Estrutura verbal - exercícios com gabarito - Tales - Professor Jason Lima
1. TALES – Curso preparatório às Escolas Militares
Verbos – Exercícios
Professor Jason Lima
Questão 01)
Sobre o processo de "verbar palavras", assinale a
alternativa correta.
a) O menino, usando as palavras "quando" e
"agora", convence o tigre de que tal processo
acaba de ser criado e fará a língua melhorar.
b) Para o menino, o processo amplia o vocabulário,
pois cria verbos paralelos a formas nominais pré-
existentes, opinião reforçada pelo uso de
"também".
c) Para o tigre, com o emprego do processo, a língua
pode ser estropiada, mas se torna mais dinâmica.
d) Para o tigre, é uma sorte o processo ter sido
descoberto, pois contribuirá para que a língua
recupere sua função de código de comunicação.
e) O tigre e o menino possuem um plano de
divulgação do processo que tornará a língua um
empecilho para a intercompreensão.
Questão 02)
As palavras INCOMPREENSÍVEL e INFREQÜENTÍSSIMOS
possuem o mesmo prefixo com valor semântico
idêntico. Porém, seus sufixos apresentam funções
distintas, uma vez que - (í)vel forma adjetivo a partir
de:
a) verbo e -íssimo atribui um valor de grau ao
adjetivo.
b) verbo e -íssimo atribui um valor de grau ao
substantivo.
c) substantivo e -íssimo atribui um valor de grau ao
adjetivo.
d) substantivo e -íssimo forma adjetivo a partir de
adjetivo.
e) adjetivo e -íssimo forma adjetivo a partir de verbo.
Questão 03)
A opção em que o elemento mórfico destacado está
analisado INCORRETAMENTE é:
a) capacIdade - vogal de ligação.
b) visualIZar - sufixo.
c) existE - desinência número-pessoal.
d) JUIZ - radical.
e) conheçA - desinência modo-temporal.
Questão 04)
Assinale a opção em que todas as formas verbais
apresentam vogal temática:
a) estudou, recebemos, punistes, expusemos
b) louvemos, vivamos, partais, proponham
c) lavo, escreves, partes, pomos
d) amaremos, realizeis, cumpra, deponham
e) passeio, ofereçamos, disséssemos, tivéreis
Questão 05)
Assinale a alternativa em que o elemento mórfico em
destaque NÃO está corretamente analisado:
a) pensemos (-e-) – desinência modotemporal
b) pusemos (-e-) – vogal temática
c) consumemos (-e-) – vogal temática
d) escrevais (-is) – desinência número-pessoal
e) reclamei (-e-) – vogal temática
Questão 06)
Assinale a opção em que o elemento mórfico em
destaque não está corretamente analisado:
a) contOu – vogal temática
b) correREi – desinência modo-temporal
c) concorrO – desinência número-pessoal
d) consumA – vogal temática
e) caláVEis – desinência modo-temporal
Questão 07)
Graciliano Ramos, ________ ainda vivo, ______
motivos de sobra para ficar acanhado nos próximos
meses. Sertanejo de alma desconfiada, o escritor
alagoano ______ avesso à autopromoção e _____ por
costume depreciar a própria obra. Ele ______ 120
anos no dia 27 (de outubro). Em 20 de março de 2013,
sua morte ______ 60 anos.
(Marco Rodrigo Almeida, Folha de S. Paulo, 20 out. 2012)
2. Assinale a alternativa que corresponde corretamente
às lacunas do texto.
a) fosse – tinha – teria – era – completa – faria.
b) fosse – teria – era – tinha – faria – completa.
c) fosse – era – teria – faria – tinha – completa.
d) era – tinha – teria – fosse – faria – completa.
e) era – teria – tinha – fosse – completa – faria.
Questão 08)
Se, na frase “Quando a encontrar, dê o seguinte recado
a ela: seu marido acreditou que se prendesse o animal,
este não desejaria mais ficar com a família”, os verbos
destacados fossem substituídos, respectivamente por
“ver”, “crer”, “deter” e “querer”, mantendo o tempo
verbal, teríamos:
a) Quando a ver, dê o seguinte recado a ela: seu
marido crêu que se detesse o animal, este não
quereria mais ficar com a família.
b) Quando a ver, dê o seguinte recado a ela: seu
marido creu que se detivesse o animal, este não
quereria mais ficar com a família.
c) Quando a vir, dê o seguinte recado a ela: seu
marido creu que se detivesse o animal, este não
quereria mais ficar com a família.
d) Quando a ver, dê o seguinte recado a ela: seu
marido creou que se detesse o animal, este não
queria mais ficar com a família.
e) Quando a vir, dê o seguinte recado a ela: seu
marido crêu que se detivesse o animal, este não
queria mais ficar com a família.
Questão 09)
Analise a charge.
(Gazeta do Povo, 06.10.2012.)
Na fala da personagem, há um erro que se corrige com
a substituição de
a) ver por vir.
b) tem por têm.
c) que por cujo.
d) mexa por mexe.
e) esta por essa.
Questão 10)
Leia o fragmento do poema.
Profundamente
Estavam todos dormindo
Estavam todos deitados
Dormindo
Profundamente
Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci
Bandeira. Manuel. Profundamente.
Assinale a alternativa CORRETA em que as três formas
verbais em negrito são, respectivamente,
a) gerúndio, infinitivo, particípio.
b) gerúndio, particípio, infinitivo.
c) Infinitivo, particípio, gerúndio.
d) Infinitivo, gerúndio, particípio.
Questão 11)
O elemento destacado NÃO é vogal temática em:
a) está (L. 1)
b) coalhou (L. 6)
c) beber (L. 10)
d) poupei (L. 17)
e) calço (L. 18)
TEXTO: 2 - Comum à questão: 12
TEXTO I
TEXTO II
(MENEZES, Philadelpho. Poesia concreta e visual. São
Paulo: Ática, 1998.)
Questão 12)
Na construção do TEXTO II, deu-se ênfase aos recursos
morfológicos. Em relação a esses recursos, assinale a
afirmativa correta.
3. a) A palavra mental é formada pela junção do sufixo
al ao substantivo menta.
b) Goma de mascar é uma expressão formada pelo
substantivo goma acrescido da locução substantiva
de mascar.
c) A flexão de número dos substantivos sabor e goma
é feita da mesma maneira: acréscimo de s, que é a
regra geral da formação do plural em português.
d) Mascarar é um verbo formado a partir do
substantivo máscara e tem como radical mascar.
e) Em ele é um doente mental, a palavra mental
classifica-se, morfologicamente, de forma diferente
de mental no TEXTO II.
TEXTO: 3 - Comum à questão: 13
TEXTO II
Os sonhos também envelhecem
Os sonhos! Esses companheiros que movem a vida,
que vêm de mãos dadas à existência!
Sonhos que se realizam, sonhos possíveis,
impossíveis sonhos, fáceis e difíceis, alavanca de cada
dia. 5
Sonhos dormidos, sonhos bem acordados.
Li em algum lugar que os “sonhos são os primeiros
passos para as realizações”. Verdade, porque se realiza
o que se pensa, se pensa o que se sonha.
Engatinhamos em pensamento, damos os primeiros
passos, andamos 10
rumo à vitória, pelo menos deveria
ser assim.
Estava pensando que os sonhos, assim como tudo,
ficam velhos. Feio isso, não é?
Sonhos velhos, velhos sonhos, que se cansaram de
sonhar, que enrugaram a cara, a esperança, a vontade.
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Pergunto-me se os sonhos ficam velhos ou se
erramos nas projeções de realização.
Seguimos com tantos sonhos e vejo que alguns
passam do sonho ao desafio a si mesmo.
Muitas vezes, quando se chega ao pé do sonho,
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quando o temos nas mãos, não é mais importante,
apenas vencemos um desafio, não alcançamos o sonho
bonito, digladiamos com a força de fazer, quer se
queira ainda ou não.
A dialética da vida, essa pressa de mudar tudo, faz
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as óticas mudarem também. Muitas vezes não
percebemos e continuamos a trilhar na mesma
estrada, como se as árvores que a enfeitam não fossem
outras, à medida que se evolui... Como se o tempo não
passasse pela metamorfose de dia e noite, de chuva e
sol.
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Continuamos as mesmas velhas pessoas, com os
mesmos sonhos.
Os sonhos também envelhecem, mas podem
passar pela plástica da visão ampla e serem novos,
novos sonhos, com cara de menino, com cara de vida,
na nossa 35
cara de vencedor...
Importante se faz tirar o véu que cobre a
jovialidade do sonho, identificar sua velhice, vê-lo
deitado e cansado de ser sonhado, interromper o
desafio, fazer renascer, melhor, moderno e possível...
LAGARES, Jane (adaptado).
Disponível em: http://prosaepoesia.com.br/cronicas/
sonhos_envelhecem.asp.
Acesso em: 12 nov. 2006.
Questão 13)
Tendo em vista os comentários gramaticais, assinale a
afirmativa correta.
a) Flexionando-se na primeira pessoa do plural do
presente do indicativo a forma verbal destacada
em “que vêm de mãos dadas à existência!” (l. 2)
tem-se: viemos.
b) Assim como “digladiamos” (l. 22), grafam-se com i
as palavras impecilho e cadiado.
c) Em “digladiamos com a força de fazer,” (l. 22) e
“continuamos a trilhar na mesma estrada,” (l. 26),
a classe das palavras destacadas é a mesma.
d) No vocábulo “metamorfose” (l. 29) temos dois
radicais gregos.
e) O vocábulo “envelhecem” (l. 32) é um exemplo de
derivação prefixal e sufixal.
TEXTO: 4 - Comum à questão: 14
Considere um fragmento do livro Comunicação e
folclore, de Luiz Beltrão (1918-1986).
O Bumba-Meu-Boi
Entre os autos populares conhecidos e praticados
no Brasil – pastoril, fandango, chegança, reisado,
congada, etc. – aquele em que melhor o povo exprime
a sua crítica, aquele que tem maior conteúdo
jornalístico, é, realmente, o bumba-meu-boi, ou
simplesmente boi.
Para Renato Almeida, é o “bailado mais notável do
Brasil, o folguedo brasileiro de maior significação
estética e social”. Luís da Câmara Cascudo, por seu
turno, observou a sua superioridade porque “enquanto
os outros autos cristalizaram, imóveis, no elenco de
outrora, o bumba-meu-boi é sempre atual, incluindo
soluções modernas, figuras de agora, vocabulário,
sensação, percepção contemporânea. Na época da
escravidão mostrava os vaqueiros escravos vencendo
pela inteligência, astúcia e cinismo. Chibateava a
cupidez, a materialidade, o sensualismo de doutores,
padres, delegados, fazendo-os cantar versinhos que
eram confissões estertóricas. O capitão-do-mato,
preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono
dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram,
depois da morte do Boi, e em vez de trazê-los é trazido
amarrado, humilhado, tremendo de medo. O valentão
mestiço, capoeira, apanha pancada e é mais mofino
que todos os mofinos. Imaginem a alegria negra,
4. vendo e ouvindo essa sublimação aberta, franca, na
porta da casa-grande de engenho ou no terreiro da
fazenda, nos pátios das vilas, diante do adro da igreja!
A figura dos padres, os padres do interior, vinha
arrastada com a violência de um ajuste de contas. O
doutor, o curioso, metido a entender de tudo, o
delegado autoritário, valente com a patrulha e
covarde sem ela, toda a galeria perpassa, expondo
suas mazelas, vícios, manias, cacoetes, olhada por
uma assistência onde estavam muitas vítimas dos
personagens reais, ali subalternizados pela virulência
do desabafo”.
Como algumas outras manifestações folclóricas, o
bumbameu-boi utiliza uma forma antiga, tradicional;
entretanto, fá-la revestir-se de novos aspectos,
atualiza o entrecho, recompõe a trama. Daí “o
interesse do tipo solidário que desperta nas camadas
populares”, como o assinala Édison Carneiro. Interesse
que só pode manter-se porque o que no auto se
apresenta não reflete apenas situações do passado,
“mas porque têm importância para o futuro”. Com
efeito, tendo por tema central a morte e a ressurreição
do boi, “cerca-se de episódios acessórios, não
essenciais, muito desligados da ação principal, que
variam de região para região... em cada lugar, novos
personagens são enxertados, aparentemente sem
outro objetivo senão o de prolongar e variar a
brincadeira”. Contudo, dentre esses personagens, os
que representam as classes superiores são
caricaturados, cobrindo-se de ridículo, o que torna “o
folguedo, em si mesmo, uma reivindicação”.
Sílvio Romero recolheu os versos de um bumba-
meu-boi, através dos quais se constata a intenção
caricaturesca nos personagens do folguedo. Como o
Padre, que recita:
Não sou padre, não sou nada
“Quem me ver estar dançando
Não julgue que estou louco;
Secular sou como os outros”.
Ou como o Capitão-do-Mato que, dando com o
negro Fidélis, vai prendê-lo:
“CAPITÃO – Eu te atiro, negro
Eu te amarro, ladrão,
Eu te acabo, cão.”
Mas, ao contrário, quem vai sobre o Capitão e o
amarra é o Fidélis:
“CORO – Capitão de campo
Veja que o mundo virou
Foi ao mato pegar negro
Mas o negro lhe amarrou.
CAPITÃO – Sou valente afamado
Como eu não pode haver;
Qualquer susto que me fazem
Logo me ponho a correr”.
(Luiz Beltrão. Comunicação e folclore. São Paulo:
Edições Melhoramentos, 1971.)
Questão 14)
Quem me ver estar dançando. – Mas o negro lhe
amarrou.
Nos dois versos acima, do exemplo de estrofes de um
bumbameu-boi recolhidas por Sívio Romero, as formas
ver e lhe caracterizam um uso popular. Se se tratasse
de um discurso obediente à construção formal em
Língua Portuguesa, tais formas seriam substituídas,
respectivamente, por
a) vir, o.
b) vir, a.
c) vesse, a.
d) visse, te.
e) vier, o.
TEXTO: 5 - Comum à questão: 15
O físico britânico Stephen Hawking (…) já não
duvida que aliens existem.
(Planeta, julho de 2010.)
O que se imagina que circula no nosso Congresso
agora se torna um fato: deputados assinam projetos
sem saber do que se tratam. Depois de
desmascarados, nossos representantes cometem,
ainda, a ousadia de mostrarem-se dispostos a cercear
o direito de a sociedade se manifestar na “casa do
povo”.
(IstoÉ, 14.07.2010.)
Questão 15)
A construção não duvida que aliens existem exige, de
acordo com a norma-padrão da língua, o uso de um
modo verbal distinto do utilizado em existem. O modo
verbal adequado para essa construção e a forma
devidamente flexionada são, respectivamente,
a) imperativo – existissem.
b) subjuntivo – existam.
c) indicativo – existiriam.
d) subjuntivo – existirão.
e) imperativo – existam.
5. TEXTO: 6 - Comum à questão: 16
Disponível em:
<www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/
465/artigo220627-1.htm> Acesso em: 14 jul. 2011.
[Adaptado]
Questão 16)
O texto é uma capa da revista Planeta. Em sua
chamada principal, cujo tema é o crescimento
populacional,
a) o emprego dos tempos verbais presente e futuro
estabelece uma relação de projeção entre a
realidade atual e os desafios a serem
enfrentados.
b) os termos “água”, “ar” e “combustíveis” mantêm
uma relação de sinonímia com a expressão
“recursos naturais”.
c) os termos “estudos” e “desafios” mantêm uma
relação de oposição com o conteúdo
probabilístico da matéria.
d) o emprego dos verbos nascer e ser, no tempo
futuro, estabelece uma relação de contradição
com a afirmativa “Somos 7 bilhões”.
TEXTO: 7 - Comum à questão: 17
Meu desejo
Meu desejo? era ser a luva branca
Que essa tua gentil mãozinha aperta:
A camélia que murcha no teu seio,
O anjo que por te ver do céu deserta....
Meu desejo? era ser o sapatinho
Que teu mimoso pé no baile encerra....
A esperança que sonhas no futuro,
As saudades que tens aqui na terra....
Meu desejo? era ser o cortinado
Que não conta os mistérios do teu leito;
Era de teu colar de negra seda
Ser a cruz com que dormes sobre o peito.
Meu desejo? era ser o teu espelho
Que mais bela te vê quando deslaças
Do baile as roupas de escomilha e flores
E mira-te amoroso as nuas graças!
Meu desejo? era ser desse teu leito
De cambraia o lençol, o travesseiro
Com que velas o seio, onde repousas,
Solto o cabelo, o rosto feiticeiro....
Meu desejo? era ser a voz da terra
Que da estrela do céu ouvisse amor!
Ser o amante que sonhas, que desejas
Nas cismas encantadas de languor!
Vocabulário:
Langor – languidez, moleza, prostração.
(BUENO, A. (Org.). Obra Completa de Álvares de Azevedo. Nova
Aguilar, 2000.)
Questão 17)
O primeiro verso de cada estrofe traz sempre o verbo
ser no pretérito imperfeito do indicativo relacionando-
se ao substantivo “desejo”, o que produz um sentido
de que o desejo:
a) já foi realizado;
b) irá se realizar;
c) está se realizando;
d) pode ocorrer a qualquer momento;
e) é apenas uma aspiração não realizável.
TEXTO: 8 - Comum à questão: 18
RECEITA DE MULHER
As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de
[haute couture*
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize elegantemente em azul,
[como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
6. Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas
[pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no
[terceiro minuto da aurora.
Vinicius de Moraes.
* “haute couture”: alta costura.
Questão 18)
Tendo em vista o contexto, o modo verbal
predominante no excerto e a razão desse uso são:
a) indicativo; expressar verdades universais.
b) imperativo; traduzir ordens ou exortações.
c) subjuntivo; indicar vontade ou desejo.
d) indicativo; relacionar ações habituais.
e) subjuntivo; sugerir condições hipotéticas.
TEXTO: 9 - Comum à questão: 19
Transplante inédito
Médicos espanhóis realizaram o primeiro transplante
de duas pernas em um paciente. O procedimento é
inédito em todo mundo. Agora será necessário que se
aguarde no mínimo oito meses para se saber se nervos
e musculatura das pernas recebidas irão de fato se
mover naturalmente.
ISTOÉ, São Paulo: Três, ed. 2175, jul. 2011, p. 24.
Questão 19)
Os eventos narrados no texto estão localizados,
respectivamente, no
a) presente, passado, passado.
b) passado, presente, futuro.
c) futuro, passado, presente.
d) presente, futuro, presente.
e) futuro, futuro, passado.
TEXTO: 10 - Comum à questão: 20
O mestre Hipócrates (século IV a.C.) dominou as
escolas médicas e os médicos de seu tempo. Elevou-se
acima da medicina sacerdotal e reuniu em sua pessoa,
idealizada através dos séculos, todos os
conhecimentos do passado. Caminhando para novas
investigações e conceitos, por meio de seus métodos
e doutrina, ele se impôs como o pensamento médico
mais complexo da civilização ocidental. Com o fulgor
de uma estrela, sempre fez jus ao título de “pai da
medicina.”
(Revista Ser Médico, março de 2003. Adaptado)
Questão 20)
Predomina nesse trecho o tempo verbal empregado
no
a) presente, como em – A grande reputação de
Hipócrates deve-se às sua obras, reunidas pelos
seus discípulos.
b) pretérito perfeito, como em – A crítica histórica
pôde, nas últimas décadas, distinguir autores de
escritos médicos de épocas e escolas diversas.
c) subjuntivo, como em – Na história da
Antiguidade, é impossível separar a medicina dos
outros ramos do pensamento.
d) pretérito imperfeito, como em – No período
áureo da Grécia, a medicina também surgia
amalgamada na grande renovação filosófica.
e) futuro, como em – Seria a medicina de hoje
devedora do grande pensamento hipocrático?
Questão 21)
Assinale a alternativa em que o elemento mórfico em
destaque está incorretamente analisado.
a) desmataram (Ref.22) - radical
b) aprovação (Ref.46) - prefixo
c) ficam (Ref. 25) - tema
d) afirmam (Ref. 1-2) - desinência número-pessoal
e) provocar (Ref. 14) - vogal temática
Questão 22)
São Paulo seria ideal com calçadas largas que _______
uma ciclovia e árvores e bueiros que _______ vazão às
águas da chuva e, ainda, um povo que não ________
as folhas para dentro dos bueiros.
As lacunas do texto serão, correta e respectivamente,
preenchidas, quanto à flexão e à coerência do tempo
verbal, por:
a) contivessem – dessem – varresse.
b) contiveram – dessem – varrerá.
c) contivessem – dariam – varreu.
d) contesse – davam – varriam.
e) contenham – dessem – varreu.
TEXTO: 13 - Comum à questão: 23
Brasil em alta impulsiona ensino de português no
mundo
Até alguns anos atrás, quando algum estrangeiro
decidia aprender português, de duas uma: ou tinha
um relacionamento amoroso com um brasileiro ou se
interessava por algum aspecto da cultura do País,
como a música. Nos últimos anos, universidades e
escolas de idiomas de diversos países têm registrado
não só um aumento da procura pelos cursos que
ensinam o be-a-bá da língua de Camões, mas também
uma mudança no perfil dos alunos. “Saber português
hoje é bom para o currículo”, resume a brasileira
Roberta Mallows, que ajudou a criar um recém-
7. lançado curso de língua portuguesa e cultura brasileira
no King's College London e, antes disso, dava aulas de
português na Suíça. "Há muito mais gente tentando
aprender o idioma por questões pragmáticas e, em
especial, para ampliar suas oportunidades no mercado
de trabalho e fazer negócios com o Brasil".
Roberta nunca planejou ser professora de
português. Terminou no ramo ao perceber a enorme
demanda do mercado. A mudança na rotina da
professora Claudia Padoan, que há mais de uma
década ensina português em Londres, também dá a
medida de como o entusiasmo com os negócios com o
Brasil ampliou o interesse pelo português mundo
afora. "Comecei dando aulas esporádicas, para poucos
alunos indicados por conhecidos enquanto trabalhava
em uma companhia aérea e como intérprete", conta.
Hoje, ela tem seis turmas de português que podem
chegar a 12 estudantes. Dá aulas em duas escolas, em
uma agência contratada por empresas e em uma ONG,
além de ter aluno particular. "A grande virada ocorreu
mesmo nos últimos dois anos", diz.
Desde 2008, o português vem sendo listado como
um dos idiomas prioritários na pesquisa feita pela
Confederação Britânica da Indústria (CBI), maior lobby
empresarial britânico, para identificar quais
habilidades dos trabalhadores podem ser úteis para os
negócios. Entre as escolas que se entusiasmaram com
a nova demanda na Grã-Bretanha, está a United
International College London, na qual Claudia trabalha.
A escola abriu um curso de português há um ano e já
matriculou 86 estudantes, segundo Javier Zamudio,
diretor da área de línguas estrangeiras. "Entre eles, há
europeus de diversos países e também alguns latino-
americanos", diz Zamudio, calculando que "cerca de
95% dos alunos" estão interessados no português "do
Brasil".
O King's College já tem cerca de 100 alunos
aprendendo português e as aulas do curso que alia o
ensino da língua a lições sobre outros aspectos da
cultura brasileira começaram na segunda-feira. A rede
de ensino de idioma Cactus, que oferece aulas de
português em 13 unidades, também viu o número de
estudantes nesses cursos crescer 107% nos últimos
cinco anos, segundo Tinka Carrick, a diretora de
marketing. O número de treinamentos oferecidos às
empresas quadruplicou, tendo o aumento mais
acentuado ocorrido nos últimos dois anos (63% e 77%
respectivamente).
Nos EUA, a revista especializada em Educação
Language Magazine notou, em um artigo recente,
como o boom na procura pelo português em
universidades americanas gerou uma demanda ainda
não atendida por mais professores, livros didáticos
avançados e dicionários especializados – por exemplo,
no vocabulário corporativo. Lá, há mais de 10 mil
alunos matriculados em cursos de português, segundo
a Modern Language Association. Os últimos dados da
organização, divulgados em 2010, mostravam um
crescimento anual de cerca de 10% na procura pelo
idioma desde 2006, e a estimativa é que essa
tendência tenha se acentuado desde então.
Na China, até alguns anos atrás apenas 4
universidades ofereciam aulas de português. Hoje são
15 e a ideia de autoridades chinesas é chegar a 30 nos
próximos anos. Além disso, também tem aumentado a
procura de jovens estrangeiros por cursos de imersão
no Brasil – oferecidos por universidades, instituições e
escolas de idioma em cidades brasileiras como Rio de
Janeiro, São Paulo e Maceió. [...]
(Disponível em:
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/
2012-10-10/brasil-em-alta-impulsiona-ensino-de-
portugues-no-
mundo.html. Acesso em16/10/2012. Adaptado.)
Questão 23)
Acerca do uso de algumas formas verbais, assinale a
alternativa correta.
a) No trecho: “Nos últimos anos, universidades e
escolas de idiomas de diversos países têm
registrado não só um aumento da procura pelos
cursos *...+” (1º §), a forma verbal destacada
indica que a ação ocorreu no passado e está,
hoje, totalmente concluída.
b) No trecho: “Há muito mais gente tentando
aprender o idioma por questões pragmáticas” (1º
§), as formas verbais utilizadas indicam que a
ação de ‘aprender’ ocorreu em um passado bem
próximo.
c) No trecho: “Desde 2008, o português vem sendo
listado como um dos idiomas prioritários” (3º §), a
forma verbal utilizada indica que a ação começou
no passado, durou certo período de tempo e foi
finalmente concluída.
d) No trecho: “A escola abriu um curso de português
há um ano e já matriculou 86 estudantes” (3º §),
a forma verbal destacada indica tempo
transcorrido, e poderia ser substituída por “faz”.
e) No trecho: “e a estimativa é que essa tendência
tenha se acentuado desde então.” (5º §), a forma
verbal destacada indica que a ação foi finalizada
em um passado anterior à fala do locutor.
TEXTO: 14 - Comum à questão: 24
O TRAPICHE
SOB A LUA, NUM VELHO TRAPICHE ABANDONADO, as
crianças dormem.
Antigamente aqui era o mar. Nas grandes e negras
pedras dos alicerces do trapiche as ondas ora se
rebentavam fragorosas, ora vinham se bater
mansamente. A água passava por baixo da ponte sob a
qual muitas crianças repousam agora, iluminadas por
8. uma réstia amarela de lua. Desta ponte saíram
inúmeros veleiros carregados, alguns eram enormes e
pintados de estranhas cores, para a aventura das
travessias marítimas. Aqui vinham encher os porões e
atracavam nesta ponte de tábuas, hoje comidas.
Antigamente diante do trapiche se estendia o mistério
do mar oceano, as noites diante dele eram de um
verde escuro, quase negras, daquela cor misteriosa
que é a cor do mar à noite.
Hoje a noite é alva em frente ao trapiche. É que na sua
frente se estende agora o areal do cais do porto. Por
baixo da ponte não há mais rumor de ondas. A areia
invadiu tudo, fez o mar recuar de muitos metros. Aos
poucos, lentamente, a areia foi conquistando a frente
do trapiche. Não mais atracaram na sua ponte os
veleiros que iam partir carregados. Não mais
trabalharam ali os negros musculosos que vieram da
escravatura. Não mais cantou na velha ponte uma
canção um marinheiro nostálgico. A areia se estendeu
muito alva em frente ao trapiche. E nunca mais
encheram de fardos, de sacos, de caixões, o imenso
casarão. Ficou abandonado em meio ao areal, mancha
negra na brancura do cais.
AMADO, Jorge. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia
das Letras, 2009. p. 25.
Questão 24)
Em relação aos tempos verbais presentes no
fragmento, o narrador emprega
a) o pretérito perfeito e o presente, tempos básicos
da narração, para simular a presença do leitor na
realidade degradante do trapiche.
b) o pretérito imperfeito e o presente nos trechos
narrativos, para construir uma imagem decadente
do trapiche.
c) o pretérito perfeito e o presente, tempos básicos
da descrição, para relatar o processo contínuo, do
passado até o presente, de invasão da areia no
trapiche.
d) o pretérito imperfeito e o presente nos trechos
descritivos, para construir duas imagens do
trapiche contrastantes entre si.
Questão 25)
Considere: “Longe de mim propor que o poeta, eu e o
leitor comecemos a dizer ‘nós vai’...”. Se na formação
do sujeito composto substituíssemos o pronome “eu”
por “tu”, a forma verbal seria:
a) começas
b) comecem
c) comeceis
d) comeces
e) começais
TEXTO: 16 - Comum à questão: 26
Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a
expansão de duas formas, pode determinar a
supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há
morte, há vida, porque a supressão de uma é a
condição da sobrevivência da outra e a destruição não
atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter
conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo
de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas
chegam para alimentar uma das tribos, que assim
adquire forças para transpor a montanha e ir à outra
vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as
duas tribos dividirem em paz as batatas do campo,
não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de
inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é
a conservação. Uma das tribos extermina a outra e
recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos,
aclamações, recompensas públicas e todos os demais
efeitos das ações bélicas. (...) Ao vencido, ódio ou
compaixão; ao vencedor, as batatas.
(Machado de Assis, Quincas Borba)
Questão 26)
No trecho: “onde há batatas em abundância”, se a
forma verbal em destaque traduzisse ideia de ação
contínua ou repetitiva no passado, teríamos:
a) havia
b) haveria
c) houve
d) houvesse
e) houvera
TEXTO: 17 - Comum à questão: 27
Os pesquisadores Roberta Faria, Alan Vendrame,
Rebeca Silva e Ilana Pinsky, do Departamento de
Psiquiatria e Psicologia Médica da Universidade
Federal de São Paulo, analisaram a associação entre
propaganda de álcool e consumo de cerveja por
adolescentes. Foram entrevistados 1 115 estudantes
de sétima e oitava séries de três escolas públicas de
São Bernardo do Campo, SP, em 2006. As variáveis
independentes foram: atenção prestada às
propagandas de álcool, crença na veracidade das
propagandas, resposta afetiva às propagandas, uso
9. prévio de cigarro, entre outras. A variável dependente
foi consumo de cerveja nos últimos 30 dias. Idade,
importância dada à religião e ter banheiro em casa
foram utilizadas como controle. O consumo de cerveja
nos últimos 30 dias esteve associado ao uso de cigarro,
a ter uma marca preferida de bebida alcoólica, a não
ser monitorado pelos pais, a achar que as festas que
frequentam parecem-se com as de comerciais, a
prestar muita atenção aos comerciais, acreditando
que eles falam a verdade. Essa associação manteve-se
mesmo na presença de outras variáveis associadas ao
seu consumo. A conclusão do artigo “Propaganda de
álcool e associação ao consumo de cerveja por
adolescentes” foi: as propagandas de bebidas
alcoólicas associam-se positivamente ao consumo
recente de cerveja por remeterem os adolescentes à
própria realidade ou por fazê-los acreditar em sua
veracidade. Limitar a veiculação de propagandas de
bebidas alcoólicas pode ser um dos caminhos para a
prevenção do uso e abuso de álcool por adolescentes.
(Pesquisa FAPESP, agosto de 2011. Adaptado.)
Questão 27)
Analise a reescrita de trechos do texto e assinale a
alternativa em que o verbo em destaque se encontra
no modo subjuntivo e está corretamente flexionado,
de acordo com a norma-padrão.
a) Os pesquisadores predispuseram-se a estudar a
relação propaganda/álcool.
b) Os pesquisadores propõem que exista limites na
veiculação de propagandas.
c) Na pesquisa em escolas públicas paulistas,
entrevistou-se 1 115 estudantes.
d) A fim de que não haja abuso do álcool, é preciso
uma urgente prevenção.
e) O consumo de bebida alcoólica por jovens foram
associados à publicidade.
TEXTO: 18 - Comum à questão: 28
1
O americano William Ludwig acaba de comprar 2
um trailer para viajar com a mulher e o neto à caça 3
dos melhores campos de golfe. Ele diz nunca ter se 4
sentido tão bem ao caminhar pelo gramado,
aprimorando 5
a precisão de suas tacadas. Há um ano,
a cena 6
era improvável. Um Ludwig quase 20 quilos
mais magro 7
era o que os médicos chamam de
paciente terminal. 8
A equipe que o atendia esgotara
todas as opções 9
de tratamento para tentar curar sua
leucemia, um tipo 10
de câncer que atinge as células de
defesa do corpo. 11
Nenhuma quimioterapia surtira
efeito. Ludwig aceitou 12
participar, então, de um
tratamento experimental, em 13
desenvolvimento na
Universidade da Pensilvânia, 14
sob risco de morrer.
Achava que seu sacrifício contribuiria 15
para uma
possível cura no futuro. [...]
BUSCATO, Marcela. Mais perto da cura pelos genes.
Época. n. 698. 3 out. 2011, p. 80. Adaptado.
Questão 28)
Se os verbos contidos no último período do texto
forem passados para o pretérito perfeito do indicativo
e para o pretérito imperfeito do indicativo,
respectivamente, o texto será reescrito da seguinte
forma:
a) Achara que seu sacrifício contribuíra para uma
possível cura no futuro.
b) Achara que seu sacrifício contribuirá para uma
possível cura no futuro.
c) Achou que seu sacrifício contribuía para uma
possível cura no futuro.
d) Achasse que seu sacrifício contribuía para uma
possível cura no futuro.
e) Acharia que seu sacrifício contribuiria para uma
possível cura no futuro.
TEXTO: 19 - Comum à questão: 29
Conversar pressupõe um diálogo produtivo entre as
pessoas. Significa dizer que conversar é um processo
cooperativo entre interlocutores.
Leia o texto, que representa uma conversa.
(QUINO. Toda a Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1993).
Questão 29)
No trecho “a gente pode ter conversas literárias”,
substituindo-se o sujeito por outro de primeira pessoa
do plural, no tempo pretérito perfeito, o resultado é o
seguinte:
a) podemos ter conversas literárias.
b) podíamos ter conversas literárias.
c) poderíamos ter conversas literárias.
d) pudemos ter conversas literárias.
e) pudéssemos ter conversas literárias.
10. TEXTO: 20 - Comum à questão: 30
Esse texto do século XVI reflete um momento de
expansão portuguesa por vias marítimas, o que
demandava a apropriação de alguns gêneros
discursivos, dentre os quais a carta. Um exemplo
dessa produção é a Carta de Caminha a D. Manuel.
Considere a seguinte parte dessa carta.
Nela [na terra] até agora não pudemos saber que haja
ouro nem prata... porém a terra em si é de muito bons
ares assim frios e temperados como os de Entre-
Doiro-e-Minho. Águas são muitas e infindas. E em tal
maneira é graciosa que querendo-a aproveitar, darse-
á nela tudo por bem das águas que tem, porém o
melhor fruto que nela se pode fazer me parece que
será salvar esta gente e esta deve ser a principal
semente que vossa alteza em ela deve lançar.
Questão 30)
O verbo sob destaque no trecho – ... até agora não
pudemos saber que haja ouro nem prata ... – sinaliza a
seguinte intenção do escrevente:
a) por meio do modo subjuntivo, evidenciar uma
constatação.
b) por meio do modo subjuntivo, evidenciar uma
insatisfação.
c) por meio do modo subjuntivo, evidenciar uma
incerteza.
d) por meio do modo indicativo, evidenciar uma
convicção.
e) por meio do modo indicativo, evidenciar uma
hipótese.
GABARITO:
1) Gab: B
2) Gab: A
3) Gab: A
4) Gab: A
5) Gab: C
6) Gab: D
7) Gab: B
8) Gab: C
9) Gab: A
10) Gab: B
11) Gab: E
12) Gab: D
13) Gab: D
14) Gab: A
15) Gab: B
16) Gab: A
17) Gab: E
18) Gab: C
19) Gab: B
20) Gab: B
21) Gab: B
22) Gab: A
23) Gab: D
24) Gab: D
25) Gab: C
26) Gab: A
27) Gab: D
28) Gab: C
29) Gab: A
30) Gab: C