SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Baixar para ler offline
---~---------------------------------'"JOÃO BEZERRA MAGALHÃES NETO
Administrador Postal (PUClRJ) e de empresas (UPISIDF), pós graduado em
gestão da qualidade nos serviços públicos (UNICAMP/SP). Atuou nos Poderes
Executivo, Judiciário e Legislativo Federais e estaduais. Preside o Conselho
Técnico-Consultivo do Instituto Brasileiro de Administração Pública
Ao mestre" com carinho.
Ao gestor, com justificada
muita apreensão!
ARTICiO
D
ia desses, autoridade republicana teve ascen-
dente hospitalizada, sob o cuidado de até então
anônima enfermeira. Na alta da ilustre paciente -
perguntada se por ela algo podia ser feito em retribuição
- não teve dúvida a discípula de Anna Nery: de pronto -
humilde e firme - disse ter único pedido, que seu filho
fosse matriculado na escola da Fundação Bradesco. A
emblemática estória foi ouvida de passagem na unidade
educacional mantida pelo braço social do gigantesco
banco, logo após ter sido visitada escola da rede pública
municipal da mesma grande cidade, do mesmo carente
bairro, distantes uma da outra poucos metros, mas qui-
lômetros de lonjura na imagem institucional. Abstraído
suposto tráfico de influência, a excelente reputação da
escola fundacional é que está por trás da disputada vaga,
enquanto a longa agonia da rede oficial de ensino se
arrasta há décadas, teimando em desafiar a capacidade
e a competência do estado, do governo e da administra-
ção pública.
Chocante disparidade. A escola municipal estava
semanas sem aula em pleno período letivo, além da
greve dos professores, à espera de mais uma reforma
meia-boca a mascarar problemas de infraestrutura: equi-
pamentos sucateados, instalações deterioradas, paredes
sujas, carteiras quebradas e ventiladores arrancados
dos tetos, a revelar grotescas cenas de vandalismo dos
próprios alunos. Enquanto isso, na outra escola, nor-
malidade a toda prova, entra-e-sai de pais, estudantes,
professores e pessoal de apoio, disciplina, segurança e
controle de acesso, tudo nos trinques, primeiro mundo
diriam apressadinhos. Do lado de cá, a diretora apontava
exemplar comportamento dum pequenino saído da sala
de aula para tomar água no bebedouro, brilhava olhos a
descrever sua escola, na fala mansa e baixinha como ela,
cativante como liderança respeitada, postura de clássica
educadora, dessas que a gente nunca esquece; lá, onde
beirava o caos, o diretor teve de chamar o capataz e ber-
rar ameaçador para crianças na quadra de esporte, que
saíram provo cativas correndo a atirar pedra em tudo
e todos, inconsciente revolta de quem é apedrejado na
vida. Na situação, nem de longe cabe o rótulo da Belíndia
(mistura de Bélgica e Índia, cunhada por Edmar Bacha
para explicar a desigualdade no Brasil), porque as duas
escolas têm o mesmo entorno, as famílias o mesmo per-
fil socioeconômico.
QUALIDADE É RESULTADO DA GESTÃO
Educação é processo de transformação de insumos
(gente com conhecimento transmissível + grana para
pagar custos inerentes + coisas a suportar a logística do
todo) em produtos (alunos conclusos), que traz resulta-
dos (formandos de boa ou de má qualidade) e impacto na
sociedade, por exemplo, na empregabilidade. É típico de
política pública, como mostra o modelo da figura.
Começando pelo recurso financeiro, há dinheiro na
educação. Definido no percentual mínimo de 25% do
orçamento público, é cerca de 5% do Produto Interno
Bruto (PIE), na média, de 2000 a 2010, quase todo ele no
Maio 2012 - Gestão Pública & Desenvolvimento 53
há mais linha de celular que gente, chove internet até no
seco hinterland nordestino e nas úmidas planícies ama-
zônicas já se navega no ciberespaço; é modernidade, mas
parece existir interesse econômico por trás da falsa ideia
de aprendizagem plugada no modem up to date, porque
embaixo de árvore se pode dar aula de qualidade, basta
ter professor motivado, preparado e vocacionado, basta
ter aluno ligado no que aprende.
A propósito do magistério, já que 25% (principal-
mente na educação infantil) não é formado, é obrigatório
enfiar aqui valorização, capacitação impositiva (via per-
centual da jornada de trabalho alocada em reciclagem,
atualização e up grade) e remuneração maior para o pro-
fessor (que ganha metade do salário de algumas outras
profissões de nível superior). É vocação, sacerdócio pes-
soal e ser normalista já foi prenda doméstica de mulher
no casamento, mas lecionar não pode ser a última esco-
lha de jovem sem opção, ao contrário, deve ser motivo de
orgulho expor em letra garrafal no cartão de visita ou na
placa do endereço residencial, "aqui mora o senhor dou-
tor professor fulano de tal': como se vê em país europeu,
é status, respeito da sociedade.
Quanto ao aluno, por irrevogável decreto celestial do
Dono deste mundo, talento nasce randômico em qual-
quer brenha, desponta mesmo na pior condição e - se
oportunidade justa for dada a quem saiba aproveitá-Ia -
vai ter explosão de genialidade como fogo de artifício do
morro ao asfalto, da favela ao condomínio de luxo; todos
têm chance de acordo com sua capacidade e - na base da
vontade, esforço e livre arbítrio - qualquer um vira téc-
nico, mestre ou doutor, sem privilégio ou preconceito. Há
outra coisa: se a mãe tiver diploma universitário, a filha-
rada recebe influência, incrementa rendimento escolar,
tem expectativa de vida melhor.
Estrutura adequada é necessário, projeto político-
-pedagógico crucial, conteúdo atual interdisciplinar
capital, grade curricular robusta indispensável e mate-
rial didático compatível fundamental, mas produzir
aluno de qualidade em escala só é possível com profes-
sor de excelência, leitura, biblioteca cheia, educação de
tempo integral, incluindo pré-escola, de preferência em
turma menor, na expectativa de mais desempenho, ape-
sar de existir cursinho com gente esborrando, escola com
relação aluno/professor quase um a um (por exemplo, na
educação indígena), sala isolada no grotão com aluno de
distintas séries e disciplinas em aula ministrada simult~-
neamente por um único professor e semana letiva fechada
ARTIGO
AO MESTRE, COM CARINHO. AO GESTOR, COM JUSTIFICADA MUITA APREENSÃO!
, '.
ensino básico (4,9%, dos 5,8%, em 2010), que consome
pouco mais de R$ 3,5 mil por aluno (20% acima do ensino
médio), enquanto o ensino universitário chega próximo
de R$ 18 mil por aluno, diferença que vem diminuindo.
Como do montante pelo menos 60% tem de ser gasto com
pessoal, é esquisita a ceieuma sobre piso salarial nacio-
nal, com professor em greve e governante impossibilitado
de cumprir a lei, é o cúmulo. Nos governos, quem alega
dificuldade orçamentária são exatamente os mais caren-
tes, coisa sem sentido, porque é inquestionável a relação
direta entre estágio de desenvolvimento, renda média
domiciliar per capita, investimento bruto anual por aluno
e desempenho em qualquer avaliação qualitativa, ou seja,
esta é tão mais alta quanto mais for alocado dinheiro em
educação pública, que retorna ao PIE na proporção de R$
1,85 por real gasto, segundo o Instituto de Política Eco-
nômica Aplicada (IPEA). É aritmética pura: a igualdade
de oportunidade a todo brasileiro depende de que estado
e município pobre receba maior apoio financeiro, mas
invista no ensino, ponto final.
Não, ponto e vírgula. Porque prefeitos exibem gasto
superior a 80 bilhões de reais em 2010 (de todas as fontes,
quase 11% a mais, comparado a 2009), mas esta fortuna
(alocada inclusive em transporte escolar, fardamento,
merenda e livro didático) não surte efeito proporcional;
há despesa alta em infraestrutura, mas escolas caem aos
pedaços; reformas se repetem na rede pública e quem faz
mais festa que aluno é empreiteiro; foi feito investimento
em parafernália eletrônica e laboratório sofisticado, mas
existe muita sucata e gerigonça obsoleta. Aliás, aporte
tecnológico é prá mais de metro: se vende um compu-
tador por segundo no Brasil (são 100 milhões em 2012),
Formulação de políticas públicas - Marco conceitual
Metas
(Impactos)
o
'roo-
~Q)
EQ)
a.
~
Insumos
I
• Longo prazo, melhoria na sociedade
• Efeitos intermediários dos
produtos/serviços nos CIdadãos
• Produtos e serviços disporsbiâzaocs
• Ações reafizadas para transformar
insumos em produtos ou serviços
• Financeiros, humanos e materiais
54 I Gestão Pública & Desenvolvimento - Maio 2012
com uma só matéria (geralmente, física, química ou bio-
logia) dada por docente no rodízio em escola, bairro ou
cidade, por absoluta carência de gente especializada: o
determinante que soluciona essa matriz anormal é jei-
tinho, bom senso, improvisação e criatividade, mas há
ciência no dimensionamento da quantidade necessária
de docentes por disciplina, em cada escola, via número
de turmas em cada série e modalidade de ensino, carga
horária de cada professor e quantidade de alunos por
turma, contexto perfeito para o algoritmo aplicável.
Com isso, se reverte o funil do processo produtivo
educacional do ensino básico ao nível superior (ape-
nas 50% dos que concluem o primeiro grau terminam o
segundo aos 19 anos de idade e - dos que chegam aqui
- menos entram na universidade). Ou seja, alta taxa de
rejeito, gente patinando em círculo no caminho ou exclu-
ída pela evasão (em torno de 10%, na média, em todo
o ciclo), repetência (estão atrasados nos estudos 23%
dos alunos do ensino fundamental e 34% da educação
básica) e represamento (a distorção idade-série vinda da
reprovação e do ciclo abandono/retorno, que cria déficit
anual de dois milhões de jovens, mais no norte e nor-
deste brasileiros), sangria de custo incalculável, junto
do analfabetismo (tragédia mais cara que todo dinheiro
necessário ao letramento). Temos hoje seis milhões de
alunos superiores (2/3 em faculdade privada), inclusive
em curso à distância de tecnólogo versátil, licenciatura
picada ou bacharelismo de montão (quantidade acima
da qualidade), mas nem todos têm de ir para a academia
(com ou sem cota racial), sair de canudo ou anel colorido
no dedo, entrar em prestigiada pós-graduação uspiana
ou voar longe para doutorado sanduíche (pior nome
não há); é importante a universidade (ainda mais se for
grande) e deve se complementar com ensino profissional
excelente, como na escola técnica alemã (fachhochshule),
que prepara em longos meses até samoense ocidental na
velha arte do talho, a ser açougueiro, numa palavra fácil.
NA PISADA DO PISA
Alguma autoridade educacional inexplicavelmente
irritadiça tenta desqualificar modelos universalmente
aceitos como o PISA (Prograrnrne for International
Assessment, em português Programa Internacional para
Avaliação de Alunos), da Organização para a Coopera-
ção e Desenvolvimento Econômico (OCDE), porque,
neles (veja gráficos), o Brasil não se dá bem, coisa de
avestruz que enterra a cabeça e deixa o corpo exposto.
,"
A lista trienal comparativa classifica países membros e
convidados, a partir da avaliação do ensino que cada um
oferece (refletida na habilidade e aptidão do estudante
em compreender, analisar e enfrentar a vida real), focada
em três disciplinas (matemática, ciência e literatura, uma
em cada edição é enfatizada), por meio de teste aplicado
a alunos de 15 anos de idade, portanto na transição entre
o nível secundário e a inserção no mercado de trabalho.
Somos dos que mais evoluíram na década, mas, ainda
assim, em 2009, entre 65 países (China [Xangai e Hong
Kong], Coreia, Finlândia, Cingapura e Canadá foram os
primeiros) restou-nos o 53° lugar (melhor que Argentina,
atrás de Colômbia, México e Uruguai), demonstrando a
inequação da qualidade educacional (escolas públicas na
rabeira) e da desigualdade social (causa/efeito no vicioso
ciclo da pobreza), pois o Distrito Federal (o líder bra-
sileiro) teve desempenho geral equivalente ao Chile (o
campeão latino-americano, em 45° lugar) e o Maranhão
ficou na penúltima posição mundial em matemática.
Além de ter escola privada em média 60% melhor que
o sistema oficial de ensino (a discrepância é menor em
países desenvolvidos), o recorte geográfico exibe mapa
menos feio no centro-sul (SC, RS, MG, PR, ES, SP,RJ,MS
e GO, nesta ordem, a partir do melhor) e horripilante no
norte-nordeste do Brasil (RN, MA e AL, os três últimos
estados na lista), crua realidade também nos sistemas
de avaliação oficiais, como, por exemplo, nos Exame
Nacional do Ensino Médio (ENEM), Prova Brasil e Pro-
vinha Brasil. Afinal, foi bom o Ministério da Educação
(MEC) ter se rendido à métrica da qualidade do ensino -
como preconizava o Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade (PBQP) desde os anos 90 - adotado prê-
mios e implantado mecanismos de recompensa, mas, há
equívoco como na escola que contrata consultoria espe-
cializada para aprontar mais aluno participante de exame
nacional de avaliação, absurdo total a escancarar a baixa
qualidade do processo educacional, igualzinho ao bacha-
rel que faz preparatório para a Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB).
O QUE DIZER DO IMPACTO NA SOCIEDADE?
Por causa da educação, o índice de Desenvolvi-
mento Humano (IDH) do Brasil se elevou (matrículas
quase universalizadas no ensino fundamental, sobre-
tudo), o ensino médio tem mais jovens insertos, a
saúde melhorou (mães escolarizadas têm menos filhos,
vacinam eles, transmitem hábitos sanitários) e a renda
Maio 2012 - Gestão Pública & Desenvolvimento 55
AO MESTRE, COM CARINHO. AO GESTOR, COM JUSTIFICADA MUITAAPREENSÃOl
OPINIÃO
subiu (por conta de mais escolaridade, um monte saiu
da pobreza extrema e empurrou outro lote pirâmide
social acima/mercado de consumo adentro), mas o
apagão de mão de obra desabou na agenda, falta espe-
cialista em setor estratégico da economia expandida,
técnicos são importados, brasileiros repatriados aos
montes, efeitos colaterais do analfabetismo funcional
(gente com restrição cognitiva para entender tabela ou
gráfico) ou da insuficiente formação (léguas distante
do padrão desejável de trabalhador), que é respon-
sabilidade privada e governamental, via extinção de
barreiras (municipais, estaduais e federais) à inova-
ção, ao empreendedorismo ou à atração de capitais de
risco, de parcerias sociais ou filantrópicas e de organi-
" A SAÚDE MELHOROU EA RENDA
SUBIU, MAS O APAGÃO DE MÃO
DE OBRA DESABOU NAAGENDA "
João Bezerra Magalhães Neto
zações não lucrativas para a atividade educacional.
De fato, algo já é feito no desenvolvimento de con-
teúdos, materiais e recursos didáticos multimídia, mas
aquém das necessidades e potencialidades, se compa-
rado a outras políticas públicas nas quais há forte atuação
- saúde em destaque - em relação à moderna tecnologia a
ser customizada no ensino, com salvaguardas institucio-
nais que assegurem prioridade ao interesse da sociedade,
porque educação é porta e alavanco do futuro, pátrio
direito individual da cidadania, dever do estado (obri-
gatória e gratuita no ensino fundamental) e da família,
garantia universal de acesso ao conhecimento e ao desen-
volvimento integral (nativista e empírico) da pessoa, tem
de ser inclusiva, não se fala mais nisso.
OU ATA OU DESATA
Não adianta fórum educacional em paradisíaco
resort á beira mar com ministro e rico empresário (que
devia ser igual mecenas americano doador de fortuna a
universidade), melhor é inundar (como no esporte) o
país com olimpíadas de matemática, português e ciên-
cia para elevar a qualidade do aluno normal, mesmo
que ele seja fisgado com transporte gratuito, vá à escola
pela merenda escolar, tenha meia-entrada ou passe-
-livre em ônibus coletivo (qualquer atrativo é válido
para ter estudante em sala de aula, chegar ao professor,
afastar do trabalho prematuro).
Nesta linha, é criar Vale-Letra, Vale-Alfabeto,
Vale- Leitura, Vale-Educação, Vale-Conhecimento;
é replicar imagem de criança europeia ou chilena de
uniforme escolar engomado, gravatinha, sainha plis-
sada, voltar ao tempo em que elite brasileira sentava
em banco de escola pública, porque era a melhor opção
(não a proposta que a quer matricular nela, por cas-
tigo); é ressuscitar Darei Ribeiro e o Centro Integrado
de Educação Pública (CIEP), é retomar a Escola-Par-
que de Anísio Teixeira (transformação via mudança,
não laisser faire), é relembrar Paulo Freire (educação
popular crítica), ao invés de adotar como indicador
metro quadrado de escola construída, milhões de reais
na atividade-meio a encher relatório de secretaria de
educação, se aí cabe o nome.
O nome disso é gestão efetiva (que engloba eficiên-
cia e eficácia), sem adjetivo (democrática, colegiada) de
ocasião ou choque modista, é adotar modelo referencial,
solução inovadora e método efetivo, é fixar parâmetro
(top down) e meta negociada (bottom up), é manter cons-
tância de propósito, priorizar meritocracia e subir degrau
um-a-um na melhor ia continua, monitorando, avaliando,
premiando, recompensando, motivando; é simplesmente
botar educador de coração em sala de aula e alocar gestor
de visão com batuta autônoma de liderança, sem reserva
de mercado para ninguém e nenhuma profissão; é espa-
lhar de novo no país liceus, ateneus, maristas, batistas,
cultura humanista comme il faut em lugar de utilitarismo
supérfluo, deixar o irresistível fascínio do saber cumprir
sua função avant Ia lettre. Assim, seremos pessoas civili-
zadas' cidadãos plenos, merecemos há tempo.
Ou então, primeiro devolvam nosso suado
imposto, depois distribuam noite adentro a menino
pobre caixinha de lustrar sapato rico, instalem
semáforo para guri vendedor de bugiganga ou de em
mais bisnaga de água com sabão a pivete limpador
de para-brisas de carro, ou espalhem pela rua mais
transeunte com bolsa, colar e relógio disponíveis
para trombadinha arisco, ou construam mais abrigo
para menor infrator e mais presídio para condenado,
até que tudo tenha orçamento maior que o da educa-
ção. Claro, o Brasil não quer e nem vai ter isso por
longo tempo mais. Que Deus nos ouça e atenda! •
Gestão Pública & Desenvolvimento - Maio 2012
56.1

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Artigo 13
Artigo 13Artigo 13
Artigo 13Ladjane
 
Revcrian 41
Revcrian 41Revcrian 41
Revcrian 41FSBA
 
Da ordem do relato e do argumentar
Da ordem do relato e do argumentarDa ordem do relato e do argumentar
Da ordem do relato e do argumentarPriscila Hilária
 
Texto 02 Instituto Fernand Braudel
Texto 02   Instituto Fernand BraudelTexto 02   Instituto Fernand Braudel
Texto 02 Instituto Fernand BraudelFabio Santos
 
Pesquisa sobre Evasão Escolar
Pesquisa sobre Evasão EscolarPesquisa sobre Evasão Escolar
Pesquisa sobre Evasão EscolarJuli Geambastiani
 
As causas da evasão escolar 240904
As causas da evasão escolar 240904As causas da evasão escolar 240904
As causas da evasão escolar 240904Maria Helena Gavino
 
Rev crian 39
Rev crian 39Rev crian 39
Rev crian 39FSBA
 
O jovem como sujeito do ensino médio Salete
O jovem como sujeito do ensino médio SaleteO jovem como sujeito do ensino médio Salete
O jovem como sujeito do ensino médio SaleteSalete Perini
 
Resumo do caderno 2 etapa I - O jovem como sujeito do ensino médio- Orientado...
Resumo do caderno 2 etapa I - O jovem como sujeito do ensino médio- Orientado...Resumo do caderno 2 etapa I - O jovem como sujeito do ensino médio- Orientado...
Resumo do caderno 2 etapa I - O jovem como sujeito do ensino médio- Orientado...KATIA CAVALCANTI
 
Como melhorar a experiência da educação pública na cidade de São Paulo
Como melhorar a experiência da educação pública na cidade de São PauloComo melhorar a experiência da educação pública na cidade de São Paulo
Como melhorar a experiência da educação pública na cidade de São PauloJoyce Moreno
 
O ensino público em biritinga e riachão do jacuípe
O ensino público em biritinga e riachão do jacuípeO ensino público em biritinga e riachão do jacuípe
O ensino público em biritinga e riachão do jacuípeUNEB
 
Escola e família em parceria palestra norma
Escola e família em parceria palestra normaEscola e família em parceria palestra norma
Escola e família em parceria palestra normaveraelaine
 
Texto 01 Instituto Fernand Braudel
Texto 01   Instituto Fernand BraudelTexto 01   Instituto Fernand Braudel
Texto 01 Instituto Fernand BraudelFabio Santos
 
Web caderno-2
Web caderno-2Web caderno-2
Web caderno-2luci96
 
A transexualidade como motivo de evasão escolar: uma realidade?
A transexualidade como motivo de evasão escolar: uma realidade?A transexualidade como motivo de evasão escolar: uma realidade?
A transexualidade como motivo de evasão escolar: uma realidade?Maria Stela Cavalcante Rabello
 
O jovem como sujeito do ensino médio, caderno 2
O jovem como sujeito do ensino médio, caderno 2O jovem como sujeito do ensino médio, caderno 2
O jovem como sujeito do ensino médio, caderno 2Kadu Lannes
 

Mais procurados (18)

Artigo 13
Artigo 13Artigo 13
Artigo 13
 
Revcrian 41
Revcrian 41Revcrian 41
Revcrian 41
 
Da ordem do relato e do argumentar
Da ordem do relato e do argumentarDa ordem do relato e do argumentar
Da ordem do relato e do argumentar
 
Dossiê 2014
Dossiê  2014Dossiê  2014
Dossiê 2014
 
Texto 02 Instituto Fernand Braudel
Texto 02   Instituto Fernand BraudelTexto 02   Instituto Fernand Braudel
Texto 02 Instituto Fernand Braudel
 
Pesquisa sobre Evasão Escolar
Pesquisa sobre Evasão EscolarPesquisa sobre Evasão Escolar
Pesquisa sobre Evasão Escolar
 
Revista magisterio1
Revista magisterio1Revista magisterio1
Revista magisterio1
 
As causas da evasão escolar 240904
As causas da evasão escolar 240904As causas da evasão escolar 240904
As causas da evasão escolar 240904
 
Rev crian 39
Rev crian 39Rev crian 39
Rev crian 39
 
O jovem como sujeito do ensino médio Salete
O jovem como sujeito do ensino médio SaleteO jovem como sujeito do ensino médio Salete
O jovem como sujeito do ensino médio Salete
 
Resumo do caderno 2 etapa I - O jovem como sujeito do ensino médio- Orientado...
Resumo do caderno 2 etapa I - O jovem como sujeito do ensino médio- Orientado...Resumo do caderno 2 etapa I - O jovem como sujeito do ensino médio- Orientado...
Resumo do caderno 2 etapa I - O jovem como sujeito do ensino médio- Orientado...
 
Como melhorar a experiência da educação pública na cidade de São Paulo
Como melhorar a experiência da educação pública na cidade de São PauloComo melhorar a experiência da educação pública na cidade de São Paulo
Como melhorar a experiência da educação pública na cidade de São Paulo
 
O ensino público em biritinga e riachão do jacuípe
O ensino público em biritinga e riachão do jacuípeO ensino público em biritinga e riachão do jacuípe
O ensino público em biritinga e riachão do jacuípe
 
Escola e família em parceria palestra norma
Escola e família em parceria palestra normaEscola e família em parceria palestra norma
Escola e família em parceria palestra norma
 
Texto 01 Instituto Fernand Braudel
Texto 01   Instituto Fernand BraudelTexto 01   Instituto Fernand Braudel
Texto 01 Instituto Fernand Braudel
 
Web caderno-2
Web caderno-2Web caderno-2
Web caderno-2
 
A transexualidade como motivo de evasão escolar: uma realidade?
A transexualidade como motivo de evasão escolar: uma realidade?A transexualidade como motivo de evasão escolar: uma realidade?
A transexualidade como motivo de evasão escolar: uma realidade?
 
O jovem como sujeito do ensino médio, caderno 2
O jovem como sujeito do ensino médio, caderno 2O jovem como sujeito do ensino médio, caderno 2
O jovem como sujeito do ensino médio, caderno 2
 

Destaque

Destaque (7)

Trabalho de língua portuguesa
Trabalho de língua portuguesaTrabalho de língua portuguesa
Trabalho de língua portuguesa
 
Cuestionario bachillerato.doc
Cuestionario bachillerato.docCuestionario bachillerato.doc
Cuestionario bachillerato.doc
 
Amanda
AmandaAmanda
Amanda
 
Conservar las relaciones
Conservar las relacionesConservar las relaciones
Conservar las relaciones
 
2012.12.14.ufsba visita aos cuni
2012.12.14.ufsba visita aos cuni2012.12.14.ufsba visita aos cuni
2012.12.14.ufsba visita aos cuni
 
Tabela dos Jogos
Tabela dos JogosTabela dos Jogos
Tabela dos Jogos
 
Las Estrellas De Mar
Las Estrellas De MarLas Estrellas De Mar
Las Estrellas De Mar
 

Semelhante a Qualidade da educação depende da gestão eficiente dos recursos

A PESSOA COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ADULTA: ANÁLISES DO PROCESSO D...
A PESSOA COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ADULTA: ANÁLISES DO PROCESSO D...A PESSOA COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ADULTA: ANÁLISES DO PROCESSO D...
A PESSOA COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ADULTA: ANÁLISES DO PROCESSO D...Bárbara Delpretto
 
Resenha documentário pro dia nascer feliz
Resenha documentário pro dia nascer felizResenha documentário pro dia nascer feliz
Resenha documentário pro dia nascer felizerika_cdias
 
a educação no mundo atual
a educação no mundo atuala educação no mundo atual
a educação no mundo atualPatrick Macedo
 
EXPECTATIVAS DO JOVEM DO CAMPO DO MUNICÍPIO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS AO INGRESS...
EXPECTATIVAS DO JOVEM DO CAMPO DO MUNICÍPIO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS AO INGRESS...EXPECTATIVAS DO JOVEM DO CAMPO DO MUNICÍPIO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS AO INGRESS...
EXPECTATIVAS DO JOVEM DO CAMPO DO MUNICÍPIO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS AO INGRESS...christianceapcursos
 
14. expectativas do jovem do campo do município de palmeira dos índios ao ing...
14. expectativas do jovem do campo do município de palmeira dos índios ao ing...14. expectativas do jovem do campo do município de palmeira dos índios ao ing...
14. expectativas do jovem do campo do município de palmeira dos índios ao ing...christianceapcursos
 
Formar Professores em contextos em mudança - prática reflexiva - Perrenoud
Formar Professores em contextos em mudança - prática reflexiva - PerrenoudFormar Professores em contextos em mudança - prática reflexiva - Perrenoud
Formar Professores em contextos em mudança - prática reflexiva - PerrenoudLúcio Aguiar
 
Trabalho do filme para o dia nascer feliz
Trabalho do filme para o dia nascer felizTrabalho do filme para o dia nascer feliz
Trabalho do filme para o dia nascer felizMichel Iglicky
 
Perfil do aluno noturno eja
Perfil do aluno noturno ejaPerfil do aluno noturno eja
Perfil do aluno noturno ejaAlexsandra Brito
 
Ad1 superando a pedagogia da transmissão
Ad1   superando a pedagogia da transmissãoAd1   superando a pedagogia da transmissão
Ad1 superando a pedagogia da transmissãoalinealmeida231
 
Monografia -fracasso_escolar - cópia
Monografia  -fracasso_escolar - cópiaMonografia  -fracasso_escolar - cópia
Monografia -fracasso_escolar - cópiaAgassis Rodrigues
 
(In)disci..
(In)disci..(In)disci..
(In)disci..Luciana
 
(In)disci..
(In)disci..(In)disci..
(In)disci..Luciana
 

Semelhante a Qualidade da educação depende da gestão eficiente dos recursos (20)

Ética na escola.ppt
Ética na escola.pptÉtica na escola.ppt
Ética na escola.ppt
 
artigo educação
artigo educaçãoartigo educação
artigo educação
 
A PESSOA COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ADULTA: ANÁLISES DO PROCESSO D...
A PESSOA COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ADULTA: ANÁLISES DO PROCESSO D...A PESSOA COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ADULTA: ANÁLISES DO PROCESSO D...
A PESSOA COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO ADULTA: ANÁLISES DO PROCESSO D...
 
Resenha documentário pro dia nascer feliz
Resenha documentário pro dia nascer felizResenha documentário pro dia nascer feliz
Resenha documentário pro dia nascer feliz
 
Gilberto Dimenstein
Gilberto DimensteinGilberto Dimenstein
Gilberto Dimenstein
 
Cc jjma
Cc jjmaCc jjma
Cc jjma
 
a educação no mundo atual
a educação no mundo atuala educação no mundo atual
a educação no mundo atual
 
EXPECTATIVAS DO JOVEM DO CAMPO DO MUNICÍPIO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS AO INGRESS...
EXPECTATIVAS DO JOVEM DO CAMPO DO MUNICÍPIO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS AO INGRESS...EXPECTATIVAS DO JOVEM DO CAMPO DO MUNICÍPIO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS AO INGRESS...
EXPECTATIVAS DO JOVEM DO CAMPO DO MUNICÍPIO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS AO INGRESS...
 
14. expectativas do jovem do campo do município de palmeira dos índios ao ing...
14. expectativas do jovem do campo do município de palmeira dos índios ao ing...14. expectativas do jovem do campo do município de palmeira dos índios ao ing...
14. expectativas do jovem do campo do município de palmeira dos índios ao ing...
 
Formar Professores em contextos em mudança - prática reflexiva - Perrenoud
Formar Professores em contextos em mudança - prática reflexiva - PerrenoudFormar Professores em contextos em mudança - prática reflexiva - Perrenoud
Formar Professores em contextos em mudança - prática reflexiva - Perrenoud
 
Trabalho do filme para o dia nascer feliz
Trabalho do filme para o dia nascer felizTrabalho do filme para o dia nascer feliz
Trabalho do filme para o dia nascer feliz
 
Perfil do aluno noturno eja
Perfil do aluno noturno ejaPerfil do aluno noturno eja
Perfil do aluno noturno eja
 
Ad1 superando a pedagogia da transmissão
Ad1   superando a pedagogia da transmissãoAd1   superando a pedagogia da transmissão
Ad1 superando a pedagogia da transmissão
 
Monografia -fracasso_escolar - cópia
Monografia  -fracasso_escolar - cópiaMonografia  -fracasso_escolar - cópia
Monografia -fracasso_escolar - cópia
 
RessignificaçãO Do Ensino MéDio
RessignificaçãO Do Ensino MéDio RessignificaçãO Do Ensino MéDio
RessignificaçãO Do Ensino MéDio
 
(In)disci..
(In)disci..(In)disci..
(In)disci..
 
(In)disci..
(In)disci..(In)disci..
(In)disci..
 
Revista magisterio1
Revista magisterio1Revista magisterio1
Revista magisterio1
 
Revista magisterio1
Revista magisterio1Revista magisterio1
Revista magisterio1
 
Rosalda Paim
Rosalda PaimRosalda Paim
Rosalda Paim
 

Mais de João Bezerra Magalhães Neto

Artigo magalhães open government revista gestão pública julho 2011
Artigo magalhães open government revista gestão pública julho 2011Artigo magalhães open government revista gestão pública julho 2011
Artigo magalhães open government revista gestão pública julho 2011João Bezerra Magalhães Neto
 
Ambiente empresarial liderança gestão pessoas planejamento política negócios ...
Ambiente empresarial liderança gestão pessoas planejamento política negócios ...Ambiente empresarial liderança gestão pessoas planejamento política negócios ...
Ambiente empresarial liderança gestão pessoas planejamento política negócios ...João Bezerra Magalhães Neto
 
Ambiente externo planejamento política negocios 120405
Ambiente externo planejamento política negocios 120405Ambiente externo planejamento política negocios 120405
Ambiente externo planejamento política negocios 120405João Bezerra Magalhães Neto
 
Aula introdutoria planejamento politica negocios 170205
Aula introdutoria planejamento politica negocios 170205Aula introdutoria planejamento politica negocios 170205
Aula introdutoria planejamento politica negocios 170205João Bezerra Magalhães Neto
 
Icat aeudf gestao empresarial 2 tecnicas ferramentas gerenciais programas qua...
Icat aeudf gestao empresarial 2 tecnicas ferramentas gerenciais programas qua...Icat aeudf gestao empresarial 2 tecnicas ferramentas gerenciais programas qua...
Icat aeudf gestao empresarial 2 tecnicas ferramentas gerenciais programas qua...João Bezerra Magalhães Neto
 
Icat aeudf gestao empresarialtecnicas ferramentas gerenciais 6 w2h
Icat aeudf gestao empresarialtecnicas ferramentas gerenciais 6 w2hIcat aeudf gestao empresarialtecnicas ferramentas gerenciais 6 w2h
Icat aeudf gestao empresarialtecnicas ferramentas gerenciais 6 w2hJoão Bezerra Magalhães Neto
 
Aula inaugural icat aeudf gestao empresarial Brasília 1998
Aula inaugural icat aeudf gestao empresarial Brasília 1998Aula inaugural icat aeudf gestao empresarial Brasília 1998
Aula inaugural icat aeudf gestao empresarial Brasília 1998João Bezerra Magalhães Neto
 
Aula desenvolvimento organizacional mba gestão rh ufrr 140607
Aula desenvolvimento organizacional mba gestão rh ufrr 140607Aula desenvolvimento organizacional mba gestão rh ufrr 140607
Aula desenvolvimento organizacional mba gestão rh ufrr 140607João Bezerra Magalhães Neto
 
Palestra governo aberto ibap magalhães câmara dos deputados 300811
Palestra governo aberto ibap magalhães câmara dos deputados 300811Palestra governo aberto ibap magalhães câmara dos deputados 300811
Palestra governo aberto ibap magalhães câmara dos deputados 300811João Bezerra Magalhães Neto
 
Planejamento estratégico curso tecnológo gestão pública 030506
Planejamento estratégico curso tecnológo gestão pública 030506Planejamento estratégico curso tecnológo gestão pública 030506
Planejamento estratégico curso tecnológo gestão pública 030506João Bezerra Magalhães Neto
 
Apresentação Governança Gestão Pública Atual Empreendedor 2008 311008
Apresentação Governança Gestão Pública Atual Empreendedor 2008 311008Apresentação Governança Gestão Pública Atual Empreendedor 2008 311008
Apresentação Governança Gestão Pública Atual Empreendedor 2008 311008João Bezerra Magalhães Neto
 

Mais de João Bezerra Magalhães Neto (14)

Palestra seminario qualidade tre df 120897
Palestra seminario qualidade tre df 120897Palestra seminario qualidade tre df 120897
Palestra seminario qualidade tre df 120897
 
Artigo magalhães open government revista gestão pública julho 2011
Artigo magalhães open government revista gestão pública julho 2011Artigo magalhães open government revista gestão pública julho 2011
Artigo magalhães open government revista gestão pública julho 2011
 
Ambiente empresarial liderança gestão pessoas planejamento política negócios ...
Ambiente empresarial liderança gestão pessoas planejamento política negócios ...Ambiente empresarial liderança gestão pessoas planejamento política negócios ...
Ambiente empresarial liderança gestão pessoas planejamento política negócios ...
 
Ambiente externo planejamento política negocios 120405
Ambiente externo planejamento política negocios 120405Ambiente externo planejamento política negocios 120405
Ambiente externo planejamento política negocios 120405
 
Aula introdutoria planejamento politica negocios 170205
Aula introdutoria planejamento politica negocios 170205Aula introdutoria planejamento politica negocios 170205
Aula introdutoria planejamento politica negocios 170205
 
Icat aeudf gestao empresarial 2 tecnicas ferramentas gerenciais programas qua...
Icat aeudf gestao empresarial 2 tecnicas ferramentas gerenciais programas qua...Icat aeudf gestao empresarial 2 tecnicas ferramentas gerenciais programas qua...
Icat aeudf gestao empresarial 2 tecnicas ferramentas gerenciais programas qua...
 
Icat aeudf gestao empresarialtecnicas ferramentas gerenciais 6 w2h
Icat aeudf gestao empresarialtecnicas ferramentas gerenciais 6 w2hIcat aeudf gestao empresarialtecnicas ferramentas gerenciais 6 w2h
Icat aeudf gestao empresarialtecnicas ferramentas gerenciais 6 w2h
 
Aula inaugural icat aeudf gestao empresarial Brasília 1998
Aula inaugural icat aeudf gestao empresarial Brasília 1998Aula inaugural icat aeudf gestao empresarial Brasília 1998
Aula inaugural icat aeudf gestao empresarial Brasília 1998
 
Artigo magalhães gestão saúde rgpd out 2011
Artigo magalhães gestão saúde rgpd out 2011Artigo magalhães gestão saúde rgpd out 2011
Artigo magalhães gestão saúde rgpd out 2011
 
Apostila desenvolvimento organizacional 140607
Apostila desenvolvimento organizacional 140607Apostila desenvolvimento organizacional 140607
Apostila desenvolvimento organizacional 140607
 
Aula desenvolvimento organizacional mba gestão rh ufrr 140607
Aula desenvolvimento organizacional mba gestão rh ufrr 140607Aula desenvolvimento organizacional mba gestão rh ufrr 140607
Aula desenvolvimento organizacional mba gestão rh ufrr 140607
 
Palestra governo aberto ibap magalhães câmara dos deputados 300811
Palestra governo aberto ibap magalhães câmara dos deputados 300811Palestra governo aberto ibap magalhães câmara dos deputados 300811
Palestra governo aberto ibap magalhães câmara dos deputados 300811
 
Planejamento estratégico curso tecnológo gestão pública 030506
Planejamento estratégico curso tecnológo gestão pública 030506Planejamento estratégico curso tecnológo gestão pública 030506
Planejamento estratégico curso tecnológo gestão pública 030506
 
Apresentação Governança Gestão Pública Atual Empreendedor 2008 311008
Apresentação Governança Gestão Pública Atual Empreendedor 2008 311008Apresentação Governança Gestão Pública Atual Empreendedor 2008 311008
Apresentação Governança Gestão Pública Atual Empreendedor 2008 311008
 

Último

FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 

Último (20)

FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 

Qualidade da educação depende da gestão eficiente dos recursos

  • 1. ---~---------------------------------'"JOÃO BEZERRA MAGALHÃES NETO Administrador Postal (PUClRJ) e de empresas (UPISIDF), pós graduado em gestão da qualidade nos serviços públicos (UNICAMP/SP). Atuou nos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo Federais e estaduais. Preside o Conselho Técnico-Consultivo do Instituto Brasileiro de Administração Pública Ao mestre" com carinho. Ao gestor, com justificada muita apreensão! ARTICiO D ia desses, autoridade republicana teve ascen- dente hospitalizada, sob o cuidado de até então anônima enfermeira. Na alta da ilustre paciente - perguntada se por ela algo podia ser feito em retribuição - não teve dúvida a discípula de Anna Nery: de pronto - humilde e firme - disse ter único pedido, que seu filho fosse matriculado na escola da Fundação Bradesco. A emblemática estória foi ouvida de passagem na unidade educacional mantida pelo braço social do gigantesco banco, logo após ter sido visitada escola da rede pública municipal da mesma grande cidade, do mesmo carente bairro, distantes uma da outra poucos metros, mas qui- lômetros de lonjura na imagem institucional. Abstraído suposto tráfico de influência, a excelente reputação da escola fundacional é que está por trás da disputada vaga, enquanto a longa agonia da rede oficial de ensino se arrasta há décadas, teimando em desafiar a capacidade e a competência do estado, do governo e da administra- ção pública. Chocante disparidade. A escola municipal estava semanas sem aula em pleno período letivo, além da greve dos professores, à espera de mais uma reforma meia-boca a mascarar problemas de infraestrutura: equi- pamentos sucateados, instalações deterioradas, paredes sujas, carteiras quebradas e ventiladores arrancados dos tetos, a revelar grotescas cenas de vandalismo dos próprios alunos. Enquanto isso, na outra escola, nor- malidade a toda prova, entra-e-sai de pais, estudantes, professores e pessoal de apoio, disciplina, segurança e controle de acesso, tudo nos trinques, primeiro mundo diriam apressadinhos. Do lado de cá, a diretora apontava exemplar comportamento dum pequenino saído da sala de aula para tomar água no bebedouro, brilhava olhos a descrever sua escola, na fala mansa e baixinha como ela, cativante como liderança respeitada, postura de clássica educadora, dessas que a gente nunca esquece; lá, onde beirava o caos, o diretor teve de chamar o capataz e ber- rar ameaçador para crianças na quadra de esporte, que saíram provo cativas correndo a atirar pedra em tudo e todos, inconsciente revolta de quem é apedrejado na vida. Na situação, nem de longe cabe o rótulo da Belíndia (mistura de Bélgica e Índia, cunhada por Edmar Bacha para explicar a desigualdade no Brasil), porque as duas escolas têm o mesmo entorno, as famílias o mesmo per- fil socioeconômico. QUALIDADE É RESULTADO DA GESTÃO Educação é processo de transformação de insumos (gente com conhecimento transmissível + grana para pagar custos inerentes + coisas a suportar a logística do todo) em produtos (alunos conclusos), que traz resulta- dos (formandos de boa ou de má qualidade) e impacto na sociedade, por exemplo, na empregabilidade. É típico de política pública, como mostra o modelo da figura. Começando pelo recurso financeiro, há dinheiro na educação. Definido no percentual mínimo de 25% do orçamento público, é cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIE), na média, de 2000 a 2010, quase todo ele no Maio 2012 - Gestão Pública & Desenvolvimento 53
  • 2. há mais linha de celular que gente, chove internet até no seco hinterland nordestino e nas úmidas planícies ama- zônicas já se navega no ciberespaço; é modernidade, mas parece existir interesse econômico por trás da falsa ideia de aprendizagem plugada no modem up to date, porque embaixo de árvore se pode dar aula de qualidade, basta ter professor motivado, preparado e vocacionado, basta ter aluno ligado no que aprende. A propósito do magistério, já que 25% (principal- mente na educação infantil) não é formado, é obrigatório enfiar aqui valorização, capacitação impositiva (via per- centual da jornada de trabalho alocada em reciclagem, atualização e up grade) e remuneração maior para o pro- fessor (que ganha metade do salário de algumas outras profissões de nível superior). É vocação, sacerdócio pes- soal e ser normalista já foi prenda doméstica de mulher no casamento, mas lecionar não pode ser a última esco- lha de jovem sem opção, ao contrário, deve ser motivo de orgulho expor em letra garrafal no cartão de visita ou na placa do endereço residencial, "aqui mora o senhor dou- tor professor fulano de tal': como se vê em país europeu, é status, respeito da sociedade. Quanto ao aluno, por irrevogável decreto celestial do Dono deste mundo, talento nasce randômico em qual- quer brenha, desponta mesmo na pior condição e - se oportunidade justa for dada a quem saiba aproveitá-Ia - vai ter explosão de genialidade como fogo de artifício do morro ao asfalto, da favela ao condomínio de luxo; todos têm chance de acordo com sua capacidade e - na base da vontade, esforço e livre arbítrio - qualquer um vira téc- nico, mestre ou doutor, sem privilégio ou preconceito. Há outra coisa: se a mãe tiver diploma universitário, a filha- rada recebe influência, incrementa rendimento escolar, tem expectativa de vida melhor. Estrutura adequada é necessário, projeto político- -pedagógico crucial, conteúdo atual interdisciplinar capital, grade curricular robusta indispensável e mate- rial didático compatível fundamental, mas produzir aluno de qualidade em escala só é possível com profes- sor de excelência, leitura, biblioteca cheia, educação de tempo integral, incluindo pré-escola, de preferência em turma menor, na expectativa de mais desempenho, ape- sar de existir cursinho com gente esborrando, escola com relação aluno/professor quase um a um (por exemplo, na educação indígena), sala isolada no grotão com aluno de distintas séries e disciplinas em aula ministrada simult~- neamente por um único professor e semana letiva fechada ARTIGO AO MESTRE, COM CARINHO. AO GESTOR, COM JUSTIFICADA MUITA APREENSÃO! , '. ensino básico (4,9%, dos 5,8%, em 2010), que consome pouco mais de R$ 3,5 mil por aluno (20% acima do ensino médio), enquanto o ensino universitário chega próximo de R$ 18 mil por aluno, diferença que vem diminuindo. Como do montante pelo menos 60% tem de ser gasto com pessoal, é esquisita a ceieuma sobre piso salarial nacio- nal, com professor em greve e governante impossibilitado de cumprir a lei, é o cúmulo. Nos governos, quem alega dificuldade orçamentária são exatamente os mais caren- tes, coisa sem sentido, porque é inquestionável a relação direta entre estágio de desenvolvimento, renda média domiciliar per capita, investimento bruto anual por aluno e desempenho em qualquer avaliação qualitativa, ou seja, esta é tão mais alta quanto mais for alocado dinheiro em educação pública, que retorna ao PIE na proporção de R$ 1,85 por real gasto, segundo o Instituto de Política Eco- nômica Aplicada (IPEA). É aritmética pura: a igualdade de oportunidade a todo brasileiro depende de que estado e município pobre receba maior apoio financeiro, mas invista no ensino, ponto final. Não, ponto e vírgula. Porque prefeitos exibem gasto superior a 80 bilhões de reais em 2010 (de todas as fontes, quase 11% a mais, comparado a 2009), mas esta fortuna (alocada inclusive em transporte escolar, fardamento, merenda e livro didático) não surte efeito proporcional; há despesa alta em infraestrutura, mas escolas caem aos pedaços; reformas se repetem na rede pública e quem faz mais festa que aluno é empreiteiro; foi feito investimento em parafernália eletrônica e laboratório sofisticado, mas existe muita sucata e gerigonça obsoleta. Aliás, aporte tecnológico é prá mais de metro: se vende um compu- tador por segundo no Brasil (são 100 milhões em 2012), Formulação de políticas públicas - Marco conceitual Metas (Impactos) o 'roo- ~Q) EQ) a. ~ Insumos I • Longo prazo, melhoria na sociedade • Efeitos intermediários dos produtos/serviços nos CIdadãos • Produtos e serviços disporsbiâzaocs • Ações reafizadas para transformar insumos em produtos ou serviços • Financeiros, humanos e materiais 54 I Gestão Pública & Desenvolvimento - Maio 2012
  • 3. com uma só matéria (geralmente, física, química ou bio- logia) dada por docente no rodízio em escola, bairro ou cidade, por absoluta carência de gente especializada: o determinante que soluciona essa matriz anormal é jei- tinho, bom senso, improvisação e criatividade, mas há ciência no dimensionamento da quantidade necessária de docentes por disciplina, em cada escola, via número de turmas em cada série e modalidade de ensino, carga horária de cada professor e quantidade de alunos por turma, contexto perfeito para o algoritmo aplicável. Com isso, se reverte o funil do processo produtivo educacional do ensino básico ao nível superior (ape- nas 50% dos que concluem o primeiro grau terminam o segundo aos 19 anos de idade e - dos que chegam aqui - menos entram na universidade). Ou seja, alta taxa de rejeito, gente patinando em círculo no caminho ou exclu- ída pela evasão (em torno de 10%, na média, em todo o ciclo), repetência (estão atrasados nos estudos 23% dos alunos do ensino fundamental e 34% da educação básica) e represamento (a distorção idade-série vinda da reprovação e do ciclo abandono/retorno, que cria déficit anual de dois milhões de jovens, mais no norte e nor- deste brasileiros), sangria de custo incalculável, junto do analfabetismo (tragédia mais cara que todo dinheiro necessário ao letramento). Temos hoje seis milhões de alunos superiores (2/3 em faculdade privada), inclusive em curso à distância de tecnólogo versátil, licenciatura picada ou bacharelismo de montão (quantidade acima da qualidade), mas nem todos têm de ir para a academia (com ou sem cota racial), sair de canudo ou anel colorido no dedo, entrar em prestigiada pós-graduação uspiana ou voar longe para doutorado sanduíche (pior nome não há); é importante a universidade (ainda mais se for grande) e deve se complementar com ensino profissional excelente, como na escola técnica alemã (fachhochshule), que prepara em longos meses até samoense ocidental na velha arte do talho, a ser açougueiro, numa palavra fácil. NA PISADA DO PISA Alguma autoridade educacional inexplicavelmente irritadiça tenta desqualificar modelos universalmente aceitos como o PISA (Prograrnrne for International Assessment, em português Programa Internacional para Avaliação de Alunos), da Organização para a Coopera- ção e Desenvolvimento Econômico (OCDE), porque, neles (veja gráficos), o Brasil não se dá bem, coisa de avestruz que enterra a cabeça e deixa o corpo exposto. ," A lista trienal comparativa classifica países membros e convidados, a partir da avaliação do ensino que cada um oferece (refletida na habilidade e aptidão do estudante em compreender, analisar e enfrentar a vida real), focada em três disciplinas (matemática, ciência e literatura, uma em cada edição é enfatizada), por meio de teste aplicado a alunos de 15 anos de idade, portanto na transição entre o nível secundário e a inserção no mercado de trabalho. Somos dos que mais evoluíram na década, mas, ainda assim, em 2009, entre 65 países (China [Xangai e Hong Kong], Coreia, Finlândia, Cingapura e Canadá foram os primeiros) restou-nos o 53° lugar (melhor que Argentina, atrás de Colômbia, México e Uruguai), demonstrando a inequação da qualidade educacional (escolas públicas na rabeira) e da desigualdade social (causa/efeito no vicioso ciclo da pobreza), pois o Distrito Federal (o líder bra- sileiro) teve desempenho geral equivalente ao Chile (o campeão latino-americano, em 45° lugar) e o Maranhão ficou na penúltima posição mundial em matemática. Além de ter escola privada em média 60% melhor que o sistema oficial de ensino (a discrepância é menor em países desenvolvidos), o recorte geográfico exibe mapa menos feio no centro-sul (SC, RS, MG, PR, ES, SP,RJ,MS e GO, nesta ordem, a partir do melhor) e horripilante no norte-nordeste do Brasil (RN, MA e AL, os três últimos estados na lista), crua realidade também nos sistemas de avaliação oficiais, como, por exemplo, nos Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), Prova Brasil e Pro- vinha Brasil. Afinal, foi bom o Ministério da Educação (MEC) ter se rendido à métrica da qualidade do ensino - como preconizava o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade (PBQP) desde os anos 90 - adotado prê- mios e implantado mecanismos de recompensa, mas, há equívoco como na escola que contrata consultoria espe- cializada para aprontar mais aluno participante de exame nacional de avaliação, absurdo total a escancarar a baixa qualidade do processo educacional, igualzinho ao bacha- rel que faz preparatório para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O QUE DIZER DO IMPACTO NA SOCIEDADE? Por causa da educação, o índice de Desenvolvi- mento Humano (IDH) do Brasil se elevou (matrículas quase universalizadas no ensino fundamental, sobre- tudo), o ensino médio tem mais jovens insertos, a saúde melhorou (mães escolarizadas têm menos filhos, vacinam eles, transmitem hábitos sanitários) e a renda Maio 2012 - Gestão Pública & Desenvolvimento 55
  • 4. AO MESTRE, COM CARINHO. AO GESTOR, COM JUSTIFICADA MUITAAPREENSÃOl OPINIÃO subiu (por conta de mais escolaridade, um monte saiu da pobreza extrema e empurrou outro lote pirâmide social acima/mercado de consumo adentro), mas o apagão de mão de obra desabou na agenda, falta espe- cialista em setor estratégico da economia expandida, técnicos são importados, brasileiros repatriados aos montes, efeitos colaterais do analfabetismo funcional (gente com restrição cognitiva para entender tabela ou gráfico) ou da insuficiente formação (léguas distante do padrão desejável de trabalhador), que é respon- sabilidade privada e governamental, via extinção de barreiras (municipais, estaduais e federais) à inova- ção, ao empreendedorismo ou à atração de capitais de risco, de parcerias sociais ou filantrópicas e de organi- " A SAÚDE MELHOROU EA RENDA SUBIU, MAS O APAGÃO DE MÃO DE OBRA DESABOU NAAGENDA " João Bezerra Magalhães Neto zações não lucrativas para a atividade educacional. De fato, algo já é feito no desenvolvimento de con- teúdos, materiais e recursos didáticos multimídia, mas aquém das necessidades e potencialidades, se compa- rado a outras políticas públicas nas quais há forte atuação - saúde em destaque - em relação à moderna tecnologia a ser customizada no ensino, com salvaguardas institucio- nais que assegurem prioridade ao interesse da sociedade, porque educação é porta e alavanco do futuro, pátrio direito individual da cidadania, dever do estado (obri- gatória e gratuita no ensino fundamental) e da família, garantia universal de acesso ao conhecimento e ao desen- volvimento integral (nativista e empírico) da pessoa, tem de ser inclusiva, não se fala mais nisso. OU ATA OU DESATA Não adianta fórum educacional em paradisíaco resort á beira mar com ministro e rico empresário (que devia ser igual mecenas americano doador de fortuna a universidade), melhor é inundar (como no esporte) o país com olimpíadas de matemática, português e ciên- cia para elevar a qualidade do aluno normal, mesmo que ele seja fisgado com transporte gratuito, vá à escola pela merenda escolar, tenha meia-entrada ou passe- -livre em ônibus coletivo (qualquer atrativo é válido para ter estudante em sala de aula, chegar ao professor, afastar do trabalho prematuro). Nesta linha, é criar Vale-Letra, Vale-Alfabeto, Vale- Leitura, Vale-Educação, Vale-Conhecimento; é replicar imagem de criança europeia ou chilena de uniforme escolar engomado, gravatinha, sainha plis- sada, voltar ao tempo em que elite brasileira sentava em banco de escola pública, porque era a melhor opção (não a proposta que a quer matricular nela, por cas- tigo); é ressuscitar Darei Ribeiro e o Centro Integrado de Educação Pública (CIEP), é retomar a Escola-Par- que de Anísio Teixeira (transformação via mudança, não laisser faire), é relembrar Paulo Freire (educação popular crítica), ao invés de adotar como indicador metro quadrado de escola construída, milhões de reais na atividade-meio a encher relatório de secretaria de educação, se aí cabe o nome. O nome disso é gestão efetiva (que engloba eficiên- cia e eficácia), sem adjetivo (democrática, colegiada) de ocasião ou choque modista, é adotar modelo referencial, solução inovadora e método efetivo, é fixar parâmetro (top down) e meta negociada (bottom up), é manter cons- tância de propósito, priorizar meritocracia e subir degrau um-a-um na melhor ia continua, monitorando, avaliando, premiando, recompensando, motivando; é simplesmente botar educador de coração em sala de aula e alocar gestor de visão com batuta autônoma de liderança, sem reserva de mercado para ninguém e nenhuma profissão; é espa- lhar de novo no país liceus, ateneus, maristas, batistas, cultura humanista comme il faut em lugar de utilitarismo supérfluo, deixar o irresistível fascínio do saber cumprir sua função avant Ia lettre. Assim, seremos pessoas civili- zadas' cidadãos plenos, merecemos há tempo. Ou então, primeiro devolvam nosso suado imposto, depois distribuam noite adentro a menino pobre caixinha de lustrar sapato rico, instalem semáforo para guri vendedor de bugiganga ou de em mais bisnaga de água com sabão a pivete limpador de para-brisas de carro, ou espalhem pela rua mais transeunte com bolsa, colar e relógio disponíveis para trombadinha arisco, ou construam mais abrigo para menor infrator e mais presídio para condenado, até que tudo tenha orçamento maior que o da educa- ção. Claro, o Brasil não quer e nem vai ter isso por longo tempo mais. Que Deus nos ouça e atenda! • Gestão Pública & Desenvolvimento - Maio 2012 56.1