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Círculo de Estudos: “A Biblioteca Escolar – instrumentos de
desenvolvimento curricular”
Reg.º de acreditação: CCPFC/ACC 61427/09 - ACÇÃO Nº 1

                                   Formadora: Maria Madalena Santos
                                   Formando: Paulo Jorge Domingues de



Guião de promoção de serviços de leitura


Apresentação

A leitura: uma ou várias competências fundamentais?

A leitura é uma competência que deve ser adquirida cedo. Ela deve estar bem
consolidada quando a criança atinge +/- os 12 anos. Nesse momento é importante que
a criança leia fluentemente, sem paragens ou hesitações, para que o seu esforço
possa ser dedicado à interpretação e à compreensão, em vez de à descodificação do
texto escrito. Essa fluência traduz-se, à partida, na velocidade de leitura. Por outro
lado, quanto maior for o gosto que a criança tem em ler, tanto mais facilmente ela é
mobilizada para as actividades que envolvem leitura.

A proposta de actividade que abaixo está esquematizada procura responder a estas
necessidades:
       levar as crianças ou jovens a ler mais e melhor, fazendo-as sentir a
          necessidade de lerem;
       trabalhar a interpretação, a análise e a síntese;
       partir do desenvolvimento das capacidades de leitor para o
          desenvolvimento das capacidades de escritor.
Tratam-se de uma proposta esquemática, que pode ser adaptada a diferentes níveis
de ensino e a diferentes obras.



Proposta de esquema de trabalho para obras do PNL ou dos programas.

   1. Dramatização de textos: Parte-se de um texto que é lido em voz alta para os
      alunos para a sua recriação pelos alunos

       Ex.s:

       1.º Ciclo: A Girafa que comia estrelas

       Ensino Secundário: Sermão de Sto António aos peixes
2


i)     Leitura e/ou audição e do texto em conjunto; exploração;
       enquadramento; interpretação (em princípio, uma interpretação
       parcial, que deixe algum do trabalho por fazer ou completar, para
       que os alunos o façam autonomamente).

ii)    Identificação e caracterização das personagens/pessoas/tipos
       (ex: no Sermão, peixes grandes e miúdos; na Girafa, Olímpia, a
       mãe, a galinha do mato...)

iii)   Preparação da dramatização: Reconto – oral e/ou por escrito
       /ou por imagens. Idealmente, deveria haver um reconto oral, em
       grupo, seguido da rescrita. No caso de um texto como o do P e
       António Vieira, o português do séc. XVII deveria ser convertido
       num texto mais simples; eventualmente, o mesmo tema deveria
       ser explorado num texto adaptado ao mundo presente e escrito
       em linguagem corrente e adaptada a adolescentes/ao público
       em geral. (desta forma, os alunos são obrigados a fazer: leitura;
       interpretação; discussão; análise; síntese; aquisição e/ou
       aplicação de conhecimentos).

       O reconto é um trabalho de resumo e, sobretudo, síntese.
       Pedindo o reconto oral, prtende-se desenvolver a capacidade de
       reconhecer, relacionar e organizar os elementos da história.
       Pretende-se também que a partir deste alicerce se possa mais
       facilmente passar para o reconto ou a síntese escritos.

       Com a realização de um reconto em grupo pretende-se que o
       pensamento colectivo, sob a orientação do professor, auxilie
       cada um no esforço de realizar as atrefas descritas no parágrafo
       anterior. Além disso, pretende-se aproveitar para criar e
       disciplinar hábitos de trabalho em grupo e as capacidades de
       escutar os outros, de falar perante os outros e de trabalhar
       cooperativamente.

iv)    Dramatização: Conversão de um texto narrativo num texto
       dramático. Ensaio e apresentação do texto dramatizado.
       Expressão. Execução do texto em função do público.

v)     Pesquisa: o texto é um ponto de partida para a procura de
       informações:

       - pesquisa em obras: enciclopédias e livros temáticos/científicos.

       - produção de notas.

       - síntese das informações mais importantes e formulação de um
       problema (ex.: “por que razão a escravatura é errada?”; “Todos
       os homens são iguais?”; “…?girafa”).

       - apresentação de um argumento sobre o problema formulado.
3


vi)   Elaboração e apresentação oral de trabalhos originais: uma
      nova história, um trabalho de pesquisa (por exemplo, sobre
      habitats africanos, animais da savana ou regiões climáticas
      africanas; ou sobre as colónias holandesas no Norte do Brasil,
      sobre a Colónia do Sacramento ou sobre o filme “A missão”)

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  • 1. 1 Círculo de Estudos: “A Biblioteca Escolar – instrumentos de desenvolvimento curricular” Reg.º de acreditação: CCPFC/ACC 61427/09 - ACÇÃO Nº 1 Formadora: Maria Madalena Santos Formando: Paulo Jorge Domingues de Guião de promoção de serviços de leitura Apresentação A leitura: uma ou várias competências fundamentais? A leitura é uma competência que deve ser adquirida cedo. Ela deve estar bem consolidada quando a criança atinge +/- os 12 anos. Nesse momento é importante que a criança leia fluentemente, sem paragens ou hesitações, para que o seu esforço possa ser dedicado à interpretação e à compreensão, em vez de à descodificação do texto escrito. Essa fluência traduz-se, à partida, na velocidade de leitura. Por outro lado, quanto maior for o gosto que a criança tem em ler, tanto mais facilmente ela é mobilizada para as actividades que envolvem leitura. A proposta de actividade que abaixo está esquematizada procura responder a estas necessidades:  levar as crianças ou jovens a ler mais e melhor, fazendo-as sentir a necessidade de lerem;  trabalhar a interpretação, a análise e a síntese;  partir do desenvolvimento das capacidades de leitor para o desenvolvimento das capacidades de escritor. Tratam-se de uma proposta esquemática, que pode ser adaptada a diferentes níveis de ensino e a diferentes obras. Proposta de esquema de trabalho para obras do PNL ou dos programas. 1. Dramatização de textos: Parte-se de um texto que é lido em voz alta para os alunos para a sua recriação pelos alunos Ex.s: 1.º Ciclo: A Girafa que comia estrelas Ensino Secundário: Sermão de Sto António aos peixes
  • 2. 2 i) Leitura e/ou audição e do texto em conjunto; exploração; enquadramento; interpretação (em princípio, uma interpretação parcial, que deixe algum do trabalho por fazer ou completar, para que os alunos o façam autonomamente). ii) Identificação e caracterização das personagens/pessoas/tipos (ex: no Sermão, peixes grandes e miúdos; na Girafa, Olímpia, a mãe, a galinha do mato...) iii) Preparação da dramatização: Reconto – oral e/ou por escrito /ou por imagens. Idealmente, deveria haver um reconto oral, em grupo, seguido da rescrita. No caso de um texto como o do P e António Vieira, o português do séc. XVII deveria ser convertido num texto mais simples; eventualmente, o mesmo tema deveria ser explorado num texto adaptado ao mundo presente e escrito em linguagem corrente e adaptada a adolescentes/ao público em geral. (desta forma, os alunos são obrigados a fazer: leitura; interpretação; discussão; análise; síntese; aquisição e/ou aplicação de conhecimentos). O reconto é um trabalho de resumo e, sobretudo, síntese. Pedindo o reconto oral, prtende-se desenvolver a capacidade de reconhecer, relacionar e organizar os elementos da história. Pretende-se também que a partir deste alicerce se possa mais facilmente passar para o reconto ou a síntese escritos. Com a realização de um reconto em grupo pretende-se que o pensamento colectivo, sob a orientação do professor, auxilie cada um no esforço de realizar as atrefas descritas no parágrafo anterior. Além disso, pretende-se aproveitar para criar e disciplinar hábitos de trabalho em grupo e as capacidades de escutar os outros, de falar perante os outros e de trabalhar cooperativamente. iv) Dramatização: Conversão de um texto narrativo num texto dramático. Ensaio e apresentação do texto dramatizado. Expressão. Execução do texto em função do público. v) Pesquisa: o texto é um ponto de partida para a procura de informações: - pesquisa em obras: enciclopédias e livros temáticos/científicos. - produção de notas. - síntese das informações mais importantes e formulação de um problema (ex.: “por que razão a escravatura é errada?”; “Todos os homens são iguais?”; “…?girafa”). - apresentação de um argumento sobre o problema formulado.
  • 3. 3 vi) Elaboração e apresentação oral de trabalhos originais: uma nova história, um trabalho de pesquisa (por exemplo, sobre habitats africanos, animais da savana ou regiões climáticas africanas; ou sobre as colónias holandesas no Norte do Brasil, sobre a Colónia do Sacramento ou sobre o filme “A missão”)