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1 PONTO DE FUGA
1.1- Vamos começar com a planta baixa, na escala 1:20.
Obs: passe a planta, com as medidas indicadas em uma folha separada, na
escala 1:20.
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1.2- Coloque essa planta na parte de cima do papel em que iremos fazer a
perspectiva. Não se esqueça de conferir as linhas horizontais dessa
planta, junto á régua paralela...
Depois disso, vamos começar a traçar (item 1.3) alguns pontos e retas
que irão nos auxiliar no desenho da perspectiva. São as ferramentas
descritas na página anterior...
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1.3- Na planta, defina seu PLANO DE QUADRO (PQ). Ele poderá ser
colocado EM QUALQUER LUGAR. Nesse caso, nós os colocamos rente
à parede frontal. Isso quer dizer que a perspectiva final mostrará desde
esse PQ até o ambiente final.
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1.4- Depois definimos o PONTO DE FUGA HORIZONTAL (PFH). Esse ponto
também poderá estar em qualquer lugar em relação à planta, mas não
se esqueça que é ele que define como será a visão da nossa
perspectiva final.
Por isso que ele também é chamado de Ponto do Observador. Como se
trata de um ambiente interno e a profundidade final da perspectiva é
relativa á profundidade da planta, vamos utilizar o PFH no meio da
distância entre as paredes laterais e distante do PQ à 2/3 da
profundidade do desenho. MAS LEMBRANDO NOVAMENTE: ESSE
PONTO PODE ESTAR EM QUALQUER LUGAR...
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1.5- Depois disso, vamos traçar as ferramentas que iremos utilizar já no
desenho da perspectiva. Começamos com a LINHA DO HORIZONTE
(LH). Coloque-a em qualquer lugar, abaixo da planta baixa (por motivo
de espaço, a LH foi colocada acima do PFH, mas o ideal seria bem
abaixo, para não confundir a perspectiva...). nessa LH, coloque o PFV,
na mesma direção do PFH.
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1.6- Na escala que se encontra o desenho, marque uma linha paralela à LH
1,70 metro abaixo da LH. Essa linha é a LINHA DA BASE (LB). Com
isso e os conceitos já definidos, podemos dizer que esse 1,70 metro
corresponde à altura da vista do observador. Então, o que estiver acima
dessa LH, será mostrado de baixo para cima, e o que estiver abaixo da
LH, será mostrado de cima para baixo, entenderam?
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1.7- Continuando... Marque uma linha acima da LB, correspondente ao pé-
direito do ambiente. Nesta caso, vamos utilizar o pé direito de 2,70 m.
Pronto, já estamos prontos para começar a traças as linhas de fuga...
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1.8- Para isso, vamos definir e traçar as profundidades do ambiente
tridimensional: trace uma reta do final do ambiente até o PFH. Marque
um ponto no encontro dessa reta no PQ.
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1.10- Com isso, podemos perceber 4 pontos no PQ, que são as duas laterais
frontais das paredes, em verdadeira grandeza (chamamos de P1 e P2) e
as duas laterais dos fundos das paredes (P3 e P4). Com isso traçamos
linhas perpendiculares desses pontos até o encontro delas com a LB e a
linha do pé-direito. Daí, formamos um retângulo A1, A2, A3 e A4.
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1.11- Esse retângulo simboliza a largura e a altura do ambiente em verdadeira
grandeza. Nunca se esqueça disso...
Trace uma reta partindo do A1 até o PFV. Faça o mesmo com A2, A3 e
A4 para PFV. PRONTO, DEFINIMOS OS 5 LADOS (OU PLANOS DE
PAREDE) DO NOSSO AMBIENTE.
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1.12- Para você entender isso melhor, apague as linhas que não utilizará mais
e crie as espessuras das paredes laterais (15 cm) e as da laje e piso (10
cm). Enxergou melhor?
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1.13- Agora vamos traçar o cubo que se encontra no ambiente em planta.
Esse cubo tem que ir em planta também para a perspectiva, e só depois
é que definimos sua altura...
A idéia é a mesma: definir os pontos de profundidade no PQ e jogar na
perspectiva. Vamos lá?
Trace uma reta de cada canto do cubo na planta até o PFH e encontre
M1`, M2`, M3` e M4` respectivamente.
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1.14- Jogue esses pontos para dentro de sua perspectiva. Não se preocupe
onde começar e terminar essas linhas.
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1.15- Agora, temos q saber onde começa e termina o cubo... para isso, nós
temos que usar um ponto em comum da planta baixa, com a
perspectiva. Você percebeu que M3 está no mesmo ponto que o
encontro das paredes lateral direita e dos fundos do ambiente? Então, a
partir dele (M3) vamos definir primeiramente a altura do cubo.
Para isso vamos marcar a altura do cubo em sua VG a partira da base
do LB. Vamos definir essa altura em 40 cm e chamá-lo de HM.
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1.16- Definida a altura do cubo em VG, é só levar essa altura ao encontro ao
PFV e ver onde é o encontro dessa reta com a quina da parede
(encontro das paredes). Esse encontro é a altura final do cubo (HC).
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1.17- Desse ponto (HC) traçamos uma linha paralela a LB até encontrarmos a
linha do M4.
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1.18- Desse ponto (M4) traçamos uma reta do o PFV até encontramos a linha
M1.
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1.19- Daí sucessivamente do ponto M1 ao M2 e depois fechamos topo do
cubo do M2 ate o M3. Depois do topo, fazemos a mesma sequência
para a base... veja que o M1 e o M4 estão encostados na parede, então
esses pontos se unem a base do cubo. Desses pontos, é só ligar ao
PFV e definir os outros encontros.
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1.20- NA VERDADE, O ESQUEMA É BEM SIMPLES: OS PONTOS EM
PLANTA BAIXA SEGUEM PARA O PFH E OS PONTOS RELATIVOS Á
ALTURA, SEGUEM PARA O PFV. É TUDO UMA SEQUENCIA QUE
VOCÊ SÓ PEGA A PRÁTICA, PRATICANCO...
Pronto, agora é só colocar outro papel em cima deste e chupar apenas
as linhas desejáveis...
Portas, esquadrias, quadros nas paredes nada mais são que
“mobiliários”, mas que são mais altos e compridos que largos...
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OUTRAS OPÇÕES:
01- Quando um objeto/mobiliário não está encostado em uma parede,
temos que rebater um de seus pontos para a parede. Assim
conseguimos amarrar esse mobiliário e assim fica mais fácil projetá-lo.
Para efeito de treino, vamos projetar uma mesa no meio da mesma
sala...
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02- Quando esse mobiliário não está encostado no chão, é só definir
primeiro a altura em q ele se encontra do solo na Verdadeira Grandeza a
partir da Linha da Base (LB), depois desenhamos a base desse
mobiliário na perspectiva e só depois é que jogamos sua altura na
Verdadeira Grandeza novamente (item 1.16). Para entendermos isso, na
mesma mesa acima, colocamos uma caixa em cima dela, com altura de
40 cm...
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03 Quando o mobiliário se encontra inclinado em relação às paredes,
primeiramente temos que colocar esse mobiliário dentro de um cubo
imaginário e projetar esse cubo na perspectiva... Imagine a mesma mesa
inclinada...
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Aí depois desse cubo pronto, rebatemos as arestas desse mobiliário inclinado
na perspectiva, colocando esses rebatimentos dentro desse cubo imaginário e
ai, conseguimos amarrar o mobiliário...
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BIBLIOGRAFIA
BARISON, Maria Bernadete. Perspectivas em Geometria Descritiva
Geométrica. Londrina-PR: paper em PDF, 2007.
CHING, Francis D. K. Representação Gráfica em Arquitetura. Porto Alegre:
Bookman, 2000.
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Acossiados, 26ª Ed, 1986.
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Blucher, 1981.
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2007.
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INTERNET: http://cursos.unipampa.edu.br/bage/desenhotecnico/03.pdf