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1.   A Terra antes do Aparecimento do
     Homem. Paleoclimas e o Impacto da
     Dinâmica.

2.   Mudanças Ambientais na História da Terra
     e Evolução da Espécie Humana.

3.   O Homem como Agente de Mudanças.

4.   Que Cenários para o Século XXI?
     Mudanças Ambientais Regionais e Globais.



               Profª Isabel Henriques    2
   Que problemas locais e regionais podemos apontar como
    modificadores do ambiente?
   Na região onde a escola está inserida será possível conciliar o
    desenvolvimento económico e a preservação e defesa dos
    recursos ambientais?

                      Profª Isabel Henriques              3
A Terra antes do aparecimento do Homem. Paleoclimas e
dinâmica litosférica.
 As variações climáticas que têm ocorrido ao longo da História
  da Terra tem marcado profundamente a sua geomorfologia.
 A dinâmica do planeta tem influência nessas variações
  climáticas.       Profª Isabel Henriques            4
Profª Isabel Henriques   5
“Evolução do Planeta Terra até o Surgimento do Homem” ± 10 min




                  Profª Isabel Henriques              6
   A Terra tem sofrido variações climáticas
    significativas desde a sua génese até à
    actualidade.
   Muitas destas modificações resultam de
    uma lenta, mas constante, alteração
    geográfica que se deve, essencialmente,
    à estreita relação entre a geodinâmica
    interna e a geodinâmica externa do
    planeta.




                   Profª Isabel Henriques      7
O Sol, o relevo e a distribuição dos glaciares
influenciam o clima.




              Profª Isabel Henriques           8
Mudanças climáticas ao longo da História da Terra
                       Podem

Contribuir para conhecer a dinâmica climática do
                  nosso Planeta




             Profª Isabel Henriques      9
   O estudo das rochas e dos
    seres vivos que habitaram a
    Terra permite reconstituir
    os paleoambientes e estudar
    as variações climáticas ao
    longo do tempo geológico.
   Estas investigações são
    muito importantes, pois o
    passado é a "chave" do
    futuro da Terra.

Actividade 1 pag 164

                 Variação da temperatura média nos últimos 80 M.a. da História da Terra e as
                 projecções para os próximos 500 anos. Adaptado de Barret (2003), Nature 421.
                   Profª Isabel Henriques                                  10
   É possível dividir a História da Terra em função das
    temperaturas registadas e da influência destas na
    distribuição dos glaciares e do nível médio dos oceanos.
    Essa divisão integra períodos glaciares e interglaciários.




                     Profª Isabel Henriques          11
A divisão integra:

   Períodos glaciários (glaciações):
    caracterizam-se por serem
    períodos frios, que permitem a
    expansão dos glaciares;
   Períodos interglaciários: o
    aumento da temperatura à
    superfície provoca um maior
    degelo, reduzindo a área
    ocupada pelos glaciares.



                     Profª Isabel Henriques   12
Glaciações ou Períodos Glaciários
 São fenómenos climáticos que ocorrem ao longo da
  história do nosso planeta.

   Durante um período glaciário as temperaturas médias
    da Terra baixam o que implica o aumento das massas
    polares




                  Profª Isabel Henriques       13
Períodos Inter-glaciários
 Período entre duas glaciações e a temperatura média
  da Terra aumenta podendo causar fusão dos gelos.




                Profª Isabel Henriques        14
   1837 - Louis Agassiz propôs pela
    primeira vez a existência das
    glaciações.
   Este cientista descobriu que as
    glaciações dos Alpes se tinham
    expandido sobre terrenos de
    baixa altitude.
   Sugeriu que num tempo
    geológico não muito distante, o
    clima tinha sido mais rigoroso
    do que actual.



                 Profª Isabel Henriques   15
 Clima da Terra tinham flutuado entre épocas mais
  frias e mais quentes.
 Glaciações do quaternário foram as primeiras a
  serem descobertas.




               Profª Isabel Henriques      16
Profª Isabel Henriques   17
São massas de gelo que se originam à superfície
terreste devido à acumulação, compactação e
recristalização da neve, que se movimentam, ou
que possuem indícios de já se terem movimentado.




             Profª Isabel Henriques    18
   Neve e gelo cobrem
    cerca de 10% da área da
    superfície terrestre e
    cuja temperatura é
    inferior a 0ºC.

   Localizam-se nos pólos e
    em zonas montanhosas
    de elevada altitude.




                Profª Isabel Henriques   19
Principais Tipos
                  de Glaciares

Glaciares de              Glaciar         Glaciares
vale (Alpino)            Piedmont        Continentais




                Profª Isabel Henriques        20
   Formam-se nas regiões
    montanhosas e ocupam os vales
    preexistentes.
   Podem possuir espessuras na ordem
    das centenas de metros.
   Nas latitudes baixas (próximas do
    equador) ocupam apenas as
    secções mais altas dos vales.
   Nas regiões mais frias e próximas
    dos pólos podem iniciar-se nas
    montanhas e espalharem-se ao
    longo de dezenas de quilómetros
    para as regiões mais planas e por
    vezes próximas dos oceanos.

                    Profª Isabel Henriques   21
   Resultam de glaciares alpinos
    que, ao abandonarem os vales,
    deixam de estar confinados e
    espalham-se por vastas áreas em
    forma de leque.
   Também podem resultar da fusão
    de vários glaciares alpinos.
   Possuem dimensões elevadas,
    podendo atingir dezenas de
    milhares de quilómetros
    quadrados. Estes glaciares são
    raros.




                    Profª Isabel Henriques   22
   Possuem dimensões muito
    superiores aos glaciares de vale, e
    deslocam-se lentamente, por vezes
    de forma imperceptível.
   Na actualidade, os principais
    glaciares continentais encontram-se
    na Gronelândia e na Antárctida.
   Na Gronelândia, 80% da área
    encontra-se coberta por glaciares.
    Ali, o gelo atinge em média uma
    espessura de 1,5 km.
   Na Antárctida 90% da área está
    coberta por glaciares com
    espessuras médias de 3 km e
    máximas de 4,3 km.
                     Profª Isabel Henriques   23
A formação de um glaciar ocorre em
             regiões com baixas temperaturas
                  devido a um fenómeno




                                                 Quantidade
      Precipitação de
                                                 de neve que
         neve no
                                                  funde no
         Inverno
                                                    Verão

http://www.classzone.com/books/earth_science/terc/content/visualizations/
es1501/es1501page01.cfm?chapter_no=visualization
                                            Actividade 2 pag. 166
                      Profª Isabel Henriques                24
Formação de Gelo Glaciário


Precipitação prolongada de
           neve

   Acumulação de neve

 Fenómenos de compressão
      e compactação

 A neve transforma-se em
      gelo glaciário
                http://www.pbs.org/wgbh/nova/vinson/glac-flash.html
               Profª Isabel Henriques               25
Glacial variáveis ​do
movimento
   Temperatura da área,
   A inclinação da glaciar,
   O tamanho da cama de
    sedimentos,
   A quantidade de água de
    degelo do glaciar,
   Tamanho da glaciar.




                    Profª Isabel Henriques   26
A velocidade de deslocação dos glaciares é maior
 à superfície do que no fundo (100m/ano).

O aumento da pressão
confere ao glaciar um
comportamento dúctil
(plástico) facilitando o
seu movimento – Fluxo
plástico.
O gelo pode fundir na
base do glaciar
formando uma película
de água que lhe confere
um deslizamento basal.

                     Profª Isabel Henriques   27
Crevasses:
   Devido às diferenças de velocidade, a
    massa de gelo pode quebrar,
    apresentando fendas transversais
    designadas por Crevasses e fendas
    longitudinais que podem ter algumas
    dezenas de metros de profundidade.




                   Profª Isabel Henriques   28
http://highered.mcgraw-
hill.com/olcweb/cgi/pluginpop.cgi?it=swf::640::480::/sites/dl/free/0072402466/30425/12_09.sw
f::Fig.%2012.9%20-%20Crevasses%20on%20a%20Glacier

                           Profª Isabel Henriques                           29
Ablação:
   Processo que leva à perda de
    neve ou gelo do glaciar.
               Fusão

            Evaporação

               Erosão

       Separação de icebergs
         (oceano ou lago)



                    Profª Isabel Henriques   30
Se a taxa de                  Quando a taxa de                Se a taxa de
          acumulação for               acumulação de gelo é             acumulação for
           superior à da               equivalente à ablação             inferior à da
         ablação o glaciar             o glaciar encontra-se           ablação o glaciar
             avança.                       em equilíbrio.                   recua.
http://highered.mcgraw-
hill.com/olcweb/cgi/pluginpop.cgi?it=swf::640::480::/sites/dl/free/0072402466/30425/12_06.swf::
Fig.%2012.6%20-20Glacier%20Basics
                            Profª Isabel Henriques                            31
“Los Glaciares se muevem”   ± 3 min




  Profª Isabel Henriques              32
Explorar em casa
         http://phet.colorado.edu/sims/glaciers/glaciers_en.jar

     http://www.wwnorton.com/college/geo/egeo/flash/18_1.swf


                      Profª Isabel Henriques                  33
Zona de Acumulação




            Profª Isabel Henriques   34
                            Crevasses




    Profª Isabel Henriques      35
Blocos



         Profª Isabel Henriques   36
Moreia lateral




                 Profª Isabel Henriques   37
Moreia terminal



             Profª Isabel Henriques   38
Os glaciares são importantes agentes erosivos,
transportando elevadas quantidades de sedimentos de
diferentes granulometrias.
A erosão provocada pelos glaciares depende de diversos
factores:
  velocidade de deslocação do
 glaciar;
  espessura do glaciar;
  composição;
  forma e abundância do material
 rochoso transportado;
  resistência das rochas que
 constituem o fundo do vale.

                 Profª Isabel Henriques        39
A erosão glaciar pode ocorrer pela:
 Remoção de blocos das paredes dos vales, alguns de
elevadas dimensões, que são triturados e
transportados, por vezes, para longas distâncias,
podendo originar blocos erráticos.
Os blocos são consequência da água que se infiltra nas
fendas e, sofrendo ciclos de gelo e degelo, fragmenta
as rochas.




                 Profª Isabel Henriques         40
A erosão glaciar pode ocorrer pela:
   Abrasão das rochas, causada pela
    fricção do gelo e de fragmentos de
    rochas transportados pelo gelo,
    responsáveis pelo polimento e
    formação de estrias e sulcos no
    substrato.
   As rochas estriadas fornecem
    indícios sobre o movimento e são
    uma das principais evidências da
    presença de glaciares no passado.
   A abrasão e o polimento pelo
    glaciar podem formar rochas
    aborregadas.

                  Profª Isabel Henriques   41
Rochas estriadas




            Profª Isabel Henriques   42
A erosão glaciar pode ocorrer pela:
   O material rochoso triturado, formam sedimentos de
    grão fino que são transportados em suspensão pela
    água do degelo, conferindo-lhe tom leitoso.




                  Profª Isabel Henriques      43
Abração:                      A abração é uma espécie de lixamento das
                              rochas do leito sobre o qual o gelo passa,
                              produzido pelo atrito de fragmento de rochas de
            Causada           vários tamanhos.


Torrente Sub-Glaciar


 Rochas Estriadas


  Farinha Glaciária                             Águas do degelo
                             Confere           um aspecto leitoso




                      Profª Isabel Henriques                        44
   O material transportado pelos glaciares pode ser
    depositado sob a forma de moreias.
   Existem diversos tipos de moreias que, dependendo
    da sua localização, podem ser:

                          Tipos de Moreias


      Fundo     Lateral              Frontal   Medianas   Terminal




                  Profª Isabel Henriques                  45
Tipos de Moreias

               Formada pela deposição de material debaixo do
     Fundo
               gelo do glaciar, em contacto com o substrato;

    Lateral


    Frontal


   Medianas


    Terminal


                Profª Isabel Henriques              46
Tipos de Moreias

     Fundo

               forma-se nos lados do glaciar, na proximidade das
    Lateral    vertentes, por incorporação do material que sofreu
               abrasão ou que foi fragmentado pelos ciclos de gelo
               e degelo da água.
    Frontal


   Medianas


    Terminal


                 Profª Isabel Henriques                47
Tipos de Moreias

     Fundo


    Lateral

               O material transportado na frente glaciar é
    Frontal    desviado para jusante, formando um depósito
               proeminente.

   Medianas


    Terminal


               Profª Isabel Henriques             48
Tipos de Moreias

     Fundo


    Lateral


    Frontal
               Forma-se quando as moreias laterais de dois
   Medianas    glaciares alpinos se fundem, passando a localizar-se
               no centro do glaciar.

    Terminal


                Profª Isabel Henriques                 49
Tipos de Moreias

     Fundo


    Lateral


    Frontal


   Medianas
               Ocorre quando o glaciar recua, deixa uma moreia
               que marca o maior avanço do glaciar.
    Terminal   Pode originar-se uma barragem e formar um lago
               onde se acumula a água do degelo.

                Profª Isabel Henriques              50
   O material, transportado pelos
    glaciares, não consolidado, mal
    calibrado (composto por materiais de
    diferente granulometria) e muito
    anguloso, designado por till.
   Quando aquele material consolida
    forma os tilitos, que constituem uma
    das principais evidências da ocorrência   Tilitos
    de glaciações num passado remoto.




           Till

                   Profª Isabel Henriques        51
Relevo Glaciar Alpino




               Profª Isabel Henriques   52
Relevo Glaciar Alpino
Arestas - Também são designadas por arêtes (origem francesa).
Resultam da intensa erosão dos glaciares e formam cristas agudas entre
os circos ou vales glaciares.




                     Profª Isabel Henriques               53
Relevo Glaciar Alpino
Circos - Depressões que se formam na cabeceira de muitos vales
glaciários, em resultado da acumulação de espessos mantos de neve e
gelo. Possuem frequentemente uma forma circular, em cone invertido.




                    Profª Isabel Henriques               54
Relevo Glaciar Alpino
Horns- A combinação de três ou mais circos pode formar picos
piramidais.




                     Profª Isabel Henriques               55
Relevo Glaciar Alpino




               Profª Isabel Henriques   56
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino

Aquando do degelo, os circos glaciares podem ser
ocupados por lagos de circo que preenchem a depressão
cónica.




                 Profª Isabel Henriques       57
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino
Quando o glaciar recua, deixa a descoberto uma série de vales
tributários elevados - vale suspenso.
A base destes vales possui uma cota superior ao vale principal,
sendo frequente identificar-se quedas de água.




                                             Vale da Candeeira, suspenso na
                                              margem direita do rio Zêzere.
                    Profª Isabel Henriques                    58
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino
O glaciar escava um vale em U, erodindo a base e as paredes
abruptas do vale como, por exemplo, o vale glaciário do rio
Zêzere.
Distingue-se dos vales em V, cavados pelos cursos de água.




                   Profª Isabel Henriques           59
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino
O recuo dos glaciares deixa moreias, formada pela junção de
moreias laterais dos glaciares.




               Moreia mediana do Espinhaço de Cão – Algarve (Faro)

                    Profª Isabel Henriques                           60
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino




               Profª Isabel Henriques   61
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino




       Profª Isabel Henriques        62
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino




       Profª Isabel Henriques        63
Profª Isabel Henriques   64
Materiais resultantes
                da
          erosão glaciar
 Blocos      Rochas
erráticos                      Tilitos       Moreias
            estriadas

               Frontais        Terminais     De fundo   Laterais    Medianas




                    Profª Isabel Henriques                     65
“Que pasaria si los Glacires se siguem derritiendo”




            Profª Isabel Henriques              66
Não existe nenhum glaciar actual em
Portugal, mas é possível encontrar vestígios
da sua presença.
Em Portugal são conhecidos apenas
vestígios da glaciação Würm, havendo
duas explicações possíveis para este facto:
   a glaciação de Würm apagou os vestígios de
    glaciações anteriores;
   as glaciações anteriores do Quaternário não
    afectaram o nosso território.
Glaciação de Würm - Teve lugar durante a última parte
do Pleistoceno, de aproximadamente 110 000 a 10 000
antes do presente e é a mais conhecida das glaciações
antropológicas.

                     Profª Isabel Henriques             67
Os principais vestígios da
glaciação Würm, que teve o pico
máximo em Portugal há cerca de
18 000 a 20 000 anos, encontram-
se na Serra da Estrela.
Estes vestígios constituem um
importante marco da paisagem,
e caracterizam-se pela presença:
 de vales em U,

 moreias,

 blocos erráticos,

 rochas com polimento e estrias.



                 Profª Isabel Henriques   68
Para além da Serra da
Estrela, é possível
encontrar vestígios
glaciares em diversas
serras, nomeadamente:
Serra do Gerês,
Serra da Peneda,
Serra da Cabreira.




              Profª Isabel Henriques   69
Estes vestígios também
resultaram da última glaciação
do Quaternário, com destaque
para:
 Alto Vale do Vez (Serra da
  Peneda), que possui uma
  forma próxima do U, com
  blocos erráticos, rochas
  polidas e estrias;
 O circo glaciário de Covões
  de Concelinho;
 A Lagoa do Marinho com
  depósitos glaciários, ambos
  na Serra do Gerês.

                 Profª Isabel Henriques   70
   Foram descritas diversas
    glaciações no Pré-Câmbrico
    entre 2000 e 600 M.a.,
    baseadas no estudo dos tilitos.
   Durante o Quaternário
    ocorreram quatro glaciações:
    Gunz, Mindel, Riss e Würm.
   A alternância entre glaciações e
    períodos interglaciares foi
    relativamente rápida à escala
    geológica, e provocou
    profundas modificações no
    relevo da Terra.
Actividade 3, página 176

                   Profª Isabel Henriques   71
Durante as glaciações pode ocorrer:
   diminuição da temperatura média;
   descida do limite da neve permanente,
    principalmente nas regiões montanhosas, com
    desenvolvimento dos glaciares alpinos e
    consequente descida do limite da floresta;
   formação ou reforço dos glaciares continentais,
    principalmente nas latitudes mais próximas dos
    pólos;
   descida significativa do nível médio do e
    arrefecimento geral da água, com impactes
    importantes nos seres vivos;
   modificações no relevo e ambiente que obrigaram
    à migração/selecção dos seres vivos.
                  Profª Isabel Henriques      72
   Encontramo-nos actualmente
    no fim de um período
    interglaciário, o que significa
    que uma nova glaciação poderá
    surgir nos próximos milhares
    de anos.
   Esta alternância faz parte de
    um ciclo natural.
   Mas os cientistas ainda não
    compreendem totalmente a
    influência da intensificação do
    efeito de estufa, causado pela
    acção humana, e o padrão
    climático previsto para a
    Terra.
                  Profª Isabel Henriques   73
Profª Isabel Henriques   74
Variações
                       climáticas

      Paleoclimas                               Mecanismos


      Testemunhos de                                                 Dinâmica
                            Astronómicos         Geoquímicos
        paleoclimas                                                  Terrestre


                                                     Geometria dos             Actividade
Biológicos        Geológicos                         continentes e             Vulcânica
(Tema II)                                              oceanos                 (10º Ano)




                       Profª Isabel Henriques                             75
   A Terra tem sofrido variações climáticas desde a sua
    génese até à actualidade.
   Muitas dessas modificações são o resultado de
    alterações geográficas ligadas a mecanismos da
    geodinâmica interna e externa.


                             Variações
                             climáticas


           Paleoclimas                      Mecanismos

                   Profª Isabel Henriques                76
Causas da variação
                       climática

      Mecanismos                 Mecanismos    Dinâmica
      Astronómicos               Geoquímicos   Terrestre


Ciclos de
              Variações da
actividade
             órbita terrestre
  solar



              Profª Isabel Henriques            77
Mecanismos Astronómicos
Os ciclos de Actividade Solar
   A temperatura da Terra depende das
    radiações solares.
   As radiações têm origem nas
    manchas solares que são zonas
    escuras sobre a superfície do Sol.
   O tamanho das manchas solares
    pode ser várias vezes superior ao
    diâmetro da Terra, podem cobrir
    uma área de 700 vezes a área da
    superfície da Terra.


                 Profª Isabel Henriques   78
Qual a relação das manchas
solares e a temperatura da Terra?
   1908, George Hale demonstrou
    que as manchas solares estão
    associadas a fortes campos
    magnéticos.

    O aumento das manchas solares

Aumento da quantidade de luz sol
a ser absorvida pela atmosfera e
    pela superfície terrestre

      Aumento da Temperatura.
                                           Actividade CTS&A 1 (página 179)
                  Profª Isabel Henriques                     79
Mecanismos Astronómicos
Ciclos de Milankovitch / variações
da órbita terrestre:
    Seculo XX Milutin Milankovitch
     calculou as variações de insolação
     da Terra, resultantes dos
     movimentos de translação e rotação
     do nosso planeta.
    Milankovitch propôs três factores:
    1.   Inclinação do Eixo de Rotação da
         Terra (Obliquidade).
    2.   Forma da Órbita Terrestre
         (Excentricidade).
    3.   Precessão.
                      Profª Isabel Henriques   80
Mecanismos Astronómicos
1. Obliquidade - Inclinação
do Eixo de Rotação Terrestre:

   Varia desde 21,5º e 24,5º num
    ciclo de 41 000 anos.

   Com o aumento da inclinação
    as estações ficam mais
    rigorosas em ambos os
    hemisférios.


     http://www.wwnorton.com/college/geo/egeo/flash/18_2.swf
                    Profª Isabel Henriques               81
Mecanismos Astronómicos
2. Excentricidade – Variação na
  Forma da Órbita da Terra:
   Afecta o rigor das estações do ano.
   Em cada 100 000/ 400 000 anos a
    órbita do nosso planeta sofre
                                                            Excentricidade 5 %



    variações.
   Excentricidade varia desde 0,5%
    (órbita circular) até 6%.
   Com excentricidade máxima
    intensificam-se as estações de
    um hemisfério e modera-se no                            Excentricidade 0 %

    outro.
     http://www.wwnorton.com/college/geo/egeo/flash/18_2.swf
                   Profª Isabel Henriques              82
Mecanismos Astronómicos
  3. Precessão:

     Durante a rotação, a Terra
      oscila ligeiramente no seu
      eixo de rotação, em ciclos
      de aproximadamente 23 000
      anos.
     As estações do ano ficam
      mais rigorosas quando a
      máxima inclinação do eixo
      terrestre coincide com a
      máxima distância do Sol.
http://www.wwnorton.com/college/geo/ege
o/flash/18_2.swf
                     Profª Isabel Henriques   83
Precessão




Profª Isabel Henriques     84
Mecanismos Astronómicos
Ciclos de Milankovitch /
variações da órbita terrestre:


 http://www.botanicasp.org.br/educacao/mil
 ankovitch.html

 http://highered.mcgraw-
 hill.com/sites/0073369365/student_view0/c
 hapter16/milankovitch_cycles.html




                    Profª Isabel Henriques   85
Mecanismos Astronómicos
Impactos Cósmicos:
      Impactos sobre continentes
                   
  Levantamento de nuvens de poeira
                e cinzas
                   
  Luz solar não atravesse a atmosfera
                   
 Regiões da Terra ficam na escuridade
                   
      Diminuição da temperatura

Exemplo: Há 66 M.a. Entre o Cretácico para o            Cratera de Impacto - EUA
Terciário provocou a extinção de dinossáurios e
amonites.           http://natgeo.clix.pt/pt/o-universo-que-
                    conhecemos/videos/episdios-na-web-impactos-csmicos
                         Profª Isabel Henriques                       86
Factores de Natureza Geoquímica
      Os dados geológicos e biológicos apontam para a
     influência da composição química da atmosfera nas
     variações climáticas.
      Estudos a partir de perfurações na Antárctida e na
     Gronelândia permitiram obter amostras de gelo com bolhas
     de ar aprisionadas. O estudo destas bolhas permite obter
     dados acerca da composição da atmosfera no momento em
     que o gelo se formou.
    As prospecções no gelo decorrem desde
    1960. Para datarem o gelo, é necessário
    contar cuidadosamente as suas finas
    camadas.
    Em 1990 atingiu-se os 2755 m de
    profundidade, correspondente a
    160 000 anos.
Actividade 4 página 182   Profª Isabel Henriques   87
Factores de Natureza Geoquímica
   O dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) são
    dois gases que contribuem para o efeito de estufa,
    pois retêm a radiação infravermelho na atmosfera,
    reduzindo as perdas para o espaço.

         Quando o teor destes gases é alta / baixa

    verifica-se um aumento /diminuição da temperatura

         Período interglaciário / Período glaciário

                        Actividade página 179

                   Profª Isabel Henriques             88
Factores de Natureza Geoquímica
   Nos primórdios da Terra, a concentração de CO2 atmosférico
    era superior, sendo responsável pelo clima quente.
   A formação de vastos depósitos de carvão e hidrocarbonetos,
    bem como rochas carbonatadas, permitiu a remoção de parte
    do CO2 atmosférico, impedindo que a Terra aquecesse.




                    Profª Isabel Henriques           89
Factores de Natureza Geoquímica
 Oscálculos indicam que os gases com efeito de estufa
possuem um papel importante no controlo da temperatura da
Terra, podendo contribuir para metade da variação da
temperatura.
 Ainda não são bem conhecidas as principais causas do aumento
ou da diminuição cíclica da concentração dos gases com efeito
de estufa.




       http://earthguide.ucsd.edu/earthguide/diagrams/greenhouse/
                                                          90
                Profª Isabel Henriques
Factores de Natureza
Geoquímica
A dinâmica terrestre, resultado
da interacção entre a
geodinâmica interna e externa,
é um dos principais factores de
controlo do clima terrestre.
Esta interacção afecta a
absorção/reflexão da radiação
solar e o fluxo de calor no
planeta.



                Profª Isabel Henriques   91
Factores de Natureza Geoquímica
Factores que podem determinar os teores de dióxido de
carbono na atmosfera:
   A geometria dos continentes e oceanos (alteração na
    circulação das correntes oceânicas),
   A tectónica de placas - a actividade vulcânica, os fenómenos
    de destruição de cadeias montanhosas, os fenómenos de
    expansão das dorsais oceânicas.
   Os fenómenos de alteração das rochas…




                    Profª Isabel Henriques            92
Factores de Natureza Geoquímica
A actividade tectónica é responsável pela criação do relevo,
que por sua vez influencia o clima, numa relação complexa de
feedback.




                  Profª Isabel Henriques           93
Factores de Natureza
Geoquímica
A actividade tectónica é
também é parcialmente
responsável pela concentração
de CO2 na atmosfera, pois este
gás é libertado pela actividade
vulcânica e pode ser reciclado
nas regiões de subducção.

 http://vodpod.com/watch/4515263-tectnica-
 de-placas-animao
 http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/geografia-dinamica/formacao-
 dos-continentes.php
                    Profª Isabel Henriques                94
Factores de Natureza Geoquímica
Distribuição dos Continentes, dos Oceanos e massa
de gelo
Estes afectam a quantidade de radiação reflectida para o
espaço (albeto).
  Muitos cientistas sugerem que as
 glaciações mais importantes ocorreram
 quando as massas continentais se
 encontravam próximas dos pólos.
  Pelo contrário, quando os
 continentes se localizavam próximo do
 equador, a formação de glaciares era
 inferior.

                 Profª Isabel Henriques          95
Factores de Natureza Geoquímica
Geometria dos Continentes
A geometria dos continentes influencia a
circulação oceânica.
 Nos oceanos existem correntes marítimas
   que condicionam o clima em algumas
   regiões.
   Ex: corrente quente do Golfo
 Por vezes, estas correntes sofrem
   alterações na sua temperatura ou
   percurso.
   Ex. ENSO (El niño) que aumenta a
   temperaturas das água do Oceano Pacífico
   entre 5º a 10º C.


                 Profª Isabel Henriques       96
Factores de Natureza Geoquímica
Geometria dos Continentes
O clima na Europa é influenciado pela corrente quente do
Golfo. Esta circulação oceânica é fundamental para tornar o
clima mais ameno na Europa.
Num período glaciar, a evaporação é reduzida, diminuindo a
salinidade e bloqueando a circulação. Nesta situação, a calote
polar expande-se no Norte.




                   Profª Isabel Henriques            97
Profª Isabel Henriques   98
RESUMO
   As variações climáticas são um tópico de investigação
    complexo que tem sido intensamente estudado nas últimas
    décadas.
   Se a temperatura do planeta for baixa pode permitir a
    acumulação de gelo nos continentes e formar glaciares.
   Os glaciares são massas de gelo que se deslocam em
    resultado da acumulação de gelo, sob o efeito da gravidade.
   O estudo dos glaciares e dos vestígios deixados pela
    actividade glaciar (morfologia, depósitos sedimentares,
    rochas estriadas e polidas, etc.) permite reconstituir os
    paleoambientes e assim reconstituir as variações climáticas
    ao longo do tempo geológico.
   Existem diversos mecanismos associados às variações
    climáticas, nomeadamente os mecanismos astronómicos,
    geoquímicos e os que estão directamente ligados à dinâmica
    terrestre.

                    Profª Isabel Henriques            99
A Terra antes do
                         Aparecimento do Homem.

                         Paleoclimas e o Impacto
                         da Dinâmica Litosférica
                         nas Mudanças Climática.




Profª Isabel Henriques           100

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Tema III - A Terra Antes do Aparecimento do Homem paleoclimas

  • 1.
  • 2. 1. A Terra antes do Aparecimento do Homem. Paleoclimas e o Impacto da Dinâmica. 2. Mudanças Ambientais na História da Terra e Evolução da Espécie Humana. 3. O Homem como Agente de Mudanças. 4. Que Cenários para o Século XXI? Mudanças Ambientais Regionais e Globais. Profª Isabel Henriques 2
  • 3. Que problemas locais e regionais podemos apontar como modificadores do ambiente?  Na região onde a escola está inserida será possível conciliar o desenvolvimento económico e a preservação e defesa dos recursos ambientais? Profª Isabel Henriques 3
  • 4. A Terra antes do aparecimento do Homem. Paleoclimas e dinâmica litosférica.  As variações climáticas que têm ocorrido ao longo da História da Terra tem marcado profundamente a sua geomorfologia.  A dinâmica do planeta tem influência nessas variações climáticas. Profª Isabel Henriques 4
  • 6. “Evolução do Planeta Terra até o Surgimento do Homem” ± 10 min Profª Isabel Henriques 6
  • 7. A Terra tem sofrido variações climáticas significativas desde a sua génese até à actualidade.  Muitas destas modificações resultam de uma lenta, mas constante, alteração geográfica que se deve, essencialmente, à estreita relação entre a geodinâmica interna e a geodinâmica externa do planeta. Profª Isabel Henriques 7
  • 8. O Sol, o relevo e a distribuição dos glaciares influenciam o clima. Profª Isabel Henriques 8
  • 9. Mudanças climáticas ao longo da História da Terra Podem Contribuir para conhecer a dinâmica climática do nosso Planeta Profª Isabel Henriques 9
  • 10. O estudo das rochas e dos seres vivos que habitaram a Terra permite reconstituir os paleoambientes e estudar as variações climáticas ao longo do tempo geológico.  Estas investigações são muito importantes, pois o passado é a "chave" do futuro da Terra. Actividade 1 pag 164 Variação da temperatura média nos últimos 80 M.a. da História da Terra e as projecções para os próximos 500 anos. Adaptado de Barret (2003), Nature 421. Profª Isabel Henriques 10
  • 11. É possível dividir a História da Terra em função das temperaturas registadas e da influência destas na distribuição dos glaciares e do nível médio dos oceanos.  Essa divisão integra períodos glaciares e interglaciários. Profª Isabel Henriques 11
  • 12. A divisão integra:  Períodos glaciários (glaciações): caracterizam-se por serem períodos frios, que permitem a expansão dos glaciares;  Períodos interglaciários: o aumento da temperatura à superfície provoca um maior degelo, reduzindo a área ocupada pelos glaciares. Profª Isabel Henriques 12
  • 13. Glaciações ou Períodos Glaciários  São fenómenos climáticos que ocorrem ao longo da história do nosso planeta.  Durante um período glaciário as temperaturas médias da Terra baixam o que implica o aumento das massas polares Profª Isabel Henriques 13
  • 14. Períodos Inter-glaciários  Período entre duas glaciações e a temperatura média da Terra aumenta podendo causar fusão dos gelos. Profª Isabel Henriques 14
  • 15. 1837 - Louis Agassiz propôs pela primeira vez a existência das glaciações.  Este cientista descobriu que as glaciações dos Alpes se tinham expandido sobre terrenos de baixa altitude.  Sugeriu que num tempo geológico não muito distante, o clima tinha sido mais rigoroso do que actual. Profª Isabel Henriques 15
  • 16.  Clima da Terra tinham flutuado entre épocas mais frias e mais quentes.  Glaciações do quaternário foram as primeiras a serem descobertas. Profª Isabel Henriques 16
  • 18. São massas de gelo que se originam à superfície terreste devido à acumulação, compactação e recristalização da neve, que se movimentam, ou que possuem indícios de já se terem movimentado. Profª Isabel Henriques 18
  • 19. Neve e gelo cobrem cerca de 10% da área da superfície terrestre e cuja temperatura é inferior a 0ºC.  Localizam-se nos pólos e em zonas montanhosas de elevada altitude. Profª Isabel Henriques 19
  • 20. Principais Tipos de Glaciares Glaciares de Glaciar Glaciares vale (Alpino) Piedmont Continentais Profª Isabel Henriques 20
  • 21. Formam-se nas regiões montanhosas e ocupam os vales preexistentes.  Podem possuir espessuras na ordem das centenas de metros.  Nas latitudes baixas (próximas do equador) ocupam apenas as secções mais altas dos vales.  Nas regiões mais frias e próximas dos pólos podem iniciar-se nas montanhas e espalharem-se ao longo de dezenas de quilómetros para as regiões mais planas e por vezes próximas dos oceanos. Profª Isabel Henriques 21
  • 22. Resultam de glaciares alpinos que, ao abandonarem os vales, deixam de estar confinados e espalham-se por vastas áreas em forma de leque.  Também podem resultar da fusão de vários glaciares alpinos.  Possuem dimensões elevadas, podendo atingir dezenas de milhares de quilómetros quadrados. Estes glaciares são raros. Profª Isabel Henriques 22
  • 23. Possuem dimensões muito superiores aos glaciares de vale, e deslocam-se lentamente, por vezes de forma imperceptível.  Na actualidade, os principais glaciares continentais encontram-se na Gronelândia e na Antárctida.  Na Gronelândia, 80% da área encontra-se coberta por glaciares. Ali, o gelo atinge em média uma espessura de 1,5 km.  Na Antárctida 90% da área está coberta por glaciares com espessuras médias de 3 km e máximas de 4,3 km. Profª Isabel Henriques 23
  • 24. A formação de um glaciar ocorre em regiões com baixas temperaturas devido a um fenómeno Quantidade Precipitação de de neve que neve no funde no Inverno Verão http://www.classzone.com/books/earth_science/terc/content/visualizations/ es1501/es1501page01.cfm?chapter_no=visualization Actividade 2 pag. 166 Profª Isabel Henriques 24
  • 25. Formação de Gelo Glaciário Precipitação prolongada de neve Acumulação de neve Fenómenos de compressão e compactação A neve transforma-se em gelo glaciário http://www.pbs.org/wgbh/nova/vinson/glac-flash.html Profª Isabel Henriques 25
  • 26. Glacial variáveis ​do movimento  Temperatura da área,  A inclinação da glaciar,  O tamanho da cama de sedimentos,  A quantidade de água de degelo do glaciar,  Tamanho da glaciar. Profª Isabel Henriques 26
  • 27. A velocidade de deslocação dos glaciares é maior à superfície do que no fundo (100m/ano). O aumento da pressão confere ao glaciar um comportamento dúctil (plástico) facilitando o seu movimento – Fluxo plástico. O gelo pode fundir na base do glaciar formando uma película de água que lhe confere um deslizamento basal. Profª Isabel Henriques 27
  • 28. Crevasses:  Devido às diferenças de velocidade, a massa de gelo pode quebrar, apresentando fendas transversais designadas por Crevasses e fendas longitudinais que podem ter algumas dezenas de metros de profundidade. Profª Isabel Henriques 28
  • 30. Ablação:  Processo que leva à perda de neve ou gelo do glaciar. Fusão Evaporação Erosão Separação de icebergs (oceano ou lago) Profª Isabel Henriques 30
  • 31. Se a taxa de Quando a taxa de Se a taxa de acumulação for acumulação de gelo é acumulação for superior à da equivalente à ablação inferior à da ablação o glaciar o glaciar encontra-se ablação o glaciar avança. em equilíbrio. recua. http://highered.mcgraw- hill.com/olcweb/cgi/pluginpop.cgi?it=swf::640::480::/sites/dl/free/0072402466/30425/12_06.swf:: Fig.%2012.6%20-20Glacier%20Basics Profª Isabel Henriques 31
  • 32. “Los Glaciares se muevem” ± 3 min Profª Isabel Henriques 32
  • 33. Explorar em casa http://phet.colorado.edu/sims/glaciers/glaciers_en.jar http://www.wwnorton.com/college/geo/egeo/flash/18_1.swf Profª Isabel Henriques 33
  • 34. Zona de Acumulação Profª Isabel Henriques 34
  • 35. Crevasses Profª Isabel Henriques 35
  • 36. Blocos Profª Isabel Henriques 36
  • 37. Moreia lateral Profª Isabel Henriques 37
  • 38. Moreia terminal Profª Isabel Henriques 38
  • 39. Os glaciares são importantes agentes erosivos, transportando elevadas quantidades de sedimentos de diferentes granulometrias. A erosão provocada pelos glaciares depende de diversos factores:  velocidade de deslocação do glaciar;  espessura do glaciar;  composição;  forma e abundância do material rochoso transportado;  resistência das rochas que constituem o fundo do vale. Profª Isabel Henriques 39
  • 40. A erosão glaciar pode ocorrer pela:  Remoção de blocos das paredes dos vales, alguns de elevadas dimensões, que são triturados e transportados, por vezes, para longas distâncias, podendo originar blocos erráticos. Os blocos são consequência da água que se infiltra nas fendas e, sofrendo ciclos de gelo e degelo, fragmenta as rochas. Profª Isabel Henriques 40
  • 41. A erosão glaciar pode ocorrer pela:  Abrasão das rochas, causada pela fricção do gelo e de fragmentos de rochas transportados pelo gelo, responsáveis pelo polimento e formação de estrias e sulcos no substrato.  As rochas estriadas fornecem indícios sobre o movimento e são uma das principais evidências da presença de glaciares no passado.  A abrasão e o polimento pelo glaciar podem formar rochas aborregadas. Profª Isabel Henriques 41
  • 42. Rochas estriadas Profª Isabel Henriques 42
  • 43. A erosão glaciar pode ocorrer pela:  O material rochoso triturado, formam sedimentos de grão fino que são transportados em suspensão pela água do degelo, conferindo-lhe tom leitoso. Profª Isabel Henriques 43
  • 44. Abração: A abração é uma espécie de lixamento das rochas do leito sobre o qual o gelo passa, produzido pelo atrito de fragmento de rochas de Causada vários tamanhos. Torrente Sub-Glaciar Rochas Estriadas Farinha Glaciária Águas do degelo Confere um aspecto leitoso Profª Isabel Henriques 44
  • 45. O material transportado pelos glaciares pode ser depositado sob a forma de moreias.  Existem diversos tipos de moreias que, dependendo da sua localização, podem ser: Tipos de Moreias Fundo Lateral Frontal Medianas Terminal Profª Isabel Henriques 45
  • 46. Tipos de Moreias Formada pela deposição de material debaixo do Fundo gelo do glaciar, em contacto com o substrato; Lateral Frontal Medianas Terminal Profª Isabel Henriques 46
  • 47. Tipos de Moreias Fundo forma-se nos lados do glaciar, na proximidade das Lateral vertentes, por incorporação do material que sofreu abrasão ou que foi fragmentado pelos ciclos de gelo e degelo da água. Frontal Medianas Terminal Profª Isabel Henriques 47
  • 48. Tipos de Moreias Fundo Lateral O material transportado na frente glaciar é Frontal desviado para jusante, formando um depósito proeminente. Medianas Terminal Profª Isabel Henriques 48
  • 49. Tipos de Moreias Fundo Lateral Frontal Forma-se quando as moreias laterais de dois Medianas glaciares alpinos se fundem, passando a localizar-se no centro do glaciar. Terminal Profª Isabel Henriques 49
  • 50. Tipos de Moreias Fundo Lateral Frontal Medianas Ocorre quando o glaciar recua, deixa uma moreia que marca o maior avanço do glaciar. Terminal Pode originar-se uma barragem e formar um lago onde se acumula a água do degelo. Profª Isabel Henriques 50
  • 51. O material, transportado pelos glaciares, não consolidado, mal calibrado (composto por materiais de diferente granulometria) e muito anguloso, designado por till.  Quando aquele material consolida forma os tilitos, que constituem uma das principais evidências da ocorrência Tilitos de glaciações num passado remoto. Till Profª Isabel Henriques 51
  • 52. Relevo Glaciar Alpino Profª Isabel Henriques 52
  • 53. Relevo Glaciar Alpino Arestas - Também são designadas por arêtes (origem francesa). Resultam da intensa erosão dos glaciares e formam cristas agudas entre os circos ou vales glaciares. Profª Isabel Henriques 53
  • 54. Relevo Glaciar Alpino Circos - Depressões que se formam na cabeceira de muitos vales glaciários, em resultado da acumulação de espessos mantos de neve e gelo. Possuem frequentemente uma forma circular, em cone invertido. Profª Isabel Henriques 54
  • 55. Relevo Glaciar Alpino Horns- A combinação de três ou mais circos pode formar picos piramidais. Profª Isabel Henriques 55
  • 56. Relevo Glaciar Alpino Profª Isabel Henriques 56
  • 57. Vestígios do Relevo Glaciar Alpino Aquando do degelo, os circos glaciares podem ser ocupados por lagos de circo que preenchem a depressão cónica. Profª Isabel Henriques 57
  • 58. Vestígios do Relevo Glaciar Alpino Quando o glaciar recua, deixa a descoberto uma série de vales tributários elevados - vale suspenso. A base destes vales possui uma cota superior ao vale principal, sendo frequente identificar-se quedas de água. Vale da Candeeira, suspenso na margem direita do rio Zêzere. Profª Isabel Henriques 58
  • 59. Vestígios do Relevo Glaciar Alpino O glaciar escava um vale em U, erodindo a base e as paredes abruptas do vale como, por exemplo, o vale glaciário do rio Zêzere. Distingue-se dos vales em V, cavados pelos cursos de água. Profª Isabel Henriques 59
  • 60. Vestígios do Relevo Glaciar Alpino O recuo dos glaciares deixa moreias, formada pela junção de moreias laterais dos glaciares. Moreia mediana do Espinhaço de Cão – Algarve (Faro) Profª Isabel Henriques 60
  • 61. Vestígios do Relevo Glaciar Alpino Profª Isabel Henriques 61
  • 62. Vestígios do Relevo Glaciar Alpino Profª Isabel Henriques 62
  • 63. Vestígios do Relevo Glaciar Alpino Profª Isabel Henriques 63
  • 65. Materiais resultantes da erosão glaciar Blocos Rochas erráticos Tilitos Moreias estriadas Frontais Terminais De fundo Laterais Medianas Profª Isabel Henriques 65
  • 66. “Que pasaria si los Glacires se siguem derritiendo” Profª Isabel Henriques 66
  • 67. Não existe nenhum glaciar actual em Portugal, mas é possível encontrar vestígios da sua presença. Em Portugal são conhecidos apenas vestígios da glaciação Würm, havendo duas explicações possíveis para este facto:  a glaciação de Würm apagou os vestígios de glaciações anteriores;  as glaciações anteriores do Quaternário não afectaram o nosso território. Glaciação de Würm - Teve lugar durante a última parte do Pleistoceno, de aproximadamente 110 000 a 10 000 antes do presente e é a mais conhecida das glaciações antropológicas. Profª Isabel Henriques 67
  • 68. Os principais vestígios da glaciação Würm, que teve o pico máximo em Portugal há cerca de 18 000 a 20 000 anos, encontram- se na Serra da Estrela. Estes vestígios constituem um importante marco da paisagem, e caracterizam-se pela presença:  de vales em U,  moreias,  blocos erráticos,  rochas com polimento e estrias. Profª Isabel Henriques 68
  • 69. Para além da Serra da Estrela, é possível encontrar vestígios glaciares em diversas serras, nomeadamente: Serra do Gerês, Serra da Peneda, Serra da Cabreira. Profª Isabel Henriques 69
  • 70. Estes vestígios também resultaram da última glaciação do Quaternário, com destaque para:  Alto Vale do Vez (Serra da Peneda), que possui uma forma próxima do U, com blocos erráticos, rochas polidas e estrias;  O circo glaciário de Covões de Concelinho;  A Lagoa do Marinho com depósitos glaciários, ambos na Serra do Gerês. Profª Isabel Henriques 70
  • 71. Foram descritas diversas glaciações no Pré-Câmbrico entre 2000 e 600 M.a., baseadas no estudo dos tilitos.  Durante o Quaternário ocorreram quatro glaciações: Gunz, Mindel, Riss e Würm.  A alternância entre glaciações e períodos interglaciares foi relativamente rápida à escala geológica, e provocou profundas modificações no relevo da Terra. Actividade 3, página 176 Profª Isabel Henriques 71
  • 72. Durante as glaciações pode ocorrer:  diminuição da temperatura média;  descida do limite da neve permanente, principalmente nas regiões montanhosas, com desenvolvimento dos glaciares alpinos e consequente descida do limite da floresta;  formação ou reforço dos glaciares continentais, principalmente nas latitudes mais próximas dos pólos;  descida significativa do nível médio do e arrefecimento geral da água, com impactes importantes nos seres vivos;  modificações no relevo e ambiente que obrigaram à migração/selecção dos seres vivos. Profª Isabel Henriques 72
  • 73. Encontramo-nos actualmente no fim de um período interglaciário, o que significa que uma nova glaciação poderá surgir nos próximos milhares de anos.  Esta alternância faz parte de um ciclo natural.  Mas os cientistas ainda não compreendem totalmente a influência da intensificação do efeito de estufa, causado pela acção humana, e o padrão climático previsto para a Terra. Profª Isabel Henriques 73
  • 75. Variações climáticas Paleoclimas Mecanismos Testemunhos de Dinâmica Astronómicos Geoquímicos paleoclimas Terrestre Geometria dos Actividade Biológicos Geológicos continentes e Vulcânica (Tema II) oceanos (10º Ano) Profª Isabel Henriques 75
  • 76. A Terra tem sofrido variações climáticas desde a sua génese até à actualidade.  Muitas dessas modificações são o resultado de alterações geográficas ligadas a mecanismos da geodinâmica interna e externa. Variações climáticas Paleoclimas Mecanismos Profª Isabel Henriques 76
  • 77. Causas da variação climática Mecanismos Mecanismos Dinâmica Astronómicos Geoquímicos Terrestre Ciclos de Variações da actividade órbita terrestre solar Profª Isabel Henriques 77
  • 78. Mecanismos Astronómicos Os ciclos de Actividade Solar  A temperatura da Terra depende das radiações solares.  As radiações têm origem nas manchas solares que são zonas escuras sobre a superfície do Sol.  O tamanho das manchas solares pode ser várias vezes superior ao diâmetro da Terra, podem cobrir uma área de 700 vezes a área da superfície da Terra. Profª Isabel Henriques 78
  • 79. Qual a relação das manchas solares e a temperatura da Terra?  1908, George Hale demonstrou que as manchas solares estão associadas a fortes campos magnéticos. O aumento das manchas solares Aumento da quantidade de luz sol a ser absorvida pela atmosfera e pela superfície terrestre Aumento da Temperatura. Actividade CTS&A 1 (página 179) Profª Isabel Henriques 79
  • 80. Mecanismos Astronómicos Ciclos de Milankovitch / variações da órbita terrestre:  Seculo XX Milutin Milankovitch calculou as variações de insolação da Terra, resultantes dos movimentos de translação e rotação do nosso planeta.  Milankovitch propôs três factores: 1. Inclinação do Eixo de Rotação da Terra (Obliquidade). 2. Forma da Órbita Terrestre (Excentricidade). 3. Precessão. Profª Isabel Henriques 80
  • 81. Mecanismos Astronómicos 1. Obliquidade - Inclinação do Eixo de Rotação Terrestre:  Varia desde 21,5º e 24,5º num ciclo de 41 000 anos.  Com o aumento da inclinação as estações ficam mais rigorosas em ambos os hemisférios. http://www.wwnorton.com/college/geo/egeo/flash/18_2.swf Profª Isabel Henriques 81
  • 82. Mecanismos Astronómicos 2. Excentricidade – Variação na Forma da Órbita da Terra:  Afecta o rigor das estações do ano.  Em cada 100 000/ 400 000 anos a órbita do nosso planeta sofre Excentricidade 5 % variações.  Excentricidade varia desde 0,5% (órbita circular) até 6%.  Com excentricidade máxima intensificam-se as estações de um hemisfério e modera-se no Excentricidade 0 % outro. http://www.wwnorton.com/college/geo/egeo/flash/18_2.swf Profª Isabel Henriques 82
  • 83. Mecanismos Astronómicos 3. Precessão:  Durante a rotação, a Terra oscila ligeiramente no seu eixo de rotação, em ciclos de aproximadamente 23 000 anos.  As estações do ano ficam mais rigorosas quando a máxima inclinação do eixo terrestre coincide com a máxima distância do Sol. http://www.wwnorton.com/college/geo/ege o/flash/18_2.swf Profª Isabel Henriques 83
  • 85. Mecanismos Astronómicos Ciclos de Milankovitch / variações da órbita terrestre: http://www.botanicasp.org.br/educacao/mil ankovitch.html http://highered.mcgraw- hill.com/sites/0073369365/student_view0/c hapter16/milankovitch_cycles.html Profª Isabel Henriques 85
  • 86. Mecanismos Astronómicos Impactos Cósmicos: Impactos sobre continentes  Levantamento de nuvens de poeira e cinzas  Luz solar não atravesse a atmosfera  Regiões da Terra ficam na escuridade  Diminuição da temperatura Exemplo: Há 66 M.a. Entre o Cretácico para o Cratera de Impacto - EUA Terciário provocou a extinção de dinossáurios e amonites. http://natgeo.clix.pt/pt/o-universo-que- conhecemos/videos/episdios-na-web-impactos-csmicos Profª Isabel Henriques 86
  • 87. Factores de Natureza Geoquímica  Os dados geológicos e biológicos apontam para a influência da composição química da atmosfera nas variações climáticas.  Estudos a partir de perfurações na Antárctida e na Gronelândia permitiram obter amostras de gelo com bolhas de ar aprisionadas. O estudo destas bolhas permite obter dados acerca da composição da atmosfera no momento em que o gelo se formou. As prospecções no gelo decorrem desde 1960. Para datarem o gelo, é necessário contar cuidadosamente as suas finas camadas. Em 1990 atingiu-se os 2755 m de profundidade, correspondente a 160 000 anos. Actividade 4 página 182 Profª Isabel Henriques 87
  • 88. Factores de Natureza Geoquímica  O dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) são dois gases que contribuem para o efeito de estufa, pois retêm a radiação infravermelho na atmosfera, reduzindo as perdas para o espaço. Quando o teor destes gases é alta / baixa verifica-se um aumento /diminuição da temperatura Período interglaciário / Período glaciário Actividade página 179 Profª Isabel Henriques 88
  • 89. Factores de Natureza Geoquímica  Nos primórdios da Terra, a concentração de CO2 atmosférico era superior, sendo responsável pelo clima quente.  A formação de vastos depósitos de carvão e hidrocarbonetos, bem como rochas carbonatadas, permitiu a remoção de parte do CO2 atmosférico, impedindo que a Terra aquecesse. Profª Isabel Henriques 89
  • 90. Factores de Natureza Geoquímica  Oscálculos indicam que os gases com efeito de estufa possuem um papel importante no controlo da temperatura da Terra, podendo contribuir para metade da variação da temperatura.  Ainda não são bem conhecidas as principais causas do aumento ou da diminuição cíclica da concentração dos gases com efeito de estufa. http://earthguide.ucsd.edu/earthguide/diagrams/greenhouse/ 90 Profª Isabel Henriques
  • 91. Factores de Natureza Geoquímica A dinâmica terrestre, resultado da interacção entre a geodinâmica interna e externa, é um dos principais factores de controlo do clima terrestre. Esta interacção afecta a absorção/reflexão da radiação solar e o fluxo de calor no planeta. Profª Isabel Henriques 91
  • 92. Factores de Natureza Geoquímica Factores que podem determinar os teores de dióxido de carbono na atmosfera:  A geometria dos continentes e oceanos (alteração na circulação das correntes oceânicas),  A tectónica de placas - a actividade vulcânica, os fenómenos de destruição de cadeias montanhosas, os fenómenos de expansão das dorsais oceânicas.  Os fenómenos de alteração das rochas… Profª Isabel Henriques 92
  • 93. Factores de Natureza Geoquímica A actividade tectónica é responsável pela criação do relevo, que por sua vez influencia o clima, numa relação complexa de feedback. Profª Isabel Henriques 93
  • 94. Factores de Natureza Geoquímica A actividade tectónica é também é parcialmente responsável pela concentração de CO2 na atmosfera, pois este gás é libertado pela actividade vulcânica e pode ser reciclado nas regiões de subducção. http://vodpod.com/watch/4515263-tectnica- de-placas-animao http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/geografia-dinamica/formacao- dos-continentes.php Profª Isabel Henriques 94
  • 95. Factores de Natureza Geoquímica Distribuição dos Continentes, dos Oceanos e massa de gelo Estes afectam a quantidade de radiação reflectida para o espaço (albeto).  Muitos cientistas sugerem que as glaciações mais importantes ocorreram quando as massas continentais se encontravam próximas dos pólos.  Pelo contrário, quando os continentes se localizavam próximo do equador, a formação de glaciares era inferior. Profª Isabel Henriques 95
  • 96. Factores de Natureza Geoquímica Geometria dos Continentes A geometria dos continentes influencia a circulação oceânica.  Nos oceanos existem correntes marítimas que condicionam o clima em algumas regiões. Ex: corrente quente do Golfo  Por vezes, estas correntes sofrem alterações na sua temperatura ou percurso. Ex. ENSO (El niño) que aumenta a temperaturas das água do Oceano Pacífico entre 5º a 10º C. Profª Isabel Henriques 96
  • 97. Factores de Natureza Geoquímica Geometria dos Continentes O clima na Europa é influenciado pela corrente quente do Golfo. Esta circulação oceânica é fundamental para tornar o clima mais ameno na Europa. Num período glaciar, a evaporação é reduzida, diminuindo a salinidade e bloqueando a circulação. Nesta situação, a calote polar expande-se no Norte. Profª Isabel Henriques 97
  • 99. RESUMO  As variações climáticas são um tópico de investigação complexo que tem sido intensamente estudado nas últimas décadas.  Se a temperatura do planeta for baixa pode permitir a acumulação de gelo nos continentes e formar glaciares.  Os glaciares são massas de gelo que se deslocam em resultado da acumulação de gelo, sob o efeito da gravidade.  O estudo dos glaciares e dos vestígios deixados pela actividade glaciar (morfologia, depósitos sedimentares, rochas estriadas e polidas, etc.) permite reconstituir os paleoambientes e assim reconstituir as variações climáticas ao longo do tempo geológico.  Existem diversos mecanismos associados às variações climáticas, nomeadamente os mecanismos astronómicos, geoquímicos e os que estão directamente ligados à dinâmica terrestre. Profª Isabel Henriques 99
  • 100. A Terra antes do Aparecimento do Homem. Paleoclimas e o Impacto da Dinâmica Litosférica nas Mudanças Climática. Profª Isabel Henriques 100