SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
E d u c a ç ã o B á s ic a




LEVANTAMENTO DAS TAXAS DE PREVALÊNCIA DAS DIFERENTES TIPOLOGIAS DE
                 NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS
                       DE CARÁTER PROLONGADO




          (A nível nacional e por Direcções Regionais de Educação)




                                 Departamento de Educação Básica
                        Núcleo de Orientação Educativa e Educação Especial
                                Estudo elaborado por Joaquim Colôa
                                       1 de Outubro de 2001
INTRODUÇÃO




      O presente levantamento das taxas de prevalência das diferentes tipologias de alunos
com necessidades educativas especiais de carácter prolongado (alunos sujeitos a medidas
especiais de educação), dos diferentes domínios, a nível nacional e por Direcções Regionais
de Educação, foi elaborado na sequência de um pedido da Secretaria de Estado da
Administração Educativa.


      O referido levantamento reporta-se aos alunos matriculados em Portugal continental
num período decorrente do ano lectivo de 1997/1998 ao ano lectivo de 2000/2001 (intervalo
de quatro anos), expressando uma proporção por cada mil alunos, tendo em vista,
nomeadamente, a criação dos quadros de zona pedagógica para a educação especial.


      Este documento encontra-se organizado em três partes:
             Primeira parte: conceitos-chave e metodologia utilizada;
             Segunda parte: apresentação dos dados e síntese dos mesmos;
             Terceira parte: considerações finais.




                                                                                          2
PARTE I


1. CONCEITOS-CHAVE




•Prevalência - Proporção de pessoas numa população que apresenta uma condição

particular, doença ou “status”(Larson et al., 2001).


•Alunos com Necessidades Educativas Especiais - alunos que exigem recursos ou

adaptações especiais no processo de ensino/aprendizagem que não são comuns à maioria
dos alunos da sua idade, por apresentarem dificuldades ou incapacidades que se reflectem
numa ou mais áreas de aprendizagem (Bairrão et al., 1998).


•Alunos com problemas de baixa frequência e alta intensidade - Alunos com altas

probabilidades de possuírem uma etiologia biológica, inata ou congénita e que foram (ou
deveriam ter sido) detectados precocemente, exigindo um tratamento significativo e serviços
de reabilitação bem como recursos e meios adicionais para apoiar as suas necessidades
educativas (Siomeonsson, R. J. 1994, cit in Bairrão et al., 1998).


•Alunos com necessidades educativas especiais de carácter prolongado: Alunos que

experienciam graves dificuldades no processo de aprendizagem e participação no contexto
escolar, decorrentes da interacção entre factores ambientais (físicos sociais e atitudinais) e
limitações acentuadas ao nível do seu funcionamento num ou mais dos seguintes domínios:


      •Sensorial (audição, visão e outros)
      •Motor;
      •Cognitivos;
      •Fala, Linguagem e Comunicação
      •Emocional/Personalidade
      •Saúde
(Ante-projecto do Decreto-Lei sobre Apoios Educativos/Setembro 2001)



                                                                                             3
O conceito de necessidades educativas especiais de carácter prolongado decorre da
intersecção do conceito de necessidades educativas especiais e problemas de baixa
frequência e alta intensidade, sendo estes os casos que necessitam de medidas especiais
de educação conforme estão definidas no ante-projecto de Decreto-Lei sobre apoios
educativos e para os quais, nesta lógica, se enquadra o pedido de levantamento de taxas de
prevalência, tendo em vista, a criação dos quadros de zona pedagógica para a educação
especial.




2. METODOLOGIA




       As taxas de prevalência foram calculadas tendo por base o denominado método
administrativo (Larson et al., 2001), considerado o método mais comum para estabelecer
este tipo de taxas. Neste método recorre-se a dados de investigações já efectuadas por
diversos serviços e, ou instituições sendo os resultados obtidos considerados taxas de
prevalência administrativa. Pretende-se, deste modo, obter uma determinada proporção de
pessoas que beneficiam de respostas a necessidades identificadas.


       Para a recolha de dados foram consideradas as seguintes fontes:


•   Relatórios do Observatório dos Apoios Educativos;


•   Base de dados do Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento;


•   Levantamento das Instituições Particulares, Cooperativas e IPSS, para efeito da
    aplicação do Despacho-Conjunto 46/MF/ME/95, Portarias 1102/97 e 1103/97, ambas de
    3 de Novembro.


    Os dados (totais da população com necessidades educativas especiais de carácter
    prolongado e o total da população escolar, a nível nacional e regional) reportam-se a

                                                                                         4
Portugal continental, englobando os valores existentes para o Pré-Escolar, Ensino Básico
   e Secundário. O intervalo de tempo considerado é o período de quatro anos lectivos (de
   1997/1998 a 2000/2001).


       Uma vez efectuado o levantamento do número de casos sinalizados em cada domínio
e do número total de alunos matriculados no mesmo local e momento, por Direcção
Regional e a nível nacional, procedeu-se ao cálculo das respectivas taxas de prevalência de
acordo com a seguinte fórmula:




                                 número de casos de necessidades
                                educativas especiais de carácter prolongado
Taxa de Prevalência =      ____________________________________________ X 1000

                                 Número total da população matriculada



   Deste modo os resultados obtidos expressam uma proporção de alunos específicos por
cada mil alunos matriculados.

   As tipologias tidas em conta no presente levantamento tiveram por base as categorias de
alunos com necessidades educativas especiais utilizadas pelo Ministério da Educação/
Departamento de Educação Básica/Núcleo de Orientação Educativa e Educação Especial,
para fins estatísticos.


   Essas categorias foram adaptadas em função dos domínios identificados na definição de
alunos com necessidades educativas especiais de carácter prolongado, constante no Ante-
projecto de Decreto-Lei sobre Apoios Educativos, de modo a se considerarem apenas os
problemas de baixa frequência e alta intensidade.




Assim, considerámos que:


                                                                                          5
•   Surdez (moderada, severa e profunda) insere-se no domínio da audição. Não se inclui a
    surdez de grau ligeiro em virtude de se considerar que os alunos incluídos nesta
    categoria não necessitam de medidas especiais de educação.


•   Cegos e Visão Reduzida insere-se no domínio da visão.


•   A Multideficiência1, as Dificuldades de Aprendizagem Severas2 e os Atrasos Globais
    de Desenvolvimento3 incluem-se no domínio cognitivo, uma vez que é comum a estas
    três categorias a existência de problemas cognitivos graves.


•   Os Problemas de Linguagem e Fala4 inserem-se no domínio da Fala, Linguagem e
    Comunicação. Embora esta categoria ultrapasse os problemas de baixa frequência e
    alta intensidade associados a este domínio específico, optámos por utilizar os dados
    mencionados para a mesma, por não dispormos de dados exclusivos dos problemas
    específicos da linguagem (oral e escrita) e problemas graves de comunicação que são
    aqueles que podem ser enquadrados no âmbito das necessidades educativas especiais
    de carácter prolongado.


•   Os       Problemas           Graves         de      Comportamento5               inserem-se          no      domínio
    Emocional/Personalidade.




1
  Alunos que apresentam, simultaneamente, pelo menos dois tipos de deficiência: uma deficiência mental de grau severo ou
profundo associada a uma deficiência sensorial (auditiva ou visual) ou a uma deficiência motora também de grau severo ou
profundo (Bairrão et al., 1998).
2
  Alunos que apresentam deficiências ou incapacidades de grau severo que não se incluem em nenhuma das categorias
existentes (surdez, visual, motora) e que se traduzem em necessidades especiais a nível das aprendizagens (Bairrão et al.,
1998).
3
  Crianças entre os 0 e os 6 anos que demonstram um significativo atraso em relação à sua idade cronológica em todas as
áreas: cognitiva; motora, linguagem, autonomia e competências sociais (DEB/NOEEE, 2000/2001)
4
  Crianças e jovens que apresentam perturbações a nível da articulação, da linguagem, da voz, e/ou da fluência que afectam
o seu desempenho escolar (DEB/NOEEE, 2000/2001)
5
  Alunos que apresentam perturbações a nível da personalidade ou da conduta que comprometem de forma grave a
adaptação escolar e as suas aprendizagens (Bairrão et al., 1998).
                                                                                                                           6
PARTE II




3. APRESENTAÇÃO DOS DADOS



Quadro n.º 1 – Taxas de Prevalência de necessidades educativas especiais de carácter
 prolongado, por domínios e em cada mil alunos matriculados, na Direcção Regional
                           de Educação do Norte (DREN)


      Anos                                     DOMÍNIOS                                     Total de
     lectivos      audição     visão   motor     cognitivo       Fala,      Emocional/       alunos
                                                             linguagem e   personalidade   matriculados
                                                             comunicação
    1997/1998        601       416     1 326       4 630         1 000         900           658 003
    1998/1999        563       343     1 228       4 664         1 148         925           693 297
    1999/2000        670       327     1 165       4 802          954          964           681 768
    2000/2001        460       349     1 283       5 118          952          936           680 170

     Totais         2 294      1 435   5 002       19 214       4 054          3 725        2 713 238
 PREVALÊNCIA         0.8        0.5     1.8         7.1          1.5            1.4

   Prevalência de alunos com
  NEE de carácter prolongado                                    13.2




Quadro n.º 2 – Taxas de Prevalência de necessidades educativas especiais de carácter
 prolongado, por domínios e em cada mil alunos matriculados, na Direcção Regional
                           de Educação do Centro (DREC)

      Anos                                     DOMÍNOS                                      Total de
     lectivos      audição     visão   motor     cognitivo       Fala,      Emocional/       alunos
                                                             linguagem e   personalidade   matriculados
                                                             comunicação
    1997/1998        350       272      494        2 906          777          752           245 191
    1998/1999        356       228      467        3 488          835          702           325 403
    1999/2000        374       280      513        4 422          782          740           318 360
    2000/2001        361       278      497        4257           845          735           311 919

     Totais         1 441      1 058   1 971       15 073       3 239          2 929        1 200 873
 PREVALÊNCIA         1.2        0.9     1.6         12.5         2.7            2.4

   Prevalência de alunos com
  NEE de carácter prolongado                                    21.4



                                                                                                          7
Quadro n.º 3 – Taxas de Prevalência de necessidades educativas especiais de carácter
 prolongado, por domínios e em cada mil alunos matriculados, na Direcção Regional
                           de Educação de Lisboa (DREL)

      Anos                                     DOMÍNIOS                                     Total de
     lectivos      audição     visão   motor     cognitivo       Fala,      Emocional/       alunos
                                                             linguagem e   personalidade   matriculados
                                                             comunicação
    1997/1998        574       404      539        5 754         1 622         1 896         580 994
    1998/1999        643       398      969        6 814         3 806         2 734         608 143
    1999/2000        518       412      924        5 199         2 126         2 897         598 418
    2000/2001        592       390      954        7 137         2 278         3 237         590 543

     Totais         2 327      1 604   3 386       24 904       9 832         10 764        2 378 098
 PREVALÊNCIA         1.0        0.7     1.4         10.4         4.1           4.5

   Prevalência de alunos com
  NEE de carácter prolongado                                    22.2




Quadro n.º 4 – Taxas de Prevalência de necessidades educativas especiais de carácter
 prolongado, por domínios e em cada mil alunos matriculados, na Direcção Regional
                          de Educação do Alentejo (DREA)

      Anos                                     DOMÍNIOS                                     Total de
     lectivos      audição     visão   motor     cognitivo       Fala,      Emocional/       alunos
                                                             linguagem e   personalidade   matriculados
                                                             comunicação
    1997/1998         85        58      117         781           214          181           93 013
    1998/1999         94        76      108         771           345          188           92 680
    1999/2000         94        49       92         748           341          262           93 581
    2000/2001         96        54      124         889           383          326           90 028

     Totais          369       237      441        3 189        1 283          957           369 302
 PREVALÊNCIA         1.0       0.6      1.2         8.7          3.5           2.6

   Prevalência de alunos com
  NEE de carácter prolongado                                    17.5




                                                                                                          8
Quadro n.º 5 – Taxas de Prevalência de necessidades educativas especiais de carácter
 prolongado, por domínios e em cada mil alunos matriculados, na Direcção Regional
                          de Educação do Algarve (DREAlg)


      Anos                                      DOMÍNIOS                                      Total de
     lectivos      audição     visão   motor     cognitivo        Fala,      Emocional/        alunos
                                                              linguagem e   personalidade    matriculados
                                                              comunicação
    1997/1998         80        44       91          447            86           122            69 915
    1998/1999         62        37       88          522            92           148            69 095
    1999/2000         71        45      115          615           111           174            68 827
    2000/2001         60        33      107          543            99           106            70 008

     Totais          273       159      401         2 127         388            550           277 845
 PREVALÊNCIA         1.0       0.6      1.4          7.6          1.4            2.0

   Prevalência de alunos com
  NEE de carácter prolongado                                     14.0




Quadro n.º 6 – Taxas de Prevalência de necessidades educativas especiais de carácter
   prolongado, por domínios e em cada mil alunos matriculados, a nível nacional


      Anos                                      DOMÍNIOS                                     Total de
     lectivos      audição     visão   motor      cognitivo       Fala,      Emocional/       alunos
                                                              linguagem e   personalidade   matriculados
                                                              comunicação
    1997/1998       1 690      1 194   2 567        14 518        3 699         3 851        1 647 116
    1998/1999       1 718      1 082   2 860        16 259        6 226         4 697        1 788 618
    1999/2000       1 727      1 113   2 809        15 786        4 314         5 037        1 760 954
    2000/2001       1 569      1 104   2 965        17 944        4 557         5 340        1 742 668

     Totais         6 704      4 493   11 201       64 507      18 796         18 925        6 939 356
 PREVALÊNCIA         1.0        0.6      1.6         9.3         2.7            2.7

   Prevalência de alunos com
  NEE de carácter prolongado                                     18.0




                                                                                                            9
4. SÍNTESE DOS DADOS




       Da leitura dos quadros constata-se que é o domínio cognitivo que apresenta maiores
taxas de prevalência, por cada mil alunos matriculados, em todas as Direcções Regionais
de Educação (12.5 – DREC, 10.4 – DREL, 8.7 – DREA, 8.0 – DREAlg e 7.0 - DREN).


       No domínio audição as taxas de prevalência, por cada mil alunos matriculados,
variam entre 0.8 (DREN e DREAlg) e 1.1 (DREC) sendo as prevalência da DREL e DREA de
1.0.


       As taxas de prevalência respeitantes ao domínio visão, tendo em conta cada mil
alunos matriculados, varia entre os 0.5 (DREN) e os 0.8 (DREC), na DREAlg a prevalência é
de 0.6 observando-se nas restantes Direcções Regionais de Educação uma taxa de
prevalência de 0.7.


       As taxas de prevalência encontradas para o domínio motor apresenta, nas várias
Direcções Regionais de Educação, em relação a cada mil alunos matriculados, valores com
pouca variação (1.8 – DREN, 1.7 DREC, 1.4 DREL e DREAlg e 1.1 DREA).


       Quanto ao domínio fala, linguagem e comunicação as taxas de prevalência mais
elevadas, em cada mil alunos matriculados, verificam-se na DREL (4.1) e na DREA (3.4). A
taxa de prevalência mais baixa verifica-se na DREAlg (1.3), sendo a taxa de prevalência na
DREN e na DREC de 1.4 e 2.7 respectivamente.




       Para o domínio emocional/personalidade a maior taxa de prevalência situa-se na
DREL, (4.5) observando-se a menor taxa de prevalência na DREN (1.3). Nas restantes
Direcções Regionais as taxas de prevalência, por cada mil alunos matriculados, variam
entre os 2.0 (DREAlg) e os 2.5 (DREA), sendo de 2.4 a taxa de prevalência encontrada na
DREC.




                                                                                        10
Apurado o somatório dos vários domínios, constatamos que a taxa de prevalência de
alunos com necessidades educativas especiais de carácter prolongado, em cada mil alunos
matriculados, é mais elevada na DREL e DREC (22.2 e 21.4 respectivamente) e menor na
DREAlg e DREN       (14.0 e 13.2 respectivamente). Na DREA observamos uma taxa de
prevalência de 17.5 por cada mil alunos matriculados.


      A nível nacional, após o somatório dos vários domínios, verifica-se que, em cada mil
alunos matriculados, existe uma taxa de prevalência de 18.0 alunos com necessidades
educativas especiais de caracter prolongado. É no domínio cognitivo que se verifica a maior
taxa de prevalência (9.3), observando-se no domínio fala, linguagem e comunicação e
emocional/personalidade uma taxa de prevalência igual (2.7), seguindo-se o domínio motor
com uma taxa de prevalência de 1.6, o domínio audição com uma taxa de prevalência de 1.0
e o domínio visão com uma taxa de prevalência de 0.6.




                                                                                         11
PARTE III




5. CONSIDERAÇÕES FINAIS




      Considerámos que sendo um dos objectivos deste levantamento a afectação de
recursos, nomeadamente, no âmbito da criação de quadros de zona pedagógica para a
educação especial, a concretizar em função da publicação do Decreto-Lei dos apoios
educativos, seria conveniente utilizar o conceito de necessidades educativas especiais de
carácter prolongado e os vários domínios a ele associados que constam no Ante-projecto do
referido Decreto-Lei (Setembro/2001).


No entanto, e uma vez que os únicos dados de que dispomos se referem a categorias de
necessidades educativas especiais, houve necessidade de se estabelecer uma relação entre
estas duas realidades.   Corremos deste modo alguns riscos como, por exemplo, o de
estarmos a considerar casos cuja necessidade de medidas especiais de educação nem
sempre seja clara.


      Deste modo, ao utilizarmos um método administrativo baseado num levantamento
transversal,   os resultados podem ser ampliados a casos não elegíveis para medidas
especiais de educação. Por este motivo, parece-nos ser de toda a conveniência que este
levantamento venha a ser no futuro complementado por outros que recorram a métodos
prospectivos como são os normalmente utilizados nos estudos em profundidade.


      Pensámos, no entanto, que estas taxas de prevalência se adequam aos objectivos a
que se destinam, já que o denominado método administrativo é defendido como o mais
utilizado quando está em causa a afectação de recursos humanos e, ou materiais.




                                                                                       12
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS




BAIRRÃO, Joaquim (coord.); Isabel Felgueiras; Patricia Fontes; Filomena Pereira e Carla
Vilhena (1998). Os Alunos com Necessidades Educativas Especiais: Subsídios para o
Sistema de Educação. Lisboa: CNE – Editorial do Ministério da Educação.


LARSON, Sheryl A.; K. Charlie Lakin; Lynda Anderson; Nohoon Kwak; Jeoung Hak Lee e
Deborah Anderson (2001). Prevalence of Mental Retardation and Developmental disabilities:
Estimates from the 1994/1995 National Health Interview Survey Disability Supplements, in
American Journal on Mental Retardation, vol. 106, nº 3, 231-252.


RELATÓRIOS DO OBSERVATÓRIO DOS APOIOS EDUCATIVOS (anos lectivos de
1997/1998, 1998/1999, 1999/2000, 2000/2001) ME, DEB, NOEEE.




http://www.datasus.gov.br/cgi/idb98/d09.htm


http://www.inca.org.br/epidemiologia/conceitos_e_def.html


http://www.terra.com.br/virtualbooks/saude




                                                                                       13

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Taxas de prevalência de NEE prolongadas na educação básica

Guia orientador de apoio ao processo de eligibilidade para efeitos de aplicaç...
Guia orientador de apoio ao processo de eligibilidade para efeitos de aplicaç...Guia orientador de apoio ao processo de eligibilidade para efeitos de aplicaç...
Guia orientador de apoio ao processo de eligibilidade para efeitos de aplicaç...sao65rosa
 
NOTA TÉCNICA No 04 / 2014 / MEC / SECADI / DPEE
NOTA TÉCNICA No 04 / 2014 / MEC / SECADI / DPEENOTA TÉCNICA No 04 / 2014 / MEC / SECADI / DPEE
NOTA TÉCNICA No 04 / 2014 / MEC / SECADI / DPEECarlos Junior
 
Nota técnica 04/2014 Mec/Secadi/Dpee
Nota técnica 04/2014 Mec/Secadi/DpeeNota técnica 04/2014 Mec/Secadi/Dpee
Nota técnica 04/2014 Mec/Secadi/DpeeBárbara Delpretto
 
Os primeiros programas de atendime
Os primeiros programas de atendimeOs primeiros programas de atendime
Os primeiros programas de atendimeAlexandre Araujo
 
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidiaUnidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidiaSilene Lívia
 
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidiaUnidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidiaSilene Lívia
 
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidiaUnidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidiaSilene Lívia
 
Dissertação 2012 -_goncalves_taisa_grasiela_gomes_liduenha
Dissertação 2012 -_goncalves_taisa_grasiela_gomes_liduenhaDissertação 2012 -_goncalves_taisa_grasiela_gomes_liduenha
Dissertação 2012 -_goncalves_taisa_grasiela_gomes_liduenhaViviane Moreiras
 
Apositla-AEE-EDUCARE.pdf
Apositla-AEE-EDUCARE.pdfApositla-AEE-EDUCARE.pdf
Apositla-AEE-EDUCARE.pdfzetinha
 
Referencial de educacao_financeira_final_versao_port
Referencial de educacao_financeira_final_versao_portReferencial de educacao_financeira_final_versao_port
Referencial de educacao_financeira_final_versao_portRisoleta Montez
 
Centros escola apresentação sme
Centros escola  apresentação smeCentros escola  apresentação sme
Centros escola apresentação smeRosemary Batista
 
Estrutura NAPPI 2011
Estrutura NAPPI 2011 Estrutura NAPPI 2011
Estrutura NAPPI 2011 Ana Rauta
 

Semelhante a Taxas de prevalência de NEE prolongadas na educação básica (20)

Educacao especial
Educacao especialEducacao especial
Educacao especial
 
Guia orientador de apoio ao processo de eligibilidade para efeitos de aplicaç...
Guia orientador de apoio ao processo de eligibilidade para efeitos de aplicaç...Guia orientador de apoio ao processo de eligibilidade para efeitos de aplicaç...
Guia orientador de apoio ao processo de eligibilidade para efeitos de aplicaç...
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
NOTA TÉCNICA No 04 / 2014 / MEC / SECADI / DPEE
NOTA TÉCNICA No 04 / 2014 / MEC / SECADI / DPEENOTA TÉCNICA No 04 / 2014 / MEC / SECADI / DPEE
NOTA TÉCNICA No 04 / 2014 / MEC / SECADI / DPEE
 
Aee
AeeAee
Aee
 
Nota técnica 04/2014 Mec/Secadi/Dpee
Nota técnica 04/2014 Mec/Secadi/DpeeNota técnica 04/2014 Mec/Secadi/Dpee
Nota técnica 04/2014 Mec/Secadi/Dpee
 
Os primeiros programas de atendime
Os primeiros programas de atendimeOs primeiros programas de atendime
Os primeiros programas de atendime
 
Módulo I MOOC
Módulo I MOOCMódulo I MOOC
Módulo I MOOC
 
Sessão de estudos ESE
Sessão de estudos ESESessão de estudos ESE
Sessão de estudos ESE
 
Estado da Educacao 2013
Estado da Educacao 2013Estado da Educacao 2013
Estado da Educacao 2013
 
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidiaUnidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
 
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidiaUnidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
 
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidiaUnidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
Unidade3 ativ3 plano_de_aula_autoria_de_objeto_hipermidia
 
Dissertação 2012 -_goncalves_taisa_grasiela_gomes_liduenha
Dissertação 2012 -_goncalves_taisa_grasiela_gomes_liduenhaDissertação 2012 -_goncalves_taisa_grasiela_gomes_liduenha
Dissertação 2012 -_goncalves_taisa_grasiela_gomes_liduenha
 
Educação inclusiva
Educação inclusivaEducação inclusiva
Educação inclusiva
 
Apositla-AEE-EDUCARE.pdf
Apositla-AEE-EDUCARE.pdfApositla-AEE-EDUCARE.pdf
Apositla-AEE-EDUCARE.pdf
 
Referencial de educacao_financeira_final_versao_port
Referencial de educacao_financeira_final_versao_portReferencial de educacao_financeira_final_versao_port
Referencial de educacao_financeira_final_versao_port
 
Centros escola apresentação sme
Centros escola  apresentação smeCentros escola  apresentação sme
Centros escola apresentação sme
 
Estrutura NAPPI 2011
Estrutura NAPPI 2011 Estrutura NAPPI 2011
Estrutura NAPPI 2011
 
PLANO DE AÇÃO 2023.docx
PLANO DE AÇÃO 2023.docxPLANO DE AÇÃO 2023.docx
PLANO DE AÇÃO 2023.docx
 

Mais de Joaquim Colôa

CAMINHOS PARA A PROMOÇÃO DA INLUSÃO E VIDA INDEPENDENTE
CAMINHOS PARA  A PROMOÇÃO DA INLUSÃO E VIDA INDEPENDENTECAMINHOS PARA  A PROMOÇÃO DA INLUSÃO E VIDA INDEPENDENTE
CAMINHOS PARA A PROMOÇÃO DA INLUSÃO E VIDA INDEPENDENTEJoaquim Colôa
 
APRESENTAÇÃO AULA ABERTA INSTITUTO JEAN PIAGET DE ALMADA.pdf
APRESENTAÇÃO AULA ABERTA INSTITUTO JEAN PIAGET DE ALMADA.pdfAPRESENTAÇÃO AULA ABERTA INSTITUTO JEAN PIAGET DE ALMADA.pdf
APRESENTAÇÃO AULA ABERTA INSTITUTO JEAN PIAGET DE ALMADA.pdfJoaquim Colôa
 
DA VIOLÊNCIA DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO QUE (ÀS VEZES) É VIOLENTA
DA VIOLÊNCIA DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO QUE (ÀS VEZES) É VIOLENTADA VIOLÊNCIA DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO QUE (ÀS VEZES) É VIOLENTA
DA VIOLÊNCIA DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO QUE (ÀS VEZES) É VIOLENTAJoaquim Colôa
 
APRESENTAÇÃO CENTRO DE FORMAÇÃO ANTÓNIO SÉRGIO.pdf
APRESENTAÇÃO CENTRO DE FORMAÇÃO ANTÓNIO SÉRGIO.pdfAPRESENTAÇÃO CENTRO DE FORMAÇÃO ANTÓNIO SÉRGIO.pdf
APRESENTAÇÃO CENTRO DE FORMAÇÃO ANTÓNIO SÉRGIO.pdfJoaquim Colôa
 
APRESENTAÇÃO CONGRESSO UNIVERSIDADE LUSÓFONA .pdf
APRESENTAÇÃO CONGRESSO UNIVERSIDADE LUSÓFONA .pdfAPRESENTAÇÃO CONGRESSO UNIVERSIDADE LUSÓFONA .pdf
APRESENTAÇÃO CONGRESSO UNIVERSIDADE LUSÓFONA .pdfJoaquim Colôa
 
INCLUSÃO ESCOLAR EM TEMPOS DE PÓS-PANDEMIA.pdf
INCLUSÃO ESCOLAR EM TEMPOS DE PÓS-PANDEMIA.pdfINCLUSÃO ESCOLAR EM TEMPOS DE PÓS-PANDEMIA.pdf
INCLUSÃO ESCOLAR EM TEMPOS DE PÓS-PANDEMIA.pdfJoaquim Colôa
 
Problemas Emocinais e Comportamentais - Teoria e Prática.pdf
Problemas Emocinais e Comportamentais - Teoria e Prática.pdfProblemas Emocinais e Comportamentais - Teoria e Prática.pdf
Problemas Emocinais e Comportamentais - Teoria e Prática.pdfJoaquim Colôa
 
Tempos de Pandemia: quando os frágeis sintomas de inclusão se transformam em ...
Tempos de Pandemia: quando os frágeis sintomas de inclusão se transformam em ...Tempos de Pandemia: quando os frágeis sintomas de inclusão se transformam em ...
Tempos de Pandemia: quando os frágeis sintomas de inclusão se transformam em ...Joaquim Colôa
 
Políticas e Culturas de Avaliação de Alunos com Necessidades Educativas Espec...
Políticas e Culturas de Avaliação de Alunos com Necessidades Educativas Espec...Políticas e Culturas de Avaliação de Alunos com Necessidades Educativas Espec...
Políticas e Culturas de Avaliação de Alunos com Necessidades Educativas Espec...Joaquim Colôa
 
Texto elaborado para: Audição conjunta sobre o acompanhamento e avaliação da ...
Texto elaborado para: Audição conjunta sobre o acompanhamento e avaliação da ...Texto elaborado para: Audição conjunta sobre o acompanhamento e avaliação da ...
Texto elaborado para: Audição conjunta sobre o acompanhamento e avaliação da ...Joaquim Colôa
 
DES|CONFINAR 2.º MARÇO.ABRIL 2021
DES|CONFINAR 2.º MARÇO.ABRIL 2021DES|CONFINAR 2.º MARÇO.ABRIL 2021
DES|CONFINAR 2.º MARÇO.ABRIL 2021Joaquim Colôa
 
Cabe a Diferenciação pedagógica numa Medida Prescritiva?
Cabe a Diferenciação pedagógica numa Medida Prescritiva?Cabe a Diferenciação pedagógica numa Medida Prescritiva?
Cabe a Diferenciação pedagógica numa Medida Prescritiva?Joaquim Colôa
 
Da Exclusão à Inclusão - A escola completa do século XXI
Da Exclusão à Inclusão - A escola completa do século XXIDa Exclusão à Inclusão - A escola completa do século XXI
Da Exclusão à Inclusão - A escola completa do século XXIJoaquim Colôa
 
Reflexão sobre o conceito de Necessidades Educativas Especiais
Reflexão sobre o conceito de Necessidades Educativas EspeciaisReflexão sobre o conceito de Necessidades Educativas Especiais
Reflexão sobre o conceito de Necessidades Educativas EspeciaisJoaquim Colôa
 
DES|CONFINAR - Joaquim Colôa
DES|CONFINAR - Joaquim ColôaDES|CONFINAR - Joaquim Colôa
DES|CONFINAR - Joaquim ColôaJoaquim Colôa
 
Joaquim Colôa - AS OPORTUNIDADES DA NOVA LEI EM PORTUGAL – DITA QUE É PARA A ...
Joaquim Colôa - AS OPORTUNIDADES DA NOVA LEI EM PORTUGAL – DITA QUE É PARA A ...Joaquim Colôa - AS OPORTUNIDADES DA NOVA LEI EM PORTUGAL – DITA QUE É PARA A ...
Joaquim Colôa - AS OPORTUNIDADES DA NOVA LEI EM PORTUGAL – DITA QUE É PARA A ...Joaquim Colôa
 
Educação Inclusiva: Uma narrativa de 25 anos no aroma dos dias
Educação Inclusiva: Uma narrativa de 25 anos no aroma dos diasEducação Inclusiva: Uma narrativa de 25 anos no aroma dos dias
Educação Inclusiva: Uma narrativa de 25 anos no aroma dos diasJoaquim Colôa
 
Autodeterminação ou o Poder e a Liberdade em dar Sentido à Singularidade*
Autodeterminação ou o Poder e a Liberdade em dar Sentido à Singularidade*Autodeterminação ou o Poder e a Liberdade em dar Sentido à Singularidade*
Autodeterminação ou o Poder e a Liberdade em dar Sentido à Singularidade*Joaquim Colôa
 
Educação Inclusiva: Um Olhar Organizado em 5 Pontos de Vista
Educação Inclusiva: Um Olhar Organizado em 5 Pontos de VistaEducação Inclusiva: Um Olhar Organizado em 5 Pontos de Vista
Educação Inclusiva: Um Olhar Organizado em 5 Pontos de VistaJoaquim Colôa
 
Defender inclusao sem comecar pelo fim
Defender inclusao sem comecar pelo fim Defender inclusao sem comecar pelo fim
Defender inclusao sem comecar pelo fim Joaquim Colôa
 

Mais de Joaquim Colôa (20)

CAMINHOS PARA A PROMOÇÃO DA INLUSÃO E VIDA INDEPENDENTE
CAMINHOS PARA  A PROMOÇÃO DA INLUSÃO E VIDA INDEPENDENTECAMINHOS PARA  A PROMOÇÃO DA INLUSÃO E VIDA INDEPENDENTE
CAMINHOS PARA A PROMOÇÃO DA INLUSÃO E VIDA INDEPENDENTE
 
APRESENTAÇÃO AULA ABERTA INSTITUTO JEAN PIAGET DE ALMADA.pdf
APRESENTAÇÃO AULA ABERTA INSTITUTO JEAN PIAGET DE ALMADA.pdfAPRESENTAÇÃO AULA ABERTA INSTITUTO JEAN PIAGET DE ALMADA.pdf
APRESENTAÇÃO AULA ABERTA INSTITUTO JEAN PIAGET DE ALMADA.pdf
 
DA VIOLÊNCIA DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO QUE (ÀS VEZES) É VIOLENTA
DA VIOLÊNCIA DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO QUE (ÀS VEZES) É VIOLENTADA VIOLÊNCIA DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO QUE (ÀS VEZES) É VIOLENTA
DA VIOLÊNCIA DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO QUE (ÀS VEZES) É VIOLENTA
 
APRESENTAÇÃO CENTRO DE FORMAÇÃO ANTÓNIO SÉRGIO.pdf
APRESENTAÇÃO CENTRO DE FORMAÇÃO ANTÓNIO SÉRGIO.pdfAPRESENTAÇÃO CENTRO DE FORMAÇÃO ANTÓNIO SÉRGIO.pdf
APRESENTAÇÃO CENTRO DE FORMAÇÃO ANTÓNIO SÉRGIO.pdf
 
APRESENTAÇÃO CONGRESSO UNIVERSIDADE LUSÓFONA .pdf
APRESENTAÇÃO CONGRESSO UNIVERSIDADE LUSÓFONA .pdfAPRESENTAÇÃO CONGRESSO UNIVERSIDADE LUSÓFONA .pdf
APRESENTAÇÃO CONGRESSO UNIVERSIDADE LUSÓFONA .pdf
 
INCLUSÃO ESCOLAR EM TEMPOS DE PÓS-PANDEMIA.pdf
INCLUSÃO ESCOLAR EM TEMPOS DE PÓS-PANDEMIA.pdfINCLUSÃO ESCOLAR EM TEMPOS DE PÓS-PANDEMIA.pdf
INCLUSÃO ESCOLAR EM TEMPOS DE PÓS-PANDEMIA.pdf
 
Problemas Emocinais e Comportamentais - Teoria e Prática.pdf
Problemas Emocinais e Comportamentais - Teoria e Prática.pdfProblemas Emocinais e Comportamentais - Teoria e Prática.pdf
Problemas Emocinais e Comportamentais - Teoria e Prática.pdf
 
Tempos de Pandemia: quando os frágeis sintomas de inclusão se transformam em ...
Tempos de Pandemia: quando os frágeis sintomas de inclusão se transformam em ...Tempos de Pandemia: quando os frágeis sintomas de inclusão se transformam em ...
Tempos de Pandemia: quando os frágeis sintomas de inclusão se transformam em ...
 
Políticas e Culturas de Avaliação de Alunos com Necessidades Educativas Espec...
Políticas e Culturas de Avaliação de Alunos com Necessidades Educativas Espec...Políticas e Culturas de Avaliação de Alunos com Necessidades Educativas Espec...
Políticas e Culturas de Avaliação de Alunos com Necessidades Educativas Espec...
 
Texto elaborado para: Audição conjunta sobre o acompanhamento e avaliação da ...
Texto elaborado para: Audição conjunta sobre o acompanhamento e avaliação da ...Texto elaborado para: Audição conjunta sobre o acompanhamento e avaliação da ...
Texto elaborado para: Audição conjunta sobre o acompanhamento e avaliação da ...
 
DES|CONFINAR 2.º MARÇO.ABRIL 2021
DES|CONFINAR 2.º MARÇO.ABRIL 2021DES|CONFINAR 2.º MARÇO.ABRIL 2021
DES|CONFINAR 2.º MARÇO.ABRIL 2021
 
Cabe a Diferenciação pedagógica numa Medida Prescritiva?
Cabe a Diferenciação pedagógica numa Medida Prescritiva?Cabe a Diferenciação pedagógica numa Medida Prescritiva?
Cabe a Diferenciação pedagógica numa Medida Prescritiva?
 
Da Exclusão à Inclusão - A escola completa do século XXI
Da Exclusão à Inclusão - A escola completa do século XXIDa Exclusão à Inclusão - A escola completa do século XXI
Da Exclusão à Inclusão - A escola completa do século XXI
 
Reflexão sobre o conceito de Necessidades Educativas Especiais
Reflexão sobre o conceito de Necessidades Educativas EspeciaisReflexão sobre o conceito de Necessidades Educativas Especiais
Reflexão sobre o conceito de Necessidades Educativas Especiais
 
DES|CONFINAR - Joaquim Colôa
DES|CONFINAR - Joaquim ColôaDES|CONFINAR - Joaquim Colôa
DES|CONFINAR - Joaquim Colôa
 
Joaquim Colôa - AS OPORTUNIDADES DA NOVA LEI EM PORTUGAL – DITA QUE É PARA A ...
Joaquim Colôa - AS OPORTUNIDADES DA NOVA LEI EM PORTUGAL – DITA QUE É PARA A ...Joaquim Colôa - AS OPORTUNIDADES DA NOVA LEI EM PORTUGAL – DITA QUE É PARA A ...
Joaquim Colôa - AS OPORTUNIDADES DA NOVA LEI EM PORTUGAL – DITA QUE É PARA A ...
 
Educação Inclusiva: Uma narrativa de 25 anos no aroma dos dias
Educação Inclusiva: Uma narrativa de 25 anos no aroma dos diasEducação Inclusiva: Uma narrativa de 25 anos no aroma dos dias
Educação Inclusiva: Uma narrativa de 25 anos no aroma dos dias
 
Autodeterminação ou o Poder e a Liberdade em dar Sentido à Singularidade*
Autodeterminação ou o Poder e a Liberdade em dar Sentido à Singularidade*Autodeterminação ou o Poder e a Liberdade em dar Sentido à Singularidade*
Autodeterminação ou o Poder e a Liberdade em dar Sentido à Singularidade*
 
Educação Inclusiva: Um Olhar Organizado em 5 Pontos de Vista
Educação Inclusiva: Um Olhar Organizado em 5 Pontos de VistaEducação Inclusiva: Um Olhar Organizado em 5 Pontos de Vista
Educação Inclusiva: Um Olhar Organizado em 5 Pontos de Vista
 
Defender inclusao sem comecar pelo fim
Defender inclusao sem comecar pelo fim Defender inclusao sem comecar pelo fim
Defender inclusao sem comecar pelo fim
 

Último

Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 

Taxas de prevalência de NEE prolongadas na educação básica

  • 1. E d u c a ç ã o B á s ic a LEVANTAMENTO DAS TAXAS DE PREVALÊNCIA DAS DIFERENTES TIPOLOGIAS DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS DE CARÁTER PROLONGADO (A nível nacional e por Direcções Regionais de Educação) Departamento de Educação Básica Núcleo de Orientação Educativa e Educação Especial Estudo elaborado por Joaquim Colôa 1 de Outubro de 2001
  • 2. INTRODUÇÃO O presente levantamento das taxas de prevalência das diferentes tipologias de alunos com necessidades educativas especiais de carácter prolongado (alunos sujeitos a medidas especiais de educação), dos diferentes domínios, a nível nacional e por Direcções Regionais de Educação, foi elaborado na sequência de um pedido da Secretaria de Estado da Administração Educativa. O referido levantamento reporta-se aos alunos matriculados em Portugal continental num período decorrente do ano lectivo de 1997/1998 ao ano lectivo de 2000/2001 (intervalo de quatro anos), expressando uma proporção por cada mil alunos, tendo em vista, nomeadamente, a criação dos quadros de zona pedagógica para a educação especial. Este documento encontra-se organizado em três partes: Primeira parte: conceitos-chave e metodologia utilizada; Segunda parte: apresentação dos dados e síntese dos mesmos; Terceira parte: considerações finais. 2
  • 3. PARTE I 1. CONCEITOS-CHAVE •Prevalência - Proporção de pessoas numa população que apresenta uma condição particular, doença ou “status”(Larson et al., 2001). •Alunos com Necessidades Educativas Especiais - alunos que exigem recursos ou adaptações especiais no processo de ensino/aprendizagem que não são comuns à maioria dos alunos da sua idade, por apresentarem dificuldades ou incapacidades que se reflectem numa ou mais áreas de aprendizagem (Bairrão et al., 1998). •Alunos com problemas de baixa frequência e alta intensidade - Alunos com altas probabilidades de possuírem uma etiologia biológica, inata ou congénita e que foram (ou deveriam ter sido) detectados precocemente, exigindo um tratamento significativo e serviços de reabilitação bem como recursos e meios adicionais para apoiar as suas necessidades educativas (Siomeonsson, R. J. 1994, cit in Bairrão et al., 1998). •Alunos com necessidades educativas especiais de carácter prolongado: Alunos que experienciam graves dificuldades no processo de aprendizagem e participação no contexto escolar, decorrentes da interacção entre factores ambientais (físicos sociais e atitudinais) e limitações acentuadas ao nível do seu funcionamento num ou mais dos seguintes domínios: •Sensorial (audição, visão e outros) •Motor; •Cognitivos; •Fala, Linguagem e Comunicação •Emocional/Personalidade •Saúde (Ante-projecto do Decreto-Lei sobre Apoios Educativos/Setembro 2001) 3
  • 4. O conceito de necessidades educativas especiais de carácter prolongado decorre da intersecção do conceito de necessidades educativas especiais e problemas de baixa frequência e alta intensidade, sendo estes os casos que necessitam de medidas especiais de educação conforme estão definidas no ante-projecto de Decreto-Lei sobre apoios educativos e para os quais, nesta lógica, se enquadra o pedido de levantamento de taxas de prevalência, tendo em vista, a criação dos quadros de zona pedagógica para a educação especial. 2. METODOLOGIA As taxas de prevalência foram calculadas tendo por base o denominado método administrativo (Larson et al., 2001), considerado o método mais comum para estabelecer este tipo de taxas. Neste método recorre-se a dados de investigações já efectuadas por diversos serviços e, ou instituições sendo os resultados obtidos considerados taxas de prevalência administrativa. Pretende-se, deste modo, obter uma determinada proporção de pessoas que beneficiam de respostas a necessidades identificadas. Para a recolha de dados foram consideradas as seguintes fontes: • Relatórios do Observatório dos Apoios Educativos; • Base de dados do Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento; • Levantamento das Instituições Particulares, Cooperativas e IPSS, para efeito da aplicação do Despacho-Conjunto 46/MF/ME/95, Portarias 1102/97 e 1103/97, ambas de 3 de Novembro. Os dados (totais da população com necessidades educativas especiais de carácter prolongado e o total da população escolar, a nível nacional e regional) reportam-se a 4
  • 5. Portugal continental, englobando os valores existentes para o Pré-Escolar, Ensino Básico e Secundário. O intervalo de tempo considerado é o período de quatro anos lectivos (de 1997/1998 a 2000/2001). Uma vez efectuado o levantamento do número de casos sinalizados em cada domínio e do número total de alunos matriculados no mesmo local e momento, por Direcção Regional e a nível nacional, procedeu-se ao cálculo das respectivas taxas de prevalência de acordo com a seguinte fórmula: número de casos de necessidades educativas especiais de carácter prolongado Taxa de Prevalência = ____________________________________________ X 1000 Número total da população matriculada Deste modo os resultados obtidos expressam uma proporção de alunos específicos por cada mil alunos matriculados. As tipologias tidas em conta no presente levantamento tiveram por base as categorias de alunos com necessidades educativas especiais utilizadas pelo Ministério da Educação/ Departamento de Educação Básica/Núcleo de Orientação Educativa e Educação Especial, para fins estatísticos. Essas categorias foram adaptadas em função dos domínios identificados na definição de alunos com necessidades educativas especiais de carácter prolongado, constante no Ante- projecto de Decreto-Lei sobre Apoios Educativos, de modo a se considerarem apenas os problemas de baixa frequência e alta intensidade. Assim, considerámos que: 5
  • 6. Surdez (moderada, severa e profunda) insere-se no domínio da audição. Não se inclui a surdez de grau ligeiro em virtude de se considerar que os alunos incluídos nesta categoria não necessitam de medidas especiais de educação. • Cegos e Visão Reduzida insere-se no domínio da visão. • A Multideficiência1, as Dificuldades de Aprendizagem Severas2 e os Atrasos Globais de Desenvolvimento3 incluem-se no domínio cognitivo, uma vez que é comum a estas três categorias a existência de problemas cognitivos graves. • Os Problemas de Linguagem e Fala4 inserem-se no domínio da Fala, Linguagem e Comunicação. Embora esta categoria ultrapasse os problemas de baixa frequência e alta intensidade associados a este domínio específico, optámos por utilizar os dados mencionados para a mesma, por não dispormos de dados exclusivos dos problemas específicos da linguagem (oral e escrita) e problemas graves de comunicação que são aqueles que podem ser enquadrados no âmbito das necessidades educativas especiais de carácter prolongado. • Os Problemas Graves de Comportamento5 inserem-se no domínio Emocional/Personalidade. 1 Alunos que apresentam, simultaneamente, pelo menos dois tipos de deficiência: uma deficiência mental de grau severo ou profundo associada a uma deficiência sensorial (auditiva ou visual) ou a uma deficiência motora também de grau severo ou profundo (Bairrão et al., 1998). 2 Alunos que apresentam deficiências ou incapacidades de grau severo que não se incluem em nenhuma das categorias existentes (surdez, visual, motora) e que se traduzem em necessidades especiais a nível das aprendizagens (Bairrão et al., 1998). 3 Crianças entre os 0 e os 6 anos que demonstram um significativo atraso em relação à sua idade cronológica em todas as áreas: cognitiva; motora, linguagem, autonomia e competências sociais (DEB/NOEEE, 2000/2001) 4 Crianças e jovens que apresentam perturbações a nível da articulação, da linguagem, da voz, e/ou da fluência que afectam o seu desempenho escolar (DEB/NOEEE, 2000/2001) 5 Alunos que apresentam perturbações a nível da personalidade ou da conduta que comprometem de forma grave a adaptação escolar e as suas aprendizagens (Bairrão et al., 1998). 6
  • 7. PARTE II 3. APRESENTAÇÃO DOS DADOS Quadro n.º 1 – Taxas de Prevalência de necessidades educativas especiais de carácter prolongado, por domínios e em cada mil alunos matriculados, na Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) Anos DOMÍNIOS Total de lectivos audição visão motor cognitivo Fala, Emocional/ alunos linguagem e personalidade matriculados comunicação 1997/1998 601 416 1 326 4 630 1 000 900 658 003 1998/1999 563 343 1 228 4 664 1 148 925 693 297 1999/2000 670 327 1 165 4 802 954 964 681 768 2000/2001 460 349 1 283 5 118 952 936 680 170 Totais 2 294 1 435 5 002 19 214 4 054 3 725 2 713 238 PREVALÊNCIA 0.8 0.5 1.8 7.1 1.5 1.4 Prevalência de alunos com NEE de carácter prolongado 13.2 Quadro n.º 2 – Taxas de Prevalência de necessidades educativas especiais de carácter prolongado, por domínios e em cada mil alunos matriculados, na Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) Anos DOMÍNOS Total de lectivos audição visão motor cognitivo Fala, Emocional/ alunos linguagem e personalidade matriculados comunicação 1997/1998 350 272 494 2 906 777 752 245 191 1998/1999 356 228 467 3 488 835 702 325 403 1999/2000 374 280 513 4 422 782 740 318 360 2000/2001 361 278 497 4257 845 735 311 919 Totais 1 441 1 058 1 971 15 073 3 239 2 929 1 200 873 PREVALÊNCIA 1.2 0.9 1.6 12.5 2.7 2.4 Prevalência de alunos com NEE de carácter prolongado 21.4 7
  • 8. Quadro n.º 3 – Taxas de Prevalência de necessidades educativas especiais de carácter prolongado, por domínios e em cada mil alunos matriculados, na Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) Anos DOMÍNIOS Total de lectivos audição visão motor cognitivo Fala, Emocional/ alunos linguagem e personalidade matriculados comunicação 1997/1998 574 404 539 5 754 1 622 1 896 580 994 1998/1999 643 398 969 6 814 3 806 2 734 608 143 1999/2000 518 412 924 5 199 2 126 2 897 598 418 2000/2001 592 390 954 7 137 2 278 3 237 590 543 Totais 2 327 1 604 3 386 24 904 9 832 10 764 2 378 098 PREVALÊNCIA 1.0 0.7 1.4 10.4 4.1 4.5 Prevalência de alunos com NEE de carácter prolongado 22.2 Quadro n.º 4 – Taxas de Prevalência de necessidades educativas especiais de carácter prolongado, por domínios e em cada mil alunos matriculados, na Direcção Regional de Educação do Alentejo (DREA) Anos DOMÍNIOS Total de lectivos audição visão motor cognitivo Fala, Emocional/ alunos linguagem e personalidade matriculados comunicação 1997/1998 85 58 117 781 214 181 93 013 1998/1999 94 76 108 771 345 188 92 680 1999/2000 94 49 92 748 341 262 93 581 2000/2001 96 54 124 889 383 326 90 028 Totais 369 237 441 3 189 1 283 957 369 302 PREVALÊNCIA 1.0 0.6 1.2 8.7 3.5 2.6 Prevalência de alunos com NEE de carácter prolongado 17.5 8
  • 9. Quadro n.º 5 – Taxas de Prevalência de necessidades educativas especiais de carácter prolongado, por domínios e em cada mil alunos matriculados, na Direcção Regional de Educação do Algarve (DREAlg) Anos DOMÍNIOS Total de lectivos audição visão motor cognitivo Fala, Emocional/ alunos linguagem e personalidade matriculados comunicação 1997/1998 80 44 91 447 86 122 69 915 1998/1999 62 37 88 522 92 148 69 095 1999/2000 71 45 115 615 111 174 68 827 2000/2001 60 33 107 543 99 106 70 008 Totais 273 159 401 2 127 388 550 277 845 PREVALÊNCIA 1.0 0.6 1.4 7.6 1.4 2.0 Prevalência de alunos com NEE de carácter prolongado 14.0 Quadro n.º 6 – Taxas de Prevalência de necessidades educativas especiais de carácter prolongado, por domínios e em cada mil alunos matriculados, a nível nacional Anos DOMÍNIOS Total de lectivos audição visão motor cognitivo Fala, Emocional/ alunos linguagem e personalidade matriculados comunicação 1997/1998 1 690 1 194 2 567 14 518 3 699 3 851 1 647 116 1998/1999 1 718 1 082 2 860 16 259 6 226 4 697 1 788 618 1999/2000 1 727 1 113 2 809 15 786 4 314 5 037 1 760 954 2000/2001 1 569 1 104 2 965 17 944 4 557 5 340 1 742 668 Totais 6 704 4 493 11 201 64 507 18 796 18 925 6 939 356 PREVALÊNCIA 1.0 0.6 1.6 9.3 2.7 2.7 Prevalência de alunos com NEE de carácter prolongado 18.0 9
  • 10. 4. SÍNTESE DOS DADOS Da leitura dos quadros constata-se que é o domínio cognitivo que apresenta maiores taxas de prevalência, por cada mil alunos matriculados, em todas as Direcções Regionais de Educação (12.5 – DREC, 10.4 – DREL, 8.7 – DREA, 8.0 – DREAlg e 7.0 - DREN). No domínio audição as taxas de prevalência, por cada mil alunos matriculados, variam entre 0.8 (DREN e DREAlg) e 1.1 (DREC) sendo as prevalência da DREL e DREA de 1.0. As taxas de prevalência respeitantes ao domínio visão, tendo em conta cada mil alunos matriculados, varia entre os 0.5 (DREN) e os 0.8 (DREC), na DREAlg a prevalência é de 0.6 observando-se nas restantes Direcções Regionais de Educação uma taxa de prevalência de 0.7. As taxas de prevalência encontradas para o domínio motor apresenta, nas várias Direcções Regionais de Educação, em relação a cada mil alunos matriculados, valores com pouca variação (1.8 – DREN, 1.7 DREC, 1.4 DREL e DREAlg e 1.1 DREA). Quanto ao domínio fala, linguagem e comunicação as taxas de prevalência mais elevadas, em cada mil alunos matriculados, verificam-se na DREL (4.1) e na DREA (3.4). A taxa de prevalência mais baixa verifica-se na DREAlg (1.3), sendo a taxa de prevalência na DREN e na DREC de 1.4 e 2.7 respectivamente. Para o domínio emocional/personalidade a maior taxa de prevalência situa-se na DREL, (4.5) observando-se a menor taxa de prevalência na DREN (1.3). Nas restantes Direcções Regionais as taxas de prevalência, por cada mil alunos matriculados, variam entre os 2.0 (DREAlg) e os 2.5 (DREA), sendo de 2.4 a taxa de prevalência encontrada na DREC. 10
  • 11. Apurado o somatório dos vários domínios, constatamos que a taxa de prevalência de alunos com necessidades educativas especiais de carácter prolongado, em cada mil alunos matriculados, é mais elevada na DREL e DREC (22.2 e 21.4 respectivamente) e menor na DREAlg e DREN (14.0 e 13.2 respectivamente). Na DREA observamos uma taxa de prevalência de 17.5 por cada mil alunos matriculados. A nível nacional, após o somatório dos vários domínios, verifica-se que, em cada mil alunos matriculados, existe uma taxa de prevalência de 18.0 alunos com necessidades educativas especiais de caracter prolongado. É no domínio cognitivo que se verifica a maior taxa de prevalência (9.3), observando-se no domínio fala, linguagem e comunicação e emocional/personalidade uma taxa de prevalência igual (2.7), seguindo-se o domínio motor com uma taxa de prevalência de 1.6, o domínio audição com uma taxa de prevalência de 1.0 e o domínio visão com uma taxa de prevalência de 0.6. 11
  • 12. PARTE III 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerámos que sendo um dos objectivos deste levantamento a afectação de recursos, nomeadamente, no âmbito da criação de quadros de zona pedagógica para a educação especial, a concretizar em função da publicação do Decreto-Lei dos apoios educativos, seria conveniente utilizar o conceito de necessidades educativas especiais de carácter prolongado e os vários domínios a ele associados que constam no Ante-projecto do referido Decreto-Lei (Setembro/2001). No entanto, e uma vez que os únicos dados de que dispomos se referem a categorias de necessidades educativas especiais, houve necessidade de se estabelecer uma relação entre estas duas realidades. Corremos deste modo alguns riscos como, por exemplo, o de estarmos a considerar casos cuja necessidade de medidas especiais de educação nem sempre seja clara. Deste modo, ao utilizarmos um método administrativo baseado num levantamento transversal, os resultados podem ser ampliados a casos não elegíveis para medidas especiais de educação. Por este motivo, parece-nos ser de toda a conveniência que este levantamento venha a ser no futuro complementado por outros que recorram a métodos prospectivos como são os normalmente utilizados nos estudos em profundidade. Pensámos, no entanto, que estas taxas de prevalência se adequam aos objectivos a que se destinam, já que o denominado método administrativo é defendido como o mais utilizado quando está em causa a afectação de recursos humanos e, ou materiais. 12
  • 13. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAIRRÃO, Joaquim (coord.); Isabel Felgueiras; Patricia Fontes; Filomena Pereira e Carla Vilhena (1998). Os Alunos com Necessidades Educativas Especiais: Subsídios para o Sistema de Educação. Lisboa: CNE – Editorial do Ministério da Educação. LARSON, Sheryl A.; K. Charlie Lakin; Lynda Anderson; Nohoon Kwak; Jeoung Hak Lee e Deborah Anderson (2001). Prevalence of Mental Retardation and Developmental disabilities: Estimates from the 1994/1995 National Health Interview Survey Disability Supplements, in American Journal on Mental Retardation, vol. 106, nº 3, 231-252. RELATÓRIOS DO OBSERVATÓRIO DOS APOIOS EDUCATIVOS (anos lectivos de 1997/1998, 1998/1999, 1999/2000, 2000/2001) ME, DEB, NOEEE. http://www.datasus.gov.br/cgi/idb98/d09.htm http://www.inca.org.br/epidemiologia/conceitos_e_def.html http://www.terra.com.br/virtualbooks/saude 13