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Ivanilda Silva Cunha
Podemos começar a discorrer 
sobre o que é cultura. 
 Acredito que não se deve usar mais o termo cultura e sim 
culturas. Se entendemos cultura como um conjunto de 
valores, normas, crenças , costumes, arte, lei e moral 
criados pelo e para o homem, não poderemos então admitir 
uma cultura apenas. Parafraseando a escritora 
Chimamanda Adichie, é preciso ter muito cuidado para não 
admitir uma cultura apenas, que se sobrepõe às demais, 
que se julga a mais correta. Há muitas culturas, muitos 
valores diferentes, de sociedade em sociedade, povos e 
povos, de tempos em tempos as culturas vão sendo 
trans(formadas), re(criadas), reeditadas, e é preciso estar 
atento a isso.
 Cultura também é a forma como uma determinada 
sociedade pensa a vida em comunidade : 
 Cultura é, em Antropologia Social e Sociologia, um 
mapa, um receituário, um código através do qual as 
pessoas de um dado grupo pensam, classificam, 
estudam e modificam o mundo e a si mesmas. 
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 Logo, concluímos que não se pode dizer que alguém 
não tem cultura, ou que outrem mais estudado é o mais 
culto de todos. Cada um de nós admitimos e produzimos 
culturas, o que acaba por nos tornar pessoas de grande 
riqueza cultural. Há culturas regionais, municipais, 
individuais, todas de grande valor social, e que devem ser 
igualmente respeitadas por nós.
 Esbarramos então em um grande problema. 
 As sociedades (muitas), pregam liberdade de 
expressão, se levantam contra a discriminação, porém 
criam padrões unitários. Não é muito confuso? Como 
posso entender, aprender, apreender o e com o 
diferente se todos são “iguais”. Me parece que nesta 
sociedade ninguém mais pode ser diferente, ao mesmo 
tempo em que ninguém mais pode repudiar o 
diferente.
 O que é conflitante, é que nós fazemos conexões 
errôneas, sobre a diferença e desigualdade. Igual e 
diferente não são antônimos, mas incorporamos isso 
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“Igual” é antônimo de “desigual”, ao passo que 
“diferente” é antônimo de “equivalente”.
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 Na igualdade na há justiça, na diferença sim. Podemos 
pensar isso com uma metáfora bem simples. Digamos 
que temos duas famílias. Uma com 4 membros, e a 
outra com 10. Numa sociedade igualitária, todas as 
famílias receberiam 10 kg de arroz por mês. Tudo certo, 
mas para a família de 4 sócios, na de dez isso é 
desigual, injusto. Eles precisam de uma quantidade 
diferente para suprir sua necessidade de nutrição. O 
que ressaltamos então, é “viva a diferença, abaixo a 
desigualdade”.
 Desmond Tutu,Prêmio Nobel da Paz, um grande líder 
da África, que lutou com afinco contra o Apartheid, 
disse o seguinte: 
 [...] Parece que estamos ficando pobres em diversidade 
no campo das etnias, dos credos religiosos, nos pontos 
de vista políticos e ideológicos. Há muita impaciência 
com qualquer coisa e qualquer pessoa que sugira outra 
perspectiva, outro modo de olhar para a mesma 
questão...”(TUTU, 2012)
 Vamos trazer isso para a escola ? 
 Numa sala de aula com 20 alunos, em DIFERENTES 
níveis de escrita, é possível aplicar a mesma atividade 
para todos? 
 5 alunos estão no pré-silábico I, 3 no intermediário I, 
outro tanto no silábico , e outros no intermediário II. E 
vale lembrar que trazem pra escola sua cultura e uma 
diversidade de conhecimentos mil, sobre muitas coisas 
e pessoas. São a geração Y, nasceram com um tablet 
nas mãos, postando seu parto, caberá então uma 
educação arcaica em seus planos?
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 Entramos então no Cotidiano Escolar. 
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Buarque de Holanda, é algo que se faz rotineiramente, 
a mesma coisa todo dia. É uma das interpretações 
possíveis sobre o cotidiano, mas não a única. A autora 
Nilza Alves, diz que o cotidiano pode ser um grande 
aliado, na descoberta e na criação. Conforme nos 
adaptamos ao cotidiano, vemos necessidade de alterá-lo, 
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de ouvir e de fazer.
 Para concluir, vamos observar imagens do fotógrafo 
Julian Germain de diferentes contextos escolares. 
 Cada cotidiano Escolar apresenta uma cultura. Existe 
em nossas salas a cultura brasileira, regional, estadual, 
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  • 2. Podemos começar a discorrer sobre o que é cultura.  Acredito que não se deve usar mais o termo cultura e sim culturas. Se entendemos cultura como um conjunto de valores, normas, crenças , costumes, arte, lei e moral criados pelo e para o homem, não poderemos então admitir uma cultura apenas. Parafraseando a escritora Chimamanda Adichie, é preciso ter muito cuidado para não admitir uma cultura apenas, que se sobrepõe às demais, que se julga a mais correta. Há muitas culturas, muitos valores diferentes, de sociedade em sociedade, povos e povos, de tempos em tempos as culturas vão sendo trans(formadas), re(criadas), reeditadas, e é preciso estar atento a isso.
  • 3.  Cultura também é a forma como uma determinada sociedade pensa a vida em comunidade :  Cultura é, em Antropologia Social e Sociologia, um mapa, um receituário, um código através do qual as pessoas de um dado grupo pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas. (DaMATTA, Roberto)  Logo, concluímos que não se pode dizer que alguém não tem cultura, ou que outrem mais estudado é o mais culto de todos. Cada um de nós admitimos e produzimos culturas, o que acaba por nos tornar pessoas de grande riqueza cultural. Há culturas regionais, municipais, individuais, todas de grande valor social, e que devem ser igualmente respeitadas por nós.
  • 4.  Esbarramos então em um grande problema.  As sociedades (muitas), pregam liberdade de expressão, se levantam contra a discriminação, porém criam padrões unitários. Não é muito confuso? Como posso entender, aprender, apreender o e com o diferente se todos são “iguais”. Me parece que nesta sociedade ninguém mais pode ser diferente, ao mesmo tempo em que ninguém mais pode repudiar o diferente.
  • 5.  O que é conflitante, é que nós fazemos conexões errôneas, sobre a diferença e desigualdade. Igual e diferente não são antônimos, mas incorporamos isso em nosso vocabulário como se fosse a mesma coisa. “Igual” é antônimo de “desigual”, ao passo que “diferente” é antônimo de “equivalente”.
  • 7.  Na igualdade na há justiça, na diferença sim. Podemos pensar isso com uma metáfora bem simples. Digamos que temos duas famílias. Uma com 4 membros, e a outra com 10. Numa sociedade igualitária, todas as famílias receberiam 10 kg de arroz por mês. Tudo certo, mas para a família de 4 sócios, na de dez isso é desigual, injusto. Eles precisam de uma quantidade diferente para suprir sua necessidade de nutrição. O que ressaltamos então, é “viva a diferença, abaixo a desigualdade”.
  • 8.  Desmond Tutu,Prêmio Nobel da Paz, um grande líder da África, que lutou com afinco contra o Apartheid, disse o seguinte:  [...] Parece que estamos ficando pobres em diversidade no campo das etnias, dos credos religiosos, nos pontos de vista políticos e ideológicos. Há muita impaciência com qualquer coisa e qualquer pessoa que sugira outra perspectiva, outro modo de olhar para a mesma questão...”(TUTU, 2012)
  • 9.  Vamos trazer isso para a escola ?  Numa sala de aula com 20 alunos, em DIFERENTES níveis de escrita, é possível aplicar a mesma atividade para todos?  5 alunos estão no pré-silábico I, 3 no intermediário I, outro tanto no silábico , e outros no intermediário II. E vale lembrar que trazem pra escola sua cultura e uma diversidade de conhecimentos mil, sobre muitas coisas e pessoas. São a geração Y, nasceram com um tablet nas mãos, postando seu parto, caberá então uma educação arcaica em seus planos?
  • 11.  Entramos então no Cotidiano Escolar.  Cotidiano , de acordo com a música do grande Chico Buarque de Holanda, é algo que se faz rotineiramente, a mesma coisa todo dia. É uma das interpretações possíveis sobre o cotidiano, mas não a única. A autora Nilza Alves, diz que o cotidiano pode ser um grande aliado, na descoberta e na criação. Conforme nos adaptamos ao cotidiano, vemos necessidade de alterá-lo, e vamos assim modificando nossa maneira de ver, de ouvir e de fazer.
  • 12.  Para concluir, vamos observar imagens do fotógrafo Julian Germain de diferentes contextos escolares.  Cada cotidiano Escolar apresenta uma cultura. Existe em nossas salas a cultura brasileira, regional, estadual, e municipal, e vale lembrar a cultura familiar, religiosa, a que define as regras comportamentais, as individuais, etc. O que cabe ao professor é valorizar todas as elas, sem se perder de sua própria cultura.