SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 47
Microrganismos Promotores do
crescimento vegetal
Jadson Belém de Moura
Breve histórico da microbiologia
do solo
 1590- Zacharias Janssen: invenção do microscópio.
 1676-Anton van Leeuwenhoek: construção de microscópio
rudimentar capaz de observar os “animálculos” em placa
bacteriana dentária
 Pasteur (segunda metade do século XIX): pai da
microbiologia.
 Lachman (1858): observação de bactérias nos nódulos e
sugestão de que estavam associadas à nutrição de
leguminosas.
Breve histórico da microbiologia
do solo
 Hellriegel e Wilfarth (1886): comprovação da FBN
 Beijerinck (1888): isolamento de bactérias fixadoras de N de nódulos
 Sergei Winogradsky (1890): pai da microbiologia do solo > descoberta da
autotrofia microbiana e nitrificação
 Século XIX: descoberta das micorrizas, fixação assimbiótica de N2,
desnitrificação, produção do primeiro inoculante “Nitragin”
 Século XX: microbiologia agrícola torna-se ciência autônoma. Primeiros
livros. Brasil: criação do 1º lab. Microbiologia Agrícola no IAC. Alemanha:
Hiltner > definição do termo rizosfera
Solo vivo
• Maior reservatório de microrganismos do planeta;
• Com grande abundância e diversidade de
microrganismos;
• Um hectare de solo pode conter até 4 Mg de
microrganismos;
• Macro, meso e microfauna.
O solo como hábitat
microbiano
Principais fatores que afetam a atividade:
- Umidade;
- Status nutricional.
Bactérias
40%
Fungos e
algas
40%
Mesofauna
8%
Anelídeos
12%
 Bactérias:
◦ Grupo mais numeroso e mais diversificado;
 limitações impostas pelas discrepâncias entre técnicas;
 heterotróficos são mais facilmente detectados.
Gêneros mais frequentes:
 Bacillus, Clostridium, Arthrobacter, Pseudomonas, Nocardia,
Streptomyces, Micromonospora, Rizóbios;
 Cianobactérias: pioneiras, fixação de N2.
Streptomyces
 Fungos:
◦ Limitados à superfície do solo;
◦ Favorecidos em solos ácidos;
◦ Ativos decompositores de tecidos vegetais;
◦ Melhoram a estrutura física do solo.
Gêneros mais frequentes:
 Penicillium, Mucor, Rhizopus, Fusarium, Aspergillus,
Trichoderma.
 Algas:
◦ Abundantes na superfície;
◦ Acumulação de matéria orgânica: solos nus, erodidos.
• Protozoários e vírus:
- Equilíbrio das populações;
- Predadores de bactérias;
- Parasitas de bactérias, fungos, plantas, ...
Presença de microrganismos
nas várias profundidades do
solo
Profundidade
(cm)
Umidade
(%)
M.O. (%) Bactérias Fungos
(m/g)
Aeróbia
s
Anaeróbia
s
0 – 8 18,2 4,4 24 2,7 280
8 – 20 10,0 1,5 3,1 0,4 43
20 – 40 11,5 0,5 1,9 0,4 0
40 – 60 13,5 0,6 0,9 0,04 0
60 – 80 7,0 0,4 0,7 0,03 0
80 – 100 5,3 0,4 0,15 0,01 0
RIZOSFERA
Rizosfera:
 É a região onde o solo e
as raízes das plantas entram em contato;
 Maior presença de microrganismos;
 Tipos de microrganismos diferentes no solo
livre e no rizosférico;
 Rizoplano.
Correo del Maestro, 200
Gray & Williams,
Paul & Clark, 1996.
Classes de Microrganismos
edáficos benéficos ao
crescimento vegetal:
 Fungos micorrizicos;
 Fixadores de Nitrogênio;
 Solubilizadores de fosfato;
 Rizobactérias promotoras do crescimento
vegetal.
FUNGOS MICORRIZICOS
Fungos micorrizicos
 Primeira associação simbiótica entre um
microrganismo e um vegetal;
 Aumento da área radicular;
 Disponibilização de nutriente;
 Absorção de água e sais minerais;
 Estresse hídrico;
 Regiões secas;
 Porosidade;
 Aumento da área de
exploração da raiz.
Micorrizosféra
 Fungos Micorrízicos;
 É a região onde o solo e as micorrizas dos fungos entram
em contato;
 Maior presença de microrganismos;
 Tipos de microrganismos diferentes no solo livre e no
rizosférico;
 Rizoplano.
Glomalina:
 Proteína excretada por fungos
micorrizicos;
 Uma espécie de cola, atua na formação
do agregado.
FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE
NITROGÊNIO
Fixação Biológica de
Nitrogênio:
 Nutriente mais limitante;
 Simbióticas e vida livre.
 Fixação simbiótica: 60-600 Kg/ha .ano;
 90% pelas leguminosas;
 Economia em fertilizantes nitrogenados;
 Associações simbióticas fixadoras:
◦ Anabaena – Azolla;
◦ Azospirillum – Cana-de-açúcar;
◦ Rizóbios – Leguminosas.
FBN
• Fixação do nitrogênio atmosférico
N2 NH3 aminoácidos
Associação simbiótica rizóbios-leguminosas
Número de nódulos nas raízes, produção de grãos
em nitrogênio acumulado na soja com e sem
inoculação:
Fonte: Zilli et al.
Fixação em não leguminosas:
 Ciclo da cultura;
 Disponibilidade de água;
 Nitrogênio no solo;
 Genético.
SOLUBILIZADORES DE
FOSFATO
Fósforo :
 Microrganismos solubilizadores de
fosfato;
 Bactérias (Pseudomonas, Enterobacter);
 Fungos (Penicillium, Aspergillus);
 Adsorção.
PGPR - RIZOBACTÉRIAS
PROMOTORAS DO
CRESCIMENTO VEGETAL
Rizobactérias promotoras do
crescimento vegetal:
 Residentes epifíticas ou endofíticas;
 Não patogênicas;
 Atuam diretamente ou indiretamente no crescimento vegetal;
 Plant growth promoting rhizobacteria (PGPR);
 2 tipos: (Indireto e Direto).
Influência indireta:
 Atua em mecanismos que interferem
indiretamente no crescimento e
sanidade vegetal;
 (doenças, parasitas, pragas).
Biocontrole:
 Atuam indiretamente no crescimento
vegetal;
 Controle de doenças e pragas;
 Trichoderma spp.
 Parasitas de
doenças de
plantas;
 Promove o
crescimento
indireto.
 Bacillus subtilis (contra doenças fúngicas do
milho e trigo);
 Pseudomonas spp é antagonista a Rhizoctonia
solani (causador de tombamento em
Fabaceaes);
 Controle de murcha bacteriana com
Actinomicetos;
 podridão mole do pimentão controlada com P.
Produção de Antibióticos
 A antibiose é a produção de compostos
bactericidas, fungicidas ou micostáticos e
nematicidas;
 Substâncias produzidas pelos microrganismos já
foram isoladas e algumas identificadas;
 São compostos orgânicos de baixo peso
molecular que, em baixas concentrações, são
deletérios ao crescimento ou à atividades
metabólicas de outros organismos.
Concorrência por substrato:
 Alguns microrganismos concorrem
entre si por substrato;
 Pseudomonas spp. e Fusarium
oxysporum;
 Concorrência por Fe.
Indução de Resistência:
 Promovem Indução de resistência em
plantas a alguns agentes patogênicos;
 A presença desses microrganismos reduz a
severidade do ataque de outros
microrganismos nocivos;
 Pseudomonas putida e Colletotrichum
orbiculare (Antracnose).
Influência Direta:
 Atua diretamente no crescimento e na sanidade
vegetal;
 Absorção de nutrientes;
 Estrutura do solo;
 Produção de fitormônios;
 Antibióticos.
Pseudomonas fluorescens
Conclusão
Obrigado

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

PLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃO
PLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃOPLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃO
PLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃOGeagra UFG
 
Fenologia e Fisiologia da soja
Fenologia e Fisiologia da sojaFenologia e Fisiologia da soja
Fenologia e Fisiologia da sojaGeagra UFG
 
Apostila MIP (Manejo Integrado de Pragas)
Apostila MIP (Manejo Integrado de Pragas)Apostila MIP (Manejo Integrado de Pragas)
Apostila MIP (Manejo Integrado de Pragas)Luciano Marques
 
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIROMORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIROGeagra UFG
 
Aplicações Complementares na cultura do Milho
Aplicações Complementares na cultura do MilhoAplicações Complementares na cultura do Milho
Aplicações Complementares na cultura do MilhoGeagra UFG
 
MANEJO DE FITONEMATOIDES
MANEJO DE FITONEMATOIDESMANEJO DE FITONEMATOIDES
MANEJO DE FITONEMATOIDESGeagra UFG
 
Controle alternativo de pragas e doenças nas plantas
Controle alternativo de pragas e doenças nas  plantasControle alternativo de pragas e doenças nas  plantas
Controle alternativo de pragas e doenças nas plantasJoão Siqueira da Mata
 
Grupo de Maturação e Posicionamento de Cultivares
Grupo de Maturação e Posicionamento de CultivaresGrupo de Maturação e Posicionamento de Cultivares
Grupo de Maturação e Posicionamento de CultivaresGeagra UFG
 
Fenologia da soja, milho e algodão
Fenologia da soja, milho e algodãoFenologia da soja, milho e algodão
Fenologia da soja, milho e algodãoGeagra UFG
 
Ficha Técnica - Cascudo-preto
Ficha Técnica - Cascudo-pretoFicha Técnica - Cascudo-preto
Ficha Técnica - Cascudo-pretoehickel
 
Identificação de plantas daninhas
Identificação de plantas daninhasIdentificação de plantas daninhas
Identificação de plantas daninhasGeagra UFG
 
Manejo da resistência à inseticidas
Manejo da resistência à inseticidasManejo da resistência à inseticidas
Manejo da resistência à inseticidasIRAC-BR
 
Morfologia e fisiologia algodão
Morfologia e fisiologia algodãoMorfologia e fisiologia algodão
Morfologia e fisiologia algodãoGeagra UFG
 
MORFOLOGIA E FENOLOGIA DA CULTURA DA SOJA
MORFOLOGIA E FENOLOGIA DA CULTURA DA SOJAMORFOLOGIA E FENOLOGIA DA CULTURA DA SOJA
MORFOLOGIA E FENOLOGIA DA CULTURA DA SOJAGeagra UFG
 
Aula 8 – fruto e semente Prof. Guth Berger
Aula 8 – fruto e semente Prof. Guth BergerAula 8 – fruto e semente Prof. Guth Berger
Aula 8 – fruto e semente Prof. Guth BergerMatheus Yuri
 

Mais procurados (20)

PLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃO
PLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃOPLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃO
PLANTAS DE COBERTURA E SUA UTILIZAÇÃO
 
Fenologia e Fisiologia da soja
Fenologia e Fisiologia da sojaFenologia e Fisiologia da soja
Fenologia e Fisiologia da soja
 
Apostila MIP (Manejo Integrado de Pragas)
Apostila MIP (Manejo Integrado de Pragas)Apostila MIP (Manejo Integrado de Pragas)
Apostila MIP (Manejo Integrado de Pragas)
 
Fertilidade do Solo
Fertilidade do SoloFertilidade do Solo
Fertilidade do Solo
 
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIROMORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
 
Aplicações Complementares na cultura do Milho
Aplicações Complementares na cultura do MilhoAplicações Complementares na cultura do Milho
Aplicações Complementares na cultura do Milho
 
Classificação de doenças de McNew
Classificação de doenças de McNewClassificação de doenças de McNew
Classificação de doenças de McNew
 
MANEJO DE FITONEMATOIDES
MANEJO DE FITONEMATOIDESMANEJO DE FITONEMATOIDES
MANEJO DE FITONEMATOIDES
 
Controle alternativo de pragas e doenças nas plantas
Controle alternativo de pragas e doenças nas  plantasControle alternativo de pragas e doenças nas  plantas
Controle alternativo de pragas e doenças nas plantas
 
Grupo de Maturação e Posicionamento de Cultivares
Grupo de Maturação e Posicionamento de CultivaresGrupo de Maturação e Posicionamento de Cultivares
Grupo de Maturação e Posicionamento de Cultivares
 
aulas de friticultura
aulas de friticulturaaulas de friticultura
aulas de friticultura
 
A cultura do_feij_o
A cultura do_feij_oA cultura do_feij_o
A cultura do_feij_o
 
Fenologia da soja, milho e algodão
Fenologia da soja, milho e algodãoFenologia da soja, milho e algodão
Fenologia da soja, milho e algodão
 
Ficha Técnica - Cascudo-preto
Ficha Técnica - Cascudo-pretoFicha Técnica - Cascudo-preto
Ficha Técnica - Cascudo-preto
 
Os organismos do solo
Os organismos do soloOs organismos do solo
Os organismos do solo
 
Identificação de plantas daninhas
Identificação de plantas daninhasIdentificação de plantas daninhas
Identificação de plantas daninhas
 
Manejo da resistência à inseticidas
Manejo da resistência à inseticidasManejo da resistência à inseticidas
Manejo da resistência à inseticidas
 
Morfologia e fisiologia algodão
Morfologia e fisiologia algodãoMorfologia e fisiologia algodão
Morfologia e fisiologia algodão
 
MORFOLOGIA E FENOLOGIA DA CULTURA DA SOJA
MORFOLOGIA E FENOLOGIA DA CULTURA DA SOJAMORFOLOGIA E FENOLOGIA DA CULTURA DA SOJA
MORFOLOGIA E FENOLOGIA DA CULTURA DA SOJA
 
Aula 8 – fruto e semente Prof. Guth Berger
Aula 8 – fruto e semente Prof. Guth BergerAula 8 – fruto e semente Prof. Guth Berger
Aula 8 – fruto e semente Prof. Guth Berger
 

Destaque

Plantas, hongos micorrízicos y bacterias: su compleja red de interaccione
Plantas, hongos micorrízicos y bacterias:  su compleja red de interaccionePlantas, hongos micorrízicos y bacterias:  su compleja red de interaccione
Plantas, hongos micorrízicos y bacterias: su compleja red de interaccioneLiliana Ortiz
 
Morfologiafisiologiaeclassificaodosfungos
MorfologiafisiologiaeclassificaodosfungosMorfologiafisiologiaeclassificaodosfungos
MorfologiafisiologiaeclassificaodosfungosLeide Sayuri Ogasawara
 
Caderno dos microorganismos eficientes
Caderno dos microorganismos eficientesCaderno dos microorganismos eficientes
Caderno dos microorganismos eficientesRegiane Moura da Silva
 
Hormônios vegetais e movimentos vegetais final
Hormônios vegetais e  movimentos vegetais finalHormônios vegetais e  movimentos vegetais final
Hormônios vegetais e movimentos vegetais finalIonara Urrutia Moura
 
Microbiologia aplicada aula03 microrganismos
Microbiologia aplicada aula03 microrganismosMicrobiologia aplicada aula03 microrganismos
Microbiologia aplicada aula03 microrganismosAmanda Fraga
 
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do SoloMicrobiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do SoloMICROBIOLOGIA-CSL-UFSJ
 
Microbiologia do solo
Microbiologia do soloMicrobiologia do solo
Microbiologia do soloPessoal
 
Os microrganismos, higiene e problemas sociais
Os microrganismos, higiene e problemas sociaisOs microrganismos, higiene e problemas sociais
Os microrganismos, higiene e problemas sociaisCarla Gomes
 
Microrganismos
MicrorganismosMicrorganismos
Microrganismostiago.ufc
 

Destaque (20)

Plantas, hongos micorrízicos y bacterias: su compleja red de interaccione
Plantas, hongos micorrízicos y bacterias:  su compleja red de interaccionePlantas, hongos micorrízicos y bacterias:  su compleja red de interaccione
Plantas, hongos micorrízicos y bacterias: su compleja red de interaccione
 
Rizosfera
RizosferaRizosfera
Rizosfera
 
Morfologiafisiologiaeclassificaodosfungos
MorfologiafisiologiaeclassificaodosfungosMorfologiafisiologiaeclassificaodosfungos
Morfologiafisiologiaeclassificaodosfungos
 
Caderno dos microorganismos eficientes
Caderno dos microorganismos eficientesCaderno dos microorganismos eficientes
Caderno dos microorganismos eficientes
 
Hormônios vegetais e movimentos vegetais final
Hormônios vegetais e  movimentos vegetais finalHormônios vegetais e  movimentos vegetais final
Hormônios vegetais e movimentos vegetais final
 
Hormônios e defesa vegetal
Hormônios e defesa vegetalHormônios e defesa vegetal
Hormônios e defesa vegetal
 
Microbiologia aplicada aula03 microrganismos
Microbiologia aplicada aula03 microrganismosMicrobiologia aplicada aula03 microrganismos
Microbiologia aplicada aula03 microrganismos
 
940 aula fungos
940 aula fungos940 aula fungos
940 aula fungos
 
Aula 03 ecologia do solo
Aula 03   ecologia do soloAula 03   ecologia do solo
Aula 03 ecologia do solo
 
Os micróbios
Os micróbiosOs micróbios
Os micróbios
 
Microrganismos
MicrorganismosMicrorganismos
Microrganismos
 
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do SoloMicrobiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
 
Microbiologia do solo
Microbiologia do soloMicrobiologia do solo
Microbiologia do solo
 
Micromplex 2015
Micromplex  2015Micromplex  2015
Micromplex 2015
 
Os microrganismos, higiene e problemas sociais
Os microrganismos, higiene e problemas sociaisOs microrganismos, higiene e problemas sociais
Os microrganismos, higiene e problemas sociais
 
Aula microrganismos 1ªc
Aula   microrganismos 1ªcAula   microrganismos 1ªc
Aula microrganismos 1ªc
 
Micróbios
MicróbiosMicróbios
Micróbios
 
Microrganismos
MicrorganismosMicrorganismos
Microrganismos
 
Sistema Excretor
Sistema ExcretorSistema Excretor
Sistema Excretor
 
Microorganismos
MicroorganismosMicroorganismos
Microorganismos
 

Semelhante a Aula promotores de crescimento wide screen

Doc embrapa sobre pseudomonas
Doc embrapa sobre pseudomonasDoc embrapa sobre pseudomonas
Doc embrapa sobre pseudomonasTatiFaria1
 
AULA 01- HISTORIA E IMPORTANCIA DA MICROBIOLOGIA.pptx
AULA 01- HISTORIA E IMPORTANCIA DA MICROBIOLOGIA.pptxAULA 01- HISTORIA E IMPORTANCIA DA MICROBIOLOGIA.pptx
AULA 01- HISTORIA E IMPORTANCIA DA MICROBIOLOGIA.pptxKarineRibeiro57
 
MICRO II.pptx curso tecnico de enfermagem
MICRO II.pptx curso tecnico de enfermagemMICRO II.pptx curso tecnico de enfermagem
MICRO II.pptx curso tecnico de enfermagemJoana Darc Calado
 
microrganismos-110521180919-phpapp01.pdf
microrganismos-110521180919-phpapp01.pdfmicrorganismos-110521180919-phpapp01.pdf
microrganismos-110521180919-phpapp01.pdfLetciaBlanck
 
Reino Fungi
Reino FungiReino Fungi
Reino FungiURCA
 
Fungos , bactérias e vírus2
Fungos , bactérias e vírus2Fungos , bactérias e vírus2
Fungos , bactérias e vírus2Clairsontag
 
Situação e Perspectivas do Controle de Qualidade Sanitária de Sementes no Bra...
Situação e Perspectivas do Controle de Qualidade Sanitária de Sementes no Bra...Situação e Perspectivas do Controle de Qualidade Sanitária de Sementes no Bra...
Situação e Perspectivas do Controle de Qualidade Sanitária de Sementes no Bra...AgriculturaSustentavel
 
Controle Biológico
Controle BiológicoControle Biológico
Controle BiológicoJoão Felix
 
Reino monera prof Ivanise Meyer
Reino monera prof Ivanise MeyerReino monera prof Ivanise Meyer
Reino monera prof Ivanise MeyerIvanise Meyer
 

Semelhante a Aula promotores de crescimento wide screen (20)

Bactérias de interesse agroflorestal
Bactérias de interesse agroflorestalBactérias de interesse agroflorestal
Bactérias de interesse agroflorestal
 
texto e micro e parasito
texto e micro e parasito texto e micro e parasito
texto e micro e parasito
 
Microbiologia modulo1
Microbiologia modulo1Microbiologia modulo1
Microbiologia modulo1
 
Doc embrapa sobre pseudomonas
Doc embrapa sobre pseudomonasDoc embrapa sobre pseudomonas
Doc embrapa sobre pseudomonas
 
Microbiologia
MicrobiologiaMicrobiologia
Microbiologia
 
Microbiologia
MicrobiologiaMicrobiologia
Microbiologia
 
AULA 01- HISTORIA E IMPORTANCIA DA MICROBIOLOGIA.pptx
AULA 01- HISTORIA E IMPORTANCIA DA MICROBIOLOGIA.pptxAULA 01- HISTORIA E IMPORTANCIA DA MICROBIOLOGIA.pptx
AULA 01- HISTORIA E IMPORTANCIA DA MICROBIOLOGIA.pptx
 
Microrganismos
MicrorganismosMicrorganismos
Microrganismos
 
Microrganismos
MicrorganismosMicrorganismos
Microrganismos
 
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001
 
Reino monera
Reino moneraReino monera
Reino monera
 
MICRO II.pptx curso tecnico de enfermagem
MICRO II.pptx curso tecnico de enfermagemMICRO II.pptx curso tecnico de enfermagem
MICRO II.pptx curso tecnico de enfermagem
 
microrganismos-110521180919-phpapp01.pdf
microrganismos-110521180919-phpapp01.pdfmicrorganismos-110521180919-phpapp01.pdf
microrganismos-110521180919-phpapp01.pdf
 
Reino Fungi
Reino FungiReino Fungi
Reino Fungi
 
Introdução microbiologia
Introdução microbiologiaIntrodução microbiologia
Introdução microbiologia
 
Fungos , bactérias e vírus2
Fungos , bactérias e vírus2Fungos , bactérias e vírus2
Fungos , bactérias e vírus2
 
Situação e Perspectivas do Controle de Qualidade Sanitária de Sementes no Bra...
Situação e Perspectivas do Controle de Qualidade Sanitária de Sementes no Bra...Situação e Perspectivas do Controle de Qualidade Sanitária de Sementes no Bra...
Situação e Perspectivas do Controle de Qualidade Sanitária de Sementes no Bra...
 
Controle Biológico
Controle BiológicoControle Biológico
Controle Biológico
 
Reino monera prof Ivanise Meyer
Reino monera prof Ivanise MeyerReino monera prof Ivanise Meyer
Reino monera prof Ivanise Meyer
 
Vírus e reino monera
Vírus e reino moneraVírus e reino monera
Vírus e reino monera
 

Mais de Jadson Belem de Moura

Maquinas, motores e mecanização sem videos
Maquinas, motores e mecanização sem videosMaquinas, motores e mecanização sem videos
Maquinas, motores e mecanização sem videosJadson Belem de Moura
 
Aula 04 processos de formação do solo
Aula 04   processos de formação do soloAula 04   processos de formação do solo
Aula 04 processos de formação do soloJadson Belem de Moura
 
Características físicas gerais dos solos
Características físicas gerais dos solosCaracterísticas físicas gerais dos solos
Características físicas gerais dos solosJadson Belem de Moura
 
Aula 05 sistema brasileiro de classificação de solos
Aula 05   sistema brasileiro de classificação de solosAula 05   sistema brasileiro de classificação de solos
Aula 05 sistema brasileiro de classificação de solosJadson Belem de Moura
 
Os fatores e processos de formação dos solos
Os fatores e processos de formação dos solosOs fatores e processos de formação dos solos
Os fatores e processos de formação dos solosJadson Belem de Moura
 

Mais de Jadson Belem de Moura (20)

Aula 7 olericultura
Aula 7 olericulturaAula 7 olericultura
Aula 7 olericultura
 
Plantio direto no cerrado
Plantio direto no cerradoPlantio direto no cerrado
Plantio direto no cerrado
 
Entomologia
EntomologiaEntomologia
Entomologia
 
Maquinas, motores e mecanização sem videos
Maquinas, motores e mecanização sem videosMaquinas, motores e mecanização sem videos
Maquinas, motores e mecanização sem videos
 
Introdução a agronomia
Introdução a agronomiaIntrodução a agronomia
Introdução a agronomia
 
Xenobióticos no solo
Xenobióticos no soloXenobióticos no solo
Xenobióticos no solo
 
Aula 05 matéria orgânica do solo
Aula 05  matéria orgânica do soloAula 05  matéria orgânica do solo
Aula 05 matéria orgânica do solo
 
Fbn
FbnFbn
Fbn
 
Fma
FmaFma
Fma
 
Metabolismo e processos microbianos
Metabolismo e processos microbianosMetabolismo e processos microbianos
Metabolismo e processos microbianos
 
Aula 1 historico
Aula 1   historicoAula 1   historico
Aula 1 historico
 
Aula 04 processos de formação do solo
Aula 04   processos de formação do soloAula 04   processos de formação do solo
Aula 04 processos de formação do solo
 
Manejo e conservação dos solos
Manejo e conservação dos solosManejo e conservação dos solos
Manejo e conservação dos solos
 
Analises de solo
Analises de soloAnalises de solo
Analises de solo
 
Aula 9 fertilidade dos solos
Aula 9   fertilidade dos solosAula 9   fertilidade dos solos
Aula 9 fertilidade dos solos
 
Coleta e preparo de amostras
Coleta e preparo de amostrasColeta e preparo de amostras
Coleta e preparo de amostras
 
Características físicas gerais dos solos
Características físicas gerais dos solosCaracterísticas físicas gerais dos solos
Características físicas gerais dos solos
 
Aula 05 sistema brasileiro de classificação de solos
Aula 05   sistema brasileiro de classificação de solosAula 05   sistema brasileiro de classificação de solos
Aula 05 sistema brasileiro de classificação de solos
 
Aula 4 petrologia
Aula 4   petrologiaAula 4   petrologia
Aula 4 petrologia
 
Os fatores e processos de formação dos solos
Os fatores e processos de formação dos solosOs fatores e processos de formação dos solos
Os fatores e processos de formação dos solos
 

Aula promotores de crescimento wide screen

  • 1. Microrganismos Promotores do crescimento vegetal Jadson Belém de Moura
  • 2. Breve histórico da microbiologia do solo  1590- Zacharias Janssen: invenção do microscópio.  1676-Anton van Leeuwenhoek: construção de microscópio rudimentar capaz de observar os “animálculos” em placa bacteriana dentária  Pasteur (segunda metade do século XIX): pai da microbiologia.  Lachman (1858): observação de bactérias nos nódulos e sugestão de que estavam associadas à nutrição de leguminosas.
  • 3. Breve histórico da microbiologia do solo  Hellriegel e Wilfarth (1886): comprovação da FBN  Beijerinck (1888): isolamento de bactérias fixadoras de N de nódulos  Sergei Winogradsky (1890): pai da microbiologia do solo > descoberta da autotrofia microbiana e nitrificação  Século XIX: descoberta das micorrizas, fixação assimbiótica de N2, desnitrificação, produção do primeiro inoculante “Nitragin”  Século XX: microbiologia agrícola torna-se ciência autônoma. Primeiros livros. Brasil: criação do 1º lab. Microbiologia Agrícola no IAC. Alemanha: Hiltner > definição do termo rizosfera
  • 4. Solo vivo • Maior reservatório de microrganismos do planeta; • Com grande abundância e diversidade de microrganismos; • Um hectare de solo pode conter até 4 Mg de microrganismos; • Macro, meso e microfauna.
  • 5. O solo como hábitat microbiano Principais fatores que afetam a atividade: - Umidade; - Status nutricional.
  • 7.  Bactérias: ◦ Grupo mais numeroso e mais diversificado;  limitações impostas pelas discrepâncias entre técnicas;  heterotróficos são mais facilmente detectados. Gêneros mais frequentes:  Bacillus, Clostridium, Arthrobacter, Pseudomonas, Nocardia, Streptomyces, Micromonospora, Rizóbios;  Cianobactérias: pioneiras, fixação de N2. Streptomyces
  • 8.  Fungos: ◦ Limitados à superfície do solo; ◦ Favorecidos em solos ácidos; ◦ Ativos decompositores de tecidos vegetais; ◦ Melhoram a estrutura física do solo. Gêneros mais frequentes:  Penicillium, Mucor, Rhizopus, Fusarium, Aspergillus, Trichoderma.
  • 9.  Algas: ◦ Abundantes na superfície; ◦ Acumulação de matéria orgânica: solos nus, erodidos. • Protozoários e vírus: - Equilíbrio das populações; - Predadores de bactérias; - Parasitas de bactérias, fungos, plantas, ...
  • 10. Presença de microrganismos nas várias profundidades do solo Profundidade (cm) Umidade (%) M.O. (%) Bactérias Fungos (m/g) Aeróbia s Anaeróbia s 0 – 8 18,2 4,4 24 2,7 280 8 – 20 10,0 1,5 3,1 0,4 43 20 – 40 11,5 0,5 1,9 0,4 0 40 – 60 13,5 0,6 0,9 0,04 0 60 – 80 7,0 0,4 0,7 0,03 0 80 – 100 5,3 0,4 0,15 0,01 0
  • 12. Rizosfera:  É a região onde o solo e as raízes das plantas entram em contato;  Maior presença de microrganismos;  Tipos de microrganismos diferentes no solo livre e no rizosférico;  Rizoplano.
  • 15. Paul & Clark, 1996.
  • 16. Classes de Microrganismos edáficos benéficos ao crescimento vegetal:  Fungos micorrizicos;  Fixadores de Nitrogênio;  Solubilizadores de fosfato;  Rizobactérias promotoras do crescimento vegetal.
  • 18. Fungos micorrizicos  Primeira associação simbiótica entre um microrganismo e um vegetal;  Aumento da área radicular;  Disponibilização de nutriente;  Absorção de água e sais minerais;
  • 19.  Estresse hídrico;  Regiões secas;  Porosidade;  Aumento da área de exploração da raiz.
  • 20.
  • 21. Micorrizosféra  Fungos Micorrízicos;  É a região onde o solo e as micorrizas dos fungos entram em contato;  Maior presença de microrganismos;  Tipos de microrganismos diferentes no solo livre e no rizosférico;  Rizoplano.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Glomalina:  Proteína excretada por fungos micorrizicos;  Uma espécie de cola, atua na formação do agregado.
  • 26. Fixação Biológica de Nitrogênio:  Nutriente mais limitante;  Simbióticas e vida livre.
  • 27.  Fixação simbiótica: 60-600 Kg/ha .ano;  90% pelas leguminosas;  Economia em fertilizantes nitrogenados;  Associações simbióticas fixadoras: ◦ Anabaena – Azolla; ◦ Azospirillum – Cana-de-açúcar; ◦ Rizóbios – Leguminosas. FBN • Fixação do nitrogênio atmosférico N2 NH3 aminoácidos
  • 29. Número de nódulos nas raízes, produção de grãos em nitrogênio acumulado na soja com e sem inoculação: Fonte: Zilli et al.
  • 30. Fixação em não leguminosas:  Ciclo da cultura;  Disponibilidade de água;  Nitrogênio no solo;  Genético.
  • 32. Fósforo :  Microrganismos solubilizadores de fosfato;  Bactérias (Pseudomonas, Enterobacter);  Fungos (Penicillium, Aspergillus);  Adsorção.
  • 33.
  • 34.
  • 35. PGPR - RIZOBACTÉRIAS PROMOTORAS DO CRESCIMENTO VEGETAL
  • 36. Rizobactérias promotoras do crescimento vegetal:  Residentes epifíticas ou endofíticas;  Não patogênicas;  Atuam diretamente ou indiretamente no crescimento vegetal;  Plant growth promoting rhizobacteria (PGPR);  2 tipos: (Indireto e Direto).
  • 37. Influência indireta:  Atua em mecanismos que interferem indiretamente no crescimento e sanidade vegetal;  (doenças, parasitas, pragas).
  • 38. Biocontrole:  Atuam indiretamente no crescimento vegetal;  Controle de doenças e pragas;  Trichoderma spp.
  • 39.  Parasitas de doenças de plantas;  Promove o crescimento indireto.
  • 40.  Bacillus subtilis (contra doenças fúngicas do milho e trigo);  Pseudomonas spp é antagonista a Rhizoctonia solani (causador de tombamento em Fabaceaes);  Controle de murcha bacteriana com Actinomicetos;  podridão mole do pimentão controlada com P.
  • 41. Produção de Antibióticos  A antibiose é a produção de compostos bactericidas, fungicidas ou micostáticos e nematicidas;  Substâncias produzidas pelos microrganismos já foram isoladas e algumas identificadas;  São compostos orgânicos de baixo peso molecular que, em baixas concentrações, são deletérios ao crescimento ou à atividades metabólicas de outros organismos.
  • 42. Concorrência por substrato:  Alguns microrganismos concorrem entre si por substrato;  Pseudomonas spp. e Fusarium oxysporum;  Concorrência por Fe.
  • 43. Indução de Resistência:  Promovem Indução de resistência em plantas a alguns agentes patogênicos;  A presença desses microrganismos reduz a severidade do ataque de outros microrganismos nocivos;  Pseudomonas putida e Colletotrichum orbiculare (Antracnose).
  • 44. Influência Direta:  Atua diretamente no crescimento e na sanidade vegetal;  Absorção de nutrientes;  Estrutura do solo;  Produção de fitormônios;  Antibióticos. Pseudomonas fluorescens
  • 45.