2. RELATIVAMENTE
POUCO É CONHECIDO
SOBRE O AUTOR
DESTE EVANGELHO
• Em nenhum lugar do livro é
mencionado o nome do autor.
• Poucas passagens dão pistas sobre
seus interesses e personalidade.
• Talvez o jovem que sai desnudo do
Getsêmani quando Jesus foi preso
(Marcos 14:51-52). Mas isso põe em
dúvida que ele não foi testemunha
ocular, com forme afirma Papias.
ORIGEM
3. A TRADIÇÃO
IDENTIFICA O AUTOR
COMO SENDO JOÃO
MARCOS, MEMBRO DE
UMA FAMÍLIA CRISTÃ
DE JERUSALÉM.
• Ele era filho de Maria, amiga dos
apóstolos, que é mencionada
em Atos 12.
• A oração pela libertação de
Pedro foi na casa dela (At 12:12).
• Possivelmente sua casa fosse o
quartel general dos líderes
cristãos em Jerusalém, já que
Pedro saiu da prisão e foi
diretamente para lá.
4. Talvez a última ceia
tenha sido no “andar
superior” (Mc 14:15)
desta casa e também a
reunião no dia de
Pentecostes (At 2:2).
Se estas hipóteses são
corretas, Marcos era
familiarizado com os
líderes da Igreja deste o
princípio.
Sua mãe era uma
mulher de posses, pois
tinha uma casa grande
(muita gente estava
reunida) e possuía
servos (At 12:13).
5.
6. MARCOS FOI INTRODUZIDO NO MINISTÉRIO
POR BARNABÉ.
Após a visita a Jerusalém (At 11:30), Barnabé
e Paulo o levaram para Antioquia (At 12:25)
Marcos acompanhou os dois na primeira
viagem missionária (At 13:5).
Mas os abandonou e voltou para Jerusalém,
depois que partiram de Chipre.
7. Quando Barnabé e
Paulo voltaram para
Antioquia, depois do
Concílio de
Jerusalém, Barnabé
quis levar Marcos na
nova viagem, mas
Paulo não aceitou
porque ele os havia
abandonado (At 15:37-
39).
Barnabé e Paulo se
desentenderam e se
separaram. Barnabé e
Marcos foram para
Chipre, e Paulo
conseguiu outro
assistente e foi para a
Ásia.
8. APÓS ESSA SEPARAÇÃO,
PROVAVELMENTE EM 50 DC,
MARCOS DESAPARECE DO NOVO
TESTAMENTO E REAPARECE
DEPOIS DE DEZ ANOS.
Marcos
reaparece em
Roma, com
Paulo
(Colossenses
4:10).
Alguns anos depois Paulo o
caracteriza como sendo “útil para
mim no ministério” - II Tm 4:11.
É bem provável
que na mesma
época ele
mantivesse
ligações com
Pedro (I Pe
5:13).
9. A tradição, confirmada pelo escritor
cristão Eusébio, diz que Marcos fundou a
igreja de Alexandria.
Inquestionavelmente
ele esteve na Igreja
desde o princípio e foi
uma testemunha
ativa desde Jerusalém
até Roma, entre os
anos 30 e 65 DC.
10. AUTORIA
• As testemunhas mais antigas do Evangelho de Marcos
geralmente o conectam com a pregação de Pedro e
Paulo em Roma na sétima década do primeiro século.
• Eusébio (375 DC), citando Papias (cerca de 115 DC),
disse que Marcos não ouviu ou seguiu Jesus, mas
escreveu seu Evangelho registrando o que Pedro lhe
dizia, quando estava em sua companhia.
• Eusébio cita também Clemente de Alexandria (c. 180
AC) ao dizer que os ouvintes de Pedro persuadiram
Marcos a deixar um registro escrito da doutrina que
Pedro tinha comunicado oralmente, e que Pedro
autorizou que o Evangelho foi lido nas igrejas.
11. AUTORIA
• Alega-se que Origem (c. 225 AC), sucessor de
Clemente, tenha dito que Marcos escreveu seu
Evangelho conforme Pedro lhe explicou.
• Irineu confirmou esta tradição dizendo que “após
a morte de Pedro e Paulo, Marcos nos transmitiu
por escrito coisas pregadas por Pedro”.
• Pode haver questionamento sobre a
confiabilidade destas tradições, já que não são do
primeiro século, mas é notável que todas
concordam com a autoria de Marcos e o
conectam à pregação de Pedro.
12. AUTORIA
• O prólogo anti-Marcionita a Marcos e a Irineu
(ambos c. 180 DC) concordam que o Evangelho
foi escrito após a morte de Pedro,
presumivelmente entre 65 e 68 DC, enquanto
Clemente e Origem indicam que o Evangelho foi
escrito durante a vida de Pedro e autorizado por
ele. Mas de qualquer maneira, é certo que o
Evangelho foi escrito por um homem que
conheceu parte dos apóstolos e que teve um
longo e direto contato com a pregação deles.
13. A INFLUÊNCIA DE PEDRO
Marcos (João Marcos) não foi um
dos doze apóstolos, mas discípulo
destes: trabalhou na pregação com
Pedro, que o chama de seu filho (1Pd
5:13) talvez porque o tenha batizado.
Foi companheiro de Paulo na 1ª
viagem missionária (At 13:5-13) e na
prisão romana (Col 4:10; 2Tim 4:11).
14. A INFLUÊNCIA DE PEDRO
A tradição da Igreja (Pápias e Clemente de
Alexandria) atribui o Evangelho a Marcos.
“E o presbítero costumava dizer isto: Marcos
tornou-se intérprete [hermêneutes] de Pedro e
escreveu com exatidão tudo aquilo de que ele
se lembrava, é verdade que não em ordem,
das coisas ditas ou feitas pelo Senhor. Pois ele
não tinha ouvido o Senhor nem havia-o
seguido, mas mais tarde, de acordo com o que
eu disse, seguiu Pedro, que costumava
ministrar ensino conforme se tornava
necessário,
15. A INFLUÊNCIA DE PEDRO
...mas não organizado, por assim dizer, os
pronunciamentos do Senhor, de sorte que
Marcos nada fez de errado ao pôr por
escrito fatos isolados à medida que se
lembrava deles. De uma coisa ele cuidou:
não deixar de fora nada do que ouvira e
não fazer nenhuma afirmação falsa.” (H.E.
3.39.15 – História Eclesiástica de
Eusébio, escrita em 325.
16. A INFLUÊNCIA DE PEDRO
DESSA DECLARAÇÃO SURGEM TRÊS
AFIRMAÇÕES IMPORTANTES ACERCA DO
EVANGELHO DE MARCOS:
Marcos escreveu o evangelho que, nos
dias de Eusébio, era identificado com esse
nome.
Marcos não foi uma testemunha ocular,
mas obteve informações com Pedro.
Possivelmente um tradutor de Pedro (do
aramaico para o grego).
17. A INFLUÊNCIA DE PEDRO
Falta “ordem” ao evangelho de Marcos, o que
reflete a natureza esporádica da pregação de
Pedro. Possivelmente faltava uma sequência
cronológica ou retórico-artística.
Comparando-se a pregação de Pedro em
Atos 10:34-43 com o Evangelho de Marcos
vemos que a passagem de Atos se assemelha
ao esboço do conteúdo do Evangelho, o que
pode ser uma evidência de que Marcos
escreveu a partir das pregações de Pedro.
18. AINFLUÊNCIADEPEDRO
PARALELOS ENTRE A PREGAÇÃO DE PEDRO (ATOS 10:36-40) E O EVANGELHO DE MARCOS
“evangelho" (v. 36) "princípio do evangelho" (1:1)
"Deus ungiu a Jesus de Nazare
com 0 Espirito Santo" (v. 38)
a vinda do Espírito sobre Jesus
(1:10)
“tendo começado desde a
Galileia" (v. 37)
O ministério na Galileia (1:16-
8:26)
“[Jesus] andou por toda parte,
fazendo o bem e curando a todos
os oprimidos do diabo" (v. 38)
O ministério de Jesus concentra-
se em curas e expulsões de
demônios
“nós somos testemunhas de.
Tudo o que ele fez[...] em
Jerusalém" (v. 39)
O ministério em Jerusalém (caps.
11-14)
“ao qual também tiraram a vida,
pendu-rando-o no madeiro" (v.
39)
Destaque a morte de Cristo
(cap.15)
“a este ressuscitou Deus no
terceiro dia" v.40)
"ele ressuscitou, não está mais
aqui" (16:6)
19. CONTEÚDO
• O Evangelho de Marcos é uma narrativa histórica
sobre a pessoa e o trabalho do Senhor Jesus
Cristo.
• Não pode ser considerado uma biografia, já que
não discute a genealogia, a infância, o
nascimento, a educação ou a família do
personagem principal, e nem se foca em
nenhuma fase específica de sua vida.
• Ele apresenta, em sucessão
estreita, provavelmente em ordem
cronológica, uma série de episódios da vida de
Jesus, com alguns detalhes sobre sua última
semana na Terra.
20. CONTEÚDO
A narrativa é objetiva, sem muitos comentários.
• Se os doze últimos versículos do Evangelho (que
alguns historiadores dizem que não foram
escritos por Marcos) não aparecessem no texto, a
história terminaria de maneira abrupta.
• É o Evangelho do Filho de Deus - Marcos chama
Cristo de “Filho de Deus” do princípio ao fim.
• Não faz comentários teológicos - apenas narra os
fatos de maneira simples.
21. CONTEÚDO
• Dá ênfase aos sentimentos de Cristo: ira (Mc 3:5); fora de si
(3:21); admirava-se (6:6).
• O texto é breve, curto e forte. Parece que a redação de
Marcos seguiu uma das normas romanas: “Palavras poucas
e breves; atos, porém, fortes e incisivos”.
Assim é o Cristo de Marcos.
• Ela apresenta uma série de momentos da vida de Jesus sem
uma forte continuidade entre eles.
Contudo, Marcos apresenta um entendimento satisfatório da
pessoa de Jesus e seu trabalho quando a impressão total
destes episódios é colocada em conjunto.
22. CONTEÚDO
O assunto do Evangelho é adequadamente
apresentado no versículo de abertura
“Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, o
Filho de Deus”.
•A pessoa de Jesus domina a narrativa. Seu
trabalho é a principal fonte de interesse, e
sua morte e ressurreição trazem a história a
um clímax emocionante.
23. CONTEÚDO
• Nenhuma tentativa é feita para esconder ou
exagerar o elemento sobrenatural na vida de
Jesus.
• Os milagres estão quase sempre conectados
com alguma necessidade humana e eram
realizados para o socorro de alguma
emergência, e não eram realizados por
exibicionismo.
24. CONTEÚDO
• Há um calmo e constante progresso da parte
de Jesus em direção ao objetivo definido por
ele mesmo, e existe mais de uma pista do
surpreendente desfecho da ressurreição
(8:31, 9:31, 10:34).
• No fim é deixada ao leitor a decisão com
relação à personalidade que é retratada como
homem, como também mais do que homem.
25. CONTEÚDO
HUMANIDADE DE JESUS
• O Evangelho de Marcos tem como finalidade principal
mostrar Jesus como o Filho de Deus (Mc 1:1; 15:39),
mas é o evangelho que salienta com mais ênfase a
natureza humana de Jesus. Assim, podemos verificar
uma série de sentimentos humanos de Jesus que
Marcos salienta:
• Mc 6:34 “Assim que ele desembarcou, viu uma grande
multidão e ficou tomado de compaixão por eles, pois
estavam como ovelhas sem pastor.”
• Mc 7:34 “Depois, os olhos para o céu, gemeu, e disse:
‘Effatha’ que quer dizer ‘Abre-te’”
26. CONTEÚDO
• Mc 10:21 “Fitando-o, Jesus o amou e disse:
‘Uma só coisa te falta: vai, vende o que
tens, dá aos pobres e terás um tesouro no
céu. Depois, vem e segue-me’”
• Mc 11:15 “(...) E entrando no Templo, ele
começou a expulsar os vendedores e os
compradores que lá estavam...”;
• Mc 14:33 “E, levando consigo Pedro, Tiago e
João, começou a apavorar-se e a angustiar-
se”
27. DATA E LOCAL
• Pela análise dos fatos e considerações anteriores, é pouco provável
que o Evangelho tenha sido escrito depois de 70 DC.
• As evidências internas do Evangelho se encaixam à tradição que diz
que o Evangelho foi escrito em Roma.
• Se é certo que o Evangelho foi escrito na sétima década
(entre 61 e 70 DC), ele foi direcionado aos cristãos que
sofriam a perseguição de Nero (64 DC) e por isso há uma
certa ênfase no sofrimento de Cristo (Mc
1:13, 8:31, 9:31, 10:33-34), o que serviria de modelo aos seus
discípulos.
• O Evangelho de Marcos é conciso e claro, um estilo que
atrairia a mente romana, que era impaciente para abstrações
e literatura intrincadas.
28. DATA E LOCAL
• Há muitos latinismos em Marcos.
No texto em grego há muitas palavras em latim,
sendo que existiam palavra equivalentes em grego.
Provavelmente tais palavras e expressões em latim
eram mais familiares a ele.
O evangelho de Marcos é o mais primitivo e sua
redação deve ter ocorrido por volta do ano de 65
d.C. aproximadamente, e provavelmente em
Roma, pois utiliza muitas expressões latinas,
chegando mesmo a nomear uma moeda de uso
corrente em Roma (Mc 12:42 “quadrante”).
É unânime que os destinatários do escrito de
Marcos deve ter sido a comunidade de Roma
devido aos inúmeros latinismos utilizados.
29. DATA E LOCAL
• O Evangelho dá pouca ênfase à Lei e aos
costumes judaicos, e quando eles
aparecem, são explicados com mais
detalhes do que nos outros sinóticos.
• Ainda que não tenha sido escrito em
Roma, este Evangelho foi direcionado
para o leigo não evangelizado de
mentalidade romana prática.
30. DATA E LOCAL
O TEXTO DE MARCOS MOSTRA CLARAMENTE UM JUDEU
ESCREVENDO PARA NÃO JUDEUS. O AUTOR TEM TOTAL
CONHECIMENTO DAS TRADIÇÕES ISRAELITAS, EXPLICANDO AOS
LEITORES TODOS OS TERMOS JUDEUS:
1. Os rituais de mãos, taças, jarros, pratos etc.: “De fato, os fariseus,
bem como todos os judeus, não comem sem ter lavado
cuidadosamente as mãos, por apego à tradição dos antigos; ao
voltar do mercado, eles não comem sem antes ter feito abluções; e
há muitas outras práticas tradicionais a que estão apegados:
lavagens rituais, das taças, dos jarros, e dos pratos.” (Mc 7:3-4).
1. Datas judaicas (Mc 14:12): “No primeiro dia dos Pães sem
fermento, em que se imolava a Páscoa, seus discípulos lhe
disseram: Onde queres que vamos fazer os preparativos para que
tu comas a Páscoa?”
31. DATA E LOCAL
3. Palavras, explicando o seu significado : “... e
João, irmão de Tiago - e deu-lhes o apelido de
Boanerges, filhos do trovão -”(Mc 3:17). “...
toma a mão da criança e lhe diz: Talítha Koum,
que significa: Menina, eu te digo, levanta-te”
(Mc 5:31). “A seguir, erguendo o olhar para o
céu, suspirou. E disse-lhe: Ephphata, isto é: Abre-
te”(Mc 7:34). “Dizia: Abba, Pai, tudo é possível,
afasta de mim essa taça”(Mc 14:36). “E às três
horas Jesus gritou com voz forte: Eloí, Eloí, lama
sabachthani?, que significa: Meu Deus, meu
Deus, por que me abandonaste?”(Mc 15:34).
32. • João Batista Prepara o Caminho do Senhor
(1:1-8)
• Jesus é Batizado e Tentado (1:9-13)
• Jesus Começa Seu Ministério e Chama os
Primeiros Discípulos (1:14-20)
• Jesus Realiza Vários Milagres na Galiléia
(1:21-45)
• Jesus Cura um Paralítico em Cafarnaum (2:1-
12)
• Jesus Chama os Doentes (2:13-17)
• Jesus Responde a uma Pergunta sobre o
Jejum (2:18-22)
• Jesus Discute o Sábado com os Fariseus (2:23-
28)
• Jesus Cura a Mão de um Homem no Sábado
(3:1-6)
• A Fama de Jesus Cresce por causa dos seus
Milagres (3:7-12)
• Jesus Escolhe os Doze Apóstolos (3:13-19)
• Jesus Responde aos Escribas sobre seu Poder
para Expulsar Demônios (3:20-35)
• Jesus Ensina pela Parábola do Semeador (4:1-
20)
• Jesus Continua a Ensinar por Parábolas (4:21-
34)
• Jesus Acalma uma Tempestade no Mar da
Galiléia (4:35-41)
• Jesus Expulsa Demônios de um Geraseno
(5:1-14)
• Os Gerasenos Pedem que Jesus Saia da Terra
deles (5:15-20)
• Jairo Pede a Jesus que Ele Cure sua Filha
(5:21-24)
• No Caminho, Jesus Cura uma Mulher (5:25-
34)
• Jesus Ressuscita a Filha de Jairo (5:35-43)
• Jesus é Rejeitado na sua Terra (6:1-6)
• Jesus Envia os Apóstolos para Pregar (6:7-13)
• João Batista Morre (6:14-29)
• Jesus Multiplica os Pães e os Peixes (6:30-44)
• Jesus Ora num Monte e Anda sobre o Mar
(6:45-56)
• Jesus Avisa sobre a Contaminação das
Tradições Humanas (7:1-23)
• Jesus Realiza Milagres nas terras de Tiro e
Decápolis (7:24-37)
• Jesus Multiplica os Pães e os Peixes pela
Segunda Vez (8:1-10)
• Jesus Fala do Perigo da Doutrina dos Fariseus
(8:11-21)
33. • Jesus Cura um Cego em Betsaida (8:22-26)
• Pedro Mostra Fé, mas Tropeça por causa da
Cruz (8:27-33)
• Jesus Ensina sobre a Cruz do Discípulo
Verdadeiro (8:34-9:1)
• Jesus é Transfigurado diante de Três dos
Apóstolos (9:2-8)
• Jesus Responde a uma Pergunta sobre Elias
(9:9-13)
• Jesus Expulsa o Demônio de um Jovem (9:14-
29)
• Os Discípulos Não Entendem a Missão nem o
• Reino de Jesus (9:30-37)
• Jesus Adverte sobre Tropeços (9:38-50)
• Jesus Responde a Perguntas sobre o Divórcio
(10:1-12)
• Jesus Ensina sobre a Necessidade da
Humildade e o Perigo das Riquezas (10:13-31)
• Os Discípulos Ainda Não Entendem a Missão
nem o Reino de Jesus (10:32-45)
• Jesus Cura Bartimeu em Jericó (10:46-52)
• Jesus Entra Triunfalmente em Jerusalém
(11:1-11)
• Jesus Amaldiçoa uma Figueira (11:12-14)
• Jesus Purifica o Templo (11:15-19)
• Jesus Fala do Poder da Fé (11:20-26)
• Jesus Responde à Pergunta dos Líderes dos
Judeus sobre sua Autoridade (11:27-33)
• Jesus Dá a Parábola dos Maus Lavradores
(12:1-12)
• Jesus Responde às Ciladas dos Judeus em
Jerusalém (12:13-34)
• Jesus Mostra os Erros dos Escribas (12:35-40)
• Jesus Usa uma Viúva Pobre como Exemplo
Bom (12:41-44)
• Jesus Prediz a Destruição do Templo (13:1-31)
• Jesus Fala da Importância de Vigiar com
Esperança à Sua Volta (13:32-37)
• A Morte de Jesus se Aproxima (14:1-11)
• Jesus Participa da Páscoa com os Discípulos
• (14:12-31)
• Jesus Ora no Getsêmani (14:32-42)
• Jesus é Preso (14:43-52)
• Jesus é Condenado à Morte pelo Sinédrio
(14:53-65)
• Pedro Nega a Jesus Três Vezes (14:66-72)
• Jesus é Condenado à Morte por Pilatos (15:1-
15)
34. Jesus é Crucificado (15:16-41)
Jesus é Sepultado (15:42-47)
Jesus Ressuscita (16:1-8)
Jesus Aparece aos Seus Seguidores (16:9-18)
Jesus Sobe ao Céu e os Apóstolos Começam seu Trabalho (16:19-20)
As Palavras de Jesus na Cruz
"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o
que fazem" (Lucas 23:34)
"Em verdade te digo que hoje estarás
comigo no paraíso" (Lucas 23:43)
"Mulher, eis aí teu filho. . . . Eis aí tua
mãe" (João 19:26-27)
"Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?" (Marcos 15:34)
"Tenho sede" (João 19:28)
"Está consumado" (João 19:30)
"Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lucas 23:46)
35. ÊNFASE
COMO JÁ FOI OBSERVADO, MARCOS É UM
EVANGELHO DE AÇÃO.
• Ele não possui prólogo, exceto pelo título (1:1).
• Citações diretas do Velho Testamento com o
propósito de interpretação profética são muito
poucas, embora haja muitas citações e alusões.
• De setenta parábolas e passagens parabólicas dos
Evangelhos, Marcos possui somente dezoito,
sendo que alguns deles são apenas uma
sentença.
36. ÊNFASE
Pelo seu tamanho, no entanto, Marcos dá
mais espaço para os milagres do que qualquer
outro Evangelho, pois ele registra dezoito de
um total possível de trinta e cinco.
Lucas, por exemplo, em noventa e uma
páginas do texto em grego, narra somente
vinte milagres, enquanto os dezoito de Marcos
estão em cinqüenta e três páginas de texto em
grego.
37. ÊNFASE
De maneira geral, Marcos estava mais
interessado em fatos do que em especulação.
Marcos é um Evangelho de reações pessoais.
•Durante todo o texto são registradas as
reações da audiência de Jesus.
Eles eram surpresos (1:27), críticos (2:7),
com medo (4:41), confusos (6:14),
espantados (7:37), amargamente hostis
(14:1).
Existem pelos menos vinte e três referências
como estas.
38. ÊNFASE
• Ao lado destas notas incidentais de reação
popular há muitos registros de entrevista com
Jesus e mesmo observações de seus gestos
pessoais – 3:5, 5:41, 7:33, 8:23, 9:27, 10:16.
39. ÊNFASE
Todos estes toques e outros fazem de Marcos um
Evangelho vívido.
•Há cento e cinqüenta e um usos do tempo
presente do verbo e muitos usos do pretérito
imperfeito, o que demonstra ações em
progresso e não simplesmente eventos que
aconteceram e terminaram – 1:12, 2:4, 3:11,
4:37, 6:39.
•O estilo de escrita mostra inquestionavelmente
o testemunho oral de uma testemunha ocular
que estava contando exatamente o que viu,
como se aquilo o afetasse e aos outros.
40. ÊNFASE
O propósito do Evangelho parece ser primeiramente
evangelístico.
• Ele procura trazer ao público a pessoa e o trabalho
do Cristo diante do público como uma nova
mensagem, sem assumir muito conhecimento de
teologia ou do Velho Testamento por parte do leitor.
• Seus contos breves, suas aplicações pontuais da
Verdade são justamente o que um pregador de rua
usaria para falar do Cristo para uma população
promíscua.
• Embora não tenha um estilo literário ele é integrado
pela pessoa de quem ele fala, e dá um quadro do
Cristo que é factual e inescapável.
41. PERSONAGENS
Marcos não se especializa em passagens com
personagens, embora muitas das
personalidades em suas páginas sejam
desenhadas de maneira mais aguda do que
em Mateus.
O homem jovem no jardim que escapou dos
soldados (14:51-52), Alexandre e Rufus
(15:21) e o leproso Simão (14:3) são
mencionados como se fossem conhecidos por
Marcos e pelos leitores.
42. PERSONAGENS
A alusão a Alexandre e Rufus é
particularmente intrigante, pois ela implica
que os leitores de Marcos conheciam estes
homens e eram seus contemporâneos.
•Se este Rufus for o mesmo citado em
Romanos 16:13, a escrita de Marcos sendo
entre 56 e 66 DC e sendo em Roma podem
ser confirmadas.
43. PERSONAGENS
Marcos, contudo, não menciona tantos
personagens quanto Lucas, nem os usa como
padrões na mesma extensão que Lucas e João.
•Ele parece estar mais interessado no
progresso de sua história do que na análise
individual de personagens.
•A citação dos nomes destes personagens
sugere que mais tarde eles podem ter se
tornado celebridades na comunidade cristã
antes da escrita do Evangelho.
44. O SEGREDO MESSIÂNICO
• É singular do texto evangélico de Marcos a
temática do “segredo messiânico”; este tema não
é abordado por nenhum dos outros evangelistas.
No que consiste este segredo?
• Após cada ação de Jesus, nos milagres, ele
recomenda às pessoas que vão se apresentar aos
sacerdotes, que eram as pessoas que deveriam
atestar a cura, mas proíbe que revelem que foi
ele o autor de tal feito. Até mesmo quando Jesus
expulsa demônios, (aos demônios 1:25,34; 3:12;
aos curados (1:44; 5:43; 7:36; 8:26; e aos
discípulos 8:30; 9:9) os proíbe de revelar sua
identidade divino-messiânica.
45. O SEGREDO MESSIÂNICO
• A explicação para esta recomendação é a
seguinte: no conceito e mentalidade da época a
palavra messias, tinha também a conotação de
um “ungido” de Deus para efetuar a libertação do
jugo romano, dando um caráter político-social
para a messianidade de Jesus. Além disto, os
contemporâneos de Jesus, incluindo seus adeptos
não entendiam que Jesus deveria sofrer a morte
na cruz, causando assim confusão. Ora, que
messias é este que sofrerá e morrerá na cruz?
• A reflexão final só é elaborada e compreendida
após a experiência da ressurreição de Jesus.
46. O SEGREDO MESSIÂNICO
• Alguns extremistas concluem que Marcos
utiliza-se deste “segredo” para justificar o fato
de que Jesus ainda não tinha consciência de
seu messianismo e que somente após sua
ressurreição ele assumiu plenamente ser o
Messias. Todavia, ao menos quatro textos em
Marcos contrariam abertamente esta
interpretação (8:27-29; 10:46-52; 11:1-11;
14:62).
47. • O “segredo messiânico” é, portanto, uma
construção do evangelista para que seus
leitores possam ver o Evangelho de forma
gradual e perceberem as implicações que
envolvem o fato de Jesus ser o Messias e de se
crer nele.
• É por esta razão que após a ressurreição o
segredo já não precisa mais ser mantido
O SEGREDO MESSIÂNICO