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apresentado à Disciplina Prática Projetual IV, do
curso Design Gráfico da Universidade do Estado
de Minas Gerais como requisito parcial à
obtenção do titulo de bacharel.
Orientador: Iara Aguiar Mol
Belo Horizonte
2012
! 1!
Sumário
1.Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------ 02
2.1. Contexto ----------------------------------------------------------------------------------------- 02
2.2. Problema ---------------------------------------------------------------------------------------- 03
3. Hipótese -------------------------------------------------------------------------------------------- 03
4. Justificativa --------------------------------------------------------------------------------------- 04
5. Objetivos ------------------------------------------------------------------------------------------- 05
5.1. Objetivo Geral --------------------------------------------------------------------------------- 05
5.2. Objetivos Específicos ----------------------------------------------------------------------- 05
6. Referencial Teórico ----------------------------------------------------------------------------- 06
6.1. Marca e Identidade visual ------------------------------------------------------------------ 06
6.2.Design de embalagem ----------------------------------------------------------------------- 07
6.3. Embalagem e Branding --------------------------------------------------------------------- 08
7. Metodologia --------------------------------------------------------------------------------------- 09
8. Desenvolvimento -------------------------------------------------------------------------------- 10
8.1. Primeira fase ----------------------------------------------------------------------------------- 10
8.1.1. Conclusões da primeira fase ----------------------------------------------------------- 11
8.2. Segunda fase ----------------------------------------------------------------------------------- 12
8.2.1. Estratégia de design ---------------------------------------------------------------------- 12
8.2.2. Marca ------------------------------------------------------------------------------------------- 13
8.2.3. Embalagem ----------------------------------------------------------------------------------- 13
8.2.4. Layout das embalagens ------------------------------------------------------------------ 14
9. Cronograma --------------------------------------------------------------------------------------- 14
10. Referências Bibliográficas------------------------------------------------------------------ 15
! 2!
1.Introdução
Com o mercado cada vez mais competitivo é de suma importância, para
sobrevivência e crescimento de uma empresa, cuidar de sua imagem e dos
elementos que compõe a sua marca.
É importante para as empresas na construção de sua identidade, definir os objetivos
mercadológicos de seus produtos e desenhar embalagens que realmente ajudem a
alcançar a atenção do consumidor e se destacar no ponto-de-venda. Na maioria das
vezes, a embalagem é o único recurso que o produto dispõe para competir no
mercado, sendo seu principal instrumento de comunicação. Conseguir se diferenciar
torna a empresa mais competitiva, alavanca as vendas, gera credibilidade e agrega
valor a seus produtos.
A embalagem é um item obrigatório nos produtos de consumo. Explorar ao máximo
seu potencial é o melhor negócio que uma empresa pode fazer hoje em dia,
sobretudo porque para o consumidor “a embalagem é o produto”. Ele não separa o
produto da embalagem. (Mestriner, 2002)
O poder de uma embalagem bem projetada reflete em lucros para as empresas.
Hoje os empresários brasileiros conseguem compreender melhor o papel do Design
de embalagem como fator decisivo no sucesso de seus produtos e quando bem
usado, pode se tornar um aliado estratégico em seus negócios.
Pode-se dizer que o Design de embalagem tem um papel mais amplo, mas
estratégico nas atividades da empresa do que simplesmente desenhar embalagens.
2.Contexto
A empresa Bella Sicilia está no mercado de massas caseiras há 23 anos e oferece
produtos de qualidade e saborosos. É uma empresa familiar e suas receitas foram
passadas de mãe para filha.
! 3!
A cartela de produtos da empresa é composta de 7 tipos diferentes de
massas frescas que são vendidas em loja própria e em supermercados voltados
para o público AB.
As massas produzidas pela empresa são: nhoque, capelete, ravioli, lasanha,
talharim, rondelle e canelone.
Os benefícios percebidos pelo consumidor são o sabor e o fato das massas
serem sem conservantes, o que torna, segundo este, o produto mais agradável e
menos prejudicial a saúde. Os atributos e valores com os quais a empresa se
identifica e tentar transmitir para o seu público são: caseiro, artesanal, tradição,
cuidado, qualidade e carinho.
2.1. Problema
Cada vez mais competitivo, o mercado oferece um grande número de produtos nos
pontos de venda e o consumidor não percebe e identifica facilmente os produtos da
empresa Bella Sicília.
A identidade visual e linha de embalagem da empresa não refletem os valores da
empresa e não comunicam a qualidade do produto. Suas embalagens são
genéricas, não agregam valor aos produtos e não se destacam nas gôndolas.
3.Hipótese
- A partir do desenvolvimento de novas embalagens, as vendas de produtos poderão
aumentar e assim trazer lucro para a empresa.
- Com a adequação da linguagem gráfica, poderá haver melhora na percepção de
qualidade do produto. As novas embalagens poderão comunicar melhor os valores
dos produtos para os consumidores além de poder atrair novos clientes.
! 4!
- A adequação da linguagem gráfica da marca poderá ajudar a empresa a comunicar
melhor seus valores de marca.
- O projeto de design poderá tornar a empresa e seus produtos mais competitivos e
fortalecerá a marca.
- A partir da novas embalagens, o consumidor irá conseguir identificar mais
facilmente os produtos da empresa no ponto de venda.
- Os consumidores irão agregar valor aos produtos da marca.
4.Justificativa
No ambiente de vendas do varejo é vital para uma embalagem se destacar de seus
concorrentes. Se a embalagem não for vista no tempo utilizado pelo comprador em
“escanear” as prateleiras, ela ficará sem ser percebida e não será vendida. Muitas
vezes, a embalagem é o único recurso que um produto dispõe para competir no
mercado.
O design de embalagem é um fator decisivo no processo de escolha do consumidor.
Um bom projeto de design promove a competitividade ao reduzir a distância estética
entre os produtos de pequenas e grandes empresas, e age como um poderoso
aliado no processos de construção de marca.
Segundo Giles (2007), “o design desempenha o papel fundamental de assegurar
que a percepção dos consumidores da marca esteja espelhada na embalagem”. O
design agrega valor e significado ao produto, tornando-o mais valioso e desejado.
Para a construção de uma interface gráfica atraente e funcional, que desperte o
desejo de compra e ajude a fidelizar o consumidor, o designer gráfico pode se valer
de uma série de técnicas que vão da tipografia, cor, fotografia, ilustração,
manipulação de imagem ao uso de esquemas e formas gráficas.
! 5!
Utilizando-se das ferramentas do design, a empresa Bella Sicilia poderá, com suas
novas embalagens, aumentar seu valor de marca e se tornar mais competitiva frente
aos concorrentes, além de comunicar com eficiência seu produto e aumentar a
fidelização do consumidor.
5.Objetivos
5.1.Objetivo Geral
Desenvolver identidade visual e linha de embalagens para os produtos da empresa
Bella Sicilia – massas caseiras.
5.2.Objetivos Específicos
- Desenvolver embalagens atraentes e funcionais;
- Melhorar sua exposição no ponto de venda;
- Aumentar a competitividade da empresa;
- Criar unidade entre os produtos;
- Adequar a linguagem gráfica da marca para os valores da empresa;
- Agregar valor e significado ao produto;
- Adequar a linguagem gráfica das embalagens para a fatia de mercado desejada
pela empresa.
! 6!
6. Referencial Teórico
6.1. Marca e Identidade visual
Toda empresa precisa se diferenciar de seus concorrentes para ser percebida e ter
sucesso. Por isso é necessário definir desde cedo sua essência, sua marca, e
traduzi-la para o mundo, para assim torna-se única e reconhecível em meio a um
turbilhão de outras marcas oferecidas a esse mesmo público. Scott M. Davis (apud
Wheeler) diz que as marcas ajudam os consumidores a cortar caminho através do
mar de escolhas disponíveis em cada categoria de produto e serviço.
A marca é a responsável por fortalecer o nome da empresa na mente do cliente. “É
uma promessa, a grande idéia e as expectativas que residem na mente de cada
consumidor a respeito de um produto, de um serviço ou de uma empresa” (Wheeler,
2006).
Ogilvy define marca como “a soma intangível dos atributos de um produto, seu
nome, sua embalagem, seu preço, sua história, sua reputação e a maneira como é
anunciado. Uma marca também é definida pela percepção que seus consumidores
têm das pessoas que a usam, assim com suas próprias experiências”.
Uma forma de comunicar sua marca para o público é a partir da criação de um
sistema de identidade visual. A identidade é a expressão visual e verbal de uma
marca. É a representação gráfica da identidade corporativa, dos conceitos e valores
da empresa.
Segundo Wheeler (2006), “a identidade dá apoio, expressão, comunicação, sintetiza
e visualiza a marca. Ajuda a gerenciar a percepção de uma empresa e a diferencia
de seus concorrentes.”.
Com uma boa estratégia de identidade visual aplicada a seus produtos, as empresas
conseguem transmitir sua essência constantemente ao seu consumidor, em
! 7!
diferentes locais e momentos, cercando o consumidor com sua marca e reforçando
seu valor.
6.2.Design de embalagem
A embalagem representou uma importante ferramenta para o desenvolvimento do
comércio e para o crescimento das cidades. Suas funções iniciais era a de conter,
proteger e viabilizar o transporte dos produtos. Ao longo da história, foi incorporando
novas funções e passou a conservar, expor, vender os produtos, conquistando o
consumidor por meio de seu visual atraente e comunicativo.
Mestriner (2002) afirma que a “evolução do mercado e a maior competição entre os
produtos fizeram com que as embalagens se tornasse um fator de influência na
decisão de compra dos consumidores”.
Após a Segunda Guerra Mundial, surgiram os supermercados e não havia mais o
vendedor atrás do balcão para apresentar os produtos e estimular as vendas. Isso
obrigou os produtos a se “vestirem” para atrair o consumidor e viabilizar a compra.
A embalagem moderna precisa se comunicar com eficiência para fazer o produto
existir em um cenário cada vez mais competitivo. Cabe a ela atrair a atenção,
desperta interesse e desejo, mostrar a qualidade do produto, ganhar do concorrente
e fechar a venda em segundos.
Conforme pesquisa realizada pela Point-of-Purchase Advertising Institute (POPAI),
mais de 70% das decisões de compra ocorrem por estímulo nos pontos e venda,
evidenciando o papel decisivo da embalagem na batalha pela atenção, conquista e
fidelidade do consumidor.
Mestriner (2002) as missões ( ou etapas) pelas quais a embalagem passa para
cumprir seu papel no ponto de venda.
! 8!
A primeira missão da embalagem é a de chamar a atenção para sua existência. Em
sua segunda missão, ela precisa oferecer rapidamente (em poucos segundos) uma
informação direta sobre o que é o produto, o que ele faz e a quem ele se dirige, pois
se o consumidor for receptivo ao conteúdo dessa mensagem, ele considerará a
possibilidade de comprar o produto. A terceira missão é a de transmitir ao
consumidor os apelos complementares do produto para fechar a venda. A quarta
missão da embalagem é de agregar valor ao produto, ou seja, o produto precisa
“parecer valer” o que está sendo cobrado por ele ou mais.
Para se conseguir que a embalagem passe por todas essas etapas e atinja o
objetivo para qual ela foi criada, é necessário seguir uma boa metodologia, que
englobe todos os elementos necessário para o sucesso do projeto.
Mestriner (2002) propõe como metodologia que o projeto seja orientado por dez
pontos-chaves distribuídos em cinco grupos (briefing, estudo de campo, estratégia
de design, desenho e implementação do projeto).
Os pontos-chaves descritos na metodologia são: conhecer o produto, conhecer o
consumidor, conhecer o mercado, conhecer a concorrência, conhecer tecnicamente
a embalagem a ser desenhada, conhecer os objetivos mercadológicos, ter uma
estratégia para o design, desenhar de forma consciente, trabalhar integrado com a
indústria e fazer revisão final do produto.
6.3. Embalagem e Branding
Branding é o nome que se dá ao processo de construção de uma marca. Ele
trabalha as impressões e a relação que o consumidor tem a respeito deste produto
ou serviço, a imagem que ele passa e o que ele representa na vida de quem o
adquire.
Mestriner (2004) explica que o branding insere a embalagem como fator importante
no processo de construção e manejo integral da marca, pois representa “o elo
concreto de ligação com o consumidor capaz de consolidar os valores essenciais da
! 9!
marca e criar vínculos emocionais a partir da experiência com o produto no
momento de consumo, sendo ela a representante de toda a estratégia de
comunicação destes valores que estão presente neste momento crucial.”
A embalagem torna-se uma manifestação da própria marca e, como marca é mais
do que simplesmente o produto em si, a embalagem torna-se uma combinação de
percepções, memorias e sensações dos consumidores. (Giles,2010)
Ela é uma poderosa ferramenta para promover a venda do produto e construir a
imagem da marca, tanto do produto quanto do fabricante, na mente do cliente. É
através da embalagem que os valores atribuídos pelo design serão potencializados
e percebidos.
Após a compra, os produtos continuam comunicando com o usuário quando está
acondicionado em sua casa, passam a ser parte da experiência do consumidor e por
isso continuam a exercer influencia sobre decisões futuras de compras.
O designer pode fazer com que a embalagem comunique a mensagem certa com o
objetivo de atender as necessidades racionais e os desejos emocionais dos
consumidores-alvos por meio da manipulação de materiais; tamanho; forma;
elementos gráficos; tipografia; imagens e ilustrações; e qualidades táteis,
O uso de embalagens como ferramenta estratégica permite um leque de
oportunidades para a empresa se relacionar constantemente com o consumidor, e
assim, explorar sua marca, transmitindo sua essência e criando uma relação com
ele.
7.1.Metodologia
A metodologia utilizada neste projeto será aquela apresentada por Fábio Mestriner
em seu livro Design de embalagem – Curso Básico. Ela será desenvolvida em 4
etapas:
! 10!
- Briefing e pesquisas,
- Definição da estratégia de Design,
- Desenho e
- Implantação.
A primeira etapa consiste no desenvolvimento do briefing, pesquisa de produto,
pesquisa de mercado, pesquisa de concorrência (nacional e internacional), pesquisa
de embalagem, pesquisa do consumidor e dos objetivos mercadológicos.
Na segunda fase serão identificadas as oportunidades, descritas as premissas
projetuais e estabelecido os conceitos.
Na terceira fase ocorrerá a fase de geração de alternativas, análise das alternativas,
escolha da alternativa final, adequação da alternativa final e justificativa da
alternativa final.
Na quarta fase será implantado o projeto, no qual serão desenvolvidos os desenhos
técnicos, produção das embalagens, acabamento e revisão.
8.Desenvolvimento
Durante o semestre letivo foi desenvolvida a marca e as embalagens para os
produtos da empresa Bella Sicília – massas caseiras. Foi seguida a metodologia
proposta por Mestriner em seu livro Design de embalagem – curso básico.
8.1. Primeira fase
Durante a primeira fase se mapeou todas as informações relativas ao projeto com o
intuito de conhecer a empresa e seus produtos, quem é seu consumidor, qual a
motivação que o leva a consumir as massas caseiras, entre outras coisas.
! 11!
Foi feito o estudo de campo para a identificação, reconhecimento e estudo do
cenário no qual o produto existe, conhecer a concorrência e como ela comunica com
o consumidor seus atributos.
8.1.1. Conclusões da primeira fase
A empresa passa por uma nova fase, a ampliação da fábrica para comportar o
volume de pedidos e o aumento de pontos de vendas. O senhor Júlio César,
administrador da empresa Bella Sícilia – massas caseiras, se diz ciente da falta de
força da sua embalagem atual frente a concorrentes, principalmente os maiores
como a Sadia, e sabe da importância de uma embalagem mais atraente para os
produtos.
Os pontos fortes e valores destacados durante a coleta do briefing foram: caseiro,
qualidade, receita de família, sem conservantes, o diferencial do sabor ( como feito
pela mãe) e artesanal.
Os pontos fracos detectados nessa fase foram: o condicionamento dos produtos, a
durabilidade, a falta de unidade entre as embalagens, a falta de elementos
importantes como o código de barra e tabela nutricional, as embalagens não
comunicam os valores e atributos dos produtos.
A observação da linha de produção e das atuais embalagens aponta que a nova
embalagem precisa ser prático para montar, que proteja e conserve melhor os
produtos para que não sofra contaminação, violação e que seja fácil de transportar e
dispor na gôndola. Atualmente a empresa trabalha com três tipos de embalagens:
forma de alumínio com etiqueta de papel offset envolvida em plástico selado; forma
de isopor com etiqueta adesiva com laminação envolvida em plástico selado; e saco
de plástico impresso em flexografia e selado. Não há uma padronização das
embalagens e estas apresentam problemas de leitura e falta de elementos
importantes.
! 12!
O mercado que a empresa atende é o destinado para o público AB e o tipo de
consumidor que adquire as massas são as famílias e pessoas que procuram por
praticidade e consomem comida semi-pronta. Os produtos estão disponíveis em loja
própria (Mercado Central) e em supermercados para classe AB ( Verdemar,
Supernosso, Carrefour bairro Sion, entre outros).
Os concorrentes diretos da empresa são as empresas de massas caseiras e
frescas como as massas Terni, as massas gourmet da família Savassi (revendidas
no Supernosso) e as massas da Villa Giannina ( revendidas pelo Verdemar. Os
produtos de empresas maiores também disputam a atenção nas gôndolas e pode-se
citar a Sadia, a Massa Leve, a Tia Mona, Seara, entre outros.
Com o novo design de embalagem, a empresa pretende se tornar mais competitiva,
aumentar as vendas e aumentar o valor percebido de seus produtos.
A empresa quer alcançar o público que valorizam sabor e a qualidade, que buscam
a experiência com a comida.
A pesquisa de campo mostrou o produto se encontra isolado dos outros produtos e
marcas similares. Por causa da atual forma condicionamento, que necessita de altas
temperaturas, o produto está disposto nos freezers centrais, perto de pratos
congelados. As massas similares estão localizadas em geladeiras e pertos uma das
outras. As massas caseiras revendidas pelos supermercados tem um melhor
posicionamento e se apresentam sozinhas ou perto de produtos que estimulem a
compra casada (frios, vinhos, etc). Estar longe dos concorrentes pode ser uma
oportunidade para comunicar os produtos.
8.2. Segunda fase
8.2.1. Estratégia de design
Após analise de todos os elementos da primeira etapa, desenhou-se uma estratégia
de design para o projeto. As novas embalagens devem comunicar os valores:
artesanal, sabor caseiro, receita de família, tradicional; serem fácil de montar; ajude
! 13!
a conservar e expor o produto e ajude a aumentar a valor percebido do produto. A
nova marca deve comunicar com o público consumidor seu valor de qualidade e seu
posicionamento gourmet.
8.2.2. Marca
nova proposta de marca
A nova marca foi desenvolvida inspirada no conceitos de selo e brasão, para atestar
qualidade, garantia e tradição. Foi inspirada nas placas das trattorias e das cantinas
e também nas placas que nomeiam as ruas na Itália.
A tipografia da marca foi modificada a partir da tipografia Copse. A orientação do
texto Bella Sícilia – massas caseiras foi mantida como na antiga marca. Um dos
requisitos do briefing foi a de manter as cores da bandeira italiana na marca. Esses
elementos foram disposto em um círculo que remete ao selo que atesta qualidade.
Foi usada a cor marrom que é associada à estabilidade e a simplicidade.
Essas escolhas foram feitas para adequar a marca ao universo gourmet.
8.2.3. Embalagem
As embalagens foram desenvolvidas segundo o conceito de livro de receita da vovó,
tradicional, caseiro e artesanal.
! 14!
Os traços e ilustrações foram feitos para se aproximar da linguagem gráfica utilizada
nos antigos livro de receitas. Foi também desenvolvido um padrão de superfície para
ser aplicado ao fundo das embalagens e o traço escolhido foi o que representa o
traço manual e simples utilizado em anotações feitas de receitas que guardamos. O
verso da embalagem foi desenhada para representar uma folha solta de um livro de
receita antigo.
Para organizar a linha de produtos, foram escolhidas 7 cores para representar cada
tipo de massa. Cada tipo de massa será representada pela sua respectiva ilustração
e as variações de sabores será representadas pela ilustração dos ingredientes.
8.2.4. Layout das embalagem ( em anexo)
O layout das embalagens se encontra em anexo.
9.Cronograma
SEMANAS
ATIVIDADE
0
1
0
2
0
3
0
4
0
5
0
6
0
7
0
8
0
9
1
0
1
1
1
2
1
3
1
4
1
5
1
6
1
7
1
8
1
9
2
0
2
1
2
2
Pesquisa x x x x
Pré-Projeto x x x x
Briefing x x x x
Pesquisa de
campo
x x x x x
Conceituação x
Estratégia de
Design
x x
Geração de
alternativa -
marca
x x x
Escolha e x x
! 15!
acabamento -
marca
Geração de
alternativa -
embalagem
x x x x
Escolha e
acabamento -
embalagem
x x x x
Produção -
Impressão
x X
Produção -
Montagem
x x
Implantação x x
Preparação
da
apresentação
x x
Apresentação X
10. Referências Bibliográficas
AIREY, David. Design de logotipos que todos amam – Um guia para criar
identidades visuais. Rio de Janeiro: Alta Books Editora, 2010.
ASSOCIAÇÃO DOS DESIGNERS GRÁFICOS. O Valor do Design: guia ADG
Brasil de prática profissional do designer gráfico. São Paulo : Editora SENAC,
2003.
ECHEVERRIA, Deborah. Construção de marcas – Análise do modelo de sucesso de
Ogilvy & Mather. 2.ed. São Paulo: Altana, 2006.
MESTRINER, Fabio. Design de embalagem: curso avançado. 2. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2005.
CALVER, Giles. O que é Design de Embalagem São Paulo: Bookman, 2007.
______. Design de Embalagem: curso básico. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2004.
STEWART, Bill. Estratégias de Design para Embalagens. Tradução: Freddy Van
Camp. 2. ed. São Paulo: Editora Blucher, 2009
! 16!
WHEELER, Alina. Design de Identidade de Marca – Um guia completo para a
criação, construção e manunteção de marcas fortes. São Paulo: Bookman.
Souza, Ana,_A importância da estética no design de embalagens | Mundo do
Marketing disponível em <! http://www.mundodomarketing.com.br/blogs/brain-
news/24905/a-importancia-da-estetica-no-design-de-embalagens.html> Acesso:
10/09/2012
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Desenvolvimento de identidade visual e embalagens para massas caseiras

  • 1. Jacqueline Luiza de Castro DESIGN DE EMBALAGEM: Desenvolvimento de identidade visual e linha de embalagens para empresa Bella Sicília - massas caseiras Belo Horizonte 2012
  • 2. Jacqueline Luiza de Castro DESIGN DE EMBALAGEM: Desenvolvimento de identidade visual e linha de embalagens para empresa Bella Sicília - massas caseiras Proposta de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Disciplina Prática Projetual IV, do curso Design Gráfico da Universidade do Estado de Minas Gerais como requisito parcial à obtenção do titulo de bacharel. Orientador: Iara Aguiar Mol Belo Horizonte 2012
  • 3. ! 1! Sumário 1.Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------ 02 2.1. Contexto ----------------------------------------------------------------------------------------- 02 2.2. Problema ---------------------------------------------------------------------------------------- 03 3. Hipótese -------------------------------------------------------------------------------------------- 03 4. Justificativa --------------------------------------------------------------------------------------- 04 5. Objetivos ------------------------------------------------------------------------------------------- 05 5.1. Objetivo Geral --------------------------------------------------------------------------------- 05 5.2. Objetivos Específicos ----------------------------------------------------------------------- 05 6. Referencial Teórico ----------------------------------------------------------------------------- 06 6.1. Marca e Identidade visual ------------------------------------------------------------------ 06 6.2.Design de embalagem ----------------------------------------------------------------------- 07 6.3. Embalagem e Branding --------------------------------------------------------------------- 08 7. Metodologia --------------------------------------------------------------------------------------- 09 8. Desenvolvimento -------------------------------------------------------------------------------- 10 8.1. Primeira fase ----------------------------------------------------------------------------------- 10 8.1.1. Conclusões da primeira fase ----------------------------------------------------------- 11 8.2. Segunda fase ----------------------------------------------------------------------------------- 12 8.2.1. Estratégia de design ---------------------------------------------------------------------- 12 8.2.2. Marca ------------------------------------------------------------------------------------------- 13 8.2.3. Embalagem ----------------------------------------------------------------------------------- 13 8.2.4. Layout das embalagens ------------------------------------------------------------------ 14 9. Cronograma --------------------------------------------------------------------------------------- 14 10. Referências Bibliográficas------------------------------------------------------------------ 15
  • 4. ! 2! 1.Introdução Com o mercado cada vez mais competitivo é de suma importância, para sobrevivência e crescimento de uma empresa, cuidar de sua imagem e dos elementos que compõe a sua marca. É importante para as empresas na construção de sua identidade, definir os objetivos mercadológicos de seus produtos e desenhar embalagens que realmente ajudem a alcançar a atenção do consumidor e se destacar no ponto-de-venda. Na maioria das vezes, a embalagem é o único recurso que o produto dispõe para competir no mercado, sendo seu principal instrumento de comunicação. Conseguir se diferenciar torna a empresa mais competitiva, alavanca as vendas, gera credibilidade e agrega valor a seus produtos. A embalagem é um item obrigatório nos produtos de consumo. Explorar ao máximo seu potencial é o melhor negócio que uma empresa pode fazer hoje em dia, sobretudo porque para o consumidor “a embalagem é o produto”. Ele não separa o produto da embalagem. (Mestriner, 2002) O poder de uma embalagem bem projetada reflete em lucros para as empresas. Hoje os empresários brasileiros conseguem compreender melhor o papel do Design de embalagem como fator decisivo no sucesso de seus produtos e quando bem usado, pode se tornar um aliado estratégico em seus negócios. Pode-se dizer que o Design de embalagem tem um papel mais amplo, mas estratégico nas atividades da empresa do que simplesmente desenhar embalagens. 2.Contexto A empresa Bella Sicilia está no mercado de massas caseiras há 23 anos e oferece produtos de qualidade e saborosos. É uma empresa familiar e suas receitas foram passadas de mãe para filha.
  • 5. ! 3! A cartela de produtos da empresa é composta de 7 tipos diferentes de massas frescas que são vendidas em loja própria e em supermercados voltados para o público AB. As massas produzidas pela empresa são: nhoque, capelete, ravioli, lasanha, talharim, rondelle e canelone. Os benefícios percebidos pelo consumidor são o sabor e o fato das massas serem sem conservantes, o que torna, segundo este, o produto mais agradável e menos prejudicial a saúde. Os atributos e valores com os quais a empresa se identifica e tentar transmitir para o seu público são: caseiro, artesanal, tradição, cuidado, qualidade e carinho. 2.1. Problema Cada vez mais competitivo, o mercado oferece um grande número de produtos nos pontos de venda e o consumidor não percebe e identifica facilmente os produtos da empresa Bella Sicília. A identidade visual e linha de embalagem da empresa não refletem os valores da empresa e não comunicam a qualidade do produto. Suas embalagens são genéricas, não agregam valor aos produtos e não se destacam nas gôndolas. 3.Hipótese - A partir do desenvolvimento de novas embalagens, as vendas de produtos poderão aumentar e assim trazer lucro para a empresa. - Com a adequação da linguagem gráfica, poderá haver melhora na percepção de qualidade do produto. As novas embalagens poderão comunicar melhor os valores dos produtos para os consumidores além de poder atrair novos clientes.
  • 6. ! 4! - A adequação da linguagem gráfica da marca poderá ajudar a empresa a comunicar melhor seus valores de marca. - O projeto de design poderá tornar a empresa e seus produtos mais competitivos e fortalecerá a marca. - A partir da novas embalagens, o consumidor irá conseguir identificar mais facilmente os produtos da empresa no ponto de venda. - Os consumidores irão agregar valor aos produtos da marca. 4.Justificativa No ambiente de vendas do varejo é vital para uma embalagem se destacar de seus concorrentes. Se a embalagem não for vista no tempo utilizado pelo comprador em “escanear” as prateleiras, ela ficará sem ser percebida e não será vendida. Muitas vezes, a embalagem é o único recurso que um produto dispõe para competir no mercado. O design de embalagem é um fator decisivo no processo de escolha do consumidor. Um bom projeto de design promove a competitividade ao reduzir a distância estética entre os produtos de pequenas e grandes empresas, e age como um poderoso aliado no processos de construção de marca. Segundo Giles (2007), “o design desempenha o papel fundamental de assegurar que a percepção dos consumidores da marca esteja espelhada na embalagem”. O design agrega valor e significado ao produto, tornando-o mais valioso e desejado. Para a construção de uma interface gráfica atraente e funcional, que desperte o desejo de compra e ajude a fidelizar o consumidor, o designer gráfico pode se valer de uma série de técnicas que vão da tipografia, cor, fotografia, ilustração, manipulação de imagem ao uso de esquemas e formas gráficas.
  • 7. ! 5! Utilizando-se das ferramentas do design, a empresa Bella Sicilia poderá, com suas novas embalagens, aumentar seu valor de marca e se tornar mais competitiva frente aos concorrentes, além de comunicar com eficiência seu produto e aumentar a fidelização do consumidor. 5.Objetivos 5.1.Objetivo Geral Desenvolver identidade visual e linha de embalagens para os produtos da empresa Bella Sicilia – massas caseiras. 5.2.Objetivos Específicos - Desenvolver embalagens atraentes e funcionais; - Melhorar sua exposição no ponto de venda; - Aumentar a competitividade da empresa; - Criar unidade entre os produtos; - Adequar a linguagem gráfica da marca para os valores da empresa; - Agregar valor e significado ao produto; - Adequar a linguagem gráfica das embalagens para a fatia de mercado desejada pela empresa.
  • 8. ! 6! 6. Referencial Teórico 6.1. Marca e Identidade visual Toda empresa precisa se diferenciar de seus concorrentes para ser percebida e ter sucesso. Por isso é necessário definir desde cedo sua essência, sua marca, e traduzi-la para o mundo, para assim torna-se única e reconhecível em meio a um turbilhão de outras marcas oferecidas a esse mesmo público. Scott M. Davis (apud Wheeler) diz que as marcas ajudam os consumidores a cortar caminho através do mar de escolhas disponíveis em cada categoria de produto e serviço. A marca é a responsável por fortalecer o nome da empresa na mente do cliente. “É uma promessa, a grande idéia e as expectativas que residem na mente de cada consumidor a respeito de um produto, de um serviço ou de uma empresa” (Wheeler, 2006). Ogilvy define marca como “a soma intangível dos atributos de um produto, seu nome, sua embalagem, seu preço, sua história, sua reputação e a maneira como é anunciado. Uma marca também é definida pela percepção que seus consumidores têm das pessoas que a usam, assim com suas próprias experiências”. Uma forma de comunicar sua marca para o público é a partir da criação de um sistema de identidade visual. A identidade é a expressão visual e verbal de uma marca. É a representação gráfica da identidade corporativa, dos conceitos e valores da empresa. Segundo Wheeler (2006), “a identidade dá apoio, expressão, comunicação, sintetiza e visualiza a marca. Ajuda a gerenciar a percepção de uma empresa e a diferencia de seus concorrentes.”. Com uma boa estratégia de identidade visual aplicada a seus produtos, as empresas conseguem transmitir sua essência constantemente ao seu consumidor, em
  • 9. ! 7! diferentes locais e momentos, cercando o consumidor com sua marca e reforçando seu valor. 6.2.Design de embalagem A embalagem representou uma importante ferramenta para o desenvolvimento do comércio e para o crescimento das cidades. Suas funções iniciais era a de conter, proteger e viabilizar o transporte dos produtos. Ao longo da história, foi incorporando novas funções e passou a conservar, expor, vender os produtos, conquistando o consumidor por meio de seu visual atraente e comunicativo. Mestriner (2002) afirma que a “evolução do mercado e a maior competição entre os produtos fizeram com que as embalagens se tornasse um fator de influência na decisão de compra dos consumidores”. Após a Segunda Guerra Mundial, surgiram os supermercados e não havia mais o vendedor atrás do balcão para apresentar os produtos e estimular as vendas. Isso obrigou os produtos a se “vestirem” para atrair o consumidor e viabilizar a compra. A embalagem moderna precisa se comunicar com eficiência para fazer o produto existir em um cenário cada vez mais competitivo. Cabe a ela atrair a atenção, desperta interesse e desejo, mostrar a qualidade do produto, ganhar do concorrente e fechar a venda em segundos. Conforme pesquisa realizada pela Point-of-Purchase Advertising Institute (POPAI), mais de 70% das decisões de compra ocorrem por estímulo nos pontos e venda, evidenciando o papel decisivo da embalagem na batalha pela atenção, conquista e fidelidade do consumidor. Mestriner (2002) as missões ( ou etapas) pelas quais a embalagem passa para cumprir seu papel no ponto de venda.
  • 10. ! 8! A primeira missão da embalagem é a de chamar a atenção para sua existência. Em sua segunda missão, ela precisa oferecer rapidamente (em poucos segundos) uma informação direta sobre o que é o produto, o que ele faz e a quem ele se dirige, pois se o consumidor for receptivo ao conteúdo dessa mensagem, ele considerará a possibilidade de comprar o produto. A terceira missão é a de transmitir ao consumidor os apelos complementares do produto para fechar a venda. A quarta missão da embalagem é de agregar valor ao produto, ou seja, o produto precisa “parecer valer” o que está sendo cobrado por ele ou mais. Para se conseguir que a embalagem passe por todas essas etapas e atinja o objetivo para qual ela foi criada, é necessário seguir uma boa metodologia, que englobe todos os elementos necessário para o sucesso do projeto. Mestriner (2002) propõe como metodologia que o projeto seja orientado por dez pontos-chaves distribuídos em cinco grupos (briefing, estudo de campo, estratégia de design, desenho e implementação do projeto). Os pontos-chaves descritos na metodologia são: conhecer o produto, conhecer o consumidor, conhecer o mercado, conhecer a concorrência, conhecer tecnicamente a embalagem a ser desenhada, conhecer os objetivos mercadológicos, ter uma estratégia para o design, desenhar de forma consciente, trabalhar integrado com a indústria e fazer revisão final do produto. 6.3. Embalagem e Branding Branding é o nome que se dá ao processo de construção de uma marca. Ele trabalha as impressões e a relação que o consumidor tem a respeito deste produto ou serviço, a imagem que ele passa e o que ele representa na vida de quem o adquire. Mestriner (2004) explica que o branding insere a embalagem como fator importante no processo de construção e manejo integral da marca, pois representa “o elo concreto de ligação com o consumidor capaz de consolidar os valores essenciais da
  • 11. ! 9! marca e criar vínculos emocionais a partir da experiência com o produto no momento de consumo, sendo ela a representante de toda a estratégia de comunicação destes valores que estão presente neste momento crucial.” A embalagem torna-se uma manifestação da própria marca e, como marca é mais do que simplesmente o produto em si, a embalagem torna-se uma combinação de percepções, memorias e sensações dos consumidores. (Giles,2010) Ela é uma poderosa ferramenta para promover a venda do produto e construir a imagem da marca, tanto do produto quanto do fabricante, na mente do cliente. É através da embalagem que os valores atribuídos pelo design serão potencializados e percebidos. Após a compra, os produtos continuam comunicando com o usuário quando está acondicionado em sua casa, passam a ser parte da experiência do consumidor e por isso continuam a exercer influencia sobre decisões futuras de compras. O designer pode fazer com que a embalagem comunique a mensagem certa com o objetivo de atender as necessidades racionais e os desejos emocionais dos consumidores-alvos por meio da manipulação de materiais; tamanho; forma; elementos gráficos; tipografia; imagens e ilustrações; e qualidades táteis, O uso de embalagens como ferramenta estratégica permite um leque de oportunidades para a empresa se relacionar constantemente com o consumidor, e assim, explorar sua marca, transmitindo sua essência e criando uma relação com ele. 7.1.Metodologia A metodologia utilizada neste projeto será aquela apresentada por Fábio Mestriner em seu livro Design de embalagem – Curso Básico. Ela será desenvolvida em 4 etapas:
  • 12. ! 10! - Briefing e pesquisas, - Definição da estratégia de Design, - Desenho e - Implantação. A primeira etapa consiste no desenvolvimento do briefing, pesquisa de produto, pesquisa de mercado, pesquisa de concorrência (nacional e internacional), pesquisa de embalagem, pesquisa do consumidor e dos objetivos mercadológicos. Na segunda fase serão identificadas as oportunidades, descritas as premissas projetuais e estabelecido os conceitos. Na terceira fase ocorrerá a fase de geração de alternativas, análise das alternativas, escolha da alternativa final, adequação da alternativa final e justificativa da alternativa final. Na quarta fase será implantado o projeto, no qual serão desenvolvidos os desenhos técnicos, produção das embalagens, acabamento e revisão. 8.Desenvolvimento Durante o semestre letivo foi desenvolvida a marca e as embalagens para os produtos da empresa Bella Sicília – massas caseiras. Foi seguida a metodologia proposta por Mestriner em seu livro Design de embalagem – curso básico. 8.1. Primeira fase Durante a primeira fase se mapeou todas as informações relativas ao projeto com o intuito de conhecer a empresa e seus produtos, quem é seu consumidor, qual a motivação que o leva a consumir as massas caseiras, entre outras coisas.
  • 13. ! 11! Foi feito o estudo de campo para a identificação, reconhecimento e estudo do cenário no qual o produto existe, conhecer a concorrência e como ela comunica com o consumidor seus atributos. 8.1.1. Conclusões da primeira fase A empresa passa por uma nova fase, a ampliação da fábrica para comportar o volume de pedidos e o aumento de pontos de vendas. O senhor Júlio César, administrador da empresa Bella Sícilia – massas caseiras, se diz ciente da falta de força da sua embalagem atual frente a concorrentes, principalmente os maiores como a Sadia, e sabe da importância de uma embalagem mais atraente para os produtos. Os pontos fortes e valores destacados durante a coleta do briefing foram: caseiro, qualidade, receita de família, sem conservantes, o diferencial do sabor ( como feito pela mãe) e artesanal. Os pontos fracos detectados nessa fase foram: o condicionamento dos produtos, a durabilidade, a falta de unidade entre as embalagens, a falta de elementos importantes como o código de barra e tabela nutricional, as embalagens não comunicam os valores e atributos dos produtos. A observação da linha de produção e das atuais embalagens aponta que a nova embalagem precisa ser prático para montar, que proteja e conserve melhor os produtos para que não sofra contaminação, violação e que seja fácil de transportar e dispor na gôndola. Atualmente a empresa trabalha com três tipos de embalagens: forma de alumínio com etiqueta de papel offset envolvida em plástico selado; forma de isopor com etiqueta adesiva com laminação envolvida em plástico selado; e saco de plástico impresso em flexografia e selado. Não há uma padronização das embalagens e estas apresentam problemas de leitura e falta de elementos importantes.
  • 14. ! 12! O mercado que a empresa atende é o destinado para o público AB e o tipo de consumidor que adquire as massas são as famílias e pessoas que procuram por praticidade e consomem comida semi-pronta. Os produtos estão disponíveis em loja própria (Mercado Central) e em supermercados para classe AB ( Verdemar, Supernosso, Carrefour bairro Sion, entre outros). Os concorrentes diretos da empresa são as empresas de massas caseiras e frescas como as massas Terni, as massas gourmet da família Savassi (revendidas no Supernosso) e as massas da Villa Giannina ( revendidas pelo Verdemar. Os produtos de empresas maiores também disputam a atenção nas gôndolas e pode-se citar a Sadia, a Massa Leve, a Tia Mona, Seara, entre outros. Com o novo design de embalagem, a empresa pretende se tornar mais competitiva, aumentar as vendas e aumentar o valor percebido de seus produtos. A empresa quer alcançar o público que valorizam sabor e a qualidade, que buscam a experiência com a comida. A pesquisa de campo mostrou o produto se encontra isolado dos outros produtos e marcas similares. Por causa da atual forma condicionamento, que necessita de altas temperaturas, o produto está disposto nos freezers centrais, perto de pratos congelados. As massas similares estão localizadas em geladeiras e pertos uma das outras. As massas caseiras revendidas pelos supermercados tem um melhor posicionamento e se apresentam sozinhas ou perto de produtos que estimulem a compra casada (frios, vinhos, etc). Estar longe dos concorrentes pode ser uma oportunidade para comunicar os produtos. 8.2. Segunda fase 8.2.1. Estratégia de design Após analise de todos os elementos da primeira etapa, desenhou-se uma estratégia de design para o projeto. As novas embalagens devem comunicar os valores: artesanal, sabor caseiro, receita de família, tradicional; serem fácil de montar; ajude
  • 15. ! 13! a conservar e expor o produto e ajude a aumentar a valor percebido do produto. A nova marca deve comunicar com o público consumidor seu valor de qualidade e seu posicionamento gourmet. 8.2.2. Marca nova proposta de marca A nova marca foi desenvolvida inspirada no conceitos de selo e brasão, para atestar qualidade, garantia e tradição. Foi inspirada nas placas das trattorias e das cantinas e também nas placas que nomeiam as ruas na Itália. A tipografia da marca foi modificada a partir da tipografia Copse. A orientação do texto Bella Sícilia – massas caseiras foi mantida como na antiga marca. Um dos requisitos do briefing foi a de manter as cores da bandeira italiana na marca. Esses elementos foram disposto em um círculo que remete ao selo que atesta qualidade. Foi usada a cor marrom que é associada à estabilidade e a simplicidade. Essas escolhas foram feitas para adequar a marca ao universo gourmet. 8.2.3. Embalagem As embalagens foram desenvolvidas segundo o conceito de livro de receita da vovó, tradicional, caseiro e artesanal.
  • 16. ! 14! Os traços e ilustrações foram feitos para se aproximar da linguagem gráfica utilizada nos antigos livro de receitas. Foi também desenvolvido um padrão de superfície para ser aplicado ao fundo das embalagens e o traço escolhido foi o que representa o traço manual e simples utilizado em anotações feitas de receitas que guardamos. O verso da embalagem foi desenhada para representar uma folha solta de um livro de receita antigo. Para organizar a linha de produtos, foram escolhidas 7 cores para representar cada tipo de massa. Cada tipo de massa será representada pela sua respectiva ilustração e as variações de sabores será representadas pela ilustração dos ingredientes. 8.2.4. Layout das embalagem ( em anexo) O layout das embalagens se encontra em anexo. 9.Cronograma SEMANAS ATIVIDADE 0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 1 0 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1 7 1 8 1 9 2 0 2 1 2 2 Pesquisa x x x x Pré-Projeto x x x x Briefing x x x x Pesquisa de campo x x x x x Conceituação x Estratégia de Design x x Geração de alternativa - marca x x x Escolha e x x
  • 17. ! 15! acabamento - marca Geração de alternativa - embalagem x x x x Escolha e acabamento - embalagem x x x x Produção - Impressão x X Produção - Montagem x x Implantação x x Preparação da apresentação x x Apresentação X 10. Referências Bibliográficas AIREY, David. Design de logotipos que todos amam – Um guia para criar identidades visuais. Rio de Janeiro: Alta Books Editora, 2010. ASSOCIAÇÃO DOS DESIGNERS GRÁFICOS. O Valor do Design: guia ADG Brasil de prática profissional do designer gráfico. São Paulo : Editora SENAC, 2003. ECHEVERRIA, Deborah. Construção de marcas – Análise do modelo de sucesso de Ogilvy & Mather. 2.ed. São Paulo: Altana, 2006. MESTRINER, Fabio. Design de embalagem: curso avançado. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. CALVER, Giles. O que é Design de Embalagem São Paulo: Bookman, 2007. ______. Design de Embalagem: curso básico. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. STEWART, Bill. Estratégias de Design para Embalagens. Tradução: Freddy Van Camp. 2. ed. São Paulo: Editora Blucher, 2009
  • 18. ! 16! WHEELER, Alina. Design de Identidade de Marca – Um guia completo para a criação, construção e manunteção de marcas fortes. São Paulo: Bookman. Souza, Ana,_A importância da estética no design de embalagens | Mundo do Marketing disponível em <! http://www.mundodomarketing.com.br/blogs/brain- news/24905/a-importancia-da-estetica-no-design-de-embalagens.html> Acesso: 10/09/2012