETO nº 4.851, DE 02.10.2003). Esse foi um dos primeiros passos para o Brasil proteger sua bebida nacional, assim como a Escócia o fez com o seu Whisky, a França com o Champagne e Cognac e o México com a sua Tequila, assim como tantas outras bebidas típicas de diversos países. Minas Gerais foi primeiro estado brasileiro a aprovar legislação para a regulamentação e proteção à produção de cachaça. No dia 11/07/2001 foi sancionada a Lei Estadual número 11.949, “que estabelece o processo de produção da cachaça de Minas gerais e dá outras providências”. Bebida destilada mais consumida no Brasil, com 86% do consumo total de destilados, 3º destilado mais consumido no mundo, a cachaça, apesar dos cerca de 1,4 bilhões de litros de produção anual, exporta menos de 1% deste total e arrecada cerca de 12 milhões de dólares, enquanto a Escócia exporta cerca de 85% de sua produção anual de whisky e fatura mais de 1 bilhão de dólares e o México cerca de 52%.
  • 11. Apesar das exportações de cachaça serem ainda muito tímidas e pouco expressivas, no que tange à participação relativa de cada categoria de produto ou “mix de exportação” as bebidas espirituosas, entre elas a cachaça, lideram a pauta com cerca de 34% à frente das cervejas 29% , vinhos 19%, águas/refrigerantes 16% e vermutes e sidras com apenas 2%. No agregado 2208 (bebidas espirituosas) a cachaça responde por 65% das exportações. De 2001 a 2005, segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio as exportações de cachaça do Brasil praticamente estacionaram no patamar de 10 milhões de litros/ano, veja gráficos das exportações brasileiras de cachaça no gráfico abaixo:
  • 12. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) as exportações de cachaça cresceram aproximadamente 18% em valor, ultrapassando os US$ 16 milhões e tiveram um crescimento de 20% em volume. Em 2008 foram exportados US$ 16.418.978,00 (11.092.088 litros) para aproximadamente 60 países. Ressalta-se que o volume exportado menos de 1% do volume produzido divididos em quatro mil marcas distintas pelo Brasil. Atualmente, o setor de cachaça gera 650 mil empregos diretos e indiretos no país, sendo São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba os principais Estados produtores. No quesito consumo os principais apreciadores da bebidas consentram-se em São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará, Bahia e Minas Gerais. Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC, afirma que mesmo diante de uma crise econômica os produtores devem ter poucas dificuldades além do já habitual. “Espera-se que o mercado de cachaça permaneça estável em 2009, mas com uma leve tendência de crescimento. No entanto, o aumento do IPI (em vigor desde janeiro) terá um impacto nas vendas das empresas”.
  • 13. Ainda no tema, Lima explica que o instituto dispõe de diversas atividades de auxílio ao produtor. “As principais ações do IBRAC (independente da crise econômica) estão em proporcionar uma melhor condição de mercado para as empresas de cachaça, principalmente para os micro e pequenos produtores. Um dos maiores entraves para aumento da participação e sobrevivência dessas empresas no mercado é a alta carga tributária a qual o setor está sujeito. Essa alta carga tributária tem um impacto devastador para o setor, principalmente para micro e pequenas empresas e contribui para o aumento da informalidade. Nesse sentido, o IBRAC vem trabalhando para o retorno da Cachaça ao SIMPLES e em outras ações que possibilitem a uma participação dos micros e pequenos produtores no mercado interno e externo”. Mesmo com uma capacidade instalada de produção de 1,2 bilhão de litros, menos de 1% da Cachaça produzida anualmente é exportada. Atualmente, são aproximadamente 180 empresas exportadoras e a Cachaça é exportada para mais de 55 mercados. Em 2008 foram exportados 11,09 milhões de litros gerando uma receita de US$ 16,41 milhões, o que representou um crescimento de 18% em valor e 20% em volume em relação a 2007. Dentre os mercados de destino da Cachaça figuram países como Alemanha, Estados Unidos, França, dentre outros. Principais mercados de destino em volume:
  • 14. Principais mercados de destino em valor:
  • 15. Cachaça – Mercado Externo 2006 a 2009 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR SECEX - SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR E EXPORTAÇÃO BRASILEIRA Mercadoria: 22084000 - CACHACA E CANINHA (RUM E TAFIA) 1º Detalhamento: UF 2º Detalhamento: País Período 1: 01/2006 a 12/2006 Período 2: 01/2007 a 12/2007 Período 3: 01/2008 a 12/2008