Este documento descreve várias malformações congênitas infratentoriais, incluindo: 1) Megacisterna magna, que é a malformação cística infratentorial mais comum, caracterizada por um aumento do tamanho da cisterna magna; 2) Cisto aracnoideo, que é uma expansão meníngea em forma de bolsa por duplicação da aracnoide; 3) Persistência cística da Bolsa de Blake, caracterizada por uma formação cística intraverminiana; 4) Malformação de Dandy-Walker, variante
4. Malformações císticas
Dx baseado somente em critérios de neuroimagem
muitas vezes é conflitante e não é preciso;
Malformações com sobreposição de características
clínicas, patológicas e de imagem;
Conjunto de características estruturais dx específico;
11. Megacisterna magna
Cisterna magna: espaço liquórico entre pia mater da
parede posterior do bulbo e a aracnoide, desde a
valécula até C1 e C2 inferiormente;
Megacisterna magna Metade das malformações
císticas infratentoriais;
12. Megacisterna magna
Fisiopatologia incerta (formação atrasada do forame de
Magendie? Permeabilidade da bolsa de Blake
persistente?);
Assintomática;
14. Megacisterna magna
Achados de imagem:
Cisterna magna de dimensões aumentadas, verme do
cerebelo sem alteração e ausência de hidrocefalia;
Ausência de dilatação do 4° ventrículo
Ausência de efeito compressivo sobre verme do cerebelo
Diferente da Bolsa
de Blake
Diferente do Cisto
aracnoideo
17. Cisto aracnoideo congênito
Expansão meníngea em forma de bolsa, por duplicação
congênita da aracnoide sem comunicação plena com o
espaço subaracnoideo;
Dx geralmente antes dos 20 anos;
19. Cisto aracnoideo
Maioria assintomático;
Maiores tamanhos: compressão de estruturas (cefaléia,
hipertensão intracraniana, crises epilépticas, sinais
neurológicos focais...);
20. Cisto aracnoideo
Os infratentoriais: vertigem, perda auditiva
neurossensorial, espasmo hemifacial;
Tto conservador, reservado para os que tem efeito
expansivo;
26. Cisto arocnoideo
Pode ter sinal hipersinal homogêneo no FLAIR:
aumento do conteúdo protéico no líquor intracístico;
DD: cisto epidermoide: difusão hipersinal e FLAIR
hipersinal heterogêneo;
28. Persistência cística da Bolsa de Blake
Bolsa de Blake: Estrutura embrionária normal;
Projeção em “dedo de luva” da área membranosa
posterior;
Fina membrana no teto rombencefálico que involui com o
desenvolvimento embriológico culminando com o
aparecimento do forame de Magendie;
29.
30. Persistência cística da Bolsa de Blake
Achados clínicos: hidrocefalia e macrocrania no período
neonatal;
Pode haver ventriculomegalia compensada (se
competência dos forames de Luschka;
31. Persistência cística da Bolsa de Blake
Formação cística predominantemente intraverminiana,
que determina alargamento da valécula e retificação do
contorno inferior do verme;
Continuidade entre bolsa de Blake e quarto
ventrículo(dilatado);
32. Persistência cística da Bolsa de Blake
Se extensão retrocerebelar dilatação da fossa
posterior, deslocamento anterior do tronco encefálico...
Verme do cerebelo tem posição e desenvolvimento
habitual!
33.
34. Malformação Dandy-Walker
Variante Dandy-Walker: mesmas alterações porém menos
pronunciadas
Hipoplasia/agenesia
do verme do
cerebelo
Dilatação do quarto
ventrículo;
Aumento das
dimensões do
compartimento
infratentorial da
fossa posterior;
35.
36.
37. Malformação Dandy-Walker
Teoria mais aceita: atraso no desenvolvimento
rombencefálico falha da fusão do cerebelo na linha
média com persistência da AMA; pulsação do LCR
expansão da AMA deslocando o verme superiormente;
Desenvolvimento da AMP e forame de Magendie é
variável;
1/25.000 nascidos vivos
38. Malformação Dandy-Walker
DX geralmente no 1° ano de vida;
Feminino;
Maioria esporádico;
Trissomias do 9, 13 e 18;
2/3 com anormalidades extracranianas
associadas;
Associação com síndromes;
40. Malformação Dandy-Walker
Crises epilépticas, nistagmo, ataxia, paralisia de nervos
cranianos;
Colocação precoce de cateter no quarto ventrículo pode
auxiliar no desenvolvimento cerebelar no primeiro ano
de vida;
41.
42. Malformação Dandy-Walker
Hidrocefalia 80% dos casos;
Proeminência occiptal, posição alta do seio reto e
tentório;
Verme rodado superiormente em sentido anti-horário
posteriormente à placa quadrigeminal e aderido ao
tentório;
46. Variante Dandy Walker
Quadro clínico mais brando em relação à malformação;
Achados de imagem: agenesia/hipoplasia do verme
com IV ventrículo com dimensões não suficientes para
promover dilatação da fossa posterior;
62. Displasia em “boné” do tegmento
pontino:
Hipoplasia do aspecto ventral da ponte com uma
projeção do tegmento posterior da ponte;
63. Displasia em “boné” do tegmento
pontino:
Raro
Diferenciar de lesões expansivas de tegmento
Gliomas e angiomas cavernosos;
Glioma
Angioma cavernoso
66. Síndrome de Duane
Déficit congênito de abdução do globo ocular associado
ou não a déficit de adução;
Ausência congênita do núcleo do nervo abducente na
ponte e inervação aberrante do músculo reto lateral por
um ramo do terceiro par craniano;
67. Hipoplasia paleocerebelar
Lesões não císticas que comprometem o verme
cerebelar sem comprometer os hemisférios cerebelares;
Rombencefalossinapse
Síndrome de Joubert
Disrafia tetocerebelar
70. Rombencefalossinapse
Fusão congênita dos hemisférios cerebelares, núcleos
denteados dos cerebelos e pedúnculos cerebelares
superiores;
Agenesia vermeniana
71. Rombencefalossinapse
Assim como os outros distúrbios envolvendo o vérmis
do cerebelo:
Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.
Hipotonia generalizada;
Ataxia;
Nistagmo vertical;
74. Síndrome de Joubert (Rombencefalosquise)
Hipoplasia congênita do verme do cerebelo;
“sinal do dente molar”
Incidência 1/30.000 – 100.000 habitantes
75. Síndrome de Joubert
(Rombencefalosquise)
Achados clínicos são fundamentais:
Episódios de taquipneia, ataxia, hipotonia, fala
escandida, nistagmo e protuberância mandibular;
Boca em formato triangular e sombrancelhas altas e
arredonadas;
76. Síndrome de Joubert
(Rombencefalosquise)
Pedúnculos cerebelares superiores espessados e
orientados perpendicularmente ao dorso da ponte;
Aspecto de “dente molar” (não exclusivo);
IV ventrículo: dilatação variável: aspecto “símbolo do
Batman” em cortes axiais;
81. Hipoplasia pontocerebelar
Tipo 1: perda dos neurônios motores medular –
insuficiência respiratória
Tipo 2: preservação destes – coreia e distonia
82. Hipoplasia pontocerebelar
Hipoplasia do verme do cerebelo e hemisférios
cerebelares com preservação da forma.
Aspecto de “asa” que parece flutuar no compartimento
infratentorial;
91. Mal formação de Chiari tipo 1
Ectopia das tonsilas cerebelares abaixo do forame
magno;
Hipodesenvolvimento do osso occipital;
92. Mal formação de Chiari tipo 1
Hidrossiringomielia=>tto cirúrgico;
1/3 assintomático
Cefaléia...
Síndrome clínica clássica em adultos jovens: dor
occipital precipitada por Valsalva;
93. Mal formação de Chiari tipo 1
Tonsilas cerebelares a mais de 5mm do forame magno
(sintomáticos);
3 a 5mm significativos se sintomas, afilamento tonsilar,
hidrossiringomielia....
REDUÇÃO DOS ESPAÇOS LIQUÓRICOS NA FOSSA
POSTERIOR;
97. Malformação de chiari tipo 2
Mielomeningocele diagnosticada ao nascimento;
Sintomas específicos raramente presentes nas
primeiras duas semanas de vida;
98. Malformação de chiari tipo 2
TC: áreas focais de afilamento da calota craniana;
RM: compartimento infratentorial pequeno com
herniação inferior do seu conteúdo, cerebelo em “torre”,
forame magno com dimensões aumentadas
99. Malformação de chiari tipo 2
Kinking bulbo medular devido à impossibilidade da
medula espinal descer na mesma proporção
abaulamento posterior do bulbo;
100. Malformação de chiari tipo 2
Disrrafismo espinal aberto em 100% dos casos;
Aspecto pontiagudo do teto mesencefálico;
Hidrocefalia;